Relatório e Contas 2013

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Relatório e Contas 2013"

Transcrição

1 Relatório e Contas 2013

2 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde ESPÍRITO SANTO SAÚDE SGPS, SA Sociedade Aberta Sede: Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, 17, 9.º, Lisboa Número de matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa e de identificação de pessoa coletiva: Capital social integralmente subscrito e realizado: Euros 2

3 ÍNDICE Mensagem da Presidente da Comissão Executiva 02 O Grupo Espírito Santo Saúde 2.1 Identidade e Estrutura 2.2 Posicionamento Estratégico 2.3 Dados Chave sobre o Grupo 03 Relatório de Gestão Consolidado 3.1 Enquadramento de Desempenho do Grupo e dos Segmentos de Negócio 3.3 Principais Riscos e Incertezas para a Espírito Santo Saúde 3.4 Informação Ambiental 3.5 Perspetivas para Autorizações Concedidas a Negócios entre a Sociedade e os seus Administradores 3.7 Eventos Subsequentes 3.8 Proposta de Aplicação de Resultados 3.9 Anexo ao Relatório de Gestão Consolidado 04 Demonstrações Financeiras Consolidadas Relatório de Governo da Sociedade 06 Responsabilidade Social e Corporativa 6.1 Enquadramento 6.2 O Compromisso da Espírito Santo Saúde com a Responsabilidade Social 6.3 Sustentabilidade Ambiental 07 Demonstrações Financeiras Individuais Contactos

4

5 01 Mensagem da Presidente da Comissão Executiva 5

6 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde 01 Mensagem da Presidente da Comissão Executiva 2013 foi um ano particularmente exigente e desafiante, especialmente devido ao contexto recessivo em Portugal, associado a níveis elevados de desemprego e à redução do rendimento disponível das famílias. Não obstante, a Espírito Santo Saúde apresentou um desempenho muito positivo, mantendo os níveis de crescimento de rendimentos, aliados a uma melhoria da rentabilidade. No segmento de cuidados de saúde privados, o nosso posicionamento de inovação e excelência continuou a suportar os níveis de atividade, reforçando o estatuto das nossas unidades nos respetivos mercados, permitindolhes atrair os melhores médicos nas suas áreas. Além disso, o nosso enfoque na eficiência gerou poupanças de custos que nos permitiram manter uma margem EBITDA de cerca de 20% no segmento privado. No segmento de cuidados de saúde públicos, 2013 representou o primeiro ano completo de atividade do Hospital Beatriz Ângelo. O hospital conseguiu atingir níveis de EBITDA positivos, bem como desenvolver uma sólida reputação clínica entre a comunidade médica. Adicionalmente, o desempenho a nível da eficiência, qualidade e acesso foi altamente positivo, com o Hospital Beatriz Ângelo a obter resultados significativamente acima da média no conjunto de indicadores analisados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). De realçar o desempenho a nível dos custos operacionais por doente padrão, onde o Hospital Beatriz Ângelo apresentou o melhor resultado do grupo de hospitais comparáveis (2.313 por doente padrão no Hospital Beatriz Ângelo versus uma média de nos hospitais comparáveis acumulado a setembro de 2013). Este resultado, a par com os excelentes indicadores de qualidade e acesso, demonstram inequivocamente a capacidade do Grupo também no segmento de prestação de cuidados de saúde públicos foi também o ano em que o Grupo reforçou a sua aposta na formação e educação de profissionais de saúde, especialmente a nível dos médicos, que cada vez mais escolhem as nossas principais unidades para realizar os seus programas de especialização médica. A Espírito Santo Saúde demonstrou novamente a capacidade de alcançar resultados sólidos nas várias unidades bem como a nível consolidado no Grupo, gerando um nível significativo de fluxos de caixa, apesar do ambiente económico adverso vivido em Portugal será um ano crucial para o futuro de Portugal com o final do programa de assistência financeira e a retoma do crescimento económico do País. A Espírito Santo Saúde irá manter o foco no crescimento rentável e na criação de valor para os seus acionistas e restantes stakeholders, ao serviço e no melhor interesse de quem nos confia a sua saúde. Isabel Vaz Presidente da Comissão Executiva da Espírito Santo Saúde 6

7 01 MENSAGEM DA PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA A Espírito Santo Saúde demonstrou novamente a capacidade de alcançar resultados sólidos nas várias unidades bem como a nível consolidado no Grupo, gerando um nível significativo de fluxos de caixa, apesar do ambiente económico adverso vivido em Portugal. 7

8 8

9 02 O GRUPO ESPÍRITO SANTO SAÚDE 9

10 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde 02.1 Identidade e Estrutura Identidade A Espírito Santo Saúde SGPS, SA, Sociedade Aberta, enquanto sociedade gestora de participações sociais das suas subsidiárias, lidera um dos maiores grupos de prestação de cuidados de saúde em termos de rendimentos no mercado português, o qual se encontra em expansão. O Grupo presta os seus serviços através de 18 unidades (onde se incluem oito hospitais privados, um hospital do SNS explorado pela Espírito Santo Saúde em regime de Parceira PúblicoPrivada (PPP), sete clínicas privadas a operar em regime de ambulatório e duas residências sénior) e está presente nas regiões Norte, Centro e CentroSul de Portugal, sendo detentor, em certas regiões, do único hospital privado em exploração. O Grupo tem uma presença significativa em duas das regiões do país com maior poder de compra (de acordo com os dados estatísticos do INE): Lisboa, onde opera o Hospital da Luz, o maior hospital privado em Portugal, e no Grande Porto, onde opera o Hospital da Arrábida. A estrutura do Grupo permitelhe operar as suas unidades de saúde de forma complementar e integrada, através da referenciação de pacientes entre as várias unidades, da partilha de knowhow (clínico e relacionado com a gestão de processos) e da facilidade de acesso às instalações de algumas das melhores unidades de prestação de cuidados hospitalares agudos do país. O Grupo diferenciase no mercado português de prestação de serviços de saúde pela oferta de serviços especializados e complexos, sustentada pela utilização de equipamento tecnologicamente avançado em várias das suas unidades que são, em alguns casos, os únicos equipamentos do seu tipo em Portugal. 10

11 02 O Grupo Espírito Santo Saúde História do Grupo Desde 2000, ano da sua fundação, o Grupo Espírito Santo Saúde constituiu uma rede integrada, que inclui unidades hospitalares, clínicas ambulatórias e residências sénior Em 2000, a Espírito Santo Saúde adquiriu uma participação maioritária no capital social da Cliria Hospital Privado de Aveiro e do Hospital da Arrábida, em Vila Nova de Gaia Em 2002, a Espírito Santo Saúde iniciou a gestão, em parceria com terceiros, do Hospital da Misericórdia de Évora Em dezembro de 2003, iniciouse a construção do Complexo Integrado de Saúde da Luz, que inclui o Hospital da Luz e as Casas da Cidade Residências Sénior Em 2004, a Cliria Centro Médico de Águeda iniciou a sua atividade e o Clube de Repouso Casa dos Leões passou a estar totalmente integrado na Espírito Santo Saúde. Em julho deste ano, iniciouse a construção do Hospital do Mar, no concelho de Loures Em maio de 2005, iniciouse a construção do Hospital da Luz Clínica de Oeiras (anteriormente Clínica Parque dos Poetas), em Oeiras Em 2006, entrou em funcionamento o Hospital do Mar e a Espírito Santo Saúde adquiriu a totalidade do capital social do IRIO Instituto de Radioterapia. Em março deste ano, a Espírito Santo Saúde passou a deter a totalidade do capital social da Hospor, com duas unidades hospitalares, o Hospital de Santiago, em Setúbal, e a Clipóvoa Hospital Privado, na Póvoa de Varzim, além de três clínicas ambulatórias Clínica de Cerveira, Clínica de Amarante e Clínica do Porto Em 2007, o Hospital da Luz, em Lisboa, e o Hospital da Luz Clínica de Oeiras (anteriormente Clínica Parque dos Poetas), em Oeiras, iniciaram a sua atividade. 11

12 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde 2009 Em 2009, entraram em funcionamento as Casas da Cidade Residências Sénior e o Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora e foi adquirida a Cliria Clínica de Oiã. No final deste ano, no âmbito do Programa de Parcerias PúblicoPrivadas da Saúde, foi assinado o contrato de gestão do Hospital Beatriz Ângelo, no concelho de Loures Em 2010, o Hospital da Arrábida duplicou a sua capacidade, com novas áreas de cirurgia ambulatória e de internamento diferenciado, nomeadamente uma nova maternidade Em 2013, foram concluídas as obras de expansão do Hospital do Mar e a remodelação da Cliria Clínica de Oiã. A marca da Clínica Parque dos Poetas foi alterada para Hospital da Luz Clínica de Oeiras. O Hospital da Luz recebeu pelo terceiro ano consecutivo o prémio de Melhor Empresa no setor da Saúde, atribuído pela revista Exame em parceria com a Informa D&B e a Deloitte. A Cliria Hospital Privado, foi também amplamente renovada e iniciou a atividade do seu segundo pólo, duplicando assim a oferta de cuidados ambulatórios. Na Póvoa de Varzim, a Clipóvoa Hospital Privado continuou o seu processo de renovação, que envolveu o internamento, o bloco operatório e a maternidade. O Hospital de Santiago concluiu a nova área de Atendimento Médico Permanente. Em janeiro deste ano, foi realizada a cerimónia de lançamento da primeira pedra do Hospital Beatriz Ângelo Em 2011, houve um forte enfoque na preparação da abertura do Hospital Beatriz Ângelo, com o desenvolvimento de todas as obras de acabamento, bem como a estruturação de todos os processos hospitalares e recrutamento das equipas. O Hospital da Luz comemorou os seus cinco anos de atividade e abriu uma nova área de consultas de pediatria. Este ano ficou também marcado pela conquista do prémio de Excelência no Trabalho pela Espírito Santo Saúde atribuido pela Heidrick & Struggles O Hospital Beatriz Ângelo iniciou a sua atividade no dia 19 de janeiro, com a abertura das consultas de Pediatria e de Dermatologia. Entrou assim em funcionamento a primeira unidade da Espírito Santo Saúde em regime de Parceria PúblicoPrivada. O processo de abertura ficou concluído a 27 de fevereiro, com o início de atividade do Serviço de Urgência Geral. Em março deste ano, o Hospital do Mar iniciou obras de expansão para fazer face à elevada procura pelos seus serviços diferenciados. Em julho, a Cliria Clínica de Oiã iniciou a sua remodelação. 12

13 02 O Grupo Espírito Santo Saúde Estrutura do Grupo e segmentos de negócio A Espírito Santo Saúde desenvolve um modelo de negócio diversificado, organizado em três segmentos operacionais principais: (i) o segmento de cuidados de saúde privados, onde se incluem as principais unidades hospitalares de prestação de cuidados agudos e a rede de clínicas em regime de ambulatório do Grupo; (ii) segmento de cuidados de saúde públicos, que corresponde à gestão do Hospital Beatriz Ângelo, ao abrigo do Contrato de Parceria PúblicoPrivada (PPP) e (iii) Outras Atividades, onde se incluem as duas residências seniores concebidas para oferecer uma solução residencial integrada para cidadãos sénior independentes ou que necessitem de assistência no desempenho das suas atividades quotidianas. Adicio nalmente, a holding do Grupo e a Espírito Santo Saúde ACE estão incluídas no Centro Corporativo, um segmento cuja atividade se concentra na prestação de serviços centralizados às diversas unidades do Grupo. Segmento de cuidados de saúde privados Segmento de cuidados de saúde públicos Outras atividades Participações financeiras Hospitais Hospital da Luz Hospital da Arrábida Clipóvoa Hospital Privado Hospital de Santiago Cliria Hospital Privado Hospital do Mar Cliria Clínica de Oiã Hospital Hospital Beatriz Ângelo (PPP) Residências sénior Casas da Cidade Residências Sénior Clube de Repouso Casa dos Leões Hospital da Misericórdia de Évora (50%) Genomed (24%) HL Sociedade Gestora do Edifício (10%) Clínicas ambulatórias Hospital da Luz Clínica de Oeiras Clipóvoa Clínica do Porto Clipóvoa Clínica de Amarante Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora Clipóvoa Clínica de Cerveira IRIO Instituto de Radioterapia Cliria Centro Médico de Águeda Rendimentos operacionais por segmento (2013) Margem EBITDA por segmento (2013) 22% 1% Segmento privado 20,3% Segmento privado Segmento público Outras atividades Segmento público Outras atividades 1,3% 5,3% 77% Consolidado 15,8% 13

14 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde Estrutura de gestão e órgãos sociais No topo da estrutura de gestão da Espírito Santo Saúde SGPS, SA, Sociedade Aberta, encontrase o Conselho de Administração, composto pelo seu Presidente e 15 Administradores. Deste conjunto de Administradores, nove formam a Comissão Executiva da Sociedade, responsável pela estratégia e gestão corrente dos negócios do Grupo. Diogo José Fernandes Homem de Lucena* Presidente do Conselho de Administração Isabel Maria Pereira Aníbal Vaz Presidente da Comissão Executiva João Paulo da Cunha Leite de Abreu Novais Vogal da Comissão Executiva Tomás Leitão Branquinho da Fonseca Vogal da Comissão Executiva Ivo Joaquim Antão Vogal da Comissão Executiva Pedro Gonçalo da Costa Pinheiro Líbano Monteiro Vogal da Comissão Executiva António Davide de Lima Cardoso Vogal da Comissão Executiva Artur Aires Rodrigues de Morais Vaz Vogal da Comissão Executiva José Manuel Malheiro Holtreman Roquette Vogal da Comissão Executiva Maria do Rosário Nunes Vicente Rebordão Sobral Vogal da Comissão Executiva Luís Espírito Santo Silva Ricciardi Vogal João Carlos Pellon Parreira Rodrigues Pena Vogal José Manuel Caeiro Pulido* Vogal Alexandre Carlos de Melo Vieira Costa Relvas* Vogal Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz* Vogal Pedro Guilherme Beauvillain de Brito e Cunha Vogal 14 * Administradores independentes

15 02 O Grupo Espírito Santo Saúde Da estrutura da holding do Grupo, combinada com a estrutura da Espírito Santo Saúde Serviços, ACE, fazem parte as Direções Centrais, que prestam apoio ao Conselho de Administração, bem como serviços às diversas unidades operacionais do Grupo, obtendo assim economias de escala, de conhecimento e de talento e garantindo homogeneidade a nível da estratégia e padrões das várias unidades. As Direções Centrais estão organizadas em áreas específicas: Acreditação e Certificação de Qualidade; Central de Negociação; Comercial e de Controlo Operacional; Administrativa e Financeira; Diagnóstico por Imagem; Formação e Desenvolvimento; Infraestruturas e Manutenção; Infraestruturas de TIC; International Patient Services; Jurídica; Logística; Marketing e Comunicação; Novos Negócios; Organização e Processos; Planeamento e Controlo de Gestão e Relação com Investidores; Recursos Humanos; e Sistemas de Informação. Em termos operacionais, as unidades da Espírito Santo Saúde possuem, individualmente, um Conselho de Administração que, para além de um responsável operacional da unidade, inclui um conjunto de Administradores da Comissão Executiva da holding, o que permite garantir homogeneidade na estratégia das várias unidades e permitir a partilha de melhores práticas entre elas. 15

16 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde 02.2 Posicionamento Estratégico As vantagens competitivas do Grupo permitemlhe beneficiar das tendências que, ao nível local e regional, impulsionam a procura no mercado português da prestação de cuidados de saúde e expandirse, aproveitando as novas oportunidades, ao nível nacional e internacional. As vantagens competitivas do Grupo são, entre outras: uma posição de liderança em Portugal; uma rede de unidades de prestação de cuidados de saúde diversificada e geograficamente abrangente; investimento em património hospitalar moderno; relações de longo prazo com todas as principais entidades pagadoras que operam no setor da saúde em Portugal; um modelo assente nos melhores serviços e infraestruturas do setor; corpo clínico qualificado, experiente e motivado; integração no programa de PPP do setor da saúde; e uma equipa de gestão experiente com um historial de gestão do crescimento com base na excelência clínica Visão Ser um operador de referência na prestação de cuidados de saúde, pela prática de uma Medicina de excelência e inovação. O compromisso da Espírito Santo Saúde é total e absoluto: garantir o melhor diagnóstico e tratamento médico que o talento, a inovação e a dedicação podem proporcionar. A Espírito Santo Saúde disponibiliza uma oferta global que assegura a continuidade de cuidados e que responde à evolução das necessidades de saúde ao longo da vida das pessoas Missão A partilha da missão e dos valores por todas as pessoas que colaboram nas unidades do Grupo Espírito Santo Saúde materializase nas melhores práticas diárias para alcançar a excelência dos resultados. Por forma a cumprir a sua Missão, o Grupo Espírito Santo Saúde, através dos seus colaboradores, assume o compromisso de: EXCELÊNCIA Colocar os interesses dos doentes acima dos interesses da organização. Aderir aos mais elevados padrões éticoprofissionais. Humanizar a Medicina, criando empatia com os doentes e suas famílias. Desenvolver relações de longo prazo com os clientes doentes e terceiros pagadores baseadas na eficácia, integridade e confiança. INOVAÇÃO Fornecer os melhores cuidados de saúde possíveis, na medida em que os avanços científicos e tecnológicos o permitam. Investir em tecnologia de ponta para a aplicação de tratamentos inovadores. TALENTO Trabalhar com os melhores profissionais e promover o seu desenvolvimento contínuo através do investimento na sua formação e da implementação de uma cultura de elevada exigência e superação pessoal. Gerir uma estrutura de saúde de elevada qualidade e eficiência, formada por uma equipa competitiva de colaboradores, dinâmica e fortemente comprometida com a organização, a sua missão e os seus valores. Diagnosticar e tratar de forma rápida e eficaz, no respeito absoluto pela individualidade do doente, e construir uma organização capaz de atrair, desenvolver e reter pessoas excecionais. 16

17 02 O Grupo Espírito Santo Saúde Valores Oito valores fundamentais estão na base da cultura da Espírito Santo Saúde: PROCURA INCANSÁVEL DE RESULTADOS Estamos determinados a atingir resultados ambiciosos e mensuráveis na concretização da nossa missão. Assim, continuamos a perseguir com empenhamento os nossos objetivos finais, mesmo que encontremos dificuldades e constrangimentos ao longo do percurso. RIGOR INTELECTUAL Obrigamonos a ser críticos em relação a tudo o que fazemos, abordando cada assunto e decisão com rigor e de forma racional, procurando sempre a melhor ideia ou solução. APRENDIZAGEM CONSTANTE ATITUDE POSITIVA Somos ambiciosos nos objetivos, acolhemos novas ideias com entusiasmo e temos orgulho nos resultados. INTEGRIDADE Somos honestos, leais e sérios em tudo o que fazemos, tendo sempre presente os valores e expectativas dos nossos acionistas e, acima de tudo, dos nossos clientes. ESPÍRITO DE EQUIPA Acreditamos que o esforço coletivo é a melhor forma de alcançar os nossos objetivos e potenciar o impacto da nossa ação na comunidade. Refletimos e aprendemos com a nossa experiência, por forma a melhorarmos o nosso desempenho futuro. RESPONSABILIDADE PESSOAL Damos o melhor de nós próprios e assumimos a responsabilidade por atingir os melhores resultados possíveis na nossa área de atuação. RESPEITO E HUMILDADE Respeitamos os outros e as suas ideias e contamos com o seu contributo. Assumimos as limitações da nossa experiência e valorizamos outras perspetivas. 17

18 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde 02.3 Dados Chave sobre o Grupo Rendimentos operacionais consolidados Unidade: milhões de euros Gráfico 1 Rendimentos operacionais consolidados (milhões de euros) EBITDA e margem EBITDA consolidados Unidade: milhões de euros Gráfico 2 EBITDA e margem EBITDA consolidados (milhões de euros) 341,4 373,6 17,0% 11,4% 15,8% 59,0 273,6 46,5 38,8 EBITDA Margem EBITDA Resultado líquido atribuível aos acionistas da empresa Gráfico 3 Unidade: Resultado líquido milhões atribuível de aos euros acionistas da empresa (milhões de euros) Dívida líquida e dívida líquida/ebitda Gráfico 4 Unidade: Dívida líquida e milhões rácio dívida de líquida euros / EBITDA (milhões de euros) 5,5 5,7* 3,6 14,0 255,0 251,5 210,3 Dívida líquida Rácio dívida líquida / EBITDA 5, , * Considerando EBITDA recorrente, excluindo imparidades de ativos fixos (5,0 milhões * ConsiderandoEBITDArecorrente, excluindo imparidades de ativos fixos (5,0 milhões de euros) em 2012 ) de euros em 2012) Ativos totais consolidados Unidade: milhões de euros Gráfico 5_novo Ativos totais consolidados (milhões de euros) Fluxos de caixa livres consolidados Unidade: milhões de euros Chart 6 Consolidated free cash flows (EUR million) ,2 35, ,

19 02 O Grupo Espírito Santo Saúde Número de consultas Unidade: milhares Gráfico 7 Número de consultas (milhares) Número de atendimentos de urgência Gráfico 8 Unidade: Número de atendimentos milhares de urgência (milhares) Número de cirurgias e partos Gráfico 9 Unidade: Número de cirurgias milhares e partos (milhares) Número de exames de Imagiologia Gráfico 10 Unidade: Número de exames milhares de Imagiologia (milhares) ,77 49, , Número de camas Gráfico 11 Número de camas Número de colaboradores do Grupo Chart 12 Unidade: milhares Number of Group employees (Thousands) ,4 9,0 6,

20 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde 20

21 03 RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 03 RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 21

22 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde 03.1 Enquadramento de 2013 O ano de 2013 ficou marcado por uma ligeira recuperação da atividade económica global, com uma aceleração do crescimento nos EUA no 2.º semestre, suportada pela recuperação dos mercados do trabalho e da habitação e por fortes estímulos da política monetária, e com uma melhoria do sentimento em relação à Zona Euro. O PIB da Zona Euro regressou a crescimentos trimestrais positivos no 2º trimestre, sustentando a expectativa de um crescimento em torno de 1% em 2014, após queda de 0,4% em O ano de 2013 foi ainda marcado por uma estabilização do crescimento na China, em torno de 7,7%. No entanto, nos países emergentes temse observado uma evolução menos favorável, em resultado de uma desaceleração dos preços do petróleo e das matériasprimas em geral. Em Portugal, o desempenho favorável das exportações e uma tendência de estabilização na procura interna traduziramse numa recuperação da atividade a partir do 2º trimestre. O crescimento mantevese, no entanto, condicionado pelo processo de desalavancagem em curso nos diferentes setores. O PIB registou uma queda anual de 1,5% em 2013, mas com a perspetiva de um crescimento próximo de 1% em O desemprego reduziuse de 17,7% para cerca de 15,3% da população ativa entre o 1.º e o 4.º trimestre de 2013, tendo ocorrido um aumento de 12,8% na criação de novas empresas no nosso país, que terá superado as 35 mil novas sociedades, registo largamente superior ao das empresas dissolvidas, que terão atingido cerca de 14 mil (20% face ao ano de 2012). Relativamente ao setor privado de prestação de cuidados de saúde, mantevese o movimento de consolidação devido ao efeito combinado da pressão financeira sobre os prestadores de menor dimensão, sobretudo aqueles com maior dependência do Estado, com a preferência por parte dos pagadores e clientes pelos grupos de maior dimensão, com um portfolio diversificado de serviços e enfoque na inovação e excelência, apresentando uma vantagem competitiva neste ambiente de mercado, especialmente na atração dos melhores médicos. Estimase que estes operadores de maior dimensão, não obstante o abrandamento de algumas áreas do mercado, como por exemplo os volumes de cirurgias provenientes do SIGIC, conseguiram atingir, na sua generalidade, aumentos da atividade assistencial, através do crescimento natural do mercado e, sobretudo, pela captura de quota de mercado devido ao movimento de consolidação referido anteriormente. No que diz respeito ao setor dos Seguros de Saúde, esperase um crescimento superior a 3% no valor dos prémios do ano anterior (para cerca de 571 milhões de euros), apesar do ambiente económico vivido, estimandose que mais de 2,2 milhões de Portugueses recorram já a este tipo de seguros. Em conjunto com os restantes subsistemas de Saúde (ADSE, IASFA, SAMS, entre outros), prevêse que mais de 4,2 milhões de Portugueses tenham dupla cobertura em relação ao SNS. Na área da Saúde, ao nível do setor público, 2013 caracterizouse pela manutenção da situação orçamental deficitária, que conduziu a uma pressão orçamental adicional sobre a base de custos do sistema. Esta situação apresenta diversas implicações sobre os níveis de acesso, grau de modernização dos hospitais públicos e motivação dos colaboradores. Adicionalmente, e do ponto de vista do Serviço Nacional de Saúde em Portugal, observouse a manutenção de um setor público estagnado com sérias dificuldades financeiras. 22

23 03 RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 03.2 Desempenho do Grupo e dos Segmentos de Negócio Demonstração de Resultados Consolidados Unidade: milhões de euros Var. Rendimentos operacionais 341,4 373,6 9,4% Custos operacionais (302,6) (314,6) 4,0% EBITDA 38,8 59,0 51,8% Margem EBITDA 11,4% 15,8% 4,4 p.p. Depreciações e Amortizações (28,5) (28,1) 1,3% EBIT 10,4 30,9 197,4% Margem EBIT 3,0% 8,3% 5,2 p.p. Resultados financeiros (12,4) (10,4) 16,5% EBT (2,0) 20,5 N.A. Impostos (0,0) (6,5) N.A. Resultado líquido (2,0) 14,1 N.A. Resultado atribuível aos interesses que não controlam 0,1 0,0 68,3% Resultado líquido atribuível aos acionistas da Espírito Santo Saúde (2,1) 14,0 N.A. EPS (Euros) (0,02) 0,16 N.A. Em 2013, apesar do contexto económico recessivo em Portugal, dos elevados níveis de desemprego e da redução dos níveis de rendimento disponível das famílias, a Espírito Santo Saúde aumentou os seus rendimentos operacionais consolidados em 9,4%, atingindo os 373,6 milhões de euros, impulsionados principalmente pelo crescimento da atividade do Hospital Beatriz Ângelo no segmento de cuidados de saúde públicos (crescimento de 57,2%). O EBITDA atingiu os 59,0 milhões de euros em 2013 (crescimento de 51,8% em relação a 2012 e 33,5% em relação ao EBITDA recorrente em 2012, que exclui imparidades associadas à desvalorização de terrenos, no montante de 5,0 milhões de euros) e a margem EBITDA foi de 15,8%, um acréscimo de 4,4 p.p. face a 2012 (3,0 p.p. em relação à margem EBITDA recorrente no ano transato). Este desempenho positivo foi impulsionado por dois fatores principais: i) o turnaround do Hospital Beatriz Ângelo (PPP), que evoluiu de um EBITDA negativo de 12 milhões de euros em 2012 para um EBITDA positivo de 1 milhão de euros em 2013 e ii) a melhoria da margem EBITDA no segmento de cuidados de saúde privados, com um aumento de 0,8 p.p. face à margem de EBITDA recorrente (excluindo imparidades relacionadas com desvalorização de terrenos) de 2012, atingindo os 20,3%. Esta última foi influenciada pela decisão favorável à Espírito Santo Saúde num processo legal relacionado com o IVA (0,6 milhões de euros) e por uma reversão de provisões de dívidas a receber, devido à recuperação de dívida de clientes com maior antiguidade e à melhoria dos processos de cobranças (1,4 milhões de euros). O resultado líquido atribuível aos acionistas atingiu os 14,0 milhões de euros, impulsionado pelo crescimento do EBITDA já mencionado e melhoria da margem, bem como pela melhoria dos resultados financeiros, como consequência da diminuição das taxas Euribor e da redução dos spreads praticados pelas instituições financeiras. 23

24 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde Demonstração da Posição Financeira Consolidada Unidade: milhões de euros Ativo fixo 367,6 351,2 Fundo de maneio 11,4 0,8 Capital acionista 127,5 141,7 Dívida líquida 251,5 210,3 Dívida líquida / EBITDA 1 5,7 3,6 1 EBITDA de 2012 recorrente (excluindo imparidades associadas à desvalorização de terrenos) Durante 2013, o CAPEX consolidado da Espírito Santo Saúde foi de 12,5 milhões de euros, dos quais 5,2 milhões de euros representam investimento em capacidade adicional, especificamente no Hospital Beatriz Ângelo, Hospital do Mar e Cliria Clínica de Oiã. Os restantes 7,3 milhões de euros corresponderam a investimentos de manutenção, distribuídos pelas várias unidades do Grupo, representando 1,9% dos rendimentos operacionais. No final de 2013, a dívida líquida consolidada da Espírito Santo Saúde totalizava 210 milhões de euros, representando uma redução de 41 milhões de euros face ao valor de 2012, impulsionada principalmente pela geração de fluxos de caixa operacionais das diversas unidades do Grupo. O rácio dívida líquida/ebitda atingiu 3,6 vezes versus 5,7 vezes em

25 03 RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO Rendimentos operacionais por segmento Unidade: milhões de euros Var. Rendimentos operacionais consolidados 341,4 373,6 9,4% Cuidados de saúde privados 286,3 288,8 0,9% Cuidados de saúde públicos 52,2 82,1 57,2% Outras atividades 2,9 3,5 21,4% Centro corporativo 12,2 8,9 27,0% Eliminações (12,0) (9,6) 19,9% Em 2013, os rendimentos operacionais da Espírito Santo Saúde atingiram os 373,6 milhões de euros, um crescimento de 9,4% em relação a Num contexto económico recessivo, com elevados níveis de desemprego e redução do rendimento disponível das famílias, a Espírito Santo Saúde obteve este crescimento dos rendimentos sem qualquer expansão significativa da capacidade instalada. Os rendimentos operacionais do segmento de cuidados de saúde privados totalizaram 288,8 milhões de euros, 0,9% acima de Na análise deste crescimento é necessário tomar em consideração dois fatores relevantes: i) a alteração do perímetro de consolidação em 2013, devido às novas regras de contabilização de joint ventures, resultou na contabilização do Hospital da Misericórdia de Évora pelo método de equivalência patrimonial em 2013, enquanto em 2012 a consolidação foi realizada pelo método proporcional, representando um impacto de 1,2 p.p. no crescimento dos rendimentos, para 2,1%; e ii) a redução significativa dos volumes de cirurgia do SIGIC (sistema de gestão de listas de espera para cirurgia nos hospitais públicos), que corresponde a um impacto de 2,1 p.p. no crescimento dos rendimentos operacionais. No geral, excluindo estes dois efeitos, os rendimentos do segmento privado de saúde cresceram 4,2%. O crescimento em 2013 foi impulsionado por um aumento generalizado da atividade ambulatória (6%, 8% e 7% de crescimento do volume de consultas, atendimentos em urgência e exames e tratamentos, respetivamente) em todas as unidades, compensando o efeito observado no rendimento médio por ato assistencial, positivo nas consultas (+1%), negativo nos atendimentos em urgência (2%) e exames de Imagiologia (6%) e neutro nos outros exames e tratamentos. Adicionalmente, ocorreu uma redução da atividade cirúrgica por diminuição do volume em 2%, devido essencialmente ao decréscimo na atividade proveniente do SIGIC, com um aumento de 1% no rendimento médio por procedimento. Nas duas principais unidades do segmento privado, o Hospital da Luz e o Hospital da Arrábida, o primeiro obteve um crescimento dos rendimentos operacionais de 4,4%, com crescimento da atividade em todas as áreas clínicas, enquanto o segundo, apesar do crescimento generalizado da atividade, sofreu uma diminuição dos rendimentos operacionais de 1,8%, não tendo conseguido compensar totalmente a redução no volume de atividade cirúrgica (9,6%), relativamente à atividade proveniente do SIGIC, a que estava historicamente mais exposto. Os rendimentos operacionais do segmento de cuidados de saúde públicos (Hospital Beatriz Ângelo) atingiram os 82,1 milhões de euros, crescendo 57,2% face ao ano anterior. Este crescimento foi justificado pelo facto de 2012 ter sido o primeiro ano do Hospital Beatriz Ângelo, com abertura gradual dos vários serviços clínicos a partir de 19 de janeiro até 28 de fevereiro e subsequente período de crescimento da atividade até setembro, resultando num nível inferior de rendimentos. Já em 2013, o Hospital teve seu primeiro ano completo de operação, com níveis de atividade superiores. A melhoria da articulação entre a rede de referenciação dos cuidados primários com o Hospital e da rede de transportes públicos foram dois fatores importantes para potenciar o acesso da população ao Hospital. O segmento de outras atividades (atualmente composto pelas residências sénior) obteve 3,5 milhões de euros de rendimentos operacionais, um crescimento de 21,4% em relação a Esta evolução foi impulsionada principalmente pelas Casas da Cidade através do desenvolvimento de serviços para doentes em fase inicial de demência (iniciado em 2012), que permitiu aumentar os níveis de utilização da capacidade instalada com um produto de valor acrescentado e que tira proveito do knowhow extenso da Espírito Santo Saúde nesta área. 25

26 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde Rendimentos de vendas e serviços prestados por tipo de pagador (inclusão de todos os segmentos de negócio) Segmento Público (HBA) 15,3% 22,0% SNS Subsistemas Privados 5,5% 3,4% 7,5% 8,3% Particulares 14,8% 15,2% Subsistemas Públicos 38,3% 38,4% Segmento Privado e Outras Atividades 84,7% 78,0% Companhias de Seguros 33,8% 34,8% O mix de pagadores da Espírito Santo Saúde alterouse em 2013, principalmente devido ao aumento de atividade do Hospital Beatriz Ângelo (PPP). De destacar no segmento de cuidados de saúde privados, as companhias de seguros e os subsistemas de saúde privados aumentaram a sua quota nos rendimentos totais do segmento, de 33,8% para 34,8% e de 7,5% para 8,3%, respetivamente. Os clientes privados mantiveram a sua quota nos rendimentos do segmento em cerca de 15%, bem como os subsistemas de saúde públicos (ADSE, forças armadas, forças policiais, entre outros, que mantiveram uma quota de cerca de 38%), enquanto ocorreu uma diminuição significativa nos serviços prestados aos hospitais públicos (de 5,5% para 3,4% dos rendimentos do segmento privado), devido à redução na atividade cirúrgica proveniente do sistema de gestão de listas de espera, tal como mencionado anteriormente. 26

27 03 RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO Resultados EBITDA e margem EBITDA consolidados milhões Margem milhões Margem Var. EBITDA consolidado 38,8 11,4% 59,0 15,8% 51,8% Cuidados de saúde privados 51,8 18,1% 58,5 20,3% 12,9% Cuidados de saúde Figura públicos 2 (11,7) 22,4% 1,1 1,3% N.A. Outras atividades Evolução do EBITDA por segmento (0,3) 11,9% 0,2 5,3% N.A. (milhões de euros) Centro corporativo (1,0) N.A. (0,8) N.A. 16,6% Contribuição para a evolução do EBITDA consolidado Unidade: milhões de euros 56,8 58,5 59,0 5,0* 43,8 5,0* 51,8 38,8 1,1 0,2 0,3 1,0 0,8 11,7 Segmento privado Segmento público Outras atividades Centro corporativo Consolidado * Valor associado a imparidades devido a reavaliação de ativos fixos * Valor associado a imparidades devido a reavaliação de ativos fixos O EBITDA consolidado da Espírito Santo Saúde foi de 59,0 milhões de euros, o que representa um crescimento de 51,8% quando comparado com A margem EBITDA aumentou de 11,4% em 2012 para 15,8% em Esta evolução deveuse sobretudo à melhoria da rentabilidade no segmento de cuidados de saúde públicos. No segmento privado, excluindo o efeito das imparidades contabilizadas em 2012, devido à diminuição do valor de terrenos não operacionais (perdas por imparidade de 5,0 milhões de euros), a margem EBITDA aumentou de 19,8% em 2012 para 20,3% em Este crescimento foi influenciado pela decisão favorável à Espírito Santo Saúde num processo legal relacionado com o IVA (0,6 milhões de euros) e por uma reversão de provisões de dívidas a receber, devido à recuperação de dívida de clientes com maior antiguidade e à melhoria dos processos de cobranças (1,4 milhões de euros). No segmento público (Hospital Beatriz Ângelo), o aumento da atividade face a 2012 gerou um aumento significativo nos rendimentos operacionais (crescimento de 57,2%), o que permitiu a diluição de custos fixos, especialmente custos com pessoal, já presentes desde a abertura da Hospital, permitindo atingir um EBITDA positivo já no segundo ano de atividade, o primeiro ano completo do Hospital. O resultado líquido consolidado atribuível aos acionistas atingiu os 14,0 milhões de euros, com base na melhoria significativa da margem EBITDA e na diminuição dos custos financeiros (16,5% face a 2012), devido a taxas Euribor mais reduzidas e diminuição dos spreads cobrados pelas instituições financeiras. 27

28 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde Posição financeira Posição Financeira Unidade: milhões de euros Ativos fixos tangíveis 271,2 253,9 Ativos fixos intangíveis 94,6 95,7 Outros 1,8 1,5 Ativos fixos 367,6 351,2 Inventários 7,9 7,4 Clientes e outras contas a receber 91,9 84,4 Fornecedores correntes e out. contas a pagar (81,5) (78,2) Outros 1 (6,9) (12,7) Fundo de maneio 11,4 0,8 Ativos fixos + Fundo de maneio 379,0 352, Capital e prémios de emissão 136,2 136,2 Reservas, res. transitados e res. líquido (8,8) 5,5 Capital acionista 127,5 141,7 Emp. bancários e fornecedores não correntes 144,7 140,6 Empréstimos bancários correntes 83,9 66,1 Locações financeiras não correntes 35,9 27,4 Locações financeiras correntes 11,3 11,1 Caixa e equivalentes de caixa (24,3) (34,8) Dívida líquida 251,5 210,3 Capital acionista + Dívida líquida 379,0 352,0 1 Impostos sobre o rendimento a receber deduzido de interesses que não controlam, provisões, passivos por impostos diferidos, e imposto corrente sobre o rendimento a pagar. A nível dos ativos fixos, durante 2013, o CAPEX consolidado da Espírito Santo Saúde atingiu 12,5 milhões de euros, dos quais 5,2 milhões de euros representam investimento em capacidade adicional e em renovações significativas. Mais especificamente, o Hospital do Mar sofreu um aumento de capacidade de 25%, considerando a procura significativa pelos seus serviços e as elevadas taxas de ocupação; o Hospital Beatriz Ângelo investiu em equipamento clínico adicional, de acordo com o seu plano funcional; e a Cliria Clínica de Oiã sofreu uma remodelação profunda, de forma a atualizar as instalações à imagem e padrões do Grupo. Os restantes 7,3 milhões de euros correspondem a investimentos de manutenção/substituição, distribuídos pelas várias unidades do Grupo, e que representam 1,9% dos rendimentos operacionais consolidados. O fundo de maneio decresceu para 0,8 milhões de euros, principalmente devido a uma redução da rubrica de clientes e outras contas a receber (de 99 dias de rendimentos de vendas e serviços prestados em 2012 para 83 dias em 2013), que resultou de pagamentos extraordinários por parte de alguns pagadores no último trimestre e da melhoria contínua do processo de faturação e cobrança. Verificouse também uma diminuição da rubrica de fornecedores correntes e outras contas a pagar (de 102 dias de inventários consumidos e vendidos, materiais e serviços consumidos e custos com pessoal em 2012 para 94 dias em 2013), justificado pela oferta por alguns fornecedores de melhores condições em troca de uma redução de prazos de pagamento. No final de 2013, a dívida financeira consolidada totalizava 245 milhões de euros, com 207 milhões de euros em empréstimos bancários e 38 milhões de euros em contratos de locação financeira. Os empréstimos bancários eram constituídos por programas de curto e médiolongo prazo de papel comercial (174 milhões de euros), empréstimos de médio a longo prazo (28 milhões de euros) e linhas de crédito de curto prazo (5 milhões de euros), com um spread médio global sobre a Euribor de 2,7% e uma maturidade média de 4 anos. A dívida líquida atingiu 210 milhões de euros, representando uma redução de 41 milhões de euros face a 2012, justificada principalmente pela geração de fluxo de caixa operacional pelas várias unidades do Grupo e pela melhoria do nível de fundo de maneio. O rácio dívida líquida / EBITDA atingiu 3,6 vezes versus 5,7 vezes em

29 03 RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 03.3 Principais Riscos e Incertezas para a Espírito Santo Saúde O Grupo Espírito Santo Saúde gere os seus riscos tendo como prioridade a deteção e cobertura dos riscos que possam ter um impacto negativo materialmente relevante nos resultados e nos capitais próprios, ou que criem restrições significativas à prossecução do desenvolvimento do negócio. Os principais riscos identificados são de ordem operacional e financeira. A política do Grupo engloba a tomada das medidas julgadas necessárias para a cobertura ou minimização desses riscos. No que diz respeito aos riscos de ordem operacional, de notar que: Todos os rendimentos da Espírito Santo Saúde têm origem em operações localizadas em Portugal, pelo que os resultados operacionais são afetados pelos desenvolvimentos financeiros, económicos e políticos no país As condições macroeconómicas adversas em Portugal acentuaram os problemas orçamentais no setor público, o que tem conduzido a uma forte pressão sobre os gastos do Estado com o Serviço Nacional de Saúde. Apesar de parte substancial da atividade do Grupo Espírito Santo Saúde estar concentrada no segmento de cuidados de saúde privados, o mesmo encontra se exposto ao Serviço Nacional de Saúde, principalmente através do Hospital Beatriz Ângelo, o qual operamos em parceria com o Estado. Por outro lado, e tendo em conta que uma parte importante dos rendimentos do Grupo Espírito Santo Saúde é gerada através dos planos de saúde privados dos funcionários públicos, a redução dos encargos do Estado com os planos de saúde destes beneficiários (onde se incluem os funcionários de entidades públicas, reformados e quaisquer dependentes dos funcionários públicos) poderá ter efeito na atividade do Grupo. No entanto, as recentes mudanças levadas a cabo no modelo contributivo deste plano e as reduções de preços que foram praticadas ao longo dos últimos anos tornaramno menos dependente do financiamento público. Para além do efeito que a contração económica tem de forma direta sobre o Estado, esta tem estado na origem do aumento pronunciado do nível de desemprego, da contração dos rendimentos no setor público e privado, assim como da dificuldade em aceder a crédito, entre outros aspetos. No entanto, e contrariamente às tendências macroeconómicas, as unidades do Grupo Espírito Santo Saúde têm demonstrado uma enorme resiliência face ao contexto adverso que o País atravessa, sendo também de salientar que ao longo deste período se continuou a assistir a um crescimento real do mercado privado de seguros de saúde. Concorrência no setor dos serviços de saúde em Portugal A concorrência entre hospitais e outros prestadores de cuidados de saúde por pacientes e clientes intensificouse nos últimos anos, como resultado, em grande parte, de um certo grau de consolidação do setor. O Grupo enfrenta também concorrência de outros prestadores de serviços de saúde, tais como hospitais públicos, clínicas independentes, centros em regime de ambulatório e centros de diagnóstico, e pode enfrentar ainda a concorrência de sociedades de cuidados de saúde internacionais, que podem começar a prestar, no futuro, serviços de saúde em Portugal. Os hospitais competem em fatores como reputação, excelência clínica, tecnologia, satisfação dos clientes e preço. A capacidade de recrutar médicos e outros profissionais de saúde experientes, tais como enfermeiros e técnicos de elevada qualidade, é fundamental para a capacidade do Grupo em atrair e manter clientes. Num cenário de crescente nível de concorrência, e com o objetivo de reforçar a sua posição de liderança no mercado, o Grupo deverá continuar (1) a apostar no recrutamento de médicos e outros profissionais de saúde experientes de elevada qualidade; bem como (2) a melhorar de forma contínua as suas instalações com os mais recentes avanços tecnológicos de equipamento de diagnóstico e cirúrgico. Por outro lado, a transposição para o ordenamento jurídico nacional da diretiva europeia sobre cuidados de saúde transfronteiriços, a qual estabelece regras de acesso e consagra o direito ao reembolso dos custos de cuidados de saúde incorridos noutros Estadosmembros, até ao limite da assunção de custos que esse Estado teria assumido se os cuidados tivessem sido prestados no seu território, poderá representar uma oportunidade para o Grupo Espírito Santo Saúde, já que as nossas unidades poderão receber cidadãos da União Europeia, aos quais temos as condições de oferecer qualidade clí 29

30 RELATÓRIO E CONTAS 2013 Espírito Santo Saúde nica a preços competitivos, especialmente quando comparados com as principais referências europeias a nível de cuidados de saúde. Pressão sobre os preços por parte das empresas de seguros de saúde e de planos de saúde De forma a mitigar o efeito da pressão exercida pelas seguradoras e pelos empregadores privados, o Grupo Espírito Santo Saúde procura acompanhar de forma sistemática as mais recentes evoluções a nível tecnológico e clínico, no sentido de dotar o seu portfolio clínico de serviços e produtos, equipamentos e técnicas diferenciadoras e de maior valor acrescentado. Este posicionamento, juntamente com a dimensão e cobertura abrangente do Grupo em termos geográficos, fazem parte da proposta de valor que é disponibilizada à sua base de clientes e que lhe tem permitido minimizar as reduções de preços que se têm feito sentir ao longo dos últimos anos em algumas das suas áreas de negócio. A Espírito Santo Saúde gere o Hospital Beatriz Ângelo em parceria com o Estado A Espírito Santo Saúde gere o Hospital Beatriz Ângelo através da SGHL ao abrigo de um contrato de Parceria PúblicoPrivada com o Estado Português. A HLSGE, na qual a Sociedade detém uma participação de 10%, é também parte do Acordo de PPP e é responsável pela construção (agora completa) e gestão do edifício do Hospital Beatriz Ângelo e das respetivas instalações. Nos termos do Contrato de PPP, a SGHL está obrigada a prestar cuidados de saúde no âmbito do SNS, através do Hospital Beatriz Ângelo, pelo período de 10 anos, contados a partir da entrada em funcionamento do Hospital Beatriz Ângelo (a 19 de janeiro de 2012). O período de duração do Contrato de PPP pode ainda ser renovado por mútuo acordo por períodos sucessivos, sendo que cada período não pode ultrapassar 10 anos. Sem prejuízo, a duração total do Contrato de PPP, incluindo o período inicial e quaisquer períodos adicionais, não pode exceder 30 anos contados da data de produção de efeitos do Contrato de PPP (i.e., a partir de 31 de dezembro de 2009). No que diz respeito à gestão do Hospital, o Acordo de PPP regula as relações entre o Estado e a SGHL, define os preços e as formas de pagamento, os parâmetros de qualidade, deveres de comunicação e informação, níveis de cumprimento (clínicos e não clínicos), as regras de funcionamento do hospital (por exemplo, recursos humanos) e outras obrigações e responsabilidades de cada parte e sanções em caso de não cumprimento das obrigações contratuais. Além disso, o Acordo de PPP estabelece que os volumes anuais de tratamento de pacientes do Hospital Beatriz Ângelo (definidos por referência a consultas médicas, atendimentos de emergência e serviços de internamento e de ambulatório cirúrgicos e não cirúrgicos) são acordados através de um processo de negociação anual entre o Ministério da Saúde e a administração do hospital, com base em informação histórica respeitante à procura por serviços de saúde públicos pela população da área de influência do Hospital. No entanto, de notar que o referido nível de produção é definido com base em dados históricos relacionados com os níveis de procura por serviços públicos de saúde por parte da população que vive na área de captação do Hospital. Por outro lado, os preços a praticar pelo Hospital ao SNS estão contratualmente acordados e são ajustados anualmente pelo crescimento verificado ao nível da inflação. O Acordo de PPP prevê ainda que no início de cada mês o Estado tenha que pagar 90% de 1/12 do valor anual de produção contratada (independentemente do valor real de produção verificado), sendo que o valor de acerto (que pode incluir os 10% remanescentes mais alguma eventual produção adicional realizada acima do valor contratado, já que existem áreas em que é permitido ultrapassar o limite definido de produção, tais como os atendimentos de emergência e os episódios de internamento) é liquidado no decurso do exercício seguinte. Determinados contratos de financiamento celebrados pela Sociedade e algumas das suas subsidiárias contêm cláusulas de mudança de controlo societário (change of control provisions) que serão acionadas se a ESI deixar de ter uma posição de controlo direto ou indireto na Sociedade. Determinados contratos de financiamento, nos quais a Sociedade e algumas das suas subsidiárias são partes, contêm cláusulas de mudança de controlo societário (change of control provisions) que obrigam a que a ESI mantenha uma posição de controlo, direto ou indireto, na Sociedade. A 31 de dezembro de 2013, o valor total de dívida existente ao abrigo destes contratos era de 172 milhões. Algumas destas cláusulas de mudança de controlo podem ser acionadas se a participação direta ou indireta da ESI descer abaixo dos 51% do capital social da Sociedade, ou se a participação direta ou indireta da ESI descer abaixo dos 51% do capital social e dos direitos de voto da Sociedade, ou se a ESI deixar de deter, direta ou indiretamente, a maioria do capital social e dos direitos de voto da Sociedade. A ESI detém atualmente uma participação de domínio na RF através da participação de 100% no seu capital social, que por sua vez detém 55% do capital social da ESHCI, que, por seu turno, detém 51% da Espírito Santo Saúde. Caso, no futuro, a participação direta ou indireta de domínio da 30

LUZ SAÚDE, S.A. (anteriormente com a firma ESPÍRITO SANTO SAÚDE SGPS, S.A.) Sociedade aberta

LUZ SAÚDE, S.A. (anteriormente com a firma ESPÍRITO SANTO SAÚDE SGPS, S.A.) Sociedade aberta RELATÓRIO E CONTAS 2014 LUZ SAÚDE, S.A. (anteriormente com a firma ESPÍRITO SANTO SAÚDE SGPS, S.A.) Sociedade aberta Sede: Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, 17, 9.º, 1070-313 Lisboa Número de matrícula

Leia mais

O Grupo Espírito Santo Saúde

O Grupo Espírito Santo Saúde Informação Financeira Intercalar Consolidada 30 de setembro de 2013 INFORMAÇÃO FINANCEIRA INTERCALAR CONSOLIDADA Espírito Santo Saúde 30 de setembro de 2013 ÍNDICE 03 01 O Grupo Espírito Santo Saúde 04

Leia mais

Resultado Líquido da Reditus aumenta 57,7% no 1º semestre de 2014

Resultado Líquido da Reditus aumenta 57,7% no 1º semestre de 2014 Resultado Líquido da Reditus aumenta 57,7% no 1º semestre de 2014 Proveitos Operacionais de 60,8 milhões de euros (+ 8,1%) EBITDA de 5,6 milhões de euros (+ 11,1%) Margem EBITDA 9,2% (vs. 8,9%) Resultado

Leia mais

Resultados de 2014. »» As vendas consolidadas do Grupo VAA cresceram 20,3% face ao ano anterior atingindo os 65,2 milhões de euros;

Resultados de 2014. »» As vendas consolidadas do Grupo VAA cresceram 20,3% face ao ano anterior atingindo os 65,2 milhões de euros; COMUNICADO Ílhavo, 13 de Março de 2015 Destaques Resultados de 2014»» As vendas consolidadas do Grupo VAA cresceram 20,3% face ao ano anterior atingindo os 65,2 milhões de euros;»» EBITDA de 2,3 milhões

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO 2013

RELATÓRIO DE GESTÃO 2013 RELATÓRIO DE GESTÃO 2013 NATURTEJO EMPRESA DE TURISMO - EIM MARÇO, CASTELO BRANCO 2014 Nos termos legais e estatutários, vimos submeter a apreciação da assembleia Geral o Relatório de Gestão, as contas,

Leia mais

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO RESULTADOS 2011 ESTRUTURA FINANCEIRA PERSPETIVAS CALENDÁRIO FINANCEIRO 2012

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO RESULTADOS 2011 ESTRUTURA FINANCEIRA PERSPETIVAS CALENDÁRIO FINANCEIRO 2012 23 ABRIL 2012 ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO RESULTADOS 2011 ESTRUTURA FINANCEIRA PERSPETIVAS CALENDÁRIO FINANCEIRO 2012 Este documento foi preparado pela Grupo Soares da Costa, SGPS, SA (Soares da Costa), unicamente

Leia mais

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO A QGEP Participações iniciou o ano de 2011 com uma sólida posição financeira. Concluímos com sucesso a nossa oferta pública inicial de ações em fevereiro, com uma captação líquida

Leia mais

RESULTADOS PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013

RESULTADOS PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013 COMUNICADO Ílhavo, 30 de Agosto de 2013 RESULTADOS PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013 Destaques»» As vendas da VAA no primeiro semestre de 2013 atingiram 24,7 M ;»» O mercado nacional apresentou um crescimento

Leia mais

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL (Não Auditada) Sede: R. GENERAL NORTON DE MATOS, 68, PORTO NIPC: 502 293 225

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL (Não Auditada) Sede: R. GENERAL NORTON DE MATOS, 68, PORTO NIPC: 502 293 225 INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL (Não Auditada) Empresa: COFINA, SGPS, S.A. Sede: R. GENERAL NORTON DE MATOS, 68, PORTO NIPC: 502 293 225 Período de referência: Valores em Euros 1º Trimestre 3º Trimestre

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

Fundo Caixa Crescimento. Junho de 2015

Fundo Caixa Crescimento. Junho de 2015 Fundo Caixa Crescimento Junho de 2015 O que é o Capital de Risco Modalidades O Capital de Risco constitui uma forma de financiamento de longo prazo das empresas, realizado por investidores financeiros

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012 RELATÓRIO DE GESTÃO 2012 NATURTEJO EMPRESA DE TURISMO - EIM MARÇO, CASTELO BRANCO 2013 Nos termos legais e estatutários, vimos submeter a apreciação da assembleia Geral o Relatório de Gestão, as contas,

Leia mais

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Desde a crise económica e financeira mundial, a UE sofre de um baixo nível de investimento. São necessários esforços coletivos

Leia mais

3. RELATÓRIO DE GESTÃO ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

3. RELATÓRIO DE GESTÃO ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 3. RELATÓRIO DE GESTÃO ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA página 3.1. Indicadores Gerais 40 3.1.1. Volume de Negócios 40 3.1.2. Valor Acrescentado Bruto 40 3.2. Capitais Próprios 41 3.3. Indicadores de Rendibilidade

Leia mais

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE JUNHO DE 2005 1

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE JUNHO DE 2005 1 COMUNICADO Página 1 / 9 RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE JUNHO DE 2005 1 09 de Setembro de 2005 (Os valores apresentados neste comunicado reportam-se ao primeiro semestre de 2005, a não ser quando especificado

Leia mais

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates 11.02.2009 1. A execução da Iniciativa para o Investimento e o Emprego A resposta do Governo à crise económica segue uma linha de

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Av. Fontes Pereira de Melo, 14 10º -1050-121 Lisboa Capital Social: 118.332.445 Euros - NIPC e Mat. na C.R.C. de Lisboa sob

Leia mais

Balanço e análise setorial

Balanço e análise setorial Balanço e análise setorial Data 2-3-215 Utilizador Utilizador exemplo N.º 51871 Referência Relatório de exemplo SOCIEDADE EXEMPLO, LDA NIF 123456789 DUNS 45339494 RUA BARATA SALGUEIRO, 28 3º, 4º E 5º,

Leia mais

w w w. y e l l o w s c i r e. p t

w w w. y e l l o w s c i r e. p t consultoria e soluções informáticas w w w. y e l l o w s c i r e. p t A YellowScire iniciou a sua atividade em Janeiro de 2003, é uma empresa de consultoria de gestão e de desenvolvimento em tecnologias

Leia mais

Informação Financeira Intercalar Consolidada

Informação Financeira Intercalar Consolidada Informação Financeira Intercalar Consolidada 30 de Setembro de 2014 Índice 01. Relatório de Gestão Consolidado 1 02. Anexo ao Relatório de Gestão Consolidado 17 03. Demonstrações Financeiras Consolidadas

Leia mais

Relatório de Gestão & Contas - Ano 2012 RELATÓRIO DE GESTÃO. Resende e Fernandes, Construção Civil, Lda.

Relatório de Gestão & Contas - Ano 2012 RELATÓRIO DE GESTÃO. Resende e Fernandes, Construção Civil, Lda. RELATÓRIO DE GESTÃO Resende e Fernandes, Construção Civil, Lda. 2012 ÍNDICE DESTAQUES... 3 MENSAGEM DO GERENTE... 4 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO... 5 Economia internacional... 5 Economia Nacional... 5

Leia mais

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua do General Norton de Matos, 68, r/c Porto Pessoa Colectiva Número 502 293 225 Capital Social: 25.641.459 Euros Informação financeira do terceiro trimestre

Leia mais

Grupo Reditus reforça crescimento em 2008

Grupo Reditus reforça crescimento em 2008 Grupo Reditus reforça crescimento em 2008 Nota Prévia Os resultados reportados oficialmente reflectem a integração do Grupo Tecnidata a 1 de Outubro de 2008, em seguimento da assinatura do contrato de

Leia mais

Identificação da empresa. Missão

Identificação da empresa. Missão Identificação da empresa SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE, pessoa coletiva de direito público de natureza empresarial, titular do número único de matrícula e de pessoa coletiva 509

Leia mais

3. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões

3. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões Figura 5 Evolução de empréstimos, depósitos e taxas de juro do setor bancário 3% 2% 1% % -1% -2% -3% -4% -5% -6% -7% -8% Emprés mos concedidos pelo setor bancário (variação anual) dez-1 dez-11 dez-12 dez-13

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros Danos d. Automóvel II PROVISÕES TÉCNICAS E ATIVOS REPRESENTATIVOS

Leia mais

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO CVGARANTE SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO 14 de Outubro de 2010 O que é a Garantia Mútua? É um sistema privado e de cariz mutualista de apoio às empresas,

Leia mais

RELATÓRIO E INSTRUMENTOS DE GESTÃO PREVISIONAL

RELATÓRIO E INSTRUMENTOS DE GESTÃO PREVISIONAL 2015 RELATÓRIO E INSTRUMENTOS DE GESTÃO PREVISIONAL EM 1 - Introdução 2 - Análise dos Documentos Previsionais 2.1 - Plano Plurianual de Investimentos 2.2 - Orçamento Anual de Exploração 2.3. Demonstração

Leia mais

Banco de Portugal divulga estatísticas de balanço e taxas de juro dos bancos relativas a 2013

Banco de Portugal divulga estatísticas de balanço e taxas de juro dos bancos relativas a 2013 N.º fevereiro Banco de Portugal divulga estatísticas de balanço e taxas de juro dos bancos relativas a Estatísticas de balanço Aplicações Crédito interno Em e pelo terceiro ano consecutivo, o crédito interno

Leia mais

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL relativa à actividade desenvolvida durante o 1º TRIMESTRE DE 2001

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL relativa à actividade desenvolvida durante o 1º TRIMESTRE DE 2001 Banif - Banco Internacional do Funchal, SA e Grupo Banif Consolidado INFORMAÇÃO TRIMESTRAL relativa à actividade desenvolvida durante o 1º TRIMESTRE DE 2001 Banif - Banco Internacional do Funchal, SA Sociedade

Leia mais

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua do General Norton de Matos, 68, r/c Porto Pessoa Colectiva Número 502 293 225 Capital Social: 25.641.459 Euros Informação financeira do exercício de 2014 (não

Leia mais

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXA FUNDO RENDIMENTO FIXO IV (em liquidação) RELATÓRIO & CONTAS Liquidação RELATÓRIO DE GESTÃO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNO CAIXAGEST Técnicas

Leia mais

Balanço e demonstração de resultados Plus

Balanço e demonstração de resultados Plus Balanço e demonstração de resultados Plus Data 2-3-215 Utilizador Utilizador exemplo N.º 51871 Referência Relatório de exemplo SOCIEDADE EXEMPLO, LDA NIF 123456789 DUNS 45339494 RUA BARATA SALGUEIRO, 28

Leia mais

RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO

RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO 30 JUNHO 20 1 BREVE ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1º semestre de 20 No contexto macroeconómico, o mais relevante no primeiro semestre de 20, foi a subida das taxas do

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

Millennium Fundo de Capitalização. Maio 2015

Millennium Fundo de Capitalização. Maio 2015 Millennium Fundo de Capitalização Maio 2015 Informação Legal DECLARAÇÕES ( DISCLOSURE ) Este documento foi elaborado pela BCP Capital, Sociedade Capital de Risco S.A., uma subsidiária do Banco Comercial

Leia mais

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram 10 Sumário executivo Conclusões coordenadas pela Deloitte, em articulação com os membros do Grupo de Trabalho da AÇÃO 7 Sumário executivo Em conjunto, as empresas que implementaram estes 17 projetos representam

Leia mais

LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM 2013. As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal.

LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM 2013. As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal. LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM 2013 As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal Vítor Cóias 1. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas a construção em Portugal tem

Leia mais

BRISA Concessão Rodoviária, S.A.

BRISA Concessão Rodoviária, S.A. BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Sede: Quinta da Torre da Aguilha, Edifício BRISA, São Domingos de Rana Capital social: EUR 75 000 000, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Cascais, sob

Leia mais

4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões

4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões 4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões O número total de empresas de seguros a operar no mercado nacional manteve-se estável em 212, sem alterações significativas à sua estrutura. Neste

Leia mais

Serviço Nacional de Saúde

Serviço Nacional de Saúde Informação de Custos dos Cuidados de Saúde Serviço Nacional de Saúde A Informação de custos dos Cuidados de Saúde é uma iniciativa do Ministério da Saúde, de abrangência nacional, enquadrada no Programa

Leia mais

20 de dezembro de 2010. Perguntas e Respostas

20 de dezembro de 2010. Perguntas e Respostas Perguntas e Respostas Índice 1. Qual é a participação de mercado da ALL no mercado de contêineres? Quantos contêineres ela transporta por ano?... 4 2. Transportar por ferrovia não é mais barato do que

Leia mais

RELATÓRIO E CONTAS BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO

RELATÓRIO E CONTAS BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO RELATÓRIO E CONTAS BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO 30 JUNHO 20 1 BREVE ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1º semestre de 20 No contexto macroeconómico, o mais relevante no primeiro

Leia mais

Programa Local de Responsabilidade Social de Ferreira do Alentejo

Programa Local de Responsabilidade Social de Ferreira do Alentejo Regulamento do Programa Local de Responsabilidade Social de Preâmbulo O projeto Ferreira Solidária, financiado pelo Programa dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social, prevê, no eixo 1, a implementação

Leia mais

OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA

OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA 7 OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA 7 OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA As alterações no sistema de Segurança Social, bem como a importância da manutenção do nível de vida após a idade de aposentação, têm reforçado

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN

INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN A. BENEFICIÁRIOS Entidades beneficiárias dos Sistemas de Incentivos do QREN (SI QREN) e do Sistema de Apoio a Ações Coletivas (SIAC) que: 1. Tenham

Leia mais

3T12 TRADING UPDATE 0

3T12 TRADING UPDATE 0 TRADING UPDATE Lisboa, 8 novembro 2012 0 Aviso importante O presente comunicado contém objetivos acerca de eventos futuros, de acordo com o U.S. Private Securities Litigation Reform Act de 1995. Tais objetivos

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Acordo entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica

Acordo entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica Acordo entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica Os Ministérios das Finanças, representado pela Ministra de Estado e das Finanças, da Saúde, representado pelo Ministro

Leia mais

Identificação da empresa

Identificação da empresa Identificação da empresa Missão e Visão A Missão da Parque Expo consiste na promoção da qualidade da vida urbana e da competitividade do território. Para cumprimento desta Missão, a empresa realiza operações

Leia mais

Teleconferência. Resultados do 2 o Trimestre de 2007

Teleconferência. Resultados do 2 o Trimestre de 2007 Teleconferência Resultados do 2 o Trimestre de 2007 Aviso Legal Este documento contém declarações futuras, que podem ser identificadas por palavras como espera, pretende, planeja, acredita, procura, estima

Leia mais

Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA

Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA Dezembro de 2013 Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA Relatório Gestão Sumário Executivo 2 Síntese Financeira O Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA apresenta em 31 de Dezembro de 2013, o valor de 402

Leia mais

2002 - Serviços para empresas

2002 - Serviços para empresas 2002 - Serviços para empresas Grupo Telefónica Data. Resultados Consolidados 1 (dados em milhões de euros) Janeiro - Dezembro 2002 2001 % Var. Receita por operações 1.731,4 1.849,7 (6,4) Trabalho para

Leia mais

SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL)

SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL) SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL) Condições de Acesso (Lei n.º 55-A/2010 de 31 de Dezembro) 0 SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

ControlVet Segurança Alimentar, SA.

ControlVet Segurança Alimentar, SA. 01. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 2 01. Apresentação da empresa A ControlVet Segurança Alimentar, S.A. é uma empresa de referência nacional na prestação de serviços de segurança alimentar, em franca expansão

Leia mais

Orçamento de Estado 2015

Orçamento de Estado 2015 Orçamento de Estado 2015 Programa Orçamental da Saúde 03 de novembro de 2014 Orçamento da saúde Evolução do Orçamento do SNS Evolução do Orçamento do SNS Indicador OE 2014 OE 2015 Variação em pp. Despesa

Leia mais

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas Algumas Medidas de Política Orçamental CENÁRIO O ano de 2015 marca um novo ciclo de crescimento económico para Portugal e a Europa. Ante tal cenário,

Leia mais

BOLSA DO EMPREENDEDORISMO 2015. Sara Medina saramedina@spi.pt. IDI (Inovação, Investigação e Desenvolvimento) - Algumas reflexões

BOLSA DO EMPREENDEDORISMO 2015. Sara Medina saramedina@spi.pt. IDI (Inovação, Investigação e Desenvolvimento) - Algumas reflexões BOLSA DO EMPREENDEDORISMO 2015 INSERIR IMAGEM ESPECÍFICA 1 I. Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) Missão: Apoiar os nossos clientes na gestão de projetos que fomentem a inovação e promovam oportunidades

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo Considerando a necessidade de apoiar a criação e a consolidação de cooperativas residentes no concelho. Considerando a necessidade de incentivar a expansão

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN

INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN A. BENEFICIÁRIOS Entidades beneficiárias dos Sistemas de Incentivos do QREN (SI QREN) e entidades beneficiárias do Sistema de Apoio a Ações Coletivas

Leia mais

SISTEMAS DE INCENTIVOS QREN INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN

SISTEMAS DE INCENTIVOS QREN INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN SISTEMAS DE INCENTIVOS QREN INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN A. BENEFICIÁRIOS Entidades beneficiárias dos Sistemas de Incentivos do QREN (SI QREN) e entidades beneficiárias do Sistema

Leia mais

DISCLAIMER. Aviso Legal

DISCLAIMER. Aviso Legal ANÁLISE FINANCEIRA DISCLAIMER Aviso Legal Esta apresentação inclui afirmações que não se referem a factos passados e que se referem ao futuro e que envolvem riscos e incertezas que podem levar a que os

Leia mais

Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal

Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal 1 Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal As alterações verificadas no comportamento dos consumidores, consequência dos novos padrões

Leia mais

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO INDICE 1. OBJETIVO 2. DESTINATÁRIOS 3. REQUISITOS GERAIS DE ACESSO À TIPOLOGIA MICROINVEST 4. MODELO ESPECÍFICO DE APOIO TÉCNICO À CRIAÇÃO

Leia mais

DOCUMENTO DE CONSULTA REGULAMENTO DO BCE RELATIVO ÀS TAXAS DE SUPERVISÃO PERGUNTAS E RESPOSTAS

DOCUMENTO DE CONSULTA REGULAMENTO DO BCE RELATIVO ÀS TAXAS DE SUPERVISÃO PERGUNTAS E RESPOSTAS DOCUMENTO DE CONSULTA REGULAMENTO DO BCE RELATIVO ÀS TAXAS DE SUPERVISÃO PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIO DE 2014 1 POR QUE RAZÃO O BCE COBRA UMA TAXA DE SUPERVISÃO? Ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 1024/2013,

Leia mais

O BANCO EUROPEU DE INVESTIMENTO

O BANCO EUROPEU DE INVESTIMENTO O BANCO EUROPEU DE INVESTIMENTO O Banco Europeu de Investimento (BEI) promove os objetivos da União Europeia ao prestar financiamento a longo prazo, garantias e aconselhamento a projetos. Apoia projetos,

Leia mais

MALO CLINIC abre clínica em Aveiro

MALO CLINIC abre clínica em Aveiro Tiragem: 11000 Period.: Semanal ID: 61314863 08-10-2015 GRUPO ESTÁ EM 46 CIDADES, 16 PAÍSES E 5 CONTINENTES MALO CLINIC abre clínica em Aveiro Âmbito: Economia, Negócios e. No ano em que comemora 20 anos,

Leia mais

2. Enquadramento Orçamental para o Exercício de 2015

2. Enquadramento Orçamental para o Exercício de 2015 G R A N D E S O P Ç Õ E S D O P L A N O E O R Ç A M E N T O 2 9 2. Enquadramento Orçamental para o Exercício de 2015 GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO 2015 3 0 G R A N D E S O P Ç Õ E S D O P L A N O

Leia mais

Condições do Franchising

Condições do Franchising Condições do Franchising ÍNDICE Introdução 1. Vantagens em entrar num negócio de franchising 2. O que nos distingue como sistema de franchising 2.1. vantagens para o franchisado face a outras redes 2.2.

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

1º Semestre Relatório e Contas 2010

1º Semestre Relatório e Contas 2010 1º Semestre Relatório e Contas 2010 Índice 02 Relatório de Gestão 02 Considerações Gerais 03 Situação Económico-Financeira 09 Demonstrações Financeiras 10 Balanço 11 Demonstração de Resultados por Natureza

Leia mais

PME INVESTE V - 750 milhões de euros - ENCERRADA. PME IINVESTE II / QREN - 1.010 milhões de euros ABERTA

PME INVESTE V - 750 milhões de euros - ENCERRADA. PME IINVESTE II / QREN - 1.010 milhões de euros ABERTA PME INVESTE As Linhas de Crédito PME INVESTE têm como objectivo facilitar o acesso das PME ao crédito bancário, nomeadamente através da bonificação de taxas de juro e da redução do risco das operações

Leia mais

ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA E EVOLUÇÃO DA CONSULTORIA RH EM PORTUGAL

ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA E EVOLUÇÃO DA CONSULTORIA RH EM PORTUGAL ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA E EVOLUÇÃO DA CONSULTORIA RH EM PORTUGAL Duarte Albuquerque Carreira, Coordenador editorial da revista Pessoal (da.carreira@moonmedia.info) João d Orey, Diretor Executivo da

Leia mais

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS COACHING EXECUTIVO O DESAFIO DOS EXECUTIVOS Os executivos das empresas estão sujeitos a pressões crescentes para entregarem mais e melhores resultados, liderando as suas organizações através de mudanças

Leia mais

SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014)

SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014) SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014) 1. Taxa de Desemprego O desemprego desceu para 14,3% em maio, o que representa um recuo de 2,6% em relação a maio de 2013. Esta é a segunda maior variação

Leia mais

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas II Situação Económico-Financeira Balanço e Contas Esta parte do Relatório respeita à situação económico-financeira da Instituição, através da publicação dos respectivos Balanço e Contas e do Relatório

Leia mais

SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta

SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta Estrada de Alfragide, nº 67, Amadora Capital Social: 169.764.398 Euros sob o número único de matrícula e de pessoa colectiva 503 219 886 COMUNICADO

Leia mais

PME Investe VI Aditamento

PME Investe VI Aditamento PME Investe VI Aditamento O apoio do FINOVA às empresas Fundo gerido pela PME Investimentos No seguimento do quadro de apoios concedidos às empresas portuguesas no âmbito das linhas de apoio PME Investe,

Leia mais

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 Projeções para a Economia Portuguesa: 2014-2016 1 Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 As projeções para a economia portuguesa apontam para uma recuperação gradual da atividade ao longo do horizonte.

Leia mais

adaptados às características e expectativas dos nossos Clientes, de modo a oferecer soluções adequadas às suas necessidades.

adaptados às características e expectativas dos nossos Clientes, de modo a oferecer soluções adequadas às suas necessidades. A Protteja Seguros surge da vontade de contribuir para o crescimento do mercado segurador nacional, através da inovação, da melhoria da qualidade de serviço e de uma política de crescimento sustentável.

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 10.7.2013 SWD(2013) 252 final DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO que acompanha o documento Proposta de Decisão do Parlamento Europeu

Leia mais

COMUNICADO 9M 2015 COMUNICADO 9M 2015. (Contas não auditadas)

COMUNICADO 9M 2015 COMUNICADO 9M 2015. (Contas não auditadas) COMUNICADO 9M 2015 (Contas não auditadas) 30 novembro 2015 1 1. EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS 1.1. ÁREA FINANCEIRA A Área Financeira do Grupo concentra as atividades financeiras, incluindo a Orey Financial e as

Leia mais

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020. Identidade, Competitividade, Responsabilidade

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020. Identidade, Competitividade, Responsabilidade Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020 Identidade, Competitividade, Responsabilidade ACORDO DE PARCERIA Consagra a política de desenvolvimento económico, social, ambiental e territorial Define

Leia mais

NUTRIPLANT ON (NUTR3M)

NUTRIPLANT ON (NUTR3M) NUTRIPLANT ON (NUTR3M) Cotação: R$ 1,79 (18/06/2014) Preço-Alvo (12m): R$ 2,10 Potencial de Valorização: 18% 4º. Relatório de Análise de Resultados (1T14) Recomendação: COMPRA P/L 14: 8,0 Min-Máx 52s:

Leia mais

COMENTÁRIOS DO DESEMPENHO NO 3º TRIMESTRE E 9 MESES DE 2002

COMENTÁRIOS DO DESEMPENHO NO 3º TRIMESTRE E 9 MESES DE 2002 COMENTÁRIOS DO DESEMPENHO NO 3º TRIMESTRE E 9 MESES DE 2002 Desempenho Em ambiente de queda da atividade na indústria automobilística, a Iochpe-Maxion apresentou um crescimento de 8,4% nas vendas no terceiro

Leia mais

Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social

Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social Enquadramento Com base numa visão estratégica de desenvolvimento social que valorize a rentabilização dos recursos técnicos e financeiros

Leia mais

As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas

As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas 30 11 2012 As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas Teodora Cardoso 1ª Conferência da Central de Balanços Porto, 13 Dezembro 2010 O Banco de Portugal e as Estatísticas O Banco de

Leia mais

Apresentação de Resultados

Apresentação de Resultados Apresentação 3T08 Apresentação de Resultados José Carlos Aguilera (Diretor Presidente e de RI) Eduardo de Come (Diretor Financeiro) Marcos Leite (Gerente de RI) Destaques do Período Contexto de crise no

Leia mais

Linha Específica. Dotação Específica do Têxtil, Vestuário e Calçado CAE das divisões 13, 14 e 15

Linha Específica. Dotação Específica do Têxtil, Vestuário e Calçado CAE das divisões 13, 14 e 15 IAPMEI/DGAE (www.iapmei.pt / www.dgae.pt) PME Invest (Linha de Crédito com juro bonificado) Linha de Crédito PME Investe III Condições e processo de candidatura A Condições 1. Condições a observar pelas

Leia mais

Direcional Engenharia S.A.

Direcional Engenharia S.A. 1 Direcional Engenharia S.A. Relatório da Administração Exercício encerrado em 31 / 12 / 2007 Para a Direcional Engenharia S.A., o ano de 2007 foi marcado por recordes e fortes mudanças: registramos marcas

Leia mais

Quem somos Em que acreditamos Acreditamos nas pessoas

Quem somos Em que acreditamos Acreditamos nas pessoas Prioridades para 2014-2019 Quem somos Somos o maior grupo político da Europa, orientado por uma visão política de centro-direita. Somos o Grupo do Partido Popular Europeu do Parlamento Europeu. Em que

Leia mais

Previsões do inverno de 2014: recuperação económica ganha terreno

Previsões do inverno de 2014: recuperação económica ganha terreno COMISSÃO EUROPEIA COMUNICADO DE IMPRENSA Bruxelas/Estrasburgo, 25 de fevereiro de 2014 Previsões do inverno de 2014: recuperação económica ganha terreno As previsões do inverno da Comissão Europeia preveem

Leia mais

Empresa Demo 1 PT500000001

Empresa Demo 1 PT500000001 Empresa Demo 1 PT500000001 Member of Federation of Business Information Service Índice Índice Introdução...3 Classificação total...4 Classificação por dimensão... 5 Quota de mercado...6 Volume de negócios

Leia mais

Acordo entre os Ministérios das Finanças e da Saúde e a Indústria Farmacêutica

Acordo entre os Ministérios das Finanças e da Saúde e a Indústria Farmacêutica Acordo entre os Ministérios das Finanças e da Saúde e a Indústria Farmacêutica Os Ministérios das Finanças, representado pela Ministra de Estado e das Finanças, e da Saúde, representado pelo Ministro da

Leia mais