Estrada de Rodagem Elementos Geométricos Longitudinais

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1 Estrada de Rodagem Elementos Geométricos Longitudinais Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa (27) Introdução As qualidades boas ou más de um projeto rodoviário estão embutidos na geometria do traçado definido! 2 1

2 Representação do Projeto Um projeto de engenharia é materializado em um ou mais desenhos técnicos. O projeto de estrada como um projeto de engenharia também é representado por um conjunto de desenhos. O ideal é que o projeto de estradas fosse representado de forma tridimensional, porém pela impossibilidade, ele é representado nos três planos convencionais, como a maioria dos projetos de engenharia. 3 Representação do Projeto Tendo em vista a predominância da dimensão longitudinal a via é representada pelo seu eixo projetado na horizontal, a planta. Na dimensão vertical os desenhos são conhecidos como perfil longitudinal. No plano transversal representa-se a seção-tipo da via com todos os detalhes. 4 2

3 Representação do Projeto Uma vez definido o eixo longitudinal do projeto, ele passa a ser denominado diretriz. Todos os elementos característicos da diretriz constam da planta e do perfil longitudinal, permitindo que de posse do desenho se tenha todas as características da diretriz. 5 Identificação Pontos do Traçado São demarcados em planta pontos específicos equidistantes de 20 metros Esses pontos são denominados de estacas. Estas estacas são transpostas para o campo e representadas por meio de piquetes inteiramente cravados no solo 6 3

4 Identificação Pontos do Traçado Essas estacas são identificados por um pedaço de madeira, fora da plataforma, ao lado do piquete, chamado testemunha. Nesse pedaço de madeira está pintado o número do piquete. 7 Identificação Pontos do Traçado A primeira estaca da diretriz é definida como estaca 0 (zero) Exemplo: Identificar por estacas o quilometro.» ,30m = 128 * ,3 = 2566,3m Em escalas de 1:2000 e 1:1000, a estaca de 20 em 20m é satisfatória 8 4

5 Elementos Característicos do Traçado em Planta A diretriz é formado por segmentos retos concordados por curvas. O segmentos retos são denominados tangentes. O ponto de intercessão (PI) é o ponto que une as tangentes. As tangentes ficam adjacentes às curvas de concordância para propiciar uma gradual modificação da direção dos veículos 9 Elementos Característicos do Traçado em Planta A curva de concordância pode ser um simples arco de círculo (curva 2) Pode ser composta por uma espiral antes e depois do arco de círculo (curva 1). Estas duas curvas em espiral são denominadas curvas de transição. 10 5

6 Elementos Característicos do Traçado em Planta 11 Elementos Característicos do Traçado em Planta Para concordância sendo feito por uma curva simples, um arco de círculo, são definidos alguns pontos que possuem terminologia definida. O ponto que passa da tangente para a curva é denominado ponto de curva (PC). O ponto que passa da curva para a tangente é denominado ponto de tangência (PT). 12 6

7 Elementos Característicos do Traçado em Planta Para concordância sendo feito por uma curva simples e duas espirais, curva de transição, também são definidos alguns pontos que possuem terminologia consagrada. O ponto que passa da tangente para a espiral é denominado ponto tangente-espiral (TE ou TS). O ponto que passa da espiral para o arco de círculo é denominado ponto espiral-arco círculo (EC ou SC). O ponto que passa do arco de círculo para a espiral é denominado ponto arco círculo-espiral (CE ou CS). O ponto que passa da espiral para a tangente é denominado espiral-tangente (ET ou ST). 13 O perfil é a projeção da diretriz no plano vertical. É no perfil que ficam identificados os planos inclinados sucessivos As rampas ou aclives As contrarrampas ou declives As mudanças de inclinação são concordadas por curvas que suavizam o trajeto dos veículos. 14 7

8 15 Convém ressaltar que normalmente todas as distâncias são tomadas na horizontal. As rampas possuem sinal positivo ( + ) e as contrarrampas tem sinal negativo ( - ). Os trechos em nível são denominados de patamar. As declividades são expressas em porcentual com um sinal indicativo. 16 8

9 Os pontos em perfil também são identificados por estacas reproduzidas no rodapé do desenho. Cada ponto do perfil tem uma altura referida a um plano de referência, que é denominado cota. Normalmente a cota é medida a partir do nível médio do mar o que vai dar então a altitude do ponto. A projeção vertical da diretriz tem o nome específico de greide. 17 O perfil tem também alguns pontos com nomenclatura já consagrada. Pontos de intercessão vertical (PIV) - ponto onde ocorre mudança de declividade. Ponto de curva vertical (PCV) onde a curva de concordância vertical se inicia. Ponto de tangência vertical (PTV) onde a curva de concordância vertical termina e se inicia outra tangente. 18 9

10 Duas situações podem ocorrer na concordância vertical: Uma aparente saliência Uma aparente reentrância A primeira quando se muda de um aclive para um declive. PIV saliente ou Concordância convexa ou Lombada A segunda quando se muda de um declive para um aclive. PIV reentrante ou Concordância côncava ou Bacia