Uma estratégia para o desenvolvimento turístico da envolvente da Albufeira do Alqueva
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- Estela Ferrão Gama
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1 RT&D Territóris, Empresas e Organizações Vlume II (2), (2005) Uma estratégia para desenvlviment turístic da envlvente da Albufeira d Alqueva Carls Silva* GESTALQUEVA Paula Susan Dias** Cnselh Executiv da RT&D O presente artig1 serve para apresentar, em linhas breves, pensament estratégic da GESTALQUEVA para a zna envlvente à Albufeira de Alqueva e, em particular, n que diz respeit às Aldeias Ribeirinhas enquant espaçs privilegiads para a lcalizaçã de equipaments e infra-estruturas de interesse turístic. A GESTALQUEVA, Sciedade de Aprveitament das Ptencialidades das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógã, é a sciedade anónima que agrega a EDIA, S.A. (Empresa de Desenvlviment e Infra-estruturas d Alqueva, S.A.) e as sete Câmaras Municipais que envlvem aquelas albufeiras - Alandral, Mura, Prtel, Reguengs de Mnsaraz, Mura, Murã, Serpa e Vidigueira - e que está vcacinada para a cncepçã, execuçã, gestã e prmçã de prjects nas áreas d ambiente, qualidade urbana, turism e patrimóni. O territóri de perações da GESTALQUEVAcentra-se,gegraficamente,ns cncelhs limítrfes ds reglfs de Alqueva e de Pedrógã - área que passa a designar-se Terras d Grande Lag - Alqueva e tem cm principal bjectiv fmentar desenvlviment equilibrad deste territóri, através duma intervençã nrteada pel seguinte cnjunt de linhas de acçã de estratégica: 1. afirmaçã e cnslidaçã de uma imagem d territóri; 2. rganizaçã d espaç e da utilizaçã ds recurss; 3. qualidade nas intervenções ambientais e urbanas; 4. invaçã nas sluções tecnlógicas e de prjects; 5. aprfundament da cperaçã transfrnteiriça. Ante-se que as acções n dmíni da afirmaçã e cnslidaçã da imagem d territóri revlvem em trn de quatr ideiasâncra: Lag - mediante a alteraçã da lógica da albufeira para a de um grande plan de água cm múltiplas pções de utilizaçã, nmeadamente: pesca, passeis de barc, desprts náutics, etc. Parque temátic - através da maximizaçã d bjectiv água, cm a criaçã de utrs pnts de interesse lúdic, cultural e científic. Nesse sentid devem prmver-se espaçs (privilegiand as aldeias) capazes de atrair visitantes nmeadamente: parque aquátic, pavilhã de água da natureza, pavilhã d Alentej, fluviári, etc. Destin turístic - pel desenvlviment e rganizaçã de uma ferta turística capaz de alterar a lógica da visita para um bjectiv de estada. Pr iss, imprta desenvlver cndições de ferta turística nmeadamente aljament em unidades de Turism em Espaç Rural. Espaç de desprts náutics - através d desenvlviment de actividades náuticas ' carls.silva@edia.pt " paulartd@egi.ua.pt ' Elabrad cm base na publicaçã "Estratégia para a criaçã d destin turístic - Terras d Grande Lag ALQUEVA", da autria da GESTALQUEVA, em Janeir de publicad REVISTA TURISMO DESENVOLVIMENTO 125
2 e da determinaçã de znas destinadas a desprts náutics, na perspectiva d lazer e da cmpetiçã, bem cm a identificaçã de parcerias que pssam dinamizar esse bjectiv. Glbalmente, as intervenções prjectadas estruturam-se em cinc grandes dmínis, cnfrme se expõe de seguida (Figura 1): Figura 1 - Dmínis de intervençã 1. Desenvlviment das Aldeias Ribeirinhas 2. Articulaçã d espelh de água cm territóri 3. Utilizaçã d plan de água 4. Desenvlviment d Núcle da Barragem 5. Infrmaçã, divulgaçã e marketing 1. Desenvlviment das Aldeias Ribeirinhas Os estuds de desenvlviment e planeament d territóri identificam um grup de pvações, distintas das sedes de cncelh, às quais se reserva um imprtante papel n cenári de desenvlviment turístic reginal. Estas pvações sã hje as Aldeias Ribeirinhas, lcalizadas na vizinhança próxima u imediata ds reglfs de Alqueva e de Pedrógã, e frmam, n seu cnjunt, uma rede urbana ribeirinha susceptível de frnecer as cndições para usufrut da água e cntrl da sua utilizaçã lúdica. Está assim reservad às Aldeias Ribeirinhas um nv papel n prcess de desenvlviment da zna d Alqueva, mediante a prssecuçã de uma lógica de "Api/Benefíci" (PE-AQUA) em que as Aldeias funcinarã cm infra-estruturas de api à dinamizaçã da ferta turística, nmeadamente n que respeita à ferta de serviçs de aljament, aclhiment e enquadrament das actividades relacinadas cm aprveitament das ptencialidades geradas pelas albufeiras, devend, pr utr lad, ser destinatárias preferenciais d ptencial de desenvlviment d lag. Neste sentid, serã encrajads váris investiments em serviçs turístics a lcalizar nas Aldeias, bem cm a execuçã de intervenções que visem a valrizaçã e qualificaçã das Aldeias. O Turism de Aldeia será prmvid enquant mdalidade de aljament preferencial a desenvlver nestes aglmerads, para que serã criadas cndições de incentiv à adaptaçã e recnversã de casas à funçã turística (unidades de aljament). A ferta de unidades de aljament deverá ser cmplementada cm a ferta de equipaments de lazer, designadamente, piscina e camps de ténis, bem cm pr actividades de animaçã diversas - passeis pedestres e a caval, desprts náutics, circuits gastrnómics, etc. -, assegurand-se, deste md, desenvlviment de um turism de qualidade, integrad n cntext espaci-scial e cultural das Aldeias. Serã também fmentadas acções que visam a melhria d "Ambiente urban" categrizadas em duas tiplgias básicas: (i) intervenções a nível d patrimóni, cm a recuperaçã das fachadas das casas; (ii) arranjs ds espaçs públics das Aldeias. Estas bras encntram-se já cntempladas n PE-AQUA e n prject "Aldeia Branca e Flrida". A agricultura, actividade que assume ainda alguma expressã enquant actividade ecnómica das aldeias, apresenta-se cm fundamental n que respeita à articulaçã das várias actividades ecnómicas cm desenvlviment turístic da regiã que se pretende. Recnhecid seu papel na ecnmia reginal e aceite esta premissa, deverá entã esta actividade ser incentivada, desta feita n sentid da prática da agricultura bilógica cm frma de respsta as nvs cnsums que se estimam para a regiã. A verificaçã desta prática cntribuirá de frma decisiva para a melhria e qualificaçã da ferta de prduts reginais e para própri abasteciment da ecnmia turística. N que respeita as investiments turístics nas Aldeias, estes estarã dependentes da elabraçã ds Plans de Prmenr e de Urbanizaçã pela GESTALQUEVA e respec-
3 tivas Câmaras Municipais, em cnfrmidade cm dispst ns váris plans de rdenament em vigr nesta área - Plan Reginal de Ordenament d Territóri da Zna Envlvente d Alqueva (PROZEA) e Plan de Ordenament das Albufeiras d Alqueva e Pedrógã (POAAP). Os Plans de Prmenr e de Urbanizaçã assumem especial imprtância nas Aldeias Ribeirinhas, que estã sujeitas à acçã d POAAP, a saber: Jurmenha, Mnsaraz, Telheir, Granja, Luz, Estrela, Póva de Sã Miguel, Alqueva, Amieira e Mina da Orada. Na Figura 2 encntram-se identificads s principais espaçs nde, de acrd cm Plan de Ordenament Turístic, será pssível instalar empreendiments turístics e actividades recreativas. 2. Articulaçã d espelh de água cm territóri O desenvlviment turístic desta regiã deverá assentar na articulaçã adequada e sustentada d plan de água cm territóri Figura 2 - Mapa das áreas de lcalizaçã preferencial de empreendiments turístics Areas m kxmtíteaçá pfe1»'' c <. Í ~R ânies Áreas ínmgr&sm em ««paçs yrt^iofr Tl. TS,?7, T14 H : -. tem :-::><* :. n.. água. T <T> menha «MM 4 ÊÉS ments \u ' CapaWns Mn: Jampinhc <í> ^ Telfteire gr 1' - / Mi.-.-az jjg) f p i " Sã Warcc V* de Camp Granja MarmeJar Aiqueva % v * Estreia m Pva Sa Miguei Pedry:í & «Mina da Orada Fnte: ALQUEVA (2005) Estratégia para a criaçã d destin turístic - Terras d Grande Lag REVISTA TURISMO & DESENVOLVIMENTO 127
4 envlvente, send esta uma cndiçã essencial e indispensável a seu aprveitament turístic. A criaçã d espelh de água impõe a regulamentaçã d us e acess à agua, pel que serã privilegiads s actuais acesss (caminhs) a plan de água, devend s nvs acesss ser criads em funçã ds espaçs recreativs e infra-estruturas náuticas que frem send implantadas na envlvente d lag. Cm infra-estruturas de api à utilizaçã d plan de água estã previstas a cnstruçã de cais, marinas, pistas para a prática de actividades desprtivas, znas balneares e centr náutics, as quais deverã ser cmplementadas pr serviçs de bar, instalações sanitárias, parques de merendas e de estacinament, entre utrs. 3. Utilizaçã d Plan de água A utilizaçã d plan de água efectuar-se- -á sb 3 mdalidades (Figura 3): Figura 3 - Utilizaçã d Plan de Água CO 3 O) '< cu "O c CS ICO CO N 1. Actividades marítim-turísticas 2. Actividades náuticas 3. Criaçã de um centr integrad de api a desprt náutic 2. Actividades náuticas - as características d Grande Lag apresentam cndições especiais para a prática de actividades náuticas, desprtivas u de simples lazer; sã actividades de interesse rem, a mtnáutica (except mtas de água), ski aquátic, a canagem, a pesca a achigã, a vela, entre utras. 3. Criaçã de um Centr Integrad de Api a Desprt Náutic - a ptencialidade d Grande Lag para albergar um Centr Náutic e a inexistência de tal infra-estrutura em Prtugal levam a que a GESTALQUEVA, em clabraçã cm Institut d Desprt Prtuguês (IDP) e respectivas Federações, perspectivem a sua criaçã para a zna d Alqueva, junt a uma pvaçã ribeirinha. O Centr deverá cntemplar várias valências, desde a frmaçã e trein, à realizaçã de estágis e cmpetiçã. 4. Desenvlviment d Núcle da Barragem O Núcle da Barragem anuncia-se cm um lcal central n prcess de desenvlviment turístic da zna, na medida em que se trata de um espaç privilegiad de articulaçã entre as margens ds dis Lags (Alqueva e Pedrógã). Além diss, cnjunt de infraestruturas existente permite implementar um leque de iniciativas de grande imprtância quer cm incentiv à iniciativa privada, quer cm indicaçã para mdel de qualidade e invaçã que se pretende imprimir a tdas as intervenções que se vierem a cncretizar na zna. 1. Actividades marítim-turísticas - actividades que deverã ser incrementadas cm a cnstruçã ds cais e das respectivas infra- -estruturas de api em terra. As actividades marítim-turísticas afirmar-se-ã cm uma nva actividade ecnómica, um nv prdut de interesse para turism e uma cmpnente distintiva da ferta turística da regiã. Assinale-se que a Gestalqueva já tem em explraçã um cnjunt de embarcações cm capacidades variáveis - de 7 a 25 lugares - bem cm a definiçã de váris percurss, pr frma a respnder à frte prcura já existente. Casa d Grande O Núcle da Barragem integrará várias cmpnentes - aljament, zna cmercial e de aclhiment, cais, marina e um centr de infrmaçã Alqueva. O aljament a criar Lag
5 resultará d aprveitament d patrimóni edificad existente, nmeadamente, a Pusada da EDP, cuja adaptaçã dará lugar a uma unidade de aljament de elevada qualidade e Mnte ds Pardieirs, a recnverter em Htel Rural, sb a denminaçã de "Casa d Grande Lag". Estas duas unidades vã aumentar em númer significativ a capacidade de aljament da regiã. A zna cmercial e de aclhiment, já cnstruída, é uma zna nde s visitantes pdem cmprar prduts reginais e bservar s dis lags. Esta zna recebeu nme de "Mira Lags". O Núcle da Barragem cntempla a cnstruçã de um Cais e uma Marina, infra-estruturas cnsideradas priritárias dada a existência de cndições ptenciais à sua implantaçã neste lcal, servind também de infra- -estruturas - exempl d pnt de vista das intervenções arquitectónicas e da prestaçã de serviçs. Entretant, estã já em funcinament, se bem que a títul prvisóri, um cais de embarque e uma marina cm capacidade para 28 embarcações. O Centr de Infrmaçã sbre Empreendiment de>fins Múltipls d Alqueva (EFMA), em funcinament desde Junh de 2005, assume a feiçã de um centr de interpretaçã destinad a prprcinar, as visitantes, uma visã glbal d prject de Alqueva, assegurand-se a divulgaçã e sensibilizaçã para a perspectiva ds fins múltipls deste prject, tend pr base a sua trajectória de passad, presente e futur. O Centr de Infrmaçã está lcalizad nas instalações da EDIA, na margem esquerda. (de que é exempl a participaçã na Blsa de Turism de Lisba, em 2005); (iv) e, criaçã de merchandising exclusiv das Terras d Grande Lag, e já dispnível n Centr de Infrmaçã. Figura 4 - Painéis de sinalizaçã turística Granhe Lag j CfflndèLag 5. Infrmaçã, divulgaçã e marketing O desenvlviment deste prject turístic faz-se acmpanhar pr uma campanha de prmçã e imagem que cntempla várias acções, algumas das quais já em fase de cncretizaçã, designadamente: (i) acções n dmini da sinalizaçã, cm a elabraçã de um Plan de Sinalética (Figura 4); (ii) criaçã de uma imagem da zna d Alqueva, lgótip e designações turísticas; (iii) participaçã em events de interesse temátic na regiã, n país e n estrangeir REVISTA TURISMO! DESENVOLVIMENTO 129
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