UNIP-Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto. Intertextualidade
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1 UNIP-Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto Intertextualidade Geraldo Domingos Cossalter Ribeirão Preto, 13 de setembro de
2 1 Geraldo Domingos Cossalter RA- B Trabalho Intertextualidade, Apresentado a Professora Dra. Ana Dorotéia Arantes Medeiros, da disciplina Comunicação e expressão da turma DR2B18 Série 02, turno da manhã, do curso de Direito. Unip - Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto SP Ribeirão Preto, 13 de setembro de 2013.
3 2 SUMÁRIO: 1) Introdução...Pg 3 2) Intertextualidade...Pg 4,5,6,7,8 3)Intertextualidade implícita...pg 8 4)Intertextualidade explícita...pg 9 5)Considerações finais...pg 9 6) Referências bibliográficas/e referência...pg 10
4 3 1)INTRODUÇÃO (os erros deste texto são propositais, para satirizar nossos políticos) Meus e minhas, deixem o homem trabalhar! É com grande sastifação que vos falo, alguns me perguntaram o que couve e eu vos direi que couvenhamos, mas tudo em nosso país é assobregético. Meus e minhas, o meu discurso é tão assobregético e tão camalisoso que vem nos latinar para conspurcar a crisócilacia da periferia básica de nossa cidade. E então novamente me perguntam, o que couve? Eu vos digo, deixem o homem trabalhar! Couvenhamos qui, qui tudo seja convicto, para a conjecturância dos conjecturados, porém, coisa é coisa e gente é gente e em sendo assim, quem não é gente é coisa, e aqui não temos coisa, mas gente, gente de minha terra querida, gente que paga com o suor do seu trabalho, impostos que não vemos mais, pois trabalhador é gente e imposto é coisa, por isto não misturamos, gente e coisa, e coisa, não é coisa de gente, portanto minha gente, deixem o homem trabalhar e tudo vai passar, pois não devemos nos apegar á todas as coisas, pois as coisas passam e a gente fica, pobre, mas fica, pobre e feliz, mas fica, e segundo Platão e Aristóteles, o importante é ser feliz, é ter felicidade, pois as coisas materiais ficam e o ser humano vai...por isto eu vou...cuidar das coisas... Geraldo Domingos Cossalter (março 2012)
5 4 2) INTERTEXTUALIDADE Os textos falam entre si. Talvez possa ser esta a explicação mais simples e mais objetiva do significado da intertextualidade, pois, quem de nós nunca utilizou um texto para explicar outro? No nosso dia-dia, se pudermos observar com precisão, iremos descobrir uma infinidade de situações, onde o que foi dito por alguém, é algo já dito por outrem. Isto não ocorre somente na linguagem falada, mas também na linguagem escrita, haja vista que uma determinada citação ou expressão contida em um texto, poderá nos remeter a um determinado fato ou uma expressão usada por outrem, o que torna fácil a nossa compreensão. Obviamente que para obter-se tal compreensão é necessário o conhecimento tanto da literatura, da língua, da linguagem e certamente da bagagem acumulada pela leitura e pelos estudos e também ao conhecimento de mundo. Mas o que é mesmo conhecimento de mundo? Significa conhecimento através da leitura, do aprendizado, de pesquisas e até viagens por que não dizer, apesar, que existem muitos que jamais viajaram, e detém conhecimento maior que muitos que viajaram pelo mundo! Normalmente, as famosas tirinhas de jornais ou as charges, são exemplos práticos da intertextualidade, que geralmente no levam a relembrar de casos geralmente polêmicos. Possivelmente, quanto maior for o conhecimento, maior será a facilidade de interpretação do texto. Existem algumas variações diferentes de intertextualidade, como por exemplo, a citação, a epígrafe, a alusão, a paródia e a paráfrase. a)citação É a transcrição do texto a que se faz referência, devendo esta estar sempre em destaque, seja por aspas, negrito ou itálico.
6 5 Exemplo clássico: Pela luz dos olhos teus Quando a luz dos olhos meus E a luz dos olhos teus Resolvem se encontrar Ai que bom que isso é meu Deus Que frio que me dá o encontro desse olhar Mas se a luz dos olhos teus Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar Meu amor, juro por Deus Que a luz dos olhos meus já não pode esperar Quero a luz dos olhos meus Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará Pela luz dos olhos teus Eu acho meu amor que só se pode achar Que a luz dos olhos meus precisa se casar. (Vinícius de Moraes) b) EPÍGRAFE Muito utilizada em trabalhos acadêmicos ou científicos, ele tem como característica a citação de um pensamento que tem relação ao conteúdo do trabalho apresentado, levando o leitor a refletir sobre o tema. Exemplo: Só o conhecimento traz o poder. Freud É uma epígrafe que pode ser utilizada em um trabalho acadêmico de diversas matérias!
7 6 c) ALUSÃO Significa fazer alusão, significa fazer uma citação de um determinado personagem de uma famosa obra, para demonstrar e fazer com que o leitor analise ambas as situações e conclua a situação vivida pelo personagem da obra em questão. Um clássico deste tipo de intertextualidade é a alusão que Machado de Assis faz a Otelo, de Shakespeare, relacionado ao drama de Bentinho em Dom Casmurro. d) PARÓDIA Como forma de contestar, ridicularizar ou até divertir, a paródia pode ser encontrada em textos e letras de músicas. Apesar do sentido humorístico em muitas oportunidades, trata-se de objeto de estudo, pois para as artes, ela representa um estilo muito popular em trabalhos humorísticos e consequentemente, uma poderosa arma que não só contesta, mas também critica de uma forma a levar o ouvinte ou leitor a raciocinar. Politicamente, também podemos encontrá-la, assim como em textos publicitários ou propagandas, em uma infinidade de outras situações. Exemplo de música: Original: Nossa, nossa, Assim você me mata, Ai se eu te pego, ai, ai se eu te pego. (Michel Teló) Paródia: Coça, coça, Que pulga mais chata, Aí se eu te pego, ai, ai, se eu te pego. (Geraldo Cossalter)
8 7 e) PARÁFRASE No caso da paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto. Isto ocorre para atualizar, reafirmar, para ratificar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Muitas vezes ouvimos alguém dizer: Não coloque palavras em minha boca! Este é o sentido inverso da paráfrase, pois o significado não é o mesmo, ou seja, não foi o que a pessoa quis dizer. Faço minhas as suas palavras! Este é o sentido correto da paráfrase, pois obviamente não foram ditas as mesmas palavras pelas duas pessoas, porém a segunda, reafirma o que disse a primeira. Outro exemplo clássico: Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, Canção do exílio ). Paráfrase Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a Canção do Exílio. Como era mesmo a Canção do Exílio? Eu tão esquecido de minha terra Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade, Europa, França e Bahia ). Este texto de Gonçalves Dias, Canção do Exílio, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal.
9 8 não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade, Canto de regresso à pátria ). O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico relacionado aos escravos, ao quilombo dos Palmares, porém utilizado de forma inversa, criticando a escravatura no Brasil. 3) INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA Quando lemos um texto em que a fonte não foi citada, temos que recorrer à memória para compreender o seu sentido, pois ficaremos sem entender o que o escritor quis dizer! Isto significa que o escritor tem a convicção, que o leitor saberá interpretar o texto pelo motivo de já conhecer a fonte. Geralmente na literatura, em canções populares e no humor, encontramos esta situação, pois o escritor utiliza um texto geralmente muito conhecido, podendo ser próprio ou de outrem para fazer um texto com a intertextualidade implícita. Desta forma, é necessário que o leitor tenha conhecimento da fonte, caso contrário dificilmente compreenderá o sentido. Exemplo: Oração dos cachaceiros Santa cana que estais na roça, santificado seja o vosso caldo, venha a nós o vosso líquido, a ser bebido a nossa vontade, assim no boteco como em qualquer lugar. A branquinha nossa de cada dia nos dai hoje, perdoai nossa bebedeira, assim como nós perdoamos a quem não tenha bebido. E não nos deixes cair em praça pública, mas livrai-nos da cirrose. Amém! Não é um exemplo que me agrada, pois faz alusão ao Pai-nosso, porém é um exemplo comum em nosso país, onde tal oração é dita pelos bebedores de plantão.
10 9 4) INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA A intertextualidade explícita aparece quando o escritor cita a fonte do intertexto e imediatamente obtemos a compreensão, pois como o termo diz, é explicita. Fácil não? Pode até ser, mas é preciso atenção e conhecimento, pois mesmo com a facilidade que aparentemente achamos ser, o conhecimento fará a grande diferença. Exemplo: Fui até a padaria e perguntei se tinha sonho! O padeiro respondeu: como diria John Lennon, o sonho acabou! 5) CONSIDERAÇÕES FINAIS Intertextualidade é um conceito atual, de imensa importância, quando estamos falando de criação artística, colocando então, nesse caldo de arte, a literatura. Atualmente é raro nos depararmos com algo original no meio cultural e do entretenimento. Isso ocorre, por causa do efeito da constante comparação, onde são estabelecidos quase sempre, uma aproximação entre uma criação e outra. Quando vemos que um texto usa outro texto em sua composição, mesmo sem a intenção do escritor, estaremos aí comprovando a ocorrência da intertextualidade.
11 10 6) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS/E REFERÊNCIA KOCH, Ingedore Villaça:ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender o texto: os sentidos do texto.2.ed.reimpressão.são Paulo:Contexto, 2008) Cossalter, Geraldo.Discurso de um político ético.recanto das letras.2012.
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