DIAGRAMAÇÃO

Transcrição

1 DIAGRAMAÇÃO

2 SOBRE O AUTOR Meu nome é Télio Fonseca Diniz. Tenho 61 anos, moro no Rio de Janeiro e sou casado. Tenho 4 filhos: Rodrigo, Télio Diego e Márcia e 4 netos: Gaia, Lucca, Camila e a Kathleen. Fiz o Jardim de Infância e o pré-primário no Jardim Irmã Paula, nos anos 50 e após, ingressei no Colégio Cruzeiro, onde cursei o primário e o admissão até o início dos anos 60. Cursei até o científico no Colégio Sousa Aguiar, onde comecei a me interessar pela arte de escrever letras, contagiado pelos Festivais que aconteciam em nosso País, no meio de uma feroz ditadura. Nesta época, concorri e venci um Festival da Canção neste Colégio com uma música intitulada Sinal Verde. No início dos anos 70, cursei Estatística na ENCE, chegando a trabalhar no IBGE. Já fui auxiliar de escritório, Gerente Administrativo de uma Corretora e de uma Administradora. Quando parei de trabalhar, em 2004, retomei o hábito de escrever, já me aventurando nas poesias. Hoje me sinto muito bem escrevendo e me tornei um Poeta Del Mondo!

3 SINOPSE A sensualidade está presente em quase todas as minhas poesias. Seja nas entrelinhas, seja explicitamente, ela passeia nos meus versos, de forma intensa e verdadeira. Prefiro ser assim, honesto nas palavras, do que me esconder em poesias que mintam sobre o que sou e penso.

4 A VONTADE Pode brincar a vontade, Me entrego, sou todo seu. Não tenho qualquer vaidade, Use de tudo que é meu. Faça barulho a vontade, Não ligue se alguém escutar. Seja você de verdade, Me deixe, em transe, gozar.

5 ABUSE DE MIM Viaje pelo meu corpo. Circule, não tenha receio. Abuse de mim. Me use. Explore o que lhe pertence. Minha nudez é sua. Abuse de mim. Me sugue. Deixe a pele falar. O sangue ferver nas veias. Abuse de mim. Me ame. Faça o gozo explodir. Grite, acorde o mundo. Abuse de mim. Me exponha. Conduza o meu desejo. Ereto poder que lhe invade. Abuse de mim. Me ganhe. Repouse sobre meu peito. Corações disparados. Abuse de mim. Me acalme. Tente dormir agora. Cole você em mim. Quando acordar, me abuse.

6 AMOR DE OCASIÃO Me chame, me telefone, Me coma, me enlouqueça. Amanhã me abandone, Depois de amanhã me esqueça. Sou puro descarte, Amor de ocasião. Meu sentimento é uma arte, Oculta no coração. Não mantenha a esperança De que venha a ser seu. Fique com a doce lembrança Da noite que a gente viveu.

7 AMOR NA BOLÉIA Boléia de caminhão, Eu e ela grudados. Clima de amor e tesão, Desejos, em nós, aflorados Procuro seus seios marcados, Pela blusa molhada. Doces melões apontados, Pra minha boca safada. Retiro, com todo cuidado, A peça que impedia, De concretizar o pecado, Que seu olhar me pedia. Depois de muito sugar Na sua fonte de mel, O resto da roupa tirar, Aterrissar no seu céu. Amei, você, com carinho, Gozamos sem nenhuma pressa. Ainda dentro do seu ninho, Sussurro que foi bom à beça.

8 ARMA APONTADA Estou com a arma apontada, Pronta pra lhe acertar. Não se faça de rogada, Agora vai ter de rezar. Provoca o tempo inteiro, Mexe com minha libido. Atiça o fogareiro, Desnuda o tesão escondido. Não tem mais como fugir, Seu alvo eu já mirei. Na cama vai sucumbir. Feche os olhos, cheguei.

9 BALÉ SEM ENREDO Um balé sem enredo, Nada, por nós, ensaiado. Em nosso palco, sem medo, Inédito passo mostrado. Levo, você, nas alturas, Com meu " passo double " safado. Faço, em seu corpo, loucuras, Num " pas de chat " assanhado. O seu " Grand jeté " me encanta, Se abre, pra mim, no espaço. Tudo, que é meu, se agiganta, Prendo, você, num abraço. Não mais resistindo ao bailado, Vou meu " cabriole " fazer. Você molhadinha, eu suado, Final de intenso prazer.

10 BOCA DOS LABIRINTOS Boca que guarda a vontade De em outra boca estar. Boca real, de verdade, Precisa ter a quem beijar. Boca de mil labirintos, Língua de doces venenos. Boca de lábios famintos, Desejos que não são pequenos. Boca que, na madrugada, Pelo meu corpo passeia. Boca sutil, assanhada, A me prender como teia. Boca que faz brincadeiras, Me leva ao paraíso. Boca que fala besteiras, Nela, perco o juízo.