HISTÓRIAS, LENDAS, MITOS BRASILEIROS E AFRO-BRASILEIROS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM CAMINHO LITERÁRIO RUMO À CULTURA BRASILEIRA.

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1 1 HISTÓRIAS, LENDAS, MITOS BRASILEIROS E AFRO-BRASILEIROS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM CAMINHO LITERÁRIO RUMO À CULTURA BRASILEIRA. Luciana Leila Leardini Aluna de Pedagogia do Instituto Superior de Educação Vera Cruz. Gloria Kok Orientadora RESUMO Este artigo tem como objetivo investigar o que as crianças do primeiro ciclo do Ensino Fundamental sabem sobre a história e as culturas africanas e afro-brasileiras para verificar como a lei /03, que obriga as escolas de educação básica a tratarem desse tema, está sendo cumprida nas instituições paulistanas. A partir dessa pesquisa pude responder a três questões balizadoras deste trabalho: a possibilidade de alcançar os objetivos didáticos relacionados às linguagens oral e escrita, tendo como base a literatura proveniente da cultura popular brasileira e africana; o contato desde cedo com histórias dos povos africanos seria capaz de descortinar preconceitos históricos; fazer com que as crianças percebessem a matriz africana presente na formação da cultura brasileira. Palavras-chave: literatura infantil, histórias, lendas, mitos, origem africana e afro-brasileira; cultura brasileira, matriz africana. 1 INTRODUÇÃO Será mesmo que as juras de esquecimento diante do Baobá gigante e sagrado daquela natureza profunda foram atendidas? Não. As lembranças permaneceram no que se costuma chamar de inconsciente coletivo, e que para nós é a nossa ancestralidade que não nos abandona mesmo na adversidade (ARAUJO, 2006) 1. Durante os estágios que fiz em escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, públicas e particulares, observei que o tema Cultura Brasileira é pouco discutido entre 1 Emanoel Araújo é curador do Museu Afro Brasil (SP).

2 2 docentes e raramente chega às salas de aula, apesar do assunto estar presente na legislação brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB lei 9.394/96) regulamenta o ensino das diferentes culturas que foram responsáveis pela formação do povo brasileiro, principalmente as matrizes indígena, africana e europeia. A partir de janeiro de 2003, a lei (BRASIL, 2003) altera o texto da LDB deixando clara exigência do [...] estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil para os ensinos fundamental e médio, indicando que o assunto deve ser incluído como conteúdo das áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. Nesses estágios pude presenciar a ampla exposição dos estudantes da Educação Infantil à cultura europeia por meio de atividades relacionadas à leitura de histórias clássicas e contemporâneas. Fato que revela o contato com uma única matriz em detrimento às demais culturas e etnias responsáveis pela formação do povo brasileiro. Em geral, a justificativa dos professores para a escolha do conteúdo relacionado à cultura europeia é ampliar o repertório das crianças e seu acesso à leitura. Um fator importante que fortalece a escolha do material parece ser a facilidade de acesso às obras referentes aos contos de fadas e histórias mitológicas gregas. São inúmeras as possibilidades de contato com essa cultura: existem livros escritos por autores clássicos ou releituras dessas histórias produzidas especialmente para o público infantil. Há também outros tipos de materiais como filmes, por exemplo. Existem publicações ricamente ilustradas ou disponíveis em formatos mais simples. Penso que a ampla disseminação da mitologia grega deva-se também ao fato de essas narrativas serem identificadas como mitos, histórias fictícias e fantásticas de um povo, pertencentes a uma época remota, ou seja, já não retratam elementos de uma religião viva, atual. Sendo assim, não há como oferecer risco ao educador, pois não haverá confronto religioso entre educador, escola e/ou família. Tal situação ocorreu com uma educadora entrevistada, que foi obrigada a retirar o conteúdo religioso do trabalho sobre influências africanas por pressão dos pais de seus alunos. Por outro lado, a leitura do gênero em questão é imprescindível, pois causa a reflexão por parte da criança sobre temas que geram medos e angústias, um assunto de extrema importância a ser trabalhado na infância. O psicólogo Bettelheim (2002) defende a leitura de contos de fadas às crianças, pois ao se deparar com as histórias elas se identificam com os

3 3 personagens e percebem a necessidade de encarar os empecilhos que fazem parte da vida, aprendendo que é possível vencer os obstáculos. Não há como negar a importância dessa discussão para promover o desenvolvimento infantil. Outra questão importante de se observar é a utilização de danças provenientes da cultura popular em ocasiões como Festa Junina e outras datas comemorativas como Dia do Folclore ou Dia da Consciência Negra. O interesse em discutir as origens e significados dos festejos, quando ocorre é superficial e limitado às datas comemorativas, fazendo com que as crianças, apesar de adorarem os eventos e participarem das brincadeiras e festejos, não se sintam parte integrante daquela história, mas apenas expectadores. Nem sempre percebem que apesar de não relatarem diretamente a sua história pessoal, essas narrativas trazem referências das suas origens como brasileiras. Sendo assim, três questões nortearam minha pesquisa: Existe a possibilidade de alcançar os objetivos didáticos relacionados às linguagens oral e escrita, tendo como base a leitura de histórias, lendas e mitos provenientes da cultura popular brasileira e africana? Os alunos que têm contato desde cedo com histórias dos povos africanos serão capazes de perceber que não existe uma única história sobre os africanos: o fato de eles terem sido escravizados em nosso país por mais de 300 anos e que esses povos participaram na formação da cultura brasileira? Qual é a real participação dos povos africanos na cultura brasileira da qual fazemos parte? 1.1 Objetivo Este trabalho tem a finalidade de investigar, observar e refletir sobre as o ensino relacionado às origens da cultura popular brasileira, com foco na matriz africana, problematizando a respeito da diversidade cultural do nosso país e garantindo acesso e apropriação de seu próprio patrimônio cultural. Isso, sem perder de vista os objetivos iniciais do docente quanto à leitura, como a ampliação do repertório, a criação do comportamento leitor, a reflexão sobre temas importantes da infância. Minha hipótese inicial é de que ao entrar em contato desde a Educação Infantil com histórias, mitos, lendas africanas e afro-brasileiras as crianças percebam que há uma enorme participação dos diferentes povos da África em nossos hábitos e costumes, que nossas culturas

4 4 estão intimamente relacionadas e tenham ideias distintas da maioria das crianças que entrevistei. Acredito que alguns dos respondentes tenham tido contato apenas com uma pequena parcela da História do Brasil, aquela relacionada à escravidão dos negros africanos entre os séculos XVI e XIX, pois, ao serem questionados, lembravam-se apenas dessa triste época de nossa história. 1.2 Metodologia Para esclarecer as questões que orientam meu artigo, realizei pesquisas com crianças entre 5 e 13 anos de idade filhos de amigos e conhecidos, que estudam em escolas particulares tradicionais da cidade de São Paulo e também alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental de uma escola pública na região oeste de São Paulo, para entender o que elas sabem sobre a África, os africanos e os afro-brasileiros. Além disso, conversei com alguns autores de livros didáticos e paradidáticos para entender o que os movia a escrever e publicar seus títulos relacionados à História e Culturas africanas e afro-brasileiras. Paralelamente à pesquisa de campo, pesquisei livros de histórias direcionadas ao público infanto-juvenil relacionadas ao tema desse artigo (Apêndices C e D). Dentre as atividades realizadas, acompanhei algumas turmas que cursam o primeiro ano do Ensino Médio em uma escola particular da zona oeste de São Paulo durante as aulas de História cujo tema se relacionava ao meu estudo e visitei o Museu Afro Brasil juntamente com esses alunos e professores. Meu objetivo foi de pesquisar quais os conceitos que os alunos têm ao chegarem ao Ensino Médio sobre a África, os africanos e os afro-brasileiros, sua importância e participação na formação do povo brasileiro. Enquanto pesquisava, ampliei o estudo bibliográfico com o intuito de aprofundar os conteúdos discutidos nesse trabalho e proporcionar sugestões ao leitor (Apêndices E, F e G). Esse artigo também conta com exemplos das mais diversas influências africanas em nossa cultura, como relação de algumas manifestações culturais que têm sua origem na religiosidade de portugueses colonizadores e africanos escravizados nesse país, culinária, acervo de palavras africanas que fazem parte da língua portuguesa falada no Brasil. Imagino que tais assuntos também possam constar no planejamento dos educadores que como eu, estão buscando as raízes de nossa cultura.

5 5 Por fim, organizei e analisei os elementos coletados tendo como base as obras estudadas e as pesquisas concluídas, com o intuito de produzir um relatório de conclusão do curso de Pedagogia. 1.3 Justificativa Teórica É importante ressaltar a relação entre linguagem e educação na primeira infância, conforme orientação do documento oficial Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RECNEI), volume que trata do Conhecimento de Mundo (BRASIL, 1998b). Nesse documento está exposto que o trabalho com as linguagens oral e escrita é de suma importância para as crianças, pois é a partir da linguagem que se dá a interação entre as pessoas, possibilita a comunicação e o conhecimento, além do desenvolvimento do pensamento. É por meio do aprendizado da língua que também se amplia a cultura. Nesse eixo estão compreendidas as competências de falar, escutar, ler e escrever. Para a construção desses saberes, torna-se indispensável a exploração da linguagem, tendo como base a leitura a partir de uma grande variedade de textos e de manifestações culturais que apresentam diferentes modos de ver o mundo, de viver e de pensar. Além do conhecimento que essas práticas propiciam, há também o contato com a diversidade que permite conhecer e aprender a respeitar o diferente. (BRASIL, 1998b). Conforme explicitado no RECNEI (BRASIL, 1998b), a relação entre a linguagem e a cultura de um povo se faz também por meio da leitura de diferentes histórias. Os conhecimentos socialmente disseminados e as culturas dos diversos povos, histórias atuais e de tempos antigos ajudam as crianças a obterem diferentes respostas para as questões sobre o mundo que as cerca, sejam questões de ordem social ou natural. Há diversas explicações sobre o mundo que nos rodeia. Segundo Philip, autor especializado em folclore e mitologia (1996, p. 8), cada mito é uma mina de verdade humana. Os mitos 2 e as lendas 3, repletos de magia e fantasia, apresentam uma das versões existentes que explicam os diferentes fenômenos da sociedade e da natureza. 2 Definição: 1. Fábula que relata a história dos deuses, semideuses e heróis da Antiguidade pagã. 2. Interpretação primitiva e ingênua do mundo e de sua origem. Disponível em: < index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=mito>. Acesso em: 04 ago Definição: Narrativa transmitida pela tradição, de eventos geralmente considerados históricos, mas cuja autenticidade não se pode provar. Disponível em: < lingua=portugues-portugues&palavra=lenda>. Acesso em 04 ago

6 6 A leitura permite conhecer diversos povos e culturas existentes, já o conhecimento científico tende a desmistificar os mistérios e problemas do universo, direcionando lendas e mitos ao campo da religião e da literatura: o mito de alguém é a crença religiosa de outro; a verdade de um é a ficção de outro (PHILIP, 1996, p. 9). A intenção em sugerir a leitura de histórias relacionadas aos mitos brasileiros e afrobrasileiros parte de dois pressupostos. O primeiro, de que o mito é a produção cultural de um povo e, portanto, ao estudá-lo nos aproximamos dessa cultura, que o conservou oralmente por meio de suas tradições, hábitos e costumes. Conforme relato de Barbosa (2000, p.7) em todos os países do mundo há lendas, apólogos, costumes, superstições, tudo unido à tradição popular, fazendo parte da alma e da essência de um povo, princípio de suas inspirações, base de sua literatura. Sendo assim, a criança, ao entrar em contato com essas histórias, conhece um pouco mais sobre a sua própria cultura e ainda valoriza o outro que está presente em si próprio. Por outro lado, o assunto promove a reflexão das crianças, que se colocam no lugar dos personagens dessas histórias e com isso vivenciam seus medos, angústias e emoções. A análise feita pelo psiquiatra Grinberg (2003, p. 164) a respeito da história bíblica Jonas e a Baleia, por exemplo, demonstra que seu conteúdo é capaz de fazer a criança perceber que precisa enfrentar os desafios para derrotar as adversidades: ao vencer o turbilhão de seus desejos, emoções e instintos, o herói adquire algum conhecimento e, agora renascido, pode enfrentar novos monstros e continuar na busca de sua autonomia e individualidade. Dessa forma, a leitura faz-se importante, pois, além de conhecer um diferente formato do gênero narrativo, é possível discutir questões relacionadas às emoções, ao sonho e a imaginação e ainda aproximar-se da cultura popular brasileira. Outra questão importante está relacionada à formação da identidade da criança e ao respeito às diferenças. Segundo RECNEI, a escola tem papel fundamental na formação da criança, principalmente quando o tema é o respeito à diversidade: Dependendo da maneira como é tratada a questão da diversidade, a instituição pode auxiliar as crianças a valorizarem suas características étnicas e culturais, ou pelo contrário, favorecer a discriminação quando é conivente com preconceitos (BRASIL, 1998a, p.13). A criança precisa sentir que faz parte daquele grupo para criar relações sólidas e garantir o ambiente saudável para o aprendizado. Entretanto, para que haja um ambiente favorável ao desenvolvimento dessas questões, é preciso que todos os personagens da escola tenham atitudes coerentes de aceitação das diferenças e sintam-se pertencentes ao mesmo grupo. Isso porque a criança aprende observando diversos modelos e os reproduz. Portanto, cada funcionário da escola é observado

7 7 diariamente por esses alunos, logo, precisa pensar em que exemplo está transmitindo às crianças. A criança não nasce preconceituosa, ela aprende, é influenciada a tal atitude por aqueles que a rodeiam. A discriminação racial é uma construção social e tem origem histórica, baseada na dominação de um povo que se impõe a outro e a negação da cultura do dominado. No passado os africanos e seus descendentes eram considerados seres inferiores, selvagens. Para garantir sua supremacia, os dominadores disseminavam ideias incorretas sobre os africanos, como por exemplo, que eles não possuíam conhecimento algum. Esse argumento não retratava a verdade, visto que os europeus selecionavam a população a ser escravizada a partir de seus conhecimentos e habilidades para o cultivo de diferentes espécies, mineração, forja, entre outros, pois esse know-how seria muito útil em suas colônias. No início do século passado, cientistas criaram teorias, baseadas nos estudo de Charles Darwin sobre a evolução das espécies, a cerca da inferioridade das etnias não-europeias, cujos brancos estariam no topo da cadeia evolutiva e os demais povos deveriam buscar o desenvolvimento. A eugenia seria então o estudo de características sociais, físicas e mentais que poderiam ser alteradas para a melhoria ou retrocesso de uma raça em futuras gerações a partir de técnicas de melhoramento genético. Sendo assim, mestiços, negros, asiáticos, indígenas seriam inferiores aos brancos europeus, e, portanto, deveriam ser banidos da sociedade. Segundo Silva, historiador brasileiro: O branco seria não apenas diferente do negro, mas física e mentalmente muito superior a ele. Havia mesmo quem pensasse que o negro não era um homem completo (2008, p. 120). Essa ideia era bastante útil aos brancos, já que intencionavam manter sua dominação sobre os africanos e seus descendentes. Acreditava-se ainda que a influência da cultura africana estivesse presente apenas na cor da pele. Sendo assim, com o branqueamento da população o povo brasileiro estaria livre dessa influência. A miscigenação com outros povos de origem europeia que imigraram no final do século XIX e início do XX seria, portanto, a fórmula salvadora da sociedade brasileira. O escritor Monteiro Lobato apresenta a crença da época em seu livro O Presidente Negro, uma obra de ficção escrita para o público adulto e publicada em A história se passa no Rio de Janeiro em 1928 e nos Estados Unidos em 2228 e tem como tema central a discussão racial acerca da previsão do futuro dos Estados Unidos, cujo presidente desse país em 2228 seria um homem negro. No trecho abaixo, Lobato condenou a miscigenação, aprovou a segregação racial e depreciou os negros descendentes de africanos, conforme diálogo entre os dois principais personagens da trama:

8 8 [...] nos Estados Unidos não penetraram apenas os elementos espontâneos que miss Jane aponta. Entrou ainda, á força, arrancado da África, o negro. [...] Entrou o negro e foi esse o único erro inicial cometido naquela feliz composição. Erro impossível de ser corrigido, aventurei. Também aqui arrostamos com igual problema, mas a tempo acudimos com a solução prática e por isso penso que ainda somos mais pragmáticos do que os americanos. A nossa solução foi admirável. Dentro de cem ou duzentos anos terá desaparecido por completo o nosso negro em virtude de cruzamentos sucessivos com o branco. Não acha que fomos felicíssimos na nossa solução? [...] Não acho, disse ela. A nossa solução foi medíocre. Estragou as duas raças, fundindo-as. O negro perdeu as suas admiráveis qualidades físicas de selvagem e o branco sofreu a inevitável peora de caráter, consequente a todos os cruzamentos entre raças dispares. Caráter racial é uma cristalização que ás lentas se vai operando através dos séculos. O cruzamento perturba essa cristalização, liquefála, torna-a instável. A nossa solução deu mau resultado. Quer dizer que prefere a solução americana, que não foi solução de coisa nenhuma, já que deixou as duas raças a se desenvolverem paralelas dentro do mesmo território separadas por uma barreira de ódio? Aprova então o horror desse ódio e todas as suas tristes consequências? Esse ódio, ou melhor, esse orgulho, respondeu miss Jane, serena como se a própria Minerva falasse pela sua boca, foi a mais fecunda das profilaxias. Impediu que uma raça desnaturasse descristalizasse a outra, e conservou a ambas em estado de relativa pureza. Esse orgulho foi o criador do mais belo fenômeno da eclosão étnica que vi em meus cortes do futuro. Mas é horrível isso! exclamei revoltado, Miss Jane, um anjo de bondade, defende o mal... [...] Não há mal nem bem no jogo das forças cósmicas. O ódio desabrocha tantas maravilhas quanto o amor. O amor matou no Brasil a possibilidade de uma suprema expressão biológica. O ódio criou na America a glória do eugenismo humano (LOBATO, 1979, p ). Tal teoria perdeu sua força a partir do Holocausto, visto que o massacre ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial gerou reflexão sobre questões éticas relacionadas ao suposto aprimoramento genético da espécie humana. Apesar de fracassado o processo de branqueamento da sociedade brasileira, o conceito de inferioridade de mestiços e negros foi mantido no inconsciente coletivo brasileiro, preservando o preconceito étnico até os dias de hoje. Após tantos anos de miscigenação, fica difícil definir quem de fato é negro no Brasil, conforme estudo do antropólogo Kagengele Munanga: Num país, que desenvolveu o desejo do branqueamento, não é fácil apresentar uma definição de quem é negro ou não. Há pessoas negras que introjetaram o ideal de branqueamento e não se consideram como negras. Assim, a questão da identidade do negro é um processo doloroso. Os conceitos de negro e de branco têm um fundamento étnico-semântico, político e ideológico, mas não um conteúdo biológico. Politicamente, os que atuam nos movimentos negros organizados qualificam como negra qualquer pessoa que tenha essa aparência. (MUNANGA, 2006, p.18). Porém, foi possível perceber uma mudança significativa na identificação da população brasileira como mestiça ou negra nos últimos anos. Os dados do Censo 2010 mostraram que houve aumento da população que se declarou parda, quando no passado diziam-se brancas. Segundo Mário Theodoro, secretário-executivo da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial, em entrevista ao Portal UOL Notícias (UCHINAKA, 2011), o fato se deve

9 9 ao maior reconhecimento dos negros como tais, como cidadãos pretos ou pardos. A população está se sentindo mais pertencente a esse grupo. Ana Amélia Camarano, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e autora do estudo, disse para a reportagem do Portal UOL: Há um enegrecimento da população brasileira por causa de uma maior valorização das suas condições raciais e étnicas" e em seguida completou: "A valorização dos negros se deve não apenas a políticas do governo, mas também a ações do movimento negro que datam de décadas e que ganharam corpo nos últimos anos" (UCHINAKA, 2011). O que os cientistas do passado não perceberam na época é que não adiantaria extinguir uma determinada etnia ou branquear a população, pois a cultura não é estabelecida somente pelo aspecto físico das pessoas que a compõem. Há várias influências das nações africanas que podem ser facilmente observadas em nosso cotidiano, como por exemplo, os inúmeros termos africanos que foram incorporados à língua portuguesa, culinária, festas, religiosidade, arte, musicalidade, danças e a alegria do povo brasileiro. Dessa forma, faz-se necessário o estudo dessas nações africanas participantes da formação da cultura brasileira, assim poderemos entender nossas origens e aceitar as inúmeras diferenças encontradas no vasto território brasileiro. 2 DESENVOLVIMENTO Tive contato recentemente com o vídeo de uma palestra intitulada O perigo da história única 4, na qual sua autora, a escritora nigeriana Chimamanda Adichie nos alerta sobre a necessidade do contato com diferentes pontos de vista relacionados à mesma história. Ela nos conta sobre sua trajetória e nos faz refletir que nossas vidas são compostas por diversas histórias e também diferentes versões da mesma história, versões essas que se completam. Durante seu discurso de 18 minutos, Adichie comenta sobre a única visão das histórias infantis nas quais tinha contato em sua infância, como foi difícil perceber que aqueles personagens não refletiam sua cultura e que crianças como ela, negras africanas, não tinham espaço na literatura infantil europeia, largamente divulgada, inclusive na África. 4 Transcrição da palestra presente no item Anexo A.

10 10 Em uma das partes marcantes de seu discurso, Adichie fala que foi leitora e escritora precoce e que em seus primeiros contos caracterizava seus personagens como havia aprendido nos livros que tinha tido contato até então: eram brancos de olhos azuis, brincavam com neve, discutiam sobre a felicidade em poderem ver o sol naquela manhã, comiam maçãs. Entretanto, na Nigéria, local onde a escritora morava, era tudo muito diferente. O tempo não era assunto, não havia neve, o sol estava presente sempre e era hábito de seu povo comer mangas. A escritora reflete sobre a influência da oferta de uma única fonte literária que gera inferiorização por parte do leitor que não é capaz de se identificar com aqueles personagens: A meu ver, o que isso demonstra é como nós somos impressionáveis e vulneráveis em face de uma história, principalmente quando somos crianças. Porque tudo que eu havia lido eram livros nos quais as personagens eram estrangeiras, eu convenci-me de que os livros, por sua própria natureza, tinham que ter estrangeiros e tinham que ser sobre coisas com as quais eu não podia me identificar (ADICHIE, 2009). Somente teve condições de mudar essa concepção, quando foi apresentada a livros de escritores africanos. Foi então que percebeu que a literatura também podia retratá-la: Eu percebi que pessoas como eu, meninas com a pele da cor de chocolate, cujos cabelos crespos não poderiam formar rabos-de-cavalo, também podiam existir na literatura (ADICHIE, 2009). Assim como Adichie, nossas crianças também não se identificam totalmente com os personagens dos grandes clássicos que são amplamente divulgados ou talvez não percebam a real distância entre esses personagens e suas vidas reais, como ocorreu com Adichie em sua infância. Creio que isso ocorra por falta de conhecimento, visto que os contos de fadas não refletem todos os elementos de nossa cultura, apenas as características da matriz europeia, a parcela dominante. Por isso, acredito que ao ampliar o repertório das crianças apresentando a elas as histórias africanas e afro-brasileiras haverá maior possibilidade de identificarem-se e também de reduzir o preconceito e a intolerância étnico-racial e religiosa. É absurdo pensar que em um país cuja população é composta por 50,7% de pessoas que se declararam da cor preta ou parda (IBGE Censo Demográfico ) o governo federal seja obrigado a interferir no currículo escolar para garantir que todas as crianças tenham contato com as diversas civilizações que participaram da formação do povo brasileiro, inclusive os povos negros africanos. A inexistência dessa diversidade de temas nas escolas é o 5 IBGE Censo Demográfico 2010, disponível em: < censo2010/caracteristicas_da_populacao/tabelas_pdf/tab3.pdf>. Acesso em: 8 jun

11 11 mesmo que negar aos estudantes os vários lados dessa história, como se ela fosse feita por um único personagem: o europeu. A intervenção federal se deu a partir da criação de uma lei que obrigou as escolas brasileiras de educação básica a incluírem ensinamentos referentes à História e a Cultura Afro-brasileira em seus currículos. Entretanto, essa medida foi necessária para incentivar os profissionais a refletirem sobre o assunto, a se mobilizassem para buscar os conteúdos que visam atender a lei, conteúdos esses que nem sempre foram contemplados em sua formação de docente, além de impulsionar o mercado literário na busca e criação de materiais que dessem suporte ao professor e ao aluno. O escritor Rogério Andrade Barbosa comenta sobre a importância da lei /03 em seu texto intitulado Mãe-África: Todo esse legado cultural trazido pelos escravos africanos, ainda permanece, infelizmente desconhecido por boa parte de nossas crianças. A lei federal , sancionada em 2003, tornando obrigatório o ensino de história e cultura afrobrasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, público e particular, em disciplinas como história e literaturas brasileiras, é uma conquista da sociedade e pretende justamente possibilitar que nossas crianças percebam a importância desses valores civilizatórios na sociedade brasileira (2008b). Portanto, para entender a participação dos povos africanos na formação do povo brasileiro senti a necessidade de recorrer a História do continente, do nosso país e das relações que os unem. 2.1 Um pouco de História Há muito tempo, na África... A África ocupa 30 milhões de km 2, cerca de 20% da superfície terrestre do planeta. O continente é composto por 54 países povoados por 850 milhões de pessoas que falam aproximadamente 2019 línguas. Segundo especialistas estudiosos da Figura 1 Mapa político da África FONTE: Wikipédia, 2011.

12 12 evolução humana, a África é o berço da humanidade, pois foi nesse continente que surgiram, há cerca de 7 milhões de anos, os primeiros ancestrais do homem (Australopiteco, Homo habilis, Homo erectus, Homo sapiens) no Vale da Grande Fenda, região que se localiza entre a Tanzânia, o Quênia e a Etiópia e abriga os lagos que dão origem ao rio Nilo. Figura 2 Evolução Humana FONTE: Scoleso, Figura 3 O Vale da Grande Fenda FONTE: Munanga, 2009, p. 44. No passado, o continente africano era composto por muitas nações, entretanto não há registros da delimitação precisa dos territórios ocupados. Os mapas abaixo identificam aproximadamente os reinos apresentados. África Setentrional e Oriental: Civilização egípcia: A primeira nação africana que se tem notícia e também a mais conhecida é a egípcia, que surgiu no vale do rio Nilo a cerca de 5 mil anos e durou mais de 2 mil anos (de 3000 a 333 a.c.). Figura 4 Mapa do Antigo Egito FONTE: Wikipédia, s.d.

13 13 Império de Kush (civilização cuxita): império matriarcal cujas rainhas recebiam o título Candace, situado na Núbia, em parte do atual Sudão. Surgiu na mesma época do império egípcio. Figura 5 Mapa do Império Kush FONTE: Wikipédia, s.d. Reino de Axum (civilização axumita): situado na atual Etiópia, com ricas terras cultivadas e grande fonte de mirra. Não há registros do início da civilização, porém o auge do império Axum ocorreu no século IV. Figura 6 Cidade de Axum FONTE: Wikipédia, s.d. África Ocidental: Império de Gana: império que se estendia nas regiões do Sahel, ocupando parte da Mauritânia e de Mali, acompanhando a curvatura do rio Níger. Localidade rica em ouro, seus moradores dominavam as técnicas de mineração com a utilização de bateias, agricultura e pecuária, técnicas que mais tarde chegaram ao Brasil, trazidas pelos negros escravizados oriundos dessa região. Os primeiros registros referentes a essa civilização são do século VIII. Figura 7 Mapa do Império de Gana FONTE: Munanga, 2009, p. 57. Figura 8 Mapa do Império de Mali FONTE: Munanga, 2009, p. 59. Império de Mali: o território expandiu-se a partir do século XII e compreendia parte dos atuais países africanos Mali, Burkina Fasso, Guiné, Mauritânia e na totalidade Senegal e Gâmbia, incorporando ao seu território o antigo império de Gana. As cidades de Tumbuctu, Gao e Djene eram importantes centros universitários e culturais.

14 14 Império de Songai: formado no século XIV por parte dos antigos impérios Mali e Gana, estendendo-se pelo norte do atual Mali, parte da Argélia, da Mauritânia e de Níger. Seus habitantes utilizavam técnicas de plantio e irrigação por canais, trazidos anos mais tarde ao Brasil Colônia. Figura 9 Mapa do Império Songai FONTE: Munanga, 2009, p. 60. Figura 10 Mapa do Império Kanem-Bornu FONTE: Munanga, 2009, p. 62. Império de Kanem-Bornu: surgiu no século XIV e estava localizado em parte da Líbia, Níger, Chade e Nigéria. Império fortemente militarizado, participou intensamente do tráfico negreiro entre África subsaariana e Magrebe (noroeste da África). Reino Iorubá: localizado ao sudoeste da Nigéria, desenvolveu-se a partir do século XI e possuía grandes cidades, como Oió, Ifé e Benim City. Seus habitantes dominavam a arte da olaria, serralheria, metalurgia do bronze e tecelagem. Figura 11 Mapa do Reino Iorubá FONTE: Munanga, 2009, p. 66. Figura 12 Mapa do Reino de Abomé FONTE: Munanga, 2009, p. 68. Reino de Abomé: situado na atual República do Benim, antigo Daomé, o reino foi fundado no início do século XVII. Considerado grande centro do tráfico de escravos da África ocidental no século XVIII, por sua localização próxima ao litoral e poderoso exército responsável pela captura de escravos.

15 15 Figura 13 Mapa do reino Achanti FONTE: Munanga, 2009, p. 69. Reino Achanti: localizado no atual Gana e parte dos países Costa do Marfim e Togo em torno do Golfo da Guiné, sendo esse o primeiro local aonde chegaram os portugueses. A fundação do Forte de São Jorge de Minas data do ano de Foi uma das principais rotas do tráfico de escravos, de ouro e noz de cola (matéria prima dos refrigerantes de cola). África Central: Reino do Congo: Banhado pelo oceano Atlântico, o reino localizava-se numa região entre os rios Kwilu- Nyari e Loje, ocupando um trecho dos territórios atuais do Congo, República Democrática do Congo e Angola. Seus habitantes eram especialistas em forjar ferro e cobre para confeccionar ferramentas direcionadas à lavoura desde o final do século XVI. Figura 14 Mapa do Reino do Congo FONTE: Munanga, 2009, p. 72 África Meridional: Estado Zulu: Localizado num território que compreendia parte da África do Sul e Suazilândia, fundado por Chaca, líder do grupo nguni, em Os zulus eram guerreiros e possuíam exército forte. Seus soldados consultavam constantemente os adivinhos feiticeiros para se aconselharem sobre estratégias militares e os melhores momentos para atacar e se defender. Figura 15 Mapa do Estado Zulu FONTE: Munanga, 2009, p. 76.

16 16 Figura 16 Mapa do Império Monomotapa FONTE: Munanga, 2009, p. 78. Império de Monomotapa: O território Monomotapa estendeu-se dos rios Zambeze e Limpopo, nos atuais Zimbábue, Moçambique, África do Sul e Malauí. O início dessa civilização data do século XI. Eram hábeis criadores e comerciantes, vendiam marfim e ouro e importavam tecidos, cobre, pérolas e porcelanas chinesas Conhecimento africano perpetuado em outras terras. A suposta ausência da escrita dos antigos habitantes do continente africano e o preconceito dos povos dominantes impediu que conhecêssemos seu passado a fundo. Entretanto, apesar da escassez de documentos escritos, há uma grande variedade de objetos, construções e materiais que comprovam as teorias a respeito da antiguidade e desenvolvimento desses povos. A não existência da escrita em diversas nações não impediu as inúmeras descobertas desses povos. As diferentes civilizações africanas foram responsáveis por inúmeras tecnologias trazidas ao Brasil durante o período colonial. A África foi o local onde houve a primeira revolução tecnológica da humanidade: a transição da caça e da coleta de frutos e raízes para a agricultura e a pecuária. A agricultura africana, no vale do rio Nilo, tem aproximadamente 18 mil anos, sendo duas vezes mais antiga do que no Sudoeste Asiático. A pecuária aparece há 15 mil anos, perto da atual Nairobi (Quênia), como uma técnica sofisticada de domesticação de animais que deve ter-se espalhado para os vales dos rios Tigre e Eufrates séculos depois. (NASCIMENTO, 1996, apud SÃO PAULO, 2008). Localidades com chuvas escassas e irregulares requeriam complexas técnicas de agricultura. Mesmo antes da chegada dos europeus ao continente africano, vários povos já conheciam a irrigação, as técnicas de adubagem e cultivavam vários tipos de plantas numa mesma gleba para assegurar a colheita de pelo menos uma delas. O surgimento da escrita é mais um exemplo do desenvolvimento das civilizações africanas. Outro trecho do livro de Nascimento nos mostra esse fato: As diferentes etnias africanas utilizaram veículos diversos para propagar seu saber e sua visão de mundo para as gerações futuras. As sociedades subsaarianas optaram pela transmissão oral, uma de suas marcas culturais. No entanto, as populações africanas próximas ao deserto do Saara e do Sudão legaram a escrita à humanidade.

17 17 Os sistemas de escrita dos akan e dos mandingas originaram a escrita egípcia e meroítica. Hoje está comprovado que a escrita dos faraós veio do Sudão (NASCIMENTO, 1996, apud SÃO PAULO, 2008). Fica claro que alguns povos africanos eram letrados quando comparamos o trecho acima com uma passagem do livro Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre. O autor nos conta que os escravos negros maometanos tinham cultura superior aos povos indígenas e da grande maioria dos colonos brancos, que utilizavam os serviços de padres quando precisavam escrever, até para mandar notícias a seus familiares distantes: O abade Étienne revela-nos sobre o movimento malê da Bahia em 1835 aspectos que quase identificam essa suposta revolta de escravos com um desabafo ou erupção de cultura adiantada, oprimida por outra, menos nobre. [...] O relatório do chefe de polícia da província da Bahia, por ocasião da revolta, o Dr. Francisco Gonçalves Martins, salienta o fato de quase todos os revoltosos saberem ler e escrever em caracteres desconhecidos. Caracteres que se assemelham ao árabe. [...] nas senzalas da Bahia de 1835 havia talvez maior número de gente sabendo ler e escrever que no alto das casas-grandes. (FREYRE, 2006) Além disso, há indícios de que os filósofos gregos como Sócrates, Platão, Tales de Mileto, Anaxágoras e Aristóteles estudaram com sábios africanos. Sendo assim, quase todo o conhecimento científico, religioso e filosófico da Grécia antiga teria sua origem no Egito. Entretanto, não há como comprovar essa informação, visto que as provas foram encobertas pela destruição da Biblioteca de Alexandria, no século I. Segundo Souza e Motta (2003, apud SÃO PAULO, 2008), os conhecimentos médico e sanitário, os cálculos matemáticos e a astronomia também foram originários do continente africano. A mumificação e embalsamento de corpos de faraós e nobres do antigo Egito tiveram como consequência o desenvolvimento da medicina, pois era preciso estudar o interior do organismo humano para essa prática. Conforme relato de Nascimento, outros países além do Egito tinham o conhecimento aguçado sobre a medicina. Na região da atual Uganda, os Banyoros, faziam cirurgia cesariana, operações oftalmológicas para remover a catarata, além do domínio de técnicas de vacinação e da farmacologia. Os povos egípcios também eram capazes de retirar tumores cerebrais. Abaixo, o quadro de Debret retrata um médico negro cuidando dos escravos nas ruas do Rio de Janeiro, demonstra o conhecimento trazido ao Brasil pelos africanos escravizados.

18 18 A astronomia também era uma área de grande conhecimento dos africanos. Souza e Motta (2003, apud SÃO PAULO, 2008) nos relata que foram encontradas, no Quênia em 1973, as ruínas de um observatório astronômico do período pré-histórico na África subsaariana. Outro fato que comprova essa tese seria a descoberta de um sistema de calendário complexo e preciso, baseado nos cálculos astronômicos, que foi desenvolvido por estes povos até o primeiro milênio a.c. As pirâmides do Egito, construídas cerca de 2700 a.c. são outro exemplo do avanço tecnológico das nações africanas, nesse caso, relacionado à matemática, geometria e engenharia. Figura 17 DEBRET, Jean Baptiste. Cirurgião negro colocando ventosas, FONTE: Bandeira; Lago, 2008, p Além de todas as habilidades dos povos egípcios, já mencionadas anteriormente, há também o conhecimento naval. Seus navios eram construídos com estruturas de papiro ou madeira costurada e desde o ano de 2600 a.c., fabricavam navios de grande porte, com capacidade superior às embarcações europeias, criadas muitos anos mais tarde. Também eram conhecedores das rotas marítimas, chamadas rios no meio do mar. Esses conhecimentos africanos proporcionaram a chegada dos europeus às Américas. Isso porque os portugueses, durante o século XV, período que traficavam matérias-primas e pessoas da África ocidental para a Europa, descobriram e se apropriaram das cartas náuticas dos africanos que traçavam as rotas marítimas para o ocidente. As técnicas de mineração do ouro eram conhecidas em várias regiões da África desde o século XVI a.c., como Gana, Mali, Núbia, entre outras. O ouro era extraído da natureza por meio do sistema de lavagem na bateia e também escavando minas. Transformavam o ouro em artefatos, moedas e até pó para facilitar o transporte do metal. Também dominavam técnicas

19 19 de metalurgia e manufatura têxtil. Transformavam ferro em facas e enxadas e em seus pequenos teares teciam belíssimos tecidos, como os chamados panos da costa Tradição da transmissão oral dos conhecimentos A escrita é uma coisa, e o saber, outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si. O saber é uma luz que existe no homem. A herança de tudo aquilo que nossos ancestrais vieram a conhecer e que se encontra latente em tudo o que nos transmitiram, assim como o baobá já existe em potencial em sua semente. (Tierno Bokar) 6 Para as civilizações africanas baseadas na oralidade, a palavra seria sagrada, pois ela é força, é divina e comunica os desejos e ensinamentos do Deus Supremo ao primeiro homem e esse a seus descendentes, conforme relato de Bâ (2010, p ): A tradição bambara do Komo 7 ensina que a Palavra, Kuma, é uma força fundamental que emana do próprio Ser Supremo, Maa Ngala, criador de todas as coisas. Ela é o instrumento da criação: Aquilo que Maa Ngala diz, é!, proclama o chantre do deus Komo. [...] O mito da criação do universo e do homem [...] revela-nos que quando Maa Ngala sentiu falta de um interlocutor, criou o Primeiro Homem: Maa. [...] Síntese de tudo o que existe, receptáculo por excelência da Força suprema e confluência de todas as forças existentes, Maa, o Homem, recebeu de herança uma parte do poder criador divino, o dom da Mente e da Palavra. Maa Ngala ensinou a Maa, seu interlocutor, as leis segundo as quais todos os elementos do cosmo foram formados e continuam a existir. Ele o intitulou guardião do Universo e o encarregou de zelar pela conservação da Harmonia universal. Por isso é penoso ser Maa. Iniciado por seu criador, mais tarde Maa transmitiu a seus descendentes tudo o que havia aprendido, e esse foi o início da grande cadeia de transmissão oral iniciatória da qual a ordem do Komo (como as ordens do Nama, do Kore, etc., no Mali) diz-se continuadora. [...] A tradição africana, portanto, concebe a fala como um dom de Deus. Ela é ao mesmo tempo divina no sentido descendente e sagrada no sentido ascendente. [...] A fala é força, [...] porque ela cria uma ligação de vaivém (yaa warta, em fulfulde) que gera movimento e ritmo, e, portanto, vida e ação. Este movimento de vaivém é simbolizado pelos pés do tecelão que sobem e descem. As nações africanas, habitantes do Saara até o sul do continente não sentiam a necessidade do uso da palavra escrita, tinham o hábito de utilizarem a transmissão oral na educação de seu povo. Uma sociedade oral reconhece a fala não apenas como um meio de comunicação diária, mas também como um meio de preservação da sabedoria dos ancestrais [...]. A tradição pode ser definida, de fato, como um testemunho transmitido verbalmente de uma geração para outra. (VANSINA, 2010, p ) 6 BÂ, 2010, p Uma das grandes escolas de iniciação do Mande (Mali).

20 20 O fato da ausência da escrita até o século XVI não impediu que as pessoas mantivessem suas tradições. Segundo Vansina (2010, p. 140), a oralidade é uma atitude diante da realidade e não a ausência de uma habilidade. O preconceito acerca da oralidade africana se dá, segundo Vansina (2010), porque estudiosos e historiadores letrados acreditavam que os povos africanos não tinham cultura, as tradições transmitidas oralmente eram apenas histórias para crianças, como contos de fadas, brincadeiras e canções de criança. Tudo que uma sociedade considera importante para o perfeito funcionamento de suas instituições, para uma correta compreensão dos vários status sociais e seus respectivos papéis, para os direitos e obrigações de cada um, tudo é cuidadosamente transmitido. Numa sociedade oral isso é feito pela tradição, enquanto numa sociedade que adota a escrita, somente as memórias menos importantes são deixadas à tradição. (VANSINA, 2010, p. 146) Sendo assim, o que era realmente importante à preservação dos ensinamentos, das tradições e funcionamento das aldeias era comunicado oralmente durante as atividades cotidianas, sem a necessidade de um registro escrito. Bâ (2010, p. 168) enfatiza que não importa se o testemunho seja escrito ou oral, ele é um relato humano e como tal é influenciado pela interpretação e valores daquele que o transmite, portanto vale o que vale o homem. Portanto, não há como avaliar se o testemunho escrito é mais fidedigno do que o testemunho oral transmitido de geração a geração. Mais tarde, os relatos e as histórias que compunham as memórias e heranças culturais de uma etnia passaram a ser registradas graficamente como forma de garantir e eternizar a tradição oral. Dessa forma, foi possível conhecer essas histórias mesmo não sendo um descendente direto da tradição. Certamente esse registro não tem o mesmo encanto dos contos orais, porém, perpetuaram as principais ideias O comércio de escravos Como já comentado anteriormente, diversos povos africanos dominavam técnicas avançadas de agricultura e mineração muito antes dos portugueses, sendo hábeis na arte e no conhecimento da metalurgia e da siderurgia. Os iorubás, por exemplo, já trabalhavam o cobre e o estanho quando foram escravizados pelos europeus. Os portugueses foram apresentados às ferramentas agrícolas pelos ganenses e os nigerianos, visto que as enxadas de ferro eram

21 21 essenciais à economia do Daomé, produtos mais importantes manufaturados pelo país africano. Seus ferreiros eram reverenciados pelo povo, assim como os bons artesãos. A maioria dos africanos escravizados foi retirada da África ocidental. Segundo Milton Meltzer (2004, apud SÃO PAULO, 2008): de 65% a 75% dos escravizados eram das regiões ao norte do rio Congo. Uma grande parcela dos cativos pertencia a povos que viviam onde se situam Daomé, Gana e Nigéria. Esses cativos eram homens que haviam cometido algum delito, derrotados nas guerras tribais, ou capturados no interior do território e trazidos às Américas por meio de navios negreiros ou tumbeiros, que atravessavam o oceano Atlântico. Figura 18 Mapa da rota do tráfico transatlântico FONTE: Munanga, 2009, p. 87. O escravismo era um sistema muito lucrativo. Os portugueses compravam seus cativos no continente africano, e em troca, pagavam com os produtos provenientes de suas colônias, como por exemplo, o fumo da Bahia ou tecidos finos da Índia, punhais e espadas trabalhadas, aguardente, bebidas destiladas, pólvora, açúcar, louças, vidros, miçangas, conchas, algodão. Os navios nunca transitavam vazios. Os vendedores eram os povos que viviam exclusivamente desse comércio, como os Reinos de Abomé e Achanti, entre outros. O navio era capaz de transportar aproximadamente 450 capturados, porém levava frequentemente 600 pessoas. Dentro dos navios a situação era precária: superlotação, falta de higiene, as doenças se transformavam em epidemias e causavam muitas mortes.

22 22 Figura 19 Representação de um Navio Negreiro. FONTE: Wikipédia, s.d. Figura 20 RUGENDAS, Johann Moritz. Navio Negreiro. Século XIX. FONTE: Wikipédia, s.d. Acredita-se que o tráfico negreiro para as Américas tenha sido responsável pela morte de 60 milhões de africanos. morriam: Segundo Munanga, cerca de 50% dos negros capturados Cinco etapas terríveis marcaram o tráfico: 1) captura dos nativos no interior da África; 2) transferência para os portos da costa africana; 3) armazenamento nesses portos, onde os negros aguardavam a chegada dos navios negreiros; 4) transporte para outros países nos navios tumbeiros; e 5) armazenamento nos portos de desembarque, onde eram recuperados para serem vendidos. (MUNANGA, 2009, p. 81) Os negros escravizados sobreviventes faziam todos os trabalhos manuais e pesados na lavoura ou nas minas; nas casas dos senhores, como amas, criadas e mucamas; eram artesãos, pedreiros, carpinteiros, alfaiates, cozinheiros, vendedores ambulantes.

23 23 Juntamente com os africanos, recebemos também em nosso país seus conhecimentos e técnicas de cultivo da terra, mineração, tecelagem, olaria, serralheria, metalurgia, sua cultura, religião, costumes, línguas que ao se misturarem aos costumes brasileiros da época formaram a nossa nação Diferença entre ser escravo na África e no Brasil A definição da palavra escravidão 8, encontrada no dicionário é a seguinte: condição de quem é escravo, falta de liberdade, servidão. A escravidão é bem mais antiga do que o tráfico dos povos africanos. O trabalho escravo ocorreu em várias civilizações, em diferentes épocas: Egito, Babilônia, Grécia, Roma, Índia, Américas, diversos países da África, Ásia e Oceania. Os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Na África antiga, não existiu um sistema escravista como o brasileiro, mas um sistema de cativeiro estruturado em função da guerra e de dívidas. O indivíduo era cativo em decorrência de espólio de guerra ou dívida. A pena era estabelecida pelo credor e vigorava até o pagamento. Havia regras que impediam o devedor se ser cativo para sempre e de perder sua identidade pessoal ou mesmo étnico-nacional quando pertencente a outro grupo social e cultural. Esses cativos pagavam a dívida em forma de tributos, não perdiam a terra, ou a identidade. Geralmente faziam trabalhos mais pesados. Podiam se casar e suas famílias até chegavam a fazer parte do grupo social que os escravizava. Um estudioso da cultura africana Achanti, Robert Sutherland Rattray, citado por Meltzer, descreveu essa situação: Um escravo podia casar-se; ter propriedade; ele mesmo possuir um escravo; prestar juramento; ser testemunha competente; e por fim tornar-se herdeiro de seu senhor. [...] em poucas palavras, eram estes os direitos de um escravo Ashanti. Em muitos casos pareciam praticamente os mesmos privilégios normais de um homem livre Ashanti. [...] Nove de cada dez escravos Ashanti possivelmente tornavam-se membros adotados da família; e logo seus descendentes se misturavam e se casavam com parentes do proprietário, de modo que só alguns conheciam sua origem. (apud SÃO PAULO, 2008). Entretanto, há enorme diferença entre ser escravizado na África e no Brasil. No Brasil significava muito mais que a ausência de liberdade, o negro era desumanizado, transformado 8 Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis: index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=escravidão. Acesso em 04 ago

24 24 em mercadoria, visto como objeto de propriedade, deveria se curvar aos desejos e necessidades de seu dono de forma submissa. Figura 21 O Estado de São Paulo Reclames do Estadão notícia publicada em 4/jan/1881. FONTE: Scholz, dez Figura 22 Jornal O Estado de São Paulo Reclames do Estadão notícia publicada em 14/abr/1880. FONTE: Scholz, 2011a. Os proprietários tentavam dominar até as lembranças de seus escravos. Antes de entrarem nas embarcações que levariam os africanos às Américas, os cativos eram obrigados a darem várias voltas em torno um enorme baobá, árvore sagrada no Benim. Isso porque, segundo a tradição, o baobá apagaria as recordações de sua terra natal e de seus antepassados. Dessa forma, sem memória individual e coletiva, seria mais fácil sobreviver numa terra desconhecida e distante. Perdiam também sua identidade. Ainda nos portos, os negros eram forçados a abandonar seu nome original, eram batizados e recebiam um nome de origem cristã portuguesa, acompanhado de sobrenome que representava sua nação, etnia, porto de embarque ou cidade natal e ainda eram separados de seus familiares. Aqueles que sobreviviam à travessia eram obrigados a conviver nos alojamentos, no navio e posteriormente nas senzalas com povos de diferentes nações africanas, amigas ou inimigas, com costumes e línguas distintas, além de serem obrigados a servirem ao mesmo senhor. Para evitar revoltas, os senhores plantavam a discórdia entre os habitantes das senzalas, dessa forma acreditava-se que os escravos não se uniriam contra seu proprietário. Além disso, eram castigados com chicotes, grilhões, máscaras, queimaduras, tinham partes dos seus corpos mutilados e eram presos ao tronco sendo açoitados por várias horas.

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