HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 19 OS MOVIMENTOS SEPARATISTAS: CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
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- Yan Morais Farias
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1 HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 19 OS MOVIMENTOS SEPARATISTAS: CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
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3 Como pode cair no enem (ENEM) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundância. (MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. [Org.]. O império luso-brasileiro, Lisboa: Estampa, 1986.) O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por: a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade, conforme proposto nos movimentos liberais da França napoleônica. b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários ingleses na luta contra o absolutismo monárquico. c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem socioeconômica escravista e latifundiária. d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução Francesa, propondo o sistema censitário de votação. e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas populares, influenciado pelo ideário da Revolução Francesa.
4 Fixação 1) A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como: a) movimentos isolados em defesa de ideias liberais, nas diversas capitanias, com a intenção de se criarem governos republicanos; b) movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento nacionalista, visando à independência política; c) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam aspectos da política econômica de dominação do governo português; d) manifestações das camadas populares das regiões envolvidas, contra as elites locais, negando a autoridade do governo metropolitano.
5 Fixação 2) (UERJ) Da Bandeira da Inconfidência Através de grossas portas, sentem-se luzes acesas, e há indagações minuciosas dentro das casas fronteiras. Que estão fazendo, tão tarde? Que escrevem, conversam, pensam? Mostram livros proibidos? L em notícias nas Gazetas? Terão recebido cartas de potências estrangeiras? (...) E a vizinhança não dorme: murmura, imagina, inventa. (...) (MEIRELES, Cecília. In: Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Letras e Artes, 1965.) Os versos acima retratam o clima das Minas Gerais nos últimos anos do século XVIII. Cite um objetivo que os inconfidentes pretendiam atingir e descreva o ambiente intelectual vivido, nesta região, em 1789.
6 ixação ) (UNICAMP) O final do século XVIII, no Brasil Colônia, é caracterizado pelas inconfidências corridas em Minas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro. Esses movimentos alarmaram a oroa portuguesa e contribuíram para uma rediscussão da política no império luso-brasileiro. ) Identifique os grupos sociais que participaram de cada uma dessas inconfidências. ) Qual o significado da independência dos EUA, de um lado, para o governo metropolitano ortuguês e, de outro, para os inconfidentes mineiros? ) Que outro processo revolucionário inspirou esses movimentos?
7 Fixação 4) (ENEM) No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demons-travam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais. (MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. [coord.] O Império luso-brasileiro [ ]. Lisboa: Estampa, 1986.) O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de: a) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos afrobrasileiros e inibindo novas rebeliões de negros. b) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas rebeliões, garantindo o controle da situação. c) firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente. d) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por prejudicar seus interesses e seu projeto de nação. e) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo.
8 ixação ) (CESGRANRIO) Analise os dados relativos o século XVIII apresentados no quadro a eguir. Os altos preços cobrados nas Minas Mercadorias Valor em São Paulo Valor nas Minas 1 cavalo 10 mil réis 120 mil réis 1 libra de açúcar 120 réis réis 1 boi de corte 2 mil réis 120 mil réis (FREIRE, Américo e outros. História em curso O Brasil e suas relações com o mundo ocidental. Rio de Janeiro: FGV, 2008, p. 91.) A justificativa das cifras apresentadas é ue: ) os preços das mercadorias em São Paulo ornaram-se os menores do Brasil com a rbanização e o povoamento das regiões ineradoras, já que os trabalhadores e, conequentemente, os consumidores migraram ara o interior da colônia. ) os preços tornaram-se elevados na região as Minas, devido à necessidade de abasecimento da população em crescimento, à dificuldade de acesso à região e à pequena disponibilidade de mão de obra, empregada preferencialmente na mineração. c) os preços tornaram-se exorbitantes na área da mineração porque não havia disponibilidade de mão de obra na região mineira, já que a escravidão era proibida e todo e qualquer trabalho deveria ser assalariado ou contratado. d) os preços elevados dos alimentos e do transporte na região das Minas serviu como atrativo para a manutenção da população que retornava para a área açucareira de Pernambuco e constituiu uma tentativa de manter Minas Gerais como polo econômico da colônia. e) o alto valor das mercadorias, com a decadência da mineração, foi mantido pela Corte Portuguesa, atendendo aos comerciantes mineiros, como forma de garantir seu poder político e frear o deslocamento da população para São Paulo, onde já corriam boatos sobre a emancipação.
9 Proposto 1) Sobre os quilombos, é correto afirmar que: a) desapareceram depois da terrível repressão que se abateu sobre Palmares no final do século XVII; b) sobreviveram a todas as repressões, porque sempre contaram com ajuda externa dos pobres livres; c) formaram-se em grande número, pequenos e grandes, durante toda a história da escravidão brasileira; d) foram tolerados pelas autoridades porque, ao se isolarem em lugares inacessíveis, não ameaçavam a sociedade; e) ficaram confinados às zonas produtoras de açúcar, tabaco e cacau do Nordeste, durante o período colonial.
10 Proposto 2) Não resta outra coisa senão cada um defender-se por si mesmo; duas coisas são necessárias... a fim de se recuperar a mão livre no que diz respeito ao comércio e aos índios. (Manuel Beckman, 1684.) As duas principais reivindicações do líder da Revolta que leva seu nome são: a) a revogação do monopólio da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão e a expulsão dos jesuítas que se opunham à escravidão indígena; b) a saída dos portugueses do Grão-Pará e Maranhão e a supressão dos aldeamentos indígenas, que monopolizavam as chamadas drogas do sertão ; c) a repressão ao contrabando estrangeiro, que prejudicava os negócios dos atacadistas portugueses, e a liberdade para importar escravos negros; d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, que monopolizavam o comércio do açúcar, e a reedição da guerra justa, que proibia a escravidão indígena; e) a revogação do monopólio comercial da Metrópole sobre o Norte e Nordeste da colônia e a proibição para importar escravos negros.
11 Proposto 3) Escravos, colonos, mineiros, padres, poetas, militares e até senhores de engenho se revoltaram contra a dominação portuguesa no Brasil dos tempos coloniais. Nesse sentido, pode-se considerar que a: I) Revolta de Filipe dos Santos, em 1720, refletia posições antagônicas, ou seja, a tentativa de Salvador continuar dominando o Rio de Janeiro e de o Rio de Janeiro tornar--se independente de Salvador; II) Inconfidência Mineira de 1789 defendia o fim da dominação portuguesa, a proclamação da República, a criação da Universidade e a fundação de fábricas; III) Conjuração Baiana de 1789 pregava a luta pela independência do Brasil e a defesa dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade; IV) Guerra dos Mascates de 1710 objetivava o fim da dominação portuguesa, a independência do Brasil, o fim das desigualdades sociais e a instalação de um governo republicano; V) Revolução Pernambucana de 1817 visava a manutenção do poder de escravizar os índios e a exploração igualitária das minas entre paulistas e mineiros. Estão corretas: a) apenas I e III d) apenas II e IV b) apenas II e III e) apenas II e V c) apenas I e V
12 Proposto 4) Ao mesmo tempo em que se desenvolvia, em Portugal, uma política de reforma do absolutismo, surgiram conspirações na Colônia. Elas estavam ligadas às novas ideias e a acontecimentos ocorridos na Europa e nos Estados Unidos, mas também à realidade local. A ideia de uma nação brasileira foi se definindo à medida em que setores da sociedade da Colônia passaram a ter interesses distintos da Metrópole ou a identificar nela a fonte de seus problemas. Uma dessas conspirações foi a Inconfidência Mineira. Sobre o grupo que organizou esse movimento é correto dizer: a) era heterogêneo, de origem social variada, com ideias diferentes sobre as transformações sociais que o movimento deveria provocar; b) era um pequeno grupo de mineradores, preocupados unicamente em não pagar mais impostos à Metrópole, pois a extração do ouro tinha diminuído e a Coroa continuava a cobrar o quinto; c) era um grupo homogêneo de intelectuais, inspirados no Iluminismo e no liberalismo da Revolução Americana; d) eram todos jovens, filhos da elite colonial, que tinham ido estudar na Europa; e) teve forte presença de homens pobres, livres, libertos e escravos, e por isso, o fim da escravidão era um de seus principais objetivos.
13 Proposto 5) (UFF) O século XVIII fez da liberdade a base da oposição aos Antigos Regimes na Europa e nas Américas. As Revoluções Burguesas foram um dos aspectos mais importantes dessa oposição, inaugurando uma nova etapa na história do Ocidente. a) Cite dois desses movimentos de oposição ao Antigo Regime um na Europa e outro na América. b) Apresente e explique duas das críticas feitas à metrópole portuguesa pelos movimentos de emancipação ocorridos no Brasil durante a crise do Antigo Sistema Colonial.
14 Proposto 6) (FGV) Leia as afirmações sobre a Sedição Baiana de 1798 e assinale a alternativa CORRETA. I) Conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, a Sedição de 1798 foi um movimento social de caráter republicano e abolicionista. II) Diferentemente da Conjuração Mineira, o movimento de 1798 teve apoio dos setores mais explorados da sociedade colonial. III) Entre as reivindicações dos sediciosos estavam o fim do domínio colonial, a separação Igreja Estado e a igualdade de direitos, sem distinção de cor ou de riqueza. IV) Dos muitos processados, quatro foram enforcados. Entre eles, Manuel Faustino dos Santos, de apenas 23 anos. V) O movimento caracterizou-se pela distribuição de panfletos manuscritos na cidade de Salvador. a) apenas I, II e IV estão corretas; b) apenas II, III e V estão corretas; c) apenas III e V estão corretas; d) apenas I e IV estão corretas; e) todas estão corretas.
15 Proposto 7) (PUC) A Conjuração Baiana foi um dos movimentos político-sociais ocorridos na América portuguesa que assinalam o contexto de crise do sistema colonial. Leia a seguir um trecho de um dos panfletos sediciosos afixados em locais importantes da cidade de Salvador no ano de Aviso ao Povo Bahiense Ó vós Homens Cidadãos; ó vós Povos curvados, e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus Ministros. Ó vós Povos que nascestes para serdes livres [...], ó vós Povos que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado,[...]. Homens, o tempo é chegado para vossa ressurreição, sim para ressuscitardes do abismo da escravidão, para levantardes a sagrada bandeira da Liberdade. (Retirado e adaptado de DEL PRIORE, Mary et al. Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo, Scipione, p.38) a) ESCOLHA e TRANSCREVA uma passagem do documento que evidencie a insatisfação dos conjurados baianos com a situação política da época. JUSTIFIQUE sua escolha. b) APRESENTE uma diferença entre a Conjuração Baiana (1798) e a Inconfidência Mineira (1789).
16 Proposto 8) (ENEM) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti: Marinheiros e caiados Todos devem se acabar, Porque só pardos e pretos O país hão de habitar. (AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907.) O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças. b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas. c) do apoio que escravos e negros forros deram à Monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista. d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes repre-sentavam a elite branca opressora. e) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma República negra, a exemplo do Haiti.
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