Módulo 3 ELEMENTOS DE MÁQUINAS. Prof.: Daniel João Generoso 2009_2

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Módulo 3 ELEMENTOS DE MÁQUINAS. Prof.: Daniel João Generoso 2009_2"

Transcrição

1 1 Módulo 3 ELEMENTOS DE MÁQUINAS Prof.: Daniel João Generoso 2009_2

2 2 INTRODUÇÃO Um projeto de máquina surge sempre para satisfazer uma necessidade, seja ela industrial, comercial, para lazer, etc. Nasce da habilidade de alguém ou de um grupo de pessoas transformar uma idéia em um projeto de um mecanismo que se destina a executar uma tarefa qualquer. A partir dai segue-se o estudo detalhado de suas partes, a forma como serão montadas, tamanho e localização das partes componentes tais como engrenagens, parafusos, molas, cames, etc.. Este processo passa por várias revisões onde melhores idéias substituem as iniciais até que se escolhe a que parece melhor. Os elementos de máquinas podem ser classificados em grupos conforme sua função. Dentre os vários elementos de máquinas existentes, pode-se citar elementos de fixação, como parafusos, Porcas e Arruelas, elementos de transmissão, como correias e polias, elementos de apoio, como mancais, guias e rolamentos, etc. Existem algumas características ou considerações que influenciam a seleção de um elemento de máquina. Resistência, confiabilidade, utilidade, custo e peso são alguns exemplos disto. A partir do exposto pode-se perceber que a escolha e o dimensionamento dos elementos de máquina exige do projetista alguns conhecimentos básicos: Conhecimentos de resistência dos materiais e dos conceitos de mecânica aplicada para poder analisar corretamente os esforços que agem sobre as peças e determinar sua forma e dimensões para que sejam suficientemente fortes e rígidas. Conhecer as propriedades dos materiais através de estudos e pesquisas. Ter bom senso para decidir quando deve usar valores de catálogos ou uma determinada formula empírica ou se deve aplicar a teoria mais profunda. Senso prático. Ter cuidado com a parte econômica do projeto. Conhecer os processos de fabricação.

3 3 No projeto de um componente de máquina ou de uma estrutura, existe a necessidade de determinarmos as dimensões necessárias, para que o componente possa suportar as solicitações. O dimensionamento entende a determinação das dimensões de um elemento de máquina de tal forma que ele possa resistir e garantir o bom funcionamento da peça ou equipamento durante o trabalho. Para tanto, é necessário o conhecimento dos fundamentos da Resistência dos Materiais e das propriedades dos Materiais.

4 Parafusos 4 São elementos de máquinas usados em uniões provisórias ou desmontáveis, ou seja, quando permitem a desmontagem e montagem com facilidade sem danificar as pecas componentes. Exemplo: a união das rodas do automóvel por meio de parafusos. Rosca Rosca é uma saliência de perfil constante, helicoidal, que se desenvolve de forma uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. Essa saliência é denominada filete. Parafusos são peças metálicas de vital importância na união e fixação dos mais diversos elementos de máquina. Por sua importância, a especificação completa de um parafuso (e sua respectiva porca quando necessário) engloba os mesmos itens cobertos pelo projeto de um elemento de máquina, ou seja: material, tratamento térmico, dimensionamento, tolerâncias, afastamentos e acabamento. Formas padronizadas de roscas Roscas podem ser externas (parafusos) ou internas (porcas ou furos rosqueados). No início, cada um dos principais países fabricantes tinham seus padrões de roscas, porém após a Segunda Guerra Mundial, foram padronizadas na Inglaterra, no Canadá e nos Estados Unidos e hoje se conhece como série Unified National Standard (UNS). O padrão europeu de roscas é definido pela norma ISO (International Organization for Standardization ou Organização Internacional para Padronização). Embora os dois sistemas utilizem um ângulo de filetes de roscas de 60º e

5 5 definam o tamanho da mesma pelo diâmetro nominal externo (diâmetro máximo) da rosca externa, não são intercambiáveis entre si. Isso porque as dimensões pela norma ISO são dadas em milímetros e pela norma UNS são dadas em polegadas. Outro padrão de roscas bastante usado no Brasil e a norma Withworth (norma inglesa), que é definida pelo diâmetro do parafuso em polegadas e a rosca e medida em fios por polegada. Parafusos O parafuso é formado por um corpo cilíndrico roscado e por uma cabeça que pode ser hexagonal, sextavada, quadrada ou redonda. cabeça hexagonal ou sextavada cabeça quadrada Em mecânica, ele é empregado para unir e manter juntas peças de máquinas, geralmente formando conjuntos com porcas e arruelas. Em geral, os parafusos são fabricados em aço de baixo e médio teor de carbono, por meio de conformação ou usinagem. Os parafusos conformados, logo após o processo de fabricação e antes de receberem qualquer tratamento

6 6 (galvanização, niquelagem, oxidação, etc) são opacos, enquanto os usinados brilhantes. Aço de alta resistência à tração, aço-liga, aço inoxidável, latão e outros metais ou ligas não-ferrosas podem também ser usados na fabricação de parafusos. Em alguns casos, os parafusos são protegidos contra a corrosão por meio de galvanização ou cromagem. Dimensões dos parafusos As dimensões principais dos parafusos são: diâmetro externo ou maior da rosca; comprimento do corpo; comprimento da rosca; tipo da cabeça; tipo da rosca. Montagem de parafusos Quanto a montagem dos parafusos na máquina ou equipamento estes podem ser classificados em: Parafuso sem porca ou não passante Nos casos onde não há espaço para acomodar uma porca, esta pode ser substituída por um furo com rosca em uma das peças. A união dá-se através da passagem do parafuso por um furo passante na primeira peça e rosqueamento no furo com rosca da segunda peça.

7 7 Parafuso com porca Às vezes, a união entre as peças é feita com o auxílio de porcas e arruelas. Nesse caso, o parafuso com porca é chamado passante. Parafuso prisioneiro O parafuso prisioneiro é empregado quando se necessita montar e desmontar parafuso sem porca a intervalos freqüentes. Consiste numa barra de seção circular com roscas nas duas extremidades. Essas roscas podem ter sentido oposto. Para usar o parafuso prisioneiro, introduz-se uma das pontas no furo roscado da peça e, com auxílio de uma ferramenta especial, aperta-se o prisioneiro na peça. Em seguida aperta-se a segunda peça com uma porca e arruelas presas à extremidade livre do prisioneiro. Este permanece no lugar quando as peças são desmontadas.

8 8 Parafuso Allen O parafuso Allen é fabricado com aço de alta resistência à tração e submetido a um tratamento térmico após a conformação. Possui um furo hexagonal de aperto na cabeça, que é geralmente cilíndrica e recartilhada. Para o aperto, utiliza-se uma chave especial: a chave Allen. Os parafusos Allen geralmente são utilizados sem porcas e suas cabeças são encaixadas num rebaixo na peça fixada, para melhor acabamento. Também é aplicado quando existe a necessidade de redução de espaço entre peças com movimento relativo. Parafuso de fundação farpado ou dentado Os parafusos de fundação farpados ou dentados são feitos de aço ou ferro e são utilizados para prender máquinas ou equipamentos ao concreto ou à alvenaria. Possuem a cabeça trapezoidal delgada e áspera que, envolvida pelo concreto, assegura uma excelente fixação. Seu corpo é arredondado e com dentes, os quais têm a função de melhorar a aderência do parafuso ao concreto.

9 9 Parafusos de travamento São usados para evitar o movimento relativo entre duas peças que tendem a deslizar entre si. Parafuso auto-atarraxante O parafuso auto-atarraxante tem rosca de passo largo em um corpo cônico e é fabricado em aço temperado. Pode ter ponta ou não e, às vezes, possui entalhes longitudinais com a função de cortar a rosca à maneira de um macho. As cabeças têm formato redondo ou chanfradas e apresentam fendas simples ou em cruz (tipo Phillips). Esse tipo de parafuso elimina a necessidade de um furo roscado ou de uma porca, pois corta a rosca no material a que é preso. Sua utilização principal é na montagem de peças feitas de folhas de metal de pequena espessura, peças fundidas macias e plásticas.

10 10 Parafuso para pequenas montagens Parafusos para pequenas montagens apresentam vários tipos de roscas e cabeças e são utilizados para metal, madeira e plásticos. especiais. Dentre esses parafusos, os utilizados para madeira apresentam roscas Perfis de roscas (seção do filete) Triangular É o mais comum. Utilizado em parafusos e porcas de fixação, uniões e tubos.

11 11 Trapezoidal Empregado na movimentação de máquinas operatrizes (para transmissão de movimento suave e uniforme), fusos e prensas de estampar (balancins mecânicos). Redondo Empregado em parafusos de grandes diâmetros e que devem suportar grandes esforços, geralmente em componentes ferroviários. É empregado também em lâmpadas e fusíveis pela facilidade na estampagem. Dente de serra Usado quando a força de solicitação é muito grande em um só sentido (morsas, macacos, pinças para tornos e fresadoras).

12 Quadrado 12 Quase em desuso, mas ainda utilizado em parafusos e peças sujeitas a choques e grandes esforços (morsas, por exemplo). Sentido de direção do filete rosca. Os parafusos apresentam duas classificações quanto ao sentido do filete de À esquerda Quando, ao avançar, gira em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (sentido de aperto à esquerda). À direita Quando, ao avançar, gira no sentido dos ponteiros do relógio (sentido de aperto à direita).

13 Tipos de roscas de parafusos 13 O primeiro procedimento para verificar os tipos de roscas consiste na medição do passo da rosca. Para obter essa medida, podemos usar pente de rosca, escala ou paquímetro. Esses instrumentos são chamados verificadores de roscas e fornecem a medida do passo em milímetro ou em filetes por polegada e, também, a medida do ângulo dos filetes (pente de roscas). Rosca métrica triangular (normal e fina) P = passo da rosca d = diâmetro maior do parafuso (normal) d1 = diâmetro menor do parafuso (Ø do núcleo) d2 = diâmetro efetivo do parafuso (Ø médio) a = ângulo do perfil da rosca f = folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso D = diâmetro maior da porca D1 = diâmetro menor da porca D2 = diâmetro efetivo da porca he = altura do filete do parafuso rre = raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso rri = raio de arredondamento da raiz do filete da porca ângulo do perfil da rosca: a = 60º. diâmetro menor do parafuso (Ø do núcleo): d1 = d - 1,2268P. diâmetro efetivo do parafuso (Ø médio): d2 = D2 = d - 0,6495P. folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso: f = 0,045P.

14 diâmetro maior da porca: D = d + 2f. diâmetro menor da porca (furo): D1= d - 1,0825P. diâmetro efetivo da porca (Ø médio): D2= d2. altura do filete do parafuso: he = 0,61343P. raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso: rre = 0,14434P. raio de arredondamento da raiz do filete da porca: rri = 0,063P. 14 Withworth As roscas de perfil triangular são fabricadas segundo três sistemas normalizados: o sistema métrico ou internacional (ISO), o sistema inglês ou whitworth e o sistema americano (UNS). Métrico (ISO) Designação: Diâmetro externo (em milímetros) x passo em milímetros.

15 Withworth (Inglês) 15 Designação: Diâmetro externo (em polegada) x número de fios por polegada. Americano (UNS) Parafusos de potência (fusos) Os parafusos de potência, também conhecidos como parafusos de avanço, são usados para transformar movimento rotacional em movimento linear em atuadores mecânicos, macacos de carros, máquinas operatrizes, etc. Para este tipo de serviço, são utilizados os parafusos de roscas reforçadas, dentre os quais podemos citar os de rosca quadrada, de rosca dente de serra, rosca redonda e rosca trapezoidal. Podem ser acionados de forma manual, hidráulica, elétrica, mecânica, etc, dependendo de sua aplicação e do trabalho que vai desempenhar.

16 16 Na figura anterior pode-se observar um parafuso de potência que atua em um macaco de automóvel. Este parafuso transforma o movimento rotacional da manivela e movimento linear possibilitando a elevação do carro. No movimento do mordente da morsa, o fuso tem o mesmo objetivo mas com a função de movimentar a mandíbula móvel para prender pecas. Carga dos parafusos A carga total que um parafuso suporta é a soma da tensão inicial, isto é, do aperto e da carga imposta pelas peças que estão sendo unidas. A carga inicial de aperto é controlada, estabelecendo-se o torque-limite de aperto. Nesses casos, empregam-se medidores de torque especiais (torquímetros). Materiais para parafusos Os parafusos são fabricados em aço, aço inoxidável ou ligas de cobre e, mais raramente, de outros metais. O material, além de satisfazer as condições de

17 17 resistência, deve também apresentar propriedades compatíveis com o processo de fabricação, que pode ser a usinagem em tornos e roscadeiras ou por conformação como forjamento ou laminação (roscas roladas). A norma ABNT - EB estabelece as características mecânicas e as prescrições de ensaio de parafuso e pecas roscadas similares, com rosca ISO de diâmetro ate 39mm, de qualquer forma geométrica e de aço-carbono ou aço liga. Agrupa os parafusos em classes de propriedades mecânicas, levando em consideração os valores de resistência a tração, da tensão de escoamento e do alongamento. Cada classe é designada por dois números separados por um ponto. O primeiro número corresponde a um décimo do valor em kgf/mm², do limite de resistência a tração mínima exigida na classe e o segundo número corresponde a um décimo da relação percentual entre a tensão de escoamento e a de resistência a tração, sendo estes os valores mínimos exigidos. Dimensionamento de parafusos O dimensionamento de parafusos pode ser dividido nos seguintes casos: Parafuso solicitados a tração: sem carga inicial de aperto; com carga inicial de aperto. parafusos solicitados ao cisalhamento Alguns fatores importantes... Deve-se tomar cuidado com alguns fatores que podem comprometer as

18 18 uniões por meio de parafusos: 1. O desconhecimento exato das forças externas a serem aplicadas. Deve-se reduzir a tensão admissível. 2. Aperto incorreto do parafuso. Parafusos pequenos podem ser facilmente degolados. Devemos utilizar material de alta resistência ou reduzir a tensão admissível; Parafusos grandes normalmente não são suficientemente apertados; Em juncões com vários parafusos o aperto normalmente não é uniforme o que acarreta uma má distribuição das cargas. Devemos usar o torquímetro. 3. Apoio irregular do parafuso(apenas um lado) adicionando tensões de flexão. Seleção de parafusos Existem algumas recomendações sobre a escolha dos parafusos que serão empregados em uma construção mecânica e devem ser seguidas. Procura-se sempre utilizar parafusos de uso comercial, ou seja, parafusos que são encontrados facilmente no comercio. Os parafusos de bitolas especiais devem ser utilizados somente quando for estritamente necessário, pois além de ser difícil encontrá-los (geralmente fabricados por encomenda), tem o preço significativamente maior em relação aos de uso comercial. Uniões soldadas Soldagem é o processo de união de duas ou mais partes, pela aplicação de calor, pressão ou ambos garantido-se na junta a continuidade das propriedades químicas, físicas e mecânicas. A união de elementos metálicos é de fundamental importância na montagem de estruturas que transmitam ou suportem os esforços que surgem na execução de trabalhos mecânicos pelas máquinas.

19 Modelos para união soldada de peças 19 as principais. Dentre as principais configurações para uniões soldadas serão apresentadas Solda de topo É a mais simples configuração de soldagem. E utilizado para unir as extremidades de dois elementos. A figura a seguir mostra quatro arranjos para este tipo de soldagem. Em (a) tem-se a pior situação possível, tanto em termos de concentração de tensões como em termos da mistura dos materiais. Esta configuração traz a solda características de resistência bem diferentes daquelas das peças originais. Em (b) a área de contato entre as peças e a solda é aumentada pelo chanfro, as tensões são diminuídas e é utilizado principalmente para soldagem de pecas de um só dos lados. Em (c) é apresentada a melhor configuração, pois os cordões de solda por serem feitos por ambos os lados proporcionando uma melhor uniformização da solda quanto a flexão e melhora a rigidez do conjunto. Em (d), tem-se uma variação de (b), com chanfro em uma das pecas, tornando a solda mais econômica. O projeto de soldas de topo consiste na comparação da tensão normal a qual as peças estão sujeitas com a resistência ao escoamento ou a ruptura do material da solda ou dos materiais mais fraco entre os soldados. No caso de existir variação do carregamento ao longo do tempo os conceitos de fadiga devem ser aplicados.

20 Solda paralela e transversal 20 Quando os filetes de solda tem o eixo axial na mesma direção da aplicação da força a solda é denominada paralela. Quando for perpendicular a aplicação da força é denominada transversal. A figura a seguir mostra o filete de solda em uma viga tipo T invertido. A forma correta de soldar está mostrada no detalhe à direita. No caso do detalhe esquerdo a solda não preenche toda a espessura 't' sendo considerada uma solda de baixa qualidade. A necessidade de preencher adequadamente toda a espessura 't' vem do procedimento normalizado de cálculo. Segundo este procedimento, os filetes de soldas devem ser projetados sempre considerando o cisalhamento da área formada por essa espessura e o comprimento do filete de solda. A medida 'h' mostrada na figura acima é chamada de dimensão lateral ou perna da solda e deve estar especificada nos desenhos e instruções de soldagem.

21 A espessura 't' é calculada a partir de 'h' pela fórmula: 21 t = 0,707h Junções especiais torção nas soldas As soldas podem ser submetidas a esforços torcionais como mostrado na figura abaixo: O arranjo de soldagem submetido a torção pode ser calculada por uma combinação da tensão de cisalhamento devido a força cortante com a tensão de cisalhamento devido a torção que as soldas sofrem quando resistem a flexão da chapa em balanço. Junções especiais Flexão nas soldas A figura a seguir mostra uma solda que sofre uma composição entre a tensão de flexão e a de cisalhamento devido a força cortante.

22 22 O cálculo requer que ambas sejam combinadas e a resultante seja considerada tensão de cisalhamento agindo na seção definida pela espessura 't' e pelo comprimento do filete. Junções soldadas com carregamento variável Junções soldadas sofrendo carregamento variável podem falhar por fadiga. A falta de uma sistemática de cálculos que realmente represente o que acontece na solda e a impossibilidade de incluir muitos fatores que influenciam na qualidade da junção soldada faz com que os coeficientes de segurança para estruturas soldadas, em especial as que sofrem carregamentos variáveis, sejam elevados. A tabela a seguir mostra os valores para os principais tipos de junções soldadas. O procedimento para dimensionamento é semelhante ao usado para qualquer outro elemento sujeito a carregamento variável, mas com coeficientes de segurança maiores que os usuais. Tipo de solda Kf Solda de topo com reforço 1,2 Cordões transversais inclui flexão e torção 1,5 Extremidade de cordões paralelos 2,7 Solda de topo e em T com cantos agudos 2 Molas helicoidais cilíndricas São elementos de máquinas que apresentam grandes deformações sem ultrapassar seu limite elástico, ou seja, retornam a sua configuração inicial quando retirada a carga à que está sendo submetida. De forma construtiva geralmente simples, consiste em um fio (arame), que pode ser redondo ou quadrado, ou ainda, de formato especial, dependendo de sua aplicação e que tem como principais funções exercer tração, compressão e torção. Dentre suas inúmeras aplicações podem-se citar algumas: armazenamento de cargas, amortecimento de choque, distribuição de cargas, limitação de vazão, preservação de junções ou contatos.

23 Molas de compressão 23 São molas que exercem forcas no sentido de empurrar. Tem suas espiras separadas de modo que possam ser comprimidas. A mola helicoidal de compressão quando é comprimida por alguma força, tem o espaço entre as espiras diminuído, tornando menor o comprimento da mola. O comprimento livre(lo) é o comprimento máximo da mola livre de carregamento. O comprimento sólido(ls) e o comprimento mínimo da mola quando a carga aplicada é suficiente para eliminar todos os espaços entre as espiras. De = Diâmetro externo D = Diâmetro médio d = Diâmetro do arame p = Passo Lo = Comprimento livre Na = Numero de espiras ativas λ = Ângulo de hélice Tipos de extremidades das molas helicoidais de compressão As extremidades das molas de compressão são preparadas conforme a necessidade de aplicação, para proporcionar maior estabilidade e assentamento na base que irá sustentá-la. A figura a seguir ilustra os tipos de extremidades de molas: Começando pela esquerda: simples, simples retificada, em esquadro, em

24 24 esquadro retificada. As espiras ativas (Na) são as espiras que deformam quando a mola é carregada, enquanto que as espiras inativas em cada extremidade não deformam. Simples Em esquadro Simples retificada Em esquadro retificada Na Nt Nt 2 Nt 1 Nt 2 Lo Nap + d Nap + 3d Ntp Nap + 2d Ls (Nt + 1)d (Nt + 1)d Ntd Ntd Molas de tração As molas helicoidais de tração são similares às molas helicoidais de compressão, no entanto elas precisam de extremidades especiais para que a carga possa ser aplicada. Estas extremidades são chamadas de ganchos, e podem ter diversos formatos. As molas de tração quando submetida a ação de uma força, tem o espaço entre as espiras aumentado tornando maior o seu comprimento.

25 Forma dos ganchos das molas de tração 25 A tabela a seguir mostra as principais formas de ganchos de molas de tração:

26 Molas de torção 26 As molas helicoidais de torção possuem extremidades em forma de braços de alavanca onde é aplicada a força. As molas helicoidais de torção quando submetidas ao esforço de uma carga qualquer tendem a enrolar ainda mais suas espiras. De = Diâmetro externo da mola; Di = Diâmetro interno da mola; H = Comprimento da mola; d = Diâmetro da seção do arame; p = Passo; nº = Número de espiras; r: = Comprimento do braço de alavanca; a: = Angulo entre as pontas da mola. As forças que atuam sobre a mola de torção são perpendiculares ao seu eixo, enquanto que, nas molas de tração e de compressão, a força segue a mesma direção do eixo. cabos de aço São elementos de construção mecânica utilizados para transporte, tração, elevação, etc, de cargas.

27 27 Construção de cabos Um cabo pode ser construído em uma ou mais operações, dependendo da quantidade de fios e, especificamente, do número de fios da perna. Por exemplo: um cabo de aço 6 por 19 significa que uma perna de 6 fios é enrolada com 12 fios em duas operações, conforme segue: São classificados quanto a sua composição em normal, warrington, seale, filler. Distribuição normal Os fios dos arames e das pernas são de um só diâmetro.

28 Distribuição seale 28 As camadas são alternadas em fios grossos e finos. Distribuição filler As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como enchimento dos vãos dos fios grossos. Distribuição warrington Os fios das pernas têm diâmetros diferentes numa mesma camada. Tipos de torção de cabos Os cabos de aço apresentam torção das pernas ao redor da alma e podem ser à direita ou à esquerda: à direita à esquerda

29 29 Nas pernas também há torção dos fios ao redor do fio central. O sentido dessas torções pode variar, obtendo-se as situações: Torção regular ou em cruz Os fios de cada perna são torcidos no sentido oposto ao das pernas ao redor da alma. As torções podem ser à esquerda ou à direita. Esse tipo de torção confere mais estabilidade ao cabo. Torção lang ou em paralelo Os fios de cada perna são torcidos no mesmo sentido das pernas que ficam ao redor da alma. As torções podem ser à esquerda ou à direita. Esse tipo de torção aumenta a resistência ao atrito (abrasão) e dá mais flexibilidade. Alma de cabos de aço As almas de cabos de aço podem ser feitas de vários materiais, de acordo com a aplicação desejada. Existem, portanto, diversos tipos de alma. Veremos os mais comuns que são: alma de fibra, de algodão, de asbesto, de aço.

30 Alma de fibra 30 É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem ser naturais (AF) ou artificiais (AFA). As fibras naturais utilizadas são normalmente o sisal ou o rami. Já a fibra artificial mais usada é o polipropileno (plástico). Vantagens das fibras artificiais: Não se deterioram em contato com agentes agressivos; São obtidas em maior quantidade; Não absorvem umidade. Desvantagens das fibras artificiais: Maior custo; Aplicação em cabos especiais. Alma de algodão Tipo de alma que é utilizado em cabos de pequenas dimensões. Alma de asbesto Tipo de alma utilizado em cabos especiais, sujeitos a altas temperaturas. Alma de aço Pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo de aço independente (AACI), sendo que este último oferece maior flexibilidade somada à alta resistência à tração.

31 Rolamentos 31 Rolamentos são suportes mecânicos montados nos eixos. Basicamente, são constituídos por dois anéis fabricados de aço especial, separados por fileiras de esferas, ou de rolos cilíndricos ou cônicos e estas esferas ou rolos são separados entre si por meio de porta esferas ou porta rolos. Desenvolvem a função de suportar eixos permitindo-os realizar movimentos rotacionais com facilidade, minimizar a fricção entre as peças móveis da máquina e suportar uma carga. Sempre que há rotação, existe a necessidade de alguma forma de mancal, seja por meio de rolamentos ou mancais de deslizamento. Vantagens dos rolamentos em relação aos mancais de deslizamento A seguir, veja as vantagens e desvantagens que os rolamentos possuem em relação aos mancais de deslizamento. Vantagens Menor atrito e aquecimento; Coeficiente de atrito de partida (estático) não superior ao de operação (dinâmico); Pouca variação do coeficiente de atrito com carga e velocidade; Baixa exigência de lubrificação; Intercambialidade internacional; Mantém a forma de eixo (não ocasiona desgaste do eixo); Pequeno aumento da folga durante a vida útil.

32 Desvantagens 32 Maior sensibilidade aos choques; Maiores custos de fabricação; Tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo; Não suporta cargas tão elevadas como os mancais de deslizamento. Classificação dos rolamentos Quanto ao tipo de carga que suportam, os rolamentos podem ser: Radiais - suportam cargas radiais e leves cargas axiais. Ex: motores elétricos. radiais. Axiais Suportam cargas axiais e não podem ser submetidos a cargas Ex: rolamento de embreagem de automóveis. Mistos - suportam tanto carga axial quanto radial. Ex: rolamento de roda de automóveis.

33 Quanto à forma construtiva podem ser: 33 Rolamento fixo de uma carreira de esferas É o mais comum dos rolamentos. Suporta cargas radiais e pequenas cargas axiais e é apropriado para rotações mais elevadas. Sua capacidade de ajustagem angular é limitada, por conseguinte, é necessário um perfeito alinhamento entre o eixo e os furos da caixa. Classificação: Abertos; Com anel de retenção (sufixo NR); Blindados (sufixo Z ou ZZ); Vedados (sufixos DDU ou VV). Rolamentos Blindados O rolamento recebe placas de aço inseridas sob pressão em ranhuras nos anéis interno e externo especialmente projetado para evitar que as placas sejam retiradas. As placas ao serem retiradas deformam-se. As placas são feitas de aço comum, portanto, não poderão receber esforços. As placas de blindagem protegem os rolamentos contra a penetração de corpos estranhos e o escoamento de graxa. A estrutura da blindagem é composta de duas fendas contraídas e um espaço para refrear a graxa. Quando blindados ou vedados de ambos os lados, os rolamentos são fornecidos com graxa de qualidade comprovada e em volume adequado. Atenção!: Recomenda-se que não sejam retiradas as blindagens. A

34 34 quantidade de graxa inserida é suficiente para aplicações normais e para a vida do rolamento. Não é necessário acrescentar mais graxa. Graxas de composições diferentes não podem ser misturadas. As blindagens se deformam quando retiradas, além da possibilidade de danificar a peça, tocando nas esferas. Rolamentos Vedados Em aplicações onde têm-se muita poeira ou água, os rolamentos vedados são utilizados como uma vedação auxiliar onde deve-se ter ainda, uma vedação principal no equipamento como defletores, labirintos, retentores, etc. Vedação Com Contato (tipo DDU) A vedação com contato é uma placa de borracha nitrílica reforçada com alma de aço, introduzida sob pressão no rebordo do anel externo. O sistema de vedação consiste de duas fendas estreitas, uma para refrear a graxa (I) e a outra para borda de contato (III). A borda de contato (III) é protegida por uma borda externa (II), evitando a penetração de corpos estranhos. Ótima capacidade de proteção contra sujeira. Devido ao contato no anel externo, este tipo de rolamento tem restrições quanto ao limite de rotação. Consultar o Catálogo do Fabricante, para sua aplicação.

35 Vedação Sem Contato (tipo VV) 35 A vedação sem contato é semelhante à vedação com contato, porém com diferenças construtivas. Duas fendas contraídas são dispostas diagonalmente. A fenda é mais estreita que a do rolamento comum com vedação tipo labirinto sem contato. Neste caso, como não tem contato, não há restrições quanto ao limite de rotação. Rolamento de contato angular de uma carreira de esferas Admite cargas axiais somente em um sentido, portanto, deve sempre ser montado contraposto a um outro rolamento que possa receber a carga axial no sentido contrário. Rolamento auto compensador de esferas É um rolamento de duas carreiras de esferas com pista esférica no anel externo, o que lhe confere a propriedade de ajustagem angular, ou seja, compensar possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo.

36 36 Rolamento de rolo cilíndrico É apropriado para cargas radiais elevadas e seus componentes são separáveis, o que facilita a montagem e desmontagem. Rolamento auto-compensador de uma carreira de rolos Seu emprego é particularmente indicado para construções em que se exige uma grande capacidade de suportar carga radial e a compensação de falhas de alinhamento. Rolamento auto-compensador com duas carreiras de rolos É um rolamento para os mais pesados serviços. Os rolos são de grande diâmetro e comprimento. Devido ao alto grau de oscilação entre rolos e pistas, existe uma distribuição uniforme de carga.

37 37 Rolamento de rolos cônicos Além de cargas radiais, os rolamentos de rolos cônicos também suportam cargas axiais em um sentido. Os anéis são separáveis. O anel interno e o externo podem ser montados separadamente. Como só admitem cargas axiais em um sentido, de modo geral torna-se necessário montar os anéis aos pares, um contra o outro. Rolamento axial de esfera Ambos os tipo de rolamento axial de esfera (escora simples e escora dupla) admitem elevadas cargas axiais, porém, não podem ser submetidos a cargas radiais. Para que as esferas sejam guiadas firmemente em suas pistas, é necessária a atuação permanente de uma determinada carga axial mínima.

38 Rolamento axial auto-compensador de rolos 38 Possui grande capacidade de carga axial e, devido à disposição inclinada dos rolos, também pode suportar consideráveis cargas radiais. A pista esférica do anel da caixa confere ao rolamento a propriedade de alinhamento angular, compensando possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo. Rolamento de agulhas Possui uma seção transversal muito fina, em comparação com os rolamento de rolos comuns. É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado. Escolha dos rolamentos Para selecionar o rolamento a ser usado deve-se levar em consideração as cargas que nele serão aplicadas e vida nominal básica desejada, alem da rotação e do ambiente a que será submetido. Os fabricantes de rolamentos oferecem catálogos que ajudam na escolha mais adequada ao serviço destinado.

39 Eixos e Árvores 39 Eixos geralmente são peças que servem para apoiar peças de máquinas que podem ser fixadas a eles ou serem móveis (giratórias ou oscilantes). Os eixos podem ser fixos ou móveis (giratórios ou oscilantes). Os eixos não transmitem momento de torção e são solicitados principalmente a flexão. Eixos curtos podem também serem chamados de pinos. As partes dos eixos onde se apóiam são chamadas apoios e quando móveis (apoiados sobre mancais) moentes. Eixos-árvore são aqueles que transmitem momento de torção e portanto, podem ser solicitados a torção ou a flexão e torção. Quanto a sua seção transversal, eixos e eixos-árvore podem ser maciços ou vazados. Podem ser redondos, quadrados, sextavados, ranhurados, etc. Correias e Polias Quando se precisa transmitir movimento de um eixo para outro e o emprego de engrenagens não é aconselhável por razões técnicas ou econômicas, utilizam-se correias. Correias são elementos de máquinas que tem a finalidade de transmitir movimento de um eixo para outro, através de polias. As correias mais usadas são as planas e as trapezoidais. A correia em V ou trapezoidal é inteiriça, fabricada com seção transversal em forma de trapézio. É feita de borracha revestida de lona e é formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para suportar as forças de tração.

40 40 Além das correias acima citadas ainda existem correias redondas e correia com formatos especiais fabricadas para aplicações especifica. Correia plana De formato transversal plano, podem variar de espessura e largura conforme a aplicação. Admitem maiores rotações que as correias em V. Correia redonda Correia de seção transversal redonda usada geralmente para transportes de pequenas cargas. Correia trapezoidal ou em v As correias mais usadas são planas e as trapezoidais. A correia em V ou trapezoidal é inteiriça, fabricada com seção transversal em forma de trapézio. É feita de borracha revestida de lona e é formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para suportar as forças de tração.

41 41 Medidas das correias em V Os perfis padronizados de correias trapezoidais são descritos por letras, e suas dimensões de seção transversal apresentam-se na figura abaixo. O comprimento é dado em polegadas. Correia dentada Utilizada para casos em que não se pode ter nenhum deslizamento, como no comando de válvulas do automóvel. Também conhecida como correia sincronizadora devida a sua propriedade de sincronizar movimentos entre eixos. Configurações de montagem Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é chamada polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é a polia movida ou conduzida. A maneira como a correia é colocada determina o

42 sentido de rotação das polias. 42 Sentido direto de rotação - a correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de rotação. Pode ser aplicado a todas as formas de correias. Sentido de rotação inverso - a correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias inverte-se, aplica-se em correias planas. Transmissão de rotação entre eixos não paralelos - aplicado em correias planas.

43 43 Resumo dos principais danos que as correias podem sofrer, suas causas prováveis e soluções recomendadas.

44 Vantagens das transmissões com ( correias em "V" ) 44

45 Polias (principais formas) 45

46 Corrente 46 A transmissão por correntes consiste basicamente de um par de rodas dentadas e uma corrente. Podem-se citar algumas das vantagens deste tipo de transmissão. não patinam, portanto mantém a relação de transmissão; garantem rendimento de 96% a 98%; podem transmitir potência em locais de difícil acesso; permitem montagens com grandes distâncias entre centros; permitem o acionamento simultâneo de vários eixos; em geral, não necessitam de tencionadores; podem ser usados em locais poeirentos, com temperaturas elevadas e locais úmidos. É importante que seja tomado cuidado com a lubrificação do conjunto. Uma boa lubrificação é condição essencial para um funcionamento suave e duradouro. É, ainda, de muita utilidade para transmissões entre eixos próximos, substituindo trens de engrenagens intermediárias. Tipos de correntes Corrente de rolos É composta por elementos internos e externos, onde as talas são permanentemente ligadas através de pinos e buchas. Sobre as buchas são, ainda, colocados rolos. Esta corrente é aplicada em transmissões, em movimentação e sustentação de contrapeso e, com abas de adaptação, em transportadores. E

47 fabricada em tipo standard, médio e pesado. 47 Corrente de dentes Nesse tipo de corrente há, sobre cada pino articulado, várias talas dispostas uma ao lado da outra, onde cada segunda tala pertence ao próximo elo da corrente. Dessa maneira, podem ser construídas correntes bem largas e muito resistentes. Além disso, mesmo com o desgaste, o passo fica, de elo a elo vizinho, igual, pois entre eles não há diferença. Esta corrente permite transmitir rotações superiores às permitidas nas correntes de rolos. Corrente de elos livres Esta é uma corrente especial usada para transportadores e, em alguns casos, pode ser usada em transmissões. Sua característica principal é a facilidade de retirar-se qualquer elo, sendo apenas necessário suspendê-lo.

48 48 Engrenagens para correntes As engrenagens para correntes têm como medidas principais o número de dentes (Z), o passo (p) e o diâmetro (d). O passo é igual à corda medida sobre o diâmetro primitivo desde o centro de um vão ao centro do vão consecutivo, porque a corrente se aplica sobre a roda em forma poligonal. O perfil dos dentes corresponde ao diâmetro dos rolos da corrente e para que haja facilidade no engrenamento, as laterais dos dentes são afiladas e 10% mais estreitas que a corrente.

49 49 Engrenagens Dentre os elementos disponíveis para transmissão de movimento entre eixos, sejam eles paralelos reversos ou concorrentes, as engrenagens são sem dúvida as mais usadas. Isto se deve ao fato de, se comparadas a correntes e correias, possuírem grande resistência, grande vida útil, pequenas dimensões, permitirem a transmissão com velocidade constante e pelo alto rendimento (98%). Além disso, podem ser fabricadas com diversos materiais. Engrenagens são rodas dentadas cujos dentes são de forma e espaçamentos iguais. Durante a transmissão os dentes da roda motriz empurram os dentes da roda movida de tal forma que o contato se faz sem escorregamento. As circunferências primitivas representam os diâmetros das rodas de atrito que transmitiriam o mesmo movimento com a mesma relação de transmissão das engrenagens, desde que não haja escorregamento. Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos Engrenagens cilíndricas de dentes retos são rodas dentadas, cujos dentes são retos e paralelos ao eixo. São usadas para transmitir potência entre árvores paralelas quando estas não estão muito afastadas e quando se deseja uma razão de velocidade constante. A relação de transmissão é a mesma que seria obtida por dois cilindros imaginários comprimidos um contra o outro, girando sem deslizamento.

50 50 (De) Diâmetro externo: É o diâmetro máximo da engrenagem De = m (z + 2). (Di) Diâmetro interno: É o diâmetro menor da engrenagem. (Dp) Diâmetro primitivo: É o diâmetro intermediário entre De e Di. Seu cálculo exato é Dp = De - 2m. (C) Cabeça do dente: É a parte do dente que fica entre Dp e De. (f) Pé do dente: É a parte do dente que fica entre Dp e Di. (h) Altura do dente: É a altura total do dente De Di ou h = 2,166. m 2 (e) Espessura de dente: É a distância entre os dois pontos extremos de um dente, medida à altura do Dp. (V) Vão do dente: É o espaço entre dois dentes consecutivos. Não é a mesma medida de e. (P) Passo: Medida que corresponde a distância entre dois dentes consecutivos,

51 51 medida à altura do Dp. (M) Módulo: Dividindo-se o Dp pelo número de dentes (z), ou o passo (P) por π, teremos um número que se chama módulo (M). Esse número é que caracteriza a engrenagem e se constitui em sua unidade de medida. O módulo é o número que serve de base para calcular a dimensão dos dentes. (α) = Ângulo de pressão: Os pontos de contato entre os dentes da engrenagem motora e movida estão ao longo do flanco do dente e, com o movimento das engrenagens, deslocam-se em uma linha reta, a qual forma, com a tangente comum às duas engrenagens, um ângulo. Esse ângulo é chamado ângulo de pressão (α), e no sistema modular é utilizado normalmente com 20 ou 15º. Perfil do flanco do dente O perfil do flanco do dente é caracterizado por parte de uma curva cicloidal chamada evolvente. A figura a seguir apresenta o processo de desenvolvimento dessa curva. O traçado prático da evolvente pode ser executado ao redor de um círculo, marcando-se a trajetória descrita por um ponto material definido no próprio fio. Quanto menor for o diâmetro primitivo (Dp), mais acentuada será a evolvente. Quanto maior for o diâmetro primitivo, menos acentuada será a evolvente, até que, em uma engrenagem de Dp infinito (cremalheira) a evolvente será uma reta. Neste caso, o perfil do dente será trapezoidal, tendo como inclinação apenas o ângulo de pressão (α).

52 Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais 52 Os dentes são dispostos transversalmente em forma de hélice em relação ao eixo. É usado em transmissão fixa de rotações elevadas por ser silenciosa devido a seus dentes estarem em componente axial de força que deve ser compensada pelo mancal ou rolamento. Serve para transmissão de eixos paralelos entre si e também para eixos que formam um ângulo qualquer entre si (normalmente 60 ou 90º). Parafuso sem-fim Os parafusos sem-fim são usados para transmitir potência entre eixos reversos. O ângulo formado entre os eixos é na grande maioria dos casos 90. Relações de transmissão relativamente altas podem ser obtidas satisfatoriamente num espaço mínimo, porém com sacrifício do rendimento, comparativamente com outros tipos de engrenagens. Nos parafusos sem-fim a rosca desliza em contato com os dentes da engrenagem helicoidal, evitando assim o efeito do impacto entre os dentes como nos casos dos outros tipos de engrenagem. Este efeito resulta num funcionamento silencioso se o projeto e fabricação forem adequados. Este deslizamento provoca um maior atrito, que pode levar algumas vezes a problemas de aquecimento e perda de rendimento. O parafuso sem-fim pode ter uma, duas, três ou mais entradas. O passo axial da rosca sem-fim e igual ao passo frontal da engrenagem helicoidal. O avanço é a distância axial que o parafuso se desloca em cada volta completa.

53 53 São usados quando se precisa obter grande redução de velocidade e conseqüente aumento de momento torsor. Quando o ângulo de inclinação (y) dos filetes for menor que 5º, o engrenamento é chamado de auto-retenção. Isto significa que o parafuso não pode ser acionado pela coroa. Nos engrenamentos sem-fim, como nas engrenagens helicoidais, aparecem forças axiais que devem ser absorvidas pelos mancais. Entre o sem-fim e a coroa produz-se um grande atrito de deslizamento. A fim de manter o desgaste e a geração de calor dentro dos limites, adequam-se os materiais do sem-fim (aço) e da coroa (ferro fundido ou bronze), devendo o conjunto funcionar em banho de óleo.

54 Relação de transmissão ( i ) 54 Para engrenagens em geral: Onde: Dp1 = diâmetro primitivo da roda motora Dp2 = diâmetro primitivo da roda movida Z1 = número de dentes da roda motora Z2 = número de dentes da roda movida Chavetas Chavetas são elementos utilizados para transmissão de torque e para união entre eixo e cubo. A maioria das chavetas são chavetas planas ou quadradas. As chavetas planas tem seção retangular, com a menor dimensão localizada na direção radial e podem ou não ser afiladas (em cunha). As chavetas quadradas tem seção quadrada e, igualmente podem ou não ser afiladas. Quando uma chaveta esta no lugar, o cubo faz pressão sobre a sua metade superior de um lado e árvore sobre sua metade inferior do outro lado, resultando um conjugado, que vai atuar tendendo virar a chaveta na sua sede. Diversas são as formas de unirmos o cubo com o eixo. As soluções devem ser tais que a união seja rígida ou móvel e preferencialmente provisória. Além disso, o tipo de esforço recebido ou transmitido também será fator decisivo na escolha da solução. Estes podem ser classificadas em duas categorias: esforços predominantemente axiais; esforços predominantemente tangenciais. Em ambos os casos o esforço pode ser transmitido do eixo ao cubo ou viceversa. Como exemplos típicos podem citar para o primeiro caso a união haste-pistão e, para o segundo, a união eixo engrenagem.

55 55 Chavetas de cunha (ABNT-PB-121) As ranhuras não devem ser muito profundas, no eixo, uma vez que a resistência diminui a medida que a ranhura se aprofunda, mas devem ser suficientemente profundas para oferecerem boa proporção. Existem tabelas em que encontram-se as dimensões da seção das chavetas retangulares e quadradas de acordo com o diâmetro do eixo. As chavetas tanto retangulares quanto quadradas podem ser afiladas para facilitar a montagem e retirada do lugar e também para permitir montar o cubo apertado (justo) contra árvore. O rasgo afilado e feito no cubo e não na árvore. A alta pressão provocada pelas chavetas afiladas resulta numa grande força de atrito que ajuda na transmissão da potência e pode ser tão grande a ponto de induzir tensões perigosas(quebrar o cubo). Chaveta encaixada (DIN 141, 490 e 6883) É uma chaveta bastante comum e sua forma corresponde ao tipo mais

56 56 simples de chaveta de cunha. Para facilitar seu emprego, o rasgo da árvore é sempre mais comprido que a chaveta. Chaveta plana (DIN 142 e 491) Sua forma é similar à da chaveta encaixada, porém, para sua montagem não se abre rasgo no eixo. É feito um rebaixo plano. Chaveta meia-cana (DIN 143 e 492) Sua base é côncava (com o mesmo raio do eixo). Sua inclinação é de 1:100, com ou sem cabeça. Não é necessário rasgo na árvore, pois transmite o movimento por efeito do atrito, de forma que, quando o esforço no elemento conduzido é muito grande, a chaveta desliza sobre a árvore. Chavetas embutidas Essas chavetas têm os extremos arredondados, conforme se observa na vista

57 57 superior da figura que segue. O rasgo para seu alojamento no eixo possui o mesmo comprimento da chaveta. As chavetas embutidas nunca têm cabeça. Chavetas tangenciais (DIN 268 e 271) São formadas por um par de cunhas, colocado em cada rasgo. São sempre utilizadas duas chavetas, e os rasgos são posicionados a 120º. Transmitem fortes cargas e são utilizadas, sobretudo, quando o eixo está submetido a mudança de carga ou golpes. Chavetas transversais São aplicadas em união de peças que transmitem movimentos rotativos e retilíneos alternativos. Quando as chavetas transversais são empregadas em uniões permanentes, sua inclinação varia entre 1:25 e 1:50. Se a união se submete a montagem e desmontagem freqüentes, a inclinação pode ser de 1:6 a 1:15.

58 Chaveta woodruff ou chaveta meia lua (DIN 496 e 6888) 58 A chaveta meia lua, e usada para pequenos esforços e, na maioria das vezes, para montagem eixo-cubo cônica, pois se adapta facilmente a conicidade do fundo do rasgo do elemento externo. Chavetas de pinos Um pino, cilíndrico ou cônico usado como chaveta, é chamado de chaveta de pino. Pode ser instalada longitudinalmente ou transversalmente em relação ao eixo. No primeiro caso a potência transmitida é menor do que no segundo. Chavetas de pino são fáceis de instalar e, quando montadas na posição transversal, são algumas vezes usadas como pinos de cisalhamento. Com os pinos cônicos obtém-se uma montagem mais firme. Outro tipo de pino são os chamados pinos elásticos, que consistem num pino cilíndrico vazado com um rasgo em um dos lados. Uma de suas extremidades é chanfrada para facilitar sua entrada no orifício que possui diâmetro menor, provocando o fechamento do rasgo. O pino exerce uma pressão contra as paredes do orifício produzindo seu travamento.

59 Chavetas paralelas ou lingüetas (DIN 269) 59 Uma lingüeta permite ao cubo mover-se ao longo da árvore, porém impede a rotação isolada do mesmo e é usada, por exemplo, para permitir o movimento de uma engrenagem para engate ou desengate e para ligar ou desligar uma embreagem de dentes. A lingüeta pode ser fixa na árvore ou no cubo. E preferível usar duas lingüetas deslocadas de 180º porque neste caso a força necessária para o deslocamento axial e bem menor. Essas chavetas têm as faces paralelas, portanto, não têm inclinação. A transmissão do movimento é feita pelo ajuste de suas faces laterais às laterais do rasgo da chaveta. Fica uma pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo do elemento conduzido. As chavetas paralelas não possuem cabeça. Quanto à forma de seus extremos, eles podem ser retos ou arredondados. Podem, ainda, ter parafusos para fixarem a chaveta ao eixo. Tolerâncias para chavetas O ajuste da chaveta deve ser feito em função das características do trabalho. A figura mostra os três tipos mais comuns de ajustes e tolerâncias para chavetas e rasgos.

60 60 Estrias ou Ranhuras A transmissão de momentos de torção elevados pode exigir um comprimento de chaveta muito grande. Podemos resolver este problema com o uso de duas ou mais chavetas o que com certeza enfraqueceria o eixo. A solução então e abrir várias chavetas eqüidistantes, diretamente no eixo e conseqüentemente são feitas canaleta no cubo. Desta forma, um eixo estriado é, na realidade, um eixo de chavetas múltiplas, com as chavetas nele incorporadas. Amplamente utilizada na indústria automobilística, as estrias apresentam como principais vantagens: transmissão de maior torque; maior resistência à fadiga; melhor alinhamento (balanceamento); melhor estabilidade em altas rotações. A execução de estrias em qualquer das seções de uma árvore de transmissão, além de substituir as chavetas, permite a transmissão de momentos muito elevados, de atuação cíclica ou com pesados choques. Para uma mesma transmissão, a árvore estriada é mais forte do que a árvore com chavetas. O perfil das estrias pode ser: De lados retos e paralelos ao eixo de simetria Esse tipo de perfil apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de pecas que serão montadas no eixo. Este tipo de estria e utilizada para transmitir grande força.

61 61 De lados com perfil evolvente Estas estrias apresentam vantagens sobre as anteriores, podendo-se citar como as principais, as seguintes: maior capacidade de carga, concentração de tensões bem mais reduzidas, centragem mais perfeita dada a tendência de autoalinhamento resultante da forma construtiva, possibilidade de execução em máquinas de grande produção e alta precisão. A figura abaixo apresenta o perfil típico, mostrando também as três possibilidades de centragem normalmente utilizadas. Acoplamentos Acoplamento é um conjunto mecânico, constituído de elementos de máquina, empregado na transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou eixoárvores. Emprega-se o acoplamento quando se deseja transmitir um momento de rotação (movimento de rotação e forças) de um eixo motor a outro elemento de máquina situado coaxialmente a ele.

62 62 Observação: Os acoplamentos que operam por atrito são chamados de embreagem (fricção) ou freios. Classificação dos acoplamentos Os acoplamentos classificam-se em permanentes e comutáveis. Os permanentes atuam continuamente e dividem-se em rígidos e flexíveis. Os comutáveis atuam obedecendo a um comando. Acoplamentos permanentes Os acoplamentos permanentes são usados para conectar eixos que durante o funcionamento da máquina ou equipamento não existe a necessidade de haver sua desconexão, o que só ocorrerá em caso de manutenção. São usados onde: a) os eixos das árvores são colineares; por exemplo: acoplamento de flange; b) os eixos das árvores se cruzam; por exemplo: junta universal; c) os eixos das árvores são paralelos; por exemplo: junta Oldham. Acoplamentos permanentes ligando árvores colineares são de dois tipos: rígidos e flexíveis. Por causa da dificuldade prática de colocar e manter duas árvores em alinhamento exato, um acoplamento rígido pode induzir tensões que acarretem falhas por fadiga.

63 Acoplamentos permanentes rígidos 63 Flanges O acoplamento por flange é o método clássico de conectar árvores e é adequada a transmissão de potência elevada em baixa velocidade. Para assegurar um alinhamento preciso, estes acoplamentos são feitos frequentemente, com uma protuberância que encaixa num rebaixo. Algumas vezes, o alinhamento é obtido, fazendo-se uma árvore ultrapassar o seu flange e avançar um pouco no furo do flange conjugado e, algumas vezes, faceando os flanges no lugar após terem sido colocados com interferência nas árvores. Os parafusos de ligação dos flanges devem suportar a carga que estão submetidos tão uniformemente quanto possível. Para isso devem ser encaixados precisamente e apertados firmemente. Para melhores resultados, os orifícios para parafusos devem ser alinhados e retificados no lugar. Observação: A união das luvas ou flanges à árvore é feita por chaveta, encaixe com interferência ou cones. Para transmissão de grandes potências usam-se os acoplamentos de disco ou os de pratos, os quais têm as superfícies de contato lisas ou dentadas. Acoplamento com luva de compressão ou de aperto Esse tipo de luva facilita a manutenção de máquinas e equipamentos, com a vantagem de não interferir no posicionamento das árvores, podendo ser montado e removido sem problemas de alinhamento.

64 64 Acoplamentos permanentes flexíveis Esses elementos são empregados para tornar mais suave a transmissão do movimento em árvores que tenham movimentos bruscos e quando não se pode garantir um perfeito alinhamento entre as árvores. Os acoplamentos elásticos são construídos em forma articulada, elástica ou articulada e elástica. Eixos ligeiramente desalinhados, conectados por acoplamentos rígidos, são forçados a sofrer inversão de tensão continuas, que podem induzir a uma ruptura progressiva. Uma pressão além do normal é exercida sobre os mancais, provocando superaquecimento e, possivelmente, problemas mais graves. Estes inconvenientes, provenientes da flexão dos eixos, são eliminados ou aliviados quando um acoplamento flexível é usado. Eles permitem pequenos desvios angulares e deslocamento dos eixos e, possuem também a capacidade de absorver alguns choques. Os acoplamentos flexíveis, consistem de dois cubos, um em cada eixo, projetados de modo que ambos se liguem com um elemento intermediário, flexível ou flutuante, ou ambas as coisas. Os eixos devem ser cuidadosamente alinhados pois estes são usados para absorver desalinhamentos casuais, tal como os que decorem do assentamento de pisos ou fundações, desgastes dos mancais, variações de temperatura ou uma deflexão anormal provocada por uma correia apertada demais.

65 Acoplamento elástico de pinos 65 Os elementos transmissores são pinos de aço com mangas de borracha. Acoplamento perflex Os discos de acoplamento são unidos perifericamente por uma ligação de borracha apertada por anéis de pressão. Esse acoplamento permite o jogo longitudinal de eixos. Acoplamento elástico de garras As garras, constituídas por tocos de borracha, encaixam-se nas aberturas do contra disco e transmitem o movimento de rotação.

66 Acoplamento elástico de fita de aço 66 Consiste de dois cubos providos de flanges ranhuradas, nos quais está montada uma grade elástica que liga os cubos. O conjunto está alojado em duas tampas providas de junta de encosto e de retentor elástico junto ao cubo. Todo o espaço entre os cabos e as tampas é preenchido com graxa. Apesar de esse acoplamento ser flexível, as árvores devem estar bem alinhadas no ato de sua instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviço. Acoplamento de dentes arqueados Os dentes possuem a forma ligeiramente curvada no sentido axial, o que permite até 3 graus de desalinhamento angular. O anel dentado (peça transmissora do movimento) possui duas carreiras de dentes que são separadas por uma saliência central. Acoplamentos Articulados Juntas universais (cardan) São acoplamentos usados na ligação de árvores que formam um ângulo permanente entre si. As juntas universais (junta cardan) consistem basicamente de

67 67 dois cubos que possuem cada um garfo os quais são ligados a uma cruzeta. As juntas universais ligando eixos que se cruzam possuem o inconveniente de não transmitirem o movimento a freqüência constante. Observação: árvores paralelas ligadas por uma junta universal dupla podem transmitir movimentos uniformes. Junta universal homocinética Esse tipo de junta é usado para transmitir movimento entre árvores que precisam sofrer variação angular, durante sua atividade. Essa junta é constituída de esferas de aço que são acomodadas em alojamentos específicos denominados calhas. Acoplamentos móveis (embreagem) São empregados para permitir a conexão e a desconexão das árvores sem a necessidade de desmontar o acoplamento. Esses acoplamentos transmitem força e

68 movimento somente quando acionados, isto é, são controlados por um comando. Existem dois tipos de embreagens: 68 Embreagens por adaptação de forma As embreagens de adaptação de forma são aquelas em que o movimento é transmitido de uma árvore para outra quando um cubo se conecta ao outro através do encaixe de um ou mais ressaltos (pinos, dentes, etc). As embreagens por adaptação de forma precisam de sincronismo para serem engatadas, ou seja, quando as duas árvores possuem a mesma velocidade (a velocidade de uma em relação a outra e igual a zero). Geralmente, esses acoplamentos são usados em aventais (carros de tornos) e caixas de engrenagens de máquinas-ferramenta convencionais. Embreagens por atrito As embreagens por atrito são aquelas em que o acoplamento se faz através do atrito entre duas ou mais superfícies. Este tipo de embreagem permite o acoplamento mesmo sem que haja sincronismo. Embreagem cônica Possui duas superfícies de fricção cônicas, uma das quais pode ser revestida com um material de alto coeficiente de atrito. A capacidade de torque de uma embreagem cônica é maior que a de uma embreagem de disco de mesmo diâmetro. Sua capacidade de torque aumenta com o decréscimo do ângulo entre o cone e o eixo. Esse ângulo não deve ser inferior a 8º para evitar o emperramento.

69 69 Embreagem de disco Consiste em anéis planos apertados contra um disco feito de material com alto coeficiente de atrito, para evitar o escorregamento quando a potência é transmitida. Normalmente a força é fornecida por uma ou mais molas e a embreagem é desengatada por uma alavanca. Tipos de acionamentos para embreagens Para que se possa conectar e desconectar as árvores são usados diversos tipos de acionamento das embreagens. Acionamento manual - por meio de alavancas ou pedais; Acionamento eletromagnético - por meio de solenóides ou bobinas;

70 Acionamento hidráulico - por meio de pistões hidráulicos; Acionamento pneumático - por meio de pistões pneumáticos; Acionamento por mola - através da pressão de uma mola. 70 Aplicações As embreagens podem ser usadas com diversas finalidades, dentre elas destacamos: Aceleração; Reversão de movimento; Mudança de velocidade; Segurança. Montagem de acoplamentos Os principais cuidados a tomar durante a montagem dos acoplamentos são: Colocar os flanges à quente, sempre que possível. Evitar a colocação dos flanges por meio de golpes: usar prensas ou dispositivos adequados. O alinhamento das árvores deve ser o melhor possível mesmo que sejam usados acoplamentos elásticos, pois durante o serviço ocorrerão os desalinhamentos a serem compensados. Fazer a verificação da folga entre flanges e do alinhamento e concentricidade do flange com a árvore. Certificar-se de que todos os elementos de ligação estejam bem instalados antes de aplicar a carga. Volantes São massas girantes instaladas em sistemas girantes de elementos de maquinas para agirem como um reservatório de energia cinética. Geralmente a função de um volante e controlar as flutuações de velocidade angular e do torque, que afetam a fonte de potência, carga ou ambos.

71 71 Com a utilização de volantes podemos obter uma ou mais das vantagens potenciais que seguem: 1. Amplitude reduzida da flutuação de velocidade: 2. Pico de torque motriz necessário reduzido; 3. Tensões reduzidas nos eixos, acoplamentos, e possivelmente em outros componentes do sistema; 4. Energia automaticamente armazenada e retirada conforme a necessidade durante o ciclo. Materiais de volantes Volantes de baixo desempenho com baixa velocidade podem ser feitos de, praticamente, qualquer material. Volantes de aros e raios, quando usados em baixas rotações, geralmente são confeccionados em ferro fundido, por motivos econômicos. Quando são necessárias velocidades um pouco mais elevadas, aço fundido pode ser usado pois apresenta propriedades de resistência melhores se comparados ao ferro fundido. Para velocidades operacionais elevadas deve ser dada atenção especial à forma geométrica, seleção do material, concentração de tensões, tensões residuais, etc. Pecas unidas por soldagem podem ser aplicadas na construção de volantes. Avanço recente com materiais compósitos com fibras geometricamente posicionadas tem mostrado um alto potencial para volantes. Compósitos de vidroepóxi, aço-epóxi e grafite-epóxi, apresentam uma alta capacidade de armazenar energia e um potencial de operação segura em altas velocidades.

72 ANEXO 72

73 Dimensionamento de correias 73 Velocidade tangencial Onde: Diâmetro da polia Rotação da polia Velocidade tangencial d em (m) n em (rpm) (m/min) Cálculo da potência de projeto Nproj: potência de projeto. Fs: fator de serviço, função da aplicação. Nm: potência nominal do motor.

74 74 Relação de transmissão Comprimento da correia

75 75 Fator de correção do arco de contato Cálculo da quantidade de correias

76 76

77 Comprimentos padronizados para correias trapezoidais 77

Parafusos. Rosca. Formas padronizadas de roscas

Parafusos. Rosca. Formas padronizadas de roscas 4 Parafusos São elementos de máquinas usados em uniões provisórias ou desmontáveis, ou seja, quando permitem a desmontagem e montagem com facilidade sem danificar as pecas componentes. Exemplo: a união

Leia mais

As molas são usadas, principalmente, nos casos de armazenamento de energia, amortecimento de choques, distribuição de cargas, limitação de vazão,

As molas são usadas, principalmente, nos casos de armazenamento de energia, amortecimento de choques, distribuição de cargas, limitação de vazão, MOLAS As molas são usadas, principalmente, nos casos de armazenamento de energia, amortecimento de choques, distribuição de cargas, limitação de vazão, preservação de junçõeses ou contatos. MOLAS HELICOIDAIS

Leia mais

ELEMENTOS ELÁSTICOS MOLAS

ELEMENTOS ELÁSTICOS MOLAS ELEMENTOS ELÁSTICOS MOLAS Uma mola é um objeto elástico flexível usado para armazenar a energia mecânica. As molas são feitas de arame geralmente tendo como matéria prima mais utilizada o aço temperado.

Leia mais

Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico

Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Módulo IV Aula 03 Conjuntos O desenho de conjunto representa um grupo de peças montadas tais como: dispositivos, ferramentas, máquinas, motores, equipamentos

Leia mais

Elementos de Máquinas

Elementos de Máquinas Elementos de Máquinas O que são Elementos Orgânicos de Máquinas? São componentes que possuem funções como fixar, apoiar outras peças ou componentes, transmitir potência, realizar vedações ou conferir certa

Leia mais

Capítulo I: Elementos de Fixação

Capítulo I: Elementos de Fixação Capítulo I: Elementos de Fixação Profª. Luziane M. Barbosa 1 Profª. Luziane M. Barbosa 2 1 Profª. Luziane M. Barbosa 3 Uniões Móveis Permanentes Profª. Luziane M. Barbosa 4 2 PINOS Funções: Possibilitar

Leia mais

- MANCAIS - Mancal é um suporte que serve de apoio para eixos e rolamentos que são elementos girantes em máquinas.

- MANCAIS - Mancal é um suporte que serve de apoio para eixos e rolamentos que são elementos girantes em máquinas. Definição :.. - MANCAIS - Mancal é um suporte que serve de apoio para eixos e rolamentos que são elementos girantes em máquinas. Os mancais classificam-se em duas categorias : Mancais de Deslizamentos

Leia mais

Universidade de Fortaleza Centro de Ciencias Tecnologicas Curso de Engenharia deprodução/mecânica. Desenho Mecânico. Prof.

Universidade de Fortaleza Centro de Ciencias Tecnologicas Curso de Engenharia deprodução/mecânica. Desenho Mecânico. Prof. Universidade de Fortaleza Centro de Ciencias Tecnologicas Curso de Engenharia deprodução/mecânica Desenho Mecânico Prof. José Rui Barbosa Componentes mecânicos Elementos de ligação - Roscas - Parafusos

Leia mais

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Unidade 3 Roscas e Elementos de Máquinas Professor: Leonardo Mendes da Silva 1. Engrenagens: Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio ELMA3 AULA 5 Prof. Carlos Fernando Dispositivos de Fixação Pinos, Cupilhas, Cavilhas, Roscas, Mancais de Deslizamento

Leia mais

Eixos e árvores Projeto para eixos: restrições geométricas. Aula 8. Elementos de máquinas 2 Eixos e árvores

Eixos e árvores Projeto para eixos: restrições geométricas. Aula 8. Elementos de máquinas 2 Eixos e árvores Eixos e árvores Projeto para eixos: restrições geométricas Aula 8 Elementos de máquinas 2 Eixos e árvores 1 Acoplamentos o São elementos utilizados para interligação de eixos, tendo as seguintes funções:

Leia mais

Rendimentos em Transmissões Mecânicas

Rendimentos em Transmissões Mecânicas Rendimentos em Transmissões Mecânicas NOME: Lucas Ribeiro Machado O que é Transmissões Mecânicas Transmissão mecânica são equipamentos ou mecanismo que tem a função de transmitir potência, torque ou rotação

Leia mais

Elementos de Transmissão Correias

Elementos de Transmissão Correias Elementos de Transmissão Correias Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. Transmissão por polias e correias Transmissão por polias e correias As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo

Leia mais

PRÁTICA DE OFICINA - AULA OPERAÇÕES BÁSICAS NO TORNEAMENTO 1 - TORNEAMENTO

PRÁTICA DE OFICINA - AULA OPERAÇÕES BÁSICAS NO TORNEAMENTO 1 - TORNEAMENTO 1 PRÁTICA DE OFICINA - AULA 01-2015-1 OPERAÇÕES BÁSICAS NO TORNEAMENTO 1 - TORNEAMENTO Processo mecânico de usinagem destinado a obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou mais ferramentas

Leia mais

IMETEX ÍNDICE. PDF created with pdffactory trial version

IMETEX ÍNDICE. PDF created with pdffactory trial version Assunto ÍNDICE Página 1 - INFORMAÇÕES GERAIS...2 1.1 - Introdução...2 1.2 - Vantagens...2 1.3 - Campos de Aplicação...2 1.4 - Exemplos de aplicação...3 2 - EXECUÇÃO DAS BUCHAS DE PRESSÃO...4 2.1 - Formas...4

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica. Eixos e árvores

Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica. Eixos e árvores Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica Eixos e árvores Introdução 1.1 Conceitos fundamentais 1.2 Considerações sobre fabricação 1.3 Considerações sobre projeto

Leia mais

Elementos de máquina. Curso Técnico Concomitante em Mecânica 3º módulo. Diego Rafael Alba

Elementos de máquina. Curso Técnico Concomitante em Mecânica 3º módulo. Diego Rafael Alba E Curso Técnico Concomitante em Mecânica 3º módulo Diego Rafael Alba 1 Roscas É um conjunto de filetes em torno de uma superfície cilíndrica; Podem ser internas e externas. 2 Perfil de rosca Triangular;

Leia mais

Rolamentos. Rolamentos Autocompensadores de Esferas. Rolamentos Rígidos de Esferas

Rolamentos. Rolamentos Autocompensadores de Esferas. Rolamentos Rígidos de Esferas Rolamentos Desde a invenção da roda as civilizações mais antigas tinham a necessidade de substituir o atrito e o deslizamento provocado pelos contatos que dois materiais causavam. Relatos de que os Romanos

Leia mais

Classificação dos parafusos quanto à função:

Classificação dos parafusos quanto à função: Classificação dos parafusos quanto à função: Os parafusos podem ser classificados quanto a sua função em quatro grandes grupos: parafusos passantes, parafusos não-passantes, parafusos de pressão, parafusos

Leia mais

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO II. Aula 02 Mancais, Anéis Elásticos e Retentores. Desenho Técnico Mecânico II

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO II. Aula 02 Mancais, Anéis Elásticos e Retentores. Desenho Técnico Mecânico II DESENHO TÉCNICO MECÂNICO II Aula 02 Mancais, Anéis Elásticos e Retentores 1.0. Mancais 1.1. Definição: Mancais são elementos que servem de apoio para eixos girantes, deslizantes ou oscilantes e que suportam

Leia mais

Rolamentos Rígidos de Esferas

Rolamentos Rígidos de Esferas Rolamentos Rígidos de Esferas Os rolamentos de esferas são extremamente comuns, pois eles podem lidar com ambas as cargas, radiais e axiais e são os mais amplamente utilizados devido a um conjunto de fatores:

Leia mais

O carro de boi foi um meio de transporte

O carro de boi foi um meio de transporte A U A UL LA Mancais Introdução O carro de boi foi um meio de transporte típico em certas regiões brasileiras. Hoje é pouco utilizado. O carro de boi é uma construção simples, feita de madeira, e consta

Leia mais

Módulo 08 DESENHO TÉCNICO. Luiz Fontanella

Módulo 08 DESENHO TÉCNICO. Luiz Fontanella Módulo Luiz Fontanella 2 ÍNDICE SCRIÇÃO PÁG. ÍNDICE 2 ROSCAS 3 TIPOS 4 SENTIDO DIREÇÃO 4 NOMENCLATURA 5 ROSCAS TRIANGULARES 5 o ROSCA MÉTRICA 6 o ROSCA WHITWORTH 6 PARAFUSOS 7 PARAFUSOS PASSANTES 7 PARAFUSOS

Leia mais

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO II. Aula 01 Chavetas, rebites, molas, polias e correias. Desenho Técnico Mecânico II

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO II. Aula 01 Chavetas, rebites, molas, polias e correias. Desenho Técnico Mecânico II DESENHO TÉCNICO MECÂNICO II Aula 01 Chavetas, rebites, molas, polias e correias 1.0. Chavetas 1.1. Definição: Chavetas são elementos mecânicos que permitem a transmissão do movimento de um eixo para cubos

Leia mais

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia. Prof.: Carlos

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia. Prof.: Carlos Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Campos de Presidente Epitácio LIDIANE FERREIRA Trabalho apresentado na disciplina de Elementos de Maquinas do Curso de Automação Industrial 3º módulo

Leia mais

União de materiais utilizados na construção de máquinas agrícolas

União de materiais utilizados na construção de máquinas agrícolas Universidade Estadual do Norte Fluminense Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias Laboratório de Engenharia Agrícola EAG 03204 Mecânica Aplicada * União de materiais utilizados na construção de

Leia mais

Mateus de Almeida Silva. Meca 3º ano. Tipos de Rolamentos e Aplicações. Rolamento

Mateus de Almeida Silva. Meca 3º ano. Tipos de Rolamentos e Aplicações. Rolamento Mateus de Almeida Silva. Meca 3º ano Tipos de Rolamentos e Aplicações Rolamento A função do rolamento é minimizar a fricção entre as peças móveis da máquina e suportar uma carga. A maioria dos rolamentos

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio TDUA2 Aula 2 Prof. Carlos Fernando Torno Mecânico Peças e Acessórios do Torno Mecânico. Operações Realizadas com

Leia mais

TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA

TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA TORNO MEC. HORIZONTAL (NOMENCL./CARACT./ACESSÓRIOS) DEFINIÇÃO: É a máquina-ferramenta usada para trabalhos de torneamento, principalmente de metais que, através da realização

Leia mais

Aplicações Mecânicas Aula 3

Aplicações Mecânicas Aula 3 Aplicações Mecânicas Aula 3 Ementa CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2. Correias 2.1. Tipos 2.2. Características geométricas da transmissão por correia Elementos flexíveis - Correia A correia é um elemento de transmissão

Leia mais

Esteiras Série E50LF

Esteiras Série E50LF Esteiras Série E50LF Série E50LF: Especialmente desenvolvida para a indústria alimentícia, a série E50LF possui sistema de dentes cônicos arredondados e superfície inferior lisa com nervura central que

Leia mais

UNIRONS. Esteiras Série E50LF

UNIRONS. Esteiras Série E50LF UNIRONS s Série E50LF Série E50LF: Especialmente desenvolvida para a indústria alimentícia, a série E50LF possui sistema de dentes cônicos arredondados e superfície inferior lisa com nervura central que

Leia mais

Auxiliar de Manutenção Mecânica - FIC 25 de Novembro de 2016 Estudo Dirigido Prof. David Roza José Aluno(a):

Auxiliar de Manutenção Mecânica - FIC 25 de Novembro de 2016 Estudo Dirigido Prof. David Roza José Aluno(a): Auxiliar de Manutenção Mecânica - FIC 25 de Novembro de 2016 Estudo Dirigido Prof. David Roza José Aluno(a): NOTA 1. A união de peças é feita com elementos de máquinas de: (a) transmissão; (b) fixação;

Leia mais

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241)

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241) ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241) Notas de Aulas v.2015 Aula 10 Uniões Eixo-Eixo Professores: Ernesto Massaroppi Junior Jonas de Carvalho Carlos Alberto Fortulan 10. 2 São Carlos 10 - Uniões Eixo com Eixo

Leia mais

3. TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

3. TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA 8 3. TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA Os mecanismos de transmissão estão presentes em várias partes das máquinas e implementos agrícolas, transferindo potência e movimento, podendo atuar também como elemento de

Leia mais

Transmissão por correia e polia

Transmissão por correia e polia IFSP - instituto federal Nome: Yan Conrado Curso: automação industrial Período: noite Prontuário: 1310747 Transmissão por correia e polia São elementos de máquina que se movem com um movimento de rotação

Leia mais

Esteiras Série E25LF

Esteiras Série E25LF Esteiras Série E25LF Série E25LF: As esteiras da série E25LF tem funcionamento suave e são indicadas para aplicações onde se requer cuidados com os produtos, embaladoras e uso geral. Disponíveis com superfícies

Leia mais

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I Aula 10 Mancais e componentes: mancais de rolamentos, anéis elásticos, retentores Notas de Aulas 2018 SEM 0564 - DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I André Ferreira Costa Vieira andrefvieira@usp.br MANCAIS São elementos

Leia mais

Cálculo Simplificado de Parafusos

Cálculo Simplificado de Parafusos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL MECÂNICA CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA Cálculo Simplificado de Parafusos Prof. Eng. Mec. Norberto Moro

Leia mais

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0502)

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0502) DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0502) Aula 10 Tolerância de forma e posição, roscas, parafusos e porcas 10. 02 Aula 10 Tolerância de forma e posição, roscas, parafusos e porcas TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA: FORMA

Leia mais

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I SEM 0564 - DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I Notas de Aulas v.2016 Aula 09 Componentes de transmissão e união I: eixos, chavetas, polias, correias Prof. Assoc. Carlos Alberto Fortulan Departamento de Engenharia

Leia mais

Curso: Código: CTM.010 Componente Curricular: Período Letivo: Carga Horária total: Objetivos do componente curricular: Gerais Específicos:

Curso: Código: CTM.010 Componente Curricular: Período Letivo: Carga Horária total: Objetivos do componente curricular: Gerais Específicos: Curso: Técnico em Mecânica Concomitante Código: CTM.010 Componente Curricular: Elementos de Máquinas Período Letivo: Carga Horária total: 45 horas (54 aulas) 2 módulo Carga Horária Teoria: 30 horas (36

Leia mais

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Oficina Mecânica para Automação - OMA

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Oficina Mecânica para Automação - OMA II. AJUSTE & TOLERÂNCIA: Livro recomendado: Tolerâncias, Ajustes, Desvios e Análise de Dimençôes. Autores: Osvaldo Luiz Agostinho; Antonio Carlos dos Santos Rodrigues e Joâo Lirani. Editora Edgard Blucher

Leia mais

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I SEM 0564 - DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I Notas de Aulas v.2016 Aula 09 Componentes de transmissão e união I: eixos, chavetas, pinos, cavilhas, polias e correias Prof. Assoc. Carlos Alberto Fortulan Departamento

Leia mais

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 30/08/2009

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 30/08/2009 Questão 1 Conhecimentos Específicos - Fabricação Sobre a montagem de engrenagens para abertura de roscas em um torno, é correto afirmar: Deve-se garantir que a folga entre os dentes das engrenagens seja

Leia mais

SEM534 Processos de Fabricação Mecânica. Professor - Renato G. Jasinevicius. Aula: Máquina ferramenta- Torno. Torno

SEM534 Processos de Fabricação Mecânica. Professor - Renato G. Jasinevicius. Aula: Máquina ferramenta- Torno. Torno SEM534 Processos de Fabricação Mecânica Professor - Renato G. Jasinevicius Aula: Máquina ferramenta- Torno Torno Torno Existe uma grande variedade de tornos que diferem entre si pelas dimensões, características,

Leia mais

COMPONENTES MECÂNICOS

COMPONENTES MECÂNICOS CABOS DE AÇO Cabos são elementos de transmissão que suportam cargas (força de tração), deslocando-as nas posições horizontal, vertical ou inclinada. Os cabos são muito empregados em equipamentos de transporte

Leia mais

Esteiras Série E25LF

Esteiras Série E25LF Esteiras Série E25LF Série E25LF: As esteiras da série E25LF tem funcionamento suave e são indicadas para aplicações onde se requer cuidados com os produtos, embaladoras e uso geral. Disponíveis com superfícies

Leia mais

Esteiras Série E25LF

Esteiras Série E25LF Esteiras Série E25LF Série E25LF: As esteiras da série E25LF tem funcionamento suave e são indicadas para aplicações onde se requer cuidados com os produtos, embaladoras e uso geral. Disponíveis com superfícies

Leia mais

Acesse:

Acesse: Segurando as pontas As operações de tornear superfícies cilíndricas ou cônicas, embora simples e bastante comuns, às vezes apresentam algumas dificuldades. É o que acontece, por exemplo, com peças longas

Leia mais

APLICAÇÕES. Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias. Transmissão de carro. Redutor de velocidade. Relógios

APLICAÇÕES. Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias. Transmissão de carro. Redutor de velocidade. Relógios APLICAÇÕES Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias.. Transmissão de carro Redutor de velocidade Relógios 1 CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DEFINIÇÃO: Engrenagens são rodas com dentes padronizados

Leia mais

Avaliação de Sistemas de Industriais. Prof. Herbert Oliveira Guimarães

Avaliação de Sistemas de Industriais. Prof. Herbert Oliveira Guimarães Avaliação de Sistemas de Industriais 2016-2 1 Aula 11 Noções de elementos de máquinas Elementos de transmissão flexíveis 2 Avaliação de Sistemas de Industriais Elementos de transmissão flexíveis Conceitos

Leia mais

MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE AULA 2 E 3 ORGÃOS FLEXÍVEIS DE ELEVAÇÃO

MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE AULA 2 E 3 ORGÃOS FLEXÍVEIS DE ELEVAÇÃO MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE AULA 2 E 3 ORGÃOS FLEXÍVEIS DE ELEVAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Correntes Soldadas de Carga As correntes soldadas são formadas por elos ovais. As principais dimensões dos elos

Leia mais

ROLAMENTOS PARA EQUIPAMENTOS VIBRATÓRIOS

ROLAMENTOS PARA EQUIPAMENTOS VIBRATÓRIOS ROLAMENTOS PARA EQUIPAMENTOS VIBRATÓRIOS Alta performance em equipamentos vibratórios Rolamentos para Equipamentos Vibratórios Designações dos rolamentos NSK para equipamentos vibratórios Rolamentos para

Leia mais

Buchas ETP O mecanismo de fixação ideal para todo tipo de conexões eixo e cubo

Buchas ETP O mecanismo de fixação ideal para todo tipo de conexões eixo e cubo Buchas ETP O mecanismo de fixação ideal para todo tipo de conexões eixo e cubo As buchas ETP são mecanismos de fixação que, apesar de simples, tem tido sua eficiência comprovada através de anos de uso.

Leia mais

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241)

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241) ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241) Notas de Aulas v.2018 Aula 11 Mancais de rolamentos Professores: Ernesto Massaroppi Junior Jonas de Carvalho Carlos Alberto Fortulan 11. 2 São Carlos 11 Mancais de Rolamento

Leia mais

TIPOS DE CONECTORES. Conector: Meio de união que trabalha através de furos feitos nas chapas.

TIPOS DE CONECTORES. Conector: Meio de união que trabalha através de furos feitos nas chapas. ESTRUTURAS METÁLICAS LIGAÇÕES COM CONECTORES Prof. Alexandre Augusto Pescador Sardá TIPOS DE CONECTORES Conector: Meio de união que trabalha através de furos feitos nas chapas. Rebites; Parafusos comuns;

Leia mais

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I SEM 0564 - DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I Notas de Aulas v.2016 Aula 11 Componentes de transmissão e união II: engrenagens, pinos, cavilhas. Prof. Assoc. Carlos Alberto Fortulan Departamento de Engenharia

Leia mais

Soldagem por fricção. Daniel Augusto Cabral -

Soldagem por fricção. Daniel Augusto Cabral - Soldagem por fricção Daniel Augusto Cabral - E-mail: daniel_pirula@yahoo.com.br 1. Princípios do processo A norma DVS 2909 declara a soldagem de fricção um grupo de procedimentos de soldagem a pressão.

Leia mais

Acessórios de fixação

Acessórios de fixação Acessórios de fixação Fábrica de Mancais Curitiba Ltda Copyright FCM 2017 Publicação Catálogo nº 23 Julho de 2017 Acessórios de fixação Os acessórios de fixação fabricados pela FCM são elementos de máquinas

Leia mais

Aula 04 - Atuadores pneumáticos atuadores lineares e rotativos

Aula 04 - Atuadores pneumáticos atuadores lineares e rotativos Aula 04 - Atuadores pneumáticos atuadores lineares e rotativos 1 - INTRODUÇÃO Os atuadores pneumáticos são componentes que transformam a energia do ar comprimido em energia mecânica, isto é, são elementos

Leia mais

Elementos de Máquinas

Elementos de Máquinas Professor: Leonardo Leódido Sumário Conceitos Classificação Tipos Conceitos Função: Elementos de vedação são peças que impedem a saída de fluido de um ambiente fechado. Evitar poluição do ambiente. Geralmente,

Leia mais

Pinos e cupilhas. Pinos e cavilhas

Pinos e cupilhas. Pinos e cavilhas A U A UL LA Pinos e cupilhas Introdução Até agora você estudou rebites que constituem um dos principais elementos de fixação. Mas existem outros elementos que um mecânico deve conhecer como pinos, cavilhas

Leia mais

FKB INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS LTDA. COMPORTAS TIPO ADUFA DE PAREDE VCO-21

FKB INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS LTDA. COMPORTAS TIPO ADUFA DE PAREDE VCO-21 Descrição Geral As Comportas tipo Adufa de Parede FKB (VCO-21) são fabricadas conforme norma AWWA C561 e tem como função o controle e/ou bloqueio na vazão de fluidos. São desenvolvidas para instalação

Leia mais

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I SEM 0564 - DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I Notas de Aulas v.2017 Aula 07 Componentes de fixação: parafusos, porcas, rebites e Soldas (noções de simbologia) Prof. Assoc. Carlos Alberto Fortulan Departamento

Leia mais

Pinos e cupilhas. Pinos e cavilhas

Pinos e cupilhas. Pinos e cavilhas A U A UL LA Pinos e cupilhas Introdução Até agora você estudou rebites que constituem um dos principais elementos de fixação. Mas existem outros elementos que um mecânico deve conhecer como pinos, cavilhas

Leia mais

No license: PDF produced by PStill (c) F. Siegert -

No license: PDF produced by PStill (c) F. Siegert - A maioria das falhas em máquinas são devido a cargas que variam com o tempo do que com cargas estáticas. Estas falhas ocorrem tipicamente a níveis de tensões significantemente menores do que as resistências

Leia mais

ESTRUTURAS METÁLICAS DE AÇO

ESTRUTURAS METÁLICAS DE AÇO ESTRUTURAS METÁLICAS DE AÇO LIGAÇÕES POR CONECTORES Edson Cabral de Oliveira TIPOS DE CONECTORES E DE LIGAÇÕES O conector é um meio de união que trabalha através de furos feitos nas chapas. Tipos de conectores:

Leia mais

Anel de fixação MMP - Principais Características

Anel de fixação MMP - Principais Características Anel de fixação MMP - Principais Características Os anéis de fixação MMP oferecem as vantagens de um sistema de ajuste forçado, com uma simplificada instalação e remoção. Estão baseados no sistema de cunha:

Leia mais

Flange/Eixo de Entrada. Bucha de Redução. B14 Flange Tipo C-DIN. N Sem Bucha. B5 Flange Tipo FF. B1 Bucha Simples. Flange de Saída 136

Flange/Eixo de Entrada. Bucha de Redução. B14 Flange Tipo C-DIN. N Sem Bucha. B5 Flange Tipo FF. B1 Bucha Simples. Flange de Saída 136 ibr qdr IBR q IBR qdr IBR qp IBR r IBR m IBR c IBR p IBR H IBR x variadores TRANS. ANGULARES motor acopla. Torques de até 1800 N.m Fabricada com a união de dois redutores com engrenagens do tipo coroa

Leia mais

SEM 0343 Processos de Usinagem. Professor: Renato Goulart Jasinevicius

SEM 0343 Processos de Usinagem. Professor: Renato Goulart Jasinevicius SEM 0343 Processos de Usinagem Professor: Renato Goulart Jasinevicius Torno Torno Existe uma grande variedade de tornos que diferem entre si pelas dimensões, características, forma construtiva, etc. Critérios

Leia mais

Acesse:

Acesse: Feitos um para o outro Existem muitas coisas nesse mundo que foram feitas uma para a outra: arroz com feijão, goiabada com queijo, a porca e o parafuso. Na aula passada, você estudou que para fazer aquela

Leia mais

helicoidais. Nesta aula vamos continuar nosso estudo sobre as molas.veremos

helicoidais. Nesta aula vamos continuar nosso estudo sobre as molas.veremos A UU L AL A Molas ll Na aula passada você conheceu as molas helicoidais. Nesta aula vamos continuar nosso estudo sobre as molas.veremos o que são molas planas. Introdução Molas planas As molas planas são

Leia mais

O que é uma cremalheira?

O que é uma cremalheira? Cremalheiras O que é uma cremalheira? Peça mecânica que consiste numa barra ou trilho dentado que, com o auxílio de uma engrenagem do mesmo passo (módulo), exerce/transforma movimentos retilínios (cremalheira)

Leia mais

FEPI. Fresamento. Surgiu em , Page 1 Tecnologia Mecânica II

FEPI. Fresamento. Surgiu em , Page 1 Tecnologia Mecânica II Fresamento A Fresagem ou o Fresamento é um processo de usinagem mecânica, feito através de uma máquina chamada FRESADORA e ferramentas especiais chamadas de FRESAS. Surgiu em 1918 28.09.2009, Page 1 Fresadora

Leia mais

Acesse:

Acesse: Uma questão de exatidão Como você viu na Aula 30, o furo executado com a broca geralmente não é perfeito a ponto de permitir ajustes de exatidão, com rigorosa qualidade de usinagem. Isso pode ser um problema,

Leia mais

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação Acoplamento Introdução Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, percebeu um estranho ruído na roda. Preocupada, procurou um mecânico. Ao analisar o problema, o mecânico concluiu que o defeito estava

Leia mais

Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca. Desandadores

Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca. Desandadores Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca Rosca Sistema Métrico Normal Fina Machos de roscar Rosca Sistema Whitworth Para Parafusos Normal - BSW Fina - BSF Para Tubos - BASP - BSPT Rosca

Leia mais

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I AULA 8 - ELEMENTOS DE MÁQUINA (UNIÃO E FIXAÇÃO) Notas de Aulas v.2015 ELEMENTOS DE FIXAÇÃO REBITES ELEMENTOS DE FIXAÇÃO REBITES ELEMENTOS DE FIXAÇÃO REBITES Costuras:

Leia mais

Dispositivos de Fixação

Dispositivos de Fixação Catálogo Eletrônico VE-001-FIX www.fcm.ind.br Dispositivos de Fixação Copyright FCM 2001 O conteúdo deste catálogo é de propriedade da empresa FCM - Fábrica de Mancais Curitiba Ltda., sendo proibida a

Leia mais

Rua do Manifesto, Ipiranga - São Paulo Fone: +55 (11)

Rua do Manifesto, Ipiranga - São Paulo Fone: +55 (11) 291 Compassos para Ferramenteiros com Pernas Cilíndricas, Mola e Parafuso de Ajuste Fino Séries 274, 275, 277 75, 150mm / 3, 6" Os Compassos Starrett para ferramenteiros são as mais finas ferramentas do

Leia mais

Elementos Elásticos. Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc.

Elementos Elásticos. Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. Elementos Elásticos Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. Introdução Ao longo da historia a mola sempre exerceu um importante papel no desenvolvimento de equipamentos que sofrem força. A mola esta presente desde

Leia mais

PROJETO MECÂNICO (SEM 0347)

PROJETO MECÂNICO (SEM 0347) PROJETO MECÂNICO (SEM 0347) Notas de Aulas v.2017 Aula 12 Transmissão Professor: Carlos Alberto Fortulan Transmissão A transmissão de potência é um recurso empregado para transmitir energia de um eixo

Leia mais

Torques de até 1400 N.m. IBR q IBR qdr IBR qp IBR r IBR m IBR c IBR p IBR H IBR x variadores TRANS. A Direito. A Direito. N Sem Bucha.

Torques de até 1400 N.m. IBR q IBR qdr IBR qp IBR r IBR m IBR c IBR p IBR H IBR x variadores TRANS. A Direito. A Direito. N Sem Bucha. ibr qp IBR q IBR qdr IBR qp IBR r IBR m IBR c IBR p IBR H IBR x variadores TRANS. ANGULARES motor acopla. Torques de até 1400 N.m Fabricado com a união de dois redutores, sendo um com engrenagens do tipo

Leia mais

APLICAÇÕES. Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias. Transmissão de carro. Redutor de velocidade. Relógios

APLICAÇÕES. Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias. Transmissão de carro. Redutor de velocidade. Relógios APLICAÇÕES Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias.. Transmissão de carro Redutor de velocidade Relógios 1 CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DEFINIÇÃO: Engrenagens são rodas com dentes padronizados

Leia mais

Esteiras Série E25C. Esteiras: Série E25C - Página 1 de 15

Esteiras Série E25C. Esteiras: Série E25C - Página 1 de 15 Esteiras Série E5C Série E5C: As esteiras da série E5C foram desenvolvidas para aplicações em percursos curvos ou retos. Seus módulos com aberturas lado a lado facilitam a limpeza. Essas esteiras são mais

Leia mais

Rolamentos com duas fileiras. de esferas de contato radial 262

Rolamentos com duas fileiras. de esferas de contato radial 262 Rolamentos com duas fileiras de esferas Rolamentos com duas fileiras de esferas de contato radial 262 Definições e aptidões 262 Séries 262 Tolerâncias e jogos 262 Elementos de cálculo 263 Sufixos 263 Características

Leia mais

FKB INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS LTDA.

FKB INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS LTDA. Descrição Geral As Comportas de Canal FKB modelo VCO-17 tem como função o bloqueio e/ou controle na vazão de fluídos, de modo simples e econômico. São equipamentos Compactos e Leves para instalação diretamente

Leia mais

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GRELHAS VIBRATÓRIAS - ZL EQUIPAMENTOS.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GRELHAS VIBRATÓRIAS - ZL EQUIPAMENTOS. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS. 1. APLICAÇÃO. As grelhas vibratórias projetadas e confeccionadas, pela ZL Equipamentos, foram especialmente desenvolvidos para instalações onde o volume de finos do material bruto

Leia mais

Anel de fixação MMP - Principais Características

Anel de fixação MMP - Principais Características Anel de fixação MMP - Principais Características Os anéis de fixação MMP oferecem as vantagens de um sistema de ajuste forçado, com uma simplificada instalação e remoção. Estão baseados no sistema de cunha:

Leia mais

3 DIMENSIONAMENTO À TRAÇÃO SIMPLES 3.1 CONCEITOS GERAIS 3.2 EQUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO FORÇA AXIAL RESISTENTE DE CÁLCULO

3 DIMENSIONAMENTO À TRAÇÃO SIMPLES 3.1 CONCEITOS GERAIS 3.2 EQUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO FORÇA AXIAL RESISTENTE DE CÁLCULO 3 DIMENSIONAMENTO À TRAÇÃO SIMPLES As condições para o dimensionamento de peças metálicas à tração simples estão no item 5.2 da NBR 8800. Essa seção (seção 5) da NBR trata do dimensionamento de elementos

Leia mais

Aula Processos de usinagem de roscas -

Aula Processos de usinagem de roscas - Aula 14 - Processos de usinagem de roscas - Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima Stoeterau Processo de Usinagem de Roscas Processos de Usinagem Rosqueamento Definição: processo de usiangem cujo a função é produzir

Leia mais

FKB INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS LTDA.

FKB INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS LTDA. Descrição Geral As Comportas de Parede FKB modelo VCO-19 tem como função o bloqueio e/ou controle na vazão de fluídos, de modo simples e econômico. São equipamentos Compactos e Leves para instalação diretamente

Leia mais

Conteúdo. Resistência dos Materiais. Prof. Peterson Jaeger. 3. Concentração de tensões de tração. APOSTILA Versão 2013

Conteúdo. Resistência dos Materiais. Prof. Peterson Jaeger. 3. Concentração de tensões de tração. APOSTILA Versão 2013 Resistência dos Materiais APOSTILA Versão 2013 Prof. Peterson Jaeger Conteúdo 1. Propriedades mecânicas dos materiais 2. Deformação 3. Concentração de tensões de tração 4. Torção 1 A resistência de um

Leia mais

TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA

TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA DEFINIÇÃO: COSSINETES São ferramentas de corte construídas de aço especial, com rosca temperada e retificada; é similar a uma porca, com cortes radiais dispostos convenientemente

Leia mais

Guias com Esferas Recirculantes

Guias com Esferas Recirculantes Guias com Esferas Recirculantes As buchas guia com esferas recirculantes BOLEXP são constituídas de um invólucro de aço para rolamento, temperado e retificado, que mantém esferas correndo dentro de um

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS TÉCNICOS CÓD. 08

PROVA DE CONHECIMENTOS TÉCNICOS CÓD. 08 8 PROVA DE CONHECIMENTOS TÉCNICOS CÓD. 08 QUESTÃO 21: São tipos de manutenção: a) Preventiva, Corretiva, Preditiva b) Preventiva, Temporária, Corretiva c) Corretiva, Casual, Programada d) Previsiva, Corretiva,

Leia mais