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1 MODULO II - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS AULA 03: NOVOS SUJEITOS SOCIAIS NA LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS TÓPICO 01: OS DIREITOS LGBT'S VERSÃO TEXTUAL DO FLASH Como vimos na última aula, lutas sociais diversas colocam em foco demandas de segmentos específicos, impulsionando a construção de uma nova agenda de direitos humanos. O surgimento de novos sujeitos de direitos mostra como no cenário atual surgem novas percepções da violência e do preconceito. A crítica de lugares sociais desiguais é a fonte de reivindicações coletivas de grupos específicos, assinalando o entrelaçamento histórico entre Direitos Humanos e a luta dos movimentos sociais. Vamos falar um pouco mais sobre isso nas próximas páginas, pensando nessa pluralidade de identidades, sujeitos, categorias, direitos. Debates específicos sobre Direitos Humanos se desdobram em questões contemporâneas sobre os "direitos sexuais". Essa categoria colocou em foco demandas de grupos e segmentos diversos, sinalizando para construções identitárias complexas no mundo atual. Junto com os direitos sexuais surgem novos atores e sujeitos de direitos. Inauguramos assim as discussões sobre os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT's). O objetivo aqui é situar brevemente alguns marcos que assinalam mudanças no cenário atual de reconhecimento dos direitos humanos destas populações. Em primeiro lugar convém destacar que, embora a homossexualidade nunca tenha sido criminalizada no Brasil, isto ocorreu e ainda ocorre em outros países. Não precisamos viajar no tempo, para pensar em violações dos direitos humanos em relação à homossexualidade. Basta lembrar um fato que esteve na mídia no ano passado: o projeto de lei que buscava instituir a pena de morte para praticantes de atos homossexuais em Uganda, na África. A mobilização de ONGs, grupos ativistas dos direitos humanos, associações internacionais e outros atores sociais promoveram um amplo debate público sobre esse tópico. Diante da pressão internacional o projeto foi retirado, mas voltou a tramitar em 2010, com algumas alterações. Em outros países da África, a homossexualidade é criminalizada, inclusive com pena de morte por enforcamento. OLHANDO DE PERTO Em 2009, em Uganda (país da África Central), o deputado David Bahati apresentou um projeto de lei visando criminalizar a homossexualidade no país. Práticas homossexuais consensuais estabelecidas privadamente, entre adultos, estavam sujeitas a prisão perpétua. A defesa do direito a tais práticas era definida, também, como um crime. Pessoas que soubessem

2 que alguém cometeu práticas homossexuais e não as denunciassem, seriam também penalizadas: a pessoa que descobrisse que seu filho, amigo ou vizinho cometeu algum ato homossexual, e não o delatasse em até 24 horas, seria considerada também "criminosa" e sujeita a prisão de até três anos. Se um cidadão de Uganda, residindo em outro país, se casasse com uma pessoa do mesmo sexo neste país, a lei previa sua extradição para a terra natal, para que fosse julgado e punido pelo crime de "envolvimento em casamento homossexual". O sujeito acusado de ser homossexual seria, compulsoriamente, testado para que determinassem se era ou não portador do vírus HIV. Ser portador do HIV era condição definida, pelo referido projeto de lei, como um "agravante"; neste caso, ao invés da prisão perpétua, a punição estabelecida era a pena de morte. Estaria proibido o uso das noções de "orientação sexual", "direitos sexuais", "minorias sexuais", e "identidade de gênero" para legitimar a homossexualidade, os "transtornos de identidade de gênero" e quaisquer "práticas correlatas". Um dos artigos estabelecia que todos os instrumentos legais internacionais contrários às determinações da referida lei eram declarados nulos. Se sancionada, a lei proibiria também que o estado de Uganda ratificasse quaisquer tratados internacionais, convenções, protocolos, acordos ou declarações que a contradigam (um fac-smile do projeto original, publicado na imprensa oficial de Uganda em língua inglesa, pode ser acessado no site da ONG Political Research Associates (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.). No Brasil e no cenário global mais amplo temos importantes marcos históricos que vem realçando a visão cultural de que a homossexualidade é uma orientação sexual tão legítima quanto a heterossexualidade. O passo fundamental foi dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que retirou a homossexualidade do rol das patologias mentais, em PARADA OBRIGATÓRIA "Homossexualidade" ou "homossexualismo"? O termo "homossexualismo" caiu em desuso, após a despatologização pela OMS. O sufixo 'ismo' remete à ideia de doença, e entre certos segmentos religiosos, à noção de prática pecaminosa. Os movimentos sociais em defesa dos Direitos Humanos, os educadores e as Ciências Humanas, atualmente, priorizam o termo homossexualidade, realçando que esta não é uma escolha, nem uma 'opção', mas fruto de experiências e aprendizados, na construção do desejo ao longo da vida. A homossexualidade é uma orientação sexual, tão legítima como a heterossexualidade e a bissexualidade. Ninguém "nasce" heterossexual, mas "se torna" heterossexual. Ao longo da vida, as pessoas vivenciam diversas experiências nas interações que estabelecem umas com as outras, ao longo das quais vão aprendendo a reconhecer certas sensações como prazerosas, a ter certas fantasias e desejos, a gradativamente ensaiar certos gestos e sequências de atos. Você nasceu sabendo beijar? Ou foi aprendendo aos poucos, a partir de certas ideias vagas que tinha acerca do

3 que é um "beijo" e sobre como este deveria ser desempenhado? O "beijo" não é um comportamento inato, mas uma capacidade adquirida. A orientação sexual, do mesmo modo, é uma capacidade da pessoa humana: a capacidade de sentir atração e se envolver sexual e amorosamente com pessoas do mesmo sexo, pessoas do sexo oposto ou pessoas de ambos os sexos. Poderia ser comparada à capacidade que as pessoas têm de desempenhar certas tarefas melhor com a mão esquerda, com a mão direita, ou de forma igualmente eficiente com ambas. Ninguém escolhe ser canhoto. A pessoa canhota pode ter que enfrentar certos desafios num mundo dominado e adaptado por/para pessoas destras. Mas isto a torna menos "capaz" do que as outras? Alguém cogitaria que a preferência e aptidão no uso da mão esquerda fosse 'tratada' e 'curada'? No cenário brasileiro, manifestações no campo da arte e da cultura acompanharam a difusão de um ideário de liberdade sexual, desde os anos 1960/1970. A criação de periódicos voltados ao público gay como o Lampião da Esquina teve importante papel político na visibilidade das identidades gays e lésbicas, impulsionando a criação de um mercado GLS. Capas do Jornal "O Lampião da esquina" (número 24, 12 e 04) MULTIMÍDIA Para pesquisar e conhecer... Todos os exemplares do Jornal "Lampião da Esquina" encontram-se disponíveis para download, digitalizados, no site do Grupo Dignidade ( page_id=53) (grupo de promoção da cidadania LGBT, sediado no estado do Paraná). Clique e acesse! Nos anos 1980, acompanhando o processo de redemocratização do país observamos a intensificação das ações políticas e a organização coletiva dos movimentos sociais que militavam pelos direitos homossexuais. A epidemia de HIV/ Aids veio a colaborar para uma ampla discussão pública e a mobilizar os sujeitos em torno da desconstrução de estigmas e do preconceito contra as minorias sexuais. Muitos grupos ativistas nasceram no contexto dessa luta social. A luta contra a violência que afeta gays e lésbicas remonta a Constituinte dos anos Naquele momento, segmentos religiosos se uniram para excluir a discriminação por orientação sexual da atual Lei do Racismo, Lei 7716/1989.

4 Assim, a Carta Magna deixou de incluir no seu texto o termo "orientação sexual". Apesar de enquadrar e punir o preconceito por gênero, sexo, raça/etnia, a discriminação por orientação sexual ficou de fora dessa Lei. Em 1995, a deputada Marta Suplicy (PT-SP) apresentou a primeira tentativa de legislar sobre a temática parceria civil na Câmara Federal, através do Projeto de Lei 1.151/1995. O tema dos relacionamentos afetivo-sexuais entre pessoas do mesmo sexo foi objeto de amplo debate público. Apesar do arquivamento, o tema ganhou a mídia e ensejou um conjunto amplo de outras ações que visavam assegurar a cidadania de pessoas LGBT's. Os anos 1990 também marcaram a cidadania das minorias sexuais no Brasil, através das Paradas do Orgulho Gay que passaram a ocorrer em diferentes contextos, cidades e Estados no país. Essa manifestação coletiva tem enorme impacto político na construção de uma imagem positiva da homossexualidade na sociedade brasileira. A visibilidade dessa orientação sexual alcançou visibilidade sem precedentes, envolvendo ampla divulgação da mídia, fomento de verbas públicas, campanhas de prevenção etc. Parada do Orgulho LGBT, SP Fonte ( Suplantando a visão de que a homossexualidade está associada a desvios de comportamento, em 1999, o Conselho Federal de Psicologia, através da resolução 196, proibiu a participação de psicólogos em tratamentos de cura e terapias reparativas para gays e lésbicas. Nos anos 2000, o debate é ampliado com o surgimento das Frentes Parlamentares sobre a Livre Expressão Sexual. Aparecem novas propostas legislativas no âmbito federal, estadual e municipal. Projetos de Lei diversos buscam criar o Dia do Orgulho Gay, legislar sobre a proibição da doação de sangue pelos homossexuais, instituir políticas de educação sexual e orientação sexual na escola, criar delegacias especializadas, legislar sobre planos de saúde e outras demandas. Nessa década surgem também alternativas religiosas voltadas para pessoas LGBT, as ditas "igrejas inclusivas" ou 'igrejas gays', colocando em foco o tema da liberdade religiosa de pessoas gays, lésbicas e travestis sob o lema

5 Fonte ( "Sou gay e tenho o direito de ser cristão". Novas ações ganharam a cena pública, através de programas governamentais, políticas de reconhecimento voltadas ao combate à homofobia e garantia da cidadania LGBT, inclusive no campo da educação. Nos anos 2000, novas propostas legislativas focalizaram a preocupação com a violência sofrida por essa população. No Estado do Rio de Janeiro, a Lei 3.406/2000, é um importante marco do reconhecimento dos direitos das minorias sexuais, pois proíbe a discriminação por orientação sexual em estabelecimentos públicos e privados. Outros avanços ocorreram com a aprovação em níveis locais de Legislações específicas voltadas para o reconhecimento da união estável para fins previdenciários. Entre eles estão: VOLUNTARYFRIEND/ /) LEI 5.034/2007 No Rio de Janeiro, a Lei 5.034/2007, popularmente reconhecida como Lei da Pensão Gay, equiparou à condição de companheiro ou companheira parceiros do mesmo sexo, para fins previdenciários, no funcionalismo público. As ações que buscam combater a homofobia e promover a cidadania de gays e lésbicas se pluralizaram nos anos PLC 122/2006 Ficou popularmente conhecido como criminalização da homofobia. Aprovado na Câmara Federal, o Projeto de Lei seguiu para o Senado dando origem a uma intensa disputa pela sua aprovação entre segmentos religiosos e movimentos sociais. Entre arquivamentos e a apresentação de projetos substitutivos, a criminalização da homofobia ainda é matéria de discussão pública e espera aprovação. As últimas versões ampliam o escopo para incluir minorias religiosas e pessoas com deficiência, buscando legitimar a proposta através de um discurso menos específico e cooptando novas adesões. No âmbito das ações governamentais planos e programas voltados para a promoção da equidade de gênero, raça, etnia incluem a preocupação com a discriminação por orientação sexual. Esse é o caso do Programa Nacional de Direitos Humanos em suas três versões (I, II e III). VERSÃO TEXTUAL DO FLASH Programa Nacional de Direitos Humanos (I, II e III) Amparados em ações internacionais para proteção e promoção dos Direitos Humanos, esses planos recomendam apoiar a formulação de leis, políticas públicas e privadas, além de ações sociais de prevenção e erradicação da violência contra grupos em situação vulnerável. Preconizam o tratamento igualitário perante a Lei para crianças e adolescentes, idosos, mulheres, negros, indígenas, migrantes, trabalhadores sem terra, homossexuais entre outros. Tratam de tópicos de segurança pública, da luta contra a impunidade, da proteção do direito à liberdade e de expressão.

6 As bases para uma "cultura dos direitos humanos" são fixadas na distribuição de informações e conhecimento em trabalhos de educação e cidadania. Em um item sobre "orientação sexual" o PNDH II estabelece como prioridades: Propor emenda à Constituição Federal para incluir a garantia do direito à livre orientação sexual e a proibição da discriminação por orientação sexual. Apoiar a regulamentação da parceria civil registrada entre pessoas do mesmo sexo e a regulamentação da lei de redesignação de sexo e mudança de registro civil para transexuais. Propor o aperfeiçoamento da legislação penal no que se refere à discriminação e à violência motivadas por orientação sexual. Excluir o termo 'pederastia' do Código Penal Militar. Incluir nos censos demográficos e pesquisas oficiais dados relativos à orientação sexual. O PNDH III, elaborado em 21 de dezembro de 2009 e atualizado pelo Decreto número 7177, de 12 de maio de 2010, assimilou demandas da sociedade civil e incorporou elementos de tratados internacionais mais recentes. Tendo como eixos os temas "Educação e Cultura em Direitos Humanos" e "Universalizar direitos em um contexto de desigualdades", embasou políticas públicas e ações educativas de combate a discriminação de minorias sociais, como as pessoas LGBT. VERSÃO TEXTUAL DO FLASH O PNDH-3 na Diretriz 10, Garantia da igualdade na diversidade - Propõe a realização de ações educativas para a desconstrução de estereótipos relacionados às diferenças étnico-raciais, etárias, de identidade e de orientação sexual, de pessoas com deficiência ou segmentos profissionalizantes socialmente discriminados. O governo federal, desde 2004, já implementava ações como o Programa Brasil Sem Homofobia, que teve repercussões locais em vários estados e municípios do Brasil. Ações no campo da saúde, da educação, da cultura, da segurança pública, se pluralizaram. O tema da orientação sexual é incluído no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNDH, 2007), que incorporou também recomendações dos principais documentos internacionais de Direitos Humanos que o Brasil assinou, como o Programa Mundial para educação em Direitos Humanos (Nova York, Genebra, 2006) e outros interessados na efetivação da democracia, da justiça social e da difusão de uma "cultura de paz". LEITURA COMPLEMENTAR Acesse os documentos nos links:

7 Plano nacional de Educação em Direitos Humanos (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.). Plano de Ação (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.). OLHANDO DE PERTO Pra quem quiser se aprofundar... Embora políticas de educação voltadas para a diversidade sexual tenham sido amplamente debatidas ao longo da última década, existem poucas pesquisas acadêmicas que investiguem estas políticas. Um exemplo é a dissertação do cientista social Marcelo Daniliauskas,Relações de gênero, diversidade sexual e políticas de educação: uma análise do Programa Brasil sem Homofobia (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.), defendida na Faculdade de Educação da USP em Outra boa fonte para quem quiser conhecer mais a fundo estas políticas públicas é a tese de doutorado de Felipe Fernandes, A Agenda Anti- Homofobia na Educação Brasileira ( ) ( -Homofobia_na_Educacao_Brasileira_ ), defendida também em 2011 na Universidade Federal de Santa Catarina. Em 2006, o Brasil foi signatário dos Princípios de Yogyakarta, um documento formulado por 29 especialistas em direitos humanos de 25 países que se reuniram na Universidade de Gadjah Mada, na cidade de Yogyakarta, na Indonésia. O objetivo era garantir a aplicação da legislação internacional às violações de direitos humanos com relação à orientação sexual e identidade de gênero. Dentre outras propostas estavam aspectos do direito à educação, expressos no trecho: Garantir que toda pessoa tenha acesso a oportunidades e recursos para aprendizado ao longo da vida, sem discriminação por motivos de orientação sexual ou identidade de gênero, inclusive adultos que já tenham sofrido essas formas de discriminação no sistema educacional. LEITURA COMPLEMENTAR Para quem quiser saber mais, o documento pode ser acessado na íntegra no site do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos: Princípios sobre a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.).

8 No ano de 2011, o Supremo Tribunal Federal brasileiro proferiu umas das decisões mais importantes da história na defesa dos direitos humanos, qual seja, o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como célula familiar passível de enquadramento nos moldes da união estável, privilégio reservado, na lei brasileira, exclusivamente aos casais heterossexuais. A partir daí, casais homossexuais foram buscar no Judiciário a conversão daquela união em casamento. Na decisão, o Ministro Relator Ayres Brito, afirmou que a vigente ordem constitucional não toleraria ações legislativas que contrariassem a regra imposta no artigo 3º, IV, na Constituição Federal: a promoção e o bem de 'todos' sem preconceito e discriminação. (...) se impõe proclamar, agora mais do que nunca, que ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Isso significa que também os homossexuais têm o direito de receber a igual proteção das leis e do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. Essa afirmação, mais do que simples proclamação retórica, traduz o reconhecimento, que emerge do quadro das liberdades públicas, de que o Estado não pode adotar medidas nem formular prescrições normativas que provoquem, por efeito de seu conteúdo discriminatório, a exclusão jurídica de grupos, minoritários ou não, que integram a comunhão nacional. Trecho do voto do Ministro Relator Ayres Brito, STF, maio de ( Outro marco decisivo na luta pelos direitos sexuais das pessoas LGBT's contempla as atuais discussões do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde, o SUS. No Brasil, o reconhecimento da legitimidade de pessoas transexuais passa pela autorização para cirurgia de redesignação sexual no sistema público de saúde. O "tratamento" da transexualidade foi regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina através da Resolução CFM nº /97, e posteriormente pela resolução CFM nº 1.652/2002. Esse 'direito' foi conquistado através de procedimentos diversos da medicina que incluem terapia hormonal, transição para a vida social do gênero real e cirurgia de redesignação sexual ou transgenitalização. No aspecto legal, o tratamento inclui a alteração do prenome de registro e alteração do sexo civil. Desde a Resolução do Conselho Federal de Medicina que autorizou as cirurgias de redesignação de sexo, inúmeras são as decisões judiciais que tem amparado a mudança de prenome de transexuais. Vamos conhecer um pouco mais sobre os seguintes termos:

9 TRANSGÊNERO Termo que costuma ser empregado em pesquisas acadêmicas e, às vezes, no discurso de movimentos sociais, pra se referir a pessoas com identidades e performances de gênero que transitam entre o masculino e o feminino. O termo pode ser usado de modo geral para se referir a travestis e transexuais, mas também para se referir a pessoas que transitam entre masculino e feminino sem se considerar nem travestis nem transexuais. TRANSEXUAL Categoria que assinala novos sujeitos de direitos. Identidade de gênero construída em contraste com o sexo biológico assinalado no nascimento. Buscam (ou não) a cirurgia de redesignação do sexo erroneamente conhecida como "mudança de sexo". Do ponto de vista da psiquiatria, a transexualidade é considerada um "transtorno" o acesso aos procedimentos de redesignação cirúrgica é condicionada a este diagnóstico patologizante. Entre os movimentos sociais, por outro lado, há quem defenda a despatologização da transexualidade, considerando que os procedimentos de redesignação sexual deveriam ser acessíveis a qualquer pessoa que os reivindique, independente de um "diagnóstico" médico. TRAVESTI Categoria identitária ambígua que compreende procedimentos de construção corporal através do implante de próteses de silicones, roupas e adereços do sexo oposto. A identidade de travesti não reivindica a redesignação sexual; contudo, muitas delas preferem ser tratadas no feminino, por seu nome social. Apesar das inúmeras ações voltadas à promoção da equidade e dos direitos LGBT's, a efetiva promoção dos direitos humanos e do combate da homofobia no contexto escolar exige o compromisso com debates mais amplos que preconizem o diálogo, a igualdade, a democracia e a difusão de uma cultura de paz. Responsável: Professor Marcelo Natividade Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

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