PONTO 1: Justiças Especiais - Justiça Militar - Justiça Eleitoral PONTO 2: Justiça Comum - Justiça Federal. 1. Justiças Especiais:

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1 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: Justiças Especiais - Justiça Militar - Justiça Eleitoral PONTO 2: Justiça Comum - Justiça Federal 1. Justiças Especiais: Justiça Militar: Tem a competência mais limitada de todas. A Justiça militar no Brasil tem relação com as forças armadas, exército, marinha e aeronáutica e por isso é chamada de justiça militar federal. Ou tem vinculação com as chamadas corporações militares estaduais, identificadas como policiais militares que é chamada de justiça militar estadual. Quando se usa a expressão militar, para definir a competência seja federal ou estadual, se refere a militar da ativa que é aquele está incorporada nas forças armadas ou nas corporações estaduais, não interessando se estão em serviço ou de folga. Os militares na reserva ou reformados são considerados como se civis fossem na pratica de um crime. A possibilidade de um civil praticar um crime militar é só na competência militar. A justiça militar federal tem atuação em todo território nacional. O território brasileiro é dividido em 12 regiões militares que abrangem mais de um estado. Na grande maioria das situações do Brasil, na organização das justiças militares há um órgão em cada estado. Porém, em alguns estados como no RS há 4 órgãos na justiça militar federal (duas auditorias localizadas em Porto Alegre, uma em Bagé e uma em Santa Maria). É chamada de auditoria porque o Juiz civil que integra o órgão da justiça militar federal é chamado de auditor. O órgão da justiça militar federal é chama de Conselho de Justiça, é um órgão colegiado formado por 4 militares oficiais e um civil (auditor). Quem preside é o militar com a patente mais elevada. O órgão recursal competente é o Superior Tribunal Militar, localizado em Brasília.

2 2 A justiça militar estadual é organizada em alguns estados somente. Naqueles que são organizadas o órgão de 1º grau também é chamado de Conselho de Justiça com a mesma composição (4 militares e um Juiz Civil - não é mais denominado auditor desde e E.C. 45, sendo chamados de juizes de direito militar). A E.C. 45 também estabeleceu a diferença de que quem preside o Conselho de Justiça é o Juiz de Direito. Na maioria dos estados o órgão recursal é o Tribunal de Justiça daquele Estado, com exceção de três estados (SP, MG e RS) o órgão recursal é o Tribunal Militar. Já nos estados que não existe justiça militar organizada quem tem competência para examinar eventuais crimes militares praticados por militares estaduais são os juizes de direito daquele estado. Há uma vinculação constitucional entre Tribunal de Justiça e a justiça militar estadual. Área territorial abrangida por um Conselho de Justiça é chamada de foro militar. CF. A justiça militar federal é tratada no art. 124 da CF e a estadual no art. 125, 4 e 5º, Art à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Art. 125, 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do T ribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Pressuposto objetivo crimes militares definidos em lei. Essa justiça especial só tem competência para crimes militares, nada há mais, não podendo analisar nem crime comum ainda que conexo com o crime militar. Crimes limitares definidos em lei: - Só é crime militar aquele tipificado no Código Penal Militar.

3 3 Súmula 172 do STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço. - Ter sido praticado nas condições do artigo 9º do CPM. Obs: o crime militar é dividido em duas sessões: crimes militares me tempo de paz (art. 9º) e crimes militares em tempo de guerra (art ). Há no 5º do art. 125 uma limitação subjetiva, pois, no plano da justiça estadual, só poderão ser processados os militares da ativa. Não pode em nenhuma hipótese ser civil. Já no plano federal, além dos militares da ativa, poderá se processar os civis e os militares que não estão mais na ativa. O 5º, no art. 125 é a novidade da E.C. 45 que coloca o Juiz como Presidente do Conselho e tem competência singular para crimes militares praticados contra civis. O Militar federal na justiça militar estadual e vice-versa não é considerado militar da ativa. Portanto, se um capitão do exercito desacata militar estadual será competência da justiça comum estadual, porque considerado como civil o autor do fato. Porém, caso um militar estadual desacata um militar federal poderá ser processado na justiça militar federal, pois essa permite processar civis. Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados: 1 Crimes militares em tempo de guerra Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado.

4 a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito a administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de ) d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar; f) por militar em situação de atividade ou assemelhado que, embora não estando em serviço, use armamento de propriedade militar ou qualquer material bélico, sob guarda, fiscalização ou administração militar, para a prática de ato ilegal; f) revogada. (Vide Lei nº 9.299, de ) III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquêle fim, ou em obediência a determinação legal superior. Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei n o 7.565, de 19 de dezembro de Código Brasileiro de Aeronáutica. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) 4 O Inciso I - define os crimes militares próprios, crimes definidos apenas no CPM são crimes que só militares podem praticar. O inciso II - define os crimes militares impróprios, ou seja, não seriam crimes militares porque são definidos na mesma maneira na legislação penal comum. Porém passam a ser crimes militares quando praticados nas seguintes condições - militar da ativa (incorporado nas forças armadas e nas corporações militares) estejam ou não em serviço, nas seguintes situações: Alínea a : expressa militar em atividade : O STM mencionou que em atividade significa da ativa, não necessariamente estando em serviço, enquanto que o STJ entendia que a expressão em atividade se referia apenas

5 5 militares em serviço. O STF entendeu que militar em atividade é militar da ativa (entendimento do STM). Exceção: mesmo quando se tratar de homicídio contra militar em atividade contra militar em atividade quem irá processar será o Conselho de Justiça. Aliena e : militar da ativa pratica um crime contra o patrimônio militar ou ordem administrativa militar: Se o militar da ativa pratica o crime da alínea e o crime será militar, pois o interesse é militar. As alíneas b, c e d tem um denominador comum a vítima são civis. Alínea b : Militar da ativa praticou um crime contra civil, na área militar. Alínea c : Militar estar em serviço ou no desempenho da função militar, pratica o crime, ainda que em área fora da área. Alínea d : Militares praticam crime em manobras em exercício. Nota-se que o conceito de área militar é muito amplo, incluindo-se embarcações, navios e aeronaves. Porém, o crime praticado nesses locais deve ser militar. A jurisprudência entende que se um crime for praticado por um militar da ativa contra um civil no interior de sua residência localizado numa vila militar não se trata de crime militar, sendo a casa o asilo inviolável, ainda que localizado em área militar, a competência será da justiça comum. Portanto, se um militar praticar um delito de violência doméstica na sua residência será processado com as medidas da justiça comum. Porém, caso no interior de sua residência, o militar da ativa praticar um crime contra militar da ativa, a competência será da justiça militar. Só se poderá considerar crime pratica em serviço e com o serviço relacionado. Tal interpretação aplica-se na alínea c e competência da Justiça Federal. Se não houver relação

6 6 com o serviço não poderá ser crime militar. Quando há desvio de conduta já não posso aplicar a competência da justiça militar. No inciso II foi revogada a letra f pela Lei 9219/06, ainda que praticado o crime com arma militar só será considerado crime militar nas situações das demais alíneas do inciso. Não caracterizando apenas crime o uso da arma militar. Devendo ser desconsiderada a Súmula 47 do STJ. Essa lei colocou o parágrafo único no art. 9º: trata de uma exceção - caso o crime seja doloso contra a vida não se aplica esta regra, será a da competência do Júri. O inciso III define os crimes praticados por civis contra instituições militares. Só poderá ser cogitado na Justiça Federal. É crime militar aqueles praticados por civis (expressão contempla os militares em reserva) quando praticam crimes contra instituições militares (a expressão significa o exercito, marinha e aeronáutica. Nota-se que a Brigada não se considera instituição militar). Deve-se considerar esse inciso da seguinte forma: quando o civil praticar um crime contra um militar da ativa, contra patrimônio militar ou administração militar, incluindo a justiça militar federal. Ou seja, o inciso III coloca o civil nas mesmas condições que o inciso II coloca o militar só que em posição oposta. O parágrafo único refere a competência do Júri. Não há possibilidade do civil ser vítima na condição do inciso I, sendo apenas nos II e III. Nos casos de conexão do crime militar e comum deverá haver obrigatoriamente a cisão (art. 79, I 2, CPP e art. 102, a 3, CPPM). 2 Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar. 3 Art A conexão e a continência determinarão a unidade do processo, salvo: Casos especiais a) no concurso entre a jurisdição militar e a comum.

7 7 STJ, Súmula 90: Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele. Essa Súmula afirma que crime militar ou comum haverá cisão processual. Justiça Eleitoral: Essa justiça foi criada com a preocupação da fiscalização do voto. É uma justiça federal, exercida por juízes eleitorais. Foi criada em 1934, em 1937 foi ignorada e ressurgiu em 1947 e a CF de 1946 estabeleceu os parâmetros da justiça eleitoral. Compete a justiça eleitoral os crimes eleitorais que são definidos na Lei 4737/65, bem como os crimes conexos. Portanto, a justiça especial que prevalecia sobre a justiça comum art. 35, II 4, Código Eleitoral. A atual CF tem capítulo destinado à Justiça Eleitoral e no próprio artigo 121 5, menciona que a LC irá tratar da sua organização, estrutura e competência, a qual não foi editada. Portanto, passou a entender-se que o CE até a edição de um novo CE, a LC referida nesse artigo da CF. Assim, naquilo que não se contrapõe a CF está por ela recepcionado como se fosse a lei complementar referida. Ainda, partindo dessa idéia, se o CE está recepcionado em sua grande maioria pela CF, a regra de competência para os crimes eleitorais e os comuns conexos é constitucional. Porém, existe no plano doutrina, posição majoritária, que exclui dessa expressão os crimes dolosos contra vida. Ou seja, se o crime comum conexo com o eleitoral seja doloso contra a vida haverá a cisão processual. 4 Art. 35. Compete aos juizes: II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais. 5 Art Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

8 8 Em todas as situações delituosas no campo eleitoral a razão de ser é a da essência da justiça eleitoral que é o voto. Assim, todo e qualquer autor que analisa esses crimes partem do pressuposto fundamental a partir de cinco estruturas básicas da criminalidade eleitoral: - inscrição eleitoral; - inscrição partidária; - propaganda eleitoral; - votação (dia das eleições); - apuração. Não existe crime comum contra a pessoa na justiça eleitoral, com exceção dos crimes contra honra com finalidade de propaganda eleitoral. Não confundir crime eleitoral com a motivação política ou eleitoral. Crime eleitoral é o definido na legislação eleitoral. O órgão de 1º grau da Justiça Eleitoral é a zona eleitoral, onde existe o juiz encarregado, é o foro eleitoral. O órgão recursal é o Tribunal Regional Eleitoral. No campo criminal, o TSE só tem competência recursal especial, recurso especial irá para o TSE. Em cada zona eleitoral tem sua junta apuradora, pessoas escolhidas para desempenhar sua tarefa perante o Juiz Eleitoral. O crime eleitoral será examinado no foro em que ele foi cometido. 2. Justiça Comum: A justiça comum se divide em: Justiça Comum estadual e federal. Justiça Comum Federal art. 109 e seus incisos, CF. Esse interesse qualificado no campo criminal é interesse direto e imediato da União e de demais entes públicos federais na apuração do fato delituoso. Se esse interesse está em segundo plano não define competência federal.

9 9 Se o Juiz criminal declina a competência para justiça federal e este entende que não é sua competência, ao contrário do cível, deverá suscitar o conflito para que o STJ defina de quem é a competência. O artigo 109 da CF é o definidor da competência federal: Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o 5º deste artigo;(incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas. A competência federal é classificada em dois tipos: - Competência genérica: abrange interesse da União, das Autarquias e das empresas Públicas 109, IV, 2ª parte, CF. X; XI; CF. - Competência específica (só há interesse da União) 109, IV, 1ª parte; V; V-A; VI; IX; Competência genérica - 109, IV, 2ª parte, CF: IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

10 10 Estabelece uma trilogia (Bens, serviços e interesses da União, Autarquias ou Empresas Públicas). Ressalvada competência da justiça eleitoral e militar. Idéia de restrição a competência da justiça federal. Nota-se que são excluídas as contravenções - Súmula 38 6, STJ. Nem mesmo em caso de conexão, a Justiça Federal poderá analisar essa contravenção. Haverá obrigatoriamente uma cisão processual. Não confundir: caso um Juiz Federal praticar uma contravenção será processado no TRF, pois, neste caso, a expressão crimes comuns abrange contravenção. Entes públicos que não são autarquias ou empresas públicas não têm competência federal e sim estadual. Como as sociedades de economia mista Súmula 42 7 do STJ. O STF, todavia, inseriu como ente público federal na determinação da competência da justiça federal que é a fundação pública, entenderam ser uma espécie de autarquia por isso estariam abrangidas. A trilogia bens, serviços e interesses. Não há necessidade da presença dos três elementos, basta apenas um deles. Bens se referem ao patrimônio da União, de suas Autarquias, das empresas públicas e fundações públicas. Não se pode confundir patrimônio da União com patrimônio nacional. O patrimônio da União está indicado no art da CF (patrimônio é de todos e não exclusivo da União), 6 Súmula 38, STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades. 7 Súmula 42 do STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. 8 Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial;

11 11 com conotação no campo do meio-ambiente. Ex: águas internas existentes no Brasil, em regra, não são bens da União e sim dos estados ou municípios, mas se essas águas ultrapassam o território de mais de um estado são bens da união (art. 20, III, CF). O primeiro é um crime praticado contra bem da União e o segundo não. Outra situação: CF, art 225, 4º 9, a floresta amazônica, zona costeira, pantanal, entre outros, integram o patrimônio nacional. Assim, um crime ambiental praticado na floresta amazônica não é crime federal e sim estadual porque integra o patrimônio nacional e não da União. Em regra a competência dos crimes ambientais é estadual. Excepcionalmente será crime federal. Quando atingir o patrimônio da União ou quando atingir mais de um estado. Quando envolver espécies em extinção é sempre federal (definida pelo IBAMA). O tráfico internacional de animais silvestre será competência da justiça federal, bem como espécies exóticas (campo da fauna e flora) criadas sem autorização do IBAMA crime federal. Serviços: tem que ser praticado durante o serviço e com ele relacionado. Nota-se que a simples circunstância de um crime ter sido praticado em uma repartição pública federal por um servidor público federal (sujeito ativo) ou com um servidor federal (sujeito passivo) não significa que a competência seja federal. Pois é preciso que o crime guarde vinculação com o serviço (deve ser praticado em serviço e com ele relacionado). Súmula 147, STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função. Caso a pessoa que praticou crime não seja servidor público, mas é funcionário considerado público para efeitos penais (art , CP com acréscimo do 1º) a competência VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 9 Art. 225, 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. 10 Funcionário público

12 12 não será federal, apenas será utilizado para a tipificação do delito. Será competência da justiça estadual. Ex: Administradores de hospitais particulares e médicos que exercem atividades nesses hospitais que atendem pelo SUS e cobram pelo serviço, a competência será estadual, embora seja concussão (crime contra administração). Entendimento do STF. Em suma, para quem integra o quadro dos servidores públicos federais (incluindo cargos em comissão) e cometem o delito durante o serviço e com ele relacionado a competência será federal. Para quem não integra será competência da justiça estadual. A idéia é que na duvida retirar da competência federal e ir para a competência estadual que é residual. Sempre que houver delegação, concessão ou convenio é competência estadual. Não confundir competência com atribuição. Por isso, o IP feito pela Policia Federal não implica que o processamento será na justiça federal. E vice-versa. A competência técnica e processual é estabelecer limites a jurisdição. Só tem competência quem tem jurisdição. O MP não tem competência, tem atribuição. Competência específica (só há interesse da União) 109, IV, 1ª parte; V; V-A; VI; IX; X; XI; CF. IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; Crimes políticos - Lei 7170/83 crimes contra a segurança nacional. a competência será da justiça federal, pois há interesse direto e imediato da União. Um Juiz federal que irá examinar um crime político atribuído a alguém, condenando ou absolvição. Após cumprida sua tarefa jurisdicional, cabe recurso dessa decisão, só que o recurso será o Recurso Ordinário Constitucional diretamente para o STF (Art. 102, II, b 11, CF). Art Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. 11 Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: II - julgar, em recurso ordinário:

13 13 V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; Para que seja competência da justiça federal tem que estar previsto os dois elementos: crime deve estar previsto em tratado ou convenção internacional e a conduta deve ser internacional art. 6º 12, CP (situação de extraterritorialidade). O art. 70, 1º e 2º 13, CPP estabelece o foro competente no Brasil para o caso de extraterritorialidade. O tráfico internacional de entorpecentes (objeto de tratado internacional firmados com diversos países) a competência é da Justiça Federal. O trafico interno de drogas a competência é estadual. O problema é a definição do inicio deste delito, por ser um crime permanente. Não é, portanto, o ingresso ou saída do País que define o trafico internacional e sim quando ele está se realizando. Súmula 522 do STF: Salvo ocorrência de tráfico com o exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal, compete a justiça dos estados o processo e o julgamento dos crimes relativos a entorpecentes. Nota-se que só há competência federal quando a substancia entorpecente do tráfico internacional é assim considerada no País de origem e no Brasil e vice-versa. Por isso, tem se concluído que o tráfico internacional de lança perfume da Argentina para o Brasil a competência é estadual, uma vez que o lança perfume não é considerado substância entorpecente na Argentina. b) o crime político. 12 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 13 Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

14 14 O art do ECA trata da pornografia infantil, podendo ser visto o site em qualquer lugar do mundo. Por isso, tem se afirmado que é competência da Justiça Federal. Além de ter um tratado referente as crianças. O foro competente será federal, mas do lugar onde foi produzido o site. V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o 5º deste artigo;(incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) A palavra causas entende-se como crimes. Do 5º entende-se como grave violação ao direitos humanos. Portanto, não é qualquer crime que trate de direitos humanos que a competência será federal, apenas os que tratem d grave violação dos direitos humanos. O 5º do art trouxe outra novidade o incidente de deslocamento para a Justiça Federal. Esse incidente só pode ser provocado pelo Procurador-Geral da República, a competência para analisá-lo será do Presidente da República. 14 Art Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 15 Art. 109, 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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