AGENTES QUÍMICOS E A SAÚDE DO TRABALHADOR
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- João Pedro Amarante Clementino
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1 A CONSTITUIÇÃO E A SAÚDE DO TRABALHADOR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) AGENTES QUÍMICOS E A SAÚDE DO TRABALHADOR O TEXTO DA CARTA MAGNA, EM SEU ARTIGO 198, AFIRMA QUE...AS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE INTEGRAM UMA REDE REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA E CONSTITUEM UM SISTEMA ÚNICO... E, EM SEU ARTIGO 200, ESTÁ DEFINIDO QUE... AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COMPETE... EXECUTAR AS AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR... POR FÁBIO B.G. DE CASTRO JUNHO DE 2010 A CONSTITUIÇÃO E A SAÚDE DO TRABALHADOR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) A LEI ORGÂNICA DA SAÚDE (LEI FEDERAL 8080/90), EM SEU ARTIGO 6º, PARÁGRAFO 3º, REGULAMENTA OS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS SOBRE SAÚDE DO TRABALHADOR, DA SEGUINTE FORMA:... UM CONJUNTO DE ATIVIDADES QUE SE DESTINA, ATRAVÉS DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E VIGILÂNCIA SANITÁRIA, À PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DA SAÚDE DOS TRBALHADORES, ASSIM COMO VISA À RECUPERAÇÃO E REABILITAÇÃO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES SUBMETIDOS AOS RISCOS E AGRAVOS ADVINDOS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO, ABRANGENDO: I- ASSISTÊNCIA AO TRABALHADOR VÍTIMA DE ACIDENTES DE TRABALHO OU PORTADOR DE DOENÇA PROFISSIONAL E DO TRABALHO; A CONSTITUIÇÃO E A SAÚDE DO TRABALHADOR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) II PARTICIPAÇÃO, NO ÂMBITO DE COMPETÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), EM ESTUDOS, PESQUISAS, AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS E AGRAVOS POTENCIAIS À SAÚDE EXISTENTES NO PROCESSO DE TRABALHO; III PARTICIPAÇÃO, NO ÂMBITO DE COMPETÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), DA NORMATIZAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, EXTRAÇÃO, ARMAZENAMNETO, TRANSPORTE, DISTRIBUIÇÃO E MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS, DE PRODUTOS, DE MÁQUINAS E DE EQUIPAMENTOS QUE APRESENTAM RISCOS À SAÚDE DO TRABALHADOR; A CONSTITUIÇÃO E A SAÚDE DO TRABALHADOR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) IV AVALIAÇÃO DO IMPACTO QUE AS TECNOLOGIAS PROVOCAM À SAÚDE; V INFORMAÇÃO AO TRABALHADOR E À SUA RESPECTIVA ENTIDADE SINDICAL E ÀS EMPRESAS SOBRE OS RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO, DOENÇA PROFISSIONAL E DO TRABALHO, BEM COMO OS RESULTADOS DE FISCALIZAÇÕES, AVALIAÇÕES AMBIENTAIS E EXAMES DE SAÚDE, DE ADMISSÃO, PERIÓDICOS E DE DEMISSÃO, RESPEITADOS OS PRECEITOS DA ÉTICA PROFISSIONAL; A CONSTITUIÇÃO E A SAÚDE DO TRABALHADOR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) VII REVISÃO PERIÓDICA DA LISTAGEM OFICIAL DE DOENÇAS ORIGINADAS NO PROCESSO DE TRABALHO, TENDO NA SUA ELABORAÇÃO A COLABORAÇÃO DAS ENTIDADES SINDICAIS; E VIII A GARANTIA AO SINDICATO DOS TRABALHADORES DE REQUERER AO ÓRGÃO COMPETENTE A INTERDIÇÃO DE MÁQUINA, DE SETOR DE SERVIÇO OU DE TODO O AMBIENTE DE TRABALHO, QUANDO HOUVER EXPOSIÇÃO A RISCO IMINENTE PARA A VIDA OU SAÚDE DOS TRABALHADORES. VI PARTICIPAÇÃO NA NORMATIZAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO TRABALHADOR NAS INSTITUIÇÕES E EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS;
2 SAÚDE DO TRABALHADOR COMPETÊNCIA DO SUS CARÁTER INTRASETORIAL CARÁTER INTERSETORIAL 120 GRANDES E MÉDIAS EMPRESAS ELETROELETRÔNICO FARMACÊUTICO QUÍMICO PLÁSTICOS VIDROS METALÚRGICO TÊXTIL TRANSPORTES PAPEL E CELULOSE ALIMENTOS BEBIDAS FUMOS E SERVIÇOS ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EMPREGAVAM 100,45 MIL FUNCIONÁRIOS EM 2002 EM 2002 O NÚMERO DE ACIDENTES COM AFASTAMENTO TOTALIZOU % MAIS QUE EM % MAIS QUE EM 2000 TOTAL DE DIAS PERDIDOS DE % MAIS QUE EM ,6 % MAIS QUE EM 2000 MÉDIA DE DIAS PERDIDOS POR EMPRESA: 28,57 EM ,35 EM 2002 EM 2002 OS AFASTAMENTOS CUSTARAM ÀS EMPRESAS EM SALÁRIOS E DESPESAS MÉDICAS APROXIMADAMENTE R$ 12,5 MILHÕES. 67 % MAIS QUE EM 2001.
3 TEMOS ENTÃO UM QUADRO MUITO PREOCUPANTE... E O QUE FAZER? AS EMPRESAS PRECISAM IMPLEMENTAR A EDUCAÇÃO DOS TRABALHADORES, ATRAVÉS DE CAMPANHAS DE PREVENÇÃO E TREINAMENTO, E PARALELAMENTE REFORÇAR A MELHORIA DA SEGURANÇA EM SEUS PROCESSOS. NR-9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) Objetivo Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. ALGUMAS FONTES DE RISCO À SAÚDE DO TRABALHADOR: AGENTES FÍSICOS AGENTES BIOLÓGICOS AGENTES QUÍMICOS NR-7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional ) Objetivo Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. AGENTES QUÍMICOS
4 FATORES INTRÍNSECOS FATORES EXTRÍNSECOS FATORES AMBIENTAIS SÃO AQUELES PRESENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO. FATORES AMBIENTAIS TRABALHADOR EFEITO RESPOSTA FATORES RELACIONADOS À EMPRESA CONDIÇÕES DA EXPOSIÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO; CARACTERÍSTICAS DA EXPOSIÇÃO; ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO; TRABALHO EM TURNO; EXPOSIÇÃO COMBINADA A DIFERENTES AGENTES QUÍMICOS. NULA LEVE MODERADA SEVERA MORTE FATORES EXTRÍNSECOS SÃO AQUELES RELACIONADOS AOS HÁBITOS DO TRABALHADOR. FATORES INTRÍNSECOS SÃO AQUELES RELACIONADOS À PESSOA DO TRABALHADOR. NUTRIÇÃO; HÁBITO DE FUMAR; CONSUMO DE ÁLCOOL; CONSUMO DE MEDICAMENTOS; HIGIENE PESSOAL; EDUCAÇÃO OU CAPACITAÇÃO. IDADE; SEXO; OBESIDADE; FATORES GENÉTICOS; SUSCETIBILIDADE PESSOAL. FATORES RELACIONADOS À EMPRESA COMO CONTROLAR O RISCO CONHECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS E POLÍTICAS DA EMPRESA; PROGRAMAS RELACIONADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR; CIPA; SESMT. O CONTROLE DO RISCO SIGNIFICA A DIMINUIÇÃO OU A POSSÍVEL ELIMINAÇÃO DE O AGENTE QUÍMICO VIR A PROVOCAR O DANO. NÃO SENDO POSSÍVEL TEMOS: MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA
5 LEVANTAMENTO DOS AGENTES INVENTÁRIO DE AGENTES QUÍMICOS FORMA DOS AGENTES QUÍMICOS GASES / VAPORES AEROSÓIS ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM SELEÇÃO DOS TRABALHADORES A MEDIR SELEÇÃO DAS CONSIDÇÕES DE MEDIÇÃO PROCEDIMENTO DA MEDIÇÃO» SÓLIDOS: POEIRA / FUMOS / FUMOS METÁLICOS» LÍQUIDOS: NÉVOAS / NEBLINAS AMOSTRAGEM DOS AGENTES ANÁLISE LABORATORIAL SEGUNDO PROCEDIMENTOS INTERNACIONALMENTE ACEITOS ( EM GERAL NIOSH, OSHA ) MÉTODOS ATIVOS MÉTODOS PASSIVOS CROMATOGRAFIA ESPECTROFOTOMETRIA POTENCIOMETRIA GRAVIMETRIA ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS VARIAÇÕES (AMOSTRAGEM, ANALÍTICA E AMBIENTAIS) CÁLCULO DO LIMITE DE CONFIANÇA PROBALIDADE DE SOBREEXPOSIÇÃO LEVANTAMENTO DOS TRABALHADORES EXPOSTOS REALIZAÇÃO DE EXAMES PERIÓDICOS CLÍNICOS INDICADORES BIOLÓGICOS DE EXPOSIÇÃO REGISTRO INTERPRETAÇÃO CONDUTA MÉDICO-ADMINISTRATIVA COMUNICAÇÃO DO RESULTADO
6 REALIZAÇÃO DE EXAMES PERIÓDICOS REALIZAÇÃO DE EXAMES PERIÓDICOS CLÍNICOS INDICADORES BIOLÓGICOS DE EXPOSIÇÃO EFEITOS DOS AGENTES QUÍMICOS SOBRE A SAÚDE DO TRABALHO INTOXICAÇÃO AGUDA DOSE X RESPOSTA INTOXICAÇÃO SUBAGUDA INTOXICAÇÃO CRÔNICA INTOXICAÇÃO AGUDA ALTERAÇÃO GRAVE DO ESTADO DE SAÚDE, MANIFESTANDO-SE EM UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO. EXPOSIÇÃO A UMA ÚNICA DOSE OU DOSES MÚLTIPLAS EM CURTO ESPAÇO DE TEMPO, EM GERAL MENOR QUE 24 HORAS. ABSORÇÃO RÁPIDA DO XENOBIONTE PELO ORGANISMO. INTOXICAÇÃO SUBAGUDA ALTERAÇÃO MENOS GRAVE DO ESTADO DE SAÚDE DO QUE A INTOXICAÇÃO AGUDA, MANIFESTANDO-SE EM DIAS OU SEMANAS. EXPOSIÇÃO A DOSES FREQUENTES E REPETIDAS EM UM ESPAÇO DE TEMPO DE DIAS A SEMANAS. INTOXICAÇÃO CRÔNICA O XENOBIONTE É ABSORVIDO EM PEQUENAS DOSES REPETIDAS AO LARGO DE UM ESPAÇO DE TEMPO LONGO, HAVENDO UMA MANIFESTAÇÃO TARDIA.
7 AGENTE QUÍMICO: TOLUENO INDICADOR BIOLÓGICO DE EXPOSIÇÃO:ÁCIDO HIPÚRICO TRABALHADORES GERALMENTE EXPOSTOS: profissionais das indústria metalúrgica, calçados, moveleira, petroquímica, perfumes, tintas, vernizes, resinas, colas, pesquisadores científicos, trabalhadores de curtumes, gráficas e serigrafias, pintores, sapateiros, laboratoristas, misturadores de combustíveis para aviões, laminadores, mecânicos, entre outros. TOXICIDADE O tolueno penetra no organismo principalmente por via respiratória, sua ação predominante é depressão do sistema nervoso central. Manifestações sistêmicas decorrentes da exposição cutânea a vapores de tolueno são pouco prováveis. O contato prolongado com a pele provoca ressecamento, fissuras e dermatites. A exposição crônica pode causar distúrbios psíquicos e doenças neurológicas. Há relatos de casos de anemias que reverteram após cessada a exposição dos indivíduos com o produto. Amostragem: Coletar uma amostra de urina no final da jornada de trabalho. Mínimo 50 ml, em frasco de vidro âmbar ou de polietileno. Pode-se fazer a diferença entre pré e pós-jornada de trabalho. Conservação: guardar em geladeira a 4ºC. Valor de referência: até 1,5 g/g creatinina (NR-7). Índice biológico máximo permitido: até 2,5 g/g creatinina (NR-7). Interferentes A maior utilização do ácido hipúrico como indicador biológico é na avaliação da exposição de grupos de trabalhadores. Sua aplicação como indicador de exposição individual ao tolueno é limitada a exposições elevadas ou moderadas, já que seus níveis endógenos são altos. Interferentes O ácido hipúrico é também metabólito de alimentos que contenham ácido benzóico e seus precursores (ameixa, pêssego, café) ou conservantes à base de benzoato (bebidas e enlatados). Medicamentos com os princípios ativos fenoprobamato, isocarboxazida, dietilpropiona e salicilatos ou drogas, como a cocaína, irão provocar um aumento nas concentrações de ácido hipúrico na urina. Interferentes As mulheres apresentam níveis urinários mais elevados devido à maior concentração endógena. O álcool combinado ao fumo diminui sua concentração na urina. O n-hexano interfere na metabolização do tolueno.
8 MUITO OBRIGADO!!!
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