O ISS NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS
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- Otávio Barbosa Maranhão
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1 O ISS NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS
2 O QUE SÃO SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS?
3 Art CF/88 - Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário. (Lei 8.935/94). 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro. (Lei /00). 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses. (Iniciativa dos Tribunais de Justiça Estaduais).
4 QUEM SÃO OS NOTÁRIOS E REGISTRADORES?
5 Os notários e registradores são agentes públicos, estes profissionais jurídicos desempenham importante papel para a validade, eficácia, segurança e controle dos atos negociais.
6 Lei 6.015/73 (Lei dos Registros Públicos): Art. 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela legislação civil para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei. 1º Os Registros referidos neste artigo são os seguintes: I - o registro civil de pessoas naturais; II - o registro civil de pessoas jurídicas; III - o registro de títulos e documentos; IV - o registro de imóveis.
7 1 Nascimentos; 2 Casamentos; 3 Óbitos; 4 Ausências; 5 Emancipações; 6 Interdições; REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Averbações e anotações.
8 REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS 1 Atos constitutivos das sociedades simples, associações, entidades religiosas, partidos políticos, fundações, etc.
9 REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS Art No Registro de Títulos e Documentos será feita a transcrição: I - dos instrumentos particulares, para a prova das obrigações convencionais de qualquer valor; II - do penhor comum sobre coisas móveis; III - da caução de títulos de crédito pessoal e da dívida pública federal, estadual ou municipal, ou de Bolsa ao portador; IV - do contrato de penhor de animais, não compreendido nas disposições do art. 10 da Lei nº 492, de ; V - do contrato de parceria agrícola ou pecuária; VI - do mandado judicial de renovação do contrato de arrendamento para sua vigência, quer entre as partes contratantes, quer em face de terceiros (art. 19, 2º do Decreto nº , de ); VII - facultativo, de quaisquer documentos, para sua conservação. Parágrafo único. Caberá ao Registro de Títulos e Documentos a realização de quaisquer registros não atribuídos expressamente a outro ofício
10 REGISTRO DE IMÓVEIS Em síntese, o Registro de Imóveis tem por objetivo assegurar ampla publicidade dos direitos reais e da situação jurídica dos imóveis, de forma a garantir a validade e a eficácia desses direitos. Atribuições registrais elencadas no art. 167 da Lei 6.015/73.
11 LEI 8.935/94 REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos. Art. 3º Notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador, são profissionais do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de registro.
12 LEI / REGULA O 2º DO ART. 236 DA CF/88 Art. 1 o Os Estados e o Distrito Federal fixarão o valor dos emolumentos relativos aos atos praticados pelos respectivos serviços notariais e de registro, observadas as normas desta Lei. Parágrafo único. O valor fixado para os emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados.
13 REGIMENTO DE CUSTAS E EMOLUMENTOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA Art. 1º. As custas dos serviços e atos forenses e os emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro, oficializados ou não, são cobrados de acordo com este Regimento, não se permitindo interpretação analógica, paridade ou qualquer outro fundamento para a cobrança de situações não previstas nas respectivas rubricas.
14 FERRAMENTAS DA ATIVIDADE NOTARIAL
15 CENSEC O que é? A Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados - CENSEC - é um sistema administrado pelo Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal - CNB-CF - cuja finalidade é gerenciar banco de dados com informações sobre existência de testamentos, procurações e escrituras públicas de qualquer natureza, inclusive separações, divórcios e inventários lavradas em todos os cartórios do Brasil.
16 SELO DIGITAL DE FISCALIZAÇÃO O mecanismo de segurança do Selo Digital baseia-se na possibilidade de conferência das informações de um ato praticado numa serventia com aquelas disponíveis para consulta pela internet no Portal do Selo Digital. Ao praticar atos notariais e registrais, as serventias catarinenses têm a obrigação legal de utilizar o Selo Digital de Fiscalização e transmitir o conjunto de informações dos atos imediatamente após sua lavratura para o Poder Judiciário. Dessa forma, é possível a qualquer interessado que esteja na posse de um documento com um Selo Digital visualizar o seu conteúdo no Portal de Consulta, disponível na internet no endereço selo.tjsc.jus.br.
17 PORTAL EXTRAFÁCIL TJ/SC O Extra Fácil, ferramenta acessível ao público, foi desenvolvido pela Corregedoria-Geral da Justiça de Santa Catarina com intuito de esclarecer tanto dúvidas básicas quanto questionamentos mais complexos, cujas respostas estão assentadas em lei ou estampadas em exegese sedimentada pelos órgãos reguladores.
18 PESQUISA GRATUITA DE PROTESTOS
19 O IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
20 ORIGEM DO IMPOSTO ISS O imposto sobre serviços de qualquer natureza ISS, também mencionado pelas siglas ISQN ou ISSQN, como o próprio nome diz, é o imposto que incide quando há prestação de um serviço. O fato gerador do imposto é definido pela lei municipal; mas essa definição há de respeitar os limites fixados pela lei complementar, que, por seu turno, não pode ultrapassar os limites decorrentes da norma da Constituição que atribui competência aos Municípios.
21 PREVISÃO CONSTITUCIONAL DO ISS Art Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) III serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
22 Antes do advento da Lei Complementar nº 116/2003, o Decreto-Lei nº 406/68 era o diploma legal que tratava das normais gerais do ISS, diploma este recepcionado pela CF/88 com status de lei complementar. Em 2003, com a edição da Lei Complementar nº 116/2003, novas regras gerais sobre o ISS foram introduzidas no ordenamento jurídico brasileiro. E novos serviços foram incluídos no rol de serviços tributáveis, dentre eles os serviços prestados por tabeliães e oficiais de registro itens 21 e da norma.
23 ALÍQUOTAS PARA O ISS Os Municípios gozam de autonomia para fixar as alíquotas do ISS, mas a União poderá, por lei complementar, fixar alíquotas máximas e mínimas para esse imposto. Nos termos do art. 8º da Lei Complementar nº 116/2003, a alíquota máxima do ISS é de 5%. Art. 88 do ADCT prevê alíquota mínima de 2%.
24 DESDOBRAMENTOS ORIGINADOS PELA LEI COMPLEMENTAR 116/2003.
25 ADI 3089 STF A associação dos Notários e Registradores do Brasil ANOREG/BR, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3089 requerendo ao STF que suspendesse a aplicação dos itens 21 e da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003. No que tange à tramitação, em 2008 o STF proferiu o julgamento do processo, que por votação majoritária, entendeu pela improcedência do pedido.
26 Ficou fixada a posição segundo a qual a atividade em questão não se enquadra na imunidade recíproca entre os entes federativos prevista no artigo 150, inciso VI, alínea a, da Constituição Federal. Ainda que os serviços notariais e de registro sejam prestados, na forma do artigo 236 da Constituição, por delegação do poder público, essa condição não é suficiente para resguardá-los da possibilidade de sofrer tributação.
27 O julgamento considerou tão somente que os serviços notariais e de registros públicos são passíveis de tributação pelo ISS, sem mencionar posicionamento sobre a base cálculo.
28 BASE DE CÁLCULO REGRA GERAL Art. 7º da Lei Complementar 116/2003. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
29 COBRANÇA DE ISS POR PREÇO FIXO Art. 9º - Decreto-Lei 406/68 - A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho. STJ negou aplicação do artigo para o serviços notariais e de registro.
30 ALGUNS EXEMPLOS DE COBRANÇA EM SANTA CATARINA Joinville/SC: Cobrança de ISS repassada ao usuário do serviço (Lei Complementar nº 155, de 19 de dezembro de 2003). Itajaí/SC: Cobrança de ISS por meio de valor fixo anual (Lei Complementar nº 191, de 14 de abril de 2011).
31 FELIPE GUIMARÃES DE OLIVEIRA TABELIÃO SUBSTITUTO 1º TABELIONATO DE NOTAS E PROTESTO DE PALHOÇA/SC FELIPE@MARGARIDA.NOT.BR
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