Mestrado em Educação Pré-escolar e em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

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1 Curso: Mestrado em Educação Pré-escolar e em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico Ciclo: 2º Ramo: Ano: 1º Designação: Modelos Pedagógicos e Desenvolvimento Curricular Créditos: 5 Departamento: Ciências Sociais e Pedagogia Tipo: S Área científica: Didácticas Específicas Opção/Obrig Obrig Ano lectivo Docentes: Responsáveis da UC: 2014/2015 Angela Lemos Angela Lemos Total de Horas 135 Total de Horas de contacto: 60 Nº de horas de contacto: T ensino teórico 15 TP teórico-prático 42 PL prático e laboratorial 0 TC trabalho de campo S seminário E estágio OT orientação tutória 3 O outra 0BNº de Horas de trabalho autónomo Estágio Projecto Trabalho no terreno. Estudo 60 Avaliação Introdução Nesta UC serão discutidos e problematizados os conceitos e práticas da profissionalidade do educador de infância, entendendo-o como um construtor e gestor do currículo em educação de infância, nomeadamente em educação pré-escolar, no que respeita à intervenção pedagógica junto de crianças, equipas, famílias e comunidade. Serão também objecto de análise, a organização e gestão do ambiente educativo (espaço, materiais e rotinas), das actividades e áreas de conteúdo e projectos curriculares, no que respeita aos diferentes modelos pedagógicos. A avaliação na educação de infância também será abordada, enquanto estratégia colocada ao serviço da mudança, da formação e do apoio à reformulação do currículo. 2. Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) Pretende-se que cada estudante seja capaz de: - Identificar e caracterizar o perfil do educador de infância, as suas competências e saberes profissionais, enquanto docente e profissional de relação pedagógica; - Reconhecer o papel e a função do educador de infância, enquanto profissional responsável pela organização e gestão do ambiente educativo, de atividades e projetos curriculares, em estreita relação com as características específicas dos contextos educativos; - Mobilizar dados da literatura científica e técnica sobre modelos pedagógicos e desenvolvimento curricular na educação de infância; 1

2 - Identificar e analisar as origens e os fundamentos da construção da profissão do educador, enquanto dinamizador de processos de participação e envolvimento de crianças, equipas e famílias; - Identificar diferentes modelos de intervenção pedagógica, operacionalizando-os nas suas componentes teóricas e práticas. 3. Conteúdos Programáticos Fornecer informação atualizada sobre a profissão do educador de infância, enquanto docente com formação específica para construir e gerir diferentes modelos pedagógicos, de acordo com as suas opções, saberes e objectivos profissionais, no quadro das medidas e orientações educativas para a educação de infância. Pretende-se a reflexão e produção do conhecimento sobre a função do educador de infância, como responsável pela intencionalidade educativa e oportunidades de aprendizagem, nas diferentes áreas de conteúdo do currículo na educação pré-escolar.: - O perfil do educador de Infância enquadramento legal e competências profissionais - A profissão do educador de infância: âmbitos e domínios de intervenção (origens e evolução da profissão ) - Modelos pedagógicos na educação pré escolar - A organização do ambiente educativo: espaço, materiais e rotinas como condicionantes da aprendizagem e desenvolvimento das crianças - Trabalho com a equipa, famílias e comunidade: a optimização das parcerias e processos de cooperação nos contextos educativos - Avaliação na educação de infância: perspetivas e estratégias - Divulgação das práticas pedagógicas 4. Articulação dos conteúdos programáticos com os objetivos da unidade curricular Ao centrar os conteúdos programáticos da UC no perfil do educador de infância; na abordagem dos domínios da sua intervenção, abordando o trabalho com as equipas, famílias e a comunidade; na organização do ambiente educativo e na especificidade da avaliação neste ciclo de ensino aprendizagem, pretende-se suscitar uma reflexão sustentada nas áreas do desenvolvimento curricular. Como é possível verificar estes conteúdos articulam-se com as competências estabelecidas na medida em que se pretende que o estudante aprofunde os seus conhecimentos e (re)construa novos saberes acerca da profissão, explicitando o papel e a função que virá a desempenhar. Como tal é necessário que seja detentor de dados científicos atuais sobre os modelos pedagógicos e o desenvolvimento curricular na educação de infância. Pretende-se que o estudante consiga situar-se face à profissão considerando os diferentes modos de intervenção pedagógica. 2

3 5. Metodologias de ensino A metodologia assenta em sessões teórico-práticas sobre os conteúdos. Privilegia a participação ativa dos estudantes em trabalho individual e de grupo procurando o aprofundamento de conhecimentos relacionados com o tema: - Leitura e compreensão de textos e documentos variados. - Discussão orientada de temas. - Informação/exposição de conteúdos. Ao longo do semestre as atividades a desenvolver pelos estudantes incluirão: (a) Leitura e discussão de textos científicos; (b) Reflexão e análise crítica da intervenção do educador, como profissional responsável pela gestão pedagógica de diferentes modelos pedagógicos; (c) Pesquisa de informação relevante para o aprofundamento dos conteúdos desta unidade. Deste modo, espera-se que com o desenvolvimento desta metodologia, os estudantes consigam: - Mobilizar os conceitos abordados ao longo da UC; - Apresentar uma atitude crítica e reflexiva sobre a profissão do educador de infância, nos diferentes domínios da sua intervenção: ação pedagógica com as crianças, trabalho de equipa, relação com as famílias e comunidade, enquanto cenários educativos e elementos estruturantes do desenvolvimento e aprendizagem das crianças. O acompanhamento tutorial em grupo e/ou individual, consistirá na orientação e organização do estudo sobre as temáticas a aprofundar, para além do esclarecimento de dúvidas decorrentes do estudo efetuado. Poderá ser feito presencialmente ou à distância. Espera-se que cada aluno (a) esteja presente em, pelo menos, 75% das sessões presenciais e participe na discussão das questões em análise, bem como nos trabalhos propostos; (b) leia, analise e discuta os textos propostos; (c) execute os produtos de avaliação solicitados; (d) se envolva no estudo/preparação para as diferentes propostas de avaliação. Os trabalhadores estudantes deverão negociar formas individuais de participação na primeira quinzena do semestre. 6. Articulação das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular As metodologias de ensino centram-se sobretudo na construção de saberes da profissão do educador de infância. Ao longo do semestre, recorrendo a diferentes tipos de propostas de trabalhos presenciais e trabalhos de investigação aprofundados, são discutidos e problematizados os conceitos e práticas da profissionalidade do educador de infância, entendendo-o como um construtor e gestor do currículo em educação de infância, nomeadamente em educação pré-escolar, no respeito pela intervenção pedagógica junto de crianças, equipas, famílias e comunidade. É ainda objeto de análise a organização e gestão dos diferentes modelos pedagógicos, aprofundando os modos de organização do ambiente educativo (espaço, materiais e rotinas), das atividades e áreas de conteúdo e dos projetos curriculares. A avaliação na educação de infância é abordada enquanto estratégia colocada ao serviço da mudança, da formação e do apoio à reformulação do currículo. Nas metodologias adotadas destaca-se a importância do perfil profissional destes profissionais. Assim, atendendo ao facto de os estudantes, durante 10 semanas estarem a desenvolver o estágio em contexto de 3

4 jardim-de-infância (UC de Estágio II), nas sessões presenciais são mobilizados, a par dos saberes técnicos e científicos, os saberes práticos que os estudantes vão construindo em parceria com os educadores cooperantes. Pretende-se que os estudantes consigam entender o educador de infância como um profissional capaz de: interagir com todos os intervenientes na relação pedagógica; discutir os seus pontos de vista e as suas conceções acerca do desenvolvimento curricular em educação pré-escolar; compreender que é essencial que o educador construa caminhos que valorizem mais os processos que os resultados. Deste modo, os estudantes, considerarão, no seu agir profissional, o fazer educativo como um todo, onde tudo se integra. Consideramos que existe a coerência das metodologias de ensino propostas com as competências preestabelecidas, na medida em que se procede a uma análise da complexidade da profissão do educador de infância. As metodologias de ensino assentam na perspetiva de uma formação construtiva, entendendo-se esta UC, à semelhança de outras do plano de estudos deste mestrado, como um espaço de construção da profissão. 7. Avaliação e Classificação A modalidade de avaliação contínua incidirá sobre o trabalho desenvolvido ao longo da UC. Serão tidos em conta: (a) Realização de atividades individuais e/ou em grupo realizadas nas sessões presenciais 25%; (b) Trabalho individual ou em grupo (Por grupo de estágio e por Opção dos estudantes) sobre um dos conteúdos abordados, a escolher pelos estudantes (sugere-se a articulação com o estágio para uma maior rentabilização de estudo e integração de saberes) 75%. Critérios de classificação do trabalho (b) Insuficiente (0-9) Suficiente (10-13) Bom (14-16) Muito bom (17-18) Excelente (19-20) 1. ORGANIZAÇÃO 25% 1.1. Apresentação estética do trabalho (paginação, funcionalidade,...) 5% 1.2. Correção de escrita/ clareza na linguagem 10% 1.3. Bibliografia, referências bibliográficas, citações 10% 2. MOBILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO 75% 2.1. Explicitação da situação dilemática 15% 2.2. Diversidade e qualidade de informação teórico-prática e práticoteórica 35% 2.3. Reflexão crítica 25% 8. Observações 4

5 9. Bibliografia Principal AFONSO, N. (2008), Políticas Públicas da Educação das Crianças dos 0 aos 12 Anos. In: Actas do Seminário A Educação das crianças dos 0 aos 12 anos. Gaspar, T. (org.). Lisboa: Conselho Nacional de Educação CNE, p ARENDS, R. (1995). Aprender a Ensinar. Lisboa: McGraw Hill. AZEVEDO, A. M. (2009). Revelando as aprendizagens das crianças: a documentação pedagógica. Dissertação de Mestrado em Estudos da Criança. Braga: Universidade do Minho - Instituto de Estudos da Criança. BIVAR, F. (1971). Ensino Primário e Ideologia. Lisboa: Seara Nova/ Educação e Ensino, nº 1, 2ª edição, BERTRAM, A., JACOBSEN, K., HERMANNS, J., NEUMAN, M., & WERQUIN, P. (1999). A Educação e os Cuidados para a Infância em Portugal (Estudo Temático da OCDE). Lisboa: Ministério da Educação - Departamento da Educação Básica. BLATCHFORD, I. (Coord.) (2004) Manual De Desenvolvimento Curricular Para a Educação de Infância, Lisboa, Texto Editora. Bruner, J. (2000). Cultura da educação. Lisboa: Edições 70. CARDONA, M. J. (1997), Pensar o currículo em Educação Pré-Escolar, in Actas do VII Encontro Nacional da APEI (Abril 1997), Lisboa: APEI, pp Cardona, M. J. (2006). Educação de Infância: Formação e Desenvolvimento Profissional. Chamusca: Edições Cosmos. CARDONA, M. J. (2007). A avaliação na educação de infância: as paredes das salas também falam! Exemplos de alguns instrumentos de apoio. Cadernos de Educação de Infância. APEI, Nº 81, CARDONA, M. J. (2008). Contributos para a história do grupo dos profissionais de educação de infância em Portugal. Obtido em 20 de maio de 2010, de Revista Interacções Nº 9, 4-31: //nonio.eses.pt/interaccoes/artigos/i1.pdf. CARDONA, M. J. & MARQUES, R. (Coord.). (2008). Ensinar e aprender no jardim de infância e na escola (pp ). Chamusca: Coleção Ponto de Interrogação. Saberes e Práticas, Ed. COSMOS/ESE de Santarém. CARDONA, M. J. (2011). Educação pré-escolar ou pedagogia da educação de infância? Fundamentos e conceções subjacentes. Nuances: estudos sobre Educação, Ano XVII, v. 20, n.º 21, set./dez., CARDOSO, C. (coord.) (1998). Gestão Intercultural do Currículo 1º Ciclo. Lisboa: ME Secretariado Coordenador dos Programas de Educação Multicultural, nº 10. CASTRO, J.; RODRIGUES,M.( 2008) Sentido de Número e organização de dados, Lisboa: DGIDC/ME. EDWARDS, C., GANDINI, L., & FORMAN, G. (1999). As Cem Linguagens da Criança. A Abordagem de Reggio Emilia na Educação da Primeira Infância. Porto Alegre: Artmed. FORMOSINHO, J. (org. et al) (2007), Modelos Curriculares em Educação de Infância, Lisboa: Porto Editora. GONÇALVES, I. (2008). Avaliação em educação de infância. Das concepções às práticas. Penafiel: Editorial Novembro. LOPES, A. C. (2009). Educação Infantil e registro de práticas. São Paulo: Cortez Editora. LUIS, H. (2000), Educação pré-escolar diferenciada e estilo de interacção adulta: avaliação das práticas dos educadores de infância. In: Roldão, M.C. e Marques, R. (Org.), Inovação, Currículo e Formação. Colecção CIDInE 12. Porto: Porto Editora, pp KATZ, L.; CHARD, S. (1997) A abordagem de projecto na educação de infância, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian MATA, L. (2008), A Descoberta da Linguagem Escrita, Lisboa: DGIDC/ME 5

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