UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL AMANDA VIEIRA E SILVA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL AMANDA VIEIRA E SILVA ANÁLISE DO PROCESSO PRODUTIVO DOS TIJOLOS CERÂMICOS NO ESTADO DO CEARÁ DA EXTRAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA À FABRICAÇÃO FORTALEZA 2009

2 AMANDA VIEIRA ANÁLISE DO PROCESSO PRODUTIVO DOS TIJOLOS CERÂMICOS NO ESTADO DO CEARÁ DA EXTRAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA À FABRICAÇÃO Monografia submetida à Coordenação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Araújo Bertini FORTALEZA 2009

3 AMANDA VIEIRA E SILVA ANÁLISE DO PROCESSO PRODUTIVO DOS TIJOLOS CERÂMICOS NO ESTADO DO CEARÁ DA EXTRAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA À FABRICAÇÃO Monografia submetida à Coordenação do Curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. Aprovada em / / BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Alexandre Araújo Bertini (Orientador) Universidade Federal do Ceará - UFC Prof. Aldo de Almeida Oliveira Universidade Federal do Ceará - UFC Reymard Sávio Universidade Federal do Ceará - UFC

4 Dedico este trabalho sobretudo ao meu Deus e a meus pais, Ubirajara e Iolanda.

5 AGRADECIMENTOS Ao meu Deus, por ser mais que Pai, mais que um Salvador; por me fazer ir além, quebrando barreiras, desbravando terras, desafiando os medos. Por ser meu melhor Amigo. Ao professor Alexandre Araújo Bertini, pela orientação, paciência, compreensão e, acima de tudo, condescendência, na realização deste trabalho e em tantas outras horas em que foi além da condição de orientador, sendo amigo... Uma parceria e tanto. Ao meu querido Cristiano Dalvi, por se me ter revelado como a melhor de todas as surpresas: a imagem especular do meu eu, cópia esculturada do seu dentro de mim. Por ter primavereado meu trigésimo aniversário, entrando em cena quando eu precisei sair do ar. Aos meus pais, Ubirajara e Iolanda, que me acolheram com paciência, me dando todo o apoio necessário. Mesmo em meio a conselhos e broncas diários, repetidos e reiterados... A minha Irmã Rebeca, por ter sido a irmã única que se tornou grande Amiga. À Amiga Fran, que se tornou Irmã. E à melhor Amiga dentre todas, que se tornou a melhor Irmã: Ivana. Um Quarteto Absolutamente Fantástico... Ao professor Aldo de Almeida Oliveira, pelo carinho, atenção e os muitos conselhos. Em especial, aqueles para a Vida, que me mostraram meu potencial para os desafios... Ao professor Rodrigo Amaral de Codes, pelos incentivos sinceros durante nossas longas conversas, eivadas da dulçura das palavras de seres humanos tão... Especiais. Encontrar pessoas como você é um privilégio. À professora Teresa Denyse Araújo, pelo carinho e atenção, além da paciência sem-fim em responder a meus milhares de s com dezenas de questionamentos e dúvidas. Ao projeto Finep/MEHIS, na pessoa do meu colega Márcio Monteiro, e ao GERCON, por todo o material bibliográfico gentilmente cedido para a materialização desta monografia. Ao colega Reymard Sávio, por ter acolhido tão prontamente meu pedido para que fizesse parte da Banca, além do apoio acadêmico, em meio a tantos artigos e pontos de vista. Aos engenheiros Raimundo Calixto e Robson Caetano, chefes que demonstraram toda a paciência e compreensão, em um momento profissionalmente tão importante pra mim. E aos demais que, de alguma forma, contribuíram na elaboração desta monografia.

6 A Argila já me estava presente na vida desde a infância. Lembro os bonecos e casas e panelas de barro que moldei, peças nas quais ficaram impressas minhas pequenas e curiosas digitais. Tudo moldado com muita imaginação e zelo. Agora, são estas lembranças transformadas em material de trabalho, num terroso tom de nostalgia, da cor da massa ainda trabalhável, deixando-se melhorar nas mãos da oleira. E vive tão imbricada, tão arraigada em mim que, escondida entre as hemácias, pode-se desconfiar haver argila em minhas veias... Amanda Vieira

7 RESUMO O setor da construção civil é de suma importância para a economia brasileira. Dentro dele, assume posição de importância o subsetor da indústria cerâmica, que gera milhares de empregos diretos e indiretos, informais em sua grande maioria. Concentrando as atenções no processo produtivo de tijolos cerâmicos, pode-se perceber campo fértil para melhorias e intervenções positivas, de modo a alavancar o crescimento do setor oleiro-cerâmico nacional. Este trabalho se propõe a realizar breve descrição do subsetor nacional de tijolos cerâmicos, restringindo o escopo para o Estado do Ceará. Analisando o estágio de desenvolvimento tecnológico, as peculiaridades, avanços e entraves ao crescimento, será possível propor novas diretrizes para o crescimento e desenvolvimento da indústria cerâmica brasileira; tanto no que tange à mão de obra quanto à infraestrutura das unidades de produção, incluindo-se aí as qquestões referentes à mineração, meio ambiente e impactos provocados, Qualidade, realizando, ainda, alguns prognósticos quanto ao futuro do setor. Palavras-chaves: Processo produtivo, Tijolo cerâmico, Ceará.

8 ABSTRACT The Building Industry is one of the most important economic sectors in Brazil. Ceramics Industry has a prominent position in the Building Industry, due to the generation of thousands of direct and indirect jobs, most of them hired through informal paths. Focusing on the ceramic bricks productive process, it is easy to percieve a fertile field to interfere positively, intending to improve the sector s growth. The main purpose of this work is to accomplish a brief survey of the national ceramic brick subsector in Brazil, focussing on the state-of-the-art in Ceará. Analysing his technological development, particularities, advances and encumbrances, it may be possible to purpose new guidelines to the Brazilian Ceramic Industry growth and development; according both to the work force and to the production units infrastructure, including topics as quality, minelaying, environment and the impacts of the activity, it is possible to make some prognostics to the Ceramic Sector future. Keywords: Productive Process, Ceramic Block, Ceará.

9 LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 Etapa de Secagem pelo processo Natural (Ao ar livre) Figura 2.2 Secagem Artificial (Secador) Figura 2.3 Etapa de Secagem pelo processo Artificial (Secador) Figura 2.4 Uso de Ventiladores na etapa de Secagem Figura 2.5 Esquema de um Forno Hoffman Figura 2.6 Forno do Tipo Túnel... 27

10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABC Associação Brasileira de Cerâmica ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABRAMAT Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção ANAMACO Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção ANFACER Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento ANICER Associação Nacional da Indústria Cerâmica APICER Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica APL Arranjos Produtivos Locais APP Áreas de Preservação Permanente ASTERUSSAS Associação dos Fabricantes de Telhas de Russas BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BPF Óleo combustível residual CEF Caixa Econômica Federal CFEM Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais COOBAM Cooperativa de Base Mineral de Russas CONFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CP Cadeia Produtiva ETA Estações de Tratamento de Esgoto FIEMG Sistema Federação das Indústrias de Minas Gerais FINEP Financiadora de Estudos e Projetos GEE Gases do Efeito Estufa GNC Gás Natural Comprimido GTP APL Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais ICC Indústria da Construção Civil IEL Instituto Euvaldo Lodi INT Instituto Nacional de Tecnologia ISO International Organization for Standardization LGMEPP Lei Geral da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte MC Ministério das Cidades MCT Ministério de Ciência e Tecnologia MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MP Medida Provisória MPE Micro e Pequenas Empresas OCC Organismos Certificadores Credenciados PAC Programa de Aceleração do Crescimento PBQP-H Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat PIB Produto Interno Bruto PIS Programa de Integração Social PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNH Plano Nacional de Habitação PSQ Programa Setorial de Qualidade RCC Resíduos de construção civil RedeAPLmineral Rede Brasileira de Informação de APLs de Base Mineral RTM Regulamento Técnico Metrológico SM Salários Mínimos SOC Setor Oleiro-Cerâmico

11 10 1. INTRODUÇÃO Historicamente, o setor cerâmico vem sendo tomado como peça-chave na construção civil brasileira e integra uma das áreas consideradas prioritárias pelo Governo Federal: a Tecnologia Industrial Básica. Há relatos da atividade de fabricação da cerâmica no Brasil desde antes da chegada dos colonizadores portugueses, em Pode-se dizer que o primeiro impulso à industrialização do setor cerâmico brasileiro ocorreu no final do século XIX, com a instalação da olaria dos Falchi, que contava com um motor de 40 cavalos de potência, dois amassadores de argila e equipamento capaz de produzir telhas (BELLINGIERI, 2003). Tempos depois, os italianos mudaram de ramo, fazendo enorme sucesso entre os paulistas com uma fábrica de chocolates. Neste período, São Paulo crescia muito rapidamente e começou a haver grande demanda por tijolos, o que provocou excepcional crescimento da indústria cerâmica, devido ao franco declínio da técnica de construção em taipa. Também à mesma época, foi fundada a Sacoman Frères, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Contando com mão de obra de imigrantes de várias nacionalidades, foram os Frerès que iniciaram a produção nacional de telhas do tipo Marselha. Anos depois, a olaria mudou sua razão social para Cerâmica Sacoman S.A.. Logo depois, surgiu outro concorrente no ramo cerâmico, a Cerâmica Vila Prudente, também cotada entre as cinco maiores indústrias de cerâmica do Estado no início do século XX. Os materiais e métodos construtivos utilizados desde então sofreram forte influência da cultura européia, especialmente nos períodos em que os brasileiros tiveram contato com profissionais da construção civil formados na Europa, época em que a produção ainda tinha cunho altamente artesanal, fato que se refletia na indústria de materiais de construção do período (SILVA, 1993). Com o passar dos anos, foi ocorrendo crescente especialização nas empresas do setor, culminando em duas vertentes: as olarias, especializadas em tijolos e telhas, e as cerâmicas propriamente ditas, focadas na produção de azulejos, louças, potes, tubos e outros produtos decorativos. Atualmente, há no mercado forte demanda por produtos de cerâmica vermelha, com alto valor agregado e destinados a acabamento e revestimento: pisos, soleiras, tijolos, blocos, placas cerâmicas etc., compondo projetos de visual rústico ou que privilegiem

12 11 elementos naturais. Neste sentido, a indústria cerâmica brasileira vem despontando como uma das mais criativas e competentes do mundo. Como produto industrializado, o tijolo cerâmico surge no século XIX, e seu uso se dissemina rapidamente, devido às suas características de facilidade de execução da alvenaria, conforto térmico e acústico, facilidade na conformação de geometrias (variadas formas de boquilhas), boa resistência mecânica etc. Sua evolução e diversificação (dimensões, número e formato dos furos, por exemplo) também acompanham as exigências do tipo de obra e da técnica construtiva empregada. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (ANFACER), em 2007, o Brasil está entre os principais produtores mundiais de cerâmica, atrás da China (com 3,5 bilhões de m 2 ) e da Espanha (com 685 milhões de m 2 ). Com produção de 637 milhões de m 2, ultrapassa as produções da Itália (563 milhões de m 2 ) e Índia (360 milhões de m 2 ). A Indústria Cerâmica tem papel de relevância para a economia nacional, sendo um dos setores da Indústria da Construção Civil (ICC) de expressiva participação no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Sistema Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), o setor ceramista participa com, em média, 5% do PIB da ICC que, por sua vez, representa entre 6% e 9% do PIB nacional, a depender do ano considerado (SEBRAE/MG, 2005). Além da importância econômica, a indústria da construção civil (ICC) tem relevante papel social, tanto pela capacidade de diminuição do déficit habitacional brasileiro como por seu potencial de geração de emprego e renda. Nos dias atuais, apesar de seu papel na economia brasileira, o setor oleirocerâmico (SOC) é extremamente pulverizado, composto eminentemente por empresas de pequeno porte, do tipo familiares, com forte presença da economia informal. E dado que existem poucas barreiras à entrada de novos competidores no mercado, por causa do baixo custo do investimento inicial e da tecnologia bastante acessível, há um grande número de empresas, formais ou não, disputando o consumidor final. No entanto, a grande maioria deles não tem nenhum diferencial (valor agregado) que atraia o consumidor e faça-o preferir, procurar ou mesmo exigir determinada marca, pagando a mais por ela. Em geral, o que se vê é um comprador insatisfeito com o produto que adquire, de qualidade inferior e que normalmente não atende às especificações normativas (nos casos em que esta normalização existe).

13 12 Convivem no setor ceramista empresas com alto grau de tecnologia incorporada à fabricação do elemento cerâmico, de grande porte e com atuação no mercado internacional, e aquelas que produzem itens não-conformes, geralmente deixados para o mercado interno. Esta produção em desconformidade com as normas técnicas tornou-se forma de competição predatória, impulsionada pela falta de critério do consumidor para a seleção deste ou aquele produto, finde provocando a saída de alguns fabricantes do mercado. Considerando os problemas relativos ao setor cerâmico nacional, mais notadamente do cearense, ficam claras as perdas sofridas, em especial na qualidade do produto final e nos índices de produtividade. Em última instância, as monetárias, o que embaraça o tão almejado desenvolvimento do setor ceramista brasileiro. Desse modo, os conceitos de gestão dos processos produtivos podem e devem ser implementados na solução dos mais variados problemas que o afetam. 1.1 Objetivos Dada a relevância da participação dos elementos cerâmicos na construção civil brasileira, toma vulto a necessidade de melhor compreender o setor, tanto no que diz respeito ao estado da arte como aos problemas enfrentados por todos os atores envolvidos: desde aqueles que lidam com a captação dos insumos necessários à produção do elemento cerâmico até os que trabalham com a produção propriamente dita, em olarias e cerâmicas. Ressalta-se, ainda, a escassez de produção científica que enfoque o processo produtivo dos tijolos cerâmicos no Estado do Ceará. Soares e Nascimento (2007) avaliaram a influência do processo produtivo e das tecnologias empregadas na qualidade final de peças cerâmicas produzidas no Estado do Piauí, realizando descrição breve das etapas de fabricação dos elementos contemplados no estudo: telhas e tijolos. As telhas prensadas foram classificadas como os elementos de melhores propriedades tecnológicas e estética, pontos decorrentes da seleção das argilas usadas nas composições da massa, do método de conformação e do rigor no processo produtivo. Mota et al. (2006) analisaram propriedades estruturais e térmicas de elementos cerâmicos produzidos na região Norte-Fluminense, comparando seus resultados com dados já existentes em literatura, reforçando a aplicabilidade das técnicas por eles empregadas

14 13 (Difração de Raios-X, Condutividade, Difusividade etc.) no referido estudo, no monitoramento da qualidade do produto final. Silva (2007) se dedicou ao estudo dos impactos ambientais da expansão da indústria cerâmica vermelha no Estado do Rio Grande do Norte. E, relacionando impactos ambientais e qualidade, alguns autores se dedicaram ao estudo da adição de resíduos de outros processos produtivos à massa argilosa. Ripoli Filho (1997) estudou a adição de chamote (subproduto proveniente de rejeitos de material cerâmico), Oliveira e Holanda (2008), a adição do lodo residual de estações de tratamento de águas (ETA), Lopes (2005), do rejeito de pó de fumo, e Xavier et al. (2007), de resíduo de granito, evidenciando aí algumas das várias opções de aditivos que imprimem melhorias às peças cerâmicas. Há trabalhos relacionados a fases do processo produtivo, tais como o de Vieira et al. (2003), que avaliou a etapa de secagem a partir da Curva de Bigot (variação da retração em função da umidade das peças), e sobre estratégias competitivas, Costa e Toledo (2008) focaram as atenções em empresas cerâmicas de gerência familiar, mas com produção voltada para o mercado de revestimentos do pólo de Santa Gertrudes (SP). Não há, no entanto, muitos trabalhos enfocando o processo produtivo propriamente dito. Os trabalhos que mais se aproximaram do enfoque desta monografia foram SEBRAE (2008) e Pessoa (2004). SEBRAE (2008) realizou um Estudo de Mercado que, através de uma análise setorial, abordou questões relevantes como preços praticados no varejo, caracterização do consumidor e ações de marketing, realizando, ainda, diagnóstico de mercado e pontuando suas tendências, propondo algumas estratégias competitivas para o setor ceramista brasileiro. Já Pessoa se dedicou às tecnologias e técnicas aplicáveis ao desenvolvimento com sustentabilidade, particularizando suas considerações para o caso do pólo ceramista do Município de Russas, no Ceará Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho é discorrer de modo breve sobre o processo produtivo dos tijolos cerâmicos no cenário brasileiro atual, abordando questões relevantes, tais como energia, meio ambiente e qualidade, com posterior afunilamento do foco, reduzindo a abrangência para a presente situação no Estado do Ceará, sem ter, obviamente, nenhuma pretensão de esgotar o tema.

15 Objetivos específicos Apresentam-se como objetivos específicos: Aprofundar os estudos relacionados ao processo produtivo dos tijolos cerâmicos; e Compreender melhor toda a problemática relacionada a Meio Ambiente, Energia e Qualidade no setor cerâmico; e Analisar o estágio de desenvolvimento do SOC brasileiro Metodologia Para a consecução dos objetivos apresentados, foi realizada pesquisa bibliográfica de caráter conceitual, consultando literatura relacionada ao tema, constante de artigos, documentos públicos e textos científicos, obtidos de fontes diversas, em bibliotecas tradicionais e digitais, sítios eletrônicos de entidades relacionadas ao setor ceramista, mundial, nacional, regional ou local, além de consultas a centros virtuais de referência para a construção civil. Em cada capítulo, os assuntos abordados foram escolhidos a partir de seu grau de importância para o SOC brasileiro, ensejando concomitantemente o apontamento e uma breve discussão de tópicos relacionados a cada um deles. Entre os meses de março e agosto, a pesquisa por material bibliográfico se confirmou como sendo a principal atividade desenvolvida. Entre setembro e novembro, dando continuidade ao que havia sido compilado até julho, quando da elaboração do Relatório Parcial, contendo já boa parte da revisão bibliográfica, partiu-se para a elaboração do texto final da monografia, tendo-se intensificado os trabalhos nos meses de outubro e novembro, até a entrega do Relatório Final, no início de dezembro, quando submetido à Banca Examinadora Estrutura do Trabalho Esta monografia está dividida em 7 capítulos. Este introdutório versa de modo breve sobre a contextualização do problema, justificativa, metodologia e objetivos.

16 15 O capítulo segundo trata da Revisão Bibliográfica realizada sobre cerâmica vermelha, abordando, ainda, classificação dos segmentos cerâmicos e informações acerca do processo de produção das peças. O terceiro trata da caracterização do setor ceramista brasileiro, contemplando histórico, situação atual e problemas enfrentados pelo setor. O capítulo quarto enfoca a Qualidade na indústria cerâmica, o quinto, os assuntos relativos a meio ambiente e, no sexto, as atenções se voltam para o Estado do Ceará. Ao final, nas conclusões, são feitas considerações acerca dos prognósticos para o setor e algumas estratégias são sugeridas, no intuito de enriquecer o leque de medidas a ser implementadas para promover o tão almejado crescimento com sustentabilidade do SOC brasileiro.

17 16 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A argila é utilizada como material de construção desde a.c., mas não se sabe ao certo época e local de origem do primeiro tijolo. O homem teria passado a usar blocos secos ao sol quando as pedras naturais começaram a ficar escassas. O registro mais antigo de um tijolo foi encontrado nas escavações arqueológicas na cidade de Jericó, no Oriente Médio, datado do período Neolítico inicial (ANICER, 2002). A história da cerâmica caminha junto com a história da humanidade. A argila é utilizada em todas as sociedades das mais antigas às modernas. Há achados arqueológicos datados de a.c., na região de Anatólia (Ásia Menor). Na Grécia, eram comuns as pinturas em cerâmicas retratando cenas de batalhas e conquistas bélicas, e, na China, a produção de peças estava relacionada à tradição religiosa (ITAÚ, 2006). A cerâmica pode ser artística, produzindo artefatos de aplicações estéticas, ou uma atividade industrial, produzindo artefatos utilitários (SEBRAE, 2008b). O termo Cerâmica (do grego, keramike, derivação de keramos) compreende todos os materiais inorgânicos, nãometálicos, moldados durante sua fase plástica e submetidos à cocção, a temperaturas entre 900 C e C. Neste processo, denominado Queima, a argila plástica adquire rigidez e resistência, mediante a fusão de alguns componentes da massa. No Brasil, a cerâmica tem sua origem na Ilha de Marajó, que compreendia técnicas de raspagem, incisão, excisão e pintura altamente elaboradas. Destarte, a tradição ceramista não chegou ao Brasil com os portugueses, nem veio junto com a bagagem cultural dos africanos. Os colonizadores, instalando as primeiras olarias, apenas estruturaram e concentraram mão de obra, modificando o processo nativo, muito rudimentar, com as tecnologias da época, a exemplo do uso do torno e das rodadeiras, conferindo simetria e acabamento mais refinado às peças (SEBRAE, 2008b). O setor oleiro-cerâmico (SOC) é bastante diversificado, compreendendo não apenas a cerâmica vermelha, mas outros segmentos, tais como o de materiais de revestimento, o de louças sanitária e de mesa, a cerâmica artística (decorativa e utilitária), os materiais refratários, dentre outros. No Brasil, todos estes segmentos podem ser encontrados, em maior ou menor grau de desenvolvimento e capacidade de produção. Há, ainda, no país, fabricantes de matérias-primas sintéticas para cerâmica (alumina calcinada e eletrofundida, p.ex.), de vidrados e corantes, gesso, equipamentos industriais e produtos auxiliares (ABC, 2002b).

18 17 Dados divulgados pelo IBGE, em 2008, a Agropecuária foi a atividade com maior crescimento, 5,8%, enquanto a Indústria cresceu 4,3%. Dentre os subsetores da Indústria, a maior alta foi na Construção Civil (8,0%). A Extrativa Mineral subiu 4,3%, em decorrência, principalmente, do crescimento na produção de petróleo e gás. Para 2009, segundo as estimativas do Sindicato da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), o PIB deve crescer 3,8% e a construção civil, 4,7%. A abundância de matérias-primas naturais, fontes alternativas de energia e disponibilidade de tecnologias práticas embutidas nos equipamentos industriais, fizeram com que as indústrias brasileiras evoluíssem rapidamente e muitos tipos de produtos dos diversos segmentos cerâmicos atingissem nível de qualidade mundial com apreciável quantidade exportada (ABC, 2002b). As regiões Sul e Sudeste, com maior densidade demográfica, atividade industrial e agropecuária, melhor infraestrutura e distribuição de renda, apresentam a maior concentração de indústrias de todos os segmentos cerâmicos. Deve-se considerar, ainda, a proximidade de jazidas e matérias-primas, além da disponibilidade de energia, centros de pesquisa, universidades e escolas técnicas. No entanto, a região Nordeste tem apresentado crescente desenvolvimento, em especial nos setores da indústria e turismo. A demanda por edificações e instalações industriais tem crescido de maneira acentuada, aumentando, conseguintemente, a demanda por materiais cerâmicos, em especial dos ligados à construção civil Classificação Geral do Setor Cerâmico O setor cerâmico é extremamente heterogêneo e pode ser classificado, segundo a ABC, em nove segmentos diferentes, função das matérias-primas, propriedades e áreas de aplicação. a) Cerâmica Vermelha Compreende os materiais com coloração avermelhada, empregados na construção civil, tais como tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos e argilas expandidas, e utensílios de uso doméstico e decorativos.

19 18 b) Materiais de Revestimento (Placas Cerâmicas) São aqueles em forma de placas, usados na construção civil para revestimento de pisos, paredes, bancadas e piscinas, tanto em ambientes internos como em externos: azulejo, pastilha, lajota, piso, grês porcelanato etc. c) Cerâmica Branca Compreende os materiais constituídos por um corpo branco recoberto por camada vítrea transparente e incolor. Foram assim agrupados por causa da cor branca da massa, necessária por razões estéticas e/ou técnicas. São as louças sanitárias, as de mesa, os isoladores elétricos e as cerâmicas artísticas, bem como as de finalidade química, elétrica, térmica e mecânica. d) Materiais Refratários Materiais com a capacidade de suportar ciclos repetidos de aquecimento e resfriamento, a temperaturas elevadas, o que envolve esforços mecânicos, ataques químicos e outras solicitações. Para suportá-las, vários tipos diferentes de refratários foram desenvolvidos, a partir de diversas matérias-primas ou associações entre elas. Dessa forma, podem ser categorizados quanto à matéria-prima ou ao componente químico principal: silicosos, aluminosos, silicoaluminosos, cromítico-magnesianos, zircônicos, dentre outros. e) Isolantes Térmicos Os isolantes podem ser classificados em: (a) isolantes térmicos não-refratários; e (b) fibras ou lãs cerâmicas, com características físicas que os permitem suportar temperaturas de utilização acima de 2000ºC. f) Fritas e Corantes Frita é um vidro moído, fabricado a partir da fusão de diferentes matérias-primas. É aplicado à superfície do corpo cerâmico que, após a queima, adquire aspecto vítreo. Este acabamento é meramente estético, mas torna a peça impermeável e aumenta a resistência mecânica. Corantes são óxidos puros ou pigmentos inorgânicos sintéticos, obtidos por calcinação e moagem, adicionados aos esmaltes (fritas) e aos biscoitos cerâmicos.

20 19 g) Abrasivos Alguns abrasivos são obtidos a partir de matérias-primas cerâmicas e por processos semelhantes aos da cerâmica. Podem ser citados o óxido de alumínio eletrofundido e o carbeto de silício. h) Vidro, Cimento e Cal São três importantes segmentos cerâmicos que, por suas peculiaridades, não são, em geral, enquadrados como tal, e considerados como segmentos autônomos. i) Cerâmica de Alta Tecnologia O desenvolvimento da Ciência dos Materiais proporcionou o aprimoramento de materiais desenvolvidos a partir de matérias-primas sintéticas, de altíssima pureza, por meio de processos rigorosamente controlados. Podem ser classificados em: eletroeletrônicos, magnéticos, ópticos, químicos, térmicos, mecânicos, biológicos e nucleares Tijolos cerâmicos Para a Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER, 2000), os tijolos cerâmicos podem ser classificados de acordo com suas características e quanto ao tipo de aplicação. Quanto às características, destacam-se: Maciço o volume de argila cozida não é inferior a 85% de seu volume total aparente; Furado apresenta furos ou canais de formas e dimensões variadas, paralelos às suas maiores arestas; e Perfurado com furos perpendiculares ao leito. Quanto ao tipo de aplicação: Face à vista destinados a permanecer aparentes no interior ou exterior da edificação; Enchimento sem função resistente, suportando apenas seu peso próprio; e Estruturais com função estrutural na construção.

21 20 Outra classificação, proposta pelo INMETRO (2001), divide os blocos cerâmicos utilizados na construção civil, produzidos no Brasil como sendo de vedação ou estruturais. Blocos de Vedação são os destinados à execução de paredes, que suportam seu peso próprio e pequenas cargas de ocupação (armários, pias, prateleiras etc). Mais comumente utilizados com os furos na horizontal, a despeito de já ser sentida tendência do uso com furos na vertical. Blocos estruturais (ou portantes) são os que, além de exercer função de vedação, também constituem a estrutura resistente da edificação, podendo substituir pilares e vigas de concreto. Utilizados com furos sempre na vertical, apresentam elevada resistência mecânica e dimensões padronizadas, fazendo com que a Alvenaria Estrutural concorra diretamente com um sistema construtivo muito tradicional no Brasil, o concreto armado Processo de confecção do tijolo A partir da captação da matéria-prima, a argila, é efetuado um processamento, onde ela é laminada e destorroada, com a finalidade de se diminuir a granulometria e reduzir futuras quebras. Daí, a pasta é laminada pela segunda vez com água e aditivos que, em geral, têm a finalidade de fazer correções nas características químicas e mineralógicas da massa, eliminando componentes prejudiciais e melhorando a trabalhabilidade. Isto garante condições de plasticidade, para que a massa seja submetida à conformação a moldagem propriamente dita, feita em máquinas extrusoras. Após a extrusão, os tijolos são cortados, segundo as dimensões desejadas, e postos para secar. Por fim, são cozidos a temperaturas que variam entre 800 e C e, após o resfriamento, alguns tipos de peças cerâmicas são submetidos à esmaltação e decoração. Em algumas indústrias, são estocados em lotes paletizados e protegidos por filme plástico. Nestas várias etapas, podem ocorrer problemas que provoquem a desvirtuação do produto final, diminuindo sua qualidade. O bom gerenciamento de todas as fases contribui tanto para evitar os desperdícios e perdas como para garantir a qualidade e a conformidade com as normas técnicas vigentes. E um produto final de boa qualidade não apenas atrai o consumidor, mas favorece o desenvolvimento do setor como um todo, no instante em que acirra a competitividade entre as empresas no ramo.

22 Extração e Preparação da Massa Grande parte das argilas utilizadas na indústria cerâmica é natural, sendo encontradas em depósitos dispersos pela crosta terrestre. Após a mineração, as argilas passam por uma pré-transformação, que consiste na redução granulométrica (desagregação ou moagem), mistura e homogeneização. O processo de fabricação propriamente dito tem início após estas operações. As argilas in natura podem apresentar diferentes teores de umidade, sendo classificadas em Secas (umidade relativa de até 6%), Semissecas (7% a 10%), Semiúmidas (11% a 18%) e Úmidas (maior que 18%) (DANTAS NETO, 2007). No entanto, para massas de composição diferente e mesmo teor de umidade, não se pode esperar comportamentos semelhantes, sendo indicada a realização de ensaios laboratoriais de caracterização. Ainda devem ser levadas em consideração as variáveis intrínsecas, tais como área de procedência (jazida), clima da região e métodos de trabalho aplicados no processo produtivo. Grãos com grandes dimensões (até 600mm) devem ser pré-triturados, até que estejam compatíveis com as dimensões das bocas de alimentação dos moinhos primários (até 200mm). Em função da dureza, trabalhabilidade e triturabilidade, as argilas podem ser categorizadas na escala de Mohs, em Duras (6-7 Mohs), Semiduras (5-6 Mohs) ou Moles (menor que 4 Mohs) (DANTAS NETO, 2007). A condição ideal para a aplicação da moagem é que a argila seja cotada como dura ou semidura e apresente umidade não maior que 18%. De outra forma, pode-se fazer uso das diversas metodologias de preparação disponíveis, mecanizadas ou não. Nos meses menos chuvosos, as quantidades necessárias para a produção nos meses invernosos são extraídas e armazenadas na fábrica em leiras, ao ar livre. No verão, elas são revolvidas e espalhadas, para perder umidade sob ação do calor solar. Depois deste descanso que é de 1 a 2 dias, para a produção de tijolos, e de até 1 mês, para telhas, o teor de umidade da argila permite o processamento a seco. Quando isto não ocorre, a umidade da argila é reduzida durante a fase de secagem. Os elementos cerâmicos são, normalmente, fabricados a partir da composição de dois ou mais tipos diferentes de argilas. Destarte, a dosagem, feita em equipamentos denominados misturadores, é uma das etapas fundamentais do processo de fabricação de produtos cerâmicos e deve seguir, com rigor, os percentuais previamente determinados nos ensaios de caracterização.

23 22 O gerenciamento das variações das massas advindas das jazidas tem despontado como um dos cuidados primários com o material. A partir do estudo das propriedades das argilas, é possível ir otimizando a massa gradativamente, a fim de obter melhor comportamento físico, plasticidade e características mecânicas finais da peça. O estudo realizado por Chaves e Santos (2006), na região de Monte Carmelo (MG), demonstrou que o gerenciamento dos diferentes tipos de argilas utilizados e a preparação da mistura melhoram substancialmente as características das peças após as etapas de queima e secagem. Ademais, a interpretação do percentual de resíduo empregado (aditivos) e das faixas granulométricas adotadas foram consideradas importantes, tanto para as fases de moldagem e extrusão quanto para as de secagem e evaporação da água por capilaridade. Após a queima, os corpos-de-prova apresentaram melhor desempenho em relação à retração, índice de absorção de água e tensão de ruptura à flexão, quando comparados com a massa padrão. Segundo o professor Amando Alves Oliveira, da Escola Senai Mario Amato (SP), a etapa de descanso da massa, por um ou dois dias, coberta por lona preta, é mais importante, por exemplo, do que o uso de boquilhas de excelente qualidade. A regulagem dos equipamentos na fábrica é apenas a sintonia fina da produção, devendo eles ser ajustados depois que se garantiu a adequada preparação da massa e os ensaios laboratoriais necessários. Na combinação das argilas, são utilizados aditivos, com o objetivo de efetuar correções na massa. O chamote (resíduo cerâmico queimado e rejeitado ao fim do processo) é comumente adicionado à massa e, em pequenas quantidades (5 10%), não causa alterações negativas. Ao contrário, aumenta a eficiência dos moinhos, facilitando a trituração e a fluidez de movimento de alguns tipos de argilas. Adicionalmente, ele contribui para a minimização da geração de resíduos, estabiliza a mistura sem diminuir sua plasticidade, aumenta a resistência mecânica, melhora a porosidade global da pasta úmida e exerce função de ligante, agregando os grãos (Manfredini&Schianchi, 2009) Conformação do produto cerâmico Existem diversos processos de conformação para peças cerâmicas: colagem, prensagem, extrusão e torneamento. A seleção de um ou outro depende fundamentalmente da geometria e características do produto desejado. A massa, ainda úmida (W=22%) e na fase

24 23 plástica, é colocada numa extrusora a vácuo, também conhecida como maromba, onde é compactada e forçada, por um pistão (eixo helicoidal), a passar através da boquilha. Obtémse, então, uma coluna extrudada, com seção transversal no formato e dimensões desejados, que é, em seguida, cortada, obtendo-se, assim, as peças: tijolos furados, blocos, tubos, telhas etc. No caso das telhas, há ainda a etapa da prensagem, tornando a fase de extrusão intermediária no processo Secagem e Queima O processamento térmico, que compreende as etapas de secagem e queima, é de crucial importância para a obtenção de um produto cerâmico, pois dele depende o correto desenvolvimento de suas propriedades finais. Após a conformação, as peças ainda contêm água. Para evitar o aparecimento de tensões e futuros defeitos, faz-se necessário eliminá-la, de forma lenta e gradual, com a exposição ao calor e a ambientes ventilados, com controle da taxa de aquecimento, ventilação e umidade relativa do ar. Isto pode ser feito em secadores intermitentes ou contínuos, com temperaturas variando entre 50ºC e 150ºC. No caso de secagem natural, há necessidade de cuidados adicionais. O processo é mais lento e muito empírico. Pode ocorrer, por exemplo, secagem abrupta, provocando o aparecimento tensões e trincas, que inviabilizam a ida da peça para o forno (queima). A fim de evitar isto, a distribuição das peças no secador deve permitir fluxo de ar uniforme, mas resguardadas de ventilação ou calor excessivos (ABC, 2002c).

25 24 Figura 2.1 Etapa de Secagem pelo processo Natural (Ao ar livre). (Fonte: Professor Amando Alves Oliveira, SENAI-SP) Figura 2.2 Secagem Artificial (Secador). (Fonte: Professor Amando Alves Oliveira, SENAI-SP). Na etapa de secagem, faz-se o monitoramento da Curva de Bigot, que representa a evolução da retração da peça em função da perda de água de conformação (umidade). Em um estudo realizado por Vieira et al. (2003), foram preparadas composições de argila e areia, a 5%, 10%, 15% e 20%, em peso. Os resultados indicaram que a adição de areia à massa

26 25 cerâmica contribui para a redução do volume de água necessário à obtenção da plasticidade e trabalhabilidade satisfatórias, e adicionalmente, para promover melhor acomodação das partículas, minimizando a retração. Figura 2.3 Etapa de Secagem pelo processo Artificial (Secador). (Fonte: Professor Amando Alves Oliveira, SENAI-SP). Figura 2.4 Uso de Ventiladores na etapa de Secagem. (Fonte: Professor Amando Alves Oliveira, SENAI-SP).

27 26 A queima ou sinterização é o processo em que o calor provoca transformações físico-químicas na massa argilosa, modificando as características de cru em propriedades cerâmicas. O tratamento térmico é realizado entre 800ºC a 1700ºC, em fornos do tipo contínuos ou intermitentes, que operam em três fases: (a) Aquecimento até a temperatura desejada; (b) Permanência em um platô, durante certo tempo. à temperatura especificada; e (c) Resfriamento até temperaturas inferiores a 200ºC (NetCeramics, 2009). Durante a queima, que pode variar de alguns minutos a vários dias, ocorre uma série de transformações: perda de massa (por perda de água), desenvolvimento de novas fases cristalinas e soldagem dos grãos. A resistência mecânica, a contração linear, a absorção e a porosidade são aspectos adquiridos não só pela boa uniformidade e controle da massa argilosa e perfeita secagem, mas, também, a partir da boa operação do forno (ANICER, 2008). Na implantação da indústria, a escolha do forno deve levar em consideração o tipo de produto a ser fabricado e as características do tipo de argila de que se dispõe. Devem ser analisados, também, o espaço disponível (leiaute do chão-de-fábrica) dado que determinados fornos exigem áreas maiores para funcionar, o volume de produção quanto maior a demanda, maior deve ser a capacidade de resposta do forno e os combustíveis disponíveis. Na aquisição do equipamento, o ceramista deve pensar no quesito eficiência energética, assunto que será abordado em pormenores no capítulo Meio Ambiente. Atualmente, o forno tipo Túnel é tido como um dos melhores pela maioria dos ceramistas, por garantir baixo consumo energético aliado à uniformidade de queima, o que resulta em produtos com a mesma tonalidade e boa qualidade. Mas já existe, no mercado, uma versão melhorada, dotada de isolamento das porções inferiores do vagão com água, para minorar ainda mais as perdas de calor (ANICER, 2009a). Alguns equipamentos, tidos como auxiliares, são excelentes ferramenta para o ceramista. Controladores de pressão dentro do forno, Indicadores de dureza da massa, Indicadores de corrente na maromba (para evitar esforço exagerado do motor), Softwares para monitoramento, registro e controle da curva de queima, dentre outros, certamente promovem economia de combustível, além de interferirem na qualidade final do produto. Tipos de Fornos Os fornos podem ser Intermitentes ou Contínuos. A seguir, apresenta-se a classificação dos tipos de Fornos, com algumas de suas principais características, proposta pela Anicer (2009a).

28 Fornos Intermitentes Os fornos intermitentes são especialmente concebidos para a queima de pequenos volumes de peças cerâmicas. Citam-se, aqui, os mais comuns no país: paulistinha e abóbada. Forno Paulistinha É retangular, com queimadores laterais. Muito utilizado para a queima de telhas, mas é pouco econômico e difícil de operar. Importa verificar a relação custo/benefício e monitorar a distribuição do calor, que, se irregular, pode gerar peças com cor e resistência diferentes, mesmo num mesmo lote. Para melhores resultados, deve-se manter a constância da velocidade de queima. Forno Abóbada Um dos melhores para telhas, mesmo com deficiências de qualidade e produtividade. É econômico, de fácil operação e se adapta bem a qualquer combustível. Não oferece calor nas laterais nem controle de registros e a velocidade de aquecimento é muito alta, havendo risco de requeima do material. É imprescindível garantir a velocidade de aquecimento, a alimentação das fornalhas e as condições dos componentes mecânicos. 27 Fornos Contínuos São econômicos e de operação simples. O carregamento e descarregamento das peças é continuado, sem interrupções. Destinam-se a grandes capacidades de produção e exigem bastante conhecimento técnico do operador. São descritos o Hoffmann e o Túnel. Forno Hoffmann É o mais comum forno do tipo contínuo na queima de blocos, muito econômico e de manuseio simples, apresentando boa produtividade e baixo consumo de energia. Usa o ar quente proveniente das câmaras antecessoras nas seguintes, já que todas são interconectadas. Os cuidados residem na possibilidade de requeimas na soleira (parte inferior) e queima insuficiente no teto, falta de oxigenação das porções laterais e ocorrência de peças com trincas de secagem. Controlar as passagens de ar quente e não manter observação constante durante a queima são diretrizes importantes na operação deste tipo de forno. Figura 2.5 Esquema de um Forno Hoffman (Fonte: Alutal).

29 28 Forno Túnel Oferece ótimo rendimento operacional e energético. A movimentação das peças é feita em carros metálicos (vagonetas), sobre os quais é montada uma base cerâmica, onde são arrumadas as pilhas de peças. Neste modelo, o ar quente que está saindo da zona de resfriamento pode retornar à zona de combustão ou auxiliar na secagem das peças. É preciso manter limpa a saída da chaminé e evitar barreiras que atrapalhem a circulação das vagonetas. Figura 2.6 Forno do Tipo Túnel. (Fonte: Professor Amando Alves Oliveira, SENAI-SP) Controles de Processo Após a retirada do forno, as peças são inspecionadas e remetidas ao consumo. Alguns produtos cerâmicos, tais como louças sanitárias e de mesa, isoladores elétricos e materiais de revestimento, recebem camada fina e contínua de esmalte que, após a queima, adquire aspecto vítreo. Esta camada melhora os aspectos estéticos e higiênicos, bem como propriedades mecânicas e elétricas (NetCeramics, 2009).

30 29 3. O SETOR OLEIRO-CERÂMICO Ao longo dos anos, percebemos nitidamente a ampliação do foco. Se antes valia a qualidade, agora os setores buscam uma imagem completa e que reúna conformidade, respeito ao meio ambiente, saúde do trabalhador e a melhor relação custo-benefício Ricardo Kelsch Diretor da Anicer Nas últimas décadas, as mudanças ocorridas no mundo tornaram as relações no campo econômico cada vez mais dinâmicas e instantâneas, obrigando as empresas a encontrar soluções para enfrentar novos desafios. Distâncias geográficas e barreiras alfandegárias entre países, já não se configuram mais como problemas, dados os avanços nas áreas da aviação, logística e a criação de mercados de livre comércio. Isto impulsionou investimentos em tecnologia, sistemas de informação e capacitação de mão de obra, além de permitir às empresas diversificação de mercados consumidores. Além da importância econômica, a ICC tem papel social de relevância, tanto pela capacidade de diminuição do déficit habitacional brasileiro como por seu potencial de geração de emprego e renda. Por sua vez, o SOC nacional participa com fatia substancial nas riquezas geradas pela ICC, empregando milhões de pessoas, direta e indiretamente, com faturamentos que giram na casa dos bilhões anuais (SEBRAE, 2008b; BUSTAMANTE e BRESSIANI, 2000). Após período de retração e recente retomada do crescimento, os prognósticos são animadores Histórico do Setor Dados estatísticos e indicadores são ferramentas imprescindíveis ao acompanhamento do desempenho de qualquer atividade econômica. O Setor Cerâmico Brasileiro, de um modo geral, tem carência de catalogação científica de seus dados, consequência do imenso número de empresas competindo e da informalidade que o permeia. Segmentos mais organizados, tais como Refratários, Revestimentos e Isoladores Elétricos, têm tradicionalmente compilado e divulgado periodicamente informações, através de suas entidades representativas, sendo, portanto, retratados com maior fidelidade. Para os demais segmentos da ICC, os dados estatísticos levados a público são apenas estimativas de

31 30 instituições como o IBGE, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior etc. Entre 1998 e 2003, a economia brasileira viveu período de recessão, alvejando o setor oleiro-cerâmico em cheio, em especial pelos parcos investimentos realizados na construção civil. A produção continuou, mas o mercado não foi capaz de absorvê-la e, assim, muitas empresas quebraram por não suportar a inadimplência e os prejuízos acumulados. A suave retomada do crescimento, em 2004, não atingiu as pequenas e médias construtoras nem foi suficiente para conter a onda de falências e de dificuldades financeiras, principalmente porque as micro e pequenas representavam a imensa maioria das empresas competindo no setor e empregavam grande massa de trabalhadores formalizados. Até 2005, a indústria trabalhou com capacidade ociosa em função da estagnação econômica, mas conseguiu manter níveis razoáveis de exportação e investir no desenvolvimento de novos produtos, ainda que mais timidamente. O Governo Federal mudou de atitude em relação à ICC, percebendo que ela poderia ser uma excelente propulsora da retomada concreta do crescimento econômico e social do país. Em 2006, houve forte redução na carga tributária, disponibilização de recursos e financiamentos (com prazos de até trinta anos), redução das taxas de juros e a euforia provocada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Reagindo muito bem, a indústria tornou a crescer, por causa do reaquecimento do mercado da construção, o que foi excelente para um de seus pilares, a indústria de materiais. Segundo dados da Anicer, em 2005, houve queda de 2% no faturamento do setor que começou a dar sinais de recuperação em 2006, com crescimento de 6,3% e, em 2007, de 15,5%. Neste ano, os ceramistas foram às feiras e congressos com o intuito claro e firme de investir. O momento econômico e as pressões multilaterais pela conformidade dos produtos e qualidade acabaram forçando investimentos em modernização de equipamentos e capacitação de mão de obra, levando o faturamento do setor a cerca de 6 bilhões de reais (ANICER, 2007d). Em 2008, as perspectivas de crescimento chegaram a mais de 10% e o empresariado continuou a investir em ampliação do parque tecnológico e de sua capacidade de produção. Com um leque de frentes de trabalho que foi da construção pesada às habitações em regime de autoconstrução, os índices de crescimento e os investimentos superaram as previsões. O setor começou a atuar de maneira mais prática em relação a questões

32 31 consideradas até então como de menor importância, como a embalagem de seus produtos e a movimentação dos estoques nas revendas e canteiros de obras (adotando a paletização, por exemplo). Ademais, foram motivo de ricas discussões a necessidade de marketing nas revendas, a redução dos prazos de entrega e a flexibilização das linhas de produção (customização de produtos para o consumidor final), além das restrições ao consumo de energia elétrica, tanto por conta de tarifas mais caras como pela ameaça de um possível racionamento. O subsetor de materiais de construção cresceu em 2008 e, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (ANAMACO, apud ANICER, 2008), os materiais básicos, dentre eles, os blocos cerâmicos, foram os que tiveram o maior destaque, registrando 13,5% de crescimento. Para 2009, a estabilidade econômica brasileira a despeito da crise iniciada no setor imobiliário americano que abalou o mundo, a ampliação do crédito, o PAC e o crescimento da economia nacional vêm justificando a boa fase da ICC, que deve perdurar ainda por bom período. Para Maria Salette de Carvalho Weber, coordenadora nacional do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), em entrevista concedida à Revista da Anicer, em 2008, Há uma perspectiva extremamente otimista para o setor, pois, enquanto o PIB nacional cresce a um percentual máximo de 5%, a construção civil está projetando desenvolvimento na ordem de 10,2% e, em um cenário otimista, poderá chegar a 14% ao ano Situação Atual Atravessando período de franco crescimento, o setor ceramista tem andado em estado de euforia, com as mudanças introduzidas pelos Programas Setoriais de Qualidade, publicação de novas Normas Técnicas, implementação do uso de combustíveis alternativos e comercialização de créditos de carbono. Para o IBGE, dentre os subsetores da Indústria Brasileira, o maior crescimento em 2008 foi na Construção Civil (8,0%), seguida por Eletricidade e Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana (4,5%). A Extrativa Mineral, um dos braços do SOC, subiu 4,3%, em decorrência, principalmente, do crescimento na produção de petróleo, gás e minério de ferro (IBGE, 2009).

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