Receitas e Despesas Públicas. Prof. Ms Paulo Dantas
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- Lívia Coradelli Rijo
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1 Receitas e Despesas Públicas Prof. Ms Paulo Dantas
2 Considera-se, como receita pública, todo o recurso obtido pelo Estado para atender às despesas públicas. As receitas públicas efetiva provem dos serviços prestados direta ou indiretamente, pelo Governo, à coletividade em troca da cobrança dos tributos e por mutação patrimonial decorrente da alienação de bens, da amortização dos empréstimos concedidos, etc. Já as despesas públicas formam o complexo da distribuição e emprego das receitas para custeio de diferentes setores da administração.
3 Entende-se genericamente, por Receita Pública todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, que seja efetivado através de numerário ou outros bens representativos de valores que o Governo tem o direito de arrecadar em virtude de leis, contratos ou quaisquer outros títulos de que devirem direitos a favor do Estado -, que seja oriundo de alguma finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertence ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertencerem. Assim receita pública é todo recurso obtido pelo Estado para atender às despesas públicas
4 RECEITA ORÇAMENTÁRIA A Receita Orçamentária é a consubstanciada no orçamento público, consignada na Lei Orçamentária, cuja especificação deverá obedecer à discriminação constante do Anexo nº 3 da Lei federal 4.320/64. Classificação Econômica A Lei Federal n 4.320, a respeito da receita orçamentária diz: A receita classificar-se-ia nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital
5 São Receitas Correntes as receitas tributárias de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinados a atender despesas classificáveis em despesas Correntes. Por meio desse dispositivo legal, observamos a existência de uma série de fontes de Receitas Correntes que são integrantes do Anexo 3, da Lei Federal 4.320/64.
6 São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiro da constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do orçamento correntes. Por meio desse dispositivo legal, também observamos a existência de uma série de fontes de Receitas de Capital que também fazem parte do Anexo nº 3 da Lei Federal nº 4.320/64
7 A Receita Extra-orçamentária, segundo grupo da receita pública, compreende os recolhimentos feitos que constituam compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. Por conse guinte, o Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem. O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações e outras, sendo a sua arrecadação classifi cada como receita extra-orçamentária.
8 Constituem Despesa Pública os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc. Entende-se hoje o orçamento como uma técnica especializada de administração do dinheiro público, onde se procura, através de um processo de elaboração, execução e avaliação de programas, previamente formulados, a melhor aplicação dos recursos financeiros disponíveis.
9 As Despesas Públicas classifica-se em dois grandes grupos, a saber: Despesa Orçamentária e Despesas Extra- Orçamentária. Despesa Orçamentária É aquela cuja realização depende de autorização legislativa. Não pode se realizar sem crédito orçamentário correspondente; em outras palavras, é a que integra o orçamento, despesa discriminada e fixada no orçamento público.
10 É aquela paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independente de autorização legislativa, pois se constitui em saídas do passivo financeiro, compensatórias de entradas no ativo financeiro, oriundas de receitas extraorçamentárias, correspondendo à restituição ou entrega de valores recebidos, como cauções, depósitos, consignações e outros.
11 Os artigos 12 e 13, bem como o Anexo 4, da Lei Federal nº 4.320/64, apresentam a discriminação da despesa orçamentária, onde se identificam duas categorias econômicas, que são as bases: Despesas Correntes e Despesas de Capital. Despesas Correntes Despesas Correntes são os gastos de natureza operacional, realizados pela administração pública, para a manutenção e o funcionamento dos seus órgãos.
12 Despesas de Capital são os gastos realizados pela administração pública, cujo propósito é o de criar novos bens de capital ou mesmo de adquirir bens de capital já em uso, como é o caso dos investimentos e inversões financeiras, respectivamente, e que constituirão, em última análise, incorporações ao patrimônio público de forma efetiva ou através de mutação patrimonial.
13 A despesa orçamentária, desde a edição do Código de Contabilidade Pública, em 08 de novembro de 1922, determinou que a despesa do Estado deve passar por três estágios. O empenho; A liquidação; e O pagamento.
14 A Fixação, que é em realidade a primeira etapa ou estágio desenvolvido pela despesa orçamentária, é cumprida por ocasião da edição da discriminação das tabelas explicativas, baixadas através da Lei de Orçamento. Seja dito de passagem que ela é precedida por toda uma gama de procedimentos que vão desde a elaboração das propostas, a mensagem do Poder Executivo, o projeto de lei, a discussão pelo Poder Legislativo e a conseqüente aprovação e promulgação, transformando-a em Lei Orçamentária.
15 Empenho como segundo estágio da despesa orçamentária, é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Portanto, uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação de pagamento para o Estado. Liquidação A Liquidação da despesa, como terceiro estágio da despesa, consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
16 O Pagamento, quarto e último estágio a ser percorrido pela despesa orçamentária, é o ato onde o poder público faz a entrega do numerário correspondente, recebendo a devida quitação. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação, por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas, por estabelecimentos credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.
17 Obrigado e bons estudos! Campus Liberdade R. Galvão Bueno, São Paulo SP Brasil Tel: (55 11)
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