Centros de Arbitragem de Consumo

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1 MAR 2016 Centros de Arbitragem de Consumo A Lei n.º 144/2015, de 8 de setembro, que entrou em vigor no passado dia 23 de setembro, transpõe para a Ordem Jurídica interna a Diretiva 2013/11/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de maio de 2013, sobre a Resolução Alternativa de Litígios de Consumo, estabelecendo o enquadramento jurídico dos mecanismos de resolução extrajudicial de litígios de consumo. Os Centros de Arbitragem, criados ao abrigo da Lei nº 63/2011, de 14 de dezembro (Lei da Arbitragem Voluntária), são instituições com caráter de permanência que organizam e administram arbitragens, regendo-se por um regulamento próprio, a que as empresas podem aderir ou indicar como disponíveis, desde que abranjam a área na qual a empresa tem a sua sede. Informa-se que a Lei n.º 144/2015 não impõe a adesão plena ao Centro Nacional da Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo (CNIACC) ou a qualquer outro centro de arbitragem de conflitos de consumo, estabelecendo apenas um dever de informação sobre as entidades existentes, nomeadamente o CNIACC (artigo 18.º). A adesão plena ao CNIACC apresenta, no entanto, como principal vantagem a credibilização do profissional face aos seus concorrentes, garantindo aos consumidores o acesso a meios de resolução de litígios rápidos, eficazes, gratuitos e que privilegiam o consenso. Os procedimentos da adesão a praticar são: 1) Enviar um para cniacc.umac@gmail.com, colocando obrigatoriamente no assunto o nome da empresa ou comerciante em nome individual; 2) Anexar o formulário pdf de adesão plena ao CNIACC devidamente preenchido e assinado. Este formulário está disponível no site da CNIACC. Após o envio do com o formulário devidamente preenchido e assinado o processo de adesão plena estará concluído, sem necessidade de qualquer confirmação, podendo passar a utilizar o dístico de adesão plena ao CNIACC; Sendo que esta adesão está isenta de custos. A Resolução Alternativa de Lítigios de Consumo (vulgarmente designada RAL) abrange a mediação, a conciliação e arbitragem. Trata-se de entidades independentes, com pessoal especializado e de modo imparcial, que ajudam o consumidor e a empresa a chegar a uma solução amigável por via da mediação ou conciliação (em situações de litígios iniciados pelo consumidor contra o fornecedor do bem /prestador do serviço, ou vice-versa). Caso esse acordo não seja alcançado, pode ainda recorrer-se ao tribunal arbitral, através de um processo simples e rápido. Quais os fornecedores/consumidores No diploma 144/20154, de 8 de Setembro no seu artigo 18º com a epígrafe Deveres de Informação dos Fornecedores de Bens ou prestadores de Serviços cria obrigações novas para as empresas prestadoras de bens ou de serviços e quem se encontra abrangido por estas novas obrigações são: a) Todas as pessoas singulares ou colectivas (empresas e empresários em nome individual); b) Que exerçam uma atividade económica, comercial, industrial, artesanal ou profissional; c) Mesmo que não tenham estabelecimento comercial, e apenas vendam bens ou prestem serviços através da internet; d) Essa atividade não sejam exclusivamente serviços de interesse geral sem contrapartidas económicas, serviços de saúde e serviços públicos de ensino complementar ou superior; e) Os destinatários dos seus bens ou serviços sejam consumidores. Ou seja, uma das partes a celebrar pode ser de facto uma pessoa coletiva; porém a outra parte no contrato de prestação de serviços terá de ser obrigatoriamente um consumidor (tomando por base a definição constante no

2 diploma, isto é uma pessoa singular quando atue com fins que não se incluam no âmbito da sua atividade comercial, industrial, artesanal ou profissional ou seja, consumidor final) para que se possa aplicar a Lei 144/2015. Forma de informar o consumidor final A informação obrigatória das entidades RAL (entidade RAL a contactar em caso litígio inclui identificação e contactos) deve ser prestada de forma clara, compreensível e adequada ao tipo de bem /serviço vendido ou prestado, e deve ser de fácil acesso (visíveis) ao consumidor: No sítio eletrónico dos fornecedores caso este exista. Nos contratos de prestações de serviços sempre que estes existam entre o fornecedor e o consumidor final. Não existindo contrato escrito a informação deve ser prestada num suporte duradouro, nomeadamente num letreiro afixado na parede (à imagem do que sucede com o livro de reclamações) ou aposto no balcão de venda ou, em alternativa, na fatura/ recibo entregue ao consumidor. Fornecedor aderente ou não aderente a uma RAL Não existe a obrigatoriedade da nenhuma empresa aderir a uma das entidades RAL já reconhecida pela Direção Geral do Consumidor ( Empresa/ fornecedor/ prestador de serviços adere a uma RAL A empresa que quiser aderir a uma das RAL já reconhecidas pela DGC deverá optar pela RAL que abranja a zona geográfica da área de residência da sede do seu estabelecimento. Caso não exista nenhuma RAL disponível, a empresa deverá aderir (entrar em contato) com o Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo (CNIACC), funcionando assim como uma entidade (RAL) supletiva. A menção do tipo a incluir na informação será: Empresa Aderente do Centro de Arbitragem XXXXXXXX, com os seguintes contactos---- Em caso de litígio o consumidor pode recorrer a esta Entidade de Resolução de Litígios. Mais informações em Portal do Consumidor Empresa/fornecedor/prestador de serviços não aderente Ainda que não tenha aderido a nenhuma das entidades disponíveis o fornecedor de bens ou prestador do serviço efetuado a consumidores finais está obrigado a prestar as informações a este último, sobre quais as entidades RAL disponíveis para reclamar em caso da existência de litígios: Em caso de Litígio o consumidor pode recorrer a uma Entidade de Resolução Alternativa de Litígios de Consumo: nome(s) e contato(s). Mais informações em Portal do Consumidor Incumprimento e sanções O não cumprimento do disposto do artigo 18º Deveres de Informação dos Fornecedores de Bens ou prestadores de Serviços, constituem contra-ordenações, sendo puníveis com: a) Coima entre 500 euros e 5000 euros, quando cometidas por uma pessoa singular; b) Coima entre 5000 euros e , quando cometidas por uma pessoa colectiva. A negligência e a tentativa são puníveis, sendo os limites mínimos e máximos da coima aplicável reduzidos a metade. Entidade fiscalizadora Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, ou nos domínios setoriais regulados, à autoridade reguladora setorialmente competente, a fiscalização do disposto no artigo 18.º (i.é, Deveres de Informação dos Fornecedores de Bens ou prestadores de serviços), a instrução dos respetivos processos de contra-ordenação e a decisão desses processos, incluindo a aplicação das coimas e sanções acessórias, se necessário. Entrada em vigor A presente lei encontra-se em vigor desde 23 de setembro de 2015, sendo que existia um período de 6 meses de adaptação dos serviços, o que, para todos efeitos será de aplicação obrigatória a partir do dia 23 de março de Sendo este texto meramente informativo, sugerimos o necessário aconselhamento junto das entidades competentes. 2

3 Desafios laborais de uma startup na perspetiva da Segurança Social A constituição de uma nova empresa, usualmente denominada por startup, é muitas vezes fruto do sonho ou da visão de um empreendedor, mas é também cada vez mais, resultado de uma estratégia de criação do seu próprio emprego ou empresa para fazer face a uma situação de desemprego. Com a constituição e arranque de uma empresa, os gestores são confrontados com inúmeros desafios, alguns para os quais poderão eventualmente não estar devidamente sensibilizados, quer sejam do foro jurídico, fiscal, financeiro, laboral, entre outros. Neste artigo, iremos focar os desafios laborais iniciais no âmbito das obrigações perante a Segurança Social. Não obstante a inscrição da pessoa coletiva ser oficiosa pelos serviços da Segurança Social após a sua constituição, a empresa deve salvaguardar o correto enquadramento dos órgãos estatutários, uma vez que estes são qualificados como beneficiários do Regime de Segurança Social e, com isso, as entidades empregadoras são responsáveis pelo pagamento da Taxa Social Única que lhes é aplicável. De referir que este encargo se aplica mesmo quando os gerentes / administradores não são remunerados, sendo aplicável uma base de incidência no valor do Indexante de Apoios Sociais que, presentemente, representa o montante de 419,22. Não obstante estejam previstas situações de exceção que permitam a exclusão deste dever, é exigida uma adequada fundamentação prevista nos termos do Código Contributivo junto do Centro Distrital da Segurança Social. Sempre que se trate de um órgão estatutário não remunerado sujeito à legislação de Segurança Social de outro estado membro europeu, deverá ser apresentado o modelo A1, utilizado no âmbito do destacamento de trabalhadores. Importa ainda realçar a necessidade da entidade empregadora solicitar atempadamente a senha de acesso à Segurança Social Direta com vista a agilizar o cumprimento das obrigações, como sejam de inscrição de novos trabalhadores nas 24 horas que antecedem a data de admissão, bem como o envio da declaração mensal de remunerações, evitando o incumprimento de prazos e, consequentemente, a aplicação de coimas e sanções. Por tudo isto, num momento exigente de início de atividade, importa acautelar o melhor tratamento e seguimento destes temas para assegurar o melhor cumprimento das vicissitudes enunciadas. Artigo elaborado pelo Comité Técnico Laboral da Moneris 3

4 Revitalização do setor do comércio (Albufeira) Determina-se a criação de uma linha de crédito para apoio à revitalização do setor do comércio de proximidade do município de Albufeira. Despacho n.º 3692-A/2016, de 11 de março Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, transpondo a Diretiva 2015/121/UE, do Conselho, de 27 de janeiro de 2015, relativa ao regime fiscal comum aplicável às sociedades-mãe e sociedades afiliadas de Estados membros diferentes. Lei n.º 5/2016, de 29 de fevereiro Pensão antecipada de velhice Procede-se à alteração ao Decreto -Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, e ao Decreto -Lei n.º 8/2015, de 14 de janeiro, repondo o regime transitório de acesso à pensão antecipada de velhice a beneficiários com, pelo menos, 60 ou mais anos de idade e, pelo menos, 40 anos de carreira contributiva, pelo período necessário à reavaliação do regime de flexibilização, e prevendo o direito de audição prévia do beneficiário. Decreto-Lei n.º 10/2016, de 08 de março Medida excecional de apoio ao emprego Criação de uma medida excecional de apoio ao emprego, através da redução da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora relativa às contribuições referentes às remunerações dos trabalhadores ao seu serviço, em 0,75 pontos percentuais, reportada às contribuições referentes às remunerações devidas nos meses de fevereiro de 2016 a janeiro de Decreto-Lei n.º 11/2016, de 08 de março Alterações ao regime especial de proteção na invalidez e ao diploma que cria a prestação destinada a complementar a protecção concedida aos pensionistas de invalidez, velhice e sobrevivência dos regimes de segurança social em situação de dependência Primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto-Lei n.º 246/2015, de 20 de outubro (primeira alteração à Lei n.º 90/2009, de 31 de agosto, que aprova o regime especial de proteção na invalidez, e terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 265/99, de 14 de julho, que cria o complemento por dependência). Lei n.º 6/2016, de 17 de março Majoração da proteção social nas regiões autónomas Majoração da proteção social na maternidade, paternidade e adoção para os residentes nas regiões autónomas. Lei n.º 7/2016, de 17 de março 4

5 Calendário Fiscal março 2016 IRS Impostos e Contribuições Entrega da declaração mensal de remunerações (DMR) relativa ao mês de fevereiro de Entrega da declaração Modelo 11 (Notários e outras entidades) 15 Pagamento das importâncias retidas no mês de fevereiro de Entrega da declaração de alterações do regime de tributação (Categoria B - Regime simplificado ou contabilidade) 31 Entrega da declaração Modelo 13 - Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras 31 Entrega da declaração Modelo 30 (pagamentos, efetuados em janeiro, a pessoas singulares não residentes) 31 IRC Pagamento das importâncias retidas no mês de fevereiro de Pagamento especial por conta - Pagamento da 1.ª prestação ou da totalidade 31 Entrega da declaração de alterações para opção pelo regime de tributação dos grupos de sociedades 31 Entrega da declaração de alterações pela sociedade dominante relativamente aos gastos de financiamento 31 Entrega da declaração de alterações, opção ou renúncia dos lucros e prejuízos de estabelecimento estável 31 Entrega da declaração Modelo 30 (pagamentos, efetuados em janeiro, a pessoas coletivas não residentes) 31 IVA Envio da declaração periódica referente ao mês de janeiro de 2016 e pagamento do imposto 10 Entrega da declaração recapitulativa referente ao mês de fevereiro de Comunicação por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas em fevereiro de Entrega da declaração modelo 1074 pelos retalhistas (artigo 60.º do CIVA) 31 Pedido de restituição do IVA suportado noutros Estados membros 31 SELO Pagamento das importâncias liquidadas no mês de fevereiro de IUC Pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC) - Viaturas cujo aniversário da matricula ocorra em março 31 TSU Entrega da declaração de remunerações do mês de fevereiro de Pagamento da Taxa Social Única referente ao mês de fevereiro de a 21 FCT e FGCT Pagamento das contribuições para os fundos de compensação do trabalho do mês de fevereiro de INTRASTAT Envio da informação de chegadas e expedições no mês de fevereiro de BANCO DE PORTUGAL (BdP) Reporte das operações e posições com o exterior (COPE) referentes a fevereiro de Dia 5

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