Convenção Portugal-Brasil 2001 Desvios à Convenção Modelo OCDE. Gustavo Lopes Courinha Docente UCP / Assistente FDL
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1 Convenção Portugal-Brasil 2001 Desvios à Convenção Modelo OCDE Gustavo Lopes Courinha Docente UCP / Assistente FDL
2 Contexto histórico Celebração da CDT PT-BR em Denúncia da CDT PT-BR 1971 em Necessidade urgente de colmatar a lacuna. Linha negocial regime antiga CDT vs. CMOCDE. CMONU?
3 Residência art. 4.º/n.º 1 Não inclui a expressão Todavia, esta expressão não inclui qualquer pessoa que está sujeita a imposto nesse Estado, apenas relativamente ao rendimento de fontes localizadas nesse Estado. (CMOCDE pós- 1977) Limitação sugerida pela CMOCDE e associada à qualidade de residente para pessoas sujeitas regimes fiscais especiais de tributação exclusivamente territorial para entidades sobre controlo estrangeiro (comentário 8.2 ao art. 4.º CMOCDE).
4 Residência Fenómeno do Treaty Shopping não é, por conseguinte, atenuado por uma cláusula genérica. Expressão não apta, todavia, a zonas fiscais com as características da ZFM. Solução convencional adoptada: artigo 9.º do Protocolo Adicional (exclusão de certas zonas especiais: ZFM, Santa Maria, Manaus, SUDAM e SUDENE ou benefícios similares àqueles concedidos ).
5 Residência Cláusula aberta ao preenchimento pelas Administrações Fiscais que se notificarão e consultarão sobre os restantes regimes que serão incompatíveis com as Convenções. Solução insegura e mutável em especial, pela não obrigação de publicação dos regimes atingidos.
6 Oportunidade perdida? Resolvido, no interesse brasileiro, a questão da Residência. Interesse em fazer valer pontos de vista portugueses? Confrontando versões 1971 e 2001, aparentemente resposta negativa. Não cedência à CMOCDE que tem servido, com algumas reservas, de guia negocial nacional.
7 Dividendos desvio 1 Aceitação do Branch Tax (art. 10.º/n.º 6), em ruptura com a prática OCDE e criando situações de dupla tributação económica internacional (cfr. art. 10.º/n.º 7: O disposto nos n.ºs 2 e 6 não afectará a tributação da sociedade ou do estabelecimento estável no tocante aos lucros que deram origem aos rendimentos aí mencionados. ). Não modificação do regime da anterior CDT.
8 Juros desvio 2 Não aplicação da taxa reduzida de 15% (tributação cumulativa limitada) quando o EE (de um Residente) que receba os juros se encontre num terceiro Estado (art. 11.º/n.º 4). Aplicação do art. 22.º/n.º 3 (tributação cumulativa ilimitada) Outros rendimentos solução CMONU. Qual dos dois é o país sub-desenvolvido? Já resultava do art. 21.º/n.º 1 da anterior CDT?
9 Mais-valias desvio 3 Cláusula residual de mais-valias (v. g., de cariz mobiliária) tributação cumulativa ilimitada. Solução CMOCDE tributação exclusiva Estado da Residência. Não modificação do regime da anterior CDT.
10 Serviços independentes desvio 4 Nota: artigo suprimido em 2000 pela CMOCDE. Duplo alargamento da pretensão fiscal do Estado da Fonte. Tributação cumulativa ilimitada no Estado da Fonte na presença de EE (situação 1). Evolução negativa face à solução anterior: EE + entidade pagadora residente nesse Estado.
11 Serviços independentes desvio 5 Tributação cumulativa ilimitada no Estado da Fonte na mera presença de fonte pagadora (situação 2). Competência do Estado da fonte mesmo na ausência de qualquer conexão material da actividade desenvolvida. Solução não admitida sequer na CMONU. Solução não neutral face a pessoas colectivas (art. 7/n.º 1) tributação na Fonte somente com EE.
12 Notas avulsas Derrama abrangida no escopo objectivo convencional discussão em aberto nas restantes CDTs. Cláusula NMF a favor de Portugal para melhorias de regime convencional extra-espaço América Latina: regime residual das mais-valias e serviços independentes. Manutenção do regime da dupla não tributação para professores, docentes e investigadores. Conclusão: oportunidade perdida para modernizar as soluções convencionais.
13 FIM
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