ADSORÇÃO. Em Superfícies Sólidas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ADSORÇÃO. Em Superfícies Sólidas"

Transcrição

1 ADSORÇÃO 1 Em Superfícies Sólidas

2 PARA QUE SERVE A ADSORÇÃO? Importância tecnológica adsorventes são usados: em processos de secagem como catalisadores ou suportes de catalisadores separação e purificação de gases e líquidos controlo da poluição quer em fase líquida quer em fase gasosa Conhecimento de propriedades como a área específica e o tipo de porosidade de materiais sólidos finamente divididos 2

3 ADSORÇÃO: O QUE É? É um processo espontâneo que ocorre sempre que uma superfície de um sólido é exposta a um gás ou a um líquido...partição preferencial das substâncias da fase gasosa ou da fase líquida na superfície de um substrato sólido. (concentração de gases, líquidos ou substâncias dissolvidas (adsorvato) na superfície dos sólidos (adsorvente) Acumulação ou aumento da concentração de uma substância sobre uma superfície de um outro composto. Adsorção = C subs. cama. sup. C subs. Int. fase. Adsorção Absorção 3

4 4 ADSORÇÃO VS ABSORÇÃO

5 ADSORÇÃO: NOMENCLATURA Substrato ou adsorvente: superfície na qual ocorre a adsorção Superfície de um catalisador; vários tipos de gel de sílica; zeólitos; polímeros Adsorvato: moléculas ou átomos que são adsorvidos no substrato Substância adsorvida; material concentrado no adsorvente Adsorção: processo através do qual a molécula ou átomo adsorve à superfície do substrato Recobrimento: medida da extensão de adsorção da espécie na superfície () Exposição: medida da quantidade de gás exposto à superfície (1 Langmuir = 10-6 torr s) 5

6 ADSORÇÃO Adsorbent (porous structure) Adsorbate Adsorbent ( flat surface) 6

7 COMO AVALIAR A ADSORÇÃO? Adsorvente Gás c/ pressão Líquido c/ concentração conhecida conhecida ou nº moles de adsorvato Avalia-se o g ou unidade de área (cm 2 T n )de adsorvente T, P cm 2 Como? Mede-se o decréscimo de pressão ou de concentração no seio da fase Mede-se a pressão ou volume adsorvido por determinada quantidade de adsorvente 7

8 COMO QUANTIFICAR A ADSORÇÃO: ISOTÉRMICAS DE ADSORÇÃO Como se traduz a relação entre a quantidade de gás adsorvido, no equilíbrio, e a pressão do gás a uma determinada temperatura? ISOTÉRMICA- descreve a dependência entre a quantidade adsorvida expressa em: volume (V), concentração (C) ou recobrimento () (número de locais ocupados pela molécula adsorvida) em relação à pressão (p), quando a temperatura é constante Amount of gas adsorved: V (volume) C ( concentração) (número de locais ocupados por molécula) 8

9 ADSORÇÃO Fatores Comuns à Adsorção (independente do tipo de interface) Natureza e tratamento prévio da superfície do adsorvente e adsorvido Processo rápido (velocidade aumenta com a temperatura) Geralmente exotérmica pois S<0, obrigando a que H<0 Fenómeno espontâneo G<0 G H TS H ads<0 9

10 10 ADSORÇÃO DE GASES POR SÓLIDOS Aplicação: Catálise heterogénea, cromatografia, etc, etc

11 ADSORÇÃO DE GASES EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS Qualquer sólido é capaz de adsorver uma determinada quantidade de gás? Depende: - da temperatura - da pressão do gás - da área de superfície efectiva do sólido 11

12 FATORES QUE INFLUENCIAM A ADSORÇÃO Temperatura Considere um sistema fechado contendo um número pequeno de moléculas de gás em contacto com uma fase sólida Mais moléculas de gás na fase gasosa Maior tempo de residência médio da molécula T1 T2 T1< T2 12

13 EFEITO DA TEMPERATURA 13

14 FATORES QUE INFLUENCIAM A ADSORÇÃO Pressão P1 < P2 Menos moléculas de gás na fase gasosa Maior tempo de residência médio da molécula P1 P2 14

15 EFEITO DA PRESSÃO P1 P2<P1 n i y i 15

16 FATORES QUE INFLUENCIAM A ADSORÇÃO Área de superfície efetiva do sólido 16

17 MECANISMOS DE SELECTIVIDADE DO PROCESSO DE ADSORÇÃO Um componente exibe uma forte interacção com o adsorvente e por isso é selectivamente removido da mistura *um componente não tem capacidade de penetrar nos poros e por isso é excluido do processo de adsorção Um componente exibe capacidade de difusão e é selectivamente removido da mistura 17

18 liquid phase gas phase APLICAÇÕES DOS PROCESSOS DE ADSORÇÃO Purifications: - Removal of organics from vent gases - SO 2 from vent gases - H 2 O from air, methane, N 2 - Removal of solvent, odours from air - NOx from N 2 - Organics from water solution - Water from organic solution Separations: - N 2 /O 2 - Acetone from vent stream - C 2 H 4 from vent - Normal paraffins/ Iso praffins - CO, CH 4, CO 2, N 2, Ar from hydrogen - Normal paraffins from Iso paraffins - Normal paraffins from olefins - Decolourization 18

19 ADSORVENTES Os materiais adsorventes são habitualmente materiais com elevadas estruturas porosas Outras características: Selectiviadde Alta capacidade Estabilidade Química e térmica Baixa solubilidade no solvente Resistência mecânica Baixo custo 19

20 CARACTERÍSTICAS DOS ADSORVENTES Cristalinos/amorfos Hidrofóbicos /Hidrofílicos Area de superfície( m 2 /g) Tamanho de poro : r<2nm: microporoso 2nm<r<50nm: mesoporoso r>50nm: macroporoso Configuração do poro: fendas, canais, cavidades, gaiolas, etc a maioria das vezes modelados como canais cilindricos 20

21 EXEMPLOS DE ADSORVENTES Geles de Sílica Poros granulares de sílica Amorfo Hidrofílico m 2 /g Adsorvente de água 21

22 EXEMPLOS DE ADSORVENTES Carvão activo Oxidação parcial do carvão Amorfo Hidrofóbico m 2 /g Removedor de vestigios de compostos orgânicos Filtros de ar 22

23 EXEMPLOS DE ADSORVENTES Zeolites Materiais cristalinos porosos Hidrofílico Mordenite m 2 /g Espaços porosos altamente estruturados ZSM-5 Remoção de N 2 do ar 23

24 MAIS RECENTEMENTE Produtos naturais Bagaço da cana do açucar Cortiça Folhas de plantas Etc Polímeros nanoestruturados Metal frame works (MOF s) Molecular Imprinting polymers Ect, etc, 24

25 INTERFACE GÁS-SÓLIDO: TIPOS DE ADSORÇÃO Adsorção Física ( Fisissorção) Interacção por forças de van der Waals entre a espécie adsorvida e a superfície Exemplo: água em peneira molecular 4A (zeólita) Adsorção Química (quimissorção) Formação de ligações químicas entre a espécie adsorvida e a superfície (ligações covalentes) 25 Exemplo: CO em superfície de CeO 2

26 ADSORÇÃO QUÍMICA VS ADSORÇÃO FÍSICA Adsorção Química Adsorção Física A energia envolvida é comparável à que acompanha as reacções químicas Geralmente exotérmica O processo nem sempre é reversível (reacções na superfície, dissociação, catálise heterogénea) A energia envolvida é comparável à que acompanha transformações físicas como condensação, etc Reversível em sólidos não porosos 26

27 ADSORÇÃO FÍSICA E QUÍMICA- COMPARAÇÃO 27

28 28

29 MAS, COMO CARACTERIZAR QUAL O TIPO DE ADSORÇÃO? Como distingui-las qualitativamnte? Como distingui-las quantitativamente? Velocidade de ocorrência Calor de adsorção Reversibilidade da reação Isotérmicas Isobáricas Diagramas de energia potencial 29

30 ISOTÉRMICA DE ADSORÇÃO Variação da extensão de adsorção com a pressão, quando a temperatura é constante x/m versus P 30

31 ISOTÉRMICAS DE ADSORÇÃO 31

32 ISOBÁRICAS DE ADSORÇÃO Typical adsorption isobars are shown in (b). The solid lines are equilibrium physisorption and a chemisorption isobar, the dashed line represents irreversible chemisorption. A maximum coverage of chemisorbed molecules is obtainable at a temperature T max. Below T max the chemisorption is irreversible because the rate of desorption becomes negligible. 32

33 DIAGRAMAS DE ENERGIA POTENCIAL Potential energy (E) for adsorption is only dependent on distance between molecule and surface Assume-se que a Energia Potencial é independente de: -orientação angular da molécula -variações dos ângulos internos e comprimentos das ligações -posição da molécula na superfície 33

34 34

35 REVERSIBILIDADE : ADSORÇÃO VS DESSORÇÃO 35

36 ADSORÇÃO E DESSORÇÃO Em qualquer dos casos Log K Log p tg >0 H< 0 tg < 0 H > 0 1/T K massa adsorvida, em equilíbrio ou volume de substância adsorvida, em equilíbrio p pressão ou concentração em equilíbrio, no seio da fase 36

37 FORMAÇÃO DE CAMADAS Adsorção Física Multicamada para valores > P/P 0 = 0.1~0.3 Para a 2º camada no caso de adsorção simultânea Adsorção Química Monocamada Primeira camada é quimicamente adsorvida; pode haver camadas superiores fisicamente adsorvidas 37

38 ADSORÇÃO E TEMPERATURA Physical adsorption at a given pressure Chemical adsorption at a given pressure 38

39 CALOR (ENTALPIA) DE ADSORÇÃO Como caracterizar o fenómeno da adsorção? Entalpia de adsorção (a magnitude do seu valor reflete a força de ligação do adsorvato ao adsorvente) Entalpia de Adsorção ou Calor de Adsorção diminuição da energia calorífica do sistema, exprimindo-se pela quantidade de calor emitida quando 1 mol de adsorvato é fixado por uma quantidade de adsorvente. 39

40 ENTALPIA DE ADSORÇÃO Entalpia molar de adsorção varia com a quantidade de substância adsorvida. Porquê? Locais activos e locais menos activos Interacções electrónicas Repulsão mútua das moléculas adsorvidas ln K T H RT ads 2 Equação de van t Hoff H ads Entalpia da Adsorção 40

41 ENTALPIA DE ADSORÇÃO Critério mais importante para diferenciar a quimissorção da fississorção. Adsorção física: 10 KJ/mol (pequenas moléculas tais como CO, N 2, CH 4 ) Adsorção química: 80~20KJ/mol (max 600KJ/mol) Adsorção física sempre exotérmica Adsorção química é usualmente exotérmica (é possível teoricamente ser endotérmica) Adsorção endotérmica (excepção): adsorção de H 2 em ferro, contaminado com S 2 41

42 INTERFACE GÁS-SÓLIDO 42 Adsorção Química Isotérmica de Adsorção de Langmuir

43 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: CONDIÇÕES DE VALIDADE Assuma que... A superfície do sólido é exposta a um gás A superfície do sólido é uniforme A adsorção localiza-se em locais específicos e não há interacção entre as moléculas adsorvidas (adsorção localizada. A adsorção é máxima quando há formação de uma única camada (recobrimento monomolecular) Irving Langmuir ( ) A energia de adsorção é constante e independente da extensão da superfície coberta Derive assim a Isotérmica de Langmuir... 43

44 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR Segundo o princípio de LeChatelier, aplicado ao equilíbrio entre um gás e um adsorvente: para T= CONSTANTE, um aumento da pressão provoca um aumento no número de moléculas adsorvidas à superfície, desde que o volume ocupado por essas moléculas à superfície (por mol) seja pequeno. p A adsorção ocorre até se atingir um valor limite. O número de moléculas adsorvidas, qualquer que seja o valor de pressão, será dependente da força de ligação entre o adsorvato e a superfície de adsorvente 44

45 O MODELO DE LANGMUIR (1916) Isotérmica de Langmuir- relação matemática, derivada teóricamente, que descreve a partição entre a fase gasosa e as espécies adsorvidas, em função da pressão aplicada. Equilíbrio de adsorção entre as moléculas A da fase gasosa, superfície livre S, e superfície ocupada AS. S +A SA 45

46 O MODELO DE LANGMUIR (1916) A gas p Assumindo que a superfície adsorvente é composta por um número finito de locais de adsorção. Considere o equilíbrio K ads A adsorvido O recobrimento máximo é atingido quando todos esses locais são ocupados. O recobrimento () é expresso pelo número de moléculas adsorvidas, relativamente ao número disponível de locais para adsorção. Quando todos os locais estão ocupados, então =1 46

47 EXTENSÃO DE ADSORÇÃO () A extensão de adsorção é normalmente descrita em termos de fracção de cobertura Numa superfície com n 0 posições para a adsorção, dos quais n estão ocupados n n 0 n- quantidade de substância adsorvida n 0 quantidade correspondente a uma monocamada na superfície nº de locais de adsorção ocupados nº totalde locais disponíveis moles unidade de superfície 47

48 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: RECOBRIMENTO E VELOCIDADE DE ADSORÇÃO p A fracção da superfície coberta é muitas vezes expressa... V V ou V V m A gas Considere o equilíbrio K ads A adsorvido V ou V m é o volume de adsorvato correspondente à formação de uma monocamada A velocidade de adsorção é expressa pode ser determinada registando a fracção da superfície coberta com o tempo. d dt 48

49 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: RECOBRIMENTO E VELOCIDADE DE ADSORÇÃO A velocidade de adsorção é expressa... d dt Considere: n = nº de locais de adsorção na superfície sólida = fracção de locais ocupados por adsorção 49

50 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: DEDUÇÃO COM BASE EM CONSIDERAÇÕES CINÉTICAS É proporcional a: d dt número (n) de colisões de moléculas de gás à superfície, por segundo (a qual é proporcional à pressão (p) área da superfície disponível para adsorção (1-) então a velocidade de adsorção exprime-se por Velocidade de adsorção K p 1 ads 50

51 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: DEDUÇÃO COM BASE EM CONSIDERAÇÕES CINÉTICAS o A velocidade de dessorção é proporcional a: fracção da superfície coberta pelo adsorvato....então a velocidade de dessorção exprime-se por Velocidade de dessorção K des 51

52 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: DEDUÇÃO COM BASE EM CONSIDERAÇÕES CINÉTICAS No equilíbrio: a velocidade de adsorção das moléculas à superfície é exactamente contrabalançada pela velocidade de dessorção das moléculas que regressam à fase gasosa.. Velocidade de adsorção = velocidade de dessorção K p 1 ads K des K des K ads P K ads P Dividindo a expressão por K des... 52

53 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: DEDUÇÃO COM BASE EM CONSIDERAÇÕES CINÉTICAS 1 K ads K K ads des K P P des bp 1 bp = 1 b = 100 b = 50 b = 10 Considere: b ou K K K ads des K K K ads exp des H d kt p bp bp ou Kp Kp Isotérmica de Langmuir 53

54 1 ISOTÉRMICA DE ADSORÇÃO DE LANGMUIR K<< Faça 1 Obtenha versus 1 p K>> 1 p K 1 p 54

55 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: DEDUÇÃO COM BASE EM CONSIDERAÇÕES TERMODINÂMICAS A constante de equilíbrio da reacção pode ser expressa K SA S A S +A SA Note que: [SA] é proporcional à superfície coberta com moléculas adsorvidas (proporcional a ) [S] é proporcional ao número de locais livres (1- ) [A] é proporcional à pressão do gás (P) 55

56 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: DEDUÇÃO COM BASE EM CONSIDERAÇÕES TERMODINÂMICAS Por isso é possível definir a constante de equilíbrio, b b 1 P Re-arranjando, obtém-se a expressão para a fracção da superfície coberta bp 1 bp 56

57 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: CONSTANTE DE EQUILÍBRIO Se b = K ads / K des ln K H / RT Então pode ser considerada uma constante de equilíbrio K Assim:... b E exp des a E ads a RT H exp ads RT Reflecte a força da ligação do adsorvato ao adsorvente 57

58 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: FACTORES QUE ALTERAM O EQUILÍBRIO DE ADSORÇÃO O valor da constante de equilíbrio, b, depende: Da temperatura do sistema (tanto do gás como da superfície, embora ambos estejam normalmente à mesma temperatura) Da variação da entalpia (porque está relacionada com a energia livre de Gibbs) Da estabilidade relativa das espécies envolvidas na adsorção Da pressão do gás à superfície Nota: b só é uma constante (independente de ) se a entalpia de adsorção for independente da fracção de superfície coberta. 58

59 VARIAÇÃO DO RECOBRIMENTO COM A TEMPERATURA E PRESSÃO Segundo o modelo matemático de Langmuir: bp 1 bp ou 1 kp kp Que pode ser traduzido graficamente por: bp para baixas pressões 1 para altas pressões Para uma dada pressão, a extensão de adsorção é determinada por b que, por sua vez depende de T e da entalpia de adsorção 59

60 VARIAÇÕES DE EM FUNÇÃO DE T E P θ bp a baixas pressões θ 1 a altas pressões b when T b when ΔH(ads) 60

61 VARIAÇÃO DO RECOBRIMENTO COM A TEMPERATURA E PRESSÃO O valor de b aumenta com: A redução da temperatura do sistema Um aumento da força de adsorção b depende da Temperatura e da Entalpia de adsorção b quando T b quando H Curvas ilustrativas do efeito i) do aumento da entalpia de adsorção para temperaturas fixas ii) do decréscimo de temperatura para 61 um dado sistema

62 VARIAÇÃO DO RECOBRIMENTO COM A TEMPERATURA E PRESSÃO Uma dada cobertura da superfície de equilíbrio pode ser atingida por várias combinações de pressão e temperatura notar que, como a temperatura é reduzida a pressão necessária para atingir uma cobertura de superfície de equilíbrio especial diminui. 62

63 ADSORÇÃO DE GASES EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS Se a adsorção é forte e provoca dissociação do gás na superfície, o equilíbrio na superfície vem: AB S AS BS ( g ) ( s) ( s) ( s) A velocidade de adsorção depende da probabilidade de ambas as fracções encontrarem posições livres na superfície [n 0 (1- )] 2 d K dt K a - const. Veloc. de adsorção A velocidade de dessorção é proporcional à probabilidade de encontro das duas fracções na superfície (n ) 2 d K dt d a 2 d n exp 0 p n H kt K d - const. Veloc. de dessorção H d - entalpia de dessorção 63

64 ADSORÇÃO DE GASES EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS Quando se atinge o equilíbrio dinâmico K K a exp K H d kt 1 Kp Kp Isotérmica de Langmuir com dissociação 64

65 ADSORÇÃO DE GASES EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS Adsorção com dissociação Adsorção sem dissociação 1 Kp Kp Kp Kp 1 65

66 DETERMINAÇÃO DAS ENTALPIAS DE ADSORÇÃO lnp ou ln T p ln K T H RT ads -lnk Declive= H ads /R 1/T 66

67 DETERMINAÇÃO DAS ENTALPIAS DE 1. Determinar um conjunto de isotérmicas (cada uma corresponde a uma quantidade adsorvida 2. Registe, para as diferentes temperaturas o par de valores de recobrimento vs pressão 3. Aplique a equação de Clausius- Clapeyron 67

68 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DO MODELO Como verificar se se aplica ou não a relação de Langmuir para um dado sistema? 1. Registe em função de P 2. Recorde que 3. E que 4. Então V V m V 5. Calcule o recíproco bp 1 bp VmbP 1 bp 1 V 1 V bp 1 m V m 6. Faça agora o gráfico 68

69 ISOTÉRMICA DE LANGMUIR: VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DO MODELO 1 V 1 V bp 1 m V m 1/V P/V 1 tg 1 V b m tg 1 V 1 m V m bv m Note: 1/P P 69 V m V Ou

70 INTERFACE GÁS-SÓLIDO 70 Adsorção Física Isotérmica de Adsorção de BET (Brunauer, Emmett e Teller)

71 ISOTÉRMICAS DE ADSORÇÃO DE BET Classificação seguindo a IUPAC I II III n ad p / p 0 V VI n ad n ad n ad n ad p / p 0 B p / p 0 IV n ad B p / p 0 p / p 0 p / p 0 Type I represents the sorption behaviour of micro-porous substances. For low relative pressure a steep increase of isotherms can be seen. In this course the refill with micro-pores is reflected. Afterwards the isotherm proceeds in a horizontal plateau because the surface is covered entirely with the adsorbate. Type II describes a system, which shows multi layer adsorption after reaching the monomolecular adsorbate layer at point B up to the setting in of condensation at p/ p0=1. Substances without relative large pores (mesopores) show total reversibility at desorption (types I, II, 71 and III). Mesopores, however, cause a hysteresis (types IV and V). Types III and V show an increase of the isotherm at higher relative pressures. This is caused by the weak adsorbate-adsorbent interactions. Type VI shows the gradual formation of individual adsorbate layers, which stem from a multimodal pore distribution.

72 INTERPRETAÇÃO DAS ISOTÉRMICAS 72

73 INTERPRETAÇÃO DAS ISOTÉRMICAS 73

74 INTERPRETAÇÃO DAS ISOTÉRMICAS 74

75 ISOTÉRMICAS DE BET (BRUNAUER, EMMETT, TELLER) Modificação da Isotérmica de Langmuir Ocorre adsorção em monocamada e em multicamada As camadas de moléculas adsorvidas divem-se me: 1º camada com calor de adsorção H ad,1 2ª e camadas subsequentes com H ad,2 =H cond Forma linearizada da isotérmica de BET 75

76 ISOTÉRMICAS DE BET (BRUNAUER, EMMETT, TELLER) V P 1 C V 1 P P P 0 P VmC mc 0 Outras formas de representar C = constante relacionada com o calor de adsorção da monocamada X representa pressão do gás V ads = volume de gás adsorvido V m = volume de saturação da monocamada 76

77 EQUAÇÕES DE LANGMUIR E DE BET (RESUMO) 77

78 ISOTÉRMICA DE B.E.T: VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DO MODELO Como verificar a validade da equação? 78

79 ISOTÉRMICA DE B.E.T: VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DO MODELO P 0 V P P tg c V c m 1 V x 1 x 1 V C m c 1 x V C m ou x V 1 1 V m c x 1 V m c P 0 P declive ordenada tg x c V c m 1 como m x m P P 0 c cv cv V V m declive m 1 intercepção 79

80 Volume Adsorbed cc/g ADSORÇÃO GASES POR SÓLIDOS: CONCRETIZAÇÃO PRATICA Passemos a um exemplo prático Volume p/po Adsorbed cc/g Type Two Isotherm - Non Porous Solid P/Po 80

81 ADSORÇÃO GASES POR SÓLIDOS: CONCRETIZAÇÃO PRATICA Recorde... P Po P V (1 ) Po Represente P Po P V (1 ) Po 1 V C m ( C 1) V m C P Po em função de P Po p/po P/Po / V(1-P/Po)

82 P/Po / V(1-P/Po) ADSORÇÃO GASES POR SÓLIDOS: CONCRETIZAÇÃO PRATICA A ordenada na origem é BET Plot V m 1C O declive é ( C 1) V C m y = x P/Po 82

83 PARA QUE SERVE V M??? Para calcular a área superficial de um sólido ou área específica área de erfície do adsorvente m 2 sup A massa do adsorvente Como avaliar? g 83

84 ÁREA DE SUPERFÍCIE DOS SÓLIDOS: ÁREA SUPERFICIAL ESPECÍFICA Como calcular experimentalmente? 1. Nº moles adsorvidas por grama de adsorvente na monocamada (dividir pelo volume molar do gás)- (n m ) Vm nmoles nm V M molar 2. Nº moléculas (multiplicar pela constante Avogadro) (L) 3. Multiplicar pela área ocupada por uma molécula de adsorvido (a m ) A n m a m L 2 A m / g a m = área de superfície de uma molécula n m = capacidade da monocamada 84 em moles/g

85 ÁREA DE SUPERFÍCIE DOS SÓLIDOS: ÁREA SUPERFICIAL ESPECÍFICA Mas lembre-se... Experimentalmente obtém-se V m e não n m Então... A V m La m V m = cm 3 /g = Volume molar gás em cm 3 a m = Å 2 =x m 2 2 A m / g 85

86 DETERMINAÇÃO DA ÁREA ESPECÍFICA USANDO OS DOIS MÉTODOS (RESUMO) 86

87 ÁREA DE SUPERFÍCIE E CAPACIDADE MONOMOLECULAR specific surface area (m 2 /g) Avogadro s number (molecules/mol) S = n m A m N monolayer capacity (mol/g) area occupied by one molecule (m 2 /molecule) BET model: S BET 87

88 HISTERESE O gas condensa em capilares e pequenos canais antes de se atingir a pressão de saturação. O ponto de ebulição nos capilares é diferente do ponto de ebulição no interior da fase Devido às interacções entre as moléulas de adsorvato Curva de adsorção curva de dessorção Não há reversibilidade 88

89 Adsorção em sólidos porosos Vários fenómenos Preenchimento de microporos Adsorção em monocamada Adsorção em multicamada Condensação capilar Microporos: d < 2 nm IUPAC, 1986 Mesoporos: 2 < d < 50 nm Macroporos: d > 50 nm

90 Nos microporos o preenchimento das cavidades pode ocorrer a pressões muito reduzidas, não sendo apropriados os modelos estudados anteriormente. Nos poros de tamanho intermédio (mesoporos) temos de considerar a adsorção em mono e multicamada, seguida de condensação capilar, a partir de uma determinada pressão. Nos macroporos, tal como em superfícies não porosas, a adsorção em multicamadas pode prolongar-se até um número muito elevado de camadas.

91 Condensação capilar Para interpretar quantitativamente os efeitos de condensação capilar recorre-se à equação de Kelvin, adaptada ao fenómeno: ln p p s 2V m r cos p RT r p raio do poro; p pressão de equilíbrio; p s pressão de saturação do gás ou vapor; V m volume molar do liquido; - tensão superficial; - ângulo de contacto; T temperatura.

92 Esta equação só é válida para mesoporos (menisco esférico). Se < / 2, então p < p s, e pode ocorrer condensação do adsortivo a uma pressão inferior à pressão de saturação. n ads /mol.g -1 n B n n n A p V p B A M 0 p/p s 1

93 Macroporosidade Porosimetria com mercúrio; 140º para a maioria dos sólidos. É necessário aplicar um excesso de pressão para forçar o Hg a penetrar nos poros do adsorvente. O método consiste em determinar o volume de mercúrio que penetra num sólido, em função da pressão hidrostática aplicada. Por cada valor de pressão, p i pode supor-se que o mercúrio penetra em todos os poros (cilíndricos) com raios superiores a r i, valor obtido de: p i 2 cos r p

94 Pressão 10-1 MPa 200 MPa 400 MPa r p 7500 nm 3.5 nm 1.8 nm (+) Diâmetro dos poros (-) volume /cm 3.g -1 ink-bottle p/atm

FÍSICA DAS SUPERFÍCIES

FÍSICA DAS SUPERFÍCIES FÍSICA DAS SUPERFÍCIES Produção de vácuo forte Preparação de máscaras de gás (usam carvão ativado para gases perigosos Controlo de humidade com gel de sílica Remoção das impurezas de diversos produtos

Leia mais

UNIDADE CURRICULAR DE FÍSICA APLICADA

UNIDADE CURRICULAR DE FÍSICA APLICADA UNIDADE CURRICULAR DE FÍSICA APLICADA ANO LETIVO 2017/2018 Maria da Conceição Branco da Silva FÍSICA APLICADA 2017/18 MICF FFUP 1 CIÊNCIA DAS SUPERFÍCIES ESTUDO DOS FENÓMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS QUE OCORREM

Leia mais

Adsorção de Solução. ( é um fenômeno de superfície e é relacionada a tensão superficial de soluções )

Adsorção de Solução. ( é um fenômeno de superfície e é relacionada a tensão superficial de soluções ) Adsorção de Solução Adsorção é a acumulação de uma substância em uma interface. Ocorre com todos os tipos de interface, tais como gás-sólido, solução-sólido, solução-gás, solução α -solução β ( é um fenômeno

Leia mais

CIÊNCIA DAS SUPERFÍCIES

CIÊNCIA DAS SUPERFÍCIES Maria da Conceição Branco da Silva Ano letivo 2016/17 CIÊNCIA DAS SUPERFÍCIES ESTUDO DOS FENÓMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS QUE OCORREM NA INTERFACE DE DUAS FASES CIÊNCIA DAS SUPERFÍCIES : TECNOLOGIAS IMPORTANTES

Leia mais

AULA 5 Adsorção, isotermas e filmes monomoleculares. Prof a Elenice Schons

AULA 5 Adsorção, isotermas e filmes monomoleculares. Prof a Elenice Schons AULA 5 Adsorção, isotermas e filmes monomoleculares Prof a Elenice Schons ADSORÇÃO É um processo de acumulação e concentração seletiva de um ou mais constituintes contidos num gás ou líquido sobre superfícies

Leia mais

ADSORÇÃO. Adsorção é a fixação de uma substância em uma interface, seja ela sólido-gás, sólido-líquido, líquido-gás (vapor).

ADSORÇÃO. Adsorção é a fixação de uma substância em uma interface, seja ela sólido-gás, sólido-líquido, líquido-gás (vapor). ADSORÇÃO Adsorção é a fixação de uma substância em uma interface, seja ela sólido-gás, sólido-líquido, líquido-gás (vapor). Adsorção física não ocorre ligação química entre substrato e adsorbato. O adsorbato

Leia mais

INTERFACE SÓLIDO - LÍQUIDO

INTERFACE SÓLIDO - LÍQUIDO INTERFACE SÓLIDO - LÍQUIDO ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS Física Aplicada 2017/18 MICF FFUP 1 ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS NA SUPERFÍCIE DE UM SÓLIDO Na interface sólido-líquido as moléculas têm tendência

Leia mais

Física Aplicada 2016/17 MICF FFUP ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS

Física Aplicada 2016/17 MICF FFUP ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS NA SUPERFÍCIE DE UM SÓLIDO When the distance between the solid surfaces is decreased, the oscillatory molecular density shows up. RECORDE

Leia mais

O que é a Adsorção num sólido?

O que é a Adsorção num sólido? O que é a Adsorção num sólido? A adsorção é um processo espontâneo que ocorre sempre que uma superfície de um sólido é exposta a um gás ou a um líquido. Mais precisamente, pode definir-se adsorção como

Leia mais

Processos Superficiais Adsorção

Processos Superficiais Adsorção Adsorção em Sólidos - quando se mistura um sólido finamente dividido em uma solução diluída de corante, observamos que a intensidade da coloração decresce pronunciadamente; - se é sólido e gás a pressão

Leia mais

Introdução Adsorventes Equilíbrio de Adsorção Operações de Adsorção Equipamentos. Adsorção. Rodolfo Rodrigues. Universidade Federal do Pampa

Introdução Adsorventes Equilíbrio de Adsorção Operações de Adsorção Equipamentos. Adsorção. Rodolfo Rodrigues. Universidade Federal do Pampa Adsorção Prof. Universidade Federal do Pampa BA310 Curso de Engenharia Química Campus Bagé 22 de novembro de 2016 Adsorção 1 / 40 Introdução Adsorção 2 / 40 Introdução Operação de Adsorção É a concentração/retenção

Leia mais

Adsorção em interfaces sólido/solução

Adsorção em interfaces sólido/solução Adsorção em interfaces sólido/solução 1 Adsorção em interfaces sólido/solução 2 Adsorção em interfaces sólido/solução Adsorção vs Absorção 3 Adsorção em interfaces sólido/solução Muitos processos químicos

Leia mais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais 6/Mar/01 Aula 7 Entropia ariação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais Entropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversível ariação da entropia em processos irreversíveis

Leia mais

COLÓIDES. Colóide: partícula com uma dimensão linear entre 1nm e 1µm (1000 nm).

COLÓIDES. Colóide: partícula com uma dimensão linear entre 1nm e 1µm (1000 nm). COLÓIDES Colóide: partícula com uma dimensão linear entre 1nm e 1µm (1000 nm). Dispersão coloidal: Sistema heterogéneo de partículas coloidais (colóides) dispersas num fluido Dispersão coloidal (2 fases)

Leia mais

2. Num capilar de vidro, a água sobe enquanto o mercúrio desce. Porquê? 3. O que entende por surfactante e por concentração micelar crítica?

2. Num capilar de vidro, a água sobe enquanto o mercúrio desce. Porquê? 3. O que entende por surfactante e por concentração micelar crítica? Perguntas e Problemas retirados de Testes anteriores Cap. 1 1. Esboce e explique o diagrama de energia potencial de uma molécula de O2 em função da distância a uma superfície de tungsténio (W), sabendo

Leia mais

11/Mar/2016 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

11/Mar/2016 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais 11/Mar/016 Aula 7 Entropia ariação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais Entropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversível ariação da entropia em processos irreversíveis

Leia mais

Perguntas e Problemas retirados de Testes anteriores

Perguntas e Problemas retirados de Testes anteriores Perguntas e Problemas retirados de Testes anteriores 1. Esboce e explique o diagrama de energia potencial de uma molécula de O2 em função da distância a uma superfície de tungsténio (W), sabendo que ocorre

Leia mais

2. Num capilar de vidro, a água sobe enquanto o mercúrio desce. Porquê? 3. O que entende por surfactante e por concentração micelar crítica?

2. Num capilar de vidro, a água sobe enquanto o mercúrio desce. Porquê? 3. O que entende por surfactante e por concentração micelar crítica? Perguntas e Problemas retirados de Testes anteriores Cap. 1 1. Esboce e explique o diagrama de energia potencial de uma molécula de O 2 em função da distância a uma superfície de tungsténio (W), sabendo

Leia mais

ISOTÉRMICA DE ADSORÇÃO DE LANGMUIR

ISOTÉRMICA DE ADSORÇÃO DE LANGMUIR ISOTÉRMIC DE DSORÇÃO DE LNGMUIR O equilíbrio dinâmico traduz-se or: (g) + M(suerfície) Sendo: M (suerfície) N - número total de centros de adsorção or unidade de área - fracção de centros de adsorção ocuados:

Leia mais

INSTABILIDADE DAS DISPERSÕES COLOIDAIS

INSTABILIDADE DAS DISPERSÕES COLOIDAIS Recapitulando: COLÓIDES (partículas com dimensões entre nm e μm) DISPERSÃO COLOIDL: Sistema heterogéneo de partículas coloidais (colóides) dispersas numa fase contínua INSTBILIDDE DS DISPERSÕES COLOIDIS

Leia mais

PQI-2321 Tópicos de Química para Engenharia Ambiental I

PQI-2321 Tópicos de Química para Engenharia Ambiental I PQI-2321 Tópicos de Química para Engenharia Ambiental I Adsorção Aula 01 Prof. Moisés Teles moises.teles@usp.br Departamento de Engenharia Química Escola Politécnica da USP Introdução Exemplos. Bicarbonato

Leia mais

20/Mar/2015 Aula 9. 18/Mar/ Aula 8

20/Mar/2015 Aula 9. 18/Mar/ Aula 8 18/Mar/2015 - Aula 8 Diagramas TS Entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica; formulações de Clausius e de Kelvin-Planck Segunda Lei da Termodinâmica e reversibilidade Gases reais (não-ideais) Equação de

Leia mais

Adsorção de Azul de Metileno em Fibras de Algodão

Adsorção de Azul de Metileno em Fibras de Algodão Adsorção de Azul de Metileno em Fibras de Algodão 1. Introdução A adsorção está intimamente ligada à tensão superficial das soluções e a intensidade desse fenômeno depende da temperatura, da natureza e

Leia mais

Físico-Química Farmácia 2014/02

Físico-Química Farmácia 2014/02 Físico-Química Farmácia 2014/02 1 2 Aspectos termodinâmicos das transições de fase A descrição termodinâmica das misturas Referência: Peter Atkins, Julio de Paula, Físico-Química Biológica 3 Condição de

Leia mais

ADSORÇÃO. Adsorção é a fixação de uma substância (adsorbato) em uma superfície (substrato ou adsorvente) em contato com o meio (gás ou líquido).

ADSORÇÃO. Adsorção é a fixação de uma substância (adsorbato) em uma superfície (substrato ou adsorvente) em contato com o meio (gás ou líquido). ADSORÇÃO Adsorção é a fixação de uma substância (adsorbato) em uma superfície (substrato ou adsorvente) em contato com o meio (gás ou líquido). Adsorção física Não ocorre ligação química entre substrato

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI.

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI. CINÉTICA QUÍMICA Profa. Loraine Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br http://paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Reações de Segunda Ordem Exercício 05: Entre os possíveis destinos do NO 2 na química

Leia mais

ADSORÇÃO. PMT Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 1

ADSORÇÃO. PMT Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 1 DSORÇÃO Referências: LUPIS, C. H. P. Chemical Thermodynamics of Materials. New York : North-Holland, 1983. p. Capítulo XIV: dsorption. DeHOFF, ROBERT T. Thermodynamics in Materials Science. New York :

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI.

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI. CINÉTICA QUÍMICA Profa. Loraine Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br http://paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Cinética Química Lei de Velocidade Integrada Mostra a variação das concentrações

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA PLANO DE ENSINO DADOS DA DISCIPLINA Nome da Disciplina: QUÍMICA II Curso: Controle Ambiental Carga Horária: 80hs Total de Aulas Semanais:

Leia mais

Estudo Físico-Químico dos Gases

Estudo Físico-Químico dos Gases Estudo Físico-Químico dos Gases Prof. Alex Fabiano C. Campos Fases de Agregação da Matéria Sublimação (sólido em gás ou gás em sólido) Gás Evaporação (líquido em gás) Condensação (gás em líquido) Sólido

Leia mais

Equações-chave FUNDAMENTOS. Seção A. Seção E. Seção F. Seção G. mv 2. E c E P. mgh. Energia total energia cinética energia potencial, ou E E c.

Equações-chave FUNDAMENTOS. Seção A. Seção E. Seção F. Seção G. mv 2. E c E P. mgh. Energia total energia cinética energia potencial, ou E E c. Equações-chave FUNDAMENTOS Seção A 3 A energia cinética de uma partícula de massa m relaciona-se com sua velocidade v, por: E c mv 2 4 Um corpo de massa m que está a uma altura h da Terra tem energia potencial

Leia mais

Estudo Físico-Químico dos Gases

Estudo Físico-Químico dos Gases Estudo Físico-Químico dos Gases Prof. Alex Fabiano C. Campos Gás e Vapor Diagrama de Fase Gás Vapor Gás: fluido elástico que não pode ser condensado apenas por aumento de pressão, pois requer ainda um

Leia mais

Curso de Química, Modalidade Ensino a Distância, UFMG UNIDADE VI FENÔMENOS DE SUPERFÍCIE

Curso de Química, Modalidade Ensino a Distância, UFMG UNIDADE VI FENÔMENOS DE SUPERFÍCIE Curso de Química, Modalidade Ensino a Distância, UFMG UNIDADE VI FENÔMENOS DE SUPERFÍCIE 154 Físico-Química II Amélia M. G. do Val, Rosana Z. Domingues e Tulio Matencio Aula 14 Tensão superficial e adsorção

Leia mais

18/Mar/2016 Aula 9. 16/Mar/ Aula 8

18/Mar/2016 Aula 9. 16/Mar/ Aula 8 16/Mar/2016 - Aula 8 Gases reais (não-ideais) Equação de van der Waals Outras equações de estado Isotérmicas, diagramas e transições de fase Constantes críticas. Diagramas PT e PT 18/Mar/2016 Aula 9 Processos

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ Fenômenos de Interface Devido às diferentes interações, as moléculas superficiais possuem uma maior energia, dessa forma, para deslocar uma molécula do interior do sistema para sua superfície, uma energia

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI.

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI. CINÉTICA QUÍMICA Profa. Loraine Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br http://paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Cinética Química Estudo da velocidade das reações químicas. REAGENTES PRODUTOS Termodinâmica

Leia mais

EXPERIMENTO 3 ADSORÇÃO Determinação da Isoterma de adsorção do azul de metileno em fibra de algodão

EXPERIMENTO 3 ADSORÇÃO Determinação da Isoterma de adsorção do azul de metileno em fibra de algodão EXPERIMETO 3 ADSORÇÃO Determinação da Isoterma de adsorção do azul de metileno em fibra de algodão Adsorção é o acúmulo de uma substância numa interface, que é a superfície ou região limítrofe entre duas

Leia mais

LICENCIATURA EM QUÍMICA QUÍMICA

LICENCIATURA EM QUÍMICA QUÍMICA Programa de Disciplina Nome: Química Geral II IQ Código: IQG 120 Categoria: Carga Horária Semanal: CARACTERÍSTICAS Número de Semanas Previstas para a Disciplina: 15 Número de Créditos da Disciplina: 4

Leia mais

Diagramas de Energia

Diagramas de Energia Diagramas de Energia 1.1- Análise Gráfica Reação exotérmica Reação endotérmica (a) Energia de ativação (Ea) para a reação inversa (b) Energia de ativação (Ea) para a reação direta (c) ΔH 1.2- Entropia

Leia mais

Catálise heterogênea. Catalisador sólido. Reação na interface sólido-fluido

Catálise heterogênea. Catalisador sólido. Reação na interface sólido-fluido Catálise heterogênea Catalisador sólido Reação na interface sólido-fluido Tipos de catalisadores Poroso: elevada área superficial Tipos de catalisadores Peneiras moleculares: capacidade de distinção entre

Leia mais

Capítulo 1 Química-Física das Interfaces

Capítulo 1 Química-Física das Interfaces Problemas de Química-Física 2017/2018 Caítulo 1 Química-Física das Interfaces 1. Calcule o trabalho necessário ara aumentar de 1.5 cm 2 a área de um filme de sabão suortado or uma armação de arame (ver

Leia mais

Estudo Físico-Químico dos Gases

Estudo Físico-Químico dos Gases 19/08/009 Estudo Físico-Químico dos Gases Prof. Alex Fabiano C. Campos Gás e Vapor Diagrama de Fase Gás Vapor Gás: fluido elástico que não pode ser condensado apenas por aumento de pressão, pois requer

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ INSTITUTO DE QUÍMICA IQG127. Termodinâmica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ INSTITUTO DE QUÍMICA IQG127. Termodinâmica UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ INSTITUTO DE QUÍMICA IQG127 Termodinâmica Prof. Antonio Guerra Departamento de Química Geral e Inorgânica - DQI Energia e Trabalho Energia A capacidade de realizar

Leia mais

Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron

Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Funções Termodinâmicas e condições de equilíbrio Em estados de equilíbrio todas as transformações

Leia mais

Tensão Superficial e Molhamento

Tensão Superficial e Molhamento Pós-Graduação em Ciência de Materiais Faculdade UnB - Planaltina Tensão Superficial e Molhamento Prof. Alex Fabiano C. Campos, Dr Tensão Superficial Tensão superficial O aumento da área interfacial eleva

Leia mais

Capítulo 1. Propriedades dos Gases

Capítulo 1. Propriedades dos Gases Capítulo 1. Propriedades dos Gases Baseado no livro: Atkins Physical Chemistry Eighth Edition Peter Atkins Julio de Paula 14-03-2007 Maria da Conceição Paiva 1 O estado físico de uma substância A equação

Leia mais

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Funções Termodinâmicas e condições de equilíbrio Em estados de equilíbrio (P,T e são

Leia mais

Fundamentos de Química

Fundamentos de Química FCiências Fundamentos de Química Apontamentos Equilíbrio químico, Ácido e Bases, Cinética Química Produzido por Filipa França Divulgado e Partilhado por FCiências Equilíbrio Químico FCiências Reações em

Leia mais

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS. Nº de Projeto: POCH FSE-1158 Ciclo de Formação:

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS. Nº de Projeto: POCH FSE-1158 Ciclo de Formação: Página1 de 9 CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS Nº de Projeto: POCH-01-5571-FSE-1158 Ciclo de Formação: 2015-2018 FÍSICA E QUÍMICA 12º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

Leia mais

Capítulo 6 Processos Envolvendo Vapores

Capítulo 6 Processos Envolvendo Vapores Capítulo 6 Processos Envolvendo Vapores Pressão de vapor Define-se vapor como um componente no estado gasoso que se encontra a pressão e temperatura inferiores às do ponto crítico. Assim, um vapor pode

Leia mais

CURSO: ENGENHARIA CIVIL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II 2º Período Prof.a: Érica Muniz UNIDADE 2. Propriedades Moleculares dos Gases

CURSO: ENGENHARIA CIVIL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II 2º Período Prof.a: Érica Muniz UNIDADE 2. Propriedades Moleculares dos Gases CURSO: ENGENHARIA CIVIL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II 2º Período Prof.a: Érica Muniz UNIDADE 2 Propriedades Moleculares dos Gases Estado Gasoso Dentre os três estados de agregação, apenas o estado gasosos

Leia mais

Ciência e Tecnologia de Filmes Finos. Aula Cinética dos Gases (Cap.2/Smith) (detalhes)

Ciência e Tecnologia de Filmes Finos. Aula Cinética dos Gases (Cap.2/Smith) (detalhes) Ciência e Tecnologia de Filmes Finos Aula 02-2009 Cinética dos Gases (Cap.2/Smith) (detalhes) Cinética de Gases - como os gases participam dos processos de crescimento de filmes? - quais as propriedades

Leia mais

Gases. Reis, Oswaldo Henrique Barolli. R375g Gases / Oswaldo Henrique Barolli. Varginha, slides : il.

Gases. Reis, Oswaldo Henrique Barolli. R375g Gases / Oswaldo Henrique Barolli. Varginha, slides : il. Gases Reis, Oswaldo Henrique Barolli. R375g Gases / Oswaldo Henrique Barolli. Varginha, 2015. 21 slides : il. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World Wide Web 1. Dinâmica dos gases.

Leia mais

Noções de Cinética Química

Noções de Cinética Química QB70C:// Química (Turmas S7/S72) Noções de Cinética Química Prof. Dr. Eduard Westphal (http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eduardw) Capítulo 4 Atkins (5ed.) Cinética X Termodinâmica O G para a reação abaixo

Leia mais

Entropia e energia livre de Gibbs. Prof. Leandro Zatta

Entropia e energia livre de Gibbs. Prof. Leandro Zatta Entropia e energia livre de Gibbs Prof. Leandro Zatta 1 Segunda e a terceira leis Ideias importantes Sentido Natural Desordem Medido por Energia livre de Gibbs 2 Chave para compreensão da ocorrência ou

Leia mais

Primeira Lei da Termodinâmica

Primeira Lei da Termodinâmica Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Primeira Lei da Termodinâmica Definição de energia, calor e trabalho Trabalho de expansão Trocas térmicas Entalpia Termodinâmica Estudo das transformações de

Leia mais

Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação

Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação Em grande parte das reações, as constantes de velocidade aumentam com o aumento da temperatura. Vamos analisar esta dependência. A teoria

Leia mais

3.2.2 Métodos de relaxação Métodos de competição Métodos de elevada resolução temporal ORDENS E CONSTANTES DE

3.2.2 Métodos de relaxação Métodos de competição Métodos de elevada resolução temporal ORDENS E CONSTANTES DE ÍNDICE Prefácio... 3 1. INTRODUÇÃO... 7 1.1. Dificuldades iniciais no desenvolvimento da Cinética Química no séc. XX... 8 1.2. A Cinética Química actual... 12 2. LEIS DE VELOCIDADE DE REACÇÃO... 27 2.1.

Leia mais

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos Cinética Química Prof. Alex Fabiano C. Campos Rapidez Média das Reações A cinética é o estudo da rapidez com a qual as reações químicas ocorrem. A rapidez de uma reação pode ser determinada pela variação

Leia mais

METAIS COMO CATALIZADORES METAIS AMBIENTE E VIDA

METAIS COMO CATALIZADORES METAIS AMBIENTE E VIDA METAIS COMO CATALIZADORES METAIS AMBIENTE E VIDA Se somarmos as duas equações, a equação global é O bromo não se consome na reacção, sendo regenerado indefinidamente 2 Decomposição do peróxido de hidrogénio

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 9ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 9ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 9ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) LIGAÇÃO COVALENTE HIBRIDIZAÇÃO DE ORBITAIS sp 2 Orientação dos orbitais

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Gases. Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Gases. Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Gases Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais Gás Estado mais simples da matéria Uma forma da matéria que ocupa o volume total de qualquer

Leia mais

Identificação das T nas quais as diferentes fases são estáveis. Como se mede a estabilidade de uma fase?

Identificação das T nas quais as diferentes fases são estáveis. Como se mede a estabilidade de uma fase? Diagrama de fases mostra o estados de equilíbrio de uma mistura, permitindo que para uma dada T e composição, se calcule as fases que se irão formar e respectivas quantidades. Identificação das T nas quais

Leia mais

Forças intermoleculares

Forças intermoleculares Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio As ligações de hidrogênio são responsáveis pela: Flutuação do gelo

Leia mais

BIK0102: ESTRUTURA DA MATÉRIA. Crédito: Sprace GASES. Professor Hugo B. Suffredini Site:

BIK0102: ESTRUTURA DA MATÉRIA. Crédito: Sprace GASES. Professor Hugo B. Suffredini Site: BIK0102: ESTRUTURA DA MATÉRIA Crédito: Sprace GASES Professor Hugo B. Suffredini hugo.suffredini@ufabc.edu.br Site: www.suffredini.com.br Pressão Atmosférica A pressão é a força atuando em um objeto por

Leia mais

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Funções Termodinâmicas e condições de equilíbrio Em estados de equilíbrio (P,T e são

Leia mais

Energia de Gibbs. T e P ctes. = ΔS sistema - ΔH sistema / T 0 = 0 reversível > 0 espontâneo Multiplica por ( -T )

Energia de Gibbs. T e P ctes. = ΔS sistema - ΔH sistema / T 0 = 0 reversível > 0 espontâneo Multiplica por ( -T ) Energia de Gibbs ΔS total = ΔS sistema + ΔS viz T e P ctes = ΔS sistema + ΔH viz / T = ΔS sistema - ΔH sistema / T 0 = 0 reversível > 0 espontâneo Multiplica por ( -T ) -TΔS total = ΔH sistema - TΔS sistema

Leia mais

Calcule o valor mínimo de M para permitir o degelo (e recongelação) do bloco à medida que é atravessado pela barra.

Calcule o valor mínimo de M para permitir o degelo (e recongelação) do bloco à medida que é atravessado pela barra. Termodinâmica Aplicada (PF: comunicar eventuais erros para pmmiranda@fc.ul.pt) Exercícios 7. Uma barra metálica rectangular fina, com 0 cm de comprimento e mm de largura, está assente num bloco de gelo

Leia mais

Estudo cinético para adsorção das parafinas C 11, C 12 e C 13 em zeólita 5A.

Estudo cinético para adsorção das parafinas C 11, C 12 e C 13 em zeólita 5A. Estudo cinético para adsorção das parafinas C 11, C 12 e C 13 em zeólita 5A. Alunos: Amon de Abreu Brito e Luciano Sampaio dos Santos Orientadores: Luiz Antônio Magalhães Pontes e Elba Gomes dos Santos

Leia mais

Capítulo 18 Entropia, Energia de Gibbs e Equilíbrio

Capítulo 18 Entropia, Energia de Gibbs e Equilíbrio Capítulo 18 Entropia, Energia de Gibbs e Equilíbrio As Três Leis da Termodinâmica Processos Espontâneos Entropia A Segunda Lei da Termodinâmica Energia de Gibbs Energia de Gibbs e Equilíbrio Químico Termodinâmica

Leia mais

Termodinâmica. Termodinâmica é o estudo das mudanças de energia que acompanham os processos físicos e químicos. QUÍMICA GERAL Fundamentos

Termodinâmica. Termodinâmica é o estudo das mudanças de energia que acompanham os processos físicos e químicos. QUÍMICA GERAL Fundamentos Termodinâmica é o estudo das mudanças de energia que acompanham os processos físicos e químicos 1 Calor e Trabalho Calor e trabalho são formas relacionadas de energia Calor pode ser convertido em trabalho

Leia mais

Polimerização por adição de radicais livres

Polimerização por adição de radicais livres Polimerização por adição de radicais livres Ciência de Polímeros I 1º semestre 2007/2008 18/10/2007 Maria da Conceição Paiva 1 Cinética da Polimerização radicalar A polimerização por adição é uma reacção

Leia mais

DISCIPLINA DE QUÍMICA OBJETIVOS: 1ª Série

DISCIPLINA DE QUÍMICA OBJETIVOS: 1ª Série DISCIPLINA DE QUÍMICA OBJETIVOS: 1ª Série Traduzir linguagens químicas em linguagens discursivas e linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química tais como gráficos, tabelas e relações matemáticas,

Leia mais

Lista de exercícios Termoquímica

Lista de exercícios Termoquímica Lista de exercícios Termoquímica Ludmila Ferreira, Miguel Almeida e Eliane de Sá Cavalcante Problema 1 (ITA - 2008) Assinale a opção ERRADA que apresenta (em kj/mol) a entalpia de formação ( H f ) da substância

Leia mais

20/11/2015. Absorção de Ácido Nítrico

20/11/2015. Absorção de Ácido Nítrico FINALIDADE: A absorção de gases (designada em língua inglesa por GasAbsorption ou ainda por Scrubbing ) é uma operação destinada a remover preferencialmente um ou mais componentes de uma mistura gasosa

Leia mais

Termodinâmica - 2. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel

Termodinâmica - 2. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel Termodinâmica - 2 Alexandre Diehl Departamento de Física - UFPel Caracterizado por estados de equilíbrio termodinâmico. Num estado de equilíbrio todas as propriedades macroscópicas físicas do sistema (definem

Leia mais

ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO SOBRE CARVÃO ATIVO

ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO SOBRE CARVÃO ATIVO QFL 1444 - FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL 2018 1 ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO SOBRE CARVÃO ATIVO Absorção Adsorção Danilo Marques Alves nº USP 9922662 Gabriela Ayres n USP 9792498 Livia Yukari Tanaka nº USP

Leia mais

CAPÍTULO 1 Quantidades e Unidades 1. CAPÍTULO 2 Massa Atômica e Molecular; Massa Molar 16. CAPÍTULO 3 O Cálculo de Fórmulas e de Composições 26

CAPÍTULO 1 Quantidades e Unidades 1. CAPÍTULO 2 Massa Atômica e Molecular; Massa Molar 16. CAPÍTULO 3 O Cálculo de Fórmulas e de Composições 26 Sumário CAPÍTULO 1 Quantidades e Unidades 1 Introdução 1 Os sistemas de medida 1 O Sistema Internacional de Unidades (SI) 1 A temperatura 2 Outras escalas de temperatura 3 O uso e o mau uso das unidades

Leia mais

1 Termodinâmica: Modelos e Leis 1. 2 Princípio da Conservação da Energia: A 1.ª Lei da Termodinâmica 13

1 Termodinâmica: Modelos e Leis 1. 2 Princípio da Conservação da Energia: A 1.ª Lei da Termodinâmica 13 Prefácio Lista de Símbolos xiii xvii 1 Termodinâmica: Modelos e Leis 1 1.1 Introdução 1 1.2 Modelo do Gás Perfeito 3 1.3 Mistura de Gases Perfeitos: Lei de Dalton 6 1.4 Leis da Termodinâmica 7 1.5 Expansão

Leia mais

Fisica do Corpo Humano ( ) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP B01. Temperatura Aula 5 e 1/2 da 6

Fisica do Corpo Humano ( ) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP B01. Temperatura Aula 5 e 1/2 da 6 Fisica do Corpo Humano (4300325) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP B01 Temperatura Aula 5 e 1/2 da 6 1. Existem em torno de uma centena de átomos 2. Cada átomo

Leia mais

2/Mar/2016 Aula 4. 26/Fev/2016 Aula 3

2/Mar/2016 Aula 4. 26/Fev/2016 Aula 3 6/Fev/016 Aula 3 Calor e Primeira Lei da Termodinâmica Calor e energia térmica Capacidade calorífica e calor específico Calor latente Diagrama de fases para a água Primeira Lei da Termodinâmica Trabalho

Leia mais

DISCIPLINA DE QUÍMICA

DISCIPLINA DE QUÍMICA DISCIPLINA DE QUÍMICA OBJETIVOS: 1ª série Traduzir linguagens químicas em linguagens discursivas e linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química tais como gráficos, tabelas e relações matemáticas,

Leia mais

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 1: REVISÃO TRANSFERÊNCIA DE CALOR. Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 1: REVISÃO TRANSFERÊNCIA DE CALOR. Profa. Dra. Milena Martelli Tosi OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 1: REVISÃO TRANSFERÊNCIA DE CALOR Profa. Dra. Milena Martelli Tosi A IMPORTÂNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Introdução Revisão: Mecanismos de transferência

Leia mais

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33)

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) EU CONFIO COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br PLANEJAMENTO DE AÇÕES Do 1ºano = 3 ª ETAPA 2018 Professora : Raquel Munhões Período da

Leia mais

INTERFACES SÓLIDO-LÍQUIDO E LÍQUIDO- LÍQUIDO

INTERFACES SÓLIDO-LÍQUIDO E LÍQUIDO- LÍQUIDO 1 INTERFACES SÓLIDO-LÍQUIDO E LÍQUIDO- LÍQUIDO INTERFACE SÓLIDO-LÍQUIDO: RECORDE O QUE É ADSORÇÃO.. Adsorção nº moles de adsorvato 2 g ou unidade de área (cm )de adsorvente Como avaliar? T n cm T, P 2

Leia mais

Profª. Drª. Ana Cláudia Kasseboehmer Monitor: Israel Rosalino

Profª. Drª. Ana Cláudia Kasseboehmer Monitor: Israel Rosalino Universidade de São Paulo Instituto de Química de São Carlos Departamento de Físico-Química Laboratório de Investigações em Ensino de Ciências Naturais Profª. Drª. Ana Cláudia Kasseboehmer claudiaka@iqsc.usp.br

Leia mais

Física II FEP 112 ( ) 1º Semestre de Instituto de Física - Universidade de São Paulo. Professor: Valdir Guimarães

Física II FEP 112 ( ) 1º Semestre de Instituto de Física - Universidade de São Paulo. Professor: Valdir Guimarães Física II FEP 11 (4300110) 1º Semestre de 01 Instituto de Física - Universidade de São Paulo Professor: Valdir Guimarães E-mail: valdir.guimaraes@usp.br Fone: 3091-7104(05) Aula 1 Temperatura e Teoria

Leia mais

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Rapidez Média das Reações

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Rapidez Média das Reações Cinética Química Prof. Alex Fabiano C. Campos Rapidez Média das Reações A cinética é o estudo da rapidez com a qual as reações químicas ocorrem. A rapidez de uma reação pode ser determinada pela variação

Leia mais

BCL 0307 Transformações Químicas

BCL 0307 Transformações Químicas BCL 0307 Transformações Químicas Prof. Dr. André Sarto Polo Bloco B S. 1014 ou L202 andre.polo@ufabc.edu.br Aula 10 http://pesquisa.ufabc.edu.br/pologroup/transformacoes_quimicas.html Para saber a concentração

Leia mais

REVISIONAL DE QUÍMICA 1º ANO PROF. RICARDO

REVISIONAL DE QUÍMICA 1º ANO PROF. RICARDO REVISIONAL DE QUÍMICA 1º ANO PROF. RICARDO 1- Um aluno de química, ao investigar as propriedades de gases, colocou uma garrafa plástica (PET), contendo ar e devidamente fechada, em um freezer e observou

Leia mais

ESZO Fenômenos de Transporte

ESZO Fenômenos de Transporte Universidade Federal do ABC ESZO 001-15 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto ana.neto@ufabc.edu.br Bloco A, torre 1, sala 637 Propriedades Termodinâmicas Propriedades Termodinâmicas

Leia mais

GASES. https://www.youtube.com/watch?v=wtmmvs3uiv0. David P. White. QUÍMICA: A Ciência Central 9ª Edição Capítulo by Pearson Education

GASES. https://www.youtube.com/watch?v=wtmmvs3uiv0. David P. White. QUÍMICA: A Ciência Central 9ª Edição Capítulo by Pearson Education GASES PV nrt https://www.youtube.com/watch?v=wtmmvs3uiv0 David P. White QUÍMICA: A Ciência Central 9ª Edição volume, pressão e temperatura Um gás consiste em átomos (individualmente ou ligados formando

Leia mais

N 2 O 4 (g) 2 NO 2 (g) [ ] Para T=298 K. tempo

N 2 O 4 (g) 2 NO 2 (g) [ ] Para T=298 K. tempo Equilíbrio Químico N 2 O 4 (g) 2 NO 2 (g) [ ] [ N O ] 2 4 2 NO 2 cte = 4.63x10 3 Concentração Concentração tempo Para T=298 K Concentração 2 SO 2 (g) + O 2 (g) 2 SO 3 (g) 2 [ SO ] [SO 2 ] / mol dm -3 [O

Leia mais

Fisico-Química da Redução de Óxidos de Ferro

Fisico-Química da Redução de Óxidos de Ferro Fisico-Química da Redução de Óxidos de Ferro Análise Termodinâmica da Redução de Óxidos Metálicos Seja a reação de formação de um óxido a partir do metal Me e de oxigênio puro: 2 Me (s,l) + O 2(g) = 2

Leia mais

Manómetro de mercúrio (P-P atm = ρ Hg g h) (ρ Hg )

Manómetro de mercúrio (P-P atm = ρ Hg g h) (ρ Hg ) ipos de termómetros ermómetro de gás a volume constante (a propriedade termométrica é a pressão do gás Manómetro de mercúrio (P-P atm ρ Hg g h h (ρ Hg Comportamento tende a ser universal (independente

Leia mais

BC0307 Transformações Químicas. Cinética química

BC0307 Transformações Químicas. Cinética química Cinética química 1 É possível que ocorra uma determinada reação? Essa reação é espontânea? Termodinâmica Quão rápida é esta reação? Qual o mecanismo desta transformação química? Cinética 2 Modelo de colisão

Leia mais

baixa pressão e alta temperatura

baixa pressão e alta temperatura É um dos estados da matéria, não tem forma e volume definidos, e consiste em uma coleção de partículas cujos os movimentos são aproximadamente aleatórios. As forças de coesão entre as partículas que formam

Leia mais

Gás Ideal (1) PMT2305 Físico-Química para Metalurgia e Materiais I César Yuji Narita e Neusa Alonso-Falleiros 2012

Gás Ideal (1) PMT2305 Físico-Química para Metalurgia e Materiais I César Yuji Narita e Neusa Alonso-Falleiros 2012 Gás Ideal (1) Para um gás, uma equação de estado é uma relação entre pressão (P), volume (V), temperatura (T) e composição ou número de mols (n). O primeiro passo para a determinação de uma equação de

Leia mais