AULA 01 - Política Nacional De Humanização

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1 AULA 01 - Política Nacional De Humanização 1. Política Nacional De Humanização Diretrizes Para A Implementação Do Humanizasus A Humanização Como Eixo Norteador Das Práticas De Atenção E Gestão Em Todas As Instâncias Do Sus Acolhimento E Classificação De Risco Nos Serviços De Urgência Acolhimento Com Avaliação E Classificação De Risco Resolução Cofen Nº 423/

2 1. Política Nacional de Humanização A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. A PNH da Atenção e Gestão do SUS tem como propósitos: Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes da humanização; Fortalecer iniciativas de humanização existentes; Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de atenção; Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão; Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas. Para isso, o HumanizaSUS trabalha com três macro-objetivos: 1. Ampliar as ofertas da PNH aos gestores e aos conselhos de saúde, priorizando a atenção básica/fundamental e hospitalar, com ênfase nos hospitais de urgência e universitários; 2. Incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na agenda dos gestores, dos conselhos de saúde e das organizações da sociedade civil; 3. Divulgar a Política Nacional de Humanização e ampliar os processos de formação e produção de conhecimento em articulação com movimentos sociais e instituições. Na prática, os resultados que a Política Nacional de Humanização busca são: Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso; Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco; 232

3 Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo; Garantia dos direitos dos usuários; Valorização do trabalho na saúde; Gestão participativa nos serviços. O HumanizaSUS, aposta na INCLUSÃO de trabalhadores, usuários e gestores na produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho. A comunicação entre esses três atores do SUS provoca movimentos de perturbação e inquietação que a PNH considera o motor de mudanças e que também precisam ser incluídos como recursos para a produção de saúde. Humanizar se traduz, então, como inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de forma coletiva e compartilhada. Incluir para estimular a produção de novos modos de cuidar e novas formas de organizar o trabalho. Como incluir? As rodas de conversa, o incentivo às redes e movimentos sociais e a gestão dos conflitos gerados pela inclusão das diferenças são ferramentas experimentadas nos serviços de saúde a partir das orientações da PNH. Incluir os trabalhadores na gestão é fundamental para que eles, no dia a dia, reinventem seus processos de trabalho e sejam agentes ativos das mudanças no serviço de saúde. Incluir usuários e suas redes sócio familiares nos processos de cuidado é um poderoso recurso para a ampliação da corresponsabilização no cuidado de si. 2. Diretrizes para a implementação do HumanizaSUS A PNH atua a partir de orientações clínicas, éticas e políticas, que se traduzem em determinados arranjos de trabalho. Entenda melhor alguns conceitos que norteiam o trabalho da PNH: Acolhimento 233

4 O QUE É? Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/populações. Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede sócio afetiva. COMO FAZER? Com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das práticas de saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos com prioridades a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco. Gestão Participativa e cogestão O QUE É? Cogestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão - que se transforma também em espaço de realização de análise dos contextos, da política em geral e da saúde em particular, em lugar de formulação e de pactuação de tarefas e de aprendizado coletivo. COMO FAZER? A organização e experimentação de rodas é uma importante orientação da cogestão. Rodas para colocar as diferenças em contato de modo a produzir movimentos de desestabilização que favoreçam mudanças nas práticas de gestão e de atenção. A PNH destaca dois grupos de dispositivos de cogestão: aqueles que dizem respeito à organização de um espaço coletivo de gestão que permita o acordo entre necessidades e interesses de usuários, trabalhadores e gestores; e aqueles que se referem aos mecanismos que garantem a participação ativa de usuários e familiares no cotidiano das unidades de saúde. Colegiados gestores, Mesas de negociação, Contratos Internos de Gestão, Câmara Técnica de Humanização (CTH), Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), 234

5 Gerência de Porta Aberta, entre outros, são arranjos de trabalho que permitem a experimentação da cogestão no cotidiano da saúde. Ambiência O QUE É? Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas. COMO FAZER? A discussão compartilhada do projeto arquitetônico, das reformas e do uso dos espaços de acordo com as necessidades de usuários e trabalhadores de cada serviço é uma orientação que pode melhorar o trabalho em saúde. Clínica ampliada e compartilhada O QUE É? A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença. Permite o enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos danos e ineficácia. COMO FAZER? Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além do enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a qualificação do diálogo (tanto entre os profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto destes com o usuário), de modo a possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS. 235

6 Valorização do Trabalhador O QUE É? É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho. COMO FAZER? O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a Comunidade Ampliada de Pesquisa são possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção e análise do que gera sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo de trabalhadores e do que propicia os acordos de como agir no serviço de saúde. É importante também assegurar a participação dos trabalhadores nos espaços coletivos de gestão. Defesa dos Direitos dos Usuários O QUE É? Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta. COMO FAZER? Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social. 3. A Humanização como Eixo Norteador das Práticas 236

7 de Atenção e Gestão em Todas as Instâncias do SUS A Humanização é uma política transversal, entendida como um conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações nos diversos serviços, nas práticas de saúde e nas instâncias do sistema, caracterizando uma construção coletiva. A Humanização, como uma política transversal, supõe necessariamente que sejam ultrapassadas as fronteiras, muitas vezes rígidas, dos diferentes núcleos de saber/poder que se ocupam da produção da saúde. Como política, a Humanização deve, portanto, traduzir princípios e modos de operar no conjunto das relações entre profissionais e usuários, entre os diferentes profissionais, entre as diversas unidades e serviços de saúde e entre as instâncias que constituem o SUS. O confronto de ideias, o planejamento, os mecanismos de decisão, as estratégias de implementação e de avaliação, mas principalmente o modo como tais processos se dão, devem confluir para a construção de trocas solidárias e comprometidas com a produção de saúde, tarefa primeira da qual não podemos nos furtar. De fato, nossa tarefa se apresenta dupla e inequívoca, qual seja, a da produção de saúde e a da produção de sujeitos. É neste ponto indissociável que a Humanização se define: aumentar o grau de co-responsabilidade dos diferentes atores que constituem a rede SUS, na produção da saúde, implica mudança na cultura da atenção dos usuários e da gestão dos processos de trabalho. Tomar a saúde como valor de uso é ter como padrão na atenção o vínculo com os usuários, é garantir os direitos dos usuários e seus familiares, é estimular a que eles se coloquem como atores do sistema de saúde por meio de sua ação de controle social, mas é também ter melhores condições para que os profissionais efetuem seu trabalho de modo digno e criador de novas ações e que possam participar como cogestores de seu processo de trabalho. Princípios norteadores da Política de Humanização 1. Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos integradores e promotores de compromissos/responsabilização. 2. Estímulo a processos comprometidos com a produção de saúde e com a produção de sujeitos. 3. Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a transdisciplinaridade e a grupalidade. 4. Atuação em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e solidário, em conformidade com as diretrizes do SUS. 237

8 5. Utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e dos espaços da gestão na construção de autonomia e protagonismo de sujeitos e coletivos. Diretrizes gerais para a implementação da PNH nos diferentes níveis de atenção 1. Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a população, entre os profissionais e a administração, promovendo a gestão participativa. 2. Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido. 3. Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas desnecessárias. 4. Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e co-responsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde. 5. Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora da recepção e dos encaminhamentos. 6. Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local, respeitando a privacidade e promovendo uma ambiência acolhedora e confortável. 7. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados gestores. 8. Implementar um sistema de comunicação e de informação que promova o autodesenvolvimento e amplie o compromisso social dos trabalhadores de saúde. 9. Promover ações de incentivo e valorização da jornada integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação em processos de educação permanente que qualifiquem a ação e a inserção dos trabalhadores na rede SUS. Diretrizes específicas por nível de atenção Na Atenção Básica: 1. Elaborar projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social, considerando as políticas intersetoriais e as necessidades de saúde. 2. Incentivar práticas promocionais de saúde. 238

9 3. Estabelecer formas de acolhimento e inclusão do usuário que promovam a otimização dos serviços, o fim das filas, a hierarquização de riscos e o acesso aos demais níveis do sistema. 4. Comprometer-se com o trabalho em equipe, de modo a aumentar o grau de coresponsabilidade, e com a rede de apoio profissional, visando a maior eficácia na atenção em saúde. Na Urgência e Emergência, nos pronto-socorros, nos pronto-atendimentos, na Assistência Pré-Hospitalar e outros: 1. Acolher a demanda por meio de critérios de avaliação de risco, garantindo o acesso referenciado aos demais níveis de assistência. 2. Comprometer-se com a referência e a contra-referência, aumentando a resolução da urgência e emergência, provendo o acesso à estrutura hospitalar e a transferência segura, conforme a necessidade dos usuários. 3. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito. Na Atenção Especializada: 1. Garantir agenda extraordinária em função da análise de risco e das necessidades do usuário. 2. Estabelecer critérios de acesso, identificados de forma pública, incluídos na rede assistencial, com efetivação de protocolos de referência e contra-referência. 3. Otimizar o atendimento ao usuário, articulando a agenda multiprofissional em ações diagnósticas, terapêuticas que impliquem diferentes saberes e terapêuticas de reabilitação. 4. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito. Parâmetros para o nível B: Na Atenção Hospitalar: - Existência de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido. 239

10 - Garantia de visita aberta por meio da presença do acompanhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do acompanhante. - Mecanismos de recepção com acolhimento aos usuários. - Mecanismos de escuta para a população e os trabalhadores. - Equipe multiprofissional (minimamente com médico e enfermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos pacientes internados e com horário pactuado para atendimento à família e/ou à sua rede social. - Existência de mecanismos de desospitalização, visando a alternativas às práticas hospitalares, como as de cuidados domiciliares. - Garantia de continuidade de assistência com sistema de referência e contra referência. Parâmetros para o nível A: - Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho implantado. - Garantia de visita aberta por meio da presença do acompanhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do acompanhante. - Ouvidoria em funcionamento. - Equipe multiprofissional (minimamente com médico e enfermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos pacientes internados e com horário pactuado para atendimento à família e/ou à sua rede social. - Existência de mecanismos de desospitalização, visando a alternativas às práticas hospitalares, como as de cuidados domiciliares. - Garantia de continuidade de assistência com sistema de referência e contrareferência. - Conselho gestor local com funcionamento adequado. - Existência de acolhimento com avaliação de risco nas áreas de acesso (prontoatendimento, pronto-socorro, ambulatório, serviço de apoio diagnóstico e terapia). - Plano de educação permanente para trabalhadores com temas de humanização em implementação. 240

11 Implantação e funcionamento da PNH Para a implantação de uma PNH efetivamente transversal às demais ações e políticas de saúde, é necessário combinar a atuação descentralizada dos diversos atores que constituem o SUS, com a articulação e a coordenação necessárias à construção de sinergia e ao acúmulo de experiências. Assim, ao mesmo tempo em que são experimentadas novas propostas de ação e multiplicadas com as devidas mediações as experiências exitosas, os processos de debate e pactuação entre os níveis federal, estadual e municipal do SUS deverão consolidar a Humanização como uma estratégia comum e disseminada por toda a rede de atenção. Dessa forma, cabe à Coordenação da PNH articular a atuação das áreas do Ministério da Saúde, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento das ações das secretarias estaduais e das secretarias municipais de saúde. Assim, esquematicamente, o que se propõe está representado no diagrama a seguir: 4. ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA A reinvenção dos espaços físicos e seus usos na urgência, orientada pelas diretrizes do acolhimento e da ambiência, nos convoca de imediato a lidar com alguns desafios tanto conceituais quanto metodológicos. Um dos desafios é trabalhar essa reinvenção de modo a contribuir para a produção de saúde, compreendendo que a produção (reinvenção) de um espaço físico na saúde não se separa da produção de saúde e da produção de subjetividade. E que, nessa produção, se expressam regimes de sensibilidades em que, antes mesmo da realidade construída, há o 241

12 processo de construção dessa realidade, da qual esses regimes fazem parte (como digo, como vejo, como uso). É uma compreensão que aposta na composição de saberes para a coprodução dos espaços físicos, entendendo que o se produz, portanto, na construção de redes de conversações afirmadoras de relações de potência nos processos de produção de saúde. O acolhimento é também um dispositivo de intervenção que possibilita analisar o processo de trabalho em saúde com foco nas relações e que pressupõe a mudança das relações profissional/usuário/rede social e profissional/ profissional por meio de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e como participante ativo no processo de produção da saúde. O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética; não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, mas implica necessariamente o compartilhamento de saberes, angústias e invenções; quem acolhe toma para si a responsabilidade de abrigar e agasalhar outrem em suas demandas, com a resolutividade necessária para o caso em questão. Desse modo é que o diferenciamos de triagem, pois se constitui numa ação de inclusão que não se esgota na etapa da recepção, mas que deve ocorrer em todos os locais e momentos do serviço de saúde. Colocar em ação o acolhimento requer uma atitude de mudança que implica na análise e revisão cotidiana das práticas de atenção e gestão implementadas nas unidades do SUS, com: Reconhecimento do protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde; Valorização e abertura para o encontro entre profissional de saúde, usuário e sua rede social como liga fundamental no processo de produção de saúde; Reorganização do serviço de saúde a partir da problematização dos processos de trabalho, de modo a possibilitar a intervenção de toda a equipe multiprofissional encarregada da escuta e resolução do problema do usuário; Elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo com horizontalização por linhas de cuidado; Mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os espaços democráticos de discussão, de escuta, de trocas e de decisões coletivas. A equipe, neste processo, pode também garantir acolhimento para seus profissionais e para as dificuldades de seus componentes na acolhida à demanda da população; Postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário, que inclua sua cultura, saberes e capacidade de avaliar riscos; 242

13 Construção coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências de todos os níveis do sistema. O funcionamento do acolhimento se multiplica em inúmeras outras ações, e traz a possibilidade de analisar: A adequação da área física, o dimensionamento das equipes e a compatibilização entre a oferta e a demanda por ações de saúde; As formas de organização dos serviços e os processos de trabalho; A governabilidade das equipes locais; A humanização das relações em serviço; Os modelos de gestão vigentes na unidade de saúde; O ato da escuta e a produção de vínculo como ação terapêutica; A multi/interdisciplinaridade nas práticas. O Acolhimento com Classificação de Risco e as mudanças possíveis no trabalhonos serviços de urgência Muitos serviços de atendimento às urgências convivem com grandes filas onde as pessoas disputam o atendimento sem critério algum a não ser a hora da chegada. A não-distinção de riscos ou graus de sofrimento faz com que alguns casos se agravem na fila, ocorrendo às vezes até a morte de pessoas pelo não-atendimento no tempo adequado. Esse tipo de organização do serviço reproduz uma certa forma de lidar com o trabalho que privilegia o aspecto da produção de procedimentos e atividades em detrimento da análise dos resultados e efeitos para os sujeitos que estão sob sua responsabilidade. Os profissionais, na maioria das vezes, encontram-se muito atarefados, mas não conseguem avaliar os seus processos de trabalho e interferir para mudá-los. Esses funcionamentos demonstram a lógica perversa na qual grande parte dos serviços de urgência vem se apoiando para o desenvolvimento do trabalho cotidiano, focando a doença e não o sujeito e suas necessidades e repassando o problema para outro ao invés de assumir a responsabilidade por sua resolução. O acolhimento como dispositivo técno-assistencial permite refletir e mudar os modos de operar a assistência, pois questiona a clínica no trabalho em saúde, os modelos de atenção e gestão e o acesso aos serviços. A avaliação de risco e vulnerabilidade 243

14 não pode ser considerada prerrogativa exclusiva dos profissionais de saúde: o usuário e sua rede social devem também ser considerados neste processo. Avaliar riscos e vulnerabilidade implica estar atento tanto ao grau de sofrimento físico quanto psíquico, pois muitas vezes o usuário que chega andando, sem sinais visíveis de problemas físicos, mas muito angustiado, pode estar mais necessitado de atendimento e com maior grau de risco e vulnerabilidade. Há urgência na reversão e reinvenção dos modos de operar os processos de acolhimento no cotidiano dos serviços de urgência, objetivando: A melhoria do acesso dos usuários, mudando a forma tradicional de entrada por filas e ordem de chegada; A mudança das relações entre profissionais de saúde e usuários no que se refere à forma de escutar este usuário em seus problemas e demandas; O aperfeiçoamento do trabalho em equipe com a integração e complementaridade das atividades exercidas pelas categorias profissionais; O aumento da responsabilização dos profissionais de saúde em relação aos usuários e a elevação dos graus de vínculo e confiança entre eles; A abordagem do usuário para além da doença e suas queixas; A pactuação com o usuário da resposta possível à sua demanda, de acordo com a capacidade do serviço. É importante acentuar que todos os profissionais de saúde fazem acolhimento; entretanto, nas portas de entrada, os serviços de saúde podem demandar a necessidade de um grupo de profissionais de saúde preparado para promover o primeiro contato com o usuário, identificando sua demanda, orientando-o quanto aos fluxos internos do serviço e quanto ao funcionamento da rede de saúde local. A classificação de risco é uma ferramenta que, além de organizar a fila de espera e propor outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada, tem também outros objetivos importantes, como: garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado; informar o paciente que não corre risco imediato, assim como a seus familiares, sobre o tempo provável de espera; promover o trabalho em equipe por meio da avaliação contínua do processo; dar melhores condições de trabalho para os profissionais pela discussão da ambiência e implantação do cuidado horizontalizado; aumentar a satisfação dos usuários e, principalmente, possibilitar e instigar a pactuação e a construção de redes internas e externas de atendimento. A realização da classificação de risco isoladamente não garante uma melhoria na qualidade da assistência. É necessário construir pactuações internas e externas para a viabilização do processo, com a construção de fluxos claros por grau de risco, e a tradução destes na rede de atenção. 244

15 Parece bastante coerente pensar que uma unidade de urgência se relaciona diretamente com todas as outras unidades de um hospital e que os processos de trabalho em um setor como, por exemplo, uma enfermaria, ou mesmo uma unidade de terapia intensiva influirão diretamente nos processos do pronto socorro e inversamente. Por exemplo: os tempos de permanência nos setores de internação têm relação direta com o tempo de permanência no setor de urgência; uma resposta mais ou menos rápida de setores como laboratório ou setor de imagens tem relação imediata com a resolutividade das unidades de urgência e emergência. Não é menos importante esta relação para fora do hospital. Desenvolver articulações com a atenção básica, ambulatórios de especialidade, serviços de atenção e internação domiciliar, etc. Promove uma reinserção do usuário em áreas do sistema que qualificam a alta do usuário da unidade de urgência e emergência, produzindo possibilidades de vínculo e responsabilização. A sustentação de uma rede loco-regional de urgência e emergência envolvendo unidades hospitalares e atenção pré-hospitalar fixa e móvel, além de todos os outros equipamentos correlatos, promove acesso qualificado a esta rede, induzido pelo planejamento adequado na medida das necessidades que se apresentam e das ofertas possíveis. O Acolhimento com Avaliação de Risco configura-se, assim, como uma das intervenções potencialmente decisivas na reorganização das portas de urgência e na implementação da produção de saúde em rede, pois extrapola o espaço de gestão local afirmando, no cotidiano das práticas em saúde, a coexistência das macro e micropolíticas. O acolhimento e a ambiência nos serviços de urgência: reinventando os espaços e seus usos A reinvenção dos espaços físicos e seus usos na urgência, orientada pelas diretrizes do acolhimento e da ambiência, nos convoca de imediato a lidar com alguns desafios tanto conceituais quanto metodológicos. Um dos desafios é trabalhar essa reinvenção de modo a contribuir para a produção de saúde, compreendendo que a produção (reinvenção) de um espaço físico na saúde não se separa da produção de saúde e da produção de subjetividade. E que, nessa produção, se expressam regimes de sensibilidades em que, antes mesmo da realidade construída, há o processo de construção dessa realidade, da qual esses regimes fazem parte (como digo, como vejo, como uso). É uma compreensão que aposta na composição de saberes para a coprodução dos espaços físicos, entendendo que o espaço não é dado a priori. O espaço é um território que se habita, que se vivencia, onde se convive e se relaciona. É um 245

16 território que se experimenta, que se reinventa e que se produz. Uma produção do espaço que acontece porque há processos de trabalho, encontros entre as pessoas, modos de se viver e modos de ir reconstruindo o espaço. E nessa construção/reinvenção se destaca o sentido estético da inovação criativa, produzida no processo coletivo e com protagonização dos sujeitos que o vivenciam. Um destaque para a ambiência na urgência A orientação da ambiência na urgência, articulada à diretriz do acolhimento, favorece que ao se intervir, criar e recriar os espaços físicos na urgência se problematizem também as práticas, os processos de trabalho e os modos de viver e conviver nesse espaço. É nesse sentido, quando se tem o Acolhimento com Classificação de Risco como guia orientador para a atenção e gestão na urgência, outros modos de estar, ocupar e trabalhar se expressarão nesse lugar e solicitarão arranjos espaciais singulares, com fluxos adequados que favoreçam os processos de trabalho. Para a organização dos espaços e seus usos e para a clareza no entendimento, a composição espacial aqui sugerida é composta por eixos e áreas que evidenciam os níveis de risco dos pacientes. A proposta de desenho se desenvolve pelo menos em dois eixos: o do paciente grave, com risco de morte, que chamaremos de eixo vermelho, e o do paciente aparentemente não-grave, mas que necessita ou procura o atendimento de urgência, que chamaremos de eixo azul. Cada um desses eixos possui diferentes áreas, de acordo com a clínica do paciente e os processos de trabalho que nele se estabelecem, sendo que essa identificação também define a composição espacial por dois acessos diferentes. Os eixos e suas áreas: EIXO VERMELHO: este eixo está relacionado à clínica do paciente grave, com risco de morte, sendo composto por um agrupamento de três áreas principais: a área vermelha, a área amarela e a área verde. a) Área Vermelha: é nesta área que está a sala de emergência, para atendimento imediato dos pacientes com risco de morte, e a sala de procedimentos especiais invasivos; b) Área Amarela: composta por uma sala de retaguarda para pacientes já estabilizados, porém que ainda requerem cuidados especiais (pacientes críticos ou semicríticos). Hoje, na maioria das vezes, esses pacientes permanecem na sala vermelha, criando dificuldades para o atendimento dos pacientes que chegam com risco de morte, assim como situações muito desagradáveis para os pacientes já estabilizados; 246

17 c) Área Verde: composta pelas salas de observação, que devem ser divididas por sexo (feminino e masculino) e idade (crianças e adultos), a depender da demanda. Nas salas amarela e verde, além da adequação dos espaços e dos mobiliários a uma funcionalidade que facilite o processo de trabalho, é importante que se considere questões relativas a som, cheiro, cor, iluminação, etc., uma vez que o tempo de permanência do paciente nestas áreas é mais prolongado que na área vermelha. Na sala vermelha, mesmo o paciente não permanecendo por um período prolongado, também é importante observar os elementos acima apontados, modificadores e qualificadores do espaço, de modo a propiciar um ambiente confortável e agradável para os trabalhadores, além da funcionalidade necessária à realização do trabalho. É indispensável que o posto de enfermagem nestas salas possa propiciar uma visão ampla de todos os leitos e que áreas de apoio para os profissionais (conforto, copa, etc.) sejam planejadas na proximidade das áreas de trabalho. Questões relativas à privacidade e individualidade também devem ser observadas, pois repercutem positivamente no processo terapêutico do paciente. A privacidade diz respeito à proteção da intimidade do paciente e, muitas vezes, pode ser garantida com o uso de divisórias, cortinas ou outros elementos móveis que permitam tanto a integração e a facilidade de monitoramento pela equipe como momentos de privacidade dos pacientes e seus acompanhantes. Lembremos, então, de uma diretriz importante para essas áreas: criar espaços que favoreçam o direito ao acompanhante e a visita. É importante que usuários e visitantes não sejam recebidos por um portão gradeado e com horários de visita rígidos e restritos, mas que existam para eles recepção, lugares de espera e ambientes de escuta, para que possam aguardar com conforto e receber informações sobre o estado clínico dos pacientes quando não for possível a presença deles junto ao leito. São também importantes espaços onde os pacientes possam receber visitas fora do leito e ter momentos de conversa que sejam diferentes daqueles que têm para falar com os médicos e demais profissionais responsáveis. Não basta, portanto, garantir o direito ao acompanhante, mas é preciso que existam espaços capazes de acolhê-los e acomodá-los, não só nas salas aqui referidas como amarela e verde, mas nos diversos ambientes das unidades, de maneira que possam também ter momentos de encontros, diálogos, relaxamento e entretenimento, como assistir televisão ou ouvir música. EIXO AZUL: é o eixo dos pacientes aparentemente não-graves. O arranjo do espaço deve favorecer o acolhimento do cidadão e a classificação do grau de risco. 247

18 Alguns pontos importantes devem ser ressaltados: Caracterização do espaço por cores, para maior clareza e facilidade na compreensão das áreas e seus usos quando as cores escolhidas fazem alguma referência ao sistema adotado na classificação de risco. As cores podem estar como detalhes em faixas, piso, parede do ambiente, contribuindo também para a sinalização; Sinalização e identificação clara dos espaços e usos de modo a incluir todos os usuários, sendo importante que esta orientação já se inicie no entorno do equipamento de saúde; Áreas de apoio para os trabalhadores sempre próximas do espaço de trabalho (copa, conforto, banheiros, etc.). É importante ressaltar que não se pretende aqui criar normas ou estabelecer parâmetros rígidos, sendo que estas considerações e propostas devem ser adaptadas, repensadas e recriadas de acordo com as singularidades de cada situação, local, diferentes demandas, numa construção coletiva pelos sujeitos envolvidos trabalhadores, arquitetos, engenheiros, gestores e usuários. Os protocolos de classificação de risco A classificação de risco vem sendo utilizada em diversos países, inclusive no Brasil. Para essa classificação foram desenvolvidos diversos protocolos, que objetivam, em primeiro lugar, não demorar em prestar atendimento àqueles que necessitam de uma conduta imediata. Por isso, todos eles são baseados na avaliação primária do paciente, já bem desenvolvida para o atendimento às situações de catástrofes e adaptada para os serviços de urgência. Uma vez que não se trata de fazer um diagnóstico prévio nem de excluir pessoas sem que tenham sido atendidas pelo médico, a classificação de risco é realizada por profissional de enfermagem de nível superior, que se baseia em consensos estabelecidos conjuntamente com a equipe médica para avaliar a gravidade ou o potencial de agravamento do caso, assim como o grau de sofrimento do paciente. Os protocolos de classificação são instrumentos que sistematizam a avaliação que, em muitos casos, é feita informalmente pela enfermagem e devem ter sempre respaldo médico. O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta útil e necessária, porém não suficiente, uma vez que não pretende capturar os aspectos subjetivos, afetivos, sociais, culturais, cuja compreensão é fundamental para uma efetiva avaliação do risco e da vulnerabilidade de cada pessoa que procura o serviço de urgência. O protocolo não substitui a interação, o diálogo, a escuta, o respeito, enfim, o 248

19 acolhimento do cidadão e de sua queixa para a avaliação do seu potencial de agravamento. A construção de um protocolo de classificação de risco a partir daqueles existentes e disponíveis nos textos bibliográficos, porém adaptado ao perfil de cada serviço e ao contexto de sua inserção na rede de saúde, é uma oportunidade de facilitação da interação entre a equipe multiprofissional e de valorização dos trabalhadores da urgência. É também importante que serviços de uma mesma região desenvolvam critérios de classificação semelhantes, buscando facilitar o mapeamento e a construção das redes locais de atendimento. A elaboração e a análise do fluxograma de atendimento no pronto-socorro, identificando os pontos onde se concentram os problemas, promovem uma reflexão profunda sobre o processo de trabalho. A ferramenta do fluxograma analisador é bastante útil: trata-se de fazer o desenho dos fluxos percorridos pelos usuários, das entradas no processo, das etapas percorridas, das saídas e dos resultados alcançados, identificando a cada etapa os problemas no funcionamento. A análise de casos que ilustrem os modos de funcionamento do serviço também é uma ferramenta importante. Ambas promovem a reflexão da equipe sobre como é o trabalho no dia-a-dia. Quando esta elaboração e análise são realizadas conjuntamente por representantes de todas as categorias profissionais que trabalham no serviço, a identificação de problemas torna-se muito mais ampla e as propostas de mudança mais criativas, mais legítimas e mais aceitas. Sugerimos, para essa análise e construção, levar em conta os seguintes fatores: Capacidade instalada de acordo com o número de atendimentos diários a serem prestados nestas unidades; Horários de pico de atendimentos; Fluxos internos, movimentação dos usuários, locais de espera, de consulta, de procedimentos, de reavaliação e caminhos entre eles; Análise da rede e do acesso aos diferentes níveis de complexidade; Tipo de demanda, necessidades dos usuários, perfil epidemiológico local; Pactuação interna e externa de consensos entre as equipes médicas, de enfermagem e outros profissionais; Capacitação técnica dos profissionais. Propomos também algumas orientações para a implementação da classificação de risco nos serviços de urgência: 249

20 A finalidade da classificação de risco é a definição da ordem do atendimento em função do potencial de gravidade ou de agravamento da queixa apresentada; O protocolo é uma ferramenta para auxiliar a avaliação da gravidade e do risco de agravamento; O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta de inclusão, ou seja, não tem como objetivo reencaminhar ninguém sem atendimento, mas sim organizar e garantir o atendimento de todos; A classificação de risco é atividade realizada por profissional de enfermagem de nível superior, preferencialmente com experiência em serviço de urgência, e após capacitação específica para a atividade proposta; O protocolo deve ser apropriado por toda a equipe que atua na urgência: enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, psicólogos, assistentes sociais, funcionários administrativos; O protocolo deve explicitar com clareza qual o encaminhamento a ser dado uma vez que o risco é classificado; Recomenda-se que o protocolo tenha no mínimo quatro níveis de classificação de risco; Recomenda-se o uso preferencial de cores, e não de números, para a classificação de risco (exemplo no caso de quatro níveis de classificação, do mais grave ao menos grave: vermelho, amarelo, verde, azul); Recomenda-se identificar a classificação na ficha de atendimento, e não diretamente no usuário (pulseira, por exemplo), uma vez que a classificação não é permanente e pode mudar em função de alterações do estado clínico e de reavaliações sistemáticas; Caso fique definido que nem todos os usuários passarão pela classificação de risco, os casos que não serão classificados devem ser caracterizados de acordo com as especificidades e a pactuação feita em cada serviço (exemplos: sutura, gestantes, ginecologia, oftalmologia, etc.); A classificação de risco é dinâmica, sendo necessário que, periodicamente, se reavalie o risco daqueles que ainda não foram atendidos ou mesmo daqueles cujo tempo de espera após a classificação é maior do que aquele que foi estabelecido no protocolo; É muito importante que a organização do atendimento na urgência por meio do acolhimento com classificação de risco seja divulgada com clareza para os usuários. 250

21 5. ACOLHIMENTO COM AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. Justificativa: Com a crescente demanda e procura dos serviços de urgência e emergência, observou- se um enorme fluxo de circulação desordenada dos usuários nas portas do Pronto-Socorro, tornando-se necessária a reorganização do processo de trabalho deste serviço de saúde de forma a atender os diferentes graus de especificidade e resolutividade na assistência realizada aos agravos agudos de forma que a assistência prestada fosse de acordo com diferentes graus de necessidades ou sofrimento e não mais impessoal e por ordem de chegada. A disponibilização dessa tecnologia não deve abranger a todos os que procuram o serviço, em especial nos locais onde a demanda é excessiva, ou correse o risco de se produzir um novo gargalo na entrada; o contrário disto é uma hipertrofia neste serviço podendo prejudicar a constituição de outras equipes importantes na unidade. Desta forma a utilização da Avaliação/Classificação de Risco deve ser por observação (a equipe identifica a necessidade pela observação do usuário, sendo aqui necessário capacitação mínima para tanto) ou por explicitação (o usuário aponta o agravo). O fato de haver indivíduos que passam na frente pode gerar questionamentos por aqueles que sentem-se prejudicados, no entanto isso pode ser minimizado com divulgação ampla aos usuários na sala de espera do processo utilizado. Àqueles que ainda resistem, o processo de escuta deve ser exercitado utilizando-se a própria tecnologia para tanto. 251

22 Objetivos da Classificação de Risco: Avaliar o paciente logo na sua chegada ao Pronto-Socorro humanizando o atendimento. Descongestionar o Pronto-Socorro. Reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade. Determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser encaminhado diretamente às especialidades conforme protocolo. Exemplo: ortopedia, ambulatórios, etc. Informar os tempos de espera. Promover ampla informação sobre o serviço aos usuários. Retornar informações a familiares. Pré-requisitos necessários à implantação da Central de Acolhimento e Classificação de Risco: Estabelecimento de fluxos, protocolos de atendimento e classificação de risco; Qualificação das Equipes de Acolhimento e Classificação de Risco (recepção, enfermagem, orientadores de fluxo, segurança); Sistema de informações para o agendamento de consultas ambulatoriais e encaminhamentos específicos; Quantificação dos atendimentos diários e perfil da clientela e horários de pico; Adequação da estrutura física e logística das seguintes áreas de atendimento básico: o Área de Emergência o Área de Pronto Atendimento Emergência 252

23 A área de Emergência, nesta lógica, deve ser pensada também por nível de complexidade, desta forma otimizando recursos tecnológicos e força de trabalho das equipes, atendendo ao usuário segundo sua necessidade específica. Área Vermelha área devidamente equipada e destinada ao recebimento, avaliação e estabilização das urgências e emergências clínicas e traumáticas. Após a estabilização estes pacientes serão encaminhados para as seguintes áreas: Área Amarela área destinada à assistência de pacientes críticos e semicríticos já com terapêutica de estabilização iniciada. Área Verde área destinada a pacientes não críticos, em observação ou internados aguardando vagas nas unidades de internação ou remoções para outros hospitais de retaguarda. Pronto Atendimento Área Azul área destinada ao atendimento de consultas de baixa e média complexidade. Área de acolhimento com fluxo obrigatório na chegada. Área física que favoreça a visão dos que esperam por atendimentos de baixa complexidade, seguindo-se os conceitos de ambiência. Consultório de enfermagem, classificação de risco e procedimentos iniciais com os seguintes materiais para o atendimento às eventuais urgências: o Monitor e eletrocardiógrafo o Oxímetro de pulso o Glucosímetro o Ambu Adulto e Infantil o Material de Intubação Adulto e Infantil o Material de punção venosa o Drogas e soluções de emergência o Prancha longa e colar cervical Consultórios médicos; Serviço Social; Sala de administração de medicamentos e inaloterapia; 253

24 Consultórios para avaliação de especialidades. Processo de Acolhimento e Classificação de Risco: O usuário ao procurar o Pronto Atendimento deverá direcionar-se à Central de Acolhimento que terá como objetivos: Direcionar e organizar o fluxo por meio da identificação das diversas demandas do usuário; Determinar as áreas de atendimento em nível primário (ortopedia, suturas, consultas); Acolher pacientes e familiares nas demandas de informações do processo de atendimento, tempo e motivo de espera; Avaliação primária, baseada no protocolo de situação queixa, encaminhando os casos que necessitam para a Classificação de Risco pelo enfermeiro. Importante destacar que esta avaliação pode se dar por explicitação dos usuários ou pela observação de quem acolhe, sendo necessário capacitação específica para este fim, não se entende aqui processo de triagem, pois não se produz conduta e sim direcionamento à Classificação de Risco. Após o atendimento inicial, o paciente é encaminhado para o consultório de enfermagem onde a classificação de risco é feita baseada nos seguintes dados: Situação/Queixa/ Duração (QPD); Breve histórico (relatado pelo próprio paciente, familiar ou testemunhas); Uso de medicações; Verificação de sinais vitais; Exame físico sumário buscando sinais objetivos; Verificação da glicemia, eletrocardiograma se necessário. 254

25 A classificação de risco se dará nos seguintes níveis: Vermelho: prioridade zero emergência, necessidade de atendimento imediato. Amarelo: prioridade 1 urgência, atendimento o mais rápido possível. Verde: prioridade 2 prioridade não urgente. Azul: prioridade 3 consultas de baixa complexidade atendimento de acordo com o horário de chegada. VERMELHOS - prioridade zero Vermelhos: pacientes que deverão ser encaminhados diretamente à Sala Vermelha (emergência) devido à necessidade de atendimento imediato. Situação/Queixa: Politraumatizado grave lesão grave de um ou mais órgãos e sistemas; ECG < 12; Queimaduras com mais de 25% de área de superfície corporal queimada ou com problemas respiratórios; Trauma Crânio Encefálico grave ECG <12; Estado mental alterado ou em coma ECG <12; história de uso de drogas; Comprometimentos da coluna vertebral; Desconforto respiratório grave; Dor no peito associado à falta de ar e cianose (dor em aperto, facada, agulhada com irradiação para um ou ambos os membros superiores, ombro, região cervical e mandíbula, de início súbito, de forte intensidade acompanhada de sudorese, náuseas e vômitos ou queimação epigástrica, acompanhada de perda de consciência, com história anterior de IAM, angina, embolia pulmonar, aneurisma ou diabetes; qualquer dor torácica com duração superior a 30 minutos, sem melhora com repouso); Perfurações no peito, abdome e cabeça; Crises convulsivas (inclusive pós-crise); Intoxicações exógenas ou tentativas de suicídio com Glasgow abaixo de 12; Anafilaxia ou reações alérgicas associadas a insuficiência respiratória; Tentativas de suicídio; Complicações de diabetes (hipo ou hiperglicemia); 255

26 Parada cardiorrespiratória; Alterações de sinais vitais em paciente sintomático: o Pulso > 140 ou < 45 o PA diastólica < 130 mmhg o PA sistólica < 80 mmhg o FR >34 ou <10 Hemorragias não controláveis; Infecções graves febre, exantema petequial ou púrpura, alteração do nível de consciência. Há muitas condições e sinais perigosos de alerta, chamadas Bandeiras Vermelhas, que deverão ser levados em consideração, pois podem representar condições em que o paciente poderá piorar repentinamente: Acidentes com veículos motorizados acima de 35 Km/h; Forças de desaceleração tais como quedas ou em explosões; Perda de consciência, mesmo que momentânea, após acidente; Negação violenta das óbvias injúrias graves com pensamentos de fugas e alterações de discurso e ocasionalmente, com respostas inapropriadas; Fraturas da 1ª e 2 ª costela; Fraturas 9 ª, 10ª, 11ª costela ou mais de três costelas; Possível aspiração; Possível contusão pulmonar; Óbitos no local da ocorrência. AMARELOS - prioridade 1 Amarelos: Pacientes que necessitam de atendimento médico e de enfermagem o mais rápido possível, porém não correm riscos imediatos de vida. Deverão ser encaminhados diretamente à sala de consulta de enfermagem para classificação de risco. Situação/Queixa: Politraumatizado com Glasgow entre 13 e 15; sem alterações de sinais vitais; Cefaleia intensa de início súbito ou rapidamente progressiva, acompanhada de sinais ou sintomas neurológicos, parestesias, alterações do campo visual, dislalia, afasia; Trauma cranioencefálico leve (ECG entre 13 e 15); Diminuição do nível de consciência; Alteração aguda de comportamento: agitação, letargia ou confusão mental; História de Convulsão / pós ictal convulsão nas últimas 24 horas; Dor torácica intensa; Antecedentes com problemas respiratórios, cardiovasculares e metabólicos 256

27 (diabetes); Crise asmática; Diabético apresentando sudorese, alteração do estado mental, visão turva, febre, vômitos, taquipnéia, taquicardia; Desmaios; Estados de pânico, overdose; Alterações de sinais vitais em paciente sintomático: o FC < 50 ou > 140 o PA sistólica < 90 ou > 240 o PA diastólica > 130 o T < 35 ou > 40 História recente de melena ou hematêmese ou enterorragia com PA sistólica, 100 ou FC > 120; Epistaxe com alteração de sinais vitais; Dor abdominal intensa com náuseas e vômitos, sudorese, com alteração de sinais vitais (taquicardia ou bradicardia, hipertensão ou hipotensão, febre); Sangramento vaginal com dor abdominal e alteração de sinais vitais; gravidez confirmada ou suspeita; Náuseas/vômitos e diarreia persistente com sinais de desidratação grave letargia, mucosas ressecadas, turgor pastoso, alteração de sinais vitais; Desmaios; Febre alta (39/40º C); Fraturas anguladas e luxações com comprometimento neurovascular ou dor intensa; Intoxicação exógena sem alteração de sinais vitais, Glasgow de 15; Vítimas de abuso sexual; Imunodeprimidos com febre. VERDES - prioridade 2 Verdes: Pacientes em condições agudas (urgência relativa) ou não agudas atendidos com prioridade sobre consultas simples espera até 30 minutos Idade superior a 60 anos; Gestantes com complicações da gravidez; Pacientes escoltados; Pacientes doadores de sangue; Deficientes físicos; Retornos com período inferior a 24 horas devido a não melhora do quadro; Impossibilidade de deambulação; Asma fora de crise; Enxaqueca pacientes com diagnóstico anterior de enxaqueca; Dor de ouvido moderada a grave; Dor abdominal sem alteração de sinais vitais; Sangramento vaginal sem dor abdominal ou com dor abdominal leve; Vômitos e diarreia sem sinais de desidratação; História de convulsão sem alteração de consciência; 257

28 Lombalgia intensa; Abcessos; Distúrbios neurovegetativos; Intercorrências ortopédicas; AZUIS - prioridade 3 Azuis: Demais condições não enquadradas nas situações/ queixas acima. Queixas crônicas sem alterações agudas; Procedimentos como: curativos, trocas ou requisições de receitas médicas, avaliação de resultados de exames, solicitações de atestados médicos. Após a consulta médica e medicação o paciente é liberado 6. Resolução COFEN Nº 423/2012 A Resolução COFEN Nº 423/2012 normatiza, no âmbito do Sistema COFEN/CORENs, a participação do Enfermeiro na atividade de Classificação de Riscos. Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a classificação de risco e priorização da assistência em Serviços de Urgência é privativa do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão. Parágrafo único. Para executar a classificação de risco e priorização da assistência, o Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento. Art. 2º O procedimento a que se refere esta Resolução deve ser executado no contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se às determinações da Resolução Cofen nº 358/2009 e aos princípios da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde. Art. 3º Cabe aos Conselhos Regionais de Enfermagem adotar as medidas necessárias para acompanhar a realização do procedimento de que trata esta norma, visando à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos. Agora que finalizamos o estudo da Política Nacional de Humanização, vamos resolver as questões para fixar o conteúdo e ver como a matéria é cobrada em 258

29 provas, ok? Sugiro que, primeiramente, você resolva as questões. Ao final da aula, você poderá conferir os comentários. Mãos à obra! Como Isso Cai Na Prova? 1. (VUNESP/PREF RIO PRETO/2011) Com base na Política Nacional de Humanização, pode-se afirmar que o Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco a) é uma ferramenta para organizar a fila de espera e propor ordem de atendimento conforme a chegada. b) objetiva garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado. c) busca implantar o cuidado verticalizado, aumentando a satisfação do usuário do serviço. d) agiliza a implantação do cuidado lateralizado, fazendo um diagnóstico prévio para posterior encaminhamento pela equipe de enfermagem. e) assegura que é de responsabilidade da recepção da unidade de saúde, com respaldo a distância da enfermagem, realizar a classificação de risco. 2. (CETRO/HGA-SANTOS-SP/2013) Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), trabalha-se para consolidar as seguintes marcas específicas: I. serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo, baseados em critérios de risco. II. todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. III. as unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS. IV. as unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores. É correto o que está contido em a) I, II e III, apenas. 259

30 b) II, III e IV, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) II e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 3. (HU-UFTM/ EBSERH/2013) Os profissionais de saúde do centro de terapia intensiva de um hospital público realizam, semanalmente, reuniões de colegiado com o objetivo de discutir e determinar diretrizes ou soluções para problemas relacionados aos pacientes críticos. Essa iniciativa é a) uma determinação da ANVISA. b) estabelecida pelo Ministério da Saúde e pelo programa de emergência. c) estabelecida pelo Humaniza SUS e determinada pelo Ministério da Saúde. d) determinada pela RDC 7 e pela ANVISA. e) meta exclusiva do diretor do hospital. 4. (IBC/AOCP/2013) O acolhimento como uma das diretrizes de Humanização do SUS, pode ser entendido como a) triagem realizada por profissional competente para estabelecer a ordem de atendimento dos pacientes. b) uma etapa do processo de atendimento onde o profissional mais qualificado para fazer é o enfermeiro ou técnico de enfermagem. c) atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas adequadas aos usuários. d) o primeiro contato do usuário com o serviço de saúde, onde o profissional verifica os sinais vitais e anota as principais queixas antes de encaminhar para consulta médica. e) escolher os casos mais graves para atendimento médico e encaminhar para os serviços de pronto atendimento os casos que não puderem ser resolvidos. 260

31 5. (HU-UFES/EBSERH/2014) Mulher, 56 anos, com índice de massa corporal igual a 39 pontos, com hipercolesterolemia e hipertensão arterial não controlada por falta de adesão ao plano terapêutico proposto e orientado pela equipe da Estratégia Saúde da Família, derrubou a panela de feijão ao servir o jantar para sua família, mas devido à apraxia e disartria não conseguiu explicar ao marido que seu braço ficou repentinamente fraco e estava com hemianópsia total. O marido a levou imediatamente ao Pronto Socorro de um hospital público de ensino de grande porte que ficava próximo à sua residência e cuja organização para o atendimento era realizado de acordo com o Acolhimento com Classificação de Risco proposto pelo Ministério da Saúde. O enfermeiro, durante a consulta de enfermagem para classificação de risco dessa paciente, também identificou desvio de rima labial e deveria classificá-la em qual eixo? a) Azul. b) Verde. c) Amarelo. d) Vermelho. e) Preto. 6. (CONUPE/SECRETARIA SAÚDE PERNAMBUCO/2014) Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde. Sobre a PNH, observe as sentenças: 1. Objetiva qualificar práticas de gestão e de atenção à saúde. 2. Por humanização entende-se a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores. 3. A PNH é vista não como programa, mas como política que atravessa as diferentes ações e instâncias gestoras do SUS. 4. A PNH visa ao fortalecimento do controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do SUS. 5. Com a PNH, pretende-se reduzir as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo, baseados em critérios de risco Assinale a alternativa CORRETA. a) Todas as sentenças estão corretas. 261

32 b) Apenas as sentenças 3 e 4 estão incorretas. c) Apenas a sentença 3 está incorreta. d) As sentenças 1 e 2 estão incorretas. e) A sentença 5 está incorreta. 7. (COMPERVE/UFRN/2009) Na atual Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS, o acolhimento com classificação de risco deve ser compreendido como a) uma forma de triagem, realizada pela enfermagem, que classifica os pacientes de acordo com a gravidade de cada caso, levando em consideração a tecnologia disponível do serviço, impede a demanda espontânea e contribui para a desmedicalização do sistema. b) um dispositivo da ambiência dos serviços que proporciona a atenção por nível de complexidade, levando em consideração os diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde, o que pode contribuir para a organização da demanda, a qualificação da atenção e a regionalização. c) uma forma de acolhimento de pacientes nos serviços de urgência, com definição de prioridade por risco de vida, de forma a reencaminhar para o domicílio os casos sem risco, a qual pode contribuir para diminuir a demanda por serviços de alta complexidade. d) um dispositivo que implica a organização da demanda através da criação de áreas vermelhas e áreas azuis, de acordo com a urgência dos casos e da possibilidade de atendimento dos profissionais da escala de plantão, o que pode contribuir para a hierarquização dos serviços hospitalares. 8. (ESAF/SAÚDE-MPOG/2012) Assinale a opção correta quanto a Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS PNH/HumanizaSUS. a) A PNH/HumanizaSUS entende a humanização como consequência de um avanço na racionalidade técnico-administrativa das unidades de saúde. b) A PNH/HumanizaSUS tem como princípio reduzir os riscos à saúde por meio de alterações nas condições de vida e da incorporação de hábitos saudáveis no cotidiano das populações. c) Ao valorizar a dimensão subjetiva, a PNH/HumanizaSUS torna desnecessário o controle social. 262

33 d) Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão no SUS é um dos princípios norteadores da PNH/HumanizaSUS. e) A humanização da atenção da gestão nas ações e serviços de saúde está vinculada a uma mudança de mentalidade nos sujeitos envolvidos e independe de mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho das respectivas unidades de saúde. 9. (EBSERH/HUCAM-UFES/2013) Nos serviços pré-hospitalares e hospitalares de urgência, as diretrizes para a implantação da PNH apontam para a organização do atendimento com acolhimento e classificação de risco (ACCR), respeitando a individualidade do sujeito. Desse modo, no que se refere ao ACCR, é INCORRETO afirmar que a) é um processo que permite identificar os pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. b) é um meio de ordenar o enorme fluxo de pessoas que buscam atendimento em serviços de urgência, tendo como critério os diferentes graus de necessidade ou sofrimento originados pelos agravos agudos. c) é uma ferramenta que organiza a fila de espera por ordem de chegada. d) tem a finalidade de informar o paciente que não corre risco imediato, assim como a seus familiares, sobre o tempo provável de espera. e) tem por finalidade dar melhores condições de trabalho para os profissionais pela discussão da ambiência e implantação do cuidado horizontalizado, aumentando a satisfação dos usuários. 10. (FCC/ASSEMBL LEGISLATIVA-SP/2010) A Política Nacional de Humanização relaciona o acolhimento como o modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos os usuários. Nesse sentido, o acolhimento requer atitudes de mudanças relacionadas à a) elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo com verticalização em linhas de cuidado. b) reorganização dos serviços de saúde a partir da centralização e do controle da participação social. c) possibilidade de intervenção do Estado, exigindo da comunidade a elaboração de regimentos para resolução do problema. 263

34 d) adequação da área física, ao dimensionamento das equipes e à compatibilização entre a oferta e a demanda por ações de saúde. e) escuta e análise da demanda, cujo atendimento tem como pré-requisitos o agendamento do horário e local determinados, visando maior vínculo com o cliente. 11. (COPEVE/UFAL/2014) São diretrizes gerais para a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH) nos diferentes níveis de atenção: I. Otimizar o atendimento ao usuário, articulando a agenda multiprofissional em ações diagnósticas e terapêuticas que impliquem diferentes saberes e terapêuticas de reabilitação. II. Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a população, entre os profissionais e a administração, promovendo a gestão participativa. III. Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora da recepção e dos encaminhamentos. IV. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados gestores. V. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito. Estão corretas apenas a) I e III. b) I, III, IV e V. c) I, II e V. d) III, IV e V. e) II, III e IV. 12. (COPEVE/UFAL/2014) Identifique, nas opções abaixo, um dos princípios norteadores da Política de Humanização: a) Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos integradores e promotores de compromissos/responsabilização. 264

35 b) Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde, e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. c) Promoção de ações que assegurem a participação dos trabalhadores nos processos de discussão e decisão, reconhecendo, fortalecendo e valorizando seu compromisso com o processo de produção de saúde e seu crescimento profissional. d) Consolidar e expandir a rede virtual de humanização, facilitando trocas, dando visibilidade às experiências exitosas e multiplicando práticas comprometidas com a Política Nacional de Humanização (PNH). e) Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde. 13. (FAEPU/UFU/2010) Na política de Humanização do SUS, a classificação de risco tem como objetivos, EXCETO: a) Avaliar o paciente logo na sua chegada ao pronto socorro, humanizando o atendimento. b) Diminuir a sobrecarga no pronto socorro. c) Reduzir o tempo de atendimento do médico para que este possa atender mais pacientes. d) Promover ampla informação sobre o serviço aos usuários. 14. (FAEPU/UFU/2010) Dentre as diretrizes, definidas no Humaniza SUS pelo Ministério da Saúde, está (ão): a) Implementar sistemas e mecanismos de comunicação e informação, contemplando ações voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho. b) Implantar, estimular e fortalecer participação ativa dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados. c) Sensibilizar as equipes de saúde ao problema da violência em todos os seus âmbitos de manifestação, especialmente a violência intrafamiliar (criança, mulher, idoso). d) Adequar os serviços ao ambiente, contemplando ações voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho. 265

36 15. (CETRO/CHS/2014) A indissociabilidade entre a atenção e a gestão do cuidado nos princípios da Política Nacional de Humanização do SUS firma que as decisões tomadas pelo corpo gestor são responsáveis por interferências diretas na atenção prestada à saúde da população. Sabendo disso, é incorreto afirmar que a) usuários e funcionários do SUS precisam conhecer o funcionamento da gestão dos serviços oferecidos e da rede de saúde. b) a comunidade deve se envolver ativamente nos processos decisórios de saúde do seu município. c) a assistência em saúde circunscreve as responsabilidades do cuidado apenas à equipe de saúde. d) a população compõe, junto aos gestores, papel fundamental na manutenção de sua saúde e dos seus. e) a amplitude do diálogo entre profissionais, população e administração, promovendo a gestão participativa. 16. (EBSERH/IADES/2013) Uma instituição de saúde pode apresentar diversos problemas referentes à organização. Por outro lado, sabe-se que o Ministério da Saúde possui novas políticas de gestão que têm como nome Política Nacional de Humanização (PNH). As diretrizes do PNH expressam o método da inclusão. Assinale a alternativa que está em desacordo com as diretrizes do PNH. a) Clínica ampliada. b) Gestão verticalizada. c) Acolhimento. d) Valorização do trabalho e do trabalhador. e) Fomento das grupalidades, coletivos e redes. 17. (IFC/2013) De acordo com a Política Nacional de Humanização/HumanizaSUS, do Ministério da Saúde(2004), a Humanização é entendida como um conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações nos diversos serviços, nas práticas de saúde e nas instâncias do sistema. Em relação aos seus princípios norteadores, assinale a alternativa INCORRETA: 266

37 a) Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção de saúde e com a produção de sujeitos. b) Compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos profissionais de saúde, estimulando processos de educação permanente. c) Construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e coletivo simplificados na rede do SUS. d) Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fomentando a transversalidade e a grupalidade. e) Fortalecimento do controle social com caráter participativo nas instâncias gestoras municipais do SUS. 18. (FAEPU/UFU/2010) De acordo com os princípios do Humaniza SUS, definidos pelo Ministério da Saúde, a transversalidade trata-se de: a) Corresponsabilidade entre gestores, usuários e a participação coletiva nos processos e na gestão. b) Concepções e práticas que atravessam as diferentes ações e instâncias, que aumentam o grau de abertura de comunicação intra e intergrupos. c) Práticas interdependentes e complementares que precisam ser entendidas para que ocorra a humanização. d) Participação do Município e do Estado, em conjunto com a União, buscando um SUS melhor. 19. (PREF. BETIM/MG) Mudança na lógica do atendimento realizado por profissional de saúde que, utilizando protocolos técnicos, avalia o critério de priorização do atendimento, conforme o agravo à saúde e não a ordem burocrática de chegada. (HumanizaSUS). O conceito refere-se a: a) Acolhimento. b) Urgência / emergência. c) Classificação de risco. d) Assistência especializada 267

38 20. (FUMARC/PREF. BELO HORIZONTE/2006) A humanização, enquanto política, propõe atuar na descentralização, de maneira a integrar os processos de trabalho e as relações entre os diferentes sujeitos (profissionais e usuários). Neste sentido, um dos princípios norteadores da política de humanização deve ser: a) Construção de dependência dos sujeitos implicados na rede do SUS (Sistema Único de Saúde). b) Protocolos rígidos para o enfrentamento da realidade cotidiana e simplista do trabalho em saúde. c) Definição prescritiva do trabalho a ser realizado pelos diversos trabalhadores. d) Responsabilidade conjunta dos sujeitos nas práticas de atenção e gestão. 21. (COPESE/PREF. PIRIRI/2009) O Ministério da Saúde decidiu priorizar o atendimento com qualidade e a participação integrada dos gestores, trabalhadores e usuários na consolidação do SUS. A Política Nacional de Humanização se fortalece na necessidade de humanizar a assistência em Saúde. Sobre esse tema é incorreto afirmar que a) o conceito de Clínica Ampliada propõe que o profissional de saúde desenvolva a capacidade de ajudar os usuários a compreender seu diagnóstico na perspectiva de transformar limitações em novas opções de vida. b) o acolhimento se constitui em constatar os agravos de saúde e tomá-los como desafios suficientes para imprimir as mudanças que possam traduzir a saúde como direito e patrimônio público da sociedade. c) as ações de humanização pretendem superar a prática tradicional, centrada na exclusividade da dimensão biológica, de modo que amplie a escuta e que recoloque a perspectiva humana na interação entre profissionais de saúde e usuários. d) o acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética, não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, implica compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades, angústias e invenções. e) a equipe de referência e o apoio matricial, juntos, permitem um modelo de atendimento voltado para as necessidades de cada usuário: as equipes conhecem os usuários que estão sob o seu cuidado e isso favorece a construção de vínculos terapêuticos e a responsabilização na equipe de saúde. 268

39 22. (FUMARC/PREF. BELO HORIZONTE/2006) São parâmetros para acompanhamento da implementação da Política Nacional de Humanização na atenção básica; EXCETO: a) Respeito à individualidade do sujeito/usuário. b) Incentivo às práticas promocionais de saúde. c) Des-hierarquização de riscos para acolhimento do usuário. d) Definição de protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias. 23. (HU/UFDG/2011) A Humanização vista não como programa, mas como política que atravessa as diferentes ações e instâncias gestoras do SUS, implica: Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos diferentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde; Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla tarefa de produção de saúde e produção de sujeitos; Oferecer um eixo articulador das práticas em saúde, destacando o aspecto subjetivo nelas presente; Contagiar por atitudes e ações humanizadoras a rede do SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários. Em relação à Humanização, marque a alternativa INCORRETA: a) Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários e gestores. b) Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão. c) Identificação das necessidades sociais de saúde. d) Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos e a produção de saúde. 24. (CONSUPLAN/PREF. SANTA MARIA MADALENA-RJ/ 2010) Considerando a Política Nacional de Humanização e a construção de uma política de qualificação do SUS, é correto afirmar que: 269

40 a) A humanização deve ser adotada como diretriz política transversal, entendida como um conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações nas diversas práticas de saúde. b) A qualificação deve ser entendida como estudo em sistema presencial regular. c) O Programa na forma transversal reduzirá as informações. d) O fortalecimento das ações para a humanização da saúde através do SUS. e) O controle de qualidade no caso da humanização faz parte de uma rede integrada, que de forma generalizada, complementa os interesses primários. 25. (CEV/UFMT/2009) Humanização do SUS é concebida como: a) valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores. b) manutenção de um modelo de saúde que atenda usuários carentes, valorizando as demandas mais pobres da população. c) mapeamento, análise e atendimento de demandas, identificando usuários que necessitam de atendimento diferenciado de saúde na rede. d) pacto entre os níveis de atenção do SUS e suas políticas públicas, fomentando a solidariedade. 26. (CONSUPLAN/PREF. CAMPO VERDE-MT/ 2010) Se implementada a Política Nacional de Humanização, haverá a consolidação de algumas marcas específicas. Acerca disso, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas: ( ) As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários. ( ) As informações aos usuários e o acompanhamento às pessoas serão garantidos. ( ) Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde. ( ) As filas e o tempo de espera serão reduzidos. A sequência está correta em: a) V, V, V, V 270

41 b) V, V, V, F c) V, V, F, F d) V, F, V, F e) V, F, V, V 27. (CBMERJ/RJ/2008) São ações realizadas no Acolhimento no HumanizaSus com classificação de risco: a) organização da dimensão espacial e assistencial nos cenários de saúde. b) triagem administrativa e repasse dos encaminhamentos as unidades de saúde. c) dinâmica de humanização das relações entre a equipe e o paciente. d) produção e análise dos dados de morbi-mortalidade da região. e) identificação dos pacientes de acordo com o grau de sofrimento e agravos á saúde. Gabaritos * * B E C C C A B D C D E A C C C B E B C D B D A A A A E 5* O gabarito da banca foi D, mas está incorreto. 9* O gabarito da banca foi A, mas está incorreto. 271

42 Questões Respondidas 1. (VUNESP/PREF RIO PRETO/2011) Com base na Política Nacional de Humanização, pode-se afirmar que o Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco a) é uma ferramenta para organizar a fila de espera e propor ordem de atendimento conforme a chegada. b) objetiva garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado. c) busca implantar o cuidado verticalizado, aumentando a satisfação do usuário do serviço. d) agiliza a implantação do cuidado lateralizado, fazendo um diagnóstico prévio para posterior encaminhamento pela equipe de enfermagem. e) assegura que é de responsabilidade da recepção da unidade de saúde, com respaldo a distância da enfermagem, realizar a classificação de risco. COMENTÁRIOS: Vamos responder essa questão analisando cada uma das assertivas: a) Incorreta. O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento, e NÃO uma ferramenta para organizar a fila de espera e propor ordem de atendimento conforme a chegada. b) Correta. O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco objetiva garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado. c) Incorreta. O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco busca identificar os pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. d) Incorreta. O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco busca identificar os pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. e) Incorreta. O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco é de responsabilidade do enfermeiro e NÃO da recepção da unidade de saúde. Desse modo, o gabarito é a letra B. 272

43 2. (CETRO/HGA-SANTOS-SP/2013) Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), trabalha-se para consolidar as seguintes marcas específicas: I. serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo, baseados em critérios de risco. II. todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. III. as unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS. IV. as unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores. É correto o que está contido em a) I, II e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) II e IV, apenas. e) I, II, III e IV. COMENTÁRIOS: A Política Nacional de Humanização (PNH) busca efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil. Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), o Ministério da Saúde trabalha para consolidar, prioritariamente, quatro marcas específicas: I. serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo, baseados em critérios de risco. II. todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. III. as unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS. 273

44 IV. as unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores. Desse modo, o gabarito é a letra E, pois todas as afirmativas estão corretas. 3. (HU-UFTM/ EBSERH/2013) Os profissionais de saúde do centro de terapia intensiva de um hospital público realizam, semanalmente, reuniões de colegiado com o objetivo de discutir e determinar diretrizes ou soluções para problemas relacionados aos pacientes críticos. Essa iniciativa é a) uma determinação da ANVISA. b) estabelecida pelo Ministério da Saúde e pelo programa de emergência. c) estabelecida pelo Humaniza SUS e determinada pelo Ministério da Saúde. d) determinada pela RDC 7 e pela ANVISA. e) meta exclusiva do diretor do hospital. COMENTÁRIOS: A Política Nacional de Humanização (PNH) foi criada em 2003 pelo Ministério da Saúde com o objetivo de deflagrar um movimento no sistema e instituições de saúde para a realização de mudanças nos modos de gestão e nos modos de cuidar em saúde, em consonância com os pressupostos da humanização explicitados nos princípios, diretrizes e métodos da PNH. De acordo com essa política, a problematização dos modos de organização dos serviços de saúde, dos hospitais em particular, sobretudo pelos efeitos negativos que produzem nos sujeitos e nas práticas de cuidado, tem propiciado a emergência de novas concepções sobre a gestão em saúde, que passa a ser compreendida como um campo de experimentação de novos processos de comunicação e de interação entre sujeitos, ampliando sua lateralidade na direção da construção de um plano comum de ação. Esse movimento tem favorecido a produção de uma série de inovações em toda a rede SUS como a introdução de mudanças da arquitetura dos serviços de saúde e a reorganização de seus processos de trabalho. Essas experiências, diversas e heterogêneas, reúnem um conjunto de pressupostos teóricos e metodológicos, os quais podem ser compreendidos como princípios e diretrizes para uma gestão inovadora dos hospitais. O Humaniza SUS traz quatro pistas metodológicas para a humanização dos hospitais da rede SUS: 274

45 Primeira pista: ampliar a experiência democrática na gestão dos hospitais; Segunda pista: ampliar a experimentação de ação clínica mais compartilhada e corresponsabilizada entre os trabalhadores que se encontram em situação de trabalho; Terceira pista: desenvolver estratégias de inclusão dos usuários e da sua rede sociofamiliar nos processos de cuidado; Quarta pista: ampliar e qualificar a presença, inserção e responsabilização do hospital na rede de saúde o hospital pertence a uma rede. A aposta da Política de Humanização para a superação de problemas e desafios da gestão e atenção hospitalar é que se faz necessário incluir os sujeitos das práticas em todos os processos de discussão, da análise e da tomada de decisão. A humanização dos hospitais corresponde, de um lado, a efeitos da construção de novas arquiteturas organizacionais, as quais devem permitir a ampliação da superfície de contato entre seus operadores propiciando maior interação entre membros das equipes de saúde, o que se faz com a oferta de espaços coletivos. A constituição de espaços de grupalização deve permitir o exercício crítico-reflexivo compartilhado sobre o trabalho, buscando alterá-lo segundo diretrizes éticas e políticas da gestão, da clínica e da política de saúde. Esta é uma importante aposta para se ampliar a responsabilização dos trabalhadores com o fazer cotidiano do trabalho em saúde. O comando da questão afirma que os profissionais de saúde do centro de terapia intensiva de um hospital público realizam, semanalmente, reuniões de colegiado com o objetivo de discutir e determinar diretrizes ou soluções para problemas relacionados aos pacientes críticos. De acordo com o que vimos no texto, essa iniciativa está estabelecida pelo Humaniza SUS e pelo Ministério da Saúde, que determina na Segunda pista: ampliar a experimentação de ação clínica mais compartilhada e corresponsabilizada entre os trabalhadores que se encontram em situação de trabalho. Essa ação tem como objetivos: incluir os sujeitos das práticas em todos os processos de discussão, da análise e da tomada de decisão; propiciar maior interação entre membros das equipes de saúde, permitindo o exercício críticoreflexivo compartilhado sobre o trabalho; e ampliar a responsabilização dos trabalhadores com o fazer cotidiano do trabalho em saúde. Diante do exposto, o gabarito só pode ser a letra C. 4. (IBC/AOCP/2013) O acolhimento como uma das diretrizes de Humanização do SUS, pode ser entendido como a) triagem realizada por profissional competente para estabelecer a ordem de atendimento dos pacientes. 275

46 b) uma etapa do processo de atendimento onde o profissional mais qualificado para fazer é o enfermeiro ou técnico de enfermagem. c) atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas adequadas aos usuários. d) o primeiro contato do usuário com o serviço de saúde, onde o profissional verifica os sinais vitais e anota as principais queixas antes de encaminhar para consulta médica. e) escolher os casos mais graves para atendimento médico e encaminhar para os serviços de pronto atendimento os casos que não puderem ser resolvidos. COMENTÁRIOS: A Política Nacional de Humanização (PNH) busca efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil. Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), o Ministério da Saúde trabalha para consolidar, prioritariamente, quatro marcas específicas: I. serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo, baseados em critérios de risco. II. todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. III. as unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS. IV. as unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores. O Ministério da Saúde publicou um documento com as diretrizes do Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência, no qual define o acolhimento como uma das diretrizes de Humanização do SUS, que pode ser entendido como uma ação técno-assistencial que pressupõe a mudança da relação profissional / usuário através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade. O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários. Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para continuidade da assistência estabelecendo articulações com estes serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos. Isto posto, vamos avaliar os itens da questão: 276

47 a) Incorreta. O termo triagem significa separar, selecionar, escolher, ou seja, quando é realizada uma triagem há uma escolha do paciente que será atendido, enquanto os outros serão encaminhados. O acolhimento com classificação de risco não é uma triagem. A classificação de risco não tem como objetivo definir quem vai ser atendido ou não, mas define somente a ordem do atendimento. Todos são atendidos, mas há atenção ao grau de sofrimento físico e psíquico dos usuários e agilidade no atendimento a partir dessa análise. b) Incorreta. A classificação de risco é feita por enfermeiros, de acordo com critérios pré-estabelecidos em conjunto com os médicos e os demais profissionais. Não pode ser realizada pelo técnico de enfermagem. c) Correta. O acolhimento como uma das diretrizes de Humanização do SUS, pode ser entendido como: atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas adequadas aos usuários. d) Incorreta. O acolhimento atende a todos que procuram os serviços de saúde, com atenção ao grau de sofrimento físico e psíquico dos usuários e agilidade no atendimento a partir dessa análise. A classificação de risco é uma ferramenta que, além de organizar a fila de espera e propor outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada, tem também outros objetivos importantes, como: garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado; além de informar o paciente que não corre risco imediato, assim como a seus familiares, sobre o tempo provável de espera. e) Incorreta. O termo triagem significa escolha, ou seja, quando é realizada uma triagem há uma escolha do paciente que será atendido, enquanto os outros serão encaminhados. O acolhimento atende a todos que procuram os serviços de saúde, portanto, não é uma triagem. A classificação de risco não tem como objetivo definir quem vai ser atendido ou não, mas define somente a ordem do atendimento. Todos são atendidos, mas há atenção ao grau de sofrimento físico e psíquico dos usuários e agilidade no atendimento a partir dessa análise. Sendo assim, é incorreto afirmar que a classificação de risco escolhe os casos mais graves para atendimento médico e encaminha para os serviços de pronto atendimento os casos que não puderem ser resolvidos. Diante do exposto, o gabarito só pode ser a letra C. 5. (HU-UFES/EBSERH/2014) Mulher, 56 anos, com índice de massa corporal igual a 39 pontos, com hipercolesterolemia e hipertensão arterial não controlada por falta de adesão ao plano terapêutico proposto e orientado pela equipe da Estratégia Saúde da Família, derrubou a panela de feijão ao servir o jantar para sua família, mas devido à apraxia e disartria não conseguiu explicar ao marido que seu braço ficou repentinamente fraco e estava com 277

48 hemianópsia total. O marido a levou imediatamente ao Pronto Socorro de um hospital público de ensino de grande porte que ficava próximo à sua residência e cuja organização para o atendimento era realizado de acordo com o Acolhimento com Classificação de Risco proposto pelo Ministério da Saúde. O enfermeiro, durante a consulta de enfermagem para classificação de risco dessa paciente, também identificou desvio de rima labial e deveria classificá-la em qual eixo? a) Azul. b) Verde. c) Amarelo. d) Vermelho. e) Preto. COMENTÁRIOS: O enunciado da questão é bem extenso, e, à primeira vista, pode assustar o candidato. Sendo assim, primeiramente, vamos separar apenas as informações importantes, que realmente serão utilizadas para que possamos responder a questão. Nossa paciente, uma mulher de 56 anos apresenta os seguintes sinais e sintomas: índice de massa corporal (IMC) igual a 39 pontos (IMC entre 35 e 39,9 = obesidade II - severa); hipercolesterolemia; hipertensão arterial não controlada; apraxia (disfunção neurológica caracterizada pela incapacidade ou perda de habilidade para executar movimentos coordenados e gestos precisos); disartria (distúrbio neurológico caracterizado pela incapacidade de articular as palavras de maneira correta); braço ficou repentinamente fraco; estava com hemianópsia total (perda completa da visão em uma das metades do campo visual de um ou ambos olhos); desvio de rima labial. Observando os sinais e sintomas apresentados pela paciente, fica claro que ela teve um AVC (acidente vascular cerebral). De acordo com o Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS/AHA), o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como acidente vascular encefálico (AVE), é um termo genérico e refere-se ao comprometimento neurológico agudo que se segue à interrupção no suprimento sanguíneo em uma para específica do cérebro. Os principais tipos de AVC são: 278

49 AVC isquêmico: responsável por 85% de todos os AVCs; é geralmente causado pela oclusão de uma artéria para uma região do cérebro. AVC hemorrágico: responsável por 15% de todos os AVCs; ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro rompe subitamente, liberando sangue para os tecidos circunvizinhos. Os sinais e sintomas de AVC podem ser sutis: dormência ou fraqueza súbita na face, braço ou perna, principalmente em apenas um lado do corpo; confusão mental súbita; dificuldade para falar ou compreender; dificuldade súbita para enxergar com um ou ambos os olhos; dificuldade súbita para andar; tontura ou perda do equilíbrio ou da coordenação motora; dor de cabeça súbita e muito intensa, sem causa conhecida. Os profissionais de saúde devem ser treinados para reconhecer o AVC usando uma ferramenta de avaliação neurológica pré-hospitalar breve e validada, como a Escala de AVC Pré-Hospitalar de Cincinnati. Escala de AVC Pré-Hospitalar de Cincinnati Teste Desvio de rima/queda facial: peça ao paciente para mostrar os dentes ou sorrir Queda do braço: o paciente fecha os olhos e mantém ambos os braços estendidos, com as palmas das mãos para cima, por cerca de 10 segundos Fala anormal: peça para o paciente dizer: o rato roeu a roupa do Rei de Roma Achados Normal ambos os lados da face se movem simetricamente (de maneira igual); Anormal um lado da face não se mexe da mesma forma que o outro. Normal ambos os braços se mexem ou ficam imóveis (outros achados, como uma pronação, podem ser úteis); Anormal um braço não se mexe ou cai, em comparação ao outro. Normal paciente usa corretamente as palavras sem alteração/fala pastosa; Anormal paciente mistura as palavras, usa palavras erradas ou não é capaz de falar. Desvio de rima/queda facial Queda do braço 279

50 Figura - Sintomas do AVC. A questão cobra também conhecimentos sobre o Acolhimento com Classificação de Risco. O Ministério da Saúde publicou um documento com as diretrizes do Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco no qual define o acolhimento como uma das diretrizes de Humanização do SUS, que pode ser entendido como uma ação técno-assistencial que pressupõe a mudança da relação profissional / usuário através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade. O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários. Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para continuidade da assistência estabelecendo articulações com estes serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos. A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. A classificação de risco se dará nos seguintes níveis: Vermelho: prioridade zero emergência, necessidade de atendimento imediato. Amarelo: prioridade 1 urgência, atendimento o mais rápido possível. Verdes: prioridade 2 prioridade não urgente. Azuis: prioridade 3 consultas de baixa complexidade atendimento de acordo com o horário de chegada. Vermelhos: pacientes que deverão ser encaminhados diretamente à Sala Vermelha (emergência) devido à necessidade de atendimento imediato. Situação/Queixa: Politraumatizado grave lesão grave de um ou mais órgãos e sistemas; ECG < 12; 280

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