FATORES QUE INTERFEREM NA AUDIÇÃO DO BEBÊ DURANTE A GESTAÇÃO Uma proposta de prevenção

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1 CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA AUDIOLOGIA CLÍNICA FATORES QUE INTERFEREM NA AUDIÇÃO DO BEBÊ DURANTE A GESTAÇÃO Uma proposta de prevenção VIVIAN KELEN TAVARES DE MELO AMORIM RECIFE 1998

2 RESUMO A presente pesquisa tem o propósito de esclarecer a população a origem da surdez e alertá-la das precauções e providencias a serem tomadas visando a prevenção deste problema antes e durante a gravidez, pois sabe-se que as causas da deficiência auditiva são várias podendo, em muitos casos, ocorrer durante a gestação. Diante desta realidade este trabalho constitui-se na aplicação prática da prevenção com implantação de um programa de orientação materna onde será realizada palestras, trabalho de orientação com as que estão realizando pré natal e distribuição de folhetos explicativos. Esta proposta de prevenção com objetivo prático será realizada inicialmente na APAMI, maternidade de Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco e apesar de suas limitações pretende enfatizar a importância da prevenção conscientizando a população de sua importância. Possui como base um levantamento bibliográfico que abrange desde as causas da surdez, sua prevenção, perfil clínico, custo do tratamento até a importância da detecção precoce para amenizar as conseqüências da surdez.

3 ABSTRACT This research has the purpose to explain the origin of the deafness to the population and alert her to the precautions and providences to be taken intending the prevention of this problem before and during the pregnancy, before there are many causes of the hearing deficiency that can happen during the pregnancy. In front of this reality, this work is the pratice aplication of the prevention with implantation of a maternal orientation program where will have debate, orientation booklet and work with the women that are doing ante-natal care. This proposal of prevention with pratical purpose will be first realized at APAMI, Vitória de Santo Antão s maternity, interior of Pernambuco and, in spit of the limitations, intends to emphasize the importance of the prevention by the population s consciousness. It has as a base a bibliographic survey that comprises the deafness causes, its prevention, clinical side, treatment expense and the importance of the precious detections to decrease the deafness consequences.

4 Dedico esta pesquisa a todas as gestantes que estão realizando o pré-natal e que com muito amor e carinho já se preocupam com o futuro de seus filhos.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço à Professora Mirian Goldenberg, pela valiosa orientação que conduziu os passos deste trabalho; Aos meus pais por tudo que me ensinaram e por estarem sempre ao meu lado me dando força para eu seguir minha caminhada; Ao meu namorado, Ricardo Veras, que vivenciou junto comigo todo o processo deste trabalho com muito companheirismo; A minha amiga, Claudia Longman, por ter me incentivado com otimismo desde o início da pesquisa; À Dra. Isla Queiroz por ter me fornecido condições técnicas para realização deste trabalho; A todos que de alguma forma colaboraram com paciência e dedicação. Os problemas da surdez são muito profundos e complexos, mais importantes talvez do que os da cegueira. A surdez é um infortúnio muito maior. Representa a perda do estímulo mais vital - o som da voz - que veicula a linguagem, agita os pensamentos e nos mantém na companhia intelectual do homem. Helen Keller

6 SUMÁRIO 1. Introdução Discussão Teórica Causas da Surdez no período gestacional Caracterização das patologias Conseqüências da Perda Auditiva Desenvolvimento da Audição Prevenção da Surdez Considerações finais Referencias Bibliográficas... 21

7 CAUSAS DA SURDEZ NO PERÍODO GESTACIONAL Segundo a Organização Mundial de saúde 1,5 da população brasileira é portadora de algum grau de deficiência auditiva e este número cresce a cada ano, possuindo causas variadas. Encontramos diferentes etiologias as surdez, com base no propósito deste trabalho vamos destacar principalmente as causas do período pré-natal, ou seja que ocorrem antes do nascimento. A prevalência da deficiência auditiva em recém nascidos, para Domingues ( 1997 ), se estima entre 1,5 e 6,0 casos para 1000 nascidos, o que é um grande número. Para o autor as principais causas no período prénatal são causa genéticas: Autossomicas recessivas, que origina hipoacusia profunda bilateral, neste caso destacamos as Síndromes de Lange-gerevell, Nielsen, Pendred, Usher. Autossomicas dominantes, apresentando hipoacusia profunda bilateral, destacando-se as Síndromes de Wanderburg, Treacher-Collins e Alport. Recessivas ligadas ao cromossomo X causando hipoacusia profunda associada com daltonismo o que ocorre na Síndrome de Alport. Segundo o Joint Committee que possui representantes da American Speech, Language e Hearing Association, os principais fatores de risco congênitos são : história familiar de surdez congênita, infecção intra-uterina ( TORCHS) toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, ototóxidade. As anomalias craniofaciais também estão incluídas quando 4

8 atingem o canal auditivo, há ainda um grande risco em medicamentos ototóxicos ingeridos pela mãe como, aminiglicosídeos e alguns diuréticos. Lichtg ( 1997), cita em um estudo realizado por Saleno et al (1985 ), com setenta e dois indivíduos com idade entre 0 e 15 anos, este estudo provou que a hereditariedade, consangüinidade e a rubéola as principais causa prénatal da deficiência auditiva. Ainda é citado que muitas causas ainda são desconhecidas, mostrando que é necessário realizar investigação mais profunda. Para Hungria (1995 ), as causas pré-natais podem ser genopatia, ou seja defeitos genéticos dos pais, ou embriopatias, lesões do embrião por diferentes causas como síndrome rubélica, medicamentos teratogênicos, talidomida, sífilis congênita, toxemia gravídica que acarreta impregnação tóxica dos elementos neurosensoriais e cocleares. Numa pesquisa realizada em 1989 na Dinamarca, a Hereditariedade é citada como o fator mais freqüente da deficiência auditiva, destacando ainda a infecção fetal como uma importante causa. (Tucker, 1995). A mais conhecida dentre as infecções fetais é a rubéola, apesar da incidência da deficiência auditiva causada por rubéola já ter reduzido bastante nas duas últimas décadas, devido às propostas de vacinação. Esta pesquisa cita ainda os cuidados com o citomegalovírus e outras infecções que sempre devem ser enfatizadas; as melhorias nos cuidados neonatais também são lembradas, pois certas dificuldades que os recém nascidos apresentam podem resultar em deficiência auditiva, com ou sem incapacitações adicionais. 5

9 Segundo Tucker, os fatores de alto risco para a deficiência auditiva são: história de antecedentes hereditários, infecções peri-natais, anomalias de cabeça e pescoço, peso ao nascimento, inferior a 1500g, elevados níveis de bilirrubina neonatal, asfixia ou baixo índice de APGAR ao nascimento e meningite. Ainda outros fatores possíveis são : sífilis neonatal, hipertensão pulmonar persistente, internação na Unidade de Tratamento Intensivo neonatal ( UTI - Neonatal). Segundo Bess, Humes 1998, todos os distúrbios auditivos podem ser divididos em duas classificações principais: não genéticas - exógenos e genéticas - endógenos. As deficiências auditivas endógenas podem ser hereditárias e congênitas. Devido à proposta temática da presente pesquisa, iremos nos deter principalmente nas perdas auditivas congênitas. Bess e Humes 1998, afirmam que há uma série de complicações que podem surgir antes, durante ou logo após o nascimento. As infecções virais e bacterianas estão inseridas neste contexto e podem variar em graus e padrões da perda auditiva. As doenças infecciosas podem ser transmitidas à criança pela mãe, no útero ( pré-natal ). Para eles várias doenças pré-natais são classificadas como parte do complexo TORSCHS, que é uma sigla utilizada para identificar as principais infecções que podem ser contraídas ainda na vida intra-uterina e que significa: T- toxoplasmose, O - outras, R - rubéola, S - sífilis, C - citomegalovírus, H - herpes simples. Quaisquer destas doenças são consideradas como fatores de risco para a perda auditiva. Na tabela abaixo temos a caracterização das patologias e os seus perfis clínicos: 6

10 CARACTERIZAÇÃO DAS PATOLOGIAS - PERFIL CLÍNICO Patologia Principais Sintomas Transmissão TOXOPLASMOSE Coriorretinite, hidrocefalia, calcificação intracraniana, perda auditiva Causada por um organismo é transmitida para a criança através da placenta. Supõe--se que a infecção é RUBÉOLA CITOMEGALO- VÍRUS HERPES SIMPLES SÍFILIS Defeito no coração e nos rins, anormalidades nas orelhas, retardo mental, perda auditiva. Retardo mental, defeitos visuais e perdas auditivas. Doença viral mais comum causadora de perda auditiva. Aumento do fígado, erupção cutânea, anomalias da visão, retardo psicomotor, encefalias e perda auditiva. Aumento do fígado e do baço, erupção cutânea, coriza e perda auditiva. contraída através de ingestão de alimentos cozidos e contato com fezes de gato. Infecta a mãe por via respiratória e é transmitida para o feto através da placenta, por corrente sangüínea. Transmitida ao feto através de via sangüínea. É uma doença sexualmente transmissível e o vírus adquirido é transmitido ao feto no útero ou durante o parto. Transmitida ao bebê pela mãe através de infecção intra-uterina. Sua manifestação é em qualquer momento da 1ª à 6ª década da vida. 7

11 Abaixo temos alguns achados audiológicos e otológicos do complexo TORCHS: ACHADOS AUDIOLÓGICOS E OTOLÓGICOS TOXOPLASMOSE : Perda auditiva neurosensorial bilateral, moderada a severa, pode ser progressiva. EXEMPLO AUDIOGRAMA Freqüência em Hertz (Ciclos por segundo) progressiva. RUBÉOLA: perda auditiva neurosensorial profunda, pode ser EXEMPLO : AUDIOGRAMA Freqüência em Hertz (Ciclos por segundo) 8

12 CITOMEGALOVÍRUS: perda auditiva neurosensorial bilateral, leve a profunda, pode ser progressiva. EXEMPLO - AUDIOGRAMA Freqüência em Hertz (Ciclos por segundo) HERPES SIMPLES: perda auditiva neurosensorial unilateral ou bilateral, moderada a severa. EXEMPLO AUDIOGRAMA Freqüência em Hertz (Ciclos por segundo) 9

13 SÍFILIS : Perda auditiva neurosensorial bilateral, severa a profunda, a configuração e o grau variam. EXEMPLO - AUDIOGRAMA Freqüência em Hertz (Ciclos por segundo) A surdez do tipo congênita é aquela que podemos constatar no nascimento, pode ser de origem embriopata, que atinge o embrião ou fetopatia, que atinge o feto a partir do terceiro mês.( Lafon 1989 ). O autor ainda afirma que a origem pode ser genética o que ocorre geralmente de modo recessivo e raramente de modo dominante; para ele a surdez leve e moderada representam 3% da população, ou seja, crianças de três anos no fim da escolaridade. A surdez severa a profunda representam 2 por mil da população, ou seja, crianças do nascimento aos 18 anos. Já a surdez de transmissão, freqüentemente temporária, é sempre leve ou média. A causas destes tipo de surdez são : hereditárias isoladas, embriopatia rubeólica, hemorragias da gravidez, síndrome 10

14 polimalformativa, prematuridade, anoxia neo-natal, meningites, caxumbas, encefalites etc. Malformações do ouvido externo ou médio, fatores genéticos, doenças adquiridas pela mãe na época da gestação e que passam para o feto, afetando o desenvolvimento do ouvido ( rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose ), exposição da mãe a droga ototóxicos ( medicamentos que afetam a audição, como por exemplo a talidomida ), alterações congênita do sistema nervoso central, uso de drogas, pela mãe, que afetam o sistema nervoso central, todos estes casos são exemplos de etiologias da surdez que podem originar perdas do tipo condutiva, neurosensorial ou até mesmo perda auditiva central. ( Bevilacqua, 1998 ). Após o nascimento da criança é realizado um exame físico detalhado, que inclui análise da orelha, observando a forma, nível de implantação, tamanho, presença de traumas obstétricos, como escoriações, cortes ou hematomas, malformação e permeabilidade do ouvido, para detectar qualquer tipo de alteração. Estas observações analisam a orelha externamente e quanto ao seu caráter anatômico, observando sua integridade; apenas posteriormente poderá ser feita uma avaliação fisiológica do sistema auditivo, através de situação específica e adequada. ( Brock, 1998). Lichtig 1997, cita um estudo realizado por Saleno et al 1985, com setenta e dois (72) indivíduos com idades entre 0 e 15 anos, que ilustra claramente os contrastes do país. Este estudo provou que a hereditariedade é a principal causa pré-natal de deficiência auditiva, sendo a consangüinidade a causa contribuinte com 54%, logo após vem a rubéola com 30%. Ainda é citado um estudo realizado por Barbui 1989, onde encontra-se os seguintes valores 11

15 percentuais: 37.81% de toda a amostra constituída de 119 indivíduos, possui causa desconhecida, o que nos mostra que é necessário realizar uma investigação mais profunda em relação às causas da surdez. De acordo com Santos et al 1987, citado também em Lichtig 1997, nestes achados, provavelmente 25% das perdas auditivas neurosensoriais, classificadas como desconhecidas, são conseqüentes da rubéola, baseando-se na literatura. Andrade 1996, cita Marge que apresenta uma divisão das patologias segundo suas diferentes causas e coloca como fatores preveníveis e não preveníveis. Para a autora quanto a audição os fatores preveníveis pré-natal são: doenças sexualmente transmissíveis, traumas, alguns fatores genéticos, prematuridade, incompatibilidade de Rh, drogas ototóxicas, contato pré-natal com drogas e doenças infecciosas. Apresenta como patologia auditiva não preveníveis os fatores constitucionais, alguns fatores genéticos e idade. São várias os défices que a perda auditiva pode originar e para melhor entendermos a importância da prevenção dos fatores que causam a surdez destacamos adiante algumas conseqüências da surdez na criança. CONSEQUÊNCIAS DA PERDA AUDITIVA Em relação as conseqüências da surdez temos diversos prejuízos ao desenvolvimento normal da criança. Lichtig 1997, afirma que deficiência auditiva em criança acarreta graves conseqüências em relação a aquisição e ao desenvolvimento da fala e 12

16 da linguagem. A fala e a linguagem por sua vez influencia o desenvolvimento do processo cognitivo, escolar e nas relações sociais do ser humano. Reconhece-se que os três primeiros anos da vida são básicos ao desenvolvimento geral da criança, especialmente no que diz respeito à comunicação. Segundo Azevedo 1997, as conseqüências da surdez congênita profunda pré-lingual são : - Dificuldade do conhecimento do idioma, oralização e fala difíceis; - Dificuldade de compreender a fala; - Dificuldade para a leitura e escrita; - Dificuldade de abstração e ainda implicações psicológicas onde os comportamentos mais comuns são rigidez, egocentrismo, dificuldade ou falta de controle, impulsividade, dentre outros. Acredita-se na Audiologia que a perda da audição é um sinal / sintoma que deve ser considerado como resultado de um ou mais fatores lesivos que afetam a audição. Segundo Jeffer 1993, uma perda auditiva que não é identificada, pode ter grandes conseqüências sobre o desenvolvimento da palavra e a linguagem da criança e também de seu ajuste social. Por todos estes fatores a detecção precoce tem sido um desafio. A participação familiar no processo terapêutico da criança deficiente auditiva tem sido amplamente discutida na literatura, abordando principalmente aspectos de educação e orientação familiar. Para que ocorra interação com uma criança que utiliza uma prótese auditiva, requer que os pais aprendam manobras específicas, desde o manuseio da prótese até à forma com que se deve falar com a criança. Isto requer que a reabilitação, além de outros 13

17 aspectos, dê também aos pais este tipo de orientação, que muitas vezes pode nos parecer clara. A possibilidade do diagnóstico da deficiência auditiva desde os primeiros dias de vida, levou o fonoaudiólogo a atuar com bebês e crianças muito pequenas. O trabalho fonoaudiológico se dá a partir de diversos aspectos que vão refletir a singularidade de cada criança e de sua família. É no processo de escuta desta família e do comportamento da criança, que vai se formando a atuação do fonoaudiólogo. Testes variados podem ser realizados para a detecção da deficiência auditiva. Graças à tecnologia, estes testes tornam-se cada vez mais confiáveis e objetivos. Partindo do pressuposto de que a aquisição da linguagem está diretamente relacionada à audição, o desenvolvimento da linguagem encontra-se estritamente ligado ao desenvolvimento da audição. Sabemos que o desenvolvimento da função auditiva ocorre nos primeiros períodos de maturação da vida infantil. Por isso é que quanto mais tardia for feita a estimulação auditiva, menor será a habilidade lingüística da criança. Sendo assim, faz-se necessário que se detecte e trate o mais precocemente os problemas auditivos. Alguns sinais podem indicar possível perda auditiva de grau variado, que podem ser observados pelos pais, responsáveis ou até mesmo educadores: - O balbuciar da criança que possui deficiência auditiva é reduzido ou pouco nítido, e pára subitamente aos 6 a 8 meses, sendo substituído por gritos; - A criança não obedece a comandos de ordens simples; 14

18 - A criança possui atraso ou dificuldades na evolução lingüistica; - A criança não reage quando é chamada; Em termos de curiosidades no próximo capítulo falaremos um pouco sobre o desenvolvimento auditivo da criança desde sua vida intra-uterina. DESENVOLVIMENTO DA AUDIÇÃO Hall 1992, relata que o desenvolvimento do sistema auditivo inicia-se na vida intra-uterina, encerra-se durante o primeiro ano de vida da criança. Existem assim duas fases de maturação neurológica: a primeira fase encerrase por volta do sexto mês de gestação quando ocorre a maturação das vias auditivas periféricas ( ouvido externo até o nervo coclear ), na Segunda ocorre a maturação das vias auditivas em todo sistema nervoso central. Tais informações são importantes no que se refere a avaliação do recém-nascido. Sabemos que no quinto mês de gestação o feto já possui as estruturas do ouvido médio e do ouvido interno já formadas, sendo inclusive possível demonstrar suas funções cocleares; as fibras do nervo auditivo começam a se mielenizar durante o sexto mês de gestação. (Elliot 1964). Klaus e Klaus 1989, afirmam que meses antes do nascimento o feto já é capaz de ouvir e até de destinguir diferentes tipos de sons, como por exemplo: vozes familiares e não familiares, altura, intensidade e até determinar de onde vem o som. 15

19 Bench citado por Down 1986, realizou uma pesquisa medindo o nível de pressão sonora que podia ser captado pelo ouvido do feto através do líquido aminiótico. Capitou-se o ruído de fundo de 72 db, que correspondia ao batimento cardíaco da mãe. Portanto no nascimento a criança já foi exposta por pelo menos quatro meses a diferentes experiências auditivas, algumas delas com níveis de intensidade que pode até incomodar. (Downs, 1986). Pesquisas realizadas por De Casper citado por Klaus 1989, demonstram que o recém nascido tem reações diferentes ao ouvir a voz de sua mãe e de outras mulheres, além de reconhecerem histórias e músicas ouvidas durante a gestação. O que mostra que o recém-nascido já tem experiências auditivas prévias e que é capaz de reconhece-las. Diante destes fatores de desenvolvimento da audição enfatizamos mais uma vez a grande importância da prevenção da surdez durante o período gestacional, já que sabemos que é neste período que inicia-se seu desenvolvimento auditivo. PREVENÇÃO DA SURDEZ Lichtig 1997, enfatiza as campanhas de esclarecimento à população e aos profissionais médicos, sobre as causas da deficiência auditiva e sobre os danos que as drogas ototóxicas podem trazer à audição. Para o bebê que se encontra acometido da deficiência auditiva, Northern e Downs citado ainda por Lichtig, propõe que a audiologia preventiva 16

20 torna-se um caminho viável para prevenir os efeitos prejudiciais que o indivíduo possivelmente terá que enfrentar. Esta prevenção pode ser obtida apenas através da detecção o mais cedo possível e do fornecimento de terapia e educação especializados. Desta forma poderá amenizar as conseqüências trazidas pela privação da audição. A OMS ( Organização Mundial de Saúde ) estima que 5% da população de qualquer país, durante a época de paz, seja portadora de algum tipo de deficiência, segundo Helander 1993 citado por Lichtig; sendo no Brasil a deficiência auditiva responsável por 15%. Em um artigo de revisão sobre danos à audição após meningite bacteriana, Fortnum, citado em Tucker 1995, salienta os benefícios potenciais da vacina Haenophilus Influenzae B na prevenção da meningite em crianças, o que traz redução significativa dos casos de surdez infantil, mas apesar da meningite nem sempre ser causada pelo Haenophilus Influenzae B, a imunização contra este agente certamente ajudará a reduzir o número de casos de perda da audição adquirida na infância, que responde a mais ou menos 90% dos casos da perda de audição adquirida na infância, segundo Davis e Wood 1992, citado em Tucker. A surdez profunda na infância é mais que um diagnóstico médico; é um fenômeno cultural, em que padrões sociais, emocionais, lingüísticos e intelectuais, assim como seus problemas estão inextricavelmente ligados. ( Lichtig, 1997). Concordamos com Andrade 1996, que toda criança tem direito de nascer o mais saudavelmente possível, o que favorecer em seu desenvolvimento geral. No entanto para que isto ocorra é necessário que haja 17

21 uma assistência profissional as mães. Nesta última década esta prática de prevenção vem sendo amplamente discutida, o que não exclui de forma alguma a atenção a saúde materno-infantil. A maternidade é de especial interesse já que envolve a existência de vida intra-uterina e o nascente. Para a autora é de extrema importância a assistência multiprofissional durante a gestação, o que significa um processo contínuo de saúde, uma vez que a qualidade da saúde de cada geração contribuirá para uma geração subsequente mais sadia. Ela enfatiza ainda a importância da preparação para a gestação como exames pré-nupciais, estudos genéticos, consangüinidade o que proporciona uma prevenção de doenças. Leavell e Clark, citados em Regina 1996, afirmam que promover a saúde materno-infantil, através de medidas preventivas individuais e coletivas determinam a melhora da qualidade geral de vida dos indivíduos e das populações. Desta forma cabe ao Fonoaudiólogo a responsabilidade de capacitar-se para desenvolver pesquisas, programas educacionais e intervenção específicas adaptadas a realidade do grupo populacional. Alguns programas educativos já propostos por Leavell e Clark, citados em Regina 1996, fornecem informações as mães com o objetivo de prepará-las quanto: às modificações físicas e emocionais deste período, aos danos provenientes dos agentes de risco ( fumo, álcool e drogas ), às possibilidades de atenção e estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor e lingüístico do bebê. 18

22 Na Fonoaudiologia, Andrade 1996, afirma que os trabalhos preventivos na saúde materno-infantil é ainda bastante limitado, principalmente em nosso país. Apesar disto estudos brasileiros sobre a prevenção em fonoaudiologia, vem sendo apresentados, entre outros, por Andrade desde o início dos anos 80. Um programa de prevenção fonoaudiológico é um empreendimento que deve seguir uma bem definida estrutura organizacional. Andrade 1996, sugere que este programa preventivo apresente três etapas: a gestação ( como parte do pré-natal ), no nascimento ( em berçário normal e de risco ) e no purpério ( com a necessidade ou não de intervenções específicas ). Na primeira fase é que esta pesquisa possui maior enfoque, pois é no período pré-natal que a gestante receberá informações necessárias quanto ao cuidado com a audição de seu bebê, evitando assim problemas posteriores. Nosso trabalho abrange aconselhamentos gerais sobre o desenvolvimento da audição e as providencias específicas para as famílias poderem evitar danos auditivos. Sabemos que o período da maternidade e infância são básicos para a qualidade de saúde em todos as outras fases da vida (incluindo também a saúde auditiva/ linguística). A preparação para a maternidade deve ser considerada, segundo Jeffers 1993, a Frente avançada das iniciativas de saúde pública, na vez que delas decorrerão a minimização das condições de alto risco. Nos Estados Unidos programas educacionais para o nascimento tem promovido efetiva ajuda para os pais fazerem mudanças positivas em seus estilos de vida. Estes programas transmitem a eles o conhecimento, o desejo e 19

23 a confiança que necessitam para operarem mudanças em prol da qualidade de vida. ( Andrade, 1996). Em nosso trabalho tivemos a oportunidade de iniciarmos um programa de prevenção da surdez que teve enfoque no período gestacional. Foi realizado a partir de orientação familiar no período pré-natal, palestra abertas ao público sobre a prevenção da deficiência auditiva e distribuição de folhetos explicativos ( ver anexo). Pretendemos dar continuidade a esta ação para que cada vez um maior número de pessoas tenham a consciência que a deficiência auditiva pode e deve ser evitada. 20

24 CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos então que a surdez é uma patologia que, apesar de poder ser prevenida em diversos casos, ainda acomete uma porcentagem significativa de crianças. Isto ocorre devido à desinformação da população,que se encontra privada de informações básicas sobre as causas da surdez. O objetivo inicial desta pesquisa foi de esclarecer a população sobre alguns cuidados que podem ser tomados durante a gestação e que podem evitar a surdez. Foi realizado um trabalho de prevenção, abordando os principais aspectos da surdez com: suas causas, cuidados necessários durante a gravidez,, as doenças que podem causar a surdez, cuidados com o bebê e até mesmo testes que podem ser realizados em casa para observação da audição da criança. Tivemos a oportunidade de iniciarmos um programa de prevenção da surdez que teve ênfase no período gestacional. Foi realizado a partir de orientação familiar no período pré-natal, palestra abertas ao público sobre a prevenção da deficiência auditiva e distribuição de folhetos explicativos. Pretendemos dar continuidade a esta ação para que cada vez um maior número de pessoas tenham a consciência que a deficiência auditiva deve ser evitada. Pertence a nós, profissionais da área de saúde, e principalmente de audiologia, esclarecer esta população, evitando desta forma conseqüências drásticas ao indivíduo no seu desenvolvimento global, nos aspectos biológicos, psicológicos sociais e educacionais. 21

25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS Joint Committee on Infant. Hearing, Position Statement. Pediatrics, 70, p , ANDRADE, C. R. Prevenção Auditiva. Fonoaudiologia em Berçário. Normal e de Risco. São Paulo, Lovise, p 36-40, ARAÚJO, R. ; PRACOWNIK, A. ;SOARIS, L. Pediatria e Fonoaudiologia.. Fonoaudiologia atual. Rio de Janeiro, Revinter, p. 1-4, BASSETO, M. ; BROCK, R. ;HAJNSZTEJN, R. Avaliação Clínica do Recém-. nascido. Neonatologia: um Convite a Atuação Fonoaudiológica. São. Paulo, Lovise, p 23-34, BESS, F. ; HUMES, L. Patologias do Sistema auditivo. Fundamentos da. audiologia. Porto Alegre, Artmed, p , BEVILACQUA, M. C. Conceitos básicos sobre a audição e deficiência.. auditiva. Bauru, v 1, 18p, São Paulo, DOWNS, M. D. The rationale for neonatal hearing screning. In: Swigart, E.. T., San Diego, Neonatal Hearing, ELLIOT, G. B. ; ELLIOT, K. A. Some pathological radiological and Clinical.. implications of the precocious development of the human ear.. Laringoscope. p 60-71, FERREIRA, A. Dicionário Aurélio. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, FILHO, L. O. Deficiência Auditiva. Tratado de Fonoaudiologia. São.. Paulo, Roca, p 3-24,

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