Flexibilização curricular e formação de professores
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- Gilberto Borba Bernardes
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1 21/11/2012 I Fórum de Graduação da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Goiânia, 30 de outubro de 2012 Prof. Júlio Emílio Diniz-Pereira (UFMG) juliodiniz@ufmg.br 1
2 Introdução 3 partes: 1. Breve histórico sobre a flexibilização curricular no Brasil 2. O ideário da flexibilização curricular 3. formação de professores 1. Breve histórico sobre a flexibilização curricular no Brasil Reformas curriculares de cursos de nível superior no Brasil: tradição normativa ( currículos mínimos ) LDB (9394/96; Art. 53 Inciso II): diretrizes curriculares para os cursos de graduação extinção dos currículos mínimos (antes mesmo da LDB) Lei 9131/95: cria o CNE (atribuições: deliberar sobre as DCNs dos cursos de graduação) 2
3 flexibilidade e avaliação: eixos articuladores das reformas da educação superior a partir de 1995 MEC: rigidez curricular: maior causa dos elevados índices de evasão e dos baixos índices de diplomados contexto: aumento da educação privada mercantil Edital SESu/MEC n. 4 (4 dez. 1997): marca o início dessa reforma objetivo geral: tornar a estrutura dos cursos de graduação mais flexível Comissões de Especialistas de Ensino Parecer CNE 776/97: orientação para as DCNs dos cursos de graduação 2. O ideário da flexibilização curricular flexibilização curricular: diferentes concepções/discursos diferentes desdobramentos acadêmicos cursos de graduação: etapa inicial educação continuada disciplinas/atividades complementares flexibilização horizontal : possibilitar ao aluno o aproveitamento para fins de integralização curricular de várias atividades acadêmicas ou seja, considerar como possíveis de crédito alternativas outras que não só as disciplinas Indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão tutoria acadêmica (o papel dos colegiados de curso) 3
4 Repercussões: ForGRAD: se posiciona a favor das DCNs e da flexibilização curricular (2003) UFMG: uma das primeiras IES a apresentar um projeto de flexibilização curricular possibilidade de oxigenação dos componentes curriculares MAS: mecanismos de ajuste e aligeiramento da formação (CATANI, 2001) : Dez anos após a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores (Resol. 01 e 02/02) Principais pontos (Resol. 01/02): Pedagogia das competências Simetria invertida Buscar uma base comum de formação docente; A Licenciatura passa a ser um curso com identidade própria; Considerar as especificidades dos alunos das diversas modalidades de ensino; Articulação teoria e prática; Pesquisa: elemento essencial de formação. 4
5 Art. 1º A carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, [...] integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, [...] dimensões dos componentes comuns: I (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso; II (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso; III (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural; IV (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmicocientífico-culturais. Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividade docente regular na educação básica poderão ter redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até o máximo de 200 (duzentas) horas. Art. 2 A duração da carga horária [...] será integralizada em, no mínimo, 3 (três) anos letivos. John Dewey (1938): A educação [é uma] arena de lutas O currículo é uma arena de lutas (DINIZ-PEREIRA, 2012). Pesquisa: As lutas concorrenciais no campo universitário e a atual reforma das licenciaturas na UFMG (DINIZ-PEREIRA, 2011) O curso de Letras: protótipo do projeto de flexibilização curricular na UFMG (matriz curricular) 5
6 4. formação de professores: uma possibilidade As licenciaturas (todas) são cursos da área de Ciências Humanas; O major de todos os professores é em Educação (primeiro se forma o educador para depois se formar o professor de ); A entrada de todos os licenciandos se dá no espaço (faculdade, departamento, ISE) da instituição voltado exclusivamente para a. A escolha de um minor se dá antes do ingresso na instituição formadora (por exemplo: em Música, Geografia, Ciências da Natureza, Matemática, Física ou Educação Infantil); O segundo minor define a especificidade de atuação do professor: se dos anos iniciais ou finais do ensino fundamental, do ensino médio, da educação profissional, da EJA, do campo, da educação indígena... Oferecer possibilidades de múltiplos cruzamentos. 6
7 Contato com a realidade prática e estágios, ao longo da formação e de maneira integrada; Necessidade de estabelecimento de parcerias com as escolas básicas para formação dos futuros professores; Formação de educadores investigadores de suas próprias práticas (familiaridade com a pesquisa-ação e com métodos e instrumentos de coleta de dados próprios da pesquisa qualitativa). Considerações finais 7
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