Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Criada pela Lei nº , de 24 de abril de AUDITORIA INTERNA

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1 Setor: Recursos Humanos (DEP) Período: 20/07/2009 a 07/08/2009 Legislação Aplicada: - Lei nº /90 - Decreto nº /98 - Medida Provisória nº /01 - Decreto nº. 948/93 ESCOPO DO TRABALHO Ministério da Educação RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº. 05/2009 I Os trabalhos de auditoria foram realizados no período de 20 de julho a 07 de agosto de 2009, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, com o objetivo de examinar e comprovar a legalidade e legitimidade dos fatos e atos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade. Em específico, analisar o gerenciamento dos recursos humanos, avaliar as rotinas, os procedimentos e controles internos existentes. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames. II Os trabalhos foram feitos por amostragem, não tendo sido utilizado nenhum método específico para seleção dos itens auditados. Foram examinados os seguintes itens: A) Aposentadoria 01) / Benedicto Ribeiro da Silva; 02) / Eliane aparecida de Lima e Lima; 03) / Raimunda Santos da Silva; 04) / Márcia Maria Sales de Carvalho. B) Auxílio Funeral 01) / Luiz Fabiano Maciente. C) Adicional por Serviço Extraordinário 01) / ; 02) / ; 03) / ; 04) / ; 05) / ; 06) / ; 07) / ; 08) / ; 09) / ; 1

2 10) / ; 11) / ; 12) / ; 13) / ; 14) / ; 15) / ; 16) / ; 17) / ; 18) / ; 19) / Constatação: 2.1 Pagamento de adicional por serviço extraordinário em desacordo com a legislação. Analisando o Processo nº / (Solicitação/Autorização: Adicional por Serviço Extraordinário - José Francisco da Silva, José Raimundo Batista e José Vicente Goulart - 09/01/09 e 16/01/09 - PCU) verificamos que houve pagamento de horas extras acima do limite legal de 02 (duas) horas diárias. Conforme estabelecido no artigo 3º do Decreto nº. 948, de 5 de outubro de 1993, a duração do serviço extraordinário não excederá a duas horas por jornada de trabalho, obedecidos os limites de quarenta e quatro horas mensais e noventa horas anuais, consecutivas ou não. Constatada esta impropriedade, o Departamento de Pessoal (DEP) foi imediatamente notificado a tomar as devidas providências. D) Adicional Noturno 01) / ; 02) / ; 03) / ; 04) / E) Auxílio-Transporte Foram analisadas todas as concessões realizadas no período de janeiro a junho de Constatações: 2.2 Falta de apresentação dos bilhetes de passagens intermunicipais inerentes aos deslocamentos diários que ensejaram a concessão do auxílio-transporte. O servidor Prof. José Gilberto da Silva, residente na cidade de Piranguçu-MG, para comprovar as suas despesas com a locomoção residência-trabalho e vice-versa, apresentou no período analisado, notas fiscais de serviços de transporte da empresa Paulo V. Ricotta & Cia. Ltda. Entretanto, não apresentou para o reembolso parcial de suas despesas com transporte os bilhetes de passagem efetivamente utilizados. O Relatório de Auditoria nº (Universidade Federal de Itajubá - Exercício de 2007) da Controladoria-Geral da União - CGU/MG, ao tratar no item Dos Benefícios Assistências e Pecuniários, assim dispõe: O Tribunal de Contas da União 2

3 - TCU, por intermédio da Relação nº. 1/ Primeira Câmara, Acórdão nº. 73/2007, item 1.3, determinou à Entidade que efetuasse o pagamento de auxílio-transporte aos seus servidores observando o disposto em Despacho da Secretaria de Recursos Humanos - SRH, do Ministério do Planejamento, de 26/12/2005, e no Acórdão TCU nº /2005-2ª Câmara, de 16/12/2005, os quais mencionam que tal pagamento deve ser realizado a servidores que utilizam transporte regular para custeio de deslocamentos intermunicipais e interestaduais em ônibus rodoviários, contra apresentação do quantitativo de bilhetes de passagem apresentados no mês anterior. (grifo nosso). Entendemos que a exigência da apresentação dos bilhetes de passagem favorece a gestão dos recursos públicos, em prol do princípio da moralidade e da eficiência. Ademais, busca-se impedir que o benefício em questão seja recebido em valor maior do que os gastos efetivamente tidos com o deslocamento. Constatada esta impropriedade, o Departamento de Pessoal (DEP) foi imediatamente notificado a tomar as devidas providências. 2.3 Controle inadequado das concessões de auxílio-transporte: Falta de comprovante de residência e cadastro desatualizado. Conforme já recomendado por esta Auditoria Interna em seu Relatório de Auditoria nº. 05/2007, deve o Departamento de Pessoal (DEP) implementar rotinas de controle das concessões de auxílio-transporte, tais como: recadastramentos periódicos e exigência de apresentação de conta de consumo (água, luz, telefone, etc.) como comprovante de residência dos servidores beneficiários desse auxílio. A respeito dessa recomendação, cabe-nos transcrever a ementa de um recente Acórdão do TCU que trata do assunto: AUXÍLIO TRANSPORTE. DOU de , S. 1, p. 60. Ementa: O TCU determinou ao CEFET/SP que promovesse o recadastramento dos servidores beneficiários do auxílio-transporte, exigindo a apresentação de comprovante de residência e dos bilhetes de viagem nos casos em que fossem utilizados transportes intermunicipais, visando controle eficaz que garantisse que os servidores realmente se utilizariam dos transportes descritos em seus requerimentos de solicitação; comunicando, ainda, que informação falsa deveria ser apurada por meio de processo administrativo disciplinar com vistas à reposição dos valores percebidos indevidamente, conforme 3º, art. 4º do Decreto nº /1998, em consonância com o Acórdão nº. 511/ TCU - 2ª Câmara.. (Item 1.3, TC /2006-9, Acórdão nº. 740/2008-TCU - 1ª Câmara). Informamos que a recomendação acima visa única e exclusivamente aprimorar os controles internos relativos à concessão do auxílio-transporte, tentando garantir ao máximo possível à fidedignidade das informações que fundamentam a concessão desse benefício. F) Adicional de Insalubridade 01) / ; 02) / ; 03) / ; 3

4 04) / ; 05) / ; 06) / ; 07) / ; 08) / ; 09) / ; 10) / Constatação: 2.4 Falha na formalização de processo. Falta de documentação comprobatória exigida em parecer jurídico e em dispositivo legal. Ao analisarmos o Processo nº / (Informações sobre atividades exercidas em condições de riscos de insalubridade ou periculosidade - Paulo Sérgio Marques - IRN) verificamos que não foi atendida uma determinação contida no Parecer nº. 249/2008/PF/UNIFEI (fls. 10/13) da Procuradoria Federal na UNIFEI, que ao examinar a legalidade do pedido de pagamento retroativo de adicional de insalubridade ao servidor acima mencionado, assim se manifestou: Há que se verificar se há outro servidor no exercício de funções semelhantes a do Requerente, preferencialmente no mesmo local de trabalho, laboratório de Microbiologia do IRN, que recebe o mesmo adicional. Caso exista um caso semelhante, entendemos que o Requerente faz jus ao pagamento de tal adicional no período pleiteado, uma vez que as atribuições de seu cargo efetivo indicam a possibilidade de trabalho em local insalubre. Esta comprovação deverá ser juntada aos autos para instruí-lo. (grifo nosso). Logo adiante, revelou-se favorável ao pagamento nos seguintes termos: Após a instrução dos autos e sendo também este o entendimento da Diretora do DEP, manifestada em decisão fundamentada, poderá ser autorizado pagamento dos exercícios anteriores, nos termos da Portaria SOF/MP nº. 1/2000. (fl. 12). No final, orientou: Os presentes autos se constitui em processo administrativo para o fim almejado e após a decisão que reconhecer o direito do Requerente, há que se completar o rol de documentos prescritos no art. 5º da referida Portaria, abaixo transcrita: Art. 5º. Os pagamentos de despesas de exercícios anteriores, de que trata o inciso I do art. 4º desta Portaria, serão precedidos de processos administrativos, devendo constar, obrigatoriamente, no mínimo: I - requerimento do interessado, no caso de concessões de vantagens pecuniárias a pedido; II - cópia dos documentos comprobatórios que ampararam a concessão da vantagem; III - cópia do ato de concessão devidamente publicado; IV - nota técnica, quanto ao embasamento legal; V - planilha de cálculo individualizada; VI - fichas financeiras relativas ao período devido; VII - resumo contábil no formato do Demonstrativo das Despesas com Pessoal - DDP do SIAFI; e (...). 4

5 Entendemos que o parecer jurídico tem o relevante papel de orientar o administrador público na escolha da melhor conduta e conferir uma base jurídica aos atos administrativos, assim sendo, recomendamos ao Departamento de Pessoal (DEP) atentar mais para as eventuais sugestões ou determinações contidas neste instrumento técnicojurídico, principalmente quando se tratar de exigência provinda de dispositivo legal, como é o caso em questão. Constatada esta impropriedade, o Departamento de Pessoal (DEP) foi imediatamente notificado a tomar as devidas providências. 2.5 Falha na formalização de processo. Documento juntado por engano ao processo. Analisando o Processo nº / (Periculosidade/Insalubridade - Prof. Marcos Aurélio de Souza - IEM) verificamos que foi juntado erroneamente ao processo Laudo Técnico Pericial de Avaliação Ambiental referente a outro servidor (Marcos Antônio Soares - IEPG). Constatada esta impropriedade, o Departamento de Pessoal (DEP) foi imediatamente notificado a tomar as devidas providências. Recomendamos ao Departamento de Pessoal (DEP) que promova mecanismos eficazes de revisão documental que garantam a correta formalização dos processos, que sejam anexados todos os documentos exigidos em lei, e que seja evitada a presença de documentação dispersa ou estranha ao processo. Lembramos que o formalismo não é só uma garantia a favor da Administração, notadamente na condução e gestão de seus atos e de sua organização administrativa, mas, também, dos administrados, como um direito ao acesso e ao controle das atividades estatais. G) Periculosidade 01) / ; 02) / ; 03) / ; 04) / ; 05) / ; 06) / ; 07) / ; 08) / ; 09) / ; 10) / III Orientações: - Recomendamos ao Departamento de Pessoal (DEP), como forma de aprimorar os controles relativos à concessão do auxílio-transporte e atualizar os documentos que embasam os referidos pagamentos, efetuar o recadastramento de todos os servidores que recebem este benefício, exigindo dos mesmos, sem exceção, a apresentação de comprovante de endereço conforme atestado em sua mais recente Declaração de Imposto de Renda; - No mesmo sentido, recomendamos ao Departamento de Pessoal (DEP) que elabore um formulário padronizado para o requerimento de auxílio-transporte, e que neste documento, além de todas as informações necessárias para concessão do benefício, que conste em destaque, como sugestão, o seguinte Termo de Compromisso: Declaro que as informações prestadas são verdadeiras e que tenho conhecimento da legislação que regulamenta o benefício solicitado. Comprometo-me a atualizar as informações deste 5

6 documento, sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que fundamentem a concessão do benefício. Estou ciente de que responderei civil, criminal e administrativamente por prestar informações incorretas ou falsas. ; - Por fim, recomendamos ao Departamento de Pessoal (DEP) que continue implementando medidas mais eficientes de controle interno e que busque sempre o aperfeiçoamento das medidas já existentes, visando principalmente uma melhor e mais segura formalização dos processos de sua competência, e que concentre esforços para corrigir as falhas acima apontadas. IV Conclusão: Em face dos exames realizados, e comparando com os resultados obtidos em exercícios anteriores, concluímos que, apesar das falhas encontradas, o sistema de controle interno adotado no Departamento de Pessoal (DEP) é satisfatório, entretanto, é sempre bom e necessário à implantação de um processo contínuo de aprimoramentos. Acreditamos que atendendo as recomendações contidas neste relatório e nos anteriores, as falhas encontradas podem ser gradativamente corrigidas ao longo deste exercício e nos próximos. É o nosso relatório. Itajubá, 14 de agosto de Anderson Christi Duarte Pinto Ferreira Auditor Interno UNIFEI 6

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