Direito Processual / Tópicos Especiais. Prof. Raphael Silva Rodrigues

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1 Direito Processual / Tópicos Especiais Prof. Raphael Silva Rodrigues

2 Temas Atuais do Processo Tributário

3 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS O QUE É A EXECUÇÃO FISCAL? Resposta: Execução Fiscal é a ação judicial proposta pela Fazenda Pública (União, Estados, DF, Municípios e suas respectivas autarquias e fundações) para cobrar do devedor créditos (tributários ou não tributários) inscritos em dívida ativa. QUAL É A LEI QUE REGULA A EXECUÇÃO FISCAL? Resposta: A Execução Fiscal é regida pela Lei n /80 (LEF) e, subsidiariamente, pelo CPC.

4 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL - Vejamos algumas etapas do seu procedimento: 1) Petição inicial (art. 6º da LEF); 2) Despacho do juiz deferindo a inicial e determinando a citação do executado (art. 7º); 3) Citação do executado para, em 5 dias, pagar a dívida ou garantir a execução (art. 8º);

5 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS 4) Depois de citado, o executado poderá: a) pagar a dívida; b) garantir a execução; c) não pagar a dívida nem garantir a execução. 5) Se o devedor pagar, extingue-se a execução. 6) Se garantir a execução, poderá opor embargos à execução. * A Lei n /80 prevê expressamente que, na Execução Fiscal, para que o devedor possa se defender por meio de embargos é indispensável a garantia da execução ( 1º do art. 16).

6 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS *(Continuação). Sobre esse tema, vale destacar um importante ponto. Em sua redação original, o CPC também exigia a garantia do juízo como condição para a apresentação dos embargos na execução comum. Ocorre que, em 2006, com o advento da Lei n , o CPC foi alterado com o objetivo de permitir que os embargos fossem opostos mesmo sem que o devedor tivesse garantido a execução (art. 736). Essa mudança no CPC afetou a LEF? No caso de embargos à execução tornou-se também desnecessária a garantia do juízo? Resposta: NÃO. A mudança do CPC não influenciou a regra da LEF. Para o STJ, como existe uma previsão expressa e específica no 1º, do art. 16, da Lei n /80, mantém-se a exigência de prévia garantia do juízo para que possa haver a oposição dos Embargos à Execução Fiscal (AgRg no REsp n.º /RS, Rel. Min. Castro Meira, 2ª Turma, julgado em ).

7 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS *(Continuação). Assim, a garantia da execução é considerada como uma condição de procedibilidade dos embargos à execução. Caso os embargos sejam apresentados sem essa providência, o juiz deverá extingui-los em resolução do mérito por falta de pressuposto processual específico (art. 267, IV, do CPC). 7) A garantia do juízo para que o executado ofereça os embargos poderá ser feita de quatro modos: a) o executado faz o depósito em dinheiro do valor cobrado; b) o executado apresenta uma fiança bancária com relação ao valor cobrado; c) é realizada a penhora de bens suficientes para pagar o valor executado; d) o executado apresenta um seguro garantia com relação ao valor cobrado (Novidade).

8 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS É o que se pode extrair dos arts. 9º e 16 da LEF: Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá: I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária; II - oferecer fiança bancária; II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº , de 2014) III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública. Art. 16. O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº , de 2014) III - da intimação da penhora.

9 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS 8) Se o devedor não pagar nem garantir a execução por meio de depósito ou fiança bancária, o juiz determinará a penhora de seus bens. 9) Se os bens do executado forem penhorados, ele será intimado dessa penhora mediante publicação, no órgão oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora. 10) Se os bens do executado forem penhorados, ele poderá apresentar embargos? Resposta: SIM, como vimos acima (item 7), a penhora é uma forma de garantir o juízo. Logo, estando garantido o juízo, o executado poderá oferecer embargos à execução. 11) Garantido o juízo, o executado poderá opor embargos à execução. Nos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar os documentos e rol de testemunhas, se assim desejar ( 2º do art. 16).

10 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS 12) Recebidos os embargos, o juiz mandará intimar a Fazenda para impugná-los no prazo de 30 dias (art. 17). Atenção: A resposta da Fazenda aos embargos opostos pelo executado é chamada de impugnação (esse nome será importante em uma prova prática). Se os embargos versarem sobre matéria de fato que exija outras provas além da documental: o juiz designará audiência de instrução e julgamento. Se os embargos versarem apenas sobre matéria de direito, ou, sendo de direito e de fato, a prova for exclusivamente documental: o juiz não designará audiência de instrução e deverá proferir sentença julgando os embargos no prazo de 30 dias. * É a situação mais comum de ocorrer na prática!

11 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS 13) A oposição dos Embargos à Execução Fiscal suspende automaticamente os atos executivos? Resposta: NÃO. A oposição de Embargos à Execução Fiscal não suspende automaticamente os atos executivos. Não há, portanto, uma suspensão ope legis (por força de lei) da ação executiva por conta dos embargos. * Suspensão da execução ope judicis É possível, no entanto, que o juiz determine a suspensão da execução desde que o devedor/embargante demonstre a presença de dois requisitos: a) relevância dos argumentos jurídicos expostos nos embargos (fumus boni juris); e b) perigo de dano de difícil ou de incerta reparação caso a execução prossiga (periculum in mora). Trata-se, assim, de uma suspensão ope judicis, ou seja, determinada pelo juiz de acordo com a análise da presença dos requisitos no caso concreto. Essa conclusão foi adotada pela 1ª Seção do STJ no REsp n.º PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em (recurso repetitivo).

12 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS Posição Atual do STJ PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. APLICABILIDADE DO ART. 739-A, 1º, DO CPC ÀS EXECUÇÕES FISCAIS. NECESSIDADE DE GARANTIA DA EXECUÇÃO E ANÁLISE DO JUIZ A RESPEITO DA RELEVÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO (FUMUS BONI JURIS) E DA OCORRÊNCIA DE GRAVE DANO DE DIFÍCIL OU INCERTA REPARAÇÃO (PERICULUM IN MORA) PARA A CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS DO DEVEDOR OPOSTOS EM EXECUÇÃO FISCAL. (...) 4. Desta feita, à luz de uma interpretação histórica e dos princípios que nortearam as várias reformas nos feitos executivos da Fazenda Pública e no próprio Código de Processo Civil de 1973, mormente a eficácia material do feito executivo a primazia do crédito público sobre o privado e a especialidade das execuções fiscais, é ilógico concluir que a Lei n de 22 de setembro de Lei de Execuções Fiscais - LEF e o art. 53, 4º da Lei n , de 24 de julho de 1991, foram em algum momento ou são incompatíveis com a ausência de efeito suspensivo aos embargos do devedor. Isto porque quanto ao regime dos embargos do devedor invocavam - com derrogações específicas sempre no sentido de dar maiores garantias ao crédito público - a aplicação subsidiária do disposto no CPC 73 que tinha redação dúbia a respeito, admitindo diversas interpretações doutrinárias. (...)

13 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS 5. Desse modo, tanto a Lei n LEF quanto o art. 53, 4º da Lei n não fizeram a opção por um ou outro regime, isto é, são compatíveis com a atribuição de efeito suspensivo ou não aos embargos do devedor. Por essa razão, não se incompatibilizam com o art. 739-A do CPC 73 (introduzido pela Lei ) que condiciona a atribuição de efeitos suspensivos aos embargos do devedor ao cumprimento de três requisitos: apresentação de garantia; verificação pelo juiz da relevância da fundamentação (fumus boni juris) e perigo de dano irreparável ou de difícil reparação (periculum in mora). 6. Em atenção ao princípio da especialidade da LEF, mantido com a reforma do CPC 73, a nova redação do art. 736, do CPC dada pela Lei n artigo que dispensa a garantia como condicionante dos embargos - não se aplica às execuções fiscais diante da presença de dispositivo específico, qual seja o art. 16, 1º da Lei n , que exige expressamente a garantia para a apresentação dos embargos à execução fiscal. 7. (...) 9. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C, do CPC, e da Resolução STJ n (REsp n.º /PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 1ª Seção, DJ )

14 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS A LEF trata sobre o tema? Qual é o fundamento jurídico para essa suspensão com base nos requisitos acima? Resposta: A Lei n /80 não tem regra sobre os efeitos da oposição de embargos. Em outras palavras, a LEF nem diz que os embargos suspendem nem que não suspendem a execução. Há uma omissão, uma lacuna. Assim, segundo decidiu o STJ, deve-se aplicar, por subsidiariedade, o que dispõe o 1º do art. 739-A do CPC: Art. 739-A (...) 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.

15 EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E A SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS 14) Qual é o recurso contra a decisão do juiz que recebe os embargos com ou sem efeito suspensivo? Resposta: Trata-se de decisão interlocutória que desafia Agravo de Instrumento, nos termos do art. 522 e seguintes do CPC. * Vale mais uma vez a advertência: tema de FUNDAMENTAL importância!

16 ALTERAÇÕES DA LEI N.º /2014 NA EXECUÇÃO FISCAL: PREVISÃO DO SEGURO GARANTIA E FIM DA COMPETÊNCIA DELEGADA A Lei n /2014 alterou o inciso II do art. 7º da LEF e previu expressamente mais uma forma de garantia do juízo: o SEGURO GARANTIA. Assim, depois da Lei n /2014, o devedor poderá oferecer a garantia do juízo de quatro modos: a) DEPÓSITO EM DINHEIRO; b) FIANÇA; c) NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA; d) SEGURO GARANTIA (novidade).

17 ALTERAÇÕES DA LEI N.º /2014 NA EXECUÇÃO FISCAL: PREVISÃO DO SEGURO GARANTIA E FIM DA COMPETÊNCIA DELEGADA A partir de agora, a garantia da execução, por meio de seguro garantia, produz os mesmos efeitos da penhora ( 3º do art. 9º da LEF, com a nova redação dada pela Lei n /2014); De igual forma, com a nova Lei, o Juiz poderá deferir ao executado, em qualquer fase do processo, a substituição da penhora por seguro garantia; A mudança foi importante porque o STJ possuía entendimento pacífico de que o seguro garantia não servia como garantia da execução fiscal em virtude da ausência de previsão na LEF: "(...) A orientação consolidada das Turmas que integram a Primeira Seção do STJ é no sentido que não é possível a utilização do "seguro garantia judicial" como caução à execução fiscal, por ausência de norma legal específica, não havendo previsão do instituto entre as modalidades previstas no art. 9º da Lei 6.830/1980. (...). (AgRg no REsp n.º /SP, 2ª Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em ).

18 ALTERAÇÕES DA LEI N.º /2014 NA EXECUÇÃO FISCAL: PREVISÃO DO SEGURO GARANTIA E FIM DA COMPETÊNCIA DELEGADA Observação: - No âmbito federal, mesmo antes da Lei n /2014 a Procuradoria da Fazenda Nacional possuía Portaria (164/2014) aceitando o seguro garantia como garantia do juízo, desde que cumpridos certos requisitos. Mesmo assim, a alteração legislativa foi importante porque essa possibilidade passou a constar expressamente na LEF, além do fato de que muitos Municípios e Estados-membros não concordavam com essa espécie de garantia.

19 ALTERAÇÕES DA LEI N.º /2014 NA EXECUÇÃO FISCAL: PREVISÃO DO SEGURO GARANTIA E FIM DA COMPETÊNCIA DELEGADA Outro ponto importante a ser analisado, se refere à utilização do instituto da competência delegada nos processos do rito previsto na LEF. Com efeito, o 3º do art. 109 autoriza que o legislador infraconstitucional preveja exceções ao inciso I do mencionado dispositivo constitucional para facilitar o acesso à Justiça em favor de pessoas que litigam contra a Administração Pública Federal e que moram em cidades sem Justiça Federal. A isso chamamos de competência delegada; Assim, a Lei n /2014 revogou o inciso I do art. 15 da Lei n /66: "Art. 15. Nas Comarcas do interior onde não funcionar Vara da Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são competentes para processar e julgar: I - os executivos fiscais da União e de suas autarquias, ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas Comarcas"; Logo, a partir de agora, se a União Federal, suas autarquias e fundações ajuizarem Execução Fiscal elas serão sempre processadas e julgadas pela Justiça Federal, mesmo que o executado more em uma comarca do interior onde não funcione vara da Justiça Federal.

20 ALTERAÇÕES DA LEI N.º /2014 NA EXECUÇÃO FISCAL: PREVISÃO DO SEGURO GARANTIA E FIM DA COMPETÊNCIA DELEGADA Desse modo, não mais existe a competência delegada no caso de execuções fiscais propostas pela Fazenda Pública federal; A Lei n /2014 determinou que a revogação da competência delegada NÃO deve alcançar as ações executivas da União Federal e de suas autarquias e fundações públicas ajuizadas na Justiça Estadual antes da vigência desta Lei (art. 75); Em outras palavras, o fim da competência delegada só vale para Execuções Fiscais propostas a partir de As ações executivas propostas perante o juízo de direito antes dessa data deverão ser por ele sentenciadas e o eventual recurso é dirigido ao Tribunal Regional Federal.

21 ALTERAÇÕES DA LEI N.º /2014 NA EXECUÇÃO FISCAL: PREVISÃO DO SEGURO GARANTIA E FIM DA COMPETÊNCIA DELEGADA Há algum tempo, a maioria dos doutrinadores que escreve a respeito do tema já se posicionava favoravelmente à alteração finalmente realizada. Confira: Em que pese tal sistemática se encontre vigente há largo tempo, não são poucas as vozes que criticam a efetividade e conveniência da competência delegada, seja pela natural dificuldade das já sobrecarregadas Varas Estaduais em processar o volumoso montante das execuções da União, seja porque a Justiça Federal capilarizou-se significativamente nos últimos anos, atingindo maior gama de municípios, seja pelo fato de o juízo estadual (compreensivelmente, vez que já aprecia amplo espectro de matérias afetas à jurisdição estadual) não possuir formação específica para análise de tributação federal e, não raro, matérias muito particulares são veiculadas pelo contribuinte em embargos à execução fiscal, por exemplo -, seja pelos custos adicionais aos entes federais, dentre outros problemas. (...). (GONÇALVES, Eduardo Rauber. Execução fiscal aplicada. Salvador: Juspodivm, 2013, p ). Sendo assim, os defensores do fim da competência delegada nas Execuções Fiscais argumentam ainda que não haverá prejuízo aos contribuintes, uma vez que, com o processo eletrônico, basta que o advogado constituído protocolize, via internet, as defesas em favor do executado.

22 REQUISITOS PARA DETERMINAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DE BENS EM EXECUÇÃO FISCAL: MUDANÇA DE POSICIONAMENTO?! O art. 185-A do CTN autoriza o juiz a determinar a indisponibilidade dos bens e direitos do devedor tributário, que devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis; No entanto, em muitos casos, a indisponibilidade era determinada sem a ciência prévia do devedor. A 1ª Seção do STJ definiu no julgamento do REsp n.º /SP (Rel. Og Fernandes, DJ ) os requisitos para determinação da indisponibilidade de bens em processo de Execução Fiscal;

23 REQUISITOS PARA DETERMINAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DE BENS EM EXECUÇÃO FISCAL: MUDANÇA DE POSICIONAMENTO?! Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, o STJ firmou compreensão no sentido de que a indisponibilidade de bens e direitos autorizada pelo art. 185-A do CTN depende da observância dos seguintes requisitos: (i). citação do devedor tributário; (ii). inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no prazo legal; e (iii). a não localização de bens penhoráveis após esgotamento das diligências realizadas pela Fazenda, caracterizado quando houver nos autos (a) pedido de acionamento do BacenJud e consequente determinação pelo magistrado e (b) a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN;

24 REQUISITOS PARA DETERMINAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DE BENS EM EXECUÇÃO FISCAL: MUDANÇA DE POSICIONAMENTO?! No caso concreto, o magistrado deverá verificar se as diligências levadas a efeito pelo Fisco correspondem, razoavelmente, a todas aquelas que poderiam ser realizadas antes da constrição consistente na indisponibilidade de bens. Após a verificação de que a Fazenda esgotou todas as diligências acima, sem êxito, é que o Juiz poderá decretar a indisponibilidade de bens e direitos. CONCLUSÃO: O bloqueio universal de bens e direitos previsto no art. 185-A do CTN não se confunde com a penhora de dinheiro aplicado em instituições financeiras, por meio do Sistema BacenJud, disciplinada no art. 655-A do CPC.

25 REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL: DÍVIDAS NÃO-TRIBUTÁRIAS Agora vamos enfrentar uma grande polêmica que existia sobre o tema: O redirecionamento é permitido apenas nas Execuções Fiscais que cobrem débitos TRIBUTÁRIOS ou também pode ser aplicado a dívidas NÃO- TRIBUTÁRIAS? Resposta: O STJ decidiu que, quando a sociedade empresária for dissolvida irregularmente, é possível o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente da pessoa jurídica executada mesmo que se trate de dívida ativa NÃO-TRIBUTÁRIA. Vale ressaltar que, para que seja autorizado esse redirecionamento, não é preciso provar a existência de dolo por parte do sócio.

26 REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL: DÍVIDAS NÃO-TRIBUTÁRIAS Assim, por exemplo, a Súmula 435 do STJ pode ser aplicada tanto para ação executiva de dívida ativa tributária como também na cobrança de dívida ativa NÃO-TRIBUTÁRIA; No caso concreto, a ANATEL estava executando créditos não-tributários que eram devidas por uma rádio comunitária. Quando o Oficial de Justiça chegou até o endereço da empresa constatou que ela não mais estava funcionando ali, estando presumidamente extinta. Logo, caberá o redirecionamento da execução para o sócio-gerente; Conf.: REsp n.º /RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 1ª Seção, julgado em (recurso repetitivo).

27 REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL: DÍVIDAS NÃO-TRIBUTÁRIAS PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. DO 543-C, CPC. REDIRECIONAMENTO DE EXECUÇÃO FISCAL DE DÍVIDA ATIVA NÃO-TRIBUTÁRIA EM VIRTUDE DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE PESSOA JURÍDICA. POSSIBILIDADE. ART. 10, DO DECRETO N /19 E ART. 158, DA LEI N /78 - LSA C/C ART. 4º, V, DA LEI N /80 - LEF. 1. (...) 2. Presume-se dissolvida irregularmente a Consoante a Súmula n. 435/STJ: empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. 3. É obrigação dos gestores das empresas manter atualizados os respectivos cadastros, incluindo os atos relativos à mudança de endereço dos estabelecimentos e, especialmente, referentes à dissolução da sociedade. A regularidade desses registros é exigida para que se demonstre que a sociedade dissolveu-se de forma regular, em obediência aos ritos e formalidades previstas nos arts à e arts a 1.112, todos do Código Civil de onde é prevista a liquidação da sociedade com o pagamento dos credores em sua ordem de preferência - ou na forma da Lei n /2005, no caso de falência. A desobediência a tais ritos caracteriza infração à lei.

28 REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL: DÍVIDAS NÃO-TRIBUTÁRIAS 4. Não há como compreender que o mesmo fato jurídico "dissolução irregular" seja considerado ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de Ubi débito tributário e não o seja para a execução fiscal de débito não-tributário. "eadem ratio ibi eadem legis dispositio ". O suporte dado pelo art. 135, III, do CTN, no âmbito tributário é dado pelo art. 10, do Decreto n /19 e art. 158, da Lei n /78 - LSA no âmbito não-tributário, não havendo, em nenhum dos casos, a exigência de dolo. 5. Precedentes: REsp. n / MG, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em ; REsp. n / RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em ; AgRg no AREsp 8.509/SC, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe ; REsp / RS, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em ; REsp /SP, Terceira Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, Dje 28/06/2012; REsp.n. º RS, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em ; AgRg no AG nº SP, Terceira Turma, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em ; REsp. n.º SP, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em ; REsp / SP, Quarta Turma, Rel. Min. Barros Monteiro, julgado em Caso em que, conforme o certificado pelo oficial de justiça, a pessoa jurídica executada está desativada desde 2004, não restando bens a serem penhorados. Ou seja, além do encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, não houve a reserva de bens suficientes para o pagamento dos credores. 7. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art C do CPC e da Resolução STJ 08/2008 (REsp n.º /RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 1ª Seção, DJ )

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