UM OLHAR SOCIOLINGUÍSTICO SOBRE A LINGUAGEM EM REDENÇÃO (PA):O /S/ PÓSVOCÁLICO

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1 UM OLHAR SOCIOLINGUÍSTICO SOBRE A LINGUAGEM EM REDENÇÃO (PA):O /S/ PÓSVOCÁLICO Denize Ramos Cardoso (UCNSA) dcardoso2005@hotmail.com Manoella Gonçalves Bazzo (UEPA) manubazzo@yahoo.com.br RESUMO: Embasando-se nos pressupostos da Sociolinguistica Variacionista, essa pesquisa de caráter quali-quantitativo procurou conhecer a dinâmica linguística existente na cidade de Redenção, localizada no sul do estado do Pará.O desafio aqui proposto justifica-se pela riqueza cultural presente na cidade originada pelo forte processo migratório que caracteriza o município. O contexto escolhido foi a variação do /S/ posvocálico. Observou-se o processo de mudança em progresso da variante chiante [ ] para o /S/ posvocálico tendo como fator social mais atuante a escolaridade dos informantes e, a presença da sibilante [s] para o /S/ posvocálico, quando esse não é seguido de consoante vozeada. PALAVRAS CHAVE: Sociolinguística; Variação linguística;/s/ pósvocálico. ABSTRACT: Based on the assumptions of Variationist Sociolinguistics, this qualitative and quantitative research study sought to know the dynamics existing in the language in the town of Redenção, state of Pará. The challenge posed here is caused by the cultural richness present in the city caused by a strong migratory process. The chosen context it was a spelling variation of /S/ in the coda position. The process of change was observed in progress of the variant [ ] to/s/ in the coda position becoming more active as a social factor the schooling of informants and, sibilant [s] for /S/ in the coda position, when this is not followed by a voiced consonant. KEYWORDS: Sociolinguistics; Linguistic variation; /S/ in coda position. 1 Introdução Essa pesquisa procurou conhecer a dinâmica linguística da variação existente na cidade de Redenção, localizada no sul do estado do Pará, Brasil, na região conhecida como Araguaia, para uma possível caracterização do padrão linguístico que se desenvolve no município, no contexto linguístico do /S/ pósvocálico. Dessa forma, embasando-se nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista desenvolvida por William Labov (*1927), o qual aprofundou a relação entre língua e sociedade, reconhecendo que as variações presentes na língua não estão correlacionadas Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

2 apenas a fatores linguísticos, mas também a fatores sociais, buscou-se desenvolver uma pesquisa de caráter quali-quantitativo com a captura de material fonético-fonológico de diversos informantes que moram na cidade, formando o corpus linguístico para a análise. Todos os informantes passaram por uma seleção aleatória, selecionados a partir dos seguintes critérios: a) Ter nascido e ser residente na cidade de Redenção ou, se nascido em outra localidade, ter chegado à cidade de Redenção com até 02 anos de idade; b) Não ter residido em outra localidade ou, se residido, não ultrapassar 1/3 da vida do informante; c) Ter idade acima de 15 anos; d) Evitar aqueles cujas profissões os obriguem a grandes mobilidades, com exemplo: motoristas, viajantes entre outras, a fim de não haver interferências linguísticas que poderiam resultar do contato pessoal do sujeito com outras localidades. Para a coleta do corpus linguístico foi organizado um questionário de perguntas do tipo direto induzido, baseado na proposta do questionário do projeto Atlas Linguístico do Brasil ALiB organizado pelo Comitê Nacional do Projeto ALiB. O projeto ALiB é de caráter geolinguístico e dentre vários objetivos que propõe destaca-se o de descrever a realidade linguística do Brasil, no que tange à língua portuguesa, com enfoque na identificação das diferenças diatópicas (BRASIL, 2001, p.vii). 2 A Sociolinguística Tarallo (2001, p. 06) explica que a Sociolinguística é um [...] modelo teóricometodológico que assume o caos linguístico como objeto de estudo. Por caos linguístico compreende-se o confronto entre duas ou mais variantes linguísticas pela Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

3 subsistência na língua (TARALLO, 2001, p. 05). Alkmin (2001, p. 31) a considera como o estudo da língua falada, observada, descrita e analisada em seu contexto social, isto é, em situações reais de uso. A isso, Bagno acrescenta que a Sociolinguística compreende o estudo das relações que existem entre todos aqueles fatores usados para classificar um falante (idade, sexo, escolaridade, origem geográfica etc.) e o modo como ele fala (a variedade linguística dele). (BAGNO, 2004, p. 43). Observa-se que, por diferentes modos, a relação estabelecida entre língua e sociedade é a base dos estudos que caracterizam a Sociolinguística. Conforme Tarallo (1991, p. 06) essa relação existiu já nas primeiras concepções estruturalistas da linguagem, em meados de 1920 e 1930; é desconsiderada pela escola gerativotransformacional, mas ganha novo vigor a partir dos esforços de um grande pesquisador, William Labov. Como explica Tarallo (1991, p. 07), a proposta e modelo de análise linguística desenvolvida por Labov pode ser entendida como uma reação à ausência do componente social no modelo gerativo. Para Labov, a Sociolinguística é a abordagem da pesquisa linguística que se concentra na língua em uso dentro da comunidade de fala (LABOV, 2011, p. 215). Isso porque segundo autor, a fala não é algo caótico ou imotivado. A presença da variação e da mudança linguística é algo frequente na história da língua e que acontece dentro da comunidade de fala de forma sistematizada. Com os estudos sociolinguísticos a fala (o uso real da língua em situações de uso) permite a compreensão e a sistematização da estrutura linguística frequente na comunidade. Tarallo ressalta que, é a partir do modelo e método proposto pela Sociolinguística Variacionista ou Laboviana que o aparente caos desaparecerá e a língua falada avultará como um sistema devidamente estruturado (TARALLO, 2001, p. 11). Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

4 3 Os campos fonético e fonológico De acordo com Callou e Leite (2005, p. 12), a fonética e a fonologia são duas áreas distintas. Tal distinção tornou-se possível a partir das contribuições saussurianas com a noção de língua (langue) e fala (parole), forma e substância, sintagma e paradigma. Conforme Callou e Leite (2005, p. 12), a fonologia firma-se como ciência linguística, principalmente, após o 1º Congresso Internacional de Linguística, por meio dos trabalhos de Trubetzkoy, Jakobson e outros componentes do Círculo de Praga. A fonética trabalha com os sons propriamente ditos, como eles são produzidos, percebidos e que aspectos físicos estão envolvidos em sua produção. Essa área pode ser compreendida como a ciência que apresenta os métodos para a descrição, classificação e transcrição dos sons da fala (CRISTÓFARO-SILVA, 2001, p. 23). Por outro lado, a fonologia estuda os sons do ponto de vista funcional como elementos que integram um sistema linguístico determinado (CALLOU; LEITE, 2005, p. 11). Essa se desdobra em diferentes modelos. Existe o modelo estruturalista, mais conhecido como fonêmica, o qual reconhece o fonema como unidade mínima de análise; e existem os modelos pós-estruturalistas. Dentre esses se destaca a fonologia gerativa padrão proposta por Chomsky, em Nesse novo modelo o componente sonoro, que tinha um papel preponderante na análise linguística, passa a ser visto apenas como parte integrante do mecanismo linguístico (CRISTÓFARO-SILVA, 2001, p. 190). A unidade mínima de análise são os traços distintivos. Apesar da diferenças existentes, as duas áreas são importantes para a percepção e análise do desempenho linguístico do falante em diferentes contextos de fala. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

5 4 Análise estatística e discussão dos resultados Após todo o processo de coleta de dados, organizaram-se os passos para a análise.tendo alcançado o corpus linguístico, foram realizadas as transcrições fonéticas de todos os informantes embasando-se nas orientações de Cristófaro-Silva (2001). Para a transcrição fonética existem símbolos próprios para cada tipo de fone. Esses formam o Alfabeto Internacional de Fonética e é comum para todo o trabalho nessa área. Nesse trabalho, para alcançar os símbolos próprios do alfabeto fonético, utilizou-se a fonte SIL Doulos IPA93, disponível em várias páginas da internet ou em sites específicos da pesquisa fonética e, para os outros símbolos mais simples, usou-se a fonte Times New Roman, que ajuda na visualização e diferenciação de alguns fones transcritos. Considerando que a pesquisa promove a valorização do social para o conhecimento da variação, o contexto de variantes sociais ou extralinguísticas escolhidas foram quanto ao sexo, a idade, a classe social e a escolaridade dos informantes, constituindo as células sociais. Após as entrevistas realizadas e todo o processo de quantificação de dados, foi possível construir as células sociais, ficando assim distribuídas: Tabela 1 - Quantidade de entrevistados distribuídos pela variante sexo Quantidade (%) Feminino % Masculino % Total de informantes % Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Os dados são melhor visualizados no gráfico a seguir, onde se constata que as mulheres são a maioria entre os entrevistados com a presença de 60% do total. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

6 Gráfico 1 - Quantidade de entrevistado distribuídos pela variante sexo Masculino Feminino Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Observa-se que a maioria dos entrevistados é do sexo feminino. Isso se deve porque foi entre esse grupo que houve a maior disponibilidade e abertura para o levantamento do corpus linguístico. Tabela 2 - Quantidade de entrevistados distribuídos pela variante idade Quantidade (%) 15 a % 21 a % 27 a % Total de informantes % Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Gráfico 2 - Quantidade de entrevistados distribuídos pela variante idade Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

7 Nota-se que os entrevistados se destacam pela baixa idade, ficando entre 15 a 32 anos. Isso porque Redenção é considerada uma cidade muito nova, a maior parte das pessoas que aqui nasceram se encaixa nesse perfil sendo muito difícil encontrar pessoas que nasceram na cidade com idade acima de 35 anos. Por conta disso, distribuíram-se as faixas etárias proporcionalmente com a diferença de seis anos entre cada grupo. Tabela 3 - Quantidade de entrevistados distribuídos pela variante classe econômica Quantidade (%) A 1 4 % B 3 12 % C % D 6 24 % E 1 4 % Total de informantes % Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Gráfico 3 - Quantidade de entrevistados distribuídos pela variante classe econômica A B C D E Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Destaca-se que a maior parte dos entrevistados está na classe C. De acordo com o questionário da ABEP, os pontos referentes a essa classe está entre 14 a 22. As classes com menor número de informantes são a A e E com apenas um representante em cada. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

8 Tabela 4 - Quantidade de entrevistados distribuídos pela variante escolaridade Quantidade (%) Ens. Fund. Incompleto 1 4 % Ensino Médio Incompleto % Ensino Médio Completo % Ensino Superior 1 4 % Total de informantes % Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Gráfico 4 - Quantidade de entrevistados distribuídos pela variante classe escolaridade Fonte: Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Observa-se que a maior parte dos informantes possui o nível médio de escolaridade parando nesse nível de estudo e, a segunda maior parte é formada por sujeitos que apresentam o Ensino Médio Incompleto, ou porque ainda estão cursando ou porque pararam seus estudos nesse período. 4.1 Análise do corpus linguístico O questionário organizado destacou vinte e cinco perguntas para a análise do /S/ pós-vocálico, sendo que quinze foram retiradas do questionário da ALiB e dez foram criadas. Ainda se aproveitaram oito perguntas e respostas dos outros questionários, Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

9 inteirando 33 vocábulos para análise. As respostas que servem como bases da análise estão distribuídas em alguns ambientes de variação do /s/ pós-vocálico. Esses são: a) Final de palavra (13 vocábulos: luz, três, dez, costas, voz, paz, rapaz, gás, Deus, arroz, brócolis, óculos); b) Final de sílaba seguida de consoante desvozeada (10 vocábulos: casca, escola, pescoço, caspa, hospital, espelho, esquerdo, fósforo, hóspede, máscara) ; c) Final de sílaba seguida de consoante vozeada (04 vocábulos: desvio, desmaio, mesma, rasgar); d) Final de sílaba seguida de consoante alveolar (08 vocábulos: estrada, questão, costas, estudante, pasta, castigo, história, pastor). Com isso em vista, construíram-se as análises tendo como primeiro momento o fator linguístico e em segundo, os sociais Fatores linguísticos No primeiro e segundo contextos de variação destacados, final de palavra e final de sílaba seguida de consoantes desvozeada, observou-se que o fone presente em todos os vocábulos coletados nas entrevistas é representado pela fricativa alveolar desvozeada [ ], também comum no contexto início de sílaba, como em sala, sapato, sereno. Alguns exemplos são: casca [ k a s k ], escola [e s k l ], hóspede[ s p e d I]. Portanto, a alofonia do vozeamento na qual o s ortográfico em posição final de sílaba concorda em vozeamento com a consoante que o segue (CRISTÓFARO- SILVA, 2001, p. 144), se faz presente visto que diante de consoante desvozeada o /S/ posvocálico permaneceu desvozeado. Constatou-se ainda que, alguns sujeitos apresentaram o apagamento do /S/ Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

10 posvocálico no vocábulo costas, que faz parte do primeiro ambiente de variação apontado anteriormente final de palavra.todavia, sendo um caso a parte, não se prestará à análise. Quanto ao terceiro ambiente de variação em destaque final de sílaba seguida de consoante vozeada a predominância foi do fone [ ] fricativa alveolar vozeada comumente conhecido como o Z em zebra. Novamente se percebe o seguimento a regra da alofonia de vozeamento, o contexto sendo vozeado, o /S/ posvocálico assimilou essa característica por meio do segmento vozeado. A única exceção a regra foi a presença da fricativa glotal [h] no vocábulo mesma sendo pronunciada como [ ] merma, com incidência apenas em um dos vinte e cinco informantes. Quanto à presença dessa variante, ressalta-se que a presente pesquisa não alcançou resultados significativos e por isso, ela pode ser vista como um fenômeno isolado, a qual necessita de maiores observações e pesquisas para justificar sua ocorrência na linguagem entre os redencenses. Tabela 5 - Distribuição da variação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar nos vocábulos analisados Ocorrência Vocábulo [s] Sibilante (%) [ ] Chiante (%) [ ] Glotal (%) [ ] Glotal +Sibilante estrada 19/25 76 % 06/25 24 % questão 11/25 44 % 14/25 56 % costas 16/25 64 % 09/25 36 % estudante 18/25 72 % 07/25 28 % pasta 15/25 60 % 10/25 40 % castigo 03/25 12 % 15/25 60 % 03/25 12 % 04/25 16 % história 10/25 40 % 15/25 60 % pastor 12/25 48 % 13/25 52 % Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Nota: Sinais convencionais utilizados: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento (%) Os dados configuram o gráfico a seguir: Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

11 Gráfico 5 - Distribuição da variação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar nos vocábulos analisados Esse fenômeno também é presente entre os falantes na cidade de Redenção. Sibilante Chiante Glotal Glotal+Sibilante Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Na observação do último ambiente de variação final de sílaba seguida de consoante alveolar, foram separados 08 vocábulos. Constatou-se que esse ambiente foi o que apresentou maior riqueza de diversidade fonética, com a presença de quatro variantes para o /s/ pós-vocálico: a sibilante [s], a chiante [ ], a glotal [h] e uma última, que resultou na ocorrência conjunta da glotal + a sibilante [hs]. Conforme os dados do material linguístico coletado, a sibilante e a chiante ocorreram com maior frequência, estando presente na fala de todos os informantes, ora com menos intensidade ora com mais. A glotal e a glotal + sibilante foram pronunciadas apenas por uma pequena parte dos informantes e assim, mesmo com menor frequência. Observa-se que existe a predominância dos segmentos [s] e [ ] no contexto posvocálico. Tendo o primeiro com uma leve predominância em quatro vocábulos (estrada, costas, estudante e pasta) e o segundo, em outros quatro (questão, castigo, história e pastor). Somente um vocábulo apresentou variação diferente, que foi o castigo com a predominância da chiante, mas também com a presença da glotal aspirada. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

12 Com isso, constata-se o duelo de contemporização entre as variantes sibilante e chiante no contexto /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar. Essas servirão como base para a análise dos fatores extralinguísticos correlacionados para a presença da variação em questão Fatores extralinguísticos Considerando a presença das variantes [s] e [ ] na fala dos entrevistados, buscouse compreender o processo de contemporização com base nos elementos sociais que, acredita-se, influenciam na presença da variação linguística. Dessa forma, os informantes foram distribuídos em dois grupos: o grupo A, formado por aqueles que utilizaram mais a variante chiante [ ] e o grupo B, por aqueles que apresentaram mais presença da variante sibilante [s]. O primeiro ficou com 09 sujeitos e o segundo, com 14. A partir dessa seleção os grupos foram montados e os dados obtidos foram os seguintes: Tabela 6 - Efeito da variável sexo sobre a variação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar Sexo Ocorrência Grupo A (%) Grupo B (%) Feminino 04/15 26,7 % 09/15 60,0 % Masculino 05/10 50,0 % 05/10 50,0 % Total 09/25 ** 14/25 ** Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Nota: Sinais convencionais utilizados: ** Não se aplica dado numérico De posse desses dados, observa-se que existe uma forte predominância na fala feminina pela variante sibilante. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

13 Os dados são melhor visualizados no gráfico a seguir: Gráfico 6 - Efeito da variável sexo sobre a vaiação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Relacionando esse contexto com os anteriores, nota-se que esse foi o segmento que mais prevaleceu na fala dos entrevistados. Dessa forma, infere-se que a variante sibilante pode estar ligada a uma norma padrão pré-estabelecida socialmente, a qual também vale nesse ambiente. Por padrão entende-se o resultado de uma atitude social ante a língua, que se traduz, de um lado, pela seleção de um dos modos de falar entre os vários existentes na comunidade (ALKMIN, 2001, p. 40). Como aponta Labov (2011, p. 347), as mulheres, apesar de serem as iniciadoras da mudança linguística, também são as que mais preservam a variante padrão no contexto linguístico. Dessa forma, acredita-se que as mulheres utilizem menos a variante [ ] visto que essa é a forma menos prestigiada entre os falantes. Outro ponto interessante é que, há proximidade quanto ao uso do fone [s] ou do fone [ ] pelos falantes do sexo masculino. Ou seja, nos contextos de fala, o sujeito pode pronunciar um vocábulo que apresente o mesmo ambiente de variação em foco, optando ora por uma forma ora por outra. Considera-se esse ambiente como propício para o embate das variantes Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

14 conforme aponta Tarallo, um duelo de contemporização, por sua subsistência e coexistência (TARALLO, 2001, p. 05). Dessa forma, os homens estariam mais abertos a iniciação da mudança linguística e estariam condicionando a presença dessa mudança, indo de encontro com o que aponta Labov (2011, p. 347), anteriormente mencionado, ao afirmar que são as mulheres as mais propícias à inovações linguísticas na comunidade. Tabela 7 - Efeito da variável idade sobre a variação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar Faixa etária Ocorrência Grupo A (%) Grupo B (%) 15 a 20 anos 06/12 50 % 05/12 41,7 % 21 a 26 anos 03/10 30 % 06/10 60 % 27 a 32 anos / % Total 09/25 ** 14/25 ** Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Nota: Sinais convencionais utilizados: ** Não se aplica dado numérico Gráfico 7 - Efeito da variável idade sobre a variação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar a 20 anos 21 a 26 anos 27 a 32 anos Grupo A Grupo B Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

15 A partir dos dados acima, observa-se que o uso do fone [s] em final de sílaba seguida de consoante alveolar é mais frequente na fala da terceira faixa etária e vai decrescendo em relação à idade dos outros informantes. O efeito contrário ocorre com a variante [ ]: na fala da faixa etária mais jovem (15 a 20 anos) essa se repete mais vezes e vai diminuindo até obter nenhum indício na fala do último grupo etário. Pode-se considerar, portanto, que a variante chiante seja a inovadora, visto seu predominância na faixa etária mais jovem. O fator idade é importante para se observar o processo de mudança em progresso. Entre diferentes faixas etárias, a variante mais inovadora estará mais frequente na fala dos mais jovens, decaindo em direção às outras faixas etárias (TARALLO, 2001, p. 65). Caso contrário reconhece-se a presença de variantes estáveis dentro do sistema linguístico. Portanto, essa variável é espaço para a observação de variantes inovadoras que possam estar se firmando no sistema linguístico da comunidade. Diante dos dados levantados, pode-se observara existência de uma mudança em progresso da variante [s] > [ ] no contexto de variação destacado, visto que a classe mais jovem articulou mais a variante chiante no contexto do /S/ pósvocálico seguido de consoante alveolar, decaindo sua frequência entre os informantes mais velhos.a natureza desse resultado permite considerar a formação de uma identidade cultural na fala dos redencenses natos. Tabela 8 - Efeito da variável classe econômica sobre a variação do /S/ posvocálico seguido de consoante alveolar Faixa etária Ocorrência Grupo A (%) Grupo B (%) A / % B 01/03 33,3 % 02/03 66,7 % C 07/14 50,0 % 06/14 42,9 % D /06 83,3 % E 01/ % - - Total 09/25 ** 14/25 ** Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Nota: Sinais convencionais utilizados: Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

16 ** Não se aplica dado numérico -Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento Gráfico 8 - Efeito da variável classe econômica sobre a variação do /S/ posvocálico seguido de consoante alveolar A B C D E Grupo A Grupo B Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Ao se considerar o efeito da variável classe econômica sobre a variação do /S/ pósvocálico seguido de consoante alveolar, observando os dados obtidos, nota-se que existe uma demarcação social quanto ao uso das variantes em questão, visto que a mesma esteve mais frequente em uma das posições econômicas. Observa-se que a classe D favorece a presença da variante sibilante assim como a classe A ; nesse mesmo sentido, a classe E é a que mais condiciona a frequência da variante chiante.as classes B e C são classes de transição das variantes, na qual a chiante tem leve superioridade contra a sibilante na classe C. Contudo, essa perde força à medida que ascende a classe social. Dessa forma, considera-se que, apesar de estar presente em diferentes classes sociais, a variante do grupo B, pode ser considerada a de maior prestígio social enquanto que, a variante do grupo A, é a mais estigmatizada. Tanto a variante do grupo B quanto a do grupo A estão em processo de coexistência no sistema linguístico, processo de variação estável, na qual as classes mais altas tendem a manter a variante sibilante em sua fala. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

17 Tabela 9 - Efeito da variável escolaridade sobre a variação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar Faixa etária Ocorrência Grupo A (%) Grupo B (%) Ensino Fundamental Incompleto (EFI) / % Ensino Médio Incompleto (EMI) 06/10 60,0 % 04/10 40,0 % Ensino Médio Completo (EMC) 03/13 23,1 % 08/13 66,7 % Ensino Superior (ES) / % Total 09/25 ** 14/25 ** Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Nota: Sinais convencionais utilizados: ** Não se aplica dado numérico -Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento Gráfico 9 - Efeito da variável escolaridade sobre a variação do /S/ posvocálico seguida de consoante alveolar EFI EMI EMC ES Grupo A Grupo B Fonte:Pesquisa de campo, Redenção/PA, junho-julho/2012. Conforme a análise dos dados nota-se o caráter curvilíneo que caracteriza o fator escolaridade como atuante no processo de mudança em progresso do /S/ posvocálico seguido de consoante alveolar. Primeiramente, observa-se que todos os informantes que possuem o ensino Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

18 fundamental incompleto e o nível superior não apresentam a variante chiante em sua fala e os que possuem o ensino médio completo apresentam pouca frequência da mesma. A variante chiante tem presença marcante nos que possuem o ensino médio incompleto.cruzando os dados com a faixa etária dos informantes, observou-se que os informantes mais jovens estão no grupo ensino médio incompleto. Considerando que foi nessa faixa etária que houve a maior presença dessa variante, pode-se compreender a maior frequência da chiante nessa etapa escolar. Portanto, considera-se que a variante chiante é inovadora por ter sido mais pronunciada pelos falantes da faixa etária mais jovem, o que condiciona o processo de mudança em progresso tendo como fator social mais atuante a escolaridade dos informantes. Constatou-se, ainda que, os homens estão mais propensos ao efeito da mudança enquanto que as mulheres procuram manter a variante conservadora ou seja, a sibilante em sua fala. Essa variante também pode ser considerada a mais prestigiada visto que predominou na linguagem das classes econômicas mais altas. 5 Considerações Finais Embasada na Sociolinguística Variacionista de Labov essa pesquisa buscou acompanhar o desempenho linguístico dos falantes em Redenção/PA enfocando o contexto de variação linguística do /S/ posvocálico. Dessa forma, investigaram-se variáveis sociais e linguísticas que possam estar relacionadas ao fenômeno em destaque. Após todo o processo de análise e observação dos dados linguísticos, apesar de haver influência cultural de diferentes partes do país, constatou-se que a linguagem no município em questão já possui traços de uma identidade local com relação aos aspectos fonético-fonológicos. Dessa forma, foi possível chegar às seguintes considerações: Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

19 a) houve a presença da mudança em progresso da chiante para o /S/ posvocálico seguido de consoante alveolar, visto que os jovens foram o que mais apresentaram essa variação. O fator escolaridade foi o que mais atuou sobre a variação, dando a perceber que no contato com a realidade escolar há abertura para essa realidade; b) o uso da chiante para o /S/ posvocálico pode ser considerada como variante não prestigiada e estigmatizada por terem sido pronunciadas mais vezes entre os falantes com menor faixa etária. c) as mulheres tendem a manter a pronúncia da variante padrão em seu desempenho linguístico. Por conta disso, os homens estão mais ligados ao processo de mudança linguística, encabeçando essa realidade; Assim, essas considerações sintetizam a pesquisa aqui desenvolvida, confirmando o que já vem sendo demonstrado nos estudos sociolinguísticos: em qualquer comunidade de fala, apesar do aparente caos que possa emergir, serão estabelecidos padrões que orientam o desempenho linguístico entre os falantes. Esses padrões sofrem pressão tanto de fatores da própria estrutura linguística quanto de fatores sociais como a idade dos informantes, o sexo, a escolaridade e a classe econômica na qual estão inseridos. Referências ALKMIN, Tânia. Sociolinguística. In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Cristina (Orgs.). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, v. p BAGNO, Marcos.Português ou brasileiro?:um convite à pesquisa. 4. ed. São Paulo: Parábola, 2004, 184 p. BRASIL. Comitê Nacional do Projeto ALiB. Atlas linguístico do Brasil: questionário Londrina: UEL, 2001, 47p. CALLOU, Dinah; LEITE, Yonne. Iniciação à fonética e à fonologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. CRISTÓFARO-SILVA, Thaïs. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2001, 261 p. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

20 LABOV, William. Padrões Sociolinguísticos. Tradução: Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline Rodrigues Cardoso. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2011, 392 p. TARALLO, Fernando. A pesquisa sociolinguística. 7. ed. São Paulo: Ática, 2001, 96 p. Recebido Para Publicação em 30 de junho de Aprovado Para Publicação em 20 de julho de Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 5, nº 13, jul

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