INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA EM TERRAS DE MARINHA

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURS CURSO DE DIREITO INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA EM TERRAS DE MARINHA DANIELE CRISTINA DA ROCHA Itajaí (SC), 20 de novembro de 2008

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURS CURSO DE DIREITO INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA EM TERRAS DE MARINHA DANIELE CRISTINA DA ROCHA Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Willian Garcia de Souza Itajaí (SC), novembro de 2008

3 AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus, por ter sido um amigo fiel em todas as horas; Aos meus pais pelo amor que dedicam a mim; Ao meu amor pelo companheirismo e compreensão em todas as horas. Às valiosas amizades que encontrei nestes cinco anos de Universidade; E, especialmente, ao meu orientador Professor Willian Garcia de Souza, que me acolheu com paciência e dedicação, sendo fundamental para a conclusão deste trabalho.

4 DEDICATÓRIA A toda a minha família pela importância que representam em minha vida. Ao Dr. Flavio Sperotto e ao Dr. Rômulo Diehl Volaco pessoas que me viram como uma futura operadora do Direito.

5 Teu dever é lutar pelo direito, mas no dia em que encontrares o direito em conflito com a justiça luta pela justiça. [Eduardo Coutere]

6 ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS A. Autor art., arts. artigo, artigos cap., caps capítulo, capítulos CC/2002 Código Civil (2002) CRFB/1988 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 doc., docs. documento, documentos ed. Edição etc. et cetera (e assim por diante) fl., fls. folha; folhas Internet rede mundial de computadores interconectados Internet rede mundial de computadores interconectados LPM/1831 Linha de Preamar Média do ano de 1831 n. número nov. novembro out. outubro p., pp. página, páginas Prof., Professor r. Respeitável REsp. Recurso Especial Set. setembro SPU Secretaria do Patrimônio da União STF Supremo Tribunal Federal STJ Superior Tribunal de Justiça UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí vol., vols. volume, volumes % por cento Parágrafo

7 ROL DE CATEGORIAS Rol de categorias que a Autora considera estratégicas à compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais. AFORAMENTO Enfiteuse ou aforamento é o instituto civil que permite ao proprietário atribuir a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma pensão ou foro anual, certo e invariável (cc de 1916, art. 678). Consiste, pois, na transferência do domínio útil do imóvel público para a posse, uso e gozo perpétuos da pessoa que irá utilizá-lo daí por diante. CF. MEIRELLES, HELY LOPES. DIREITO MUNICIPAL BRASILEIRO. 15. ED. SÃO PAULO: MALHEIROS, 2006, P BEM DOMINICAL É o que compõe não só o patrimônio da união, dos estados ou dos municípios, bem como o das pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado a estrutura de direito privado, como objeto do direito pessoal ou real dessas pessoas de direito público interno. Pode abranger coisas móveis ou imóveis, como título de dívida pública, estrada de ferro, terra devoluta, terreno de marinha, mar territorial, oficina e fazenda do estado, queda d água, jazida e minério, arsenal das forças armadas etc. Cf. Diniz, Maria Helena. Dicionário Jurídico. Vol.1, 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005, Pp CARTA RÉGIA Documento que era firmado pelo rei de Portugal e dirigido a algum súdito em importante missão, dando-lhe instruções, delegando-lhe competência para a prática de certos atos etc. CF. Diniz, Maria Helena. Dicionário Jurídico. Vol.1, 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005, P. 611.

8 CONSTITUIÇÃO Lei fundamental e suprema de um estado, que contém normas referentes à estruturação do estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Cf. Moraes, Alexandre De. Direito Constitucional. 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2002, P. 36. DECRETO-LEI Assim se dizia do ato emanado do poder executivo, quando, no seu fundo e na sua forma, se equiparava às próprias leis, emanadas do poder legislativo. Peculiar aos regimes de exceção, tendo sido empregado entre nós durante o estado novo e o movimento de 1964, foi abolido pela CF/88. CF. Silva, De Plácido E. Vocabulário Jurídico. 26. Ed. Rio De Janeiro: Forense, 2005, P INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA (...) incorporação imobiliária a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção; para alienação total ou parcial, de edificações, ou conjunto de edificações composta de unidades autônomas. (BRASIL. Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, Parágrafo Único, do Artigo 28. Dispõe sôbre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. Disponível em:< Acesso em: 21 nov LAUDÊMIO Laudêmio é o valor pago pelo proprietário do domínio útil ao proprietário do domínio direto (ou pleno) sempre que se realizar uma transação onerosa do imóvel. O laudêmio não é um tributo (este sim, cobrável na forma que a lei determinar, em razão da soberania do ente público), mas uma relação contratual, de direito obrigacional, na qual o ente público participa na condição de contratante e como tal sujeito aos princípios gerais dos contratos. Dependerá do prévio recolhimento do Laudêmio, em quantia correspondente a 5% (cinco por cento) do valor de avaliação do terreno e das benfeitorias existentes, a transferência onerosa, entre vivos, do domínio útil de terreno da

9 União ou de direitos sobre benfeitorias nele construídas, bem assim a cessão de direito a eles relativos. (Disponível em: Acesso em: 28 nov ) LINHA DE PREAMAR MÉDIA O preamar médio é a superfície de nível, em sua accepção a mais geral, correspondente à posição média de preamares observadas durante uma ou varias lunações, de maneira a attender-se, não só á acção conjuncta da lua e do sol, como também á acção das causas pertubadoras normaes e a reduzir ao mínimo a infuencia das causas accidentaes ou anormaes. Santos, Rosita De Sousa. Terrenos de Marinha. Rio De Janeiro: Ed. Forence, Pg. 118/119. PRAIA São as áreas cobertas e descobertas periodicamente pelas águas, acrescidas de faixas de material detrítico, como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie um outro ecossistema, como a vegetação natural. Fundo do mar, ou seja, uma parte arenosa que o mar cobre e descobre com o fluxo e o refluxo das águas. Santos, Rosita De Sousa. Terrenos de Marinha. Rio De Janeiro: Ed. Forence, Pg. 3. TERRENOS ACRESCIDOS DE MARINHA São os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos Terrenos de Marinha. (definição legal Decreto-lei 9.760/1946, art. 3º). TERRENOS DE MARINHA São terrenos situados na costa marítima, e nas margens de rios e lagoas até onde se faça sentir a influência das marés, bem como os que contornam ilhas situadas em zona sob influência das marés, em faixas com 33 (trinta e três metros) de largura, medidos horizontalmente, a partir da linha de preamar média

10 de 1831, em direção a terra. (conceito elaborado a partir da definição legal decreto-lei 9.760/1946).

11 SUMÁRIO RESUMO... XIII INTRODUÇÃO... 1 NATUREZA E ORIGEM DOS TERRENOS DE MARINHA E SEUS ACRESCIDOS NATUREZA E ORIGEM DOS TERRENOS DE MARINHA TERRENOS DE MARINHA NO REGIME COLONIAL Terrenos de Marinha no Regime Imperial Terrenos de Marinha no Regime Republicano CONCEITO DE TERRENOS DE MARINHA PREAMAR MÉDIO ORIGEM E CONCEITO CAPÍTULO REGIME JURÍDICO DOS TERRENOS DE MARINHA LOCAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS DA UNIÃO OCUPAÇÃO DOS TERRENOS DE MARINHA AFORAMENTO DOS TERRENOS DE MARINHA Da Transferência do Aforamento ou Enfiteuse Extinção do Aforamento CESSÃO DO TERRENOS DE MARINHA CAPÍTULO TERRAS DE MARINHA E A INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA ASPECTOS GERAIS ACERCA DA INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA Conceito de Incorporação Imobiliária Da Figura do Incorporador INCORPORAÇÃO IMOBILIARIA EM TERRENOS DE MARINHA Incorporação Imobiliária em Terrenos de Marinha Sob o Regime de Aforamento ou Enfiteuse Incorporação Imobiliária em Terrenos de Marinha Sob o Regime de Ocupação CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS ANEXOS... 68

12 RESUMO Os Terrenos de Marinha e seus acrescidos constituem bens da União e tiveram sua origem à época do Brasil colônia. Esses terrenos foram criados coma finalidade de garantir um espaço para que fosse realizada a defesa, bem como para os serviços públicos e particulares, eram igualmente utilizados para embarque e desembarque de mercadorias, extração de sal e a prática da pesca, importantes fontes de renda na época. Os Terrenos de Marinha são regidos, basicamente, pela CRFB/1988, pelo Decreto-Lei n /1946, pela Lei n /1988 e o pelo Decreto n /2001. Atribui-se a Secretaria do Patrimônio da União SPU a obrigação de identificar, demarcar, cadastrar, registrar, fiscalizar, regularizar as ocupações e promover a utilização destes bens imóveis da União. Os bens imóveis da União, segundo o art. 64 do Decreto-Lei nº 9.760/46 1, poderão ser, qualquer que seja a sua natureza, alugados, aforados ou cedidos a terceiros. Será apresentado a seguir cada regime jurídico separadamente. Sob os terrenos e marinha poderá ser realizada a incorporação imobiliária, desde que os mesmos estejam sob o regime de aforamento, uma vez que os foreiros ou enfiteutas são detentores do domínio pleno sobre os terrenos. Palavras-chave: Terrenos de Marinha, Incorporação Imobiliária 1 Art. 64. Os bens imóveis da União não utilizados em serviço público poderão, qualquer que seja a sua natureza, ser alugados, aforados ou cedidos. 1º A locação se fará quando houver conveniência em tornar o imóvel produtivo, conservando porém, a União, sua plena propriedade, considerada arrendamento mediante condições especiais, quando objetivada a exploração de frutos ou prestação de serviços. 2º O aforamento se dará quando coexistirem a conveniência de radicar-se o indivíduo ao solo e a de manter-se o vínculo da propriedade pública. 3º A cessão se fará quando interessar à União concretizar, com a permissão da utilização gratuita de imóvel seu, auxílio ou colaboração que entenda prestar.

13 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objeto 2 efetuar um estudo acerca da incorporação imobiliária em Terrenos de Marinha e seus acrescidos. Os Terrenos de Marinha constituem faixas de terras específicas localizadas ao longo de toda a costa brasileira, delimitadas pela Linha de Preamar Média de Levando-se em consideração a grande diversidade desse instituto, o trabalho é focado na parte histórica, qual seja, desde o surgimento da expressão Terrenos de Marinha e a sua destinação.devido ao amplo espectro destes institutos, o trabalho será focado no deslocamento histórico, formas de utilização e, de maneira especial, em relação a Incorporação Imobiliária nestes Terrenos da União. A importância do estudo acerca deste assunto consiste na grande relevância que os Terrenos de Marinha possuem, principalmente, no campo imobiliário, pela grande valoração econômica, são fontes de arrecadação de recursos para a administração dos bens da União, bem como são objeto de preservação ambiental. Cumpre destacar que o presente relatório tem como escopo corroborar com o aumento do conhecimento acerca do tema; não constitui uma novidade, porém não há grandes obras ou leis em aplicabilidade que solucionem algumas questões práticas, a exemplo do tema escolhido, incorporação imobiliária em terras de marinha. Além do exposto o presente relatório estabelece requisito imprescindível à conclusão do curso de Direito na Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI. O tema, na atualidade, resta na prática restrita aos tribunais federais e a artigos publicados em periódicos nacionais ou páginas da internet, com pouquíssimas obras versando acerca do tema escolhido e lecionado do 2 Nesta Introdução cumpre-se o previsto em PASOLD, Cesar Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do Direito, p

14 2 trabalho. A falta de uma legislação específica de aplicabilidade de algumas leis publicadas há muitos anos e de ampla bibliografia destoa da relevância atual do tema, que acabam por prejudicar o correto exercício do direito de propriedade de muitas pessoas junto à faixa litorânea. A escolha deste estudo é fruto do interesse pessoal desta pesquisadora em aumentar o seu conhecimento acerca deste tema tão fascinante e a sua importância para as cidades litorâneas, que cada vez mais deparam-se com um aumento exacerbado da população que migra do interior para o litoral, em busca de uma melhor qualidade de vida. É destinada a contribuir com o ocupante, ao foreiro ou enfiteuta, em geral as pessoas que possuem imóveis localizados nos Terrenos de Marinha que tão pouco sabem acerca deste assunto. O objetivo geral do presente trabalho consiste em identificar as principais dificuldades práticas e jurídicas acerca da incorporação imobiliária em Terrenos de Marinha. O objetivo institucional da presente Monografia é a obtenção do Título de Bacharel em Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Jurídicas, Políticas e Sociais, Campus de Itajaí. Como objetivo específico, pretende-se verificar, do ponto de vista jurídico, se existem Terrenos de Marinha passiveis de sofrerem incorporação imobiliária. A análise do objeto do presente estudo, a reflexão realizada sobre o tema escolhido está norteada pela dificuldade de se entender como um bem pertencente a União, é passível de incorporação imobiliária, por um terceiro, uma vez que os Terrenos de Marinha constituem bens da União. Pretende-se com este trabalho, aclarar o pensamento existente sobre o tema, circunscrevendo-o às dificuldades de ordem jurídica que condicionam a incorporação imobiliária dos Terrenos de Marinha.

15 3 Para o desenvolvimento da presente pesquisa foram formulados os seguintes questionamentos: a) É possível, no presente, realizar a incorporação imobiliária de um terreno de marinha, cuja bem constitui propriedade da União? b) Levando-se em consideração o item anterior, os Terrenos de Marinha sob os regimes de aforamento ou enfiteuse e de ocupação poderão ser incorporados? c) O presente tema possui alguma legislação específica, versando acerca desta problemática? Já as hipóteses consideradas foram as seguintes: a) Sim, é possível realizar a incorporação de terrenos da União, para isso o domínio pleno não deve a ela pertencer. b) A incorporação dos Terrenos de Marinha só é possível nos casos em que a concessão dos Terrenos de Marinha esteja sob o regime de aforamento ou enfiteuse, pois neste regime o foreiro ou enfiteuta possui um direito real de domínio. c) Não, ela tem por base uma análise de quem é detentor de direito real de domínio, não é, constitucional e/ou legalmente, amparada. Finalmente, buscou-se nortear as hipóteses formuladas com as seguintes variáveis: a) O Congresso Nacional, através de lei, crie leis, decretos ou ementas versando acerca da incorporação imobiliárias dos Terrenos de Marinha. O relatório final da pesquisa foi estruturado em três capítulos, podendo-se, inclusive, delineá-los como três molduras distintas, mas conexas: a primeira, atinente aos deslocamentos históricos e situação atual dos Terrenos de Marinha e Terrenos; o segundo versa sobre o regime patrimonial e

16 4 formas de utilização destes terrenos; a terceira atacou as dificuldades no tocante a incorporação imobiliária dos Terrenos de Marinha, dentro dos limites propostos de atuação da pesquisa. Quanto à metodologia empregada, registra-se que, na fase de investigação foi utilizado o método dedutivo, e o relatório dos resultados expresso na presente monografia é composto na base lógica dedutiva 3, já que se parte de uma formulação geral do problema, buscando-se posições científicas que os sustentem ou neguem, para que, ao final, seja apontada a prevalência, ou não, das hipóteses elencadas. Nas diversas fases da pesquisa, foram acionadas as técnicas do referente, da categoria, do conceito operacional e da pesquisa bibliográfica 4. É conveniente ressaltar, enfim, que, seguindo as diretrizes metodológicas do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí, as categorias fundamentais, são grafadas, sempre, com a letra inicial maiúscula e seus conceitos operacionais apresentados em Lista de Categorias e seus Conceitos Operacionais, ao início do trabalho. Os acordos semânticos que procuram resguardar a linha lógica do relatório da pesquisa e respectivas categorias, por opção metodológica, estão apresentados na Lista de Categorias e seus Conceitos Operacionais, conforme sugestão apresentada por Cesar Luiz Pasold, muito embora algumas delas tenham seus conceitos mais aprofundados no corpo da pesquisa. Ressalte-se que a estrutura metodológica e as técnicas aplicadas neste relatório estão em conformidade com as propostas apresentadas no Caderno de Ensino: formação continuada. Ano 2, número 4, assim como nas 3 Sobre os Métodos e Técnicas nas diversas fases da pesquisa científica, vide PASOLD, Cesar Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do Direito, p Quanto às Técnicas mencionadas, vide PASOLD, Cesar Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do Direito, p , 31-41, 45-58, e , nesta ordem.

17 5 obras de Cezar Luiz Pasold, Prática da pesquisa jurídica: idéias e ferramentas úteis ao pesquisador do Direito e Valdir Francisco Colzani, Guia para redação do trabalho científico. O presente Relatório de Pesquisa arremata-se com as Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos destacados, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre os Terrenos de Marinha e seus acrescidos.

18 CAPÍTULO NATUREZA E ORIGEM DOS TERRENOS DE MARINHA E SEUS ACRESCIDOS A ocupação dos Terrenos de Marinha originou-se de Portugal ao ser publicada pelo Rei Don Fernando I, a Lei das Sesmarias 5, que visava emprestar as terras que não eram utilizadas pelo Reino de Portugal. No Brasil, as Sesmarias surgiram através de uma Carta Patente, concedida a Martim Afonso de Souza, governador das terras brasileiras, Carta esta que Martim Trouxe de Portugal, esta por sua vez lhe conferia poderes para conceder as Sesmarias. A primeira concessão de Sesmarias ocorreu no Rio de Janeiro, uma praia denominada Marinha da Cidade, localizada entre os morros do Castelo e de São Bento, aonde uma parte (nordeste) compreendia uma faixa de terra. Gasparini, (1982: p.409) entra em consonância com o disposto quando diz que: Ao que tudo indica, os Terrenos de Marinha ou simplesmente marinhas - como instituto do direito, tiveram sua origem no Rio de Janeiro. Nesta faixa de terras era proibido efetuar quaisquer construções, uma vez que, o que se pretendia era deixar um livre acesso a todo o movimento marítimo de bens públicos e particulares, pois referida área era utilizada como embarque e desembarque de mercadorias, pois naquela época 5 Conceito de Sesmarias foi definido, mais tarde, tanto nas Ordenações Filipinas quanto nas Manuelinas como sendo o seguinte: Sesmarias são propriamente as dadas de terras, casaes ou pardieiros, que foram ou são de alguns senhorios, e que já em outro tempo foram lavradas e aproveitadas e agora não o são.

19 7 toda a comercialização e transporte de mercadorias era realizada por meio do transporte marítimo. Além de servirem como embarque e desembarque de mercadorias, estas áreas eram importante fonte de renda, pois dali se extraia o sal, e se praticava a pesca. No entanto, essas faixas de terra que são banhadas pelo mar não são bens de uso comum, não podendo assim ser utilizadas por qualquer pessoa, e nem ao menos de uso especial, pois os Terrenos de Marinha são bens dominicais, isso significa dizer que fazem parte do patrimônio da União. A fim de que se possam obter maiores entendimentos acerca de Terrenos de Marinha é necessário inicialmente que façamos uma abordagem histórica deste tema. 1.1 TERRENOS DE MARINHA NO REGIME COLONIAL Antes de existir o que nos dias de hoje denomina-se terras de marinha, para o direito romano havia somente o conceito de praia, que por sua vez era denominada como o fundo do mar, ou seja, uma parte arenosa que o mar cobre e descobre com o fluxo e o refluxo das águas 6. Neste regime, mencionava-se somente o conceito de praia conforme anteriormente citado, sendo pacifico o entendimento de que a mesma destinava-se a uso comum, caracterizada assim como de bem público. No Brasil somente em 1726 com a ordem régia de 1º de dezembro ficou estabelecido que ninguém poderia alargar um palmo, os seus domínios para o mar, nem mesmo edificar as praias. (...) as praias devem estar livres para boa defesa da Cidade, para que as rendas passem livres por toda ella, e se possam socorrer 6 SANTOS, Rosita de Sousa. Terrenos de Marinha. Rio de Janeiro: Ed. Forence, Pg. 3.

20 8 as partes atacadas, sem a difficuldade de se dar volta pela Cidade, mas que essa circunstancia já é difficultosa, por alguns edifícios antigos que o embaração, e como estes alguns modernos são de preço considerável, vos parecia que Eu os devo conservar, impedindo porem com rigorosas penas que daqui em diante ninguém possa alargar um só palmo para o mar, nem edificar nas praias(...) 7 O rei jamais se interessou pelas terras de marinha, seu principal interesse era nos benefícios como sal, pesca, nos lucros, com o passar do tempo em locais para desembarque de pessoas, mercadorias que aqui chegavam, com os trapiches, a defesa das cidades contra embarcações vindas pelo mar e finalmente o povoamento dessas terras. Somente em 18 de dezembro de 1818 ouviu-se falar em marinha e que seu domínio pertencia a Coroa: (...) tudo o que toca á água do mar e accresce sobre ella é da Coroa, na forma da Ordenaçao do Reino; e que da linha d agua para dentro sempre reservadas 15 braçadas pela borda do mar para serviço publico, nem então em propriedade alguma confitantes com a marinha, e tudo quanto alegarem para se apropriar do terreno é abuso e inattentivel; pois que se póde haver posse de uns visinhos para outros, nunca póde haver contra a Coroa, que tem o domínio (...) 8. Os Terrenos de Marinha possuíam natureza confusa, vários autores tentaram compilar as determinações que orientavam a tramitação e a solução de interesses, dentre eles funcionários do Ministério da Fazenda, Inspetor do Tesouro Nacional, clamavam contra a impropriedade da linguagem utilizada, linguagem técnica, que por sua vez apareciam nos documentos administrativos e cartorários, onde aforamento, usufruto, cessão e locação formavam uma eterna confusão. 7 SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, Pg.4 8 SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, Pg.5

21 9 A Lei orçamentária de 15 de novembro de 1831, que orçou as receitas e fixou as despesas para os exercícios de 1832 e 1833, incluiu os Terrenos de Marinha, que pela primeira vez ganharam espaço em corpo de lei, estabelecendo condições para o aforamento delas para fins de renda. Contudo, a conceituação do que era terreno de marinha ainda ficou por conta de ordenamentos, como o aviso de 18 de julho de 1827 e a Circular de 21 de julho de 1827, ratificados pela Decisão número 274, de 03 de outubro de 1832, que dispondo sobre marinas considerou-as como sendo quinze braçadas de terreno, contados do ponto aonde chega à maré nas primeiras enchentes. Entretanto, foi à popularíssima Decisão de 348, de 14 de novembro d e q u e, p e l a p r i m e i r a v e z, d e f i n i u t e r r a s d e m a r i n h a : Art.4. Hão de considerar-se Terrenos de Marinha todos os que, banhados pela água do mar ou dos rios navegáveis. Vão ate a distancia de 15 braçadas craveiras para a parte da terra, contadas estas desde os pontos a que chega a preamar médio. A mencionada decisão ganhou importância e popularidade não só porque definiu Terrenos de Marinha, mas também porque tratou de mediação e demarcação desses terrenos estabelecendo o percentual do foro a ser cobrado dos enfiteutas, bem como a forma de avaliação dos referidos terrenos para esse fim. Após definido em decisão o conceito de Terrenos de Marinha, a Lei Orçamentária nº 38, de 03 de outubro de 1834 apresentou em seu corpo um fato novo, destinou a Câmara Municipal do Rio de Janeiro os rendimentos dos foros de marinha. Posteriormente, os Decretos de n º467 de 23 (vinte e três) de agosto de 1846, e o Decreto nº656, de 05(cinco) de dezembro de 1849, versaram a cerca dos pagamentos inerentes ao laudêmio 9 em transações 9 Na lição de Silvio Rodrigues, O laudêmio é a importância devida ao senhorio, pelo foreiro, cada vez que transferir o domínio útil por venda ou dação em pagamento... O

22 10 acontecidas em terrenos aforados em geral, por consecutivo, nos Terrenos de Marinha, porém os mesmos não foram mencionados nesses decretos TERRENOS DE MARINHA NO REGIME IMPERIAL A partir daí varias outras decisões e normas dispuseram acerca deste assunto, dos quais se podem destacar a Decisão n. 21 de 28 de março de 1840 a qual declarou os casos em que se deve haver direitos das doações, ou vendas dos Terrenos de Marinhas. A Decisão n. 231 de 10 de julho de 1857 dispôs acerca aforamento de Terrenos de Marinhas descrevendo que não são isentos do pagamento do foro os terrenos mesmo que arrematados em hasta pública. Já a Lei 1.507, de 26 de setembro de 1867 fixa a despesa e orça a receita geral do Império para os exercícios de e e dá outras providencias incluindo na receita orçamentária os foros e produtos da venda de posses e domínio útil de Terrenos de Marinha. O Decreto nº. 4105, de 22 de fevereiro de 1868, pela primeira vez definiu com caráter de Lei, o conceito de terras de marinha, vejamos: Visto o art da Lei de 15 de Novembro de 1831; 3º da de 12 de Outubro de 1833; 37 2º da de 3 de Outubro de 1834; 11 laudêmio só será devido nas alienações onerosas, não sendo reclamável nas liberalidades. (...) A lei confere ao senhorio preferência, quando o enfiteuta pretender vender ou dar em pagamento o domínio útil... Em suma: em caso de alienação onerosa o senhoria tem preferência para adquirir o domínio útil, tanto por tanto (Direito Civil: Direito das coisas, vol. 5, 28 ed. rev. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n , de , São Paulo: Saraiva, 2003)

23 11 7º da de 27 de Setembro de 1860; e 39 da de 26 de Setembro de 1867, relativos à concessão de terrenos de marinha e outros de domínio publico, de accrescidos natural ou artificialmente, e para aterros ou obras particulares sobre o mar, rios navegaveis e seus braços; Reconhecendo quanto é importante semelhante concessão, a qual, além de conferir direitos de propriedade aos concessionarios, torna os ditos terrenos productivos e favorece, com o aumento das povoações, o das rendas públicas. Attendendo à necessidade de regular a fórma da mesma concessão no interesse, não só do domínio nacional e privado, como no da defesa militar, alinhamento e regularidade dos cáes e edificações, servidão publica, navegação e bom estado dos portos, rios navegáveis e seus braços; Tendo Ouvido o parecer das Secções reunidas de Fazenda e de Marinha e Guerra do Conselho de Estado; e usando da facilidade que Me confere o art da Constituição Hei por bem decretar o seguinte: (...) Art. 1º A Concessão directa ou em hasta pública dos terrenos de marinha, dos reservados para a servidão pública nas margens dos rios navegáveis e de que se fazem os navegaveis, e dos accrescidos natural ou artificialmente aos ditos terrenos, regularse-há pelas disposições do presente Decreto. 1º São terrenos de marinha todos os que banhados pelas águas do mar ou dos rios navegáveis vão até a distância de 15 braças craveiras (33 metros) para a parte de terra, contadas desde o ponto a que chega o preamar médio. Este ponto refere-se ao estado do lugar no rio tempo da execução da lei de 15 de. Novembro de 1831, art (Instrucções de 14 de Novembro de 1832 art. 4º).

24 12 2º São terrenos reservados para a servidão publica nas margens dos rios navegáveis e de que se fazem os navegáveis, todos os que banhados pelas águas dos ditos rios, fóra do alcance das marés, vão até a distância de 7 braças craveiras (15,4 metros) para a parte de terra, contadas desde o ponto médio das enchentes ordinárias (Lei nº 1507 de 26 de Setembro de 1867, art. 39). 3º São terrenos accrescidos todos os que natural ou artificialmente se tiverem formado ou formarem além do ponto determinado nos 1º e 2º para a parte do mar ou das águas dos rios (Res. de Cons. de 31 de Janeiro de 1852 e Lei nº 1114 de Setembro de 1860, art. 11 7º) 4º O limite, que separa o domínio marítimo do domínio fluvial para o effeito de medirem-se e demarcarem-se 15 ou 7 braças conforme os terrenos estiverem dentro ou fóra do alcance das marés, será indicado pelo ponto onde as águas deixarem do ser salgadas de um modo sensível, ou não houver depósitos marinhos, ou qualquer outro facto geologico, que prove a ação poderosa do mar. (...) (Grigo nosso) Os Terrenos de Marinha foram passo a passo ganhando corpo e figuração, sempre dentro de leis orçamentárias, e, dentro de leis anuas, foram consolidando posições, em beneficio das Províncias e em momento posterior os Estados, as terras de marinha faziam parte das leis de orçamento, como receita geral do Império.

25 TERRENOS DE MARINHA NO REGIME REPUBLICANO O período republicano iniciou-se com relevante tumulto, uma vez que a descentralização com a qual se pretendeu desenvolver com a política do aforamento fez com que se criasse um grande jogo de interesses e ambições, pois não havia até aquele momento uma definição acerca da autoridade maior sobre os Terrenos de Marinha, se era o Presidente da Província, a Municipalidade, o Tribunal do Tesouro Nacional, ou por fim o Ministério da Fazenda. Segundo Rosita de Souza Campos 10 Em verdade, todos estavam atentos, e todos exercitavam, concomitantemente, alguma parcela de comando. A constituição de 24 de fevereiro de 1891 em seu artigo definiu que a União pertencia somente à porção de território que fosse indispensável para que esta promovesse a defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro. Com a virada do século a República ainda teve diversos trabalhos e problemas no tocante as terras de marinha. Entre os anos de 1901 e 1905, a Constituição foi acrescida de diversas Leis, Decretos, Circulares, Ordens e avisos que visavam esclarecer as leis anteriores. Porém, em 1904, constataram-se no Estado da Bahia e no Espírito Santo, jazidas de areias monazíticas, e após a Bahia discutir com a União sua propriedade e perde-las, aliou-se ao Estado do Espírito Santo com destino ao Supremo Tribunal com a finalidade de que este, compelisse a União a reconhecer-lhes a propriedade sobre as marinhas existentes em seus territórios. Os estados demandantes acionaram a União, esta ação é denominada de Ação 10 SANTOS, Rosita de Sousa. Terrenos De Marinha. Rio de Janeiro: Ed. Forence, Pg Art 64 - Pertencem aos Estados às minas e terras devolutas situadas nos seus respectivos territórios, cabendo à União somente a porção do território que for indispensável para a defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro federais. Parágrafo único - Os próprios nacionais, que não forem necessários para o serviço da União, passarão ao domínio dos Estados, em cujo território estiverem situados.

26 14 Originária nº 8, sob o fundamento do art. 64, e parágrafo único do mesmo artigo 12 da Constituição da República Dos Estados Unidos Do Brasil, De 24 De Fevereiro De 1891, alegando ser inconstitucional e nulo o contrato de exploração de areias monazíticas uma vez que pela constituição os Terrenos de Marinha pertenciam aos estados. Em sentença proferida pelo Supremo Tribunal Federal este considerou as terras de marinha como sendo bens nacionais, sobre as quais a União exerce direito de soberania, impropriamente chamado de domínio eminente. Somente em 1916, com o advento do Código Civil de 1916, em seu Capítulo III, arts. 65 a 68, é que foram incluídos entre os bens da União os Terrenos de Marinha, vejamos: Art. 65. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes à União, aos Estados, ou aos Municípios. Todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 66. Os bens públicos são: I - de uso comum do povo, tais como os mares, rios, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como os edifícios ou terrenos aplicados a serviço ou estabelecimento federal, estadual ou municipal; III - os dominicais, isto é, os que constituem o patrimônio da União, dos Estados, ou dos Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real de cada uma dessas entidades. Art. 67. Os bens de que trata o artigo antecedente só perderão a inalienabilidade, que lhes é peculiar, nos casos e forma que a lei prescrever. 12 Art 64 (...) Parágrafo único - Os próprios nacionais, que não forem necessários para o serviço da União, passarão ao domínio dos Estados, em cujo território estiverem situados.

27 15 Art. 68. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito, ou retribuído, conforme as leis da União, dos Estados, ou dos Municípios, a cuja administração pertencerem.(grifo nosso) No entanto, este novo dispositivo legal não obteve um resultado imediato, tendo em vista que muitos estavam habituados ao uso não oneroso das terras as quais pertencentes à União. Neste mesmo ano, a Câmara dos Deputados apresentou o Projeto nº. 89, que autorizou a venda das terras de marinha ao qual obteve a seguinte resposta do Ministro da Fazenda: Aviso de 16/09/1916: (...) os terrenos de marinha tem uma função muito importante na defesa das costas, construções de portos e outras obras, não convindo, pois que o patrimônio nacional delles se prive definitivamente. É exactamente devido a sua situação especial que elles sempretiveram uma legislação a parte. A autora Rosita de Souza Santos 13, em seu Livro, apresenta que a lei mencionada, é precisamente, a de 3070, de 31 de dezembro de É uma lei importante na história dos terrenos de marinha. Seu art.12 confirmou a competência da Diretoria do Patrimônio da União, e respectivas Delegacias Fiscais nos Estados, para os trabalhos de delimitação das zonas urbanas e rurais; o art. 14 alterou o laudêmio de 2,5 %, para 5%, sobre o valor da transação; o art. 15 determinou à Diretoria do Patrimônio da União competência Expressa para compelir os atuais ocupantes de terrenos de marinha e de seus acrescidos, que não estejam na posse legitima,... a legitimarem suas posses dentro do prazo de três meses a contar da presente lei. O 1.º, deste art. 15, estabeleceu a multa de 20% ao ano sobre o foro anual para os recalcitrantes. O art. 16, finalmente, deixou expresso que continuavam em inteiro vigor as disposições sobre os terrenos de marinha e acrescidos que não houverem sido alteradas na presente lei. (Em Itálico no texto original) 13 SANTOS, Rosita de Sousa. Terrenos De Marinha. Rio de Janeiro: Ed. Forence, Pg.37.

28 16 Em 30 de janeiro de 1918, época em que estava ocorrendo a Primeira Guerra Mundial, o Supremo Tribunal federal decidiu ser da Justiça Federal a competência para defender direitos inerentes aos direitos da União acerca dos Terrenos de Marinha. Porem, após seis meses o Supremo acrescentou que competia a Justiça Federal decidir inclusive sobre o pleito dos terrenos aforados pela União, visto ser esta a maior interessada. Em 1938, o Decreto-Lei nº710, é um momento de suma importância na trajetória dos Terrenos de Marinha o qual tratou de medidas tais como: Art. 1º À Diretoria do Domínio da União do Tesouro Nacional, órgão do Ministério da Fazenda, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território do país, cabe superintender e executar os serviços patrimoniais pertinentes aos bens do domínio da União, a saber: (grifo nosso) a) os mares territoriais, incluídos os portos, baías e enseadas; os rios, lagos e lagoas que sirvam de limite entre o Brasil e países estrangeiros; b) os edifícios públicos federais e terrenos aplicados ao serviço de repartições ou estabelecimentos da União, as fortalezas, fortificações, construções militares, material de marinha e exército, a porção do território reservado ou que a União desapropriar para a defesa das fronteiras; os edifícios construídos ou adquiridos pelo Governo e os que, por qualquer título, forem incorporados aos próprios nacionais; c) as fazendas nacionais, os terrenos devolutos situados no Distrito Federal e que não estejam incorporados ao patrimônio da Municipalidade; os terrenos dos extintos aldeiamentos de índios que não tenham passado legalmente para o domínio dos Estados ou dos Municípios; os imóveis que, por qualquer título, forem incorporados ao patrimônio da União; as benfeitorias das extintas colônias militares com os terrenos que não tenham sido alienados; os terrenos que, por ato imperial, foram reservados ao

29 17 redor das fortalezas; os bens que foram do Domínio da Coroa; os bens perdidos pelo criminoso condenado por sentença proferida em processo judiciário federal; d) os terrenos de marinha e seus acrescidos; os de mangue e das ilhas situadas nos mares territoriais ou não, que não estejam incorporados ao patrimônio dos Estados ou Municípios; os terrenos de aluvião formados em frente aos de marinha e outros pertencentes à União; os terrenos situados à margem dos rios navegáveis no território do Acre, se por algum título não pertencerem a particular os situados à margem brasileira dos rios internacionais; e as ilhas situadas em rios que limitam o Brasil; (grifo nosso) e) as estradas de ferro, rodovias, aeroportos, instalações portuárias, telégrafos, telefones, fábricas, oficinas e demais serviços industriais da União, embora explorados por outros Ministérios; f) os bens móveis e semoventes aplicados em diferentes serviços da União; g) os bens dos devedores da União que lhe forem adjudicados em pagamento, ou por sentença judicial: os bens de evento e os não incorporados aos Estados, na forma do Código Civil. (...) Art. 5º Ficam revogados: o art. 37, 2º, da lei n. 38, de 3 de outubro de 1834; o art. 8º, n. 3, da lei n , de 20 de outubro de 1887, o art. 9º, n. 27, da lei n. 60, de 20 de outubro de 1838, passando a União, em conseqüência, a arrecadar os foros e laudêmios relativos a todos os terrenos de marinha no Distrito Federal. (grifo nosso) (...) Art. 6º Após a intimação por edital, com o prazo de trinta (30) dias, o diretor do Domínio da União deverá declarar extinta a

30 18 enfiteuse e proceder a novo aforamento, se o foreiro incurso em comisso se recusar a pagar o débito em atraso e aceitar novo foro, estipulado na forma da lei. Art. 7º O laudêmio deverá ser cobrado de acordo com a avaliação oficial, se a União não quiser usar do direito de opção ou não concordar com o preço da venda, ainda que a transferência se opere em virtude de decisão judicial. Art. 8º As benfeitorias existentes em terrenos foreiros à União respondem pelas dívidas de foros e laudêmios e quaisquer outras em que for interessada a Fazenda Nacional. Art. 9º A Diretoria do Domínio da União não é obrigada a fornecer administrativamente documentos e certidões sobre títulos de propriedade dos bens federais. Art. 10. A Diretoria do Domínio da União exigirá dos ocupantes de imóveis, presumidamente pertencentes à União, em todo o território nacional, a apresentação dos documentos e título comprobatórios dos seus direitos de propriedade. Art. 11. Compete privativamente à Diretoria do Domínio da União representar esta em todos os atos de alienação ou aquisição de imóveis autorizados por lei, nos termos da Constituição Federal. 1º No Distrito Federal é competente para representar a União o diretor do Domínio da União; nos Estados e no Território do Acre, os respectivos chefes regionais. 2º As minutas das escrituras a serem lavradas serão redigidas pelo procurador da Diretoria do Domínio da União ou pelos procuradores fiscais, conforme o imóvel estiver situado no Distrito Federal ou nos Estados e pelos mesmos rubricadas. 3º Os tabeliães fornecerão à Diretoria do Domínio da União certidões de escrituras e transcreverão os títulos de propriedade da União no Registro de Imóveis sem ônus para a Fazenda.

31 19 Art. 12. É obrigatória a citação da Diretoria do Domínio da União em todas as ações de usucapião, bem como dos representantes do Estado ou do Distrito Federal, sob pena de nulidade do processo. 1º Ressalvado o disposto no art. 148 da Constituição, não corre usucapião contra os bens públicos de qualquer natureza. 2º Não pode ser igualmente adquirido por usucapião o domínio útil ou direito dos terrenos de marinha ou quaisquer outros sujeitos a aforamento. (...)(grifo nosso). Vê-se com o art. 5º do Decreto supracitado, que a única exceção que era em relação ao beneficio concedido à municipalidade, usufruído pelo Distrito Federal durante 104 (cento e quatro) anos estava findo. Mas acompanhado deste estavam às mudanças, e mesmo com elas não se solucionou um grande problema, qual seja, a falta de uma sintonia entre lições doutrinarias e as necessidades administrativas, nos casos de comisso, extinção e caducidade. O Decreto-lei 2.490/40 14 tratou o problema comisso, vez que este item sempre deu origem a tumultos com o Poder Judiciário, (...) na hipótese de comisso, o domínio pleno da União consolidado por imediata emissão de posse, independe de ação judicial. Com o Decreto-Lei 2490 de 16 de agosto de 1940, aperfeiçoou-se e houve uma organização das situações que não ficaram devidamente amparadas pelo Decreto nº710/1938, estabelecendo normas para o aforamento dos Terrenos de Marinha, tal ato regulou o processo para a concessão de aforamento. 14 BRASIL. Decreto-Lei nº de 16 de Agosto de Estabelece novas normas para o aforamento dos terrenos de marinha e de outras providências. Disponível em: Acesso em 30 out

32 20 Após este Decreto lei outros foram assinados tratando das terras de marinha relacionados à questão da preamar, como o Decreto-lei nº /42, ampliado pelo Decreto-lei nº No ano de 1945, o Decreto-lei nº disciplinou acerca de um novo prazo, afim de que os posseiros de Terrenos de Marinha regularizassem a sua situação perante a União. Após o término da Segunda Guerra Mundial, o Decreto-Lei nº7. 937/1945 veio permitir a Concessão de Aforamento de qualquer área de terreno de marinha para divisão de lotes, e posterior transferências a terceiros após a conclusão das construções edificadas. Denota-se que no período em que ocorreu a Segunda Guerra Mundial, direcionou-se uma maior atenção por parte do Governo acerca das terras de marinha, pois durante esse período houve vários atos do Poder Executivo em conjunto com o Poder Legislativo, no que tange a confecção e aplicação de leis, Decretos-leis e Decretos. Após estes períodos, vários outros atos do Poder Executivo e do Poder Legislativo foram criados e colocados em prática, porém vigora ainda nos dias o Decreto-lei nº /46, visto que não foi alterado em sua totalidade pelos decretos que o sucederam. 1.2 CONCEITO DE TERRENOS DE MARINHA. O conceito de Terrenos de Marinha encontra-se disposto no artigo 2º e alíneas a, b e no artigo 3º do Decreto-lei 9.760/46, vejamos: [...] Art. 2.º São Terrenos de Marinha em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831:

33 21 a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faca sentir a influencia das marés; b) os que contornam as ilhas situadas em zonas onde se faça sentir a influência das marés. Parágrafo único. Para efeitos deste artigo, a influencia das marés é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos do nível das águas, que ocorra em qualquer época do ano. Art. 3.º São terrenos acrescidos de Marinha os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos Terrenos de Marinha. [...] Ante ao Diploma Legal acima transcrito, retoma-se a demarcação dos Terrenos de Marinha, que restava modificado em virtude do Decreto-Lei de 21 de Fevereiro de Decreto-lei n de 21 de fevereiro de 1942 altera a legislação sobre terrenos de marinha Art. 1º A concessão de novos aforamentos de terrenos de marinha e de seus acrescidos só será feita, a critério do Governo, para fins úteis, restritos e determinados, expressamente declarados pelo requerente. Parágrafo único. Se, no fim de três anos, o enfiteuta não tiver realizado o aproveitamento do terreno, conforme se obrigara, o aforamento concedido ficará automaticamente extinto. Art. 2º Serão mantidos todos os aforamentos que na data de publicação do presente decreto-lei estiverem perfeitamente legalizados. Art. 3º A origem da faixa de 33 metros dos terrenos de marinha será a linha do preamar máximo atual, determinada, normalmente, pela análise harmônica de longo período. Na falta de observações de longo período, a demarcação dessa linha será feita pela análise de curto período. 1º Para os efeitos deste artigo, a análise de longo período deve basear-se em observações contínuas durante 370 dias. Para a análise de curto período, o tempo de observação será, no mínimo, de 30 dias consecutivos. 2º A posição da linha do preamar máximo atual será fixada pela Diretoria do Domínio da União, de acordo com as observações e previsões de marés, feitas pelo Departamento Nacional de Portos e Navegação ou pela Diretoria de navegação do Ministério da Marinha. 3º no caso de ser reconhecida a existência de aterros naturais ou artificiais, tomar-se-á, como linha básica de marinhas, a que coincidir com o batente do preamar máximo atual, feita abstração dos referidos aterros. Art. 4º O Ministério da viação e Obras Públicas será obrigatoriamente consultado, por intermédio do órgão local competente, sobre a conveniência do aforamento requerido,

34 22 Colhe-se do entendimento de Messias Junqueira 16 acerca do conceito de Terrenos de Marinha, que assim discrepa: Como o assunto envolve antecipações prováveis e possíveis invasões da propriedade imóvel particular, confrontante com as marinhas, preferiu o projeto, a ser acoimado de inconstitucional que definiu os Terrenos de Marinha como sendo aqueles situados em uma profundidade de 33 metros, medidos para a parte de terra, da posição em que passava a linha do preamar médio de No que tange a classificação dos Terrenos de Marinha, hão de observar-se a sua localização, uma vez que em se tratando de continentais aqueles localizados nos continentes; os costeiros os que encontram-se situados na costa brasileira, já os situados nas ilhas sejam elas costeiras ou oceânicas são denominados de insulares. Consideram-se, também as águas que banham estes territórios, dividindo-os em marítimos os banhados pelo mar; fluviais os banhados pelos rios e lacustres os banhados pelos lagos, nestes dois últimos casos desde que sofram a influência das marés. O uso destes bens imóveis da União por terceiros, está acentuada no Decreto-Lei 9.760/46, em seu artigo 64, que define como meios de utilização por terceiros a locação, aforamento e cessão, conforme exposto no capítulo a seguir. sempre que haja nas proximidades quaisquer obras de saneamento em execução ou em projeto. Art. 5º Serão declarados extintos todos os aforamentos situados em zonas beneficiadas pelo Departamento Nacional de Obras de Saneamento, desde que mais de metade da área concedida não esteja sendo economicamente aproveitada, a critério do Governo. Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário. 16 JUNQUEIRA, Messias. Justificação ao Anteprojeto do Decreto-Lei n /46. RDA, v. 6

35 PREAMAR MÉDIO Origem e Conceito Juntamente com o conceito de Terrenos de Marinha suscitado pela Decisão de 348, de 14 de novembro de 1832 que, pela primeira vez, definiu terras de marinha, trouxe em seu bojo que as terras de marinha iriam até a distancia de 15 (quinze) braçadas craveiras para a parte da terra, contadas estas desde os pontos a que chega a preamar média. Com isso a preamar média seria a referencia para a demarcação das terras de marinha. A preamar média sempre foi objeto de dúvida, porém em 1904 o Clube de Engenharia empenhou-se a desenvolver estudos pertinentes a linha de demarcação de preamar médio, com o intuito de responder a consulta realizada por um de seus sócios, que desejava saber do processo mais acertado para a discriminação dos Terrenos de Marinha. A resposta a este e outros questionamentos foram publicados na Revista nº 12, de 1905, do Clube de Engenharia, que segundo Rosita de Sousa Santos 17 seus autores respondem por nomes que fazem parte da memória nacional, tais como Alfredo Lisboa, Miguel Galvão, Aarão Reis, Saturnino de Brito, Carlos Sampaio e Paulo de Frontin. A consulta versava seis itens: I O que é preamar médio? II Qual o processo scientifico mais practico para determinar a preamar médio com exactidão approximada? III Como transferir o nível do mesmo preamar para a costa? IV Uma curva traçada na costa e que ligue os pontos extremos a que chegam as ondas do mar nas prais, por ocasião da 17 SANTOS, Rosita de Sousa. Terrenos De Marinha. Rio de Janeiro: Ed. Forence, Pg. 118/119.

36 24 arrebentação, póde ser considerada como limite do preamar médio? V A linha que as águas do mar deixam gravada nas praia e rochedos pode ser considerada como limite do mesmo preamar? VI Finalmente, de accôrdo com o Decreto nº 4.105, de 22 de fevereiro de 1868, podem as linhas assignaladas nos quesitos IV e V servir de testada de faixa dos terrenos de marinha? (Em itálico no original) Os quesitos acima descritos foram apresentados na sessão de 1º de junho de 1904, e em 16 de julho de do mesmo ano, Aarão Reis apresentou as respostas aos quesitos, resposta estas que foram promovidas por ele junto às repartições e autoridades técnicas que se ocupavam do assunto, sendo as respostas 18 : 1º quesito O preamar médio é a superfície de nível, em sua accepção a mais geral, correspondente à posição média de preamares observadas durante uma ou varias lunações, de maneira a attender-se, não só á acção conjuncta da lua e do sol, como também á acção das causas pertubadoras normaes e a reduzir ao mínimo a infuencia das causas accidentaes ou anormaes. 2 Quesito O processo scientifico mais pratico para determinar o nivel de preamar médio com a necessária exactidão consiste em observar os preamares consecutivos durante uma lunação, pelo menos, todas as vezes que o mar estiver em condições normaes. Si se trata de praias inclinadas, estas observações devem ser feitas por meio de estacas graduadas fincadas em fileiras, no sentido normal é linha do littoral, tendo o cuidado de referil-as previamente a um ponto fixo da terra, e, si além disso, a costa é 18 SANTOS, Rosita de Sousa. Terrenos De Marinha. Rio de Janeiro: Ed. Forence, Pg.120/121

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