IDIOMA 21 APRESENTAÇÃO. Prof. Dr. Claudio Cezar Henriques Coordenador Editorial e Organizador deste número

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2 IDIOMA 21 APRESENTAÇÃO No dia 25 de setembro de 2000, para comemorar os 35 anos de fundação do Centro Filológico Clóvis Monteiro, o Instituto de Letras realizou uma exposição no hall do 11 o andar do pavilhão João Lyra Filho e uma sessão em homenagem à data. CEFIL: das origens à contemporaneidade contou com a participação de um de seus fundadores, o professor emérito Leodegário Amarante de Azevedo Filho, que proferiu palestra sobre as origens do nosso CEFIL. Falaram também a atual diretora do Instituto, Maria Aparecida Salgueiro, a atual coordenadora do CEFIL, Magda Bahia Schlee Fernandes, e Claudio Cezar Henriques, coordenador do setor de Língua Portuguesa. Muito valiosos foram também os depoimentos dos bolsistas que atuam no projeto de consultoria lingüístico-gramatical, que mostraram para a platéia de quase duzentas pessoas a relevância do trabalho acadêmico que desenvolvem no Centro Filológico. Este número 21 de IDIOMA, além de festejar a atualidade do Centro Filológico, inaugura uma nova fase da revista, com uma versão digital, além da tradicional edição impressa, em tiragem limitada. Integram esta edição artigos de professores e pesquisadores da UERJ e de outras IES, que submeteram seus trabalhos ao conselho editorial dentro das normas e prazos estabelecidos. Depois de dois anos de interrupção, esperamos que seja possível manter a periodicidade de nossa publicação, que alcança os 20 anos de existência anunciando a abertura do Doutorado em Língua Portuguesa do Instituto de Letras da UERJ. A primeira turma começará seu curso em março de 2002, e o edital de seleção está disponível em www2.uerj.br/~letras/pg.htm Prof. Dr. Claudio Cezar Henriques Coordenador Editorial e Organizador deste número

3 IDIOMA 21 A reprodução deste artigo só está autorizada com a indicação completa da fonte: Idioma, 21. Rio de Janeiro: Centro Filológico Clóvis Monteiro UERJ, 2001 ( p A PALAVRA E SUAS CLASSES José Carlos de Azeredo (UERJ) 1 INTRODUÇÃO Os lingüistas concordam que a análise gramatical no Ocidente crava suas raízes na filosofia grega dos anos 500 a.c. define-se como tema filológico no trabalho dos intelectuais alexandrinos e difunde-se na Europa medieval e moderna graças particularmente aos romanos. Platão dividira a unidade do discurso, que ele intuíra no esforço de apreender os mecanismos de expressão do pensamento, em dois componentes: ónoma (nome) e rhéma (verbo). Aristóteles lhes acrescentou os syndesmoi (partículas). Os estóicos induziram à distinção entre classes variáveis e classes invariáveis, até que, por volta dos fins do segundo século a.c., Dionísio Traco formulou uma teoria das partes do discurso, que ele distribuía em oito categorias: nome, verbo, pronome, particípio, artigo, advérbio, preposição e conjunção. A análise gramatical consagrou o vocábulo como sua unidade fundamental; tanto a morfologia (estudo da estrutura e formação dos vocábulos) quanto a sintaxe (estudo da combinação dos vocábulos na frase) se baseiam nele. Por isso, a gramática tradicional tem sido caracterizada como uma "gramática baseada no vocábulo". 2 A REALIDADE DO VOCÁBULO A lingüística estrutural, particularmente em sua versão norte-americana, se fez cética quanto ao estatuto teórico do vocábulo e reivindicou para o morfema o título de unidade fundamental da estrutura gramatical. John Lyons (1970: 139) o definiu nestes termos: a menor unidade da estrutura gramatical. O desenvolvimento da escrita, na qual os vocábulos são separados pelo espaço em branco, comprova, por outro lado, sua realidade intuitiva. Na fala, são as pausas potenciais que correspondem aos espaços em branco da escrita; elas separam entre si as unidades-vocábulos, mas nunca as partes gramaticais que entram em sua composição. Pode-se dizer "tua lealdade", fazendo pausa entre tua e lealdade, mas não entre leal e dade. A questão da validade teórica do vocábulo é, de qualquer modo, irrelevante para os propósitos deste artigo. 3 VOCÁBULO E FRASE No discurso, porém, não são as palavras, e muito menos os morfemas, as unidades verdadeiras. Comunicamo-nos uns com os outros por meio de frases, isto é, de segmentos de extensão variável que encerram um propósito comunicativo definido (CÂMARA JR., 1972: 162-6). As frases se caracterizam por uma entoação em que o ouvinte se baseia para saber se o locutor realizou ou não o propósito comunicativo. Os vocábulos são unidades de outro nível, no qual não intervém a entoação: o segmento agora é simplesmente um vocábulo em "ele chegou agora" ou no dicionário, pelos motivos que já expusemos; já na expressão com que alguém ordena um ataque de surpresa, temos uma frase (unidade do discurso) constituída de um só vocábulo (unidade da língua).

4 A palavra e suas classes; por José Carlos de Azeredo; IDIOMA 21; p A IDENTIFICAÇÃO DO VOCÁBULO: CRITÉRIOS Já nos referimos à realidade psicológica do conceito de vocábulo (item 2). Agora tentaremos sistematizar os critérios que se adotam no esforço de tornar o vocábulo um conceito descritivamente operacional. Qualquer que seja o critério, ele só será válido para os fins da análise se se aplicar ao mesmo tempo às modalidades oral e escrita da língua. A intuição do vocábulo na fala é apenas um ponto de partida, pois é freqüente o erro gráfico por parte de pessoas semialfabetizadas, que consiste em juntar o artigo e o substantivo (acasa, por a casa), o verbo e o pronome átono (falase, por fala-se), fenômeno indicador de que na fala só intuímos como vocábulos distintos os que têm acento próprio. Critério I: pausa potencial Segundo este critério, os limites entre vocábulos são pontos em que se pode fazer uma pausa considerada normal na enunciação lenta. Assim, no enunciado Antônio jurou lealdade temos três vocábulos separáveis por pausas que coincidem com os espaços em branco. Embora relevando o fato de que, mesmo na enunciação lenta, uma pessoa em sua fala normal não faz pausas entre todos os vocábulos, mas entre grupos de vocábulos, pelo menos duas razões tornam este critério ineficiente para os nossos propósitos descritivos: 1 a o se de fala-se é obviamente um vocábulo e não se separa jamais do verbo por meio de pausa, haja vista a observação que já fizemos; 2 a certas construções como banana-maçã, porta-jóias, que consideramos vocábulos compostos, podem no discurso lento ser desmembradas por pausa com duração equivalente à que separa o adjetivo verde do substantivo banana em banana verde, obviamente uma combinação de dois vocábulos. Critério II: coesão interna Por este critério, os segmentos leal e dade constituem juntos um só vocábulo, visto que a ordem deles é irreversível tanto quanto não se pode separá-los pela intercalação de uma terceira unidade. O mesmo se pode dizer de estruturas como banana-maçã e portajóias. Critério III: autonomia gramatical O critério II é capaz de conduzir-nos à conclusão de que em fala-se e em a casa estamos diante de dois vocábulos, mas nada nos diz sobre a natureza mesma de se ou de a, isto é, não esclarece se, por não apresentarem qualquer "coesão interna" - pois são segmentos unitários do ponto de vista gramatical - eles não deveriam pertencer a outra classe de unidades. O critério que permitirá essa decisão é o III, segundo o qual uma unidade se diz gramaticalmente autônoma sempre que pode apartar-se, pela intercalação de outra unidade, da que lhe vem contígua, ou com esta trocar de posição. Podemos então decidir que tanto lealdade como se e a são vocábulos, já que satisfazem o que prescreve o critério III. Com efeito, tanto podemos dizer fala-se como se fala, a casa ou a minha casa, a lealdade ou a sua lealdade, mas não dadeleal. Poderíamos acrescentar um quatro critério, evidentemente relacionado com o critério II, que prevê a indissolubilidade do vocábulo em função da resistência de seus constituintes à elipse. Assim, se podemos dizer 'os guardas noturnos correm mais riscos do que os de trânsito', suprimindo por elipse a segunda ocorrência de guardas, é porque a construção guarda de trânsito consiste numa combinação de vocábulos gramaticalmente autônomos, e não num vocábulo composto. Por outro lado, os constituintes de olho-de-sogra (nome de um doce) não estão sujeitos à elipse. Foi baseado no compromisso entre os critérios II e III que Celso Cunha (1975: 89) assim definiu o vocábulo enquanto unidade gramatical: "menor unidade significativa autônoma da frase, constituído por um ou mais morfemas, associados segundo uma ordem 7

5 A palavra e suas classes; por José Carlos de Azeredo; IDIOMA 21; p própria da língua". 5 O PONTO DE VISTA DE MATTOSO CÂMARA Quem tentou um tratamento estruturalista do tema deste trabalho foi Joaquim Mattoso Câmara Jr., a quem devemos as mais amplas análises dos aspectos gramaticais e fonológicos do Português, dentro dessa perspectiva. Mattoso Câmara fundamentou sua análise do vocábulo formal nas idéias do lingüista americano Leonard Bloomfield. Assim se exprime nos Problemas de lingüística descritiva (1969: 34): "... há o vocábulo formal quando um segmento fônico se individualiza em função de um significado específico que lhe é atribuído na língua". Mais adiante: O critério para definir a unidade vocabular mórfica foi basicamente estabelecido pelo lingüista norte-americano Leonard Bloomfield. Segundo ele, as unidades formais de uma língua são de duas espécies: formas livres (quando constituem uma seqüência que pode funcionar isoladamente como comunicação suficiente) e formas presas (que só funcionam ligadas a outras). O vocábulo formal é a unidade a que se chega, quando não é possível nova divisão em duas ou mais formas livres. (1969: 36-7) Por considerar a distinção bloomfieldiana entre formas livres e presas insuficiente para dar conta do status vocabular dos artigos, dos pronomes átonos e dos conectivos, Mattoso junta àquelas o conceito de "forma dependente", que satisfaz o requisito formulado no critério III. A questão não fica, entretanto, encerrada. Ao analisar alguns problemas do português, Mattoso nem sempre foi feliz nas conceituações e demonstrações. Definido o vocábulo formal, Mattoso põe em dúvida o conceito de vocábulo composto por aglutinação, insinuando que haveria aí uma interferência do plano diacrônico no sincrônico. Se é verdade que em fidalgo ou vinagre (dois exemplos clássicos dos compêndios gramaticais) as composições decorrem da aglutinação histórica de formas que o discurso juntava com muita freqüência, isto não significa obrigatoriamente que o processo subjacente a essas realizações já não seja produtivo. Com efeito, a criação de formas como rodovia e aerovia resulta da aplicação de certas regras combinatórias do léxico português que podem originar muitas outras construções análogas. Do mesmo modo, a cunhagem e interpretabilidade de neologismos literários como imaginânimes ou embriagatinhava, empregados por Guimarães Rosa em Tutaméia (1976: 83 e 104), dependem de princípios estruturais válidos para o escritor e o leitor. Por outro lado, a definição dada para vocábulo formal unidade a que se chega quando não é possível nova divisão em duas ou mais formas livres (CÂMARA JR., 1969: 59) colide com o reconhecimento de que em rosa-chá ou manga-espada há um único vocábulo formal. Outro problema da análise de Mattoso reside no conceito de locução uso como unicidade formal superior de dois vocábulos mórficos (1976: 61) que abrangeria construções como fala-se, de Pedro, tinha vindo, grande homem, por oposição à justaposição, em que haveria um só vocábulo mórfico. A diferença entre a locução e a justaposição se atribui, a nosso ver, ao grau de integração e solidariedade entre os constituintes na construção. Vemos, porém, dois problemas nesse conceito de locução. Primeiro, as construções que servem de exemplos não partilham qualquer propriedade gramatical que as enquadre numa classe formal. Parece-nos que a freqüência de uma combinação não é critério para identificar nela qualquer unidade gramatical; nada a particulariza do ponto de vista do funcionamento dessas seqüências. Segundo, por esse critério relógio de pulso seria uma locução, ao passo que relógio de pescoço não, já que esta última combinação parece inédita. Entretanto, nada as difere gramaticalmente. 8

6 A palavra e suas classes; por José Carlos de Azeredo; IDIOMA 21; p Numa perspectiva semelhante à de Mattoso, porém mais objetiva por se referir a uma classe mais homogênea de fatos, tem-se proposto a distinção entre sintagmas fixos e sintagmas livres; relógio de pulso é do segundo tipo, pé-de-moleque é do primeiro. 6 A CLASSIFICACÃO DOS VOCÁBULOS: CRITÉRIOS Tradicionalmente, as classes de palavras têm sido definidas segundo suas propriedades semânticas, sintáticas e morfológicas. Mais de um lingüista considerou a heterogeneidade desse critério um defeito. Convém, contudo, reconhecer que esta heterogeneidade não está na análise, senão na própria natureza das entidades gramaticais que se agrupam sob o rótulo de "vocábulos". Estabelecida a hierarquia devida, a heterogeneidade se dilui. As gramáticas tradicionais privilegiaram o aspecto semântico na conceituação do substantivo, do adjetivo e do verbo, e recorreram ao aspecto funcional na conceituação da conjunção, da preposição e até mesmo do pronome. Tem havido tentativas modernas de classificar as palavras ora de uma perspectiva estritamente funcional, ora de uma perspectiva morfológica. Uma distinção básica permite distribuir os vocábulos de uma língua em dois grupos: o das palavras nocionais e o das palavras gramaticais. Expliquemo-nos com um exemplo: se combinarmos na ordem que se segue os vocábulos peixe, comer, inseto, cair, lagoa, notamos que dela se pode extrair algum sentido, por mais que não se trate de urna frase do português; para convertê-la numa frase, teríamos que acrescentar unidades que lhe conferissem um arranjo aceitável. Qualquer coisa como: Esses peixes comem os insetos que caem na lagoa. Esta nova seqüência, uma legítima frase do português, tem uma estrutura devida, em grande parte, à presença de esses, os, que, na. Pelo seu papel "estruturador", estes vocábulos se dizem "gramaticais", ao passo que os primeiros, que apenas representam seres e ações isto é, dados do mundo real ou imaginário se dizem nocionais. Sem muita exigência e relevando a impropriedade de opor "nocional' a "gramatical", esta primeira classificação das palavras pode prestar bons serviços. 7 AS CLASSES FUNDAMENTAIS Mattoso ofereceu, na Estrutura da língua portuguesa, uma classificação baseada em dois critérios, um misto e outro simples, que é didaticamente satisfatória. Para ele, os vocábulos formais do português se agrupam, primeiro, segundo um critério morfossemântico, em 4 classes: NOME, VERBO, PRONOME, e CONECTIVOS. As três primeiras classes são constituídas de palavras variáveis, enquanto a última é formada de palavras invariáveis. O verbo distingue-se no grupo, nessa primeira divisão, pelo paradigma flexional em que se enquadra (apresenta variação de tempo-modo e número-pessoa). O nome e o pronome, por sua vez, são vocábulos dotados de número e gênero, exprimíveis numa e noutra classe pelo mesmo mecanismo flexional. A distinção entre eles repousa, de um lado, na natureza da significação, e de outro em certas propriedades que o pronome tem e faltam ao nome. Semanticamente, o nome "nomeia" os seres, permitindo que o locutor e o ouvinte os designem sem o reforço da situação ou do contexto verbal. O pronome, por outro lado, efetua uma referência contextual ou situacional; quem diz Aquela roupa estava na minha gaveta, só está particularizando roupa e gaveta em função de uma situação. Sabe-se apenas, por meio de aquela e de minha que a roupa está distante dos interlocutores e que a gaveta pertence ao falante. Esta constatação, contudo, não esclarece tudo, uma vez que as palavras distante e próximo também significam noções relativas, e nem por isso são pronomes. Basicamente, importa ter em vista a referência à situação em que se encontram os interlocutores. Pode-se dizer Recife fica distante do Rio de Janeiro em qualquer parte do 9

7 A palavra e suas classes; por José Carlos de Azeredo; IDIOMA 21; p mundo, que o significado da frase será o mesmo; mas quem diz Recife fica distante daqui designa com aqui o lugar em que, na qualidade de autor da frase, se encontra. Logo, aquela, minha e aqui têm uma significação situacional e são, por isso, pronomes. Do ponto de vista mórfico, boa parte dos pronomes apresenta formas distintas conforme a pessoa do discurso a que se referem. Entre estes pronomes, os denominados pessoais têm formas distintas para cumprir as funções de sujeito e complemento. Acrescente-se, quanto ao aspecto mórfico, que vários pronomes apresentam, ao lado das formas masculina e feminina, uma terceira forma neutra (cf. aquilo, em face de aquele / aquela). O segundo critério de Mattoso, de feitio simples, redistribui os nomes, os pronomes e os conectivos segundo características sintáticas. O nome e o pronome podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios; os conectivos podem ser conjunções ou preposições. Estes papéis só podem ser identificados no contexto do sintagma: em meus amigos ingleses, amigos é o núcleo da construção, classificado por isso como substantivo, ao passo que ingleses, constituinte acessório, é um adjetivo; por outro lado, em os povos amigos, amigos funciona como adjetivo. Substantivos são termos determinados, e adjetivos termos determinantes, para usar uma terminologia conhecida. Na mesma linha de raciocínio, dir-seá que em Eles são meus amigos, eles, sujeito da oração, é um pronome substantivo, enquanto meus, adjunto de amigos, é um pronome adjetivo. Ademais, o nome e o pronome podem funcionar como advérbios se o termo que acompanham é um verbo. É o que se passa com alto e aqui em Eles conversaram alto e Eles conversaram aqui. Quanto aos conectivos, há, segundo Mattoso, os que ligam palavras (preposições) e os que ligam orações (conjunções). Assim, em casa de tijolos, de é uma preposição, cabendo, porém, a enquanto o papel de conjunção em Ela ria enquanto você chorava. 8 NOMES E CONECTIVOS O agrupamento de substantivos e adjetivos sob o rótulo comum de NOMES tem uma longa tradição. Afinal, o nome era identificado graças às categorias de gênero, de número e de caso, partilhadas por substantivos e adjetivos nas línguas clássicas o grego e o latim. A distinção, estabelecida no século XIV pelos gramáticos modistas, deixa ver sua origem sintática na própria etimologia daqueles termos. Mattoso estava convencido de que só o comportamento sintático permite distinguir substantivos de adjetivos. Não devemos, todavia, esquecer-nos de que há palavras que só funcionam como substantivos e outras que só funcionam como adjetivos. Povo, festa, livro são sempre substantivos; límpido, perpétuo, fluvial são sempre adjetivos. Por outro lado, há substantivos que, mesmo em função de determinantes, não mudam de classe: maçã, sabão e macho são determinantes, mas não adjetivos, em banana-maçã, pedra-sabão e onça macho. O critério sintático resolve uma parcela dos casos, deixando sem resposta duas perguntas: Que faz que certas palavras sejam sempre substantivos ou sempre adjetivos? Que faz que certos nomes, mesmo no papel de determinantes, continuem sendo substantivos? É ainda oportuno observar que a base distintiva que, segundo Mattoso, separa preposições e conjunções, é insatisfatória. Com efeito, e é uma conjunção em Paula e Vera são primas, apesar de estar ligando palavras; para é uma preposição na frase 'Comprei esta cesta para jogar lixo, embora ligue estruturas dotadas de verbo e sujeito, isto é, orações. Comparem-se: para jogar lixo, para você jogar lixo, para que você jogue lixo. Seria descritivamente antieconômico considerar o para ora conjunção, ora preposição. Na realidade, as preposições têm muito em comum com as conjunções subordinativas, pois umas e outras exprimem dependência de um termo B a um termo A, cuja função no conjunto A + B equivale à função de todo o conjunto. Trocando em miúdos: a função de cestas em Comprei cestas de plástico equivale à do conjunto cestas de plástico. A diferença entre preposições e conjunções subordinativas consiste em que as primeiras introduzem estruturas sem conteúdo modo-temporal explícito (Comprei esta cesta para você jogar o lixo), enquanto as últimas introduzem estruturas cujo conteúdo modo-temporal se explicita (Comprei esta cesta para que você jogue o lixo). As conjunções coordenativas ligam 10

8 A palavra e suas classes; por José Carlos de Azeredo; IDIOMA 21; p quaisquer construções niveladas funcionalmente na frase: elas não criam novas funções, ao contrário dos outras conectivos. Assim, diante da frase Soubemos que a chuva durou uma semana e os rios transbordaram, percebemos que as estruturas a chuva durou uma semana e os rios transbordaram se igualam funcionalmente por intermédio do e; já em Soubemos que os rios transbordaram porque a chuva durou uma semana, as mesmas estruturas se acham numa relação hierárquica; a conjunção porque "criou" a função de adjunto adverbial exercida pela oração que ela introduz. 9 ARTIGO E NUMERAL Passamos em seguida a examinar mais detidamente duas classes de palavras cujo tratamento nas gramáticas escolares nos parece problemático: o artigo e o numeral. Uma análise mais detida do que as gramáticas escolares chamam artigo poderia revelar que as unidades arroladas sob esta rubrica constituem subclasses dos pronomes demonstrativos e indefinidos. Os artigos definidos (o, a, os, as) perderam certos privilégios sintáticos dos pronomes demonstrativos propriamente ditos, mas guardam o valor dêitico de sua origem histórica. Eunice Pontes (s/d: 5), investigando a distribuição dos determinantes em português, chegou a afirmar que não encontrou evidência sintática que a levasse a considerar o artigo definido uma classe distinta dos demonstrativos. Este era também o pensamento de Vendryes (1943: 157), relativamente ao francês, e de Jespersen (1975: 85) em relação ao inglês. Mais abaixo se verá, entretanto, que pelo menos num aspecto a sintaxe dos pronomes e a dos artigos não coincidem, ao contrário do que pensa Eunice Pontes. Num artigo em que propõe uma classificação dos vocábulos segundo um critério morfológico, Cristina Schneider (1965: 74-5) chegou à conclusão de que o artigo "é muito mais um morfema-vocábulo do que um vocábulo pertencente a uma determinada classe". Seu argumento é que o artigo serve apenas para indicar o gênero dos substantivos, função que também desempenha o sufixo flexional em menino / menina. Este argumento é inconsistente porque perde de vista que a noção de vocábulo está ligada a certas características distribucionais (v. item 4), algumas das quais o artigo apresenta. Além disso, do mesmo modo que a indica feminino em a criança, eu indica primeira pessoa em eu sabia. Não é absurdo dizer que eu tem a mesma função do -o final de quero; mas daí não se segue que devemos negar a eu o status de vocábulo. Morfossintaticamente, não falta ao artigo qualquer das características dos pronomes demonstrativos: todos variam em gênero e número e apresentam uma forma neutra". Com efeito, em Não entendi o que ele disse, o o é o equivalente neutro da série o, a, os, as do mesmo modo que isto, isso e aquilo o são das séries encabeçadas por este, esse e aquele. Para a língua espanhola, Llorach (1970: 170-1) manteve a classe dos artigos, restringindo esta denominação, entretanto, às formas ditas definidas, em face da diferença de privilégios sintáticos entre el e un. O mesmo se pode dizer do português, em que o que se opõe às formas o, a, os, as é a ausência delas. Este esquema é, aliás, o que se verifica na origem dessas formas, como esclarece Mattoso Câmara: É uma forma pronominal nova, chamada tradicionalmente artigo, que o latim clássico desconhecia, mas se desenvolveu pouco a pouco no latim vulgar por uma extensão do emprego de um demonstrativo (... ); assim, a sua ausência indicava ipso facto uma referência indefinida, que podia ser mais enfática com a presença do numeral unus, una em nova função. (1975: 97-8) Em Comprei os sapatos e Comprei sapatos, a presença de os institui uma referência dêitica, ao passo que sua ausência indetermina, deixa indefinido o objeto sapatos. O que se opõe a um, uma, uns, umas é vários, muitos. Quanto aos privilégios sintáticos, vale observar os seguintes dados: Se você for à 11

9 A palavra e suas classes; por José Carlos de Azeredo; IDIOMA 21; p cidade comprar doces alemães, compre uns doces pra mim ou, simplesmente, compre uns pra mim. Por outro lado, se dissermos Se você for à cidade comprar os doces ale- mães..., a seqüência traga os para mim não é possível, se quisermos considerar aquele os um artigo. Donde se conclui que o artigo requer sempre a presença de um constituinte do sintagma nominal a que pertence para figurar no discurso, ao passo que um, uma não fazem esta exigência. Observe-se: Apanhe as bolas azuis, mas deixe as amarelas onde estão. Neste exemplo, as bolas amarelas forma um único sintagma, daí por que amarelas, satisfazendo a exigência a que nos referimos, permite a presença do as desacompanhado de bolas. É esta a peculiaridade sintática do artigo em relação aos pronomes demonstrativos. Nem por isso, porém, cremos que lhe devamos reservar uma classe própria. Na Estrutura, Mattoso não chegou a fazer qualquer referência aos numerais. Já no Dicionário de filologia e gramática define-os como uma espécie de nome. Os numerais, como os nomes, ora são determinantes, ora determinados, na estrutura do sintagma nominal. Semanticamente, são quantificadores definidos por oposição a todo, muito, vários, menos, etc, que são quantificadores indefinidos. Morfossintaticamente, uma parte deles é susceptível de variação de gênero (dois / duas, duzentos / duzentas). Pelas definições que se lêem nas gramáticas, vê-se que a designação de quantidade definida é que tem valido aos numerais urna classe à parte. Todavia, se parece normal considerar dez, década, dezena numerais, o mesmo não se passa em relação a lustro, semana, hora, polegada, que também denotam quantidades determinadas. Cremos que as propriedades gramaticais distribuição e morfologia desses vocábulos são muito mais relevantes. Do ponto de vista da morfologia lexical, a associação observada entre quinzena e quinzenal é a mesma que vincula mês a mensal, semana a semanal. Também em decímetro, qüinqüênio, vemos numerais formando compostos como raízes nominais em aglutinação. 10 CONCLUSÃO Não pretendemos com este trabalho mais do que levantar algumas questões relativas à delimitação e conceituação do vocábulo em português e à sua distribuição em classes. Aceitamos sem discussão a distinção entre nomes, verbo, pronomes e conectivos proposta por Mattoso Câmara. Esta primeira classificação não modifica substancialmente a tradicional, mas procura reduzir o problema da heterogeneidade de critérios. Muitos problemas não chegamos sequer a referir. A classe dos pronomes comporta, na verdade, subclasses, já identificadas pelos rótulos tradicionais pessoais, indefinidos, etc. mas não suficientemente caracterizadas em função de suas peculiaridades sintáticas. Numa comunicação intitulada "Os Determinantes em Português', Eunice Pontes examinou algumas dessas subclasses; entre elas, os referenciados distinguem-se dos indefinidos por poderem vir precedidos de "todos os" (cf. todos os outros / mesmos /, tais meninos), o que não acontece com os indefinidos (cf. todos ou alguns meninos). Por sua vez, os indefinidos ocorrem nas construções partitivas (cf. alguns dos meninos). Por ora, o caminho que resta ao professor é estar sensível às limitações do modelo tradicional herdado da análise das línguas clássicas. Em nível universitário, a tarefa central do professor é investigar esse modelo em sua natureza e limitações; no 2 o grau simplesmente chamar a atenção para essas limitações; no 1 o grau apresentar, sem envolvimento crítico, o modelo, evitando, porém, certas definições viciosas que, exclusivamente baseadas no significado, têm pouca abrangências. Toda classificação é fruto da observação de caracteres que, relevantes de um certo ponto de vista, são comuns a um conjunto de fenômenos ou objetos. Iniciar o aluno na taxonomia é, portanto, desenvolver a habilidade racional da observação e da organização dos dados da nossa experiência. Tarefa de todos os professores, de todas as disciplinas. Trabalho integrado do qual se extraem as conseqüências para aplicação no objeto particular de cada disciplina. 12

10 A palavra e suas classes; por José Carlos de Azeredo; IDIOMA 21; p REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CAMARA JR., Joaquim Mattoso. Dicionário de filologia e gramática. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: J. Ozon, Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, História e estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Padrão, Princípios de lingüística geral. 4. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Acadêmica, Problemas de lingüística descritiva. Petrópolis: Vozes, Sobre a classificação das palavras. ln: ---. Dispersos. Sel. e introd. de Carlos Eduardo Falcão Uchoa. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, p CUNHA, Celso Ferreira da. Gramática da língua portuguesa. 2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Fename, JESPERSEN, Otto. The philosophy of grammar. London: George Alien & Unwin, LLORACH, Emilio Alarcos. Estudios de gramática funcional del español. Madrid: Gredos, LYONS, John. Linguistique générale; introduction à la linguistique théorique. Trad. F. Dubois-Charlier et D. Robinson. Paris: Larousse, PONTES, Eunice. Os determinantes em português (texto mimeografado de comunicação apresentada na PUC/RJ). ROSA, João Guimarães. Tutaméia (terceiras estórias. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, SCHNEIDER, Cristina. Tentativa de classificação dos vocábulos segundo um critério morfológico. Estudos de lingüística e língua portuguesa, 1. Rio de Janeiro: PUC, p VENDRYES, Joseph. El lenguaje. Trad. Manuel de Montoliu y José M. Casas. Barcelona: Ed. N. do Org.: Transcrito, com mínimas modificações, do n o 1 da revista Letra, publicação da Faculdade Letras da UFRJ (1980: 84-95). 13

11 IDIOMA 21 A reprodução deste artigo só está autorizada com a indicação completa da fonte: Idioma, 21. Rio de Janeiro: Centro Filológico Clóvis Monteiro UERJ, 2001 ( p A LINGUAGEM DO FUTEBOL NO BRASIL E EM PORTUGAL Simone Nejaim Ribeiro (UNESA) Este trabalho tem como objetivo abordar o vocabulário da linguagem de um dos esportes mais populares do mundo, a partir de uma comparação entre seu léxico no Brasil e em Portugal. Poderemos, com isso, observar que, da mesma forma que este esporte fascina tantas pessoas, o seu vocabulário se incorpora, muitas vezes, a todas as camadas da sociedade. Em um estudo que envolve aspectos lingüísticos e sociais, é preciso que retomemos a visão de língua como um fato social e, no que diz respeito à linguagem do futebol, é necessário fazermos uma distinção entre linguagem especial e gíria. Para isso, tomaremos por base o artigo de Celso Cunha, "Em torno dos Conceitos de Gíria e Calão", publicado na Miscelânea de Estudos em Honra de Antenor Nascentes, em Podemos afirmar que nas linguagens especiais encontramos fatores psicológicos e sociais, entre outros, que agrupam as pessoas de acordo com a profissão, a religião, as atividades esportivas, etc. Esses grupos se expressam através do sistema lingüístico comum a todos, fazendo uso de certas particularidades expressivas e representativas desse sistema. Sabemos que a gíria dá um novo significado a formas já existentes ou alteradas nesse sistema lingüístico comum. O objetivo da gíria é não se fazer entender por quem não pertence a um determinado grupo. Logo, ela pretende manter a identidade e a consciência de um determinado grupo social. Vejamos o que diz Celso Cunha (1941: 74): Em todos os grupos humanos organizados, desde o momento em que adquirem a consciência de sua unidade, os que não pertencem ao círculo, os não iniciados, passam a ser vistos como profanos. E é justamente daí que decorre o antagonismo entre a ação uniformizadora da sociedade geral, procurando estagnar a língua, pela resistência da inércia coletiva a toda inovação lingüística, e a ação dos grupos particulares tentando diferençá-la, principalmente quando se trata de um grupo mais ou menos fechado e autônomo. Entretanto, ainda segundo Celso Cunha (1941: 75), uma linguagem especial pode passar à gíria desde o momento em que deixe de ser uma proteção involuntária do grupo, mas no instante em que este, tomando consciência do caráter enigmático de sua linguagem, passe a usá-la voluntariamente, em ocasião oportuna, como arma não só de defesa mas também de ataque profanos. Assim, toda gíria é uma linguagem especial, mas nem toda linguagem especial é obrigatoriamente uma gíria. Luiz C. Feijó, em seu livro A Linguagem dos Esportes de Massa e a Gíria no Futebol, lembra a afirmação de Walther Von Wartburg e Stephen Ulmann, segundo a qual "os desportistas se servem de várias palavras cujo sentido é para nós outros bastante nebuloso". Entretanto, a linguagem usada pelos locutores esportivos de rádio e

12 A linguagem do futebol no Brasil e em Portugal; por Simone Nejaim Ribeiro; IDIOMA 21; p televisão pretende agrupar as pessoas a quem são destinadas as mensagens. Desse modo, já que não há intenção de ser exclusiva de um grupo, a linguagem do esporte não poderá ser tomada como gíria, em sentido estrito. Ateste-se, porém, a posição de muitos estudiosos e teóricos que vêem a gíria como um conjunto de expressões pertencentes ao linguajar popular e aos modismos de certas épocas. Nas palavras de Luiz C. Feijó, por exemplo, caso concordemos com as posições de Celso Cunha, de Walther von Wartburg e de Stephen Ulmann, não é preciso entender a linguagem especial do futebol como gíria. Se, por outro lado, seguirmos a tendência de considerar a linguagem especial dos esportes um modo de comunicação que se destina somente aos iniciados, que estão a par de seus significados simbólicos, ela será tomada como gíria. A esse respeito, é interessante sua observação acerca do fato de muitas emissoras de rádio e televisão se especializarem em programações esportivas, formando um público especial, que entende os novos termos criados pelos comentaristas e jogadores. Dessa forma, somente este público iniciado entenderia, a princípio, essa linguagem. Ressalte-se porém que, embora inicialmente restrita a um pequeno grupo, muitas vezes ela passa a fazer parte da língua cotidiana. Por isso, é natural a oscilação entre considerar ou não a língua do futebol um caso de gíria, pelo menos no que tange às definições técnicas desse termo. Como a gíria está em contato com a língua comum, muitas de suas leis são iguais às da língua comum, com diferenças apenas no léxico. A esse respeito, convém também recorrer à definição de Mattoso Câmara (1986: 127) para o verbete gíria: Em sentido estrito, uma linguagem fundamentada num "vocabulário parasita que empregam os membros de um grupo ou categoria social com a preocupação de se distinguirem da massa dos sujeitos falantes" (Marrouzeau, 1943: 36), o que corresponde ao que também se chama JARGÃO. Os vocábulos da gíria ou jargão coexistem ao lado dos vocábulos comuns da língua: "a gíria só se torna tal porque se projeta num fundo de tela que não é gíria" (Krapp, 1927: 64); ela abrange o vocabulário propriamente dito e a fraseologia. A origem pode estar em: - a) derivações anômalas (ex.: bestialógico, da gíria dos estudantes), b) deformação de vocábulos usuais (ex.: brilharetur, idem), c) metáforas ou metonímias (ex.: burro, idem, para um texto grego ou latino com tradução literal), d) especialmente digna de nota a gíria dos malfeitores, designada como calão. Há gírias em classes e profissões não só populares, mas também cultas, sem qualquer intenção de chiste e petulância, que comumente caracteriza as primeiras; mas em todas há uma atitude estilística. Quando se trata de mero vocabulário técnico, sem essa atitude, tem-se a LÍNGUA ESPECIAL, como a dos médicos baseada em helenismos técnicos. Em sentido lato, a gíria é o conjunto de termos que, provenientes das diversas gírias em sentido estrito, se generalizam e assinalam o estilo na linguagem coloquial popular, correspondendo aí ao papel da língua literária na linguagem poética. Amplia-se com o uso de termos obscenos ou pelo menos grosseiros para a expressão de uma violenta linguagem afetiva. Concordamos, pois, com a opinião de que a linguagem do futebol, se adotarmos um rigor científico, deve ser considerada uma linguagem especial (e não gíria, o que só pode ser aceito em sentido amplo, sem rigor técnico). 1 A EXPRESSIVIDADE NA LINGUAGEM DO FUTEBOL Como podemos observar, ao escutarmos a narração e os comentários dos jogos de futebol, há uma expressividade muito grande nessa linguagem. Isto se deve, em grande parte, ao fato de ela estar relacionada à fala descontraída e cheia de emoção. Devido a estas condições em que é produzida, a linguagem do futebol apresenta muitos desvios lingüísticos, que são transgressões às normas da língua padrão. Construções sintáticas como "O Brasil ganhou da Itália" ou a criação de termos inusitados como solucionática são 15

13 A linguagem do futebol no Brasil e em Portugal; por Simone Nejaim Ribeiro; IDIOMA 21; p exemplos desses desvios, que, na maior parte, fornecem novos valores de informação. Termos como garrinchear, golão, pelada, folha-seca, arquibaldos, geraldinos, zona do agrião, domingada, ripa na chulipa, pimba na gorduchinha, telegrafar a jogada, etc. são alguns exemplos de desvios na estrutura léxico-semântica citados por Feijó (1994: 34). Vemos, assim, que estes desvios atuam como um acréscimo ao vocabulário, porque este, segundo o ponto de vista dos meios de comunicação de massa, não apresentaria termos suficientes para satisfazer as estratégias comunicativas do falante. Neste caso, devido ao desgaste, há uma procura por novos termos, substituições, uso de estrangeirismos, tudo, é claro, dentro de um contexto que permita tais transgressões. Devemos considerar, além disso, a cobrança que obriga comentaristas e locutores esportivos a serem originais, levando-os a criar, de alguma forma, modismos e expressões, como algo intrínseco ao processo da comunicação. É bem verdade que os desvios relacionados a alterações nas regências verbal e nominal e na colocação pronominal não são dos mais expressivos, embora seja importante deixar claro que a valorização de determinadas alterações sintáticas pode levar o ouvinte/leitor a aceitá-las como parte da língua padrão. Some-se a isso o fato de que muitos termos, inicialmente exclusivos do futebol, passaram para o domínio do povo e se incorporaram à língua comum. Podemos citar, por exemplo, a expressão deixar / ficar para escanteio, que passou a ser usada largamente, significando deixar / ficar de lado. No futebol, o escanteio é uma penalidade cobrada do canto do campo. Numa analogia com o futebol, passou-se a usar este termo na língua comum. Estar na marca do pênalti é outra expressão usada no dia-a-dia, significando a única chance de se resolver um problema. Outro vocábulo usado na língua comum, por empréstimo do futebol, é o verbo driblar, que significa passar com a bola por um ou mais adversários. Usa-se este verbo em diversas situações quando alguém consegue algo difícil: driblou os concorrentes, driblou os obstáculos, etc. O próprio vocábulo gol passou a ser usado fora do âmbito do futebol. Marcar um gol significa, na língua comum, atingir um objetivo, conseguir o que se quer. Curiosamente, a palavra gol retoma assim seu sentido etimológico do inglês (goal = objetivo, alvo). A expressão pisar na bola, que significa perder o controle da jogada ou realizar um péssimo lance, passou para a língua comum com uma conotação moral. Quando alguém pisa na bola, é sinal de que fez algo errado, condenável. Outra expressão criada no campo do futebol, transposta para o domínio popular é ripa na chulipa, que tem o sentido de dar um chute forte. Sinônima de pimba na gorduchinha, a expressão, hoje em desuso na língua comum, significa ter de fazer algo rápido por falta de tempo, equivalendo à gíria vapt-vupt, também recuperada pela linguagem dos meios de comunicação neste caso um programa humorístico. Dar zebra é uma expressão criada por um técnico de futebol para expressar um resultado imprevisto, inesperado. Por extensão, é usada fora da linguagem do futebol, com o mesmo sentido. Zona do Agrião, expressão criada por João Saldanha, refere-se à grande área, onde ocorrem jogadas importantes para o ataque e para a defesa. Ouvimos muito as pessoas usarem zona do agrião para se referirem a uma área ou região crítica, perigosa. 2 OS TERMOS DO FUTEBOL NO BRASIL E EM PORTUGAL Vejamos, então, alguns termos do futebol em dois países de língua portuguesa, Brasil e Portugal, listando-os e comentando-os. Como sabemos, há diferenças em relação ao léxico entre a língua portuguesa falada no Brasil e em Portugal. É justamente esta diferença que buscamos enfatizar quando comparamos termos do esporte mais popular nestes dois países. A coleta dos termos foi feita com base em importantes jornais dos dois países (O 16

14 A linguagem do futebol no Brasil e em Portugal; por Simone Nejaim Ribeiro; IDIOMA 21; p Globo, Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, Jornal do Commércio, O Dia, A Bola e O Mundo Português), dos quais retiramos alguns vocábulos e expressões mais usados. Comecemos pelos termos portugueses e, em seguida, seus correspondentes brasileiros. 1. Alegado-fora-de-jogo = Impedimento 2. Chuto = Chute Obs.: Este termo veio do inglês shoot. Na adaptação para o português do Brasil, ficou chute. Como o fonema final /t/ não fecha sílaba, surgiu um /e/ paragógico, com pronúncia /i/. Em Portugal, surgiu o fonema /o/. 3. Disciplina = Cartões amarelo e vermelho 4. Equipa = Equipe 5. Esférico = Bola 6. Fiscal de linha = Bandeirinha 7. Golo = Gol Obs.: Assim como o vocábulo chute, gol vem do inglês goal. Na pronúncia brasileira, o fonema /l/ se torna uma semivogal /w/; o plural é /gows/ e grafa-se gols. Na pronúncia portuguesa, aparece o fonema /o/ depois do /l/, formando o vocábulo golo, com plural golos. Observe-se ainda que gol é um empréstimo lingüístico muito produtivo na língua portuguesa. Dele, formaram-se, com hibridismo: goleiro, goleada, goleador, golão, golaço, gol-contra. 8. Guarda-valas; guarda-metas, guarda-redes = goleiro, 'quíper 9. Jornada = Rodada 10. Meias-de-final = Semifinais 11. Melhores marcadores = Melhores goleadores, Artilheiros Obs.: O termo marcadores, no Brasil, se aplica aos jogadores encarregados de vigiar o adversário para tomar-lhe a bola. 12. Moldura = Baliza, Gol 13. Oitavos-de-final = Oitavas-de-final 14. Pontapé de baliza = Tiro de meta 15. Pontapé de canto, Tiro de esquina, Esquinado = Escanteio, Córner, Tiro de canto. 16. Poste = Pau, Trave Obs.: O termo poste também é empregado no Brasil, embora secundariamente. 17. Quartos-de-final = Quartas-de-final 18. Receita do jogo = Renda do jogo 20. Relvado = Gramado 21. Tempo de compensação = Descontos, Prorrogação Estes são alguns dos termos e expressões usados nos jornais especializados em esporte e na seção de esporte dos grandes jornais dos dois países. Vemos, com essa 17

15 A linguagem do futebol no Brasil e em Portugal; por Simone Nejaim Ribeiro; IDIOMA 21; p pequena amostra, que alguns estrangeirismos são adaptados de modo variado. O vocábulo penalty, por exemplo, é pronunciado diferentemente. No Brasil, é proparoxítono (pênalti); em Portugal, paroxítono. Um estudo mais completo teria, além da consulta aos jornais, a observação das narrações e comentários esportivos feitos em Portugal, a fim de que houvesse uma análise mais eficaz dessa linguagem, cada vez mais popular entre os brasileiros e portugueses. 3 CONCLUSÃO Como vimos nesta pequena amostragem, a linguagem especial do futebol é bastante expressiva e, muitas vezes, ultrapassa a esfera das narrações e dos textos referentes a esse esporte. Isto se deve, entre outras coisas, à grande paixão do brasileiro e do português pelo futebol. Com a observação das narrações esportivas e dos comentários na televisão e no rádio, notamos como é criativa e expressiva essa linguagem, como são criados termos novos e até praticados alguns desvios lingüísticos, próprios da emoção e descontração do esporte. A comparação de alguns termos específicos do futebol usados em Portugal e no Brasil pode mostrar, por exemplo, os tratamentos que cada povo dá aos estrangeirismos. No entanto, uma comparação mais completa poderia ser feita a partir de uma pesquisa com base nas narrações e comentários esportivos de Portugal, para que se aponte como os valores expressivos da linguagem de um esporte muito popular influenciam o comportamento das pessoas. Já há alguns estudos nesse campo, mas há muito material ainda a ser analisado, principalmente nessas relações entre o linguajar esportivo adotado por brasileiros e portugueses, ambos bastante representativos da língua comum do Brasil e de Portugal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Dicionário de lingüística e gramática. 15 a ed., Petrópolis: Vozes, CUNHA, Celso. "Em torno dos conceitos de gíria e calão" In: Miscelânea de estudos em honra de Antenor Nascentes. Rio de Janeiro: s/ed., p FEIJÓ, Luiz C. Saraiva. A linguagem dos esportes de massa e a gíria no futebol. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, "Aspectos da gíria no futebol". In AZEVEDO FILHO, Leodegário A. de. Miscelânea filológica em honra à memória do professor Clóvis Monteiro. Rio de Janeiro, Editora do Professor, p FERNANDES, Francisco. Dicionário de verbos e regimes. Porto Alegre: Globo, FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira / Lexicon, LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência verbal. São Paulo: Ática, MURAD, Maurício, Ed. Pesquisa de campo: futebol e cultura brasileira. Rio de Janeiro: UERJ, Departamento N. do Org.: Adaptação de parte da dissertação de Mestrado intitulada A Linguagem do Futebol: estilo e produtividade lexical, defendida em março de 1998 (IL UERJ). 18

16 IDIOMA 21 A reprodução deste artigo só está autorizada com a indicação completa da fonte: Idioma, 21. Rio de Janeiro: Centro Filológico Clóvis Monteiro UERJ, 2001 ( p DICIONÁRIO DE EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS FRANCÊS-PORTUGUÊS / PORTUGUÊS-FRANCÊS Claudia Maria Xatara (UNESP S. J. do Rio Preto) * Apoio FAPESP As expressões idiomáticas (EIs) representam um dos problemas prioritários da descrição léxica, que visa a atender a necessidades específicas de usuários virtuais (profissionais e especialistas da área, pesquisadores, estudantes, tradutores); entretanto, seu tratamento lexicográfico revela problemas teóricos e práticos. O sistema de inclusão dos idiomatismos nos dicionários gerais, por exemplo, ainda não é sistemático, normalmente havendo objeções quanto à extensão da nomenclatura, se vierem como entradas, ou quanto à extensão dos verbetes, se vierem como subentradas. A elaboração de dicionários especiais de EIs também carece de sistematização. Entendemos por dicionários especiais as obras de referência que descrevem unidades lexicais selecionadas de todo o conjunto do léxico de uma língua, por suas características específicas. Assim, o consulente leigo e sobretudo o estudioso ou especialista em línguas (professor, tradutor) podem se servir de dicionários de falsos-cognatos, neologismos, provérbios, regência verbal, gíria, etc., que recorrem sistematicamente a uma sinonímia interlingüística e constituem um material lexicográfico bem mais rico e detalhado, porque mais completo, que um dicionário da língua geral. Nos dicionários especiais, contudo, as unidades lexicais selecionadas geralmente são tratadas de um modo excessivamente amplo. Juntam-se a expressões idiomáticas, nosso tema central, unidades muito heterogêneas e heteróclitas, como lexemas isolados de sentido figurado fixo, todo tipo de anomalias e curiosidades gramaticais. O dicionário de idiomatismos francês-português / português-francês mais completo que conhecemos até o momento, de Bretaud & Mattos (1990), traz, por exemplo, EI como plier bagage ( arrumar a trouxa ) misturadas a provérbios (Qui aime bien, châtie bien Quem dá o pão, dá o castigo) ou a simples locuções gramaticais (aussi bien que assim como). Apresentamos a seguir as reflexões metodológicas que nortearam nosso trabalho lexicológico-lexicográfico, um dicionário de expressões idiomáticas bilíngüe, resultado de pesquisas de mestrado e doutorado, referente a cerca de sete mil idiomatismos freqüentemente utilizados, na direção francês-português. Essas reflexões implicam tanto a seleção e classificação de uma nomenclatura específica, quanto a diagramação dos verbetes e a escolha e ordenação das informações que os estruturam. 1 A MACROESTRUTURA Para um projeto de dicionário, inicia-se pela identificação do tipo de unidade lexical com que se estabelece a nomenclatura responsável por sua macroestrutura. No nosso caso, reconhecemos que se trata de uma EI se a unidade considerada for uma lexia complexa indecomponível, conotativa e cristalizada em um idioma pela tradição cultural (Xatara, 1998). Isso representa a primeira delimitação que foi feita: excluímos locuções e combinatórias usuais não figuradas, perífrases verbais, gírias, ditados e

17 Dicionário de expressões idiomáticas francês-português/português-francês; por Claudia Maria Xatara; IDIOMA 21; p provérbios e sintagmas terminológicos. Dentre as EIs necessariamente levantadas em fontes lexicográficas autorizadas e confiáveis (uma de nossas principais fontes foi o Dictionnaire des expressions et locutions, de Rey & Chantreau (1994) - nossa segunda delimitação - decidimos ainda partir do emprego corrente de uma EI, quanto à sua freqüência no atual estágio sincrônico da língua francesa geral da França, tendo o português do Brasil como língua de chegada, daí termos excluído expressões em desuso e os regionalismos (terceira e quarta delimitações) e definido o perfil do dicionário como um dicionário especial bilíngüe de decodificação, procurando-se fornecer equivalentes idiomáticos (quando foi possível) que, além de corresponderem ao sentido das EIs traduzidas, pudessem adequar-se estilisticamente ao texto que o tradutor venha a redigir. A fim de precisarmos, portanto, com o maior rigor possível, o sentido das expressões em francês, recorremos a informantes franceses; do mesmo modo, para fornecermos a melhor adequação dessas EIs ao português, recorremos a psicólogos, jornalistas, políticos, médicos, estudantes, artistas, joalheiros, bancários, professores, advogados, comerciários, taxistas, economistas, funcionários públicos, enfim, informantes da língua portuguesa, de faixa etária, profissão, grau de escolaridade e sexo diferentes. Além disso, em nossos corpora, desbastamos as EIs classificadas como literárias ou vulgares, como as expressões representantes de obscenidades, escatologia e injúria ( quinta e sexta delimitações), pois as EIs encontram-se, em sua grande maioria, no nível coloquial (linguagem informal, que usa palavras novas, imagens pitorescas, sentidas como "anormalidades", sem que a freqüência de seus desvios constitua uma deformação que torne "inaceitáveis" as mensagens dadas - avoir les portugaises ensablées ter muita cera no ouvido, vendre sa salade vender seu peixe, etc. Bally, 1951; Peytard & Génouvrier, 1970). Por fim, a sétima delimitação a que nos submetemos foi a classificação alfabéticosemasiológica das EIs, desconsiderando a classificação que repousa na noção de palavrachave, para que o usuário não tenha que adivinhar ou se prender à lógica do dicionarista, o qual pode atribuir à palavra-chave o componente mais raro ou menos freqüente ou determiná-la segundo uma hierarquia de categorias gramaticais (primeiramente o substantivo, depois o adjetivo, o advérbio e o verbo). Desse modo, para localizarmos laisser passer l eau sous le pont (deixar correr o marfim), poderíamos procurá-la sob a entrada de um substantivo (eau ou pont?) ou sob a entrada do componente de menor freqüência (seria sous?). Mas qual consideração impõe ao lexicógrafo a escolha segura dessa ou daquela palavra-chave? A nosso ver, as EIs são unidades lexicais que formam um conjunto, um subsistema em relação ao sistema que é a língua geral, apesar de não integrarem um universo fechado, homogêneo. Acreditamos, portanto, que devam constituir entradas específicas em um dicionário também específico. Assim, laisser passer l eau sous le pont pode ser rapidamente localizada dentre as EIs que começam pela letra L. 2 A MICROESTRUTURA Sempre que necessário, as traduções são acompanhadas de certas indicações para melhor orientar o consulente, facilitando-lhe o entendimento das EIs elencadas. Essas indicações são informações de diversa natureza: - informações morfológicas, indicando a) variação de artigo (de indefinido para definido, por exemplo) ou inclusões opcionais (a mesma EI com ou sem artigo); b) pronome na P3 m., apenas por ser consagradamente a forma mais genérica; c) verbos geralmente no infinitivo, ou em formas restritas (só no imperativo ou só na negativa, por exemplo) - informações sintáticas, indicando restrições de uso quanto ao sujeito ou ao objeto; - informações semânticas, com o seguinte esquema de remissões: v. (ver): para 20

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