Aspectos arché-teleológicos do Ser em Aristóteles

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1 Aspectos arché-teleológicos do Ser em Aristóteles Rodrigo Gontijo do Carmo* Introdução Considerado por W. Jaeger como uma referência explicita do problema central da metafísica 1, o livro Gama versa sobre o estudo do Ser enquanto Ser. Tal ciência investiga a realidade em si, realidade enquanto realidade, seu objeto de pesquisa converge para a universalidade do Ser e em suas propriedades essenciais, desprezando, assim, as peculiaridades conexas às ciências particulares (que se restringem a um estudo parcial do Ser) 2. Esta ciência empreende o estudo dos seres supremos, portanto, um estudo próprio da componente aitiológica que, origina todo o devir, circunscrevendo uma arché e um telos 3 em sentido de fundamentação, de estruturação dos objetos. De fato, o ser se diz em múltiplos significados 4. Por outro lado, um profundo esforço, emerge por parte do filósofo no que concerne às investigações henológicas. Tal preocupação é preeminente no desenvolvimento do pensamento grego 5. Assim é tarefa deste ensaio, examinar os problemas do Um e os conceitos ligados a ele. O discurso henológico determina o princípio primeiro absoluto e suas diretrizes, como descreve Aristóteles: o ser e o um são a mesma coisa e uma realidade única, enquanto se implicam reciprocamente um ao outro (assim como se implicam reciprocamente princípio e causa) 6. Neste contexto, a componente henológica e a ontológica não se distinguem. Os vários significados do Ser se referem aos vários significados do Um, pois o um se diz nos mesmos sentidos segundo os quais se diz o ser 7. As questões que aludem aos princípios lógicos também deverão ser investigadas pelo Estagirita, pois na acepção aristotélica, são fundamentais para a compreensão do Ser enquanto Ser. Aqui, Aristóteles tratará de provar os princípios de nãocontradição e do terceiro excluído através do método de refutação. * Graduando em Filosofia pela PUC-MG. 1 JAEGER, Werner. Aristóteles, p REALE, Giovanni. Metafísica Sumários e Comentário, p. 150: As ciências particulares, diz Aristóteles, restringem-se a uma consideração parcial do ser: isolam uma parte ou um setor do ser e, deste, investigam as propriedades e características. 3 OLIVEIRA, Ibraim Vitor. Arché e Telos: Niilismo filosófico e crise de linguagem em Fr. Nietzsche e M. Heidegger. p. 8: É certo que no sentido especificamente aristotélico, afirma-se somente que arché e telos são causa das coisas, dos artefatos. 4 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 2, 1003 a REALE, Giovanni. Metafísica Ensaio Introdutório, p. 251: O paradigma metafísico de base em torno do qual nasceu e se desenvolveu o pensamento grego é o henológico (metafísica do um). 6 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 2, 1003 b ARISTÓTELES. Metafísica, Ζ 4, 1030 b 10.

2 A componente aitiológica Visando à satisfação da exigência humana do conhecer, a metafísica aristotélica satisfaz a necessidade do saber, estabelecendo uma origem (arché) e um fim (telos) que circunscrevem todo o desenvolvimento do devir. Com efeito, dizemos conhecer algo quando pensamos conhecer a causa primeira 8. Em vista disso, Aristóteles traçou quais e quantas são as causas que explicam o devir. Segundo D. J. Allan: quando analisamos algum processo do devir, quer seja natural, quer seja artificial, deparamos com quatro elementos todos eles necessários para uma completa formulação da causa 9. Num sentido, causa é a quididade, noutro, o substrato, em terceiro, é o princípio do movimento e por último, a indicação de uma finalidade, o porquê da causa eficiente, isto é, a causa final. A ciência tem como objeto, essencialmente, o que é primeiro, ou seja, aquilo de que depende e pelo que é denominado todo o resto. Portanto, se o primeiro é a substância, o filósofo deverá conhecer as causas e os princípios da substância 10. Aitiologia e ontologia coincidem. O termo causa ou princípio quando desprovido de uma entidade da qual seja a causa ou princípio torna-se néscio, incompleto. Portanto, é necessário que se estabeleça uma relação entre a causa, o Ser e seus atributos, para buscar os princípios primeiros e supremos capazes de explicar a realidade no seu conjunto. Diz G. Reale: é preciso subir das quatro causas próximas de cada coisa às causas mais gerais e primeiras moventes dos céus e, particularmente, à causa primeira eficiente-final que é o Movente imóvel, princípio primeiro absoluto e universal 11. Com efeito, o princípio primeiro é chamado deus idêntico para todas as coisas. Os demais causa formal, causa material e causa final, embora concretamente diferentes para todas as coisas, desempenham, analogicamente, funções iguais para todos os objetos. A causalidade do primeiro movente (princípio primeiro), é propriamente do tipo final, pois move como o que é amado enquanto todas as outras coisas movem sendo movidas 12. Os comentários que se seguem acerca dos princípios supremos, evidenciam a causa final no livro Gama, pois telos remete à arché das coisas e das ações e viceversa. A prioridade do Ser sobre o Um A polivocidade do Ser implica uma multiplicidade de significados. Não no sentido homonímico, mas de acordo com a finalidade proposta. Eis a passagem: O ser, portanto, não se diz por mera homonímia, mas do mesmo modo como chamamos salutar tudo o que se refere à saúde: seja enquanto a conserva, seja enquanto a produz, seja enquanto é 8 ARISTÓTELES. Metafísica, Α 3, 983 a ALLAN, D. J. A filosofia de Aristóteles, p ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 2, 1003 b REALE, Giovanni. Metafísica Ensaio Introdutório, p ARISTÓTELES. Metafísica, Λ 7, 1007 b 5.

3 sintoma dela, seja enquanto é capaz de recebê-la; ou também do modo como dizemos médico tudo que se refere à medicina: seja enquanto a possui, seja enquanto é inclinado a ela por natureza, seja enquanto é obra da medicina 13. No que tange a saúde, o Ser é Um, refere-se a um único princípio. O significante continua o mesmo, o que muda é o significado. A multiplicidade da natureza da finalidade do Ser é quem determina qual o propósito a ser atingido. Tudo aquilo que pode ser predicado, se predica a partir de uma unidade a substância. M-D Philipe afirma que o uno e o múltiplo é um dos problemas mais presentes [...] e historicamente ocupa um lugar primeiro na filosofia 14. A resposta para a primeira aporia do livro Beta de fato, não só compete a uma única ciência o estudo das coisas que se dizem num único sentido, mas também o estudo das coisas que se dizem em diversos sentidos, porém em referência a uma única natureza 15 estabelece uma conexão entre a ontologia e usiologia 16. A ostentação de uma estrutura entre as duas componentes justifica-se justamente pela multiplicidade de significados que a substância carrega. Esse significado presume um significado primeiro e supremo 17, condicionando todos os outros significados ao significado principal do Ser, pois o ser se diz em muitos sentidos, mas todos em referência a um único princípio: algumas coisas são ditas ser porque são substância, outras porque afecções da substância, outras porque são vias que levam a substância 18. Enfim, toda substância é essencialmente Ser e tende ao uno 19. Portanto, deve-se deixar claro que o uno não é propriamente o Ser, mas sim, uma propriedade, um atributo do Ser. Filósofos como Parmênides e Platão acreditavam que o uno era a realidade última, a substância primordial, mas a exegese mais aceitável (dos físicos) é a que considera o uno como contrário ao múltiplo 20. Axiomas e silogismos: ciência do pensamento lógico Certamente as investigações dos axiomas também serão tarefa do filósofo 21. A primeira análise desta noção, empregada por Aristóteles, entendia como sendo as proposições primeiras de que parte a demonstração. Princípios que devem ser necessariamente possuídos por quem queria aprender o que quer que seja ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 2, 1003 a b PHILIPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles, p ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 2, 1003 b REALE, Giovanni. Metafísica Sumários e Comentário, p.155: A ontologia estudará, particularmente, todos os significados do ser, mas, fundamentalmente, estudará o significado principal do ser, que condiciona todos os outros significados, isto é, a substância (ousia). 17 PHILIPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles, p. 174: A substância é a primeira determinação do ser, sendo as demais determinações relativas à substância. 18 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 2, 1003 b Entende-se unidade, os múltiplos sentidos do Ser que tendem ao Um, que se referem a algo uno. Não no sentido de gênero ou espécie. 20 PHILIPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles, p PHILIPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles, p.175: A filosofia primeira, como ciência suprema, não pode receber de outra ciência princípios primeiros, considerando-os como já conhecidos; estes princípios primeiros, ela deve expô-los em plena luz e defendê-lo; ela deve considerá-los em si próprio. 22 ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia, <axiomas>, p

4 Aos axiomas ou princípios de demonstração, compete a investigação do Ser enquanto Ser, eles valem para todos os seres e não são propriedades peculiares de algum gênero particular de ser [...] e todos se servem desses axiomas, porque eles são próprios do ser enquanto ser [...] caberá a quem estuda o ser enquanto ser estudar também esses axiomas 23. Com efeito, Aristóteles resolve a segunda aporia do livro Beta. Em outras palavras, caberá à metafísica estudar as noções dos axiomas, pois as outras ciências as particulares (por tratarem apenas de determinado gênero do Ser) não fazem deles vias específicas de inquérito 24. Conseqüentemente, o estudo dos axiomas é objeto da ontologia e teologia, pertence à ciência que estuda a substância primeira, razão de toda realidade. Para Aristóteles, o filósofo deverá, ainda assim, investigar os princípios dos silogismos, como descreve no seguinte trecho: é evidente que a tarefa do filósofo e de quem especula sobre a totalidade da substância e sobre a natureza, consiste em investigar também os silogismos 25. O silogismo é a teoria da substância, como estrutura necessária para se pensar o Ser 26, é o princípio lógico sobre o qual é impossível errar 27. Nessa perspectiva, a lógica é ciência do pensamento. Parte de princípios não hipotéticos conhecidos como princípio de não-contradição e princípio do terceiro excluído. Uma espécie de intuição indutiva que elimina no individual tudo que nele há de particular, para considerar somente sua forma geral 28. Princípio de não-contradição e princípio do terceiro excluído: defesas apresentadas por Aristóteles Os princípios primeiros não podem ser demonstrados, caso contrário, ir-se-ia ao infinito em suas demonstrações. Obviamente, os princípios de não-contradição e terceiro excluído obedecem à mesma regra. Nas palavras de M.-D Philipe: se existem verdades que escapam a toda demonstração, é evidente que o primeiro princípio tem direito mais do que todo outro a este privilegio 29. A prova do princípio de não-contradição, portanto, deverá ser inquirida por vias de refutação, pois a sabedoria não pode demonstrar diretamente a verdade e o valor do primeiro princípio 30. Efetivamente, é impossível a quem quer que seja acreditar que uma mesma coisa seja e não seja 31. Os contrários não podem subsistir juntos 23 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 3, 1005 a REALE, Giovanni. Metafísica Sumários e Comentário, p : O metafísico está acima do físico. Concluise com razão que não pertence ao físico como tal a tarefa de tratar o Ser enquanto Ser, nem por conseqüência os axiomas. 25 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 3, 1005 b REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga, Vol II. p : A lógica (universal) não indica algo de determinado (tode ti), ao contrário diz o Ser em sentido genérico. O que equivale a dizer que as premissas dos silogismos deverão ser mais universais do que a conclusão, de outra maneira, mesmo se os silogismos fosse formalmente corretos, chegar-se-iam a conclusões não verdadeiras. 27 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 3, 1005 b CRESSON, André. Aristóteles, p PHILIPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles, p PHILIPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles, p ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 3, 1005 b

5 no mesmo sujeito (p. ex. o sujeito não pode, ao mesmo tempo, ser do gênero masculino e do gênero não-masculino). Portanto, o princípio de não-contradição é o mais seguro de todos 32. A refutação a quem nega o princípio de não-contradição, é indiretamente a demonstração do próprio princípio de não-contradição. É necessário que quem provoca a demonstração diga algo que tenha um significado (algo sensato), de outra maneira, a demonstração seria impossível: o ponto de partida, em todo caso, exige que o adversário diga algo que tenha um significado para ele e para os outros 33. Com efeito, ao se dizer uma palavra sensata, algo de de-terminado fatalmente será atribuído à palavra, admitindo-a como verdadeira, antes mesmo da demonstração. E não responderá pela petição de princípio quem demonstra, mas quem provoca a demonstração 34. Aristóteles evoca uma série de refutações ao longo do livro Gama no intuito de demonstrar o princípio de não-contradição. Entretanto, serão observadas as refutações que perpassam pelo tema central do trabalho. Ao se dizer algo, um significado determinado é incorporado a este algo. O uso predicativo do Ser é aplicado a palavra dita. Em outros termos, um significado determinado implica que o que foi dito é ou não-é desse modo, porém nunca concomitantemente. Se não significassem coisas diferentes o homem e o nãohomem, é evidente também que a essência de homem não seria diferente da essência de não-homem e, conseqüentemente, a essência de homem seria a essência de não-homem, porque seria uma coisa só 35, o que seria impossível. Se o que é dito não emprega uma função a priori, uma função condicionante que constitua o conhecimento, então as palavras não têm nenhum significado; e se as palavras não tem nenhum significado, torna-se impossível o discurso e a comunicação recíproca (...) não se pode pensar nada, se não se pensa em algo determinado 36. Da mesma maneira, é evidente que não se pode dar infinitos significados a palavra, isso significaria enumerar infinitos significados ao ser. Com efeito, a atribuição infinita de significados pertence meramente aos acidentes que, por sua vez, não dizem essencialmente a substância, ao contrário, dizem o que não é a substância, pois não estabelecem uma finalidade ao conceito de substância. A negação do princípio de não-contradição efetivamente condiciona a eliminação da substância, reduzindo tudo a acidente: Os que raciocinam desse modo suprimem a substância e a essência das coisas (...) eles devem necessariamente afirmar que tudo é acidente 37. Logo, não existiria sujeito para o predicado, um início (substância) do qual tudo se predicaria e, absurdamente, ir-se-ia ao infinito. O que é, de fato, irrealizável. Continuando com a demonstração do princípio de não-contradição, Aristóteles se empenha na seguinte proposição: se relativamente a um mesmo sujeito são 32 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1006 a. 33 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1006 a ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1006 a ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1006 b ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1006 b ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1007 a

6 verdadeiras, ao mesmo tempo, todas as afirmações contraditórias, é evidente que todas as coisas se reduziriam a um só 38. O que competiria o indeterminado de Anaxágoras, isto é, de uma realidade não-determinada em que serão a mesma coisa um trirreme, e uma parede e um homem, se o determinado predicado pode ser tanto afirmado como negado 39. As afirmações contraditórias só podem estar juntas naquilo que ainda vem a ser, isto é, no não-ser, ou ainda, no ser em potência: portanto, parece que esses filósofos falam do indeterminado; e acreditando falar do ser, na realidade falam do não-ser, por que o indeterminado é ser em potência e não em ato 40. Ora, falar do não-ser em ato, significa não dizer nada. Ato no sentido aqui empregado, articula, estritamente, o conceito ulterior de finalidade e ainda de base arqueológica do ser, pois vislumbra uma realidade divina da qual tudo deriva. E ainda, admitindo a contradição, nada de verdadeiro poder-se-á dizer, de fato, ele não diz nem que a coisa é assim, nem que não é assim, e depois, de novo, nega uma e outra afirmação, e diz que a coisa nem é assim nem não-assim 41. Em suma, aqueles que defendem afirmações contraditórias, na prática, não defendem nada, pois negam aquilo que anteriormente afirmaram e vice-versa, e como Aristóteles enunciou: se alguém crê e não crê, como será diferente das plantas? 42, isto é, não produzem nenhum tipo de conhecimento, não buscam convicções na ciência, mas se contentam somente em viver na sobra nociva da doxa. Para finalizar, a demonstração do princípio de não-contradição por vias de refutação, Aristóteles serve-se do conceito de mais e menos para se chegar a uma verdade absoluta. Porquanto, quem errar menos estará mais próximo da verdade; o contrário procede, quem errar mais estará menos próximo da verdade. Assim é categórico ao afirmar: mesmo que não exista essa verdade absoluta, existe pelo menos algo mais seguro e mais verídico e, portanto, seremos libertados dessa intransigente doutrina, que veta à mente determinar qualquer coisa 43. Rigorosamente ligado ao conceito de não contradição, o princípio do terceiro excluído também é uma das leis fundamentais do pensamento. Deste princípio se erige a impossibilidade de um termo intermediário entre os contraditórios, isto é, entre a afirmação e a negação, ser e não-ser 44.Portanto, se houvesse um termo médio entre afirmação e negação, poder-se-ia dizer que determinada coisa não seria nem verdadeira, nem falsa. Neste sentido, o termo intermediário não emprega nenhuma propriedade que dê um significado lógico-racional ao objeto. É preciso afirmar ou negar pelo menos um predicado do sujeito. Se o pensamento só pode estar na verdade ou na falsidade, conseqüentemente, quem diz de uma coisa que é ou que não é, ou dirá o verdadeiro ou dirá o falso. Mas se existisse um termo médio entre os dois contraditórios nem do ser nem do não ser poder-se-ia dizer que é o 38 ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1007 b ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1007 b ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1007 b ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1008 b ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1008 b ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 4, 1009 a. 44 MOLINARO, Aniceto. Léxico de Metafísica, <terceiro excluído, (princípio de)>, p. 124: Entre eles domina a máxima não-identidade, a absoluta contradição, porque ser e não-ser não são dois diversos: o não-ser não é e, justamente porque não é, é o maximamente não-idêntico ao ser.

7 que não é 45. E ainda, se entre os números ímpares e pares houvesse um termo médio, então teria de admitir um número entre ambos. Ou se entre A e não-a existisse B, e entre B e não-b existisse C, e assim sucessivamente, todos os seres teriam termos intermediários infinitos, por conseguinte, essências infinitas. O rigor com o qual Aristóteles serve-se para delimitar o Ser torna-se evidente. Toda estruturação ontológica se verifica no necesse est itaque stare de S. T. Aquino, ou seja, é necessário parar. A componente teológica natural delineia uma origem que dispõe um fim, uma antecipação mental e substancial da obra concluída 46, pois fim significa: algo em vista do qual, o próprio propósito de algo 47. Portanto, a condição de um princípio e um fim servem de base estrutural de todo complexo lógicoracional, como afirma I. V. de Oliveira: principium e finis submetem-se ao domínio da ratio, enquanto fundamento e razão ARISTÓTELES. Metafísica, Γ 7, 1011 b OLIVEIRA, Ibraim Vitor. Arché e Telos: Niilismo filosófico e crise de linguagem em Fr. Nietzsche e M. Heidegger. p. 8: Por sua vez, telos não é apenas um fim a se atingir, mas já é a antecipação mental e substancial da obra concluída. 47 ARISTÓTELES. Metafísica, Λ 7, 1072 b. 48 OLIVEIRA, Ibraim Vitor. Arché e Telos: Niilismo filosófico e crise de linguagem em Fr. Nietzsche e M. Heidegger. p. 8.

8 Referências Bibliográficas ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. São Paulo: Mestre Jou, ALLAN, D. J. A filosofia de Aristóteles. Tradução: Rui Gonçalo Amado. Lisboa: Presença, ARISTÓTELES. In: Metafísica. REALE, Giovanni (org). Tradução: Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, CRESSON, André. Aristóteles. Tradução: Emanuel Godinho. Lisboa: Edições 70, JAEGER, Werner. El desarrolo de la metafisica. In: JAEGER, Werner.. Aristoteles. 3. ed. Traducción: José Gaos. México: Fondo de Cultura Economica MOLINARO, Aniceto. Léxico de Metafísica. Tradução: Benôni Lemos e Patrícia G. E. Collina Bastianetto. São Paulo: Paulus, 2002 (Coleção Filosofia). OLIVEIRA, Ibraim Vitor. Introdução. In: OLIVEIRA, Ibraim Vitor. Arché e Telos: Niilismo filosófico e crise de linguagem em Fr. Nietzsche e M. Heidegger. Roma: Editrice Pontificia Università Gregoriana, PHILIPE, Marie-Dominique. A filosofia Primeira. In: PHILIPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles. Tradução: Gabriel Hibon. São Paulo: Paulus, 2002 (Coleção Filosofia). REALE, Giovanni. A fundação da lógica. In: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. v. II. Tradução: Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, REALE, Giovanni. Ensaio Introdutório. In: REALE, Giovanni. Metafísica. Tradução: Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, REALE, Giovanni. Sumário e Comentário livro IV. In: REALE, Giovanni. Metafísica. Tradução: Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002.

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