CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃO"

Transcrição

1 CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃO TRABALHO 3.2: CONDIÇÕES DE CONFORTO EM INTERIORES (AMBIENTES MODERADOS NORMA ISO 7730) O presente documento deve ser visto como auxiliar à execução do trabalho 3.2. No entanto, não dispensa a consulta da Regulamentação técnica sobre conforto térmico: ISO 7730, ISO 7243, ISO 8996, ISO 9920, ISO 15265, ISO 7933, ISO 9886, ISO

2 Nomenclatura A eff Área efectiva do corpo para a transferência de calor por radiação [m 2 ]; A eff < A DU ; A DU Área corporal, i.e., área da superfície exterior de uma pessoa nua [m 2 ]; a Altura [m]; DR Draught Risk, Percentagem de pessoas insatisfeitas devido a correntes de ar; f vest Factor de vestuário, adimensional; h Coeficiente de convecção entre a superfície exterior do vestuário e o ar exterior [W/m 2.K]; I vest Resistência térmica de vestuário [m 2.K/W] ou [clo]; M Metabolismo [W/m 2 ]; m Massa [kg]; P vap Pressão parcial do valor de água do ar ambiente [Pa]; Q Cond Calor transferido por condução [W/m 2 ]; Q Conv Calor transferido por convecção [W/m 2 ]; Q Rad Calor transferido por radiação [W/m 2 ]; Q Evap Calor transferido por evaporação [W/m 2 ]; S termo de acumulação de energia no corpo [W/m 2 ]; v ar Velocidade média do ar [m/s]; t a Temperatura seca do ar ambiente [ºC]; t pele Temperatura da pele do corpo humano [ºC]; t rm Temperatura média radiante dos elementos opacos do espaço [ºC]; Tu Índice de Turbulência [%]; t vest Temperatura exterior do vestuário [ºC]; W Trabalho realizado para o exterior [W/m 2 ]; Símbolos Gregos φ Humidade relativa do ar atmosférico [%]; ε Emissividade da superfície exterior do corpo vestido; ε 0,97, valor médio entre a pele e roupas comuns; σ Constante de Stefan-Boltzmann (5, W/m 2.K 4 ). 2

3 Fundamentos O conforto térmico está directamente relacionado com o balanço térmico ao corpo humano. Portanto, os parâmetros mais importantes do conforto térmico subdividem-se em duas classes: parâmetros individuais: actividade física desenvolvida, vestuário usado e parâmetros ambientais: temperatura, velocidade, humidade relativa do ar e temperatura média radiante. Considerando o equilíbrio térmico, como o balanço entre o calor gerado internamente (função do metabolismo e do tipo de actividade física desenvolvida) e o calor transmitido por condução, convecção e radiação, vem que: M = QCond + QConv + QRad + QEvap (1) A condução não assume geralmente grande relevância. A convecção depende da temperatura e velocidade do ar exterior. A radiação depende da temperatura média radiante e a evaporação depende da humidade do ar e da sua velocidade. Nota: Normalmente, o calor transferido por condução é desprezável, pelo que Q Cond 0. O calor transferido por convecção, Q Conv, é dado por: ( ) Q = 15 v t t (2) Conv ar vest a Nota: O Calor transferido por convecção representa cerca de 26 % do total de trocas térmicas do corpo humano. As trocas por radiação dão-se entre a superfície do vestuário e as paredes envolventes. Dependem da diferença de temperatura do vestuário e da temperatura média radiante das paredes envolventes (média ponderada das temperaturas das paredes envolventes). Podem ser determinadas por: 3

4 ( ) Q = 7 t t (3) Rad vest mr Por outro lado, pode-se determinar a perda de calor por radiação pela lei de Stefan- Boltzmann: A R =...f vest. t vest tr A eff εσ ( ) ( ) DU 4 4 A A eff DU 0,71, é um valor médio para várias posturas. K εσ.. A 3,96.10 eff 8 1 = [W/m 2.K 4 ] ADU Nota: O calor transmitido por radiação representa cerca de 42 % do total de trocas térmicas do corpo humano. O calor transmitido por evaporação resulta da respiração e sudação do organismo. O seu cálculo é feito pelo balanço térmico resultante da equação 1, desde que já tenha sido estimado o valor do metabolismo: ( ) Q = M Q + Q (4) Evap Conv Rad Nota: O calor transmitido por evaporação representa cerca de 32 % do total das trocas térmicas do corpo humano. 4

5 Trocas Térmicas no Corpo Humano Qevap 32% Qcond 0% Qconv 26% Qrad 42% Existem diversas formas de determinar o conforto térmico. Neste guia de trabalho vamos considerar a preconizada na norma ISO

6 NORMA ISO 7730 A metodologia de cálculo consiste nos seguintes pontos: Parâmetros: quantificam-se os parâmetros individuais e ambientais das pessoas e do ambiente. Equação de Conforto: substituem-se estes valores na equação de conforto térmico para determinação do termo associado à acumulação energética no corpo, S. PMV: com base no valor da acumulação energética no corpo e no metabolismo determina-se o valor de PMV (Predicted Mean Vote) através de uma correlação. O PMV não é mais do que uma escala quantitativa da sensação de calor e de frio. PPD: a percentagem de pessoas insatisfeitas termicamente, PPD, é determinada com base no valor de PMV através de uma correlação. Parâmetros Individuais O metabolismo corresponde à taxa de utilização de energia pelo corpo. O metabolismo subdivide se no metabolismo basal e de actividade. O metabolismo basal corresponde à taxa verificada durante o repouso absoluto, mas em vigília. O metabolismo de actividade está relacionado com o esforço físico, podendo ser 20 vezes superior ao metabolismo basal em atletas bem treinados. Para a mesma actividade, verificou-se que o metabolismo varia principalmente com a área corporal, pelo que é geralmente definido nas unidades W/m 2, tomando-se o valor de 1,75 m 2 como área corporal de um adulto. Embora não referido no texto da norma, convém ter em conta que, de acordo com DuBois (1916), a área corporal (área da superfície exterior de uma pessoa nua, em m 2 ) 6

7 está correlacionada com a altura (em m) e com o peso (em kg) pela equação 6, com representação gráfica na figura 1. ADU = 0,203. m. a 0,425 0,725 (5) Figura 1: Área corporal em função da altura e do peso A relação entre a actividade e o metabolismo (valor total, i.e., soma da parcela basal com a de actividade) é apresentada na tabela 1. 7

8 Tabela 1: Nível de metabolismo em função da actividade desenvolvida (vd. anexo da norma ISO 7730). Actividade Nível de metabolismo W (met) 1 W/m 2 Repouso ,8-1,0 45,7 57,1 Actividade sedentária ,0-1,2 57,1 68,6 Trabalho leve ,4-1,8 80,0 102,8 Trabalho oficinal médio ,0-3,0 114,3 171,4 Ginástica ,0-4,0 171,4 228,6 Desporto de competição ,0-6,0 228,6 342,9 Trabalho Tipicamente a avaliação de conforto verifica-se em casos em que o trabalho realizado é nulo ou corresponde apenas a dissipações por atrito, tais como, pessoas sentadas ou em andamento contínuo. A quantificação do trabalho realizado para o exterior, corresponde à variação da energia cinética e potencial (por exemplo, na subida de escadas). Vestuário O vestuário é caracterizado através da sua resistência térmica, I vest, nas unidades m 2.K/W. À semelhança do metabolismo, o vestuário apresenta uma unidade própria, o clo, que corresponde à resistência térmica de 0,155 m 2.K/W. A tabela 2 apresenta valores típicos de resistência térmica, I vest, de diferentes tipos de vestuário. 1 Uma forma de contabilizarmos (medirmos) o nível de actividade é através do met, que caracteriza a produção de calor devido ao desempenho humano. 1met =58 W/m 2 ; área média do corpo humano A = 1,75 m 2. Um homem produz aproximadamente 100 W de calor. 8

9 Vestuário Tabela 2: Resistência térmica do vestuário. Resistência térmica, I vest [clo] Resistência térmica, I vest [m 2.K/W] Nu 0 0 Calções 0,1 0,016 Vestuário Tropical 0,3 0,047 Vestuário leve de Verão 0,5 0,078 Vestuário de trabalho 0,7 0,124 Vestuário de Inverno para ambiente interior 1,0 0,155 Fato completo 1,5 0,233 Humidade do ar As equações de balanço energético são deduzidas com base na pressão parcial do vapor de água no ar. Definido o estado higrocópico do ar é em termos da temperatura seca, t a em ºC, e a humidade relativa, φ entre 0 e 1, a pressão parcial do vapor de água, p vap em Pa, é obtida pela equação 7. P = φ P (T) vap com, Sat Sat P (T) = 1000 e 4030,183 16,6536 T+ 235 (6) Equação de conforto térmico A equação de conforto térmico permite calcular o termo de acumulação de energia no corpo, S, correspondente à diferença entre o metabolismo desenvolvido no corpo e a transferência de calor para o ambiente, sendo apresentada na equação 8. 9

10 M W (Metabolismo e Trabalho) 3 3,05 10 (5733 6,99 (M W) P ) (Difusão de vapor) ( ) 0,42 M W 58,15 (Transpiração) 5 Vap Vap 1,7 10 M (5867 P ) (Respiração latente) 0,0014 M (34 t ) (Respiração sensivel) a f vest tvest 273 trad 273 (Radiação) f h (t t ) = (Convecção) 8 3,9 ( + ) ( + ) vest vest ar + S (Acumulação de calor) (7) Temperatura exterior do vestuário A temperatura da superfície do vestuário é obtida por balanço energético, igualando a transferência por condução da pele para o vestuário à transferência de calor por convecção e radiação, resultando na equação não linear que se apresenta nas equações 9 e 10. Nesta equação I vest corresponde à resistência térmica do vestuário, em m 2.K/W, e t pele à temperatura da pele, em ºC. t pele = 35,7 0,0275 (M W) (8) 8 { ( ) ( ) ( )} 4 4 t = t I 3,96 10 f t t f h t t (9) vest pele vest vest vest rad vest c vest ar Factor de vestuário O factor de vestuário define-se pela razão entre a área exterior do vestuário e a área corporal, sendo, consequentemente, um valor adimensional e superior à unidade. O factor de vestuário correlaciona-se com a resistência térmica do vestuário através das equações 11 e fvest 1,00 1,290 Ivest para Ivest 0,078 m K W 2 fvest 1,05 0,645 Ivest para Ivest 0,078 m K W = + < (10) = + > (11) 10

11 Figura 2: Factor de vestuário em função da resistência térmica do vestuário. Coeficiente de convecção A norma ISO 7730 define o cálculo do coeficiente de convecção natural e forçada pelas equações 13 e 14: ( ) 0,25 ( ) 0,25 h = 2,38 (t t ) para 2,38 t t > 12,1 v (12) vest ar vest ar h = 12,1 v para 2,38 t t < 12,1 v (13) vest ar 0,25 Estas correlações são representadas graficamente nas figuras 3 e 4. 11

12 Figura 3: Coeficiente de convecção natural. Figura 4: Coeficiente de convecção forçada. Nota: Consultar lista de símbolos (nomenclatura), com significado das variáveis. As equações de t vest e h c podem ser resolvidas iterativamente. 12

13 Evaporação As perdas por evaporação de água na pele são devidas ao mecanismo permanente de difusão de vapor e às situações de transpiração, resultante da necessidade do corpo em manter uma temperatura constante. A difusão de vapor depende da diferença de pressão de vapor entre a pele (p pele ) e a atmosfera (p vap ) sendo correlacionada por 3, (P pele P vap ), em W/m 2. Como a pressão de vapor é função da temperatura da pele, a expressão anterior poderá tomar a seguinte forma 3, (256.T pele 3373 P vap ), conduzindo à expressão final do termo de evaporação substituindo t pele pela correlação anteriormente apresentada, função do metabolismo e do trabalho. Respiração Trata-se de uma perda de calor de pouco significado. Compõe-se de uma carga sensível resultante do aquecimento do caudal de ar de respiração e de uma carga latente por humidificação do ar. Tipicamente a temperatura do ar expirado é de 34 ºC, tendo-se identificado uma relação linear entre o caudal e o metabolismo, pelo que este termo é dado por 0,0014.M.(34 t ar ). Para condições normais (tar = 23 ºC e metabolismo de 90 W/m 2 ) esta carga é de 1,3 W/m 2, ou seja, insignificante. A carga latente está relacionada com a pressão de vapor do ambiente sendo calculada por: 1, M.(5867 P vap ). Para condições normais (p vap = 1,4 kpa e o metabolismo de 90 W/m 2 ) esta carga é de 7 W/m 2, pelo que muitas vezes não é considerada. Radiação A constante 3, resulta do produto da constante de Boltzmann pelo factor de forma entre o vestuário e o exterior (toma-se 0,71) e pelo termo relacionado com as emissividades (considera-se uma emissividade da pele e do vestuário de 1 e 0,95, respectivamente). 13

14 Índice PMV O PMV é um índice que prevê o valor médio do voto de um grupo extenso de pessoas (amostragem significativa) segundo a seguinte escala de sensação térmica: muito frio frio ligeiramente frio neutro ligeiramente quente quente muito quente O índice PMV baseia-se no balanço de energia ao corpo humano. Um indivíduo encontra-se em equilíbrio térmico quando a produção interna de energia do corpo (função do metabolismo) igualar as perdas de calor com o ambiente envolvente. Em ambientes moderados, os sistemas internos de regulação térmica do corpo humano tentam, automaticamente, alterar a temperatura da pele e o nível de sudação, de forma a manter o equilíbrio térmico. No índice PMV, a resposta fisiológica dos sistemas internos de temperatura foi relacionada com a escala de votos de sensação térmica recolhidos de um grupo de mais de 1300 indivíduos. O índice PMV pode ser calculado por: 0,036 M ( e ) {( ) PMV = 0, ,028 M W 3 ( ) ( ) 5 ( v ) ( ) 3, ,99 M W Pv 0,42 M W 58,15 1,7 10 M 5867 P 0,0014 M 34 t a 8 vest ( vest ) ( mr ) ( )} 4 4 3,96 10 f t t f h t t vest c vest a (14) Segundo a norma ISO 7730, o uso do índice PMV é recomendado para valores entre 2 e + 2, e quando os valores dos seguintes parâmetros se encontrarem dentro da gama indicada: 14

15 46 W m M 232 W m 2 2 ( 0,8 met M 4 met) 0 m K W I 0,310 m K W 2 2 vest ( 0 clo I 2 clo) vest 10 ºC t ar 30 ºC 10 ºC t mr 40 ºC 0 m s v 1 m s 0 kpa P v 2,7 kpa Índice PPD O índice PPD, estabelece a quantidade estimada de pessoas insatisfeitas termicamente com o ambiente. Baseia-se na percentagem de um grande grupo de pessoas que gostariam que o ambiente estivesse mais quente ou mais frio, +3, +2 ou 3 e 2, na escala sétima de sensações. O PPD pode ser determinado analiticamente, conforme equação 16 em função do PMV, ou extraído da figura ( 0,03353 PMV 0,2179 PMV ) PPD = e (15) Uma conclusão interessante deste gráfico, figura 5, é que qualquer que sejam as condições ambientais, não se consegue menos do que 5% descontentes. Baseado nesta caracterização de conforto térmico, a ISO 7730 admite serem aceitáveis ambientes térmicos em que 0,5 < PMV < 0,5, ou seja, em que não mais de 10 % dos ocupantes se mostrem descontentes. A ISO 7730 impõe outras regras necessárias para conforto térmico, relacionadas com os parâmetros de conforto: A assimetria da temperatura radiante de janelas ou outra superfície vertical fria deve ser inferior a 10 ºC (em relação a um plano vertical 0,6 m acima do chão); 15

16 A velocidade do ar tem de ser no Inverno inferior a 0,15 m/s, com temperaturas entre 20 e 24 ºC. No Verão inferior a 0,25 m/s, com temperaturas entre 23 e 26 ºC. A diferença de temperatura do ar a 1,1 m e a 0,1 m acima do chão não deve exceder 3 ºC. A temperatura do chão deve situar-se entre 19 e 26 ºC excepto em pavimentos radiantes podendo atingir neste caso os 29 ºC. Figura 5: PMV vs. PPD. Desconforto térmico localizado, DR Draught Risk Taxa de corrente de ar, pode ser definida como arrefecimento local não desejado do corpo, causado pelo movimento de ar. Ela pode ser expressa como uma percentagem de pessoas que estão desconfortáveis pelas correntes de ar. Pode ser determinada através da seguinte equação empírica: 0,62 DR = (34 t a ) (v 0,05) (0,37 v Tu + 3,14) (16) 16

17 O modelo de estudo para o cálculo do índice DR baseou-se num estudo que englobou 150 indivíduos sujeitos a ambientes entre 20 e 26 ºC, velocidades médias do ar entre 0,05 e 0,4 m/s e índices de turbulência entre 0 e 70 %. A actividade dos indivíduos variou entre a sedentária e o trabalho leve, sendo que a sensação manifestada pela maior parte dos indivíduos aproximava-se da neutralidade térmica. O risco de desconforto é menor em indivíduos com actividades de maior nível físico do que em actividades sedentárias. O mesmo sucede para indivíduos que manifestem sensação de calor relativamente a indivíduos com sensação neutral. 17

18 OBJECTIVOS Com este trabalho experimental pretende-se analisar as condições de conforto em locais definidos para os diferentes grupos de trabalho. Pretende-se fomentar o contacto com o equipamento em causa, com sondas de medida, assim como sensibilizar os alunos para fenómenos associados ao conforto térmico. Como corolário do ensaio será exigido a realização dum relatório em que se descreva, analise e comente o trabalho efectuado. RELATÓRIO O relatório será realizado em casa e deverá, no mínimo, constar o seguinte material: Breve descrição do ensaio. Formulação teórica (inclui resumo das equações utilizadas). Tabela de dados (caso se justifique será incluido como anexo). Resposta às questões solicitadas aos intervenientes e complementares às listadas neste guia. Conclusões. MATERIAL A UTILIZAR TESTO 400 datalogger de aquisição. Conjunto de sondas de análise do ambiente interior temperatura de globo, bolbo húmido, e bolbo seco; Sonda de 3 funções temperatura do ar, velocidade e humidade relativa; Sonda do índice de turbulência temperatura e velocidade do ar; Sonda de infravermelhos temperatura das superfícies envolventes e temperatura do vestuário dos indivíduos. Acessórios do equipamento: tripés de apoio, mala de transporte das sondas e cabos de ligação. 18

19 Mala de transporte dos transdutores, dos cabos de ligação e acessórios de montagem. Pistola de infravermelhos com sonda de contacto. Software comsoft3. CUIDADOS A TER DURANTE O ENSAIO EXPERIMENTAL Durante o ensaio experimental devem ter-se os seguintes cuidados: Não tocar nos sensores. Não os colocar em locais onde se possam danificar. Não operar o equipamento com as mãos molhadas. Não efectue ligações sem ter a certeza de estarem correctas. Não colocar o suporte em locais instáveis. Fixar correctamente os transdutores no suporte. Ligar o analisador depois de todos os transdutores estarem ligados. Não se colocar nas proximidades dos transdutores durante as medições. Não se posicionar entre o transdutor e a superfície que se está a medir a temperatura radiante. Não induzir deslocações de ar na zona dos transdutores. Não forçar o termómetro de contacto durante a medição da temperatura do corpo. PROCEDIMENTO DURANTE O ENSAIO EXPERIMENTAL 1) Ligar o analisador de ambientes interiores. 2) Deixar estabilizar as leituras do equipamento. 3) Efectuar as seguintes leituras: a) Temperatura seca do ar. b) Velocidade do ar. c) Humidade relativa do ar. 19

20 d) Temperatura da superfície do chão e da superfície do corpo. e) Temperatura radiante em três orientações (norte-sul; oeste-este; tectochão). RESUMO DAS EXPRESSÕES P = φ P (T) Q vap Sat ( t ) = 15 v t Conv ar vest a ( ) Q = 7 t t Rad vest mr ( ) Q = M Q + Q Evap Conv Rad 0,036 M ( e ) {( ) PMV = 0, ,028 M W 3 ( ) ( ) 5 ( v ) ( ) 3, ,99 M W Pv 0, 42 M W 58,15 1,7 10 M 5867 P 0,0014 M 34 t a 8 vest ( vest ) ( mr ) ( )} vest c vest a 4 4 3,96 10 f t t f h t t 4 2 ( 0,03353 PMV 0,2179 PMV ) PPD = e + t rs t = + t 10 v mr a ar v ar Para uma pessoa em pé: t mr ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 ( 0,08+ 0,23+ 0,35) 0,08 tpr tecto + tpr chão + 0,23 tpr oeste + tpr este + 0,35 tpr norte + tpr sul = Para uma pessoa sentada: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( 2 ( 0,18+ 0,22+ 0,30) 0,18 t pr tecto + tpr chão + 0,22 tpr oeste + tpr este + 0,30 tpr norte + tpr sul ) 20

21 ANEXOS Norma ISO 7730 (disponível para consulta); Analisador de ambientes térmicos moderados; Quadros resumo; Condições de projecto interior e exterior (Wang, Shan K., Handbook of air conditioning and refrigeration, chapter four, 2 nd edition, McGraw-Hill, 2001, ISBN: ; Relatório. 21

22 ANALISADOR DE AMBIENTES TÉRMICOS MODERADOS O equipamento é constituído por um datalogger de aquisição, um conjunto de sondas de análise do ambiente interior, respectivos acessórios de transporte, apoio e cabos de ligação. Datalogger de aquisição TESTO 400 Este aparelho de aquisição serve para registar os valores obtidos pelas sondas. Para algumas situações faz também o cálculo directo de unidades derivadas e o seu registo juntamente com as unidades lidas directamente. Sonda de três funções relativa. Esta sonda mede simultaneamente a temperatura do ar, a velocidade e a humidade Sonda do índice de turbulência Esta sonda mede a temperatura e a velocidade do ar. Sondas de temperatura de globo, temperatura de bolbo húmido e temperatura bolbo seco A sonda de temperatura de globo a mede a temperatura média radiante. Através de um suporte, são montadas as três sondas, que a funcionar em conjunto permitem ao datalogger indicar o valor do WBGT. Na figura seguinte encontra-se a montagem. 22

23 Sonda de temperatura de infravermelhos 23

24 QUADROS RESUMO Quadro 1 Características da população estudada: Mulheres Idade, altura, peso. Homens Idade, altura, peso. Quadro 2 Do questionário fazem parte os seguintes pontos: Escala de sensação térmica segundo Fanger. Estimativa da temperatura da sala. Opinião sobre o movimento do ar, em termos de preferência e aceitabilidade (Escala de aceitabilidade: muito inaceitável, moderadamente inaceitável, pouco inaceitável, até muito aceitável; Escala de preferência: menos movimento do ar, sem alteração, mais movimento do ar). Lista de roupa utilizada pelos intervenientes, numa escala de quatro pontos (com separação de homens e mulheres). Actividade física e refeições tomadas nos últimos 30 minutos. Quadro de caracterização do ar ambiente: Humidade relativa [%] Pressão parcial do vapor [kpa] Temperatura de orvalho [ºC] Velocidade média do ar [m/s] Temperatura de bolbo seco [ºC] Quadro relativo ao vestuário utilizado, ou seja, resistência térmica do vestuário: Vestuário Icl [m 2.K/W] 24

25 Inquérito sobre a sensação de conforto (segundo a norma 7730) Indivíduo 1 Indivíduo 2 Indivíduo 3 Indivíduo 4 Indivíduo 5 Voto médio Sensação de conforto Quadro 3 Condições climatéricas interiores do espaço em estudo: Data, Tempo, temperatura seca do ar, temperatura de bolbo húmido, temperatura operativa, velocidade do ar (10 s) desvio padrão da velocidade do ar (10 s), temperatura de orvalho, velocidade do ar (3 min) desvio padrão da velocidade do ar (3 min), Clo, Met, Draught risk (DR), humidade relativa, pressão parcial do vapor, PMV, PPD, Temperatura equivalente, índice de turbulência. Quadro 4 Localização, caracterização e disposição do espaço em estudo. Indicação de formas auxiliares de climatização e se em funcionamento. Quadro 5 Valores referentes à radiação Orientação / diferenças ΔT ΔQ Temperatura do plano radiante [ºC] Norte Sul ΔT ΔQ Oeste Este 25

26 ΔT ΔQ Tecto Chão ΔT ΔQ 26

27 RELATÓRIO Do relatório escrito não podem falta os seguintes pontos: 1) Tabela referente ao vestuário e determinação da resistência térmica da roupa (considere o vestuário mais comum entre os elementos que participaram no inquérito). 2) Recorrendo à folha de cálculo fornecida determinar os índices PMV e PPD. Comparar com as sensações térmicas sentidas por cada elemento participante. 3) Verificar e caracterizar as condições de conforto através dos parâmetros de temperatura equivalente e temperatura operativa (norma ISO 7726). 4) Calcular as trocas de calor por convecção, radiação e evaporação (norma ISO 9920, 7933), para uma pessoa em pé e para uma pessoa sentada (recorra ao formulário fornecido). Determine a importância relativa de cada um dos mecanismos de troca de calor. 5) Calcular o calor libertado pelo metabolismo, de acordo com a norma ISO ) Calcular a temperatura média radiante (norma ISO 7726) e avaliar o stress térmico do ambiente em estudo (índice WBGT). 27

QUALIDADE TÉRMICA AMBIENTAL EM SALAS DE AULA

QUALIDADE TÉRMICA AMBIENTAL EM SALAS DE AULA QUALIDADE TÉRMICA AMBIENTAL EM SALAS DE AULA Celestino Rodrigues Ruivo Armando Costa Inverno António Hugo Lamarão Área Eng. Mecânica EST/UAlg Resumo A qualidade ambiental nos espaços interiores dos edifícios

Leia mais

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS PP. 1/5 FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS 1 TAREFA EXPOSIÇÃO A AMBIENTES TÉRMICOS QUENTES (CALOR) 2 DESCRIÇÃO A existência de calor no ambiente de trabalho constitui frequentemente uma fonte de

Leia mais

CLIMATIZAÇÃO AULA 02 CONFORTO AMBIENTAL Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Arquitetura e Urbanismo Prof. Philipe do Prado Santos

CLIMATIZAÇÃO AULA 02 CONFORTO AMBIENTAL Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Arquitetura e Urbanismo Prof. Philipe do Prado Santos CLIMATIZAÇÃO AULA 02 CONFORTO AMBIENTAL Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Arquitetura e Urbanismo Prof. Philipe do Prado Santos CONFORTO AMBIENTAL Bem-estar térmico, visual, acústico

Leia mais

DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE FORMA PARA RADIAÇÃO ENTRE O HOMEM E AS SUPERFÍCIES CIRCUNDANTES DE UM AMBIENTE ATRAVÉS DE UM MÉTODO PROBABILÍSTICO

DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE FORMA PARA RADIAÇÃO ENTRE O HOMEM E AS SUPERFÍCIES CIRCUNDANTES DE UM AMBIENTE ATRAVÉS DE UM MÉTODO PROBABILÍSTICO Curitiba PR Brasil 5 a 7 de novembro de 2003 DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE FORMA PARA RADIAÇÃO ENTRE O HOMEM E AS SUPERFÍCIES CIRCUNDANTES DE UM AMBIENTE ATRAVÉS DE UM MÉTODO PROBABILÍSTICO Wagner I. Simioni

Leia mais

DESCONFORTO / STRESS TÉRMICO NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL

DESCONFORTO / STRESS TÉRMICO NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL DESCONFORTO / STRESS TÉRMICO NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL UMA AVALIAÇÃO NUM CASO DE ESTUDO Valente Ferreira 1 e Mário Talaia 1,2 Licenciatura em Segurança Comunitária 1 ISCIA Instituto Superior de Ciências

Leia mais

Desempenho Térmico de edificações Aula 2: Conforto Térmico

Desempenho Térmico de edificações Aula 2: Conforto Térmico Desempenho Térmico de edificações PROFESSOR Roberto Lamberts ECV 5161 UFSC FLORIANÓPOLIS + humanas + ambientais + outras + modelos + normas estrutura variáveis cálculo 2 definição conforto térmico é o

Leia mais

ÍNDICES PMV E PPD NA DEFINIÇÃO DA PERFORMANCE DE UM AMBIENTE

ÍNDICES PMV E PPD NA DEFINIÇÃO DA PERFORMANCE DE UM AMBIENTE ÍNDICES PMV E PPD NA DEFINIÇÃO DA PERFORMANCE DE UM AMBIENTE Helena Simões e Mário Talaia Desde os tempos mais remotos diversos estudos têm indicado que existem relações entre a saúde pública e o clima

Leia mais

AMBIENTE TÉRMICO EM SALA DE AULA INFLUÊNCIA NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM

AMBIENTE TÉRMICO EM SALA DE AULA INFLUÊNCIA NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM AMBIENTE TÉRMICO EM SALA DE AULA INFLUÊNCIA NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM Mário Talaia (1) e Marta Silva (2) (1) Departamento de Física, Centro de Investigação CIDTFF, Universidade de Aveiro Campus

Leia mais

Recomendação Normativa ABRAVA RN SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR PARA CONFORTO PARÂMETROS DE CONFORTO TÉRMICO

Recomendação Normativa ABRAVA RN SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR PARA CONFORTO PARÂMETROS DE CONFORTO TÉRMICO Recomendação Normativa ABRAVA RN 03-2003 SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR PARA CONFORTO PARÂMETROS DE CONFORTO TÉRMICO Sumário 1. Objetivo 2. Definições 3. Condições gerais 4. Parâmetros de conforto 5.

Leia mais

Avaliação das condições de conforto térmico. Luis Matias, LNEC / DED Seminário de encerramento:

Avaliação das condições de conforto térmico. Luis Matias, LNEC / DED Seminário de encerramento: Avaliação das condições de conforto térmico Luis Matias, LNEC / DED Seminário de encerramento: 2016-12-06 1. Objetivos Analisar as condições ambientes nos espaços interiores dos Hotéis Avaliar as condições

Leia mais

Auditorias Integradas de verão. Avaliação das condições de conforto térmico. Luis Matias, LNEC / DED

Auditorias Integradas de verão. Avaliação das condições de conforto térmico. Luis Matias, LNEC / DED Auditorias Integradas de verão. Avaliação das condições de conforto térmico Luis Matias, LNEC / DED 2016-05-25 1. Objetivos Analisar as condições ambientes nos espaços interiores dos Hotéis Avaliar as

Leia mais

Investigadores nesta tarefa. Projecto URBKLIM. Jorge Saraiva. Margarida Queiroz. Paula Cadima. Sílvia Pelham

Investigadores nesta tarefa. Projecto URBKLIM. Jorge Saraiva. Margarida Queiroz. Paula Cadima. Sílvia Pelham Henrique Andrade Maria João Alcoforado Sandra Oliveira Centro de Estudos Geográficos Universidade de Lisboa Tarefa II - Percepção das condições atmosféricas e do conforto bioclimático nos espaços públicos

Leia mais

EQUILIBRIO TÉRMICO ENTRE O HOMEM E O MEIO

EQUILIBRIO TÉRMICO ENTRE O HOMEM E O MEIO EQUILIBRIO TÉRMICO ENTRE O HOMEM E O MEIO Conforto térmico conforto térmico de um ambiente pode ser definido como a sensação de bem-estar experimentada por uma e/ou pela maioria das pessoas. Está relacionada

Leia mais

Conforto Térmico e Bioclimatologia

Conforto Térmico e Bioclimatologia Conforto Térmico e Bioclimatologia Introdução ao Conforto Térmico A importância do estudo de conforto térmico está baseada principalmente em 3 fatores: A satisfação do homem ou seu bem estar em se sentir

Leia mais

Indicador do comportamento térmico passivo de habitações: Inverno

Indicador do comportamento térmico passivo de habitações: Inverno Eficiência Energética e Comportamento Passivo dos Edifícios Indicador do comportamento térmico passivo de habitações: Inverno Armando Pinto Laboratório Nacional de Engenharia Civil apinto@lnec.pt Ponto

Leia mais

Disciplina: Sistemas Térmicos

Disciplina: Sistemas Térmicos Disciplina: Sistemas Térmicos Introdução Condições de Conforto Requisitos Exigidos para o Conforto Ambiental Sistemas de Ar Condicionado Tipos de Condensação Tipos de Instalação Estimativa do Número de

Leia mais

ESZO Fenômenos de Transporte

ESZO Fenômenos de Transporte Universidade Federal do ABC ESZO 001-15 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto ana.neto@ufabc.edu.br Bloco A, torre 1, sala 637 Mecanismos de Transferência de Calor Calor Calor pode

Leia mais

CONFORTO E STRESS TÉRMICO

CONFORTO E STRESS TÉRMICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CONFORTO E STRESS TÉRMICO Professor Roberto Lamberts, PhD Atualizações: Prof. Antonio Augusto Xavier Prof. Solange

Leia mais

Gestão de energia: 2008/2009

Gestão de energia: 2008/2009 Gestão de energia: 2008/2009 Aula # T10 Energia em edifícios Prof. Miguel Águas miguel.aguas@ist.utl.pt Consumo de energia em edifícios O consumo de energia em edifícios já representa 38% 10% 23% 39% Services

Leia mais

Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco Física e Química A, 10º ano. Ano lectivo 2008/2009

Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco Física e Química A, 10º ano. Ano lectivo 2008/2009 Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco Física e Química A, º ano Ano lectivo 2008/2009 Correcção do Teste de Avaliação Sumativa (7/5/2009) Nome: Nº de Aluno: Turma: Classificação: Professor: Formulário

Leia mais

ÍNDICE 1.- SISTEMAS DE CONDUÇÃO DE ÁGUA. TUBAGENS... 2

ÍNDICE 1.- SISTEMAS DE CONDUÇÃO DE ÁGUA. TUBAGENS... 2 ÍNDICE 1.- SISTEMAS DE CONDUÇÃO DE ÁGUA. TUBAGENS... 2 2.- SISTEMAS DE PISO RADIANTE... 3 2.1.- Bases de cálculo... 3 2.1.1.- Cálculo da carga térmica dos compartimentos... 3 2.1.2.- Localização dos colectores...

Leia mais

ANALYSIS CST. PROJETO DE PESQUISA Desenvolvimento de tutoriais de softwares da série Analysis

ANALYSIS CST. PROJETO DE PESQUISA Desenvolvimento de tutoriais de softwares da série Analysis PROJETO DE PESQUISA Desenvolvimento de tutoriais de softwares da série Analysis ANALYSIS CST Pesquisadora: Karen Carrer Ruman de Bortoli (karencrbortoli@gmail.com) Orientadora: Rita de Cássia Pereira Saramago

Leia mais

Laboratório de Ciências Térmicas DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO NOTAS DE AULA DE SISTEMAS TÉRMICOS II

Laboratório de Ciências Térmicas DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO NOTAS DE AULA DE SISTEMAS TÉRMICOS II Laboratório de Ciências Térmicas DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA PARANÁ CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ NOTAS DE AULA DE SISTEMAS TÉRMICOS II Prof. Cezar O. R. Negrão, PhD Agosto de

Leia mais

CONFORTO TÉRMICO NO INTERIOR DE EDIFÍCIOS THERMAL COMFORT IN BUILDINGS. Tiago Manuel Fernandes Gonçalves

CONFORTO TÉRMICO NO INTERIOR DE EDIFÍCIOS THERMAL COMFORT IN BUILDINGS. Tiago Manuel Fernandes Gonçalves Tiago Manuel Fernandes Gonçalves CONFORTO TÉRMICO NO INTERIOR DE EDIFÍCIOS THERMAL COMFORT IN BUILDINGS Dissertação de Mestrado Integrado em Engenharia Civil, na área de Especialização em Construções,

Leia mais

CONFORTO AMBIENTAL Aula 3

CONFORTO AMBIENTAL Aula 3 TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS CONFORTO AMBIENTAL Aula 3 M.Sc. Arq. Elena M. D. Oliveira Segundo a ASHRAE, Conforto Térmico é um estado de espírito que reflete a satisfação com o ambiente térmico

Leia mais

ERGONOMIA. Variáveis ambientais: CALOR RUÍDOS UMIDADE VIBRAÇÕES LUZ CORES

ERGONOMIA. Variáveis ambientais: CALOR RUÍDOS UMIDADE VIBRAÇÕES LUZ CORES ERGONOMIA AULA 8: O O Ambiente de Trabalho Variáveis ambientais: CALOR RUÍDOS UMIDADE VIBRAÇÕES LUZ CORES Estas condições influenciam o desempenho humano e a saúde dos trabalharores. TEMPERATURA TEMPERATURA

Leia mais

Módulo II Energia, Calor e Trabalho

Módulo II Energia, Calor e Trabalho Módulo II Energia, Calor e Trabalho Energia A energia pode se manifestar de diversas formas: mecânica, elétrica, térmica, cinética, potencial, magnética, química e nuclear. A energia total de um sistema

Leia mais

Temperatura. Posição do problema. Produção Interna de Calor. Equação do Equilíbrio Térmico. Queixas das condições térmicas de trabalho

Temperatura. Posição do problema. Produção Interna de Calor. Equação do Equilíbrio Térmico. Queixas das condições térmicas de trabalho Posição do problema Temperatura Fernando Gonçalves Amaral Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFRGS Queixas das condições térmicas de trabalho siderurgia outros metais minas produção

Leia mais

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) ENGENHARIA DE MATERIAIS Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) Prof. Dr. Sérgio R. Montoro sergio.montoro@usp.br srmontoro@dequi.eel.usp.br AULA 3 REVISÃO E

Leia mais

TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA

TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA MEC - Mestrado Integrado em Engenharia Civil LEGM - Licenciatura Bolonha em Engenharia Geológica e de Minas TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA 0-03 Exame de ª Época, 5 de Junho de 03, 8h-0h30min INSTRUÇÕES

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Introdução à transferência de calor Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade

Leia mais

CONFORTO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES COMERCIAIS LOCALIZADAS EM FLORIANÓPOLIS

CONFORTO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES COMERCIAIS LOCALIZADAS EM FLORIANÓPOLIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES Relatório de Iniciação Científica CONFORTO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES COMERCIAIS

Leia mais

Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS TERMOGRAFIA

Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS TERMOGRAFIA Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS Técnicas de Inspecção e Avaliação do Desempenho de Edifícios Inês Simões

Leia mais

Disciplina : Máquinas Térmicas e de Fluxo Aula 3 Conceitos de Trabalho e calor e Primeira lei da Termodinâmica

Disciplina : Máquinas Térmicas e de Fluxo Aula 3 Conceitos de Trabalho e calor e Primeira lei da Termodinâmica Disciplina : Máquinas Térmicas e de Fluxo Aula 3 Conceitos de Trabalho e calor e Primeira lei da Termodinâmica Prof. Evandro Rodrigo Dário, Dr. Eng. Revisando Conceitos de Energia Professor Dr. Evandro

Leia mais

Expansão Térmica de Sólidos e Líquidos. A maior parte dos sólidos e líquidos sofre uma expansão quando a sua temperatura aumenta:

Expansão Térmica de Sólidos e Líquidos. A maior parte dos sólidos e líquidos sofre uma expansão quando a sua temperatura aumenta: 23/Mar/2018 Aula 8 Expansão Térmica de Sólidos e Líquidos Coeficiente de expansão térmica Expansão Volumétrica Expansão da água Mecanismos de transferência de calor Condução; convecção; radiação 1 Expansão

Leia mais

Climatização. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Climatização. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 Climatização Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 Efeitos do Movimento do Ar no Conforto de uma Pessoa Energia Solar Térmica

Leia mais

TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA

TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA MEC - Mestrado Integrado em Engenharia Civil LEGM - Licenciatura Bolonha em Engenharia Geológica e de Minas TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA 0-03 Exame de ª Época, 5 de Junho de 03, 8h-0h30min INSTRUÇÕES

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO DOS USUÁRIOS DE UMA QUADRA POLIESPORTIVA EM UMA IES

AVALIAÇÃO DA SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO DOS USUÁRIOS DE UMA QUADRA POLIESPORTIVA EM UMA IES João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 AVALIAÇÃO DA SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO DOS USUÁRIOS DE UMA QUADRA POLIESPORTIVA EM UMA IES Lucas Carvalho de Oliveira (UFPB ) lucascarvalhodeoliveira@hotmailcom

Leia mais

CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático

CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático 5.1 Introdução Uma vez desenvolvido o programa, este foi testado com o objectivo de verificar a sua eficácia. Para isso, utilizou-se uma simulação efectuada

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

Escola Superior de Tecnologia de Abrantes Instituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Abrantes Curso Licenciatura em Engenharia Mecânica Ano Lectivo 2008/2009 Ficha da Unidade Curricular Unidade Curricular Climatização e Refrigeração

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina ENG278 Transferência de Calor e Massa

Programa Analítico de Disciplina ENG278 Transferência de Calor e Massa 0 Programa Analítico de Disciplina ENG78 Transferência de Calor e Massa Departamento de Engenharia Agrícola - Centro de Ciências Agrárias Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas:

Leia mais

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE . 2 Variação da Temperatura e Estrutura Regiões de transição as pausas Nomenclatura introduzida na década de 1950 baseia-se no perfil de

Leia mais

Aula P: Qualidade de Ar Interior

Aula P: Qualidade de Ar Interior Aula P: Qualidade de Ar Interior A ventilação cumpre, na maioria dos edifícios de serviços, um duplo papel: - Garantir a qualidade do ar - Remover cargas térmicas No caso da qualidade de ar interior (QAI)

Leia mais

O ORGANISMO HUMANO NUM AMBIENTE DE STRESS TÉRMICO CASO DE UMA ÁREA COM FORNOS

O ORGANISMO HUMANO NUM AMBIENTE DE STRESS TÉRMICO CASO DE UMA ÁREA COM FORNOS O ORGANISMO HUMANO NUM AMBIENTE DE STRESS TÉRMICO CASO DE UMA ÁREA COM FORNOS Talaia, M.A.R. e Rodrigues, F.A.G. Departamento de Física, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal mart@fis.ua.pt, fagrodrigues@gmail.com

Leia mais

Estudo experimental da radiação térmica

Estudo experimental da radiação térmica Estudo experimental da radiação térmica A - Introdução à Radiação Térmica 1. Equipamento Necessário: - de radiação, cubo de radiação térmica; - Milivoltímetro; - Vidro de janela; - Ohmímetro 2. Procedimento

Leia mais

Evento REABILITAÇÃO ENERGETICAMENTE EFICIENTE DE EDIFÍCIOS URBANOS. Termografia. Técnicas de Inspecçãoe Avaliação do Desempenho de Edifícios

Evento REABILITAÇÃO ENERGETICAMENTE EFICIENTE DE EDIFÍCIOS URBANOS. Termografia. Técnicas de Inspecçãoe Avaliação do Desempenho de Edifícios Evento REABILITAÇÃO ENERGETICAMENTE EFICIENTE DE EDIFÍCIOS URBANOS Técnicas de Inspecçãoe Avaliação do Desempenho de Edifícios Termografia Inês Simões www.itecons.uc.pt O que é a termografia infravermelha?

Leia mais

ESTRATÉGIA. Professeur J. Malchaire. Descrição sucinta da situação de trabalho croquis zonas de trabalho

ESTRATÉGIA. Professeur J. Malchaire. Descrição sucinta da situação de trabalho croquis zonas de trabalho ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃ DS RISCS AMBIENTES TÉRMICS T DE TRABALH Professeur J. Malchaire Unité Hygiène et Physiologie du Travail Université catholique de Louvain ESTRATÉGIA Quando? Como? Custo? Por quem?

Leia mais

EXPOSIÇÃO AO CALOR: Sobrecarga ou Conforto?

EXPOSIÇÃO AO CALOR: Sobrecarga ou Conforto? 1 Conforto Térmico EXPOSIÇÃO AO CALOR: Sobrecarga ou Conforto? Renato Martins Palierini renato@twabrasil.com.br DOMÍNIO CONCEITUAL NECESSÁRIO 2 Mecanismos de troca térmica Taxa metabólica e dispêndio energético

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 10.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 2010/2011 NOME: Nº: TURMA:

ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 10.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 2010/2011 NOME: Nº: TURMA: ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 0.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 200/20 NOME: Nº: TURMA: AVALIAÇÃO: Prof.. A energia eléctrica pode ser produzida em centrais termoeléctricas. Nessa produção há perdas de

Leia mais

1ª sessão de preparação para a EUSO2010. Características eléctricas de saída de um painel fotovoltaico

1ª sessão de preparação para a EUSO2010. Características eléctricas de saída de um painel fotovoltaico FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA 1ª sessão de preparação para a EUSO2010 Características eléctricas de saída de um painel fotovoltaico 1 OBJECTIVO Determinação e interpretação

Leia mais

Transferência de Calor: Origens Físicas F Equações de Taxas de Transferência

Transferência de Calor: Origens Físicas F Equações de Taxas de Transferência Transferência de Calor: Origens Físicas F e Euações de Taxas de Transferência Transferência de Calor e Energia Térmica O ue é a transferência de calor? A transferência de calor éo trânsito de energia térmica

Leia mais

TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA

TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA MEC - Mestrado Integrado em Engenharia Civil LEGM - Licenciatura Bolonha em Engenharia Geológica e de Minas TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA 05-06 Exame de ª Época, 9 de Junho de 06, :30h-3h30min INSTRUÇÕES

Leia mais

Carga Térmica. Definições. Métodos de Cálculo. Ferramentas de simulação. Normas. Condições externas e internas

Carga Térmica. Definições. Métodos de Cálculo. Ferramentas de simulação. Normas. Condições externas e internas Carga Térmica Definições Métodos de Cálculo Ferramentas de simulação Normas Condições externas e internas PME 2515 - Ar Condicionado e Ventilação Alberto Hernandez Neto -Direitos autorais reservados -

Leia mais

APRESENTAÇÃO FATO ANTI-PRESSÃO SKINTOSKIN

APRESENTAÇÃO FATO ANTI-PRESSÃO SKINTOSKIN APRESENTAÇÃO FATO ANTI-PRESSÃO SKINTOSKIN A) IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA/NECESSIDADE; B) FINALIDADE E CARACTERISTICAS FATO ANTI-PRESSÃO; C) MODO DE ACTUAÇÃO; D) ESTUDOS LABORATORIAIS E IN VIVO. Parcerias

Leia mais

TRANSMISSÃO DE CALOR

TRANSMISSÃO DE CALOR INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA TRANSMISSÃO DE CALOR Guia do Laboratório: Estudo Experimental da Relação entre os Números de Nusselt, Reynolds e Prandtl Mário Manuel Gonçalves

Leia mais

Instituto Politécnico de Viseu

Instituto Politécnico de Viseu Instituto Politécnico de Viseu IPV - ESTGV Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu Daniel António Soares Coelho Avaliação do Conforto Térmico em salas de aula Junho de 2014 Escola Superior de Tecnologia

Leia mais

Medição de entalpia de neutralização. Química 12º Ano

Medição de entalpia de neutralização. Química 12º Ano Medição de entalpia de neutralização Química 12º Ano Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente Actividades de Projecto Laboratorial Janeiro 2006 Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva Dep. Eng. Cerâmica e do

Leia mais

Fernando Gonçalves Amaral. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFRGS. Queixas das condições térmicas de trabalho

Fernando Gonçalves Amaral. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFRGS. Queixas das condições térmicas de trabalho Temperatura Fernando Gonçalves Amaral Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFRGS Posição do problema Queixas das condições térmicas de trabalho siderurgia outros metais minas produção

Leia mais

PARTE 2 COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS ESTRUTURAS

PARTE 2 COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS ESTRUTURAS PARTE 2 COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS ESTRUTURAS 0/ 45 Resistência ao fogo Sequência de eventos Θ Carregamento 1: Ignição Colunas de aço tempo 2: Acções térmicas 3: Acções mecânicas R 4: Comportamento térmico

Leia mais

Desempenho Térmico de edificações Aula 2: Conforto Térmico

Desempenho Térmico de edificações Aula 2: Conforto Térmico Desempenho Térmico de edificações PROFESSOR Roberto Lamberts ECV 5161 UFSC FLORIANÓPOLIS + definição + importância + termoregulação + trocas térmicas + humanas + ambientais + outras + medição + cálculos

Leia mais

Conforto Humano. Acústico; antropométrico; olfativo; tátil; térmico; visual.

Conforto Humano. Acústico; antropométrico; olfativo; tátil; térmico; visual. 1 Conforto Humano 2 Acústico; antropométrico; olfativo; tátil; térmico; visual. Conforto Térmico Interação Térmica entre o Corpo Humano e o Ambiente Radiação Convecção Ar ambiente Perda de Calor Sensível

Leia mais

Conservação de Energia

Conservação de Energia Conservação de Energia Formulações Alternativas Base temporal: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA (Primeira Lei da Termodinâmica) Uma ferramenta importante na análise do fenómeno de transferência de calor, constituindo

Leia mais

FICHA DA DISCIPLINA DE TRANSMISSÃO DE CALOR

FICHA DA DISCIPLINA DE TRANSMISSÃO DE CALOR FICHA DA DISCIPLINA DE TRANSMISSÃO DE CALOR 3º Ano Regime: 1º Semestre Ano Lectivo: 2006/2007 Carga Horária: 2T+2T/P Docente Responsável: Flávio Chaves Corpo Docente: Flávio Chaves Objectivos Conhecimento

Leia mais

EQUIVALENTE ELÉCTRICO DO CALOR

EQUIVALENTE ELÉCTRICO DO CALOR EQUIVALENTE ELÉCTRICO DO CALOR 1. Resumo Neste trabalho, considerando que qualquer tipo de energia se pode transformar noutro, coloca-se em evidência que o calor é uma forma de energia estabelecendo uma

Leia mais

ÁREA DO CONHECIMENTO: (x) EXATAS ( )HUMANAS ( )VIDA

ÁREA DO CONHECIMENTO: (x) EXATAS ( )HUMANAS ( )VIDA 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA ÁREA DO CONHECIMENTO: (x) EATAS ( )HUMANAS ( )VIDA PROGRAMA: () PIBIC ( ) PIVIC Título

Leia mais

O conforto humano. O Homem e suas necessidade higrotérmicas

O conforto humano. O Homem e suas necessidade higrotérmicas O conforto humano O Homem e suas necessidade higrotérmicas O que é conforto térmico O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa satisfação com o ambiente térmico circunjacente.

Leia mais

CALORIMETRIA E TERMOLOGIA

CALORIMETRIA E TERMOLOGIA CALORIMETRIA E TERMOLOGIA CALORIMETRIA Calor É a transferência de energia de um corpo para outro, decorrente da diferença de temperatura entre eles. quente Fluxo de calor frio BTU = British Thermal Unit

Leia mais

RELACIONAMENTO ENTRE SENSAÇÕES TÉRMICAS E PERCENTAGEM DE PESSOAS INSATISFEITAS COM O AMBIENTE EM ESTUDOS DE CAMPO.

RELACIONAMENTO ENTRE SENSAÇÕES TÉRMICAS E PERCENTAGEM DE PESSOAS INSATISFEITAS COM O AMBIENTE EM ESTUDOS DE CAMPO. RELACIONAMENTO ENTRE SENSAÇÕES TÉRMICAS E PERCENTAGEM DE PESSOAS INSATISFEITAS COM O AMBIENTE EM ESTUDOS DE CAMPO. Xavier, Antonio A. P.¹; Lamberts, Roberto² ; Volpato, Cleber G.³ 1-Eng. Civil, M.Eng.

Leia mais

AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO: UMA EXPERIÊNCIA NA INDÚSTRIA DA CONFECÇÃO

AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO: UMA EXPERIÊNCIA NA INDÚSTRIA DA CONFECÇÃO I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO 18-21 julho 2004, São Paulo. ISBN 85-89478-08-4. RESUMO AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO:

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO EM SALA DE ESTUDOS DA UFSC

AVALIAÇÃO DA SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO EM SALA DE ESTUDOS DA UFSC AVALIAÇÃO DA SENSAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO EM SALA DE ESTUDOS DA UFSC Marco A. Losso (1); Jonas P. Fabris (2). (1) Arquiteto, Mestrando em Engenharia Civil/UFSC mlosso@terra.com.br (2) Eng. Civil, Mestrando

Leia mais

Transmissão de Calor

Transmissão de Calor Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Instituto Superior Tecnico Universidade Técnica de Lisboa Transmissão de Calor Guia do ensaio de Laboratório Condução de calor transiente em sólidos Preparado

Leia mais

Transferência de Energia

Transferência de Energia APLICAÇÃO DO FRIO NA CADEIA ALIMENTAR CTeSP em GASTRONOMIA, TURISMO E BEM-ESTAR Definição é a passagem/transmissão de energia, na forma de calor, de um ponto para outro. A transferência de calor efectua-se

Leia mais

Transferência de calor

Transferência de calor Transferência de calor 1.1 Calor: Forma de energia que se transmite espontaneamente de um corpo para o outro quando entre eles existir uma diferença de temperatura. O calor é uma energia em trânsito provocada

Leia mais

25/Mar/2015 Aula /Mar/2015 Aula 9

25/Mar/2015 Aula /Mar/2015 Aula 9 20/Mar/2015 Aula 9 Processos Politrópicos Relações politrópicas num gás ideal Trabalho: aplicação aos gases perfeitos Calor: aplicação aos gases perfeitos Calor específico politrópico Variação de entropia

Leia mais

Sistemas Energéticos. 3º ano 6º semestre Aula 10

Sistemas Energéticos. 3º ano 6º semestre Aula 10 Sistemas Energéticos 3º ano 6º semestre Aula 10 Aula 10: Balanços Térmicos e Consumo de combustível 2 Tópicos Características de Funcionamento do Forno Condições Térmicas Balanço de Calor Consumo de combustível

Leia mais

Ecologia O mundo físico Clima Clima regional

Ecologia O mundo físico Clima Clima regional O mundo físico Clima Clima regional Efeito da topografia O mundo físico Clima Clima regional Clima da cidade comparado com o do campo elemento partículas de condensação mistura de gases cobertura de nuvens

Leia mais

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre Universidade Federal do ABC EN 2411 Aula 10 Convecção ivre Convecção ivre Convecção natural (ou livre): transferência de calor que ocorre devido às correntes de convecção que são induzidas por forças de

Leia mais

Mecanismos de transferência de calor

Mecanismos de transferência de calor Mecanismos de transferência de calor Condução Potência calor: Q cond A T 1 T x : condutibilidde térmica; A: área de transferência x: espessura ao longo da condução T 1 T : diferença de temperatura ifusividade

Leia mais

Instalações Térmicas. 3º ano 6º semestre Aula 19

Instalações Térmicas. 3º ano 6º semestre Aula 19 Instalações Térmicas 3º ano 6º semestre Aula 19 Aula 19: Balanços Térmicos e Consumo de combustível 2 Tópicos Características de Funcionamento do Forno Condições Térmicas Balanço de Calor Consumo de combustível

Leia mais

Transferência de Calor em Geradores de Vapor

Transferência de Calor em Geradores de Vapor ransferência de Calor em Geradores de Vapor Considerações gerais O dimensionamento térmico das paredes d água e dos feixes de tubos deve: Minimizar investimentos em material Otimizar o aproveitamento da

Leia mais

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA À VOLTA DE CILINDROS METÁLICOS TP4

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA À VOLTA DE CILINDROS METÁLICOS TP4 TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA À VOLTA DE CILINDROS METÁLICOS TP4 LABORATÓRIOS DE ENGENHARIA QUÍMICA I 2009/2010 1. Objectivo Determinação do coeficiente de convecção natural e

Leia mais

Transmissão de Calor e Massa I

Transmissão de Calor e Massa I Licenciatura em Engenharia Mecânica Ramo Termodinâmica Aplicada Instituto Superior Tecnico Universidade Técnica de Lisboa Transmissão de Calor e Massa I Guia do ensaio de Laboratório Condução de calor

Leia mais

GUIA PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIAS ENERGÉTICAS ÀS INSTALAÇÕES DE COGERAÇÃO

GUIA PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIAS ENERGÉTICAS ÀS INSTALAÇÕES DE COGERAÇÃO GUIA PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIAS ENERGÉTICAS ÀS INSTALAÇÕES DE COGERAÇÃO Aprovado por Despacho do Director- Geral da Energia de 8 de Agosto de 2002 (Despacho nº 19151/2002,publicado no DR nº 198, 2ªS,

Leia mais

Exame de Transmissão de Calor Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica e Engenharia Aeroespacial 30 de Janeiro de º Semestre

Exame de Transmissão de Calor Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica e Engenharia Aeroespacial 30 de Janeiro de º Semestre Eame de Transmissão de Calor Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica e Engenharia Aeroespacial 30 de Janeiro de 2012 1º Semestre Observações: 1- Duração do eame: 3 h 2- Tempo aconselhado para a parte

Leia mais

PERMUTADOR DE PLACAS TP3

PERMUTADOR DE PLACAS TP3 PERMUTADOR DE PLACAS TP3 LABORATÓRIOS DE ENGENHARIA QUÍMICA I (2009/2010 1. Objectivos Determinação de coeficientes globais de transferência de calor num permutador de calor de placas. Cálculo da eficiência

Leia mais

Energia e a Primeira Lei da Termodinâmica

Energia e a Primeira Lei da Termodinâmica UTFPR Termodinâmica 1 Energia e a Primeira Lei da Termodinâmica Princípios de Termodinâmica para Engenharia Capítulo 2 Energia Formas de Energia Mecânica (Cinética e Potencial) Térmica Química Elétrica,

Leia mais

PIR - Projetos de Instalações de Refrigeração

PIR - Projetos de Instalações de Refrigeração PIR - Projetos de Instalações de Refrigeração Prof. Mauricio Nath Lopes (mauricio.nath@ifsc.edu.br) Objetivo geral: Capacitar os alunos na execução de projetos de câmaras frigoríficas de pequeno porte.

Leia mais

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) ENGENHARIA DE MATERIAIS Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) Prof. Dr. Sérgio R. Montoro sergio.montoro@usp.br srmontoro@dequi.eel.usp.br AULA 5 CONDUÇÃO

Leia mais

Q t. Taxa de transferência de energia por calor. TMDZ3 Processos de Transmissão de calor. Prof. Osvaldo Canato Jr

Q t. Taxa de transferência de energia por calor. TMDZ3 Processos de Transmissão de calor. Prof. Osvaldo Canato Jr Taxa de transferência de energia por calor P Q t no SI : Q J; t s; P J / s W ( watt) Condução Para um bloco com corte transversal de área A, espessura x e temperaturas T 1 e T 2 em suas faces, têm-se:

Leia mais

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada TMFA Termodinâmica Aplicada 1) Considere a central de potência simples mostrada na figura a seguir. O fluido de trabalho utilizado no ciclo é água e conhece-se os seguintes dados operacionais: Localização

Leia mais

Dep. Ar Condicionado 1 Fechar Catálogo

Dep. Ar Condicionado 1 Fechar   Catálogo 1 Mapa de Apresentação Conforto térmico Climatização Remoção de cargas térmicas Equilíbrio de sistemas hidráulicos Sistemas de distribuição de água Ar ou Água? Equilíbrio dinâmico de sistemas hidráulicos

Leia mais

PRINCÍPIOS PIOS DE AMBIÊNCIA EM CONSTRUÇÕES RURAIS

PRINCÍPIOS PIOS DE AMBIÊNCIA EM CONSTRUÇÕES RURAIS Universidade Federal de Goiás Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos Setor de Engenharia Rural PRINCÍPIOS PIOS DE AMBIÊNCIA EM CONSTRUÇÕES RURAIS Construções e Eletrificação Rural Prof. Dr. Regis

Leia mais

Aula 5. Sobrecarga e conforto Térmico

Aula 5. Sobrecarga e conforto Térmico Aula 5 Sobrecarga e conforto Térmico TEMPERATURAS EXTREMAS O calor, ao contrário de outros agentes físicos, é mais difícil de ser avaliado com precisão em virtude da multiplicidade de fatores ambientais

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA. Guia do ensaio de laboratório para a disciplina: Transmissão de Calor

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA. Guia do ensaio de laboratório para a disciplina: Transmissão de Calor INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Guia do ensaio de laoratório para a disciplina: Transmissão de Calor Análise da transferência de calor em superfícies com alhetas ou pinos. João

Leia mais

APLICAÇÃO DA TERMOFISIOLOGIA HUMANA NA AVALIAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO. Eusébio Conceição

APLICAÇÃO DA TERMOFISIOLOGIA HUMANA NA AVALIAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO. Eusébio Conceição APLICAÇÃO DA TERMOFISIOLOGIA HUMANA NA AVALIAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO Eusébio Conceição FCT - Universidade do Algarve - Faro OBJECTIVOS Desenvolvimento de um novo sistema de controlo de sistemas AVAC baseados

Leia mais

Aula anterior: Esta Aula: Próxima aula:

Aula anterior: Esta Aula: Próxima aula: Aula anterior: Composição da atmosfera: do que é composta; fontes e sumidouros; como alcançou o estado atual. Breve discussão sobre pressão, densidade, temperatura. Esta Aula: Temperatura, pressão e densidade

Leia mais

AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO EM UMA SALA DE AULA

AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO EM UMA SALA DE AULA João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO EM UMA SALA DE AULA Sara Virginia Ornilo Correia (UFPB ) saracorreiav@hotmailcom MATEUS MARCELINO DA SILVA (UFPB ) mateusmarcelinos@hotmailcom

Leia mais

Umidade do ar. 23 de maio de 2017

Umidade do ar. 23 de maio de 2017 Umidade do ar 23 de maio de 2017 1 Introdução Umidade do ar é a água na fase de vapor Fontes naturais Superfícies de água, gelo e neve, solo, vegetais e animais Processos físicos Evaporação, condensação

Leia mais