EDITORIAL. Newsletter 32 Maio Grupo de Societário, fusões e aquisições

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1 Newsletter 3 Maio 010 Direito Comercial Grupo de Societário, fusões e aquisições Regime da responsabilidade das sociedades-mãe (com sede no estrangeiro) sobre as filiais Portuguesas. /3 Destituição abusiva de Administradores Realidade ou ficção? 7/8 A divulgação da Remuneração dos Administradores - Novas Regras 4-6 Orçamento de Estado para 010: Alterações nos actos societários 8/9 EDITORIAL Bem-vindos à segunda Aware de 010, do Grupo de Societário, Fusões e Aquisições da Abreu Advogados (GSFA). Esta Newsletter é composta por quatro artigos que esperamos que sejam úteis e possam merecer a vossa atenção. No primeiro artigo abordamos o regime da responsabilidade das sociedades-mãe (com sede no estrangeiro) sobre as filiais, analisando se a sociedade dominante com sede noutro país que não Portugal está ou não sujeita aos deveres e ónus consagrados pelas normas das sociedades coligadas relativamente à relação que possua com a sociedade-filha Portuguesa. No terceiro artigo é abordada a questão da destituição abusiva de administradores, sendo referida jurisprudência recente sobre esta matéria. Por último, referimo-nos à abolição do imposto de selo em diversos actos societários, prevista pelo Orçamento de Estado para 010, agora publicado. Boa leitura, A Equipa GSFA De seguida, damos conta das novas regras sobre a divulgação da remuneração dos administradores, por força da Lei 8/009, cujos efeitos, neste capítulo, apenas agora se começaram a sentir com a aprovação dos documentos de prestação de contas referentes ao exercício de 009.

2 regime da responsabilidade das sociedades-mãe (com sede no estrangeiro) sobre as filiais Portuguesas António Juzarte Rolo (Advogado) O investimento estrangeiro em Portugal implica, de forma frequente, o recurso à constituição de uma sociedade veículo de direito Português, cujo capital social é ab initio integralmente detido por uma sociedade estrangeira, mediante a qual é canalizado o investimento a realizar em Portugal. Neste âmbito, e da perspectiva do investidor estrangeiro, a questão da responsabilidade da sociedade não residente totalmente dominante 1 perante terceiros revela-se de crucial importância. Analisemos então, de forma telegráfica, o regime das sociedades coligadas, que na sistemática do Código das Sociedades Comerciais Português (o CSC ) regula esta matéria, quanto à temática da aplicação espacial das referidas regras às sociedades não residentes totalmente dominantes. Responsabilidade da sociedade-mãe quanto às obrigações das obrigações das sociedades filhas O regime da responsabilidade da sociedade-mãe quanto às obrigações das sociedades filhas totalmente dominadas é regulado, no CSC, por remissão, pelo artigo 501.º (Responsabilidade para com os credores da sociedade subordinada) do referido diploma, que estipula a responsabilidade para com os credores da sociedade subordinada 3. Apesar do contrato de subordinação ser um instrumento a que se recorre raramente, quando comparado com os grupos constituídos por domínio total, a verdade é que a matéria de que nos propomos tratar foi directamente prevista para o referido contrato de subordinação, sendo aplicável às sociedades em relação de grupo constituído por domínio total por remissão legal 4. Nos termos da supra referida regra: A sociedade directora é responsável 5 pelas obrigações da sociedade subordinada, constituídas antes ou depois da celebração do contrato de subordinação, até ao termo deste. Na sequência do referido, há que adaptar o artigo 501.º à realidade das sociedades em relação de domínio total. Assim deve ser lido que a sociedade dominante: (i) responde, a partir do domínio total, por obrigações constituídas quando não existia relação de grupo; (ii) responde por todas as obrigações constituídas durante o domínio total; (iii) e que a referida responsabilidade termina com o fim da relação de grupo; A responsabilidade da sociedade directora não pode ser exigida antes de decorridos 30 dias sobre a constituição em mora da sociedade subordinada; Não pode mover-se execução contra a sociedade directora com base em título exequível contra a sociedade subordinada. (continuação na página seguinte) 1. A sociedade que, directa ou indirectamente, domine totalmente uma outra sociedade, por não haver outros sócios, forma um grupo com esta última (cf. artigo do Código das Sociedades Comerciais).. Neste artigo não nos debruçaremos sobre outras áreas do Direito além da regulamentação prevista no Título VI do CSC (e.g. outras normas constantes do CSC, as normas relativas a grupos societários previstas no Código dos Valores Mobiliários, no Regime Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras, no Código de Recuperação de Empresas e Insolvência, no Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas ou no Código do Trabalho). 3. Cf. artigo do CSC, que define a sociedade subordinada como a sociedade que, por contrato, subordina a gestão da sua própria actividade à direcção de uma outra sociedade, quer seja sua dominante quer não. 4. Cf. artigo 491.º do CSC. 5. Responsabilidade solidária, indirecta (quanto à obrigação em concreto, ainda que a dominante seja directamente responsável pela dominada), limitada e objectiva (cf. Ana Rita Gomes de Andrade, em A Responsabilidade da Sociedade Totalmente Dominante, 1.ª Edição, Dezembro de 009, Almedina, páginas 81, 83, 88 e 91, respectivamente).

3 regime da responsabilidade das sociedades-mãe (com sede no estrangeiro) sobre as filiais Portuguesas (continuação) A regra prevista no artigo 50.º em matéria de responsabilidade por perdas da sociedade subordinada, à semelhança do artigo 501.º, também é directamente aplicável às sociedades em relação de grupo por meio de um contrato de subordinação e, também por meio da mesma remissão legal, às sociedades em relação de grupo constituído por domínio total. Nos termos deste artigo 50.º (Responsabilidade por perdas da sociedade subordinada) a sociedade subordinada tem o direito de exigir que a sociedade directora compense as perdas anuais que, por qualquer razão, se verifiquem durante a vigência do contrato de subordinação, sempre que estas não forem compensadas pelas reservas constituídas durante o mesmo período. A referida responsabilidade só é exigível após o termo do contrato de subordinação, mas tornase exigível durante a vigência do contrato, se a sociedade subordinada for declarada falida. Limitação espacial Debruçando-nos directamente sobre a questão que pretendemos abordar, as regras constantes dos aludidos artigos 501.º e 50.º do CSC na nossa opinião apenas se aplicam às sociedades com sede em Portugal. De facto, e de acordo com o artigo 481.º do CSC, que regula o âmbito de aplicação do título relativo às sociedades coligadas (que inclui as sociedades em relação de domínio total), o referido título aplica-se apenas a sociedades com sede em Portugal, salvo, e com interesse para a nossa questão quando a constituição de uma sociedade anónima, nos termos dos nos 1 e do artigo 488.º do CSC, por sociedade cuja sede não se situe em Portugal 6. Da interpretação literal e sistemáticas dos supra referidos preceitos, e independentemente das críticas feitas ao sistema Português que adiante referiremos, a verdade é que, no nosso entender, a sociedade dominante com sede noutro país que não Portugal, não ficará sujeita aos deveres e ónus consagrados pelas normas das sociedades coligadas relativamente à relação que possua com a sociedade-filha Portuguesa, designadamente quanto ao previsto nos já mencionados artigos 501.º e 50.º do CSC em matéria de responsabilidade para com os credores da sociedade subordinada e de responsabilidade por perdas da sociedade subordinada. Importa ressalvar no entanto, em relação a esta matéria, que há uma Doutrina que defende que o regime estabelecido na lei Portuguesa confere um tratamento de favor aos grupos estrangeiros 7, pondo em causa o princípio comunitário de não descriminação em razão da nacionalidade e os princípios constitucionais de igualdade de tratamento e da equilibrada concorrência empresarial. Convém finalmente esclarecer que a referida redacção do 481.º do CSC 8, tendo sido aditada na revisão ao CSC de 006, não poderá, na nossa opinião, querer dizer que naqueles casos o regime das normas das sociedades coligadas é aplicável a um grupo constituído naqueles termos. A aludida alteração vem apenas permitir que uma sociedade não residente possa constituir em Portugal uma sociedade anónima que seja inicialmente a única accionista, legitimando-se assim uma prática recorrente aceite pela grande maioria dos notários Portugueses de permitir a constituição de uma subsidiária integralmente dominada por uma sociedade não residente 9. Por outro lado, o artigo 489.4(a) do CSC refere que a relação de grupo termina se a sociedade dominante ou a sociedade dependente deixar de ter a sua sede em Portugal. 6. Cf. artigo 481.(d) 7. Crítica com a qual, aliás, concordamos inteiramente. 8. Cf. artigo 481.(d): (d) A constituição de uma sociedade anónima, nos termos dos nos 1 e do artigo 488o, por sociedade cuja sede não se situe em Portugal. 9. O que nos termos da anterior redacção do CSC só era permitido a uma sociedade residente. 3

4 A DIVULGAÇÃO DA REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NOVAS REGRAS António Pina (Advogado) Apesar da Lei n.º 8/009 ter entrado em vigor em Junho do ano passado, apenas agora se começaram a sentir verdadeiramente os seus efeitos, com a aprovação dos documentos de prestação de contas referentes ao exercício de 009, nos quais constam as primeiras divulgações obrigatórias da remuneração individualizada dos administradores das entidades qualificadas como sendo de interesse público. Para já, o impacto destas novas obrigações de divulgação parece ter sido bastante significativo, tendo resultado num aceso debate sobre a remuneração individual dos administradores de algumas sociedades cotadas, em particular naquelas em que o Estado detém participações. Vale assim a pena revisitar as obrigações impostas pela referida lei. Anteriormente à Lei n.º 8/009, a divulgação da remuneração dos órgãos de administração nas sociedades cotadas apenas era obrigatória numa base consolidada, não sendo necessária a indicação da remuneração individual auferida por cada um dos administradores. Apesar da CMVM recomendar a divulgação de forma individual, a verdade é que apenas um número muito reduzido de sociedades o fazia, optando a grande maioria por não seguir a recomendação do regulador, indicando apenas o valor global da remuneração do órgão de administração. A Lei n.º 8/009 veio estabelecer um novo regime de aprovação e divulgação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização. Este novo regime é aplicável a todas as entidades qualificadas como entidades de interesse público, nas quais se incluem, entre outras 1, os emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação num mercado regulamentado, as instituições de crédito, os fundos de investimento mobiliário e imobiliário, as sociedades e fundos de capital de risco, as sociedades financeiras e as empresas públicas que, durante dois anos consecutivos, apresentem um volume de negócios superior a ou um activo líquido total superior a O regime estabelecido pela Lei n.º 8/009 divide-se em duas obrigações principais: o dever de aprovar em assembleia geral uma declaração de política de remuneração e o dever de divulgar a remuneração auferida pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização. (continuação na página seguinte) 1. A lista completa das entidades qualificadas pela Lei n.º 8/009 como entidades de interesse público é a seguinte: (i) emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação num mercado regulamentado; (ii) instituições de crédito que estejam obrigadas à revisão legal das contas; (iii) fundos de investimento mobiliário previstos no regime jurídico dos organismos de investimento colectivo; (iv) fundos de investimento imobiliário previstos no regime jurídico dos fundos de investimento imobiliário; (v) sociedades de capital de risco e fundos de capital de risco; (vi) sociedades de titularização de créditos e fundos de titularização de créditos; (vii) empresas de seguros e de resseguros; (viii) sociedades gestoras de participações sociais, quando as participações detidas, directa ou indirectamente, lhes confiram a maioria dos direitos de voto em instituições de crédito que estejam obrigadas à revisão legal das contas; (ix) sociedades gestoras de participações sociais no sector dos seguros e sociedades gestoras de participações mistas de seguros; (x) fundos de pensões; (xi) empresas públicas que, durante dois anos consecutivos, apresentem um volume de negócios superior a , ou um activo líquido total superior a ; (xii) sociedades financeiras; e (xiii) sociedades gestoras de fundos de capital de risco e de fundos de pensões. 4

5 A DIVULGAÇÃO DA REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NOVAS REGRAS (continuação) A primeira obrigação consubstancia-se no dever das sociedades de interesse público submeterem anualmente à aprovação das respectivas assembleias gerais uma declaração sobre política de remuneração dos membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização, a qual deverá conter informação sobre: (i) os mecanismos que permitem o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da sociedade; (ii) os critérios de definição da componente variável da remuneração; (iii) os planos de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções por parte de membros dos órgãos de administração e de fiscalização; (iv) a possibilidade do pagamento da componente variável da remuneração, se existir, ter lugar, no todo ou em parte, após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato; e (v) os mecanismos de limitação da remuneração variável, no caso de os resultados evidenciarem uma deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja expectável no exercício em curso. A segunda obrigação consiste no dever das entidades de interesse público divulgarem, nos documentos anuais de prestação de contas, ou nos relatórios sobre o governo da sociedade, no caso dos emitentes de acções admitidas em mercado regulamentado, a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, bem como o montante anual da remuneração auferida pelos membros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual. As obrigações de divulgação impostas pela Lei n.º 8/009 são ainda complementadas por alguns instrumentos regulamentares, designadamente pelo Regulamento da CMVM n.º 1/010, aplicável às sociedades emitentes de acções admitidas à negociação em mercado regulamentado sujeitas a lei pessoal portuguesa; pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 1/010, aplicável às instituições de crédito, sociedades financeiras e sucursais de instituições de crédito e de sociedades financeiras com sede em países terceiros; e pela Norma Regulamentar n.º 5/010- R do ISP, aplicável às empresas de seguros ou de resseguros e sociedades gestoras de fundos de pensões sujeitas à supervisão do Instituto de Seguros de Portugal. Estes instrumentos regulamentares estabelecem um extenso conjunto de deveres de informação adicionais, quer no que respeita à aprovação da política de remunerações, quer no que respeita à sua divulgação. Neste âmbito, o Regulamento da CMVM n.º 1/010 acrescenta às obrigações já impostas pela Lei n.º 8/009, o dever de divulgar a remuneração fixa e a remuneração variável e, quanto a esta última, as diferentes componentes que lhe deram origem, a parcela que se encontra diferida e a parcela que já foi paga. Acrescenta ainda, embora apenas com efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 011, um dever de divulgar a remuneração recebida através de outras empresas do mesmo grupo e um dever de divulgar os direitos de pensão adquiridos no exercício em causa.. O Aviso do Banco de Portugal n.º 1/010 e a Norma Regulamentar n.º 5/010-R do ISP apenas serão aplicáveis aos exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de

6 A DIVULGAÇÃO DA REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NOVAS REGRAS (continuação) Já no que respeita ao Aviso do Banco de Portugal n.º 1/010 e à Norma Regulamentar n.º 5/010-R do ISP, estes vêm estabelecer deveres de informação substancialmente mais detalhados para as instituições por eles abrangidas, designadamente no que respeita aos critérios de atribuição das remunerações, estendendo ainda os deveres de divulgação à remuneração dos colaboradores que, não sendo membros dos respectivos órgãos de administração ou fiscalização, aufiram uma remuneração variável e exerçam determinadas funções-chave ou funções que possam ter um impacto material no perfil de risco das instituições abrangidas. A violação do dever de aprovação e divulgação da política de remuneração dos órgãos de administração e fiscalização ou do dever de divulgação da remuneração anual dos mesmos, encontra-se sujeito a um regime sancionatório que pode resultar na aplicação de uma coima de ,00 a ,00, dependendo do tipo de entidade em causa. Este novo regime de divulgação de informação sobre as políticas de remuneração surge num contexto fortemente marcado pela crise dos mercados financeiros, no âmbito da qual a remuneração dos gestores de topo foi por diversas vezes apontada como um dos factores que contribuiu de forma decisiva para o desencadear da crise, designadamente pelo facto de muitos dos excessivos riscos assumidos por alguns gestores poderem ter sido fortemente motivados pela prossecução dos objectivos que dariam acesso a determinadas componentes das suas remunerações. Com este novo enquadramento legal, procurase não só criar mecanismos de maior transparência, através da obrigação de divulgação mais detalhada das remunerações, mas também, de forma indirecta, criar mecanismos que imprimam um maior rigor, cautela e ponderação na atribuição das remunerações, designadamente através do dever de aprovação de uma política de remuneração, na qual, em particular no caso das entidades sujeitas ao Aviso do Banco de Portugal e à Norma do ISP, será necessário justificar de forma exaustiva os critérios de atribuição de remuneração e a adequação da mesma aos interesses da sociedade. Se, por um lado, a divulgação individual de remunerações é propensa a desencadear algum desconforto social, acarretando inevitáveis comparações entre as remunerações dos administradores e dos demais trabalhadores, a verdade é que, por outro lado, este novo regime terá, pelo menos, a virtude de contribuir para uma maior transparência nesta matéria e de obrigar a uma maior ponderação na atribuição das remunerações nas entidades consideradas de interesse público. 6

7 Destituição abusiva de Administradores Realidade ou ficção? José Carlos Vasconcelos (Advogado) Estabelece o artigo 403.º nº 1 do Código das Sociedades Comerciais (CSC) que Qualquer membro do conselho de administração pode ser destituído por deliberação da Assembleia Geral, em qualquer momento. Esta regra da livre destituição baseia-se no facto de ser essencial que a maioria dos accionistas tenha confiança nos administradores e que quando essa confiança se perde, seja qual for o motivo, estes possam ser substituídos, sem prejuízo da existência de um direito indemnizatório quando não exista justa causa para essa destituição. No entanto, uma questão que tem sido discutida a este propósito é a de saber se este direito à livre destituição encontra um limite sempre que tal deliberação se destine a satisfazer vantagens especiais para algum accionista em detrimento da sociedade ou de outro accionista, ou simplesmente prejudicar aquela ou este. A admitir-se tal hipótese, estaria em causa a anulabilidade da deliberação, nos termos da b) do nº 1 do artigo 58º do CSC. Ou seja, provando-se que a deliberação de destituição é abusiva, padece a mesma de um vício que afecta a sua própria validade? A resposta a esta questão tem significativo interesse prático, como fica demonstrado por alguns processos recentes decididos pelos tribunais, incluindo tribunais superiores, sobretudo em providências cautelares destinadas a suspender a deliberação de destituição. Antes pelo contrário, uma deliberação abusiva integraria a hipótese de se destinar a satisfazer vantagens especiais para algum accionista em detrimento da sociedade ou de outro accionista, e como tal seria anulável. Um acórdão de Novembro de 009 do Tribunal da Relação de Lisboa, disponível em veio contribuir positivamente para esta discussão, ajudando a clarificar algumas particularidades da aplicação a estes casos do instituto do abuso do direito. Segundo o Acórdão, sendo admissível em tese a possibilidade de a destituição ser abusiva, é necessário que se faça a prova de factos reveladores do carácter efectivamente abusivo e prejudicial do exercício do voto pela maioria que aprovou as deliberações, preenchendo então e desse modo a previsão constante do artº 58º, nº 1, alínea b), do Código das Sociedades Comerciais. Para alguns autores, a resposta não pode deixar de ser negativa, pois só assim se garante que a destituição é de facto livre e a decisão dos accionistas é soberana. Acresce que a própria lei tem mecanismos de reacção no caso de não existir justa causa para a destituição, traduzidos no direito indemnizatório acima referido, pelo que a parte lesada não ficaria desprotegida no caso de a destituição ser abusiva, invocando-se ou não um fundamento para a mesma. Para outros, o exercício do direito de destituição, à semelhança de qualquer outro direito, terá sempre de estar limitado pela boa fé, não existindo qualquer regra especial nomeadamente no Código das Sociedades Comerciais - que exclua desses limites o direito de destituição. Porém, não é suficiente a prova da existência de um mal-estar entre os blocos que integram o conjunto de accionistas de uma sociedade. Segundo o Acórdão, o equilíbrio quase tangencial das respectivas participações sociais, embora possa estar, obviamente, na base das divergências geradas na vida societária, não é, por si só, suficiente para se chegar à conclusão de que os motivos subjacentes ao exercício do direito de voto tiveram que ver, exclusiva ou predominantemente, com o propósito de penalizar o Administrador destituído e de beneficiar, pessoal e ilegitimamente, os votantes. (continuação na página seguinte) 7

8 Destituição abusiva de Administradores Realidade ou ficção?(continuação) Na verdade, parte-se de um princípio de que sendo uma sociedade gerida por diferentes grupos de accionistas no caso tratava-se de duas famílias é inevitável que se verifique, em caso de grave dissidência na condução dos destinos societários, um acantonamento de posições e interesses em redor de cada uma delas. Reconhece o Tribunal que é da natureza da vida e resulta, no fundo, da concreta opção que esteve subjacente à constituição do ente societário e à composição das respectivas participações sociais. Conclui-se que daqui não decorre que o sentido das votações - legítimo e conforme ao desequilíbrio de forças estabelecido - tenha necessariamente que ver com a obtenção de vantagens especiais para uns e iníquos prejuízos para outros, o que se traduziria em motivações e desideratos extra-societários. Ou seja, é certo que se admite a hipótese de uma destituição abusiva sempre que a mesma se funde predominantemente em motivos extrasocietários. Na prática, porém, como sucedeu aliás no caso apreciado naquele Acórdão, será muito difícil ou quase impossível fazer a prova de uma motivação predominantemente extrasocietária e em consequência abusiva, o que muito provavelmente acabará por relegar para o campo da ficção as referidas destituições abusivas. Orçamento de Estado para 010: Alterações nos actos societários Marta Romano de Castro (Advogada) O Orçamento de Estado para 010 (OE), - Lei 3-B/010 de 8 de Abril - vem abolir a incidência do imposto do selo (IS) em diversos actos societários. Algumas dessas verbas, que fazem actualmente parte da vida societária, irão desaparecer permitindo uma desburocratização dos actos quotidianos dos particulares e das empresas. A título de exemplo, o IS deixará de incidir sobre os contratos de electricidade, de água, de prestação de serviços, bem como os contratos de cessão de quotas ou de compra e venda de acções e até mesmo sobre os contratos de trabalho. Uma das mais importantes alterações prende-se com a abolição do IS sobre as entradas de capital numa sociedade comercial. Com isto o Governo visou estender a isenção às entradas de capital realizadas em espécie, dado que as efectuadas em numerário já não eram tributadas. Esta alteração terminará com a constante e já longa disputa entre os grandes grupos empresariais Portugueses e o Governo relativa ao imposto de selo cobrado sobre entradas de capital na constituição de empresas e respectivos aumentos de capital. Também os actos praticados nos cartórios notariais, como escrituras, testamentos, procurações, habilitações de herdeiros ou quaisquer contratos particulares, vão deixar de pagar IS. Esta previsão é extensível aos actos praticados por conservadores, secretários judiciais, secretários técnicos de justiça e entidades e profissionais com competência para autenticar documentos particulares, como sejam advogados e solicitadores. Os livros dos comerciantes, obrigatórios nos termos da lei comercial deixarão também de estar sujeitos ao pagamento do imposto do selo. Com isto deixará de existir qualquer controlo na abertura e fecho dos livros, passando essa responsabilidade para a gerência ou administração das Sociedades a quem caberá zelar pela legalidade e autenticidade dos mesmos. 8

9 Orçamento de Estado para 010: Alterações nos actos societários (continuação) Do ponto de vista das empresas em geral estas alterações são positivas mas não constituem uma redução substancial da sua carga fiscal. Senão vejamos: Em suma: podemos concluir que estas medidas terão mais como objectivo uma desburocratização das relações entre a sociedade e o Estado do que uma efectiva redução da carga fiscal. Segundo a execução orçamental de 009 o IS rendeu os cofres do Estado 1,65 mil milhões de euros, o que representa cerca 5,4% no total das receitas fiscais. Dentro desses 5,4% assumimos que as operações que mais contribuíram essa arrecadação (quer pela dimensão quer pelos valores que normalmente estão em causa) foram as operações bancárias, de prémios de seguro, de compra e venda de imóveis e de endividamento. Ora, visto que os cortes agora propostos não afectam essas operações pode-se estimar que o impacto no total das receitas fiscais seja muito reduzido. Com estas medidas o Governo pretende, a longo prazo, fazer incidir o imposto do selo apenas sobre operações financeiras e transmissões patrimoniais, eliminando-se todas as restantes verbas. Esta Aware contém informação e opiniões de carácter geral, não substituindo o recurso a aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos. Para esclarecimentos adicionais contacte apdc.gsfa@abreuadvogados.com Visite o nosso site ABREU ADVOGADOS 010

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