Avaliação histórica e do seguimento. dos profissionais da saúde com exposição. acidental a materiais biológicos atendidos no

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Avaliação histórica e do seguimento. dos profissionais da saúde com exposição. acidental a materiais biológicos atendidos no"

Transcrição

1 ESPERANÇA SANTOS DE ABREU Avaliação histórica e do seguimento dos profissionais da saúde com exposição acidental a materiais biológicos atendidos no Instituto de Infectologia Emilio Ribas no período de 1985 a 2001 São Paulo 2005

2 Esperança Santos de Abreu Avaliação histórica e do seguimento dos profissionais da saúde com exposição acidental a materiais biológicos atendidos no Instituto de Infectologia Emilio Ribas no período de 1985 a 2001 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde para Obtenção do Título de Mestre em Ciências Área de concentração: Infectologia em Saúde Pública. Orientadora: Profa. Dra. Maria Luiza Moretti São Paulo 2005 ii

3 Abreu, Esperança Santos de Avaliação histórica e do seguimento dos profissionais da saúde com exposição acidental aos materiais biológicos atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas no período de 1985 a 2001 / Esperança Santos de Abreu São Paulo, Dissertação (mestrado) Programa de Pós-Graduação em Ciências da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Área de concentração: Infectologia em Saúde Pública Orientadora: Maria Luiza Moretti 1. Riscos ocupacionais 2. Exposição ocupacional 3. Hospitais 4. Acidentes de trabalho SES/CCD/CD-065/05 iii

4 DEDICATÓRIA ESPECIAL À Marta de Oliveira Ramalho, co-orientadora e amiga, pelo apoio, compreensão, e contribuição constante durante a realização deste trabalho. A amizade e o interesse tornaram este período uma experiência gratificante superando os objetivos iniciais. iv

5 DEDICATÓRIA Ao Joarês, companheiro de longa jornada com muito amor, por ser essa pessoa com quem compartilho a minha vida e me incentiva dando todo apoio. À Márcia e Mauro, meus filhos queridos, agradeço a paciência e o incentivo que sempre me deram tão necessário para o meu crescimento. Elisângela Nascimento e Adriana Santos, pessoas queridas sempre solicitas e prestativas pelo carinho. A minha querida mãe, Maria Clotilde, pela dedicação, carinho e apoio em todos os dias de sua vida. (in memorium) Ao Amâncio, irmão querido com muito carinho e admiração (in memorium) Às minhas irmãs Aida e Jacinta, que muito amo, espero que elas também consigam realizar os seus sonhos. A todos os meus familiares, pelo espírito de luta que sempre norteou todos os dias dessa família. v

6 AGRADECIMENTOS À Profa. Dra. Maria Luiza Moretti, orientadora, por seus ensinamentos e pelo apoio, confiança e paciência no desenvolvimento deste trabalho. À Maria Ângela Santos Pezzani, pela ajuda constante, amizade e carinho que sempre teve para comigo. À Adriana Maria da Costa Silva, pessoa sensível e amiga sempre me ajudando nos assuntos de informática. À Maria Eugenia Lemos Fernandes, por seu exemplo de dedicação, e por ser essa pessoa amiga que muito me incentivou para estar no Mestrado. À Maria Francisca da Silva, por seu exemplo de esforço e dedicação, e por ser essa pessoa amiga que muito me ajudou neste trabalho. Ao Francisco Ivanildo e José Mauro que ouviram minhas lamentações e muito cooperaram com sua amizade. vi

7 A Sara Laranjeira, amiga sempre solícita e prestativa em todos os momentos.. Aos colegas do Curso de Mestrado, pelo agradável convívio e companheirismo incentivadores desde o início do Curso até os preparativos finais. Aos amigos da CCIH do IIER - Rosana, Christiane e Regia que cooperaram muito para o termino desta tese agradeço de coração. A todos os amigos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas pela compreensão e apoio durante a realização de todo o Curso Aos profissionais da biblioteca do IIER pela paciência e atenção. A Adriana pela ajuda na construção dos bancos de dados e dedicação nesta fase do estudo. vii

8 RESUMO Avaliação histórica e do seguimento dos profissionais da saúde com exposição acidental a materiais biológicos atendidos no Instituto de Infectologia Emilio Ribas no período de 1985 a 2001 Abreu, ES; Moretti, ML Os profissionais de saúde têm sido constantemente expostos aos riscos associados à sua atividade. Com o aparecimento da Aids, a preocupação com acidentes envolvendo material biológico aumentou consideravelmente tendo sido elaboradas recomendações para orientar e diminuir o risco desses acidentes. O risco dos acidentes envolvendo sangue e fluido corpóreo está associado a vários fatores como: o tipo de acidente, o paciente fonte, o material envolvido e as situações de ocorrência. O objetivo deste estudo foi caracterizar os acidentes ocupacionais com exposição aos materiais biológicos, em profissionais de saúde, atendidos pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar no Instituto de Infectologia Emílio Ribas no período de 1985 a O estudo compreendeu dois períodos: o primeiro período de junho de 1985 a setembro de 1999, no qual ocorreram 922 acidentes, e o segundo, de outubro de 1999 a até dezembro de 2001, quando foram registrados 1024 acidentes. Foram estudados: a adesão e efeitos colaterais dos anti-retrovirais utilizados na profilaxia pós-exposição; a ocorrência de soroconversão para hepatite B e C e viii

9 para o HIV e a adesão ao seguimento pós-exposição ocupacional dos profissionais da saúde. No presente estudo, houve predomínio de profissionais do sexo feminino de 78,4% no primeiro período e de 80,1% e no segundo período. O tempo prévio na função foi menor que 6 meses em 22% dos acidentados no primeiro período e em 13,5% no segundo período e foi maior que 24 meses em 12,9% e 49,4% no primeiro e segundo período, respectivamente. A categoria que sofreu maior número de acidentes foi a de auxiliares de enfermagem nos dois períodos (32,7% - 1 o. período e 37,9% -2 o. período). O maior número de acidentes ocorreu nas enfermarias: 47,3% no 1 o. período e 21,8% no segundo período. Houve um aumento de acidentes do 1 o. para o 2 o. período no Pronto Socorro (de 12,6% para 19%) e na Unidade de Terapia Intensiva (de 7,4% para 9,1%). Os acidentes perfurocortantes representaram 70,6% e 79,8% no 1 o. e 2 o. períodos, respectivamente. O principal material biológico envolvido foi o sangue nos dois períodos (90% 1 o período e 55,9% 2 o período). A maioria dos acidentes foi classificada como auto-acidente 36,9% e 41,2% no 1 o e 2 o períodos, respectivamente. O descarte inadequado como causa do acidente, representou 15% do total dos acidentes e o reencape de agulhas, representou 3% do total das causas. A fonte era conhecida para 73,9% dos acidentes no segundo período. Em ambos os períodos as sorologias dos pacientes-fonte foram colhidas de forma irregular. Ao se avaliar o uso de anti-retrovirais pelos pacientes-fonte portadores de HIV, observou-se que 41% destes fizeram uso de anti-retrovirais no primeiro período e 69% no segundo período. No primeiro período, entre os profissionais acidentados e com informação sobre o esquema vacinal (433 de 922 ix

10 acidentes) para hepatite B, 40,9% não tinham recebido nenhuma dose da vacina. No segundo período, somente 26% dos acidentados relataram não ter recebido nenhuma dose da vacina para hepatite B. A conduta pós acidente mais adotada no primeiro período foi a vacinação para hepatite B (26% dos acidentes) e, no segundo período, foi a administração de anti-retrovirais (45,6% dos acidentes). A conduta profilática com anti-retrovirais, pós-acidente, foi indicada em 15,2% no primeiro período e em 75,8% no segundo período. No primeiro período, os anti-retrovirais mais indicados foram: AZT+3TC+Indinavir, em 52,5% dos casos dos acidentes e, no segundo período, o AZT+3TC foram indicados em 80,4% dos acidentes. A prevalência de efeitos colaterais, relacionados aos ARV no 1 o e 2 o período, foi de 41,8% e 53,9%, respectivamente. O abandono foi importante nos dois períodos, ocorrendo em 49,1% dos acidentes no primeiro e 41,6%, no segundo período. Em relação às conseqüências graves aos acidentes, um profissional da saúde apresentou soro-conversão para hepatite B e outro para hepatite C. Durante o período do estudo, ocorreram dois óbitos, entre os acidentados. Em relação ao tempo de seguimento dos profissionais acidentados, no 1 o. período, 40,2% e no 2 o. período, 50,2%, tiveram menos de 1 mês de seguimento. O acompanhamento por até 12 meses aconteceu em 6,8% dos profissionais no 1 o período e em 8,1% no 2 o período. x

11 ABSTRACT Follow-up and Historical Evaluation of Healthcare Workers with Accidental Exposure for Biological Materials Attended at Emilio Ribas Infectious Diseases Institute, Sao Paulo, Brazil, from 1985 through 2001 Abreu, ES; Moretti, ML Healthcare workers have been constantly exposed to associated risks to their activities. Together with AIDS, the concern with accidents envolving biological materials have increased considerably having been elaborated recommendations orienting and diminishing risks related with those accidents. Accident risks envolving blood and body fluids are associated with many factors such as type of accident, source-patient, material envolved and occurrence situations. The aim of this study was to characterize occupational accidents with exposure to biological materials of healthcare workers attended by Hospital Infection Control Commission at Emilio Ribas Infectious Diseases Institute (IIER) from 1985 through The study took two periods: the first one from June 1985 through September 1999 and the second one from October 1999 through December Adherence and side effects of antiretroviral (ARV), used in the post-exposure prophylaxis; occurrence of seroconversion for Hepatitis B and C and HIV and also adherence to occupational post-exposure follow-up of health workers. In this study there was a women prevalence of xi

12 78.4% in the first period and 80.1% in the second period. The previous time in function was less than 6 months in 22% in the first period and 13.5% in the second period and was high than 24 months in 12.9% and 49.4% in the first and second period, respectively. Nursing assistant was the category which suffer major number of accidents into two periods (32.7% - 1st period and 37.9% - 2nd period). Wards were the place where occurred major number of accidents: 47.3% in 1st period and 21.8% in 2nd period. There were an increase of accidents from 1st to 2nd period in Emergency Room (from 12.6% to 19%) and in the Intensive Care Unit (from 7.4% to 9.1%). Accidents with needlestick and other sharps injuries represented 70.6% and 79.8% in the 1st and 2nd periods, respectively. The primary biological material envolved was blood in two periods (90.0% 1st period and 55.9% 2nd period). Most of accidents were classified as self accident in 36.9% and 41.2% in 1st and 2nd periods, respectively. Inadequate disposal as an accident cause represented 15.0% of overall accidents and the re-wrap of needles as an accident cause was low representing only 3.0% of overall accident causes. The source was known for 73.9% of accidents in the 2nd period. In both periods serologies of sourcepatient were collected of irregular manner. For evaluation the use of ARV by HIV-positive source-patients it was observed that 41.0% of those patients have used ARV in the 1st period and 69.0% in the 2nd period. In the same period among accidented healthcare workers and with information about vaccine design (433 of 922 accidents) for Hepatitis B, 40.9% did not have received no dose of vaccine. In the 2nd period only 26.0% of accidented healthcare workers related not have received no dose of vaccine for Hepatitis B. The conduct most xii

13 adopted in the 1st period was vaccination for Hepatitis B (26.0% of accidents) and in the 2nd period was the administration of ARV (45.6% of accidents). The prophylactic conduct with ARV post-exposure was indicated in 15.2% in the 1st period and in 75.8% in the 2nd period. In the 1st period, the ARV most indicated were: AZT + 3TC + Indinavir in 52.5% of accident cases and in the 2nd period AZT + 3TC were indicated in 80.4% of accidents. Prevalence of side effects related to ARV in the 1st and 2nd periods was 41.8% and 53.9%, respectively. Neglect was important in two periods with 49.1% in the 1st period and 41.6 in the 2nd period. Related to adverse reactions to accidents, one healthcare workers presented seroconversion for Hepatitis B and other one for Hepatitis C. During study period occurred two deaths. In relation to follow-up time of accidented healthcare workers they had less than one month of follow-up with 40.2% in the 1st period and 50.2% in the 2nd period. Follow-up for up 12 months happened in 6.8% of healthcare workers in the 1st period and 8.1% in the 2nd period. Accidents where source-patient was known were registered 353 needlestick and other sharps injuries with blood exposure of HIV-positive patient; 26 accidents to HBV-positive source-patient and 33 exposures to HCVpositive patient. xiii

14 LISTA DE ABREVIAÇÕES 3TC aids ALT AST Anti-HBc Anti-HBs Anti-HIV Anti-HCV ARV AZT CCIH CDC DNA DST EC Elisa EPI HBeAg HBsAg EPINet EUA HbeAg Lamivudina Síndrome da imunodeficiência adquirida Alanina aminotransfease Aspartato aminotransferase Anticorpo contra o antígeno c da Hepatite B Anticorpo contra o antígeno s da Hepatite B Anticorpo contra o vírus da imunodeficiência humana Anticorpo contra o vírus da hepatite C Anti-retroviral Zidovudina Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Centers for Disease Control and Prevention Ácido desoxirribonucléico Doenças Sexualmente Transmissíveis Efeitos Colaterais Enzyme linked immunosorbent assay Equipamento de Proteção Individual Antígeno e do vírus da Hepatite B Antígeno s do vírus da Hepatite B Exposure Prevention Information Network Estados Unidos da América Antígeno e do vírus da hepatite B xiv

15 HBIg HIV IIER IM IP N NaSH PCR p.e. PPE PS PU SC SCR SESMT Imunoglobulina hiperimune contra hepatite B Vírus da Imunodeficiência Humana Instituto de Infectologia Emílio Ribas Intramuscular Inibidor de Protease Número National Surveillance System for Hospital Health Care Workers Reação em Cadeia de Polimerase Por exemplo Profilaxia pós-exposição Pronto Socorro Precauções Universais Subcutâneo Vacina tríplice viral Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho VHB VHC UTI Vírus da Hepatite B Vírus da Hepatite C Unidade de Terapia Intensiva % Porcentagem p X 2 Nível de significância Qui Quadrado Igual ou menor > Maior xv

16 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Distribuição dos acidentes ocupacionais, segundo gênero, dos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emilio Ribas em dois períodos distintos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 36 Tabela 2 Distribuição dos acidentes ocupacionais segundo o tempo de serviço na função dos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos distintos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 38 Tabela 3 Distribuição dos acidentes ocupacionais segundo a categoria profissional dos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos distintos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 40 Tabela 4 Distribuição dos acidentes ocupacionais segundo o local de ocorrência do acidente nos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos distintos xvi

17 (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 42 Tabela 5 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados segundo o número de ocorrências por profissional atendido no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 43 Tabela 6 Distribuição dos acidentes ocupacionais segundo o ano de ocorrência do acidente nos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos distintos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 44 Tabela 7 Distribuição dos acidentes ocupacionais segundo o tipo de exposição nos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos distintos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 46 Tabela 8 Distribuição dos acidentes ocupacionais segundo material biológico dos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de xvii

18 junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 47 Tabela 9 Distribuição dos acidentes ocupacionais com pérfuro-cortante e o procedimento no qual o instrumento pérfuro-cortante havia sido utilizado. Instituto de Infectologia Emílio Ribas (período 1: junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: outubro de 1999 a dezembro de 2001). 49 Tabela 10 Distribuição dos acidentes ocupacionais segundo a causa do acidente nos profissionais atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: outubro de 1999 a dezembro de 2001) 50 Tabela 11 Uso de luvas segundo procedimento realizado quando do acidente ocupacional entre acidentes atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas entre 1985 e Tabela 12 Uso de óculos segundo procedimento realizado quando do acidente ocupacional entre acidentes atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas entre 1985 e xviii

19 Tabela 13 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados segundo o conhecimento da fonte, atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; no período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 53 Tabela 14 Distribuição dos resultados sorológicos dos pacientes-fonte conhecida para HIV e hepatite B e C, atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 55 Tabela 15 Uso de ARVs pelos pacientes-fontes portadores do HIV em acidentes ocupacionais notificados e atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001). 56 xix

20 Tabela 16 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados, segundo vacinação prévia para hepatite B (uma ou mais doses da vacina) nos profissionais da saúde assistidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos (período 1: junho de 1985 a setembro de 1999; período 2:de outubro de 1999 a dezembro de 2001). 56 Tabela 17 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados, segundo o número conhecido de doses de vacina contra hepatite B previamente ao acidente ocupacional, relatadas pelos profissionais de saúde no momento do acidente. Instituto de Infectologia Emílio Ribas, período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de Tabela 18 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados segundo resultados de sorologias iniciais dos funcionários para HIV e hepatites B e C, atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001) 58 Tabela 19 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados e as condutas profiláticas prescritas para os xx

21 profissionais acidentados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos, (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001). 59 Tabela 20 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados e anti-retrovirais prescritos para os profissionais acidentados atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nos dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001). 60 Tabela 21 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados e incidência de efeitos colaterais de ARV em profissionais acidentados atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001). 62 Tabela 22 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados segundo conclusão do caso em profissionais acidentados atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999; período 2: de outubro de 1999 a dezembro de 2001). 64 xxi

22 Tabela 23 Distribuição dos acidentes ocupacionais notificados segundo o tempo de acompanhamento em meses em profissionais acidentados atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999 ; período 2: outubro de 1999 a dezembro de 2001). 65 Tabela 24 Distribuição de acidentes do tipo pérfuro-cortante ou de exposição em mucosa com exposição a sangue com fonte portadora de HIV, HBV e/ ou HCV de acordo com a adequação de seu acompanhamento, número e taxa de soroconversão no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em dois períodos (período 1: de junho de 1985 a setembro de 1999 ; período 2: outubro de 1999 a dezembro de 2001). 67 xxii

23 ÍNDICE 1. Introdução Histórico Conceito sobre profissionais da saúde e acidente ocupacional com exposição a agentes biológicos Precauções padrão e doenças transmitidas por sangue e outros materiais biológicos vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus da hepatite B (VHB) e vírus da hepatite C (VHC) HIV Vírus da Hepatite B Vírus da Hepatite C Cuidados gerais após exposição a material biológico em profissionais da saúde em relação aos vírus da hepatite B e C e HIV Atendimento inicial e seguimento dos acidentados 11 xxiii

24 1.5. Profilaxia pós-exposição (PPE) para profissionais da saúde com exposições a material biológico com risco de transmissão do HIV Estudos referentes ao risco biológico e os profissionais de saúde O estudo atual Objetivos Casuística e Métodos O Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) O Sistema de Notificação e seguimento dos profissionais de saúde com exposição ao material biológico População do estudo Desenho do estudo 30 A. Definições 30 xxiv

25 B. Período do estudo 31 C. Variáveis do estudo 32 D. Análise estatística Resultados e Discussão Conclusões Referências bibliográficas 72 xxv

26 1. INTRODUÇÃO 1.1. HISTÓRICO Antigamente, a medicina estava relacionada com o caráter mágico e religioso, implicada com vestígios de certas lendas e tradições conservadas por longos períodos. Os humanos sempre souberam, vagamente, que podiam adquirir doenças através de outra pessoa ou de alguma coisa. Atribuíam a ocorrência das doenças aos deuses, aos maus espíritos, à influência dos planetas ou às impurezas do ar 1. A presença do doente estava relacionada ao temor de um perigo desconhecido e personificava in vivo, a morte, tornando-se prudente, portanto, afastá-lo. Esta foi à conduta adotada desde o século XI, para os leprosos, por vezes isolados em leprosários, outras obrigados, quando livres, a assinalar sua presença para que as pessoas se afastassem. Nas primeiras décadas da peste negra, no século XV, algumas regulamentações municipais proibiam os doentes de sair de casa e obrigavam-nos a marcar suas casas com sinal distintivo. Mais tarde, este isolamento forçado tomou a forma de instituições, criando-se os hospitais especializados e os sanatórios, até a alvorada do século XX. Foram necessárias pragas devastadoras na Idade Média para que se começasse a suspeitar de algo sólido que pudesse transmitir doenças de uma pessoa para outra i. Nessa época, não havia profissionais especializados que cuidassem da saúde do próximo. Essa tarefa era executada por leigos e religiosos. Desde xxvi

27 então, diversas mudanças ocorreram até que se chegasse ao atual estágio de assistência à saúde CONCEITO SOBRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE E ACIDENTES OCUPACIONAIS COM EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS Segundo definição do Centers for Diseases Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA), em seu guia de controle de infecções em profissionais da saúde, o termo profissional da saúde refere-se a todas as pessoas, com ou sem remuneração salarial, que trabalham em serviços de assistência a saúde e que tenham o potencial para se expor a materiais infectantes, incluindo aí substâncias corporais, suprimentos e equipamentos médicos contaminados, superfícies contaminadas ou ar contaminado. Nesta categoria foram incluídos: os profissionais de unidades de emergência, de serviços de odontologia, de laboratório, de serviço de necropsia, profissionais de enfermagem, médicos, técnicos, estudantes e treinandos, pessoal contratado mesmo que não empregado pela instituição e pessoas não diretamente envolvidas na assistência ao paciente (administrativos, funcionários de nutrição higiene e voluntários), mas que poderão potencialmente se expor a agentes infectantes ii. Há muito se sabe que profissionais da saúde estão em constante risco de adquirir infecções durante sua atividade ocupacional, assim como danos por agentes químicos e físicos e estresse emocional. Embora tenha sido xxvii

28 documentado que, pelo menos, 20 patógenos podem ser transmitidos através de exposição ocupacional por sangue em acidente perfurocortante, somente após a epidemia da síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) foi dado maior ênfase à epidemiologia e à prevenção das exposições aos agentes biológicos transmitidos pelo sangue iii. Apesar dos esforços para se evitar os acidentes ocupacionais perfurocortantes, com agulhas ou lâminas, eles continuam ocorrendo. Segundo o National Institute for Occupational Safety and Health Alert (NIOSH) iv, nos EUA, ocorrem, anualmente, entre a exposições percutâneas a sangue e outros fluidos. Recentemente, esta estimativa foi revista e calcula-se que ocorram cerca de acidentes percutâneos por ano. Apesar da exposição freqüente, são notificados, nos EUA, apenas 40% a 60% dos acidentes percutâneos com exposição a sangue. O índice de subnotificação depende da instituição e da categoria profissional. As razões mais citadas para a falta de notificação incluem falta de tempo, acidente com baixa gravidade e com paciente de baixo risco. No Brasil, estudo realizado no IIER, em São Paulo, em 1999, demonstrou subnotificação de 26% dos acidentes, porém a subnotificação pode ser muito maior em outras instituições brasileiras v PRECAUÇÕES PADRÃO E DOENÇAS TRANSMITIDAS POR SANGUE E OUTROS MATERIAIS BIOLÓGICOS VÍRUS DA xxviii

29 IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV), VÍRUS DA HEPATITE B (VHB) E VÍRUS DA HEPATITE C (VHC) O surgimento da epidemia de aids, no início da década de 80 do século passado contribuiu para maior aceitação das medidas de precauções com sangue e outros materiais biológicos, recomendadas pelo CDC, para a prevenção de aquisição de doenças no ambiente hospitalar vi. Em 1985 e 1986, o CDC publicou as primeiras recomendações para a prevenção da transmissão de HIV em ambientes da atenção á saúde vii, viii. Em 1987, surgiram as chamadas precauções universais (PU) ix. No ano seguinte, estas recomendações foram atualizadas e ampliadas x. Em 1996, foram publicadas as precauções padrão a serem aplicadas a todos os pacientes internados xi. A transmissão de diversos tipos de agentes virais (HIV, HBV e HCV, entre outros) e bacterianos, a exemplo do Mycobacterium tuberculosis, já foi documentada após acidente perfurocortante, sendo o sangue humano uma das principais fontes de contágio 3. A via aérea representa outra forma importante de contágio, seja pela inalação de aerossóis com o risco de aquisição de varicela, sarampo ou tuberculose, seja pela inalação de partículas maiores, associadas a doenças como difteria e doença meningocócica 11. Evitar a exposição sanguínea é a maneira primária de se prevenir os acidentes com exposição a VHB, VHC e HIV em serviços de saúde. Entretanto, a imunização para hepatite B e o manejo pós-exposição são ações importantes xxix

30 para um programa completo de acompanhamento do profissional exposto a patógenos veiculados pelo sangue xii Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) O primeiro caso de aquisição de HIV em um profissional de saúde foi publicado em 1984, em uma enfermeira com exposição percutânea por agulha contendo sangue contaminado xiii. Até dezembro de 2001, o número de casos de transmissão ocupacional de HIV notificados pelo CDC totalizou 57 casos documentados e 138 casos possíveis 12, xiv. Estes profissionais tiveram história de exposição ocupacional a sangue e a outros fluidos contaminados pelo HIV. No Brasil, entre os anos de 1980 a 2004, foram notificados casos de aids; ocorreram na região sudeste xv. Segundo dados do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo, entre 1980 e 2004 foram notificados casos de aids neste estado xvi. Essa região continua sendo a mais prevalente em casos de aids e São Paulo foi o Estado que mais acumulou casos nestes 22 anos. Mais recentemente, pode ser observada a disseminação da epidemia para outras regiões do País e para cidades de médio e pequeno porte. Apesar do número expressivo de casos de aids no Brasil, o Ministério da Saúde registra apenas uma ocorrência da doença adquirida através do exercício da profissão, envolvendo uma profissional da área da saúde que se acidentou com material perfurocortante em 1994, em um hospital no município de São Paulo xvii. Também, foi apresentado relato, em um congresso de controle de infecção hospitalar, de outro caso de aquisição de HIV e HCV por profissional da área da saúde após exposição a sangue de xxx

31 paciente infectado xviii. Entretanto, este não foi notificado, pois, além de estar sob investigação, o caso ainda não preenche critérios de notificação para aids. Atualmente, sabe-se que o risco médio para a aquisição do HIV após acidente perfurocortante é de 0,3% e, após acidente mucocutâneo, é de 0,09% xix, xx, xxi. O risco de transmissão por outros fluidos e tecidos, que não o sangue, ainda não foi bem quantificado e não há evidências de que o HIV seja transmitido por aerossóis 19, 20, xxii. Vários estudos sugerem que alguns fatores podem interferir no risco de transmissão do HIV após exposição percutânea, incluindo o volume de sangue e a quantidade de vírus transferido durante a exposição. Estudo in vitro demonstrou que a quantidade de sangue transferida através de membranas depende do tipo e calibre da agulha. Menor quantidade é transferida por agulha de sutura ou de calibre pequeno quando comparada à agulha oca xxiii,, 24. Estudo caso-controle que buscava identificar fatores de risco para soroconversão ao HIV após acidente ocupacional do tipo percutâneo mostrou que o risco aumenta em acidentes com maior quantidade de sangue xxiv. O risco também aumenta em exposições com sangue de pacientes em fase terminal de aids. Entretanto, a importância da carga viral como marcador de transmissão não está bem estabelecida. Já foram notificados casos de transmissão perinatal e ocupacional de HIV em que pacientes fontes apresentavam cargas virais abaixo do nível de detecção 12, xxv. A soroconversão, na maioria dos casos, ocorre até seis meses após o acidente e está geralmente relacionada ao contato com o sangue através de lesão percutânea 24. xxxi

32 Atualmente, a profilaxia com medicamentos anti-retrovirais (ARVs) após exposição ocupacional com material biológico considerada de risco para transmissão do HIV é fortemente recomendada pelos guias de prevenção 12, xxvi Vírus da Hepatite B Não há dúvida de que a infecção pelo VHB continua sendo um problema de saúde pública mundial. Estima-se que mais de dois bilhões de pessoas já foram infectadas pelo VHB em alguma época de suas vidas. Além disso, aproximadamente 350 milhões de indivíduos são portadores crônicos, estando, portanto, em alto risco para o desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular xxvii. O primeiro caso documentado de aquisição profissional do vírus da hepatite B foi descrito há 50 anos por Leibowitz. xxviii. O CDC 12 referiu que, em 1994, infecções pelo vírus B ocorriam anualmente em trabalhadores da saúde com exposição ocupacional, com taxa anual de infecção variando de 3,47 e 4,21 por 1000 expostos susceptíveis. Destes, 2000 apresentavam a doença clínica, 400 seriam hospitalizados, aproximadamente 200 evoluiriam para óbito e 800 se tornariam portadores crônicos VHB xxix. O risco de aquisição do VHB após acidente com material perfurocortante contendo sangue de paciente contaminado com o vírus é estimado entre 6% a 30%, se nenhuma medida profilática for tomada. A xxxii

33 aplicação combinada de vacina e gamaglobulina reduz a incidência dos casos entre 90% a 95% 12,26. O risco ocupacional de transmissão do VHB está bem documentado após a exposição, dependendo do grau de contato com o sangue e da presença do antígeno e do vírus B (HbeAg). Em estudos de profissionais de saúde que se acidentaram com sangue de pacientes fonte soropositivos para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg+) e positivos para o antígeno e (HBeAg+), entre 22 e 31% desenvolveram hepatite clínica e a soroconversão ocorreu entre 37 e 62%. Em comparação, o risco de desenvolvimento de hepatite clínica após exposição com agulha contaminada com sangue HbsAg(+) e HbeAg(-) foi de 1 a 6% e a soroconversão se deu em 23 a 37% dos profissionais da saúde 12, 26. Na prática, o VHB representa o principal agente de doenças infecciosas profissionais adquiridas após contato com material biológico 29. O objetivo da vacinação contra a hepatite B é prevenir a ocorrência de doença hepática aguda e crônica pelo HBV e o carcinoma hepatocelular relacionado a este vírus. O esquema básico de imunização contra hepatite B consta da administração de três doses da vacina, com 0, 30, e 180 dias. A duração da proteção é de, pelo menos, 15 anos e considera-se que não há necessidade de reforço após este período 12, 26. Recomenda-se uma quarta dose da vacina em caso de resposta inadequada após o esquema vacinal completo ou em casos de acidentes perfurocortantes em indivíduos que desconhecem seu status pós-vacinal. Esta dose extra é eficaz em cerca de 25% dos casos que estavam negativos até a terceira dose xxx. xxxiii

34 Consideram-se como títulos protetores quando os anticorpos são detectados em níveis iguais ou acima de 10mUI/ml xxxi. A vacinação para os profissionais da saúde contra hepatite B é fortemente recomendada como a melhor e principal medida profilática Vírus da Hepatite C O vírus da hepatite C é o agente mais comum de infecção transmitida por sangue nos EUA. Existem cerca de 170 a 250 milhões de indivíduos infectados pelo VHC em todo mundo e o mesmo é responsável por aproximadamente a mortes a cada ano 12. No Brasil, de acordo com estudo realizado em São Paulo em 1996, a prevalência estimada do VHC na população geral foi de 1,42% na cidade de São Paulo xxxii. Com base neste estudo, pode-se estimar uma prevalência de cerca de indivíduos infectados na cidade de São Paulo. Esta estimativa coloca a cidade de São Paulo numa faixa endêmica intermediária, similar a média norte americana. Apesar do pequeno número de casos relatados de transmissão ocupacional de HCV, a transmissão após exposição percutânea já foi documentada 12. Em estudo que avaliou o risco de transmissão ocupacional do HCV a partir de paciente-fonte infectado, utilizando teste de primeira geração, obteve-se uma taxa de 2,7% de soroconversão xxxiii. Estudos de acompanhamento de profissionais da saúde que sofreram lesões percutânea e exposição com sangue de paciente-fonte contaminado xxxiv, xxxv com hepatite C mostraram aproximadamente 1,8% (variando de 0 a 7%) xxxiv

35 de soroconversão para VHC. Em estudo conduzido pelo CDC, cinco profissionais de saúde adquiriram VHC após acidente percutâneo (quatro acidentes com agulha oca e outro com bisturi); quatro desses profissionais foram expostos a pacientes co-infectados com HIV xxxvi. Com base em alguns casos de transmissão e estudos em outras áreas, a exposição ocupacional com o paciente co-infectado com HIV parece estar associada a um maior risco de transmissão do VHC. Diferente do VHB, a contaminação ambiental com sangue do VHC não está relacionada com contaminação de profissionais da área da saúde, com exceção de unidades de hemodiálise xxxvii. Apesar de o risco de transmissão após exposição de mucosa não ser quantificado no momento, ele parece ser menor do que pós-exposição percutânea. Já foram descritos dois casos de infecção por VHC após exposição mucosa; em um dos casos, o profissional adquiriu infecção pelo VHC e pelo HIV xxxviii. Não existe transmissão documentada do VHC em profissionais da saúde por exposição em pele íntegra e não íntegra. O risco de transmissão por exposição a fluidos corpóreos ou tecidos que não o sangue infectado pelo VHC ainda não foi quantificado, mas deve ser baixo 12. Não existe nenhuma medida específica eficaz para a redução do risco de transmissão após exposição ocupacional ao vírus da hepatite C. Os estudos não comprovam nenhum benefício profilático com o uso de gamaglobulina ou interferon pós-exposição 12. A única medida eficaz para xxxv

36 eliminação do risco de infecção pelo HCV é por meio da prevenção da ocorrência dos acidentes 12, CUIDADOS GERAIS APÓS EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM RELAÇÃO AOS VÍRUS DAS HEPATITES B E C E HIV ATENDIMENTO INICIAL E SEGUIMENTO DOS ACIDENTADOS. Apesar das medidas de precaução, se observa grande número de acidentes com agulhas. Os fatores que mais contribuem para que estas precauções não sejam efetivas incluem a relutância dos profissionais em mudar a sua rotina no que se refere ao procedimento, a não disponibilidade do material para a proteção e a falta de apoio administrativo. Para se prevenir acidentes com agulhas, há, atualmente, muitas opções disponíveis, tais como: sistemas sem o uso de agulhas para administração de medicamentos em equipamentos intravasculares, sistemas com agulhas que retraem após o uso em injeções intravenosas e intramusculares, agulhas de sutura romba, entre outras. Outras medidas importantes são o desenvolvimento de equipamentos, a tecnologia e sistemas que reduzam o risco de exposição, melhoria nas práticas de trabalho através de programas de educação e o uso de equipamento de proteção individual pelo profissional. Lesões decorrentes de acidentes com material perfurocortante potencialmente contaminados devem ser imediatamente lavadas com água e sabão ou solução anti-séptica detergente (PVPI, clorexidina), embora não haja xxxvi

37 evidência de vantagem em relação ao sabão comum 26. As membranas mucosas e a pele devem ser lavadas com água corrente em abundância ou soro fisiológico 0,9%, repetindo-se várias vezes a operação 26. Não se deve utilizar soluções irritantes como hipoclorito de sódio e não se aconselha realizar procedimentos que possam aumentar a área exposta por serem atitudes que aumentam a área lesada e, conseqüentemente, a exposição ao material infectante 26. O departamento pessoal, o Serviço de Medicina do Trabalho ou outro órgão responsável devem emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), cujo verso será preenchido pelo médico do trabalho que atender o acidentado, a fim de documentar o acidente para efeito legal. É importante que tais casos sejam bem documentados e preferencialmente notificados ao Programa Estadual DST/aids, para que se possam ter dados consistentes da ocorrência dos acidentes. Após os cuidados locais, o acidentado deverá comunicar o ocorrido à chefia imediata e esta deverá encaminhar o profissional ao setor responsável pelo atendimento de acidentes biológicos, para avaliar o acidente e determinar a conduta o mais precocemente possível, de preferência nas primeiras duas horas e, no máximo, 72 horas após o acidente. É ideal a realização dos testes sorológicos do paciente-fonte e do funcionário acidentado dentro do menor prazo possível após a exposição. Os testes rápidos podem ser recomendados para estabelecer o estado sorológico do paciente-fonte para HIV, o que determinará as medidas profiláticas necessárias. O profissional exposto deve ser esclarecido sobre os riscos inerentes ao acidente e sobre a necessidade de seguir rigorosamente as xxxvii

38 orientações médicas (horários das medicações, tempo de uso da profilaxia e tempo de seguimento) 16. É importante orientar o uso de preservativo em todas as relações sexuais enquanto o profissional estiver em seguimento e o mesmo deve se abster de doar sangue, órgãos, sêmen e engravidar PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PPE) PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE COM EXPOSIÇÕES A MATERIAL BIOLÓGICO COM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV A partir de 1987, a zidovudina (AZT), medicamento anti-retroviral (ARV) que age impedindo a ação da enzima transcriptase reversa do HIV, foi liberada para o tratamento dos pacientes infectados. Com essa alternativa nas mãos para evitar a aquisição de uma doença incurável, um ano depois, algumas instituições iniciaram o uso da AZT como profilaxia, em profissionais com exposição a material biológico contaminado com o HIV 12. Na tentativa de evitar a soroconversão após exposição ocupacional, o CDC, em 1990, passou a considerar o uso de AZT, como profilaxia após exposição ao HIV xxxix. No entanto, não havia dados publicados da eficácia desta medida, bem como sobre os fatores de risco relacionados com a aquisição do vírus. A eficácia da PPE permaneceu desconhecida até 1995 quando o CDC documentou o decréscimo do risco de soroconversão ao HIV em profissionais da área da saúde que fizeram uso do AZT, em estudo multicêntrico do tipo xxxviii

39 caso controle retrospectivo realizado na França, Reino Unido e Estados Unidos da América 21. Cardo et al estimaram uma redução de aproximadamente 81% (IC95%=46-94%) do risco de adquirir HIV entre os profissionais que usaram AZT 24. O estudo de Cardo et al 24 avaliou os fatores de risco após exposição percutânea com sangue infectado pelo HIV para a soroconversão, sendo eles: paciente-fonte em estágio terminal, grau da lesão, agulha calibrosa e oca, dispositivo visivelmente contaminado com sangue, agulhas que tenha sido utilizada em punção vascular e associado à lesão profunda. Nestes casos, o risco para aquisição de HIV-1 pode exceder 0,3%. Outros fatores associados ao maior risco foram: o início tardio da quimioprofilaxia (duas horas após acidente), carga viral alta da fonte, tamanho do inóculo e tipo de fluido biológico envolvido 24. A partir de 1996, a PPE passou a ser recomendada pelo CDC, considerando: redução de 69% na transmissão materno-fetal de HIV com AZT; redução da viremia associada ao uso de ARV; identificação de efeito protetor do AZT após exposição para profissionais, em estudo caso-contole multicêntrico xl. A associação com uma outra droga anti-retroviral, a lamivudina (3TC), passou a ser recomendada visando abranger cepas resistentes ao AZT ou adiar a emergência das mesmas, sem aumento considerável de toxicidade. Da mesma forma, foi proposta a adição de uma terceira droga, um inibidor de protease (IP), em casos de exposição de risco aumentado ou onde a xxxix

40 resistência ao AZT e ao 3TC fosse suspeitada, sugerindo-se, inicialmente, o indinavir e, mais recentemente, o nelfinavir 26,40. Não se sabe ao certo o quão eficaz é o esquema proposto pelo CDC e pelo Ministério da Saúde do Brasil (AZT+ 3TC ou AZT+3TC+ Indinavir ou Nelfinavir) como profilaxia após exposição ocupacional ao HIV, considerandose que há possibilidade do paciente-fonte apresentar resistência a estes esquemas ARVs 12, 26, xli, xlii. Para exposições ocupacionais ao HIV, a PPE tem sido empregada com base na avaliação médica criteriosa do risco de transmissão em função do tipo de acidente, da condição sorológica do paciente-fonte, do volume e do tipo de material biológico envolvido. Quando indicado o uso profilático dos ARVs, a quimioprofilaxia deverá ser iniciada o mais rápido possível, dentro de uma a duas horas após o acidente. Estudos com animais demonstraram ineficácia quando o tratamento foi iniciado de 24 a 36 horas após a exposição ESTUDOS REFERENTES AO RISCO BIOLÓGICO E OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE Dados internacionais Jagger et al xliii analisaram 326 acidentes com agulhas e observaram, que 69,6% ocorreram após o uso de agulhas e antes do seu descarte e 13,2% durante ou após o descarte das agulhas. Um terço dos acidentes foi decorrente do reencape. xl

41 Tarantola et al xliv realizaram estudo em Paris, na França, que avaliou dados de 1995 a 1998, referente a acidentes notificados à medicina do trabalho em 61 hospitais; os enfermeiros e estudantes de enfermagem foram os mais acidentados (60%); a maioria dos acidentes (77,6%) foi com instrumento perfurocortante. Houve decréscimo significativo, nas exposições ocupacionais nos últimos dois anos do estudo que pode ser atribuído a política de redução de risco. Evans et al realizaram um estudo na Inglaterra entre julho de 1997 a junho de 2000 que avaliou 813 trabalhadores da saúde expostos a sangue de pacientes infectados com HIV e/ou hepatite B e/ou hepatite C. Ocorreu uma soroconversão em 293 exposições para HIV, e nenhuma soroconversão entre 462 exposições ao vírus da hepatite C xlv. Ippolito et al descreveram exposições ocupacionais entre trabalhadores da área da saúde na Itália de janeiro de 1994 a junho de 1998, 77% das quais foram percutâneas; 28% de todas exposições tinham fonte sabidamente infectada (HCV 63%, HBV 11%, HIV 11%, HCV e/ou HBV e/ou HIV 13%). Nenhuma soroconversão ao VHB foi observada durante o estudo no período. A taxa de transmissão após acidente mucocutâneo ao HIV foi de 0,43 (IC 95% 0,05 1,53) e após exposição percutânea foi de 0,14 (IC 95% 0,03 0,41). As taxas de transmissão para o vírus da hepatite C foram semelhantes para exposição percutânea (0,39%) e mucocutânea (0,36%) xlvi. Em relato do CDC com dados do NASH xlvii (National Surveillance System for Hospital Health Care Workers), entre junho de 1995 e julho de 1999 foram notificados 5520 acidentes com fluidos biológicos entre profissionais da saúde. xli

42 Destes, 83% foram percutâneos; 44% envolveram enfermeiros e 30% acometeram médicos. Em relação ao local de ocorrência do acidente, 30% ocorreram em enfermarias, 29% em centros cirúrgicos e 14% em unidades de terapia intensiva. Menos de 30% dos funcionários expostos a uma fonte soropositiva para HIV e/ou HCV seguiram o acidente por mais de 20 semanas. Para cerca de 20% de todos os acidentes, foi iniciada a profilaxia pósexposição, sendo que 53% receberam zidovudina e lamivudina e 36% foram medicados com zidovudina, lamivudina e indinavir. Os dados coletados e analisados pelo EPINet xlviii, outro programa norteamericano de monitoramento de acidentes ocupacionais que recebeu dados de 47 hospitais, forneceram um panorama bastante interessante do ano de A taxa de acidentes perfurocortantes variou de 27.1 a 17.7 por 100 leitos ocupados por ano, entre hospitais de ensino e não de ensino, respectivamente. Entre os acidentes perfurocortantes, os enfermeiros foram responsáveis pelo maior número de notificações (40,7%) e cerca de 60% das exposições ocorreram na enfermaria ou no centro cirúrgico. Cerca de 41% das exposições ocorreram durante injeção intramuscular ou subcutânea ou colete de sangue. O paciente fonte era conhecido em 91.5% das exposições. Cerca de 30% das exposições envolveram uma agulha com dispositivo de segurança. Dados Nacionais Estudo de Souza xlix, realizado no município de São Paulo, avaliou cinco hospitais de grande porte no ano de 1996 quanto à incidência de acidentes ocupacionais com materiais perfurocortantes ocorridos entre a equipe de xlii

43 enfermagem e os fatores de risco que interferiram na ocorrência destes acidentes. Neste período, foram relatados 373 acidentes perfurocortantes, ocorridos em profissionais de enfermagem. Os acidentes acometeram principalmente as mulheres (89%) e ocorreram, geralmente, após 4 horas de trabalho nas unidades de internação. As agulhas foram responsáveis por 77,0 % dos casos e o uso de luvas foi relatado em apenas 46,1% dos acidentes. 26,5% dos acidentes ocorreram por descarte inadequado, 19,3% durante medicação ou venopunção e 10,5% durante o reencape. Os fatores de risco, avaliados em 89 entrevistas com profissionais da equipe de enfermagem, foram relacionados às situações de risco real (ausência de material apropriado e sobrecarga de atividades; classificadas como responsabilidade do empregador); risco suposto (falta de conscientização apesar dos programas de educação continuada) e residual (responsabilidade individual do profissional, como utilização dos equipamentos de proteção individual). Em um hospital universitário da cidade de São Paulo, foi realizado estudo transversal que se baseou em entrevistas com profissionais e estudantes da área da saúde, no período de 18 meses. Entre os entrevistados, 21,5% relataram acidente com material biológico nos últimos 12 meses e 4,9% nos últimos 30 dias. As categorias mais acometidas com acidentes nos últimos 12 meses foram a dos estudantes de medicina do 5º e 6º anos (55,4%), seguidos pelos residentes (44,5%); médicos assistentes (24,1%) auxiliares e técnicos de enfermagem (14,7%); pessoal de limpeza (11,3%); técnicos de laboratório (10,5%); enfermeiros (10,2%) e atendentes de enfermagem (3,6%). Os acidentes perfurocortante foram os mais freqüentes (80,5%), principalmente xliii

44 com agulhas (74,1%) e o sangue foi o material mais envolvido (79,7%). Oitenta e dois por cento dos profissionais usavam luvas no momento do acidente l. Outro estudo, realizado em um hospital geral de ensino, vinculado a Universidade Federal de São Paulo, estudou 2344 acidentes notificados entre junho de 1992 a dezembro de Neste estudo, o tipo mais freqüente de acidente foi de exposição percutânea (75,34%), com agulhas (64,16%) e o auto-acidente durante punção (45,56%). Durante o estudo, houve um caso comprovado de soroconversão para hepatite B li. Estudo desenvolvido no Instituto de Infectologia IIER lii avaliou retrospectivamente 326 profissionais da saúde com acidentes atendidos no período de janeiro a dezembro de Cento e quarenta e três (43,9%) eram auxiliares de enfermagem, 43 (13,1%) eram médicos e 42 (12,9%), auxiliares de limpeza. 38 profissionais (11,7%) trabalhavam no IIER e 288 (88,3%) vieram de outros serviços. Destes, 119 (41,3%) eram de serviços privados e 20,5% dos acidentados trabalhavam a menos de 6 meses na função na qual se acidentaram. 73 (22,4%) referiram acidentes prévios, embora apenas 33 (45,2%) tenham realizado acompanhamento sorológico no acidente anterior. 238 (73,2%) tinham pelo menos uma dose de vacina contra hepatite B, embora destes, apenas 123 (51,7%) tivessem três ou mais doses de vacina e somente 27 (21,9%) destes tivessem conhecimento da resposta sorológica à vacina. Apenas 95 (29,1%) foram atendidos até duas horas após o acidente. Quanto ao tipo de exposição, 291 (89,5%) foram percutâneas e 25 (8,3%) de mucosa. O material biológico mais envolvido nos acidentes notificados foi o sangue (62,2%) e as agulhas foram o principal instrumento, em 218 casos (67,1%). A xliv

ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA. Parte 10. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA. Parte 10. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA Parte 10 Profª. Tatiane da Silva Campos Risco ocupacional HIV e hepatite B (HBV) e C (HCV) Exposição percutânea: instrumento perfurante e cortante (agulhas, bisturi, vidrarias);

Leia mais

Rotina de condutas para atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico

Rotina de condutas para atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico Rotina de condutas para atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico 1- Introdução: A finalidade desta rotina é orientar a equipe multiprofissional a tomar os cuidados necessários para

Leia mais

Riscos Biológicos. Acidente Ocupacional com Material Biológico. HIV, HCV e HBV

Riscos Biológicos. Acidente Ocupacional com Material Biológico. HIV, HCV e HBV Riscos Biológicos Acidente Ocupacional com Material Biológico HIV, HCV e HBV Sistema de Vigilância Monitorar práticas existentes Cobertura vacinal Características dos acidentes Riscos de adoecimento Estabelecer

Leia mais

C o n c e i t o d e B i o s s e g u r a n ç a

C o n c e i t o d e B i o s s e g u r a n ç a C o n c e i t o d e B i o s s e g u r a n ç a É o conjunto de ações para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a obtenção

Leia mais

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Orientações para o atendimento no PS - 2016 Atualizado por CCIH/HU-USP Risco de transmissão Quadro 1 Agente Material Exposição Risco estimado HIV sangue percutânea

Leia mais

Biossegurança. Drª Jacqueline Oliveira Rueda. Infectologista Pediátrica Mestre em Doenças Infecciosas

Biossegurança. Drª Jacqueline Oliveira Rueda. Infectologista Pediátrica Mestre em Doenças Infecciosas Biossegurança Drª Jacqueline Oliveira Rueda Infectologista Pediátrica Mestre em Doenças Infecciosas Biossegurança É o conjunto de ações a voltadas para prevenir ou minimizar os riscos para profissionais

Leia mais

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Orientações para o atendimento no PA Elaborado por CCIH/HU-USP Risco de transmissão QUADRO 1 Agente Material Exposição Risco estimado HIV sangue percutânea

Leia mais

MANEJO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAIS BIOLÓGICOS

MANEJO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAIS BIOLÓGICOS MANEJO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAIS BIOLÓGICOS UNITERMOS EXPOSIÇÃO A AGENTES BIOLÓGICOS, HIV, HEPATITE B, HEPATITE C Rodrigo Douglas Rodrigues Thomas Dal Bem Prates Aline Melo Kramer Maria Helena

Leia mais

Acidentes com materiais perfurocortantes

Acidentes com materiais perfurocortantes Acidentes com materiais perfurocortantes Forma de transmissão: Oral-fecal Via respiratória (gotículas ou aérea) Contato Via sanguínea Alto risco Risco Intermediário Sem risco Sangue e fluidos contendo

Leia mais

Cuidados Pós-Exposição Profissional a Materiais Biológicos

Cuidados Pós-Exposição Profissional a Materiais Biológicos Cuidados Pós-Exposição Profissional a Materiais Biológicos ACADÊMICOS: Humberto Sauro V. Machado Pedro Dutra Barros Profa. Carmen Saramago PROFISSIONAIS DE SAÚDE E TIPOS DE EXPOSIÇÕES Exposições percutâneas

Leia mais

Semana de Segurança e Saúde no Trabalho

Semana de Segurança e Saúde no Trabalho Semana de Segurança e Saúde no Trabalho CAMPANHA ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO - HUM PREVENÇÃO DE ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO Perfuro cortantes Os acidentes com materiais

Leia mais

PREVENÇÃO DO RISCO BIOLÓGICO OCUPACIONAL

PREVENÇÃO DO RISCO BIOLÓGICO OCUPACIONAL PREVENÇÃO DO RISCO BIOLÓGICO OCUPACIONAL Rosely Moralez de Figueiredo Professor associado do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos Brasil. Membro da Diretoria da Associação Paulista

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO COM PERFUROCORTANTES EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM

ACIDENTES DE TRABALHO COM PERFUROCORTANTES EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM DO TRABALHO MICHELLE SILVA DOURADO DE ALMEIDA ACIDENTES DE TRABALHO COM PERFUROCORTANTES EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM SALVADOR 2012

Leia mais

Material preparado e disponibilizado por: Luiz Carlos Ribeiro Lamblet Enfermeiro Epidemiologista do Serviço de. Hospital Israelita Albert Einstein SP

Material preparado e disponibilizado por: Luiz Carlos Ribeiro Lamblet Enfermeiro Epidemiologista do Serviço de. Hospital Israelita Albert Einstein SP Material preparado e disponibilizado por: Luiz Carlos Ribeiro Lamblet Enfermeiro Epidemiologista do Serviço de Controle o de Infecção Hospitalar osptaa Hospital Israelita Albert Einstein SP 2009 Manual

Leia mais

1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES. Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C. Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009

1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES. Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C. Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009 1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES REGIONAIS DE HEPATITES VIRAIS Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009 CADEIA DE TRANSMISSÃO DOS VÍRUS Depende:

Leia mais

ACIDENTE DO TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO E PÉRFURO CORTANTE

ACIDENTE DO TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO E PÉRFURO CORTANTE 1 de 13 Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 06/11/2012 1.00 Proposta inicial MFA, EAB, RCO, JSC 1 Objetivo: Agilizar o atendimento ao funcionário acidentado, substanciar

Leia mais

LEI Nº 4.035. De: 04 de julho de 2014. A CÂMARA MUNICIPAL DE UMUARAMA, ESTADO DO PARANÁ, aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 4.035. De: 04 de julho de 2014. A CÂMARA MUNICIPAL DE UMUARAMA, ESTADO DO PARANÁ, aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: LEI Nº 4.035 De: 04 de julho de 2014. Desafeta do domínio público os imóveis localizados no CONJUNTO HABITACIONAL SONHO MEU, na cidade de Umuarama - PR. A CÂMARA MUNICIPAL DE UMUARAMA, ESTADO DO PARANÁ,

Leia mais

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Código: ILMD-SLM-POP.011 Revisão/Ano: 00/2018 Classificação SIGDA:

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Código: ILMD-SLM-POP.011 Revisão/Ano: 00/2018 Classificação SIGDA: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Classificação SIGDA: SUMÁRIO 01. OBJETIVO 02. CAMPO DE APLICAÇÃO 03. RESPONSABILIDADES 04. DEFINIÇÕES 05. REFERÊNCIAS 06. SIGLAS 07. CONDIÇÕES DE BIOSSEGURANÇA 08. PROCEDIMENTOS

Leia mais

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Conferência Latino Americana de Saúde no Trabalho São Paulo, 10 a 12 de Outubro

Leia mais

Hepatites. Introdução

Hepatites. Introdução Hepatites Introdução As hepatites virais são importantes causas de morbidade e mortalidade em todo mundo. As hepatites B e C são etiologias de grande relevância na população com cirrose hepática, sendo

Leia mais

Figura I Experiência prévia em Teatro dos alunos do 1º período do Curso de Graduação em Teatro da EBA/UFMG no 1º semestre de 2009.

Figura I Experiência prévia em Teatro dos alunos do 1º período do Curso de Graduação em Teatro da EBA/UFMG no 1º semestre de 2009. Lista de Figuras Figura I Experiência prévia em Teatro dos alunos do 1º período do Curso de Graduação em Teatro da EBA/UFMG no 1º semestre de 2009. Figura 2- Local onde os alunos, com experiência prévia,

Leia mais

SLOGAM DA EMPRESA PPAP

SLOGAM DA EMPRESA PPAP PPAP Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes Baseado na NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde Portaria N 1.748 de 30 de Agosto de 2011. HOSPITAL (Colocar

Leia mais

MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C

MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C HEPATITE C PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EDUARDO C. DE OLIVEIRA Infectologista DIVE HCV HCV RNA vírus família Flaviviridae descoberta do HVC (1989) Vírus da hepatite não

Leia mais

OS RISCOS COM PERFUROCORTANTES DURANTE A ASSISTÊNCIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

OS RISCOS COM PERFUROCORTANTES DURANTE A ASSISTÊNCIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE OS RISCOS COM PERFUROCORTANTES DURANTE A ASSISTÊNCIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE Ana Paula Santos Machado 1 Ana Paula Alexandre 2 Márcia Féldreman Nunes Gonzaga 3 Ana Paula Gomes Soares 4 Renan Sallazar Ferreira

Leia mais

Área: Versão: Data Criação Ultima Atualização:

Área: Versão: Data Criação Ultima Atualização: Este POP é um modelo para embasar a elaboração, visto que a cada ramo de atividade as descrições e conteúdos podem ser diferentes. Um POP deve propiciar a realidade. POP PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Leia mais

PORTARIA Nº. 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006.

PORTARIA Nº. 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006. PORTARIA Nº. 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006. Inclui doenças na relação nacional de notificação compulsória, define doenças de notificação imediata, relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados

Leia mais

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical - 2014 Tuberculose Chagas, Malária Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis congênita HIV-AIDS Hepatites B e C Rubéola congênita

Leia mais

Epidemiologia do Risco Biológico

Epidemiologia do Risco Biológico Epidemiologia do Risco Biológico Maria Clara Padoveze Este material foi produzido com contribuições de: Amanda Luiz Pires Maciel e Renata Desordi Lobo 2017 Plano de Aula O que é o risco biológico ocupacional?

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 10. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 10. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 10 Profª. Lívia Bahia Prevenção de DST na violência sexual contra a mulher Estupro: ato de constranger a mulher de qualquer idade ou

Leia mais

ACIDENTE OCUPACIONAL COM EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE

ACIDENTE OCUPACIONAL COM EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACIDENTE OCUPACIONAL COM EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE Amanda Engers de Oliveira 1 ; Andréa de Siqueira Campos Lindenberg 2 1 - Estudante do Curso de Medicina da Universidade

Leia mais

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

Biossegurança no Contexto de Atenção à Saúde Enfa Profa Dra Renata Karina Reis

Biossegurança no Contexto de Atenção à Saúde Enfa Profa Dra Renata Karina Reis Disciplina: Urgência e Emergência em Enfermagem Biossegurança no Contexto de Atenção à Saúde Enfa Profa Dra Renata Karina Reis 2015 OBJETIVOS Aula expositiva-dialogada a partir vivências dos alunos Discutir

Leia mais

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade DOCUMENTO: ACIDENTE OCUPACIONAL COM MATERIAL BIOLÓGICO Página: 1/12 DEFINIÇÃO: Os profissionais da área da saúde (PAS) estão constantemente expostos aos mais diversos grupos de riscos ocupacionais, como

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NOS ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS

A UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NOS ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS A UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NOS ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS Juliana de Morais Calheiros ju.morais@outlook.com.br Ana Simone Silva do Nascimento aannasimone.2007@hotmail.com

Leia mais

Regina Helena Santos Amaral Dias

Regina Helena Santos Amaral Dias CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde Trabalhadores de Enfermagem de uma Unidade de Pronto Atendimento em Cascavel, PR: Caracterização da situação imunológica

Leia mais

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO POTENCIALMENTE CONTAMINADO, ENVOLVENDO A EQUIPE DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR PAULISTA Nayara Frais de Andrade* Renata Karina Reis** Introdução Os trabalhadores

Leia mais

Considerar todo material biológico como potencialmente infectante, independente do conhecimento da sorologia.

Considerar todo material biológico como potencialmente infectante, independente do conhecimento da sorologia. Prevenção de Acidentes de Trabalho com Material Biológico - ATMB Perder essa quantidade de sangue não vai matá-lo SAÚDE DO TRABALHADOR/HNSC Receber essa quantidade poderá matá-lo Prevenção de Acidentes

Leia mais

Biossegurança no Contexto de Atenção à Saúde Enfa Profa Dra Renata Karina Reis

Biossegurança no Contexto de Atenção à Saúde Enfa Profa Dra Renata Karina Reis Disciplina: Urgência e Emergência em Enfermagem Biossegurança no Contexto de Atenção à Saúde Enfa Profa Dra Renata Karina Reis 2016 OBJETIVOS Aula expositiva-dialogada a partir vivências dos alunos Discutir

Leia mais

AGENTES BIOLÓGICOS II FORUM NACIONAL DAS CÃMARAS TÉCNICAS DE MEDICINA DO TRABALHO RECIFE-PE 23/11/2012

AGENTES BIOLÓGICOS II FORUM NACIONAL DAS CÃMARAS TÉCNICAS DE MEDICINA DO TRABALHO RECIFE-PE 23/11/2012 AGENTES BIOLÓGICOS II FORUM NACIONAL DAS CÃMARAS TÉCNICAS DE MEDICINA DO TRABALHO RECIFE-PE 23/11/2012 MAURO SHOSUKA ASATO Médico do trabalho e infectologista PROTEGENDO A SAÚDE DO TRABALHADOR Agentes

Leia mais

Informe Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN

Informe Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN Informe Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN 1806-4272 Publicação Expediente DownLoad Fevereiro, 2005 Ano 2 Número 14 Hepatites Virais B e C retorna Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre

Leia mais

Tópico 9 Prevenção e controle de infecções

Tópico 9 Prevenção e controle de infecções Tópico 9 Prevenção e controle de infecções 1 1 Objetivos pedagógicos Demonstrar os efeitos devastadores de uma inadequada realização de prevenção & controle de infecção Mostrar aos estudantes como eles,

Leia mais

Palavras-chave: Hepatite viral humana; Vigilância epidemiológica; Sistemas de informação; Saúde pública.

Palavras-chave: Hepatite viral humana; Vigilância epidemiológica; Sistemas de informação; Saúde pública. PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DO MARANHÃO ENTRE 2013 E 2017 HIGINALICE DA SILVA PEREIRA 1 ; MANOEL DA PAIXÃO BRITO 2 ; FRANCISCO EDMAR MOREIRA DE LIMA NETO 3 ¹ALUNA DO PROGRAMA

Leia mais

Norma Institucional nº. 006/SCIH/HU

Norma Institucional nº. 006/SCIH/HU UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. POLYDORO ERNANI DE SÃO THIAGO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Norma Institucional

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO: ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO NOTIFICADOS NO SINAN

BOLETIM INFORMATIVO: ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO NOTIFICADOS NO SINAN BOLETIM INFORMATIVO: ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO NOTIFICADOS NO SINAN. SÉRIE HISTÓRICA NO ESTADO DE GOIÁS 2007/2010 CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR/CEREST GVSAST/SUVISA/SES/GO

Leia mais

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa Enfermeira, Doutora em Ciências Membro do GEOTB e do GEO-HIV/aids Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Quais imagens temos do HIV? O

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN

DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN Luan Caio Andrade de Morais*; Universidade Federal da Paraíba; luancaio_7@hotmail.com Maira Ludna Duarte; Universidade Federal

Leia mais

HEPATITE B: Diagnóstico e Prevenção - Adesão dos acadêmicos à investigação da soroconversão Uma avaliação de 10 anos de atividade

HEPATITE B: Diagnóstico e Prevenção - Adesão dos acadêmicos à investigação da soroconversão Uma avaliação de 10 anos de atividade 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

IMPLANTAÇÃO DO FLUXOGRAMA DE CONDUTAS À ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES NA SALA DE VACINA EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

IMPLANTAÇÃO DO FLUXOGRAMA DE CONDUTAS À ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES NA SALA DE VACINA EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA IMPLANTAÇÃO DO FLUXOGRAMA DE CONDUTAS À ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES NA SALA DE VACINA EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Maria Adgeane Souza Brandão¹; Lindemberg da Silveira Rodrigues²;

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS Adriéli Wendlant Hepatites virais Grave problema de saúde pública No Brasil, as hepatites virais

Leia mais

ORIENTAÇÕES DE CONDUTAS PARA EXPOSIÇÃO SEXUAL

ORIENTAÇÕES DE CONDUTAS PARA EXPOSIÇÃO SEXUAL ORIENTAÇÕES DE CONDUTAS PARA EXPOSIÇÃO SEXUAL Setembro 2010 Prefeito Gilberto Kassab Secretário Municipal da Saúde Januario Montone Coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo Maria Cristina

Leia mais

HOSPITAL SÃO PAULO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Diretoria de Enfermagem

HOSPITAL SÃO PAULO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Diretoria de Enfermagem Página 1 de 6 Emissão inicial Primeira revisão Segunda revisão Resumo de Revisões Data Dez/2006 SUMÁRIO 1. OBJETIVO: Evitar transmissão de infecção em sessões de hemodiálise (HD) de pacientes portadores

Leia mais

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 08/05/2019 Edição: 87 Seção: 1 Página: 3 Órgão: Atos do Poder Executivo

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 08/05/2019 Edição: 87 Seção: 1 Página: 3 Órgão: Atos do Poder Executivo DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 08/05/2019 Edição: 87 Seção: 1 Página: 3 Órgão: Atos do Poder Executivo DECRETO Nº 9.784, DE 7 DE MAIO DE 2019 Declara a revogação, para ns do disposto no art. 16

Leia mais

Hepatites e Infecção pelo HIV

Hepatites e Infecção pelo HIV Hepatites e Infecção pelo HIV Sirlene Caminada Programa Estadual de Hepatites Virais- Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac Coordenadoria de Controle de Doenças- SES-SP HEPATITE C

Leia mais

Acidente Ocupacional com Material Biológico. Prevenção e Condutas. Kátia Sanches

Acidente Ocupacional com Material Biológico. Prevenção e Condutas. Kátia Sanches Acidente Ocupacional com Material Biológico Prevenção e Condutas Kátia Sanches Histórico Doença Ocupacional Tucídedes no século IV AC Peste de Atenas. Os médicos desconheciam a natureza da doença e eram

Leia mais

Jamille Guedes Monteiro Evangelista

Jamille Guedes Monteiro Evangelista CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES NO HOSPITAL REGIONAL DO CARIRI EM JUAZEIRO DO NORTE-CE. Jamille

Leia mais

BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE

BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE BIOSSEGURANÇA: Compreende um conjunto de AÇÕES destinadas a PREVENIR, CONTROLAR, MITIGAR, ou ELIMINAR os RISCOS inerentes às atividades que possam INTERFERIR ou COMPROMETER a qualidade

Leia mais

INTEGRAÇÃOESTAGIÁRIOS

INTEGRAÇÃOESTAGIÁRIOS Grupo Hospitalar Conceição Gerencia de Recursos Humanos Saúde do Trabalhador INTEGRAÇÃOESTAGIÁRIOS Agosto 2016 Objetivos SESMT Serviço Especializado Segurança e Medicina do Trabalho -Prevenção de acidentes

Leia mais

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA No-36, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA No-36, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 Data: 31/12/2010 Nº 029 Pág: 1 de 43 SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA No-36, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 O SECRETÁRIO SUBSTITUTO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE NATÁLIA DI GIAIMO GIUSTI PERFIL SOROLÓGICO PARA HEPATITE B EM EXAMES ADMISSIONAIS NO IAMSPE

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE NATÁLIA DI GIAIMO GIUSTI PERFIL SOROLÓGICO PARA HEPATITE B EM EXAMES ADMISSIONAIS NO IAMSPE SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL NATÁLIA DI GIAIMO GIUSTI PERFIL SOROLÓGICO PARA HEPATITE B EM EXAMES ADMISSIONAIS NO IAMSPE Prevalência de Imunizados para Hepatite

Leia mais

O PARTO NA PACIENTE SOROPOSITIVO

O PARTO NA PACIENTE SOROPOSITIVO O PARTO NA PACIENTE SOROPOSITIVO 1. TRIAGEM SOROLÓGICA - É recomendada a realização de teste anti-hiv com aconselhamento e com consentimento para todas as gestantes na primeira consulta pré-natal; - Enfatiza-se

Leia mais

Coordenador do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo Celso Galhardo Monteiro

Coordenador do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo Celso Galhardo Monteiro Julho - 2011 Prefeito Gilberto Kassab Secretário Municipal da Saúde Januario Montone Coordenador do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo Celso Galhardo Monteiro Organização Elcio Nogueira Gagizi

Leia mais

Anexo 1 Plan de clase (10º B/F/G; Describir la vivienda)

Anexo 1 Plan de clase (10º B/F/G; Describir la vivienda) Anexo 1 Plan de clase (10º B/F/G; Describir la vivienda) i Anexo 1.1 Trabalhos realizados pelos alunos (Posters) ii Anexo 2 Planificação de unidade didáctica (10º D; La gastronomía española) iii Anexo

Leia mais

Controle de Cópia Impressa

Controle de Cópia Impressa 1. Objetivo Estabelecer procedimento para garantir segurança aos discentes, desenvolvendo as rotinas de trabalho com um mínimo de riscos e estabelecendo princípios básicos de segurança. 2. Abrangência

Leia mais

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Hepatites Virais Hepatites Inflamação do fígado Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Sinais clínicos: Náuseas, dor abdominal,

Leia mais

RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE

RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE Suzana de Almeida Fráguas Simão 1, Zenith Rosa Silvino 2, Dirley Moreira Santos 3 RESUMO Objetivo: Analisar

Leia mais

O papel da enfermagem na prevenção da seleção e disseminação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos

O papel da enfermagem na prevenção da seleção e disseminação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos O papel da enfermagem na prevenção da seleção e disseminação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos Profa. Dra. Maria Clara Padoveze Escola de Enfermagem - Universidade de São Paulo PETIRAS

Leia mais

Capítulo I Introdução e objectivo Introdução Objectivos do estudo Motivação para o estudo 2. Capítulo II Revisão da Literatura 4

Capítulo I Introdução e objectivo Introdução Objectivos do estudo Motivação para o estudo 2. Capítulo II Revisão da Literatura 4 Índice geral Capítulo I Introdução e objectivo 1 Pág. 1.0 Introdução 2 1.1 Objectivos do estudo 2 1.2 Motivação para o estudo 2 Capítulo II Revisão da Literatura 4 2.1 O Suicídio na História e na Literatura:

Leia mais

Introdução ao Controle das Infecções Hospitalares. Prof. Carlos Alberto C. Ricaldoni

Introdução ao Controle das Infecções Hospitalares. Prof. Carlos Alberto C. Ricaldoni Introdução ao Controle das Infecções Hospitalares Prof. Carlos Alberto C. Ricaldoni carlosrc@kroton.com.br Aspectos históricos HOSPITAIS INFECÇÃO HOSPITALAR Hospital 325 d.c. Próximo de catedrais Pacientes

Leia mais

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO HEPATITES VIRAIS PROGRAMA MUNICIPAL DE HEPATITES VIRAIS CENTRO DE CONTROLE DE DOENÇAS (CCD) COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (COVISA) SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE IMPORTÂNCIA DO FÍGADO O fígado é

Leia mais

CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE

CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE Gradycéllia de Oliveira Alcântra, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG, campus Cajazeiras),

Leia mais

Prática de medicina baseada em evidências em um centro de tratamento intensivo pediátrico

Prática de medicina baseada em evidências em um centro de tratamento intensivo pediátrico CARLOS AUGUSTO CARDIM DE OLIVEIRA Prática de medicina baseada em evidências em um centro de tratamento intensivo pediátrico Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção

Leia mais

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS Thaís A MARINHO, Regina MB MARTINS, Carmem LR LOPES, Fernando AF BARTHOLO, Aline

Leia mais

Hospital Geral de Fortaleza

Hospital Geral de Fortaleza Hospital Geral de Fortaleza MANUAL DE CONDUTAS Exposição Ocupacional A Material Biológico: Hepatite e HIV CONDUTAS A SEREM POSTAS EM PRÁTICA EM CASO DE EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO POTENCIALMENTE CONTAMINADO

Leia mais

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde 1 CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO MUNICIPAL PARA ATENDIMENTO AO PROFISSIONAL EXPOSTO A MATERIAL BIOLÓGICO: MUNICÍPIO DE

Leia mais

RECOMENDAÇÕES PARA ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO DE EXPOSIÇAO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO : HIV E HEPATITES B e C

RECOMENDAÇÕES PARA ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO DE EXPOSIÇAO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO : HIV E HEPATITES B e C RECOMENDAÇÕES PARA ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO DE EXPOSIÇAO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO : HIV E HEPATITES B e C 1 Cristiane Rapparini Secretaria Municipal de Saúde RJ Gerência de DST/AIDS Universidade

Leia mais

Profissionais da Saúde: impactos psicossociais após acidente ocupacional com material potencialmente contaminado

Profissionais da Saúde: impactos psicossociais após acidente ocupacional com material potencialmente contaminado 150 Profissionais da Saúde: impactos psicossociais após acidente ocupacional com material potencialmente contaminado Iris Ricardo Rossin - Doutor em Medicina (Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto),

Leia mais

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade DOCUMENTO: ACIDENTE OCUPACIONAL COM MATERIAL BIOLÓGICO Página: 1/14 DEFINIÇÃO: Os profissionais da área da saúde (PAS) estão constantemente expostos aos mais diversos grupos de riscos ocupacionais, como

Leia mais

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (X) SAÚDE AVALIAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES MÉDICAS PARA MARCADORES DA HEPATITE B EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

Faculdade de Medicina

Faculdade de Medicina Faculdade de Medicina Universidade Federal do Ceará Módulo ABS da Criança AIDS perinatal Atenção Básica de Saúde da Gestante e do RN TRANSMISSÃO MATERNO- INFANTIL DO HIV Taxa de transmissão vertical sem

Leia mais

Cadeia de caracteres (strings)

Cadeia de caracteres (strings) BCC 201 - Introdução à Programação I Cadeia de caracteres (strings) Guillermo Cámara-Chávez UFOP 1/1 Cadeia de caracteres I Definição: são seqüências de letras, números ou símbolos onde o último caracter

Leia mais

TÍTULO: PERFIL DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES ENCONTRADAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ONCOLÓGICA

TÍTULO: PERFIL DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES ENCONTRADAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ONCOLÓGICA TÍTULO: PERFIL DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES ENCONTRADAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ONCOLÓGICA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA:

Leia mais

Prevenção de infecções RISCO SANITÁRIO HOSPITALAR HOSPITAIS SENTINELA. Cristiane Rapparini Projeto Riscobiologico.org

Prevenção de infecções RISCO SANITÁRIO HOSPITALAR HOSPITAIS SENTINELA. Cristiane Rapparini Projeto Riscobiologico.org Prevenção de infecções RISCO SANITÁRIO HOSPITALAR HOSPITAIS SENTINELA Cristiane Rapparini Projeto Riscobiologico.org RISCOS BIOLÓGICOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE HIV Hepatite B Hepatite C Transmissão sangüínea

Leia mais

1 Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás 2 Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás

1 Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás 2 Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás artigo original ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO ENTRE PROFISSIONAIS DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM GOIÂNIA Adriana Oliveira Guilarde, 1 Ana Maria de Oliveira, 1 Marianna Tassara, 2 Bethânia de Oliveira

Leia mais

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS Profa. Ms.: Themis Rocha MARCADORES INESPECÍFICOS Aminotransferases ALT ou TGP e AST ou TGO. Bilirrubinas. Fosfatase alcalina. Linfocitose. ISOTIPOS DE ANTICORPOS

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO ELAINE MEGUMI TAKI PERFIL DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL

Leia mais

SERVIÇO O DE ATENDIMENTO A ACIDENTES COM MATERIAL GICO: Experiência do Instituto de Infectologia Emílio Ribas

SERVIÇO O DE ATENDIMENTO A ACIDENTES COM MATERIAL GICO: Experiência do Instituto de Infectologia Emílio Ribas SERVIÇO O DE ATENDIMENTO A ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO GICO: Experiência do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira Junior O Instituto de Infectologia Emílio Ribas

Leia mais

Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia

Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia ESTUDO DA COBERTURA VACINAL CONTRA INFLUENZA NO PERFIL DE MORTALIDADE DE IDOSOS NO BRASIL Autora:

Leia mais

Introdução RESUMO. 92 N. 2, Novembro/2011 CCIH, 2 UTI, 3 CTI

Introdução RESUMO. 92 N. 2, Novembro/2011 CCIH, 2 UTI, 3 CTI Implantação de um check-list para inserção de cateter central na Unidade de Terapia Intensiva Mayra Gonçalves Menegueti 1, Erick Apinagés dos Santos 2, Fernando Belissimo Rodrigues 1, Roberta Diez 3, Anibal

Leia mais

Í N D I C E INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO TEÓRICO E PROBLEMÁTICA METODOLOGIA...

Í N D I C E INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO TEÓRICO E PROBLEMÁTICA METODOLOGIA... Í N D I C E INTRODUÇÃO... 1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO E PROBLEMÁTICA... 2. METODOLOGIA... 2.1. A delimitação do objecto... 2.2. Métodos e técnicas de investigação... 2.3. A observação, as entrevistas e a

Leia mais

ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES ENTRE OS ENFERMEIROS NUMA MATERNIDADE

ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES ENTRE OS ENFERMEIROS NUMA MATERNIDADE ! "#$ " %'&)(*&)+,.- /10.2*&4365879&4/1:.+58;.2*=?5.@A2*3B;.- C)D 5.,.5FE)5.G.+ &4- (IHJ&?,.+ /?=)5.KA:.+5MLN&OHJ5F&4E)2*EOHJ&)(IHJ/)G.- D - ;./);.& ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES ENTRE OS ENFERMEIROS

Leia mais

VACINANDO O PROFISSIONAL DE SAÚDE. Luciana Sgarbi CCIH - FAMEMA

VACINANDO O PROFISSIONAL DE SAÚDE. Luciana Sgarbi CCIH - FAMEMA VACINANDO O PROFISSIONAL DE SAÚDE Luciana Sgarbi CCIH - FAMEMA Vacinando o Profissional da Saúde O Ambiente Hospitalar Maior risco de aquisição e transmissão de doenças infecciosas Vacinando o Profissional

Leia mais

PORTARIA CFO-SEC-56, de 25 de fevereiro de 1999

PORTARIA CFO-SEC-56, de 25 de fevereiro de 1999 Página 1 PORTARIA CFO-SEC-56, de 25 de fevereiro de 1999 O Plenário do Conselho Federal de Odontologia, em reunião realizada no dia 25 de fevereiro de 1999, RESOLVE: Art. 1º. Referendar as deliberações

Leia mais

LEI N 999, DE 08 DE NOVEMBRO DE 2018.

LEI N 999, DE 08 DE NOVEMBRO DE 2018. Quinta-feira, 22 de Novembro de 2018 Edição N 985 Caderno II 4 LEI N 999, DE 08 DE NOVEMBRO DE 2018. Altera o Quadro de Cargos de provimento efetivo, criando novos cargos, extinguindo vagas e dando novas

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 7. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 7. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 7 Profª. Lívia Bahia Doenças Sexualmente Transmissíveis Hepatites Virais As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes

Leia mais

CAPÍTULO I DO CARGO DE MÉDICO

CAPÍTULO I DO CARGO DE MÉDICO MEDIDA PROVISÓRIA No, DE DE DE 2017 Posterga ou cancela aumentos remuneratórios para os exercícios subsequentes, altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos

Leia mais

Seminário Nacional 20 anos do Tratamento Antirretroviral no Brasil Avanços e Desafios. O papel dos ARVs na Prevenção. PEP : Profilaxia pós Exposição

Seminário Nacional 20 anos do Tratamento Antirretroviral no Brasil Avanços e Desafios. O papel dos ARVs na Prevenção. PEP : Profilaxia pós Exposição Seminário Nacional 20 anos do Tratamento Antirretroviral no Brasil Avanços e Desafios O papel dos ARVs na Prevenção PEP : Profilaxia pós Exposição Cláudia Afonso Binelli cbinelli@crt.saude.sp.gov.br 13

Leia mais

2,5 milhões de profissionais da área de saúde. Total de acidentes notificados correspondiam ao setor de saúde (2004)

2,5 milhões de profissionais da área de saúde. Total de acidentes notificados correspondiam ao setor de saúde (2004) 2,5 milhões de profissionais da área de saúde Total de 458.956 acidentes notificados 30.161 correspondiam ao setor de saúde (2004) 30% maior em relação a 2003, com 23.108 notificações PCMSO Qualquer edificação

Leia mais

MEDIDA PROVISÓRIA 805, DE 30 DE OUTUBRO DE 2017

MEDIDA PROVISÓRIA 805, DE 30 DE OUTUBRO DE 2017 MEDIDA PROVISÓRIA 805, DE 30 DE OUTUBRO DE 2017 Posterga ou cancela aumentos remuneratórios para os exercícios subsequentes, altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime

Leia mais