Direito Humano. à Educação. Plataforma Dhesca Brasil e Ação Educativa

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1 Direito Humao à Educação Plataforma Dhesca Brasil e Ação Educativa

2 Orgaização: Plataforma Dhesca Brasil e Ação Educativa Coordeação Editorial: Deise Carreira, Laura Bregeski Schühli e Salomão Ximees Autores: Ester Rizzi, Maria Gozalez e Salomão Ximees Colaboração: Deise Carreira e Suelaie Careiro Revisão: Silmara Vitta Projeto Gráfico e Editoração: SK Editora Ltda. Ilustração: Cristiao Suguimati Impressão e Acabameto: Maxigrafica Cooperação: Uesco Apoio istitucioal: EED, ICCO Apoio: Fudação Ford Tiragem: exemplares Ficha Bibliográfica Coleção Maual de Direitos Humaos volume 07 Direito Humao à Educação 2ª edição Atualizada e Revisada. Novembro 2011 ISBN: Esta publicação tem sua reprodução permitida, desde que citada a fote. Plataforma Dhesca Brasil Rua Des. Ermelio de Leão, º 15- cj. 72 Cetro Curitiba PR CEP Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Iformação Rua Geeral Jardim, º 660 Vila Buarque São Paulo SP CEP / Novembro 2011

3 Direito Humao à Educação Plataforma Dhesca Brasil e Ação Educativa

4 Ë Ídice Apresetação 6 A educação o Brasil 8 Educação e direitos humaos 14 Direitos humaos 14 Um pouco de história 14 Características dos direitos humaos 16 Educação como direito humao 18 Características do direito à educação 24 Dimesões do direito à educação 25 O direito à educação o Brasil 27 Dever de respeitar, proteger e promover o direito à educação 27 As leis brasileiras 28 Educação e esio 29 A orgaização do esio: detalhado os deveres e resposabilidades 29 Educação é direito de todos. Todos mesmo! 35 Govero federal, estado e muicípio. Quem faz o quê? 36 Como deve ser a educação escolar? 37 Material, trasporte, mereda 39 Ir e vir 40 Livro, cadero, uiforme 41 Lache, mereda, comida 42

5 Para eteder as verbas da educação 43 Custo aluo-qualidade 46 Como exigir o direito à educação 48 Pressão social 49 Atuação política 50 Exigibilidade com ajuda da justiça (Justiciabilidade) 53 A força da pressão iteracioal 60 Como fazer uma petição 65 Quem é quem a defesa do direito à educação 70 Órgãos públicos 70 Orgaizações da sociedade civil 72 Sugestões de págias a iteret 74 Sobre a Plataforma Dhesca Brasil 78 O que são as Relatorias Nacioais de Direitos Humaos? 78 Relatoria Nacioal para o Direito Humao à Educação 79 Sobre a Ação Educativa 82 Sobre os autores 84 Etidades filiadas à Plataforma Dhesca Brasil 85

6 Ë Apresetação S e você abriu esta publicação é porque luta, acredita e se orgaiza. Ode você estiver, com o que você trabalhar, seja a escola, a associação, o coselho, o sidicato, debaixo de um pé de maga, a beira de um rio, o agito da cidade: seja bem-vido! Seja bem-vida! Este material faz parte de uma série com quatro publicações, orgaizadas pela Plataforma Dhesca Brasil, que tratam de diferetes aspectos dos direitos humaos: meio ambiete, cidade, trabalho, educação e terra, território e alimetação. Apresetamos aqui um cojuto de experiêcias e saberes proporcioado pelo trabalho das Relatorias Nacioais em Dhesca, iiciado em 2002, e que já esteve em 23 estados brasileiros, com mais de 130 Missões realizadas. No caso da publicação Direito Humao à Educação, esta foi cocebida e realizada em parceria com a Ação Educativa, orgaização ão goverametal que há dezessete aos promove e defede o direito à educação e os direitos da juvetude. Desde 2004, a Ação Educativa desevolve o Programa Ação a Justiça, que tem como objetivo promover a justiciabilidade dos direitos educacioais, por meio da educação jurídica popular, do apoio à mobilização social e da atuação o Sistema de Justiça. Ambas orgaizações, após aos de trabalho, setiram a ecessidade de ter um documeto comum, de ampla divulgação e fácil acesso, que sistematize cohecimetos e apote camihos para que os direitos humaos sejam realmete agregados às dimesões físicas e cocretas da vida de todos. Assim surgiu este maual, cuja 2ª edição agora apresetamos. Após um breve histórico sobre os direitos humaos em geral, o documeto aprofuda aspectos do direito à educação, tais como as leis que o asseguram, as pricipais violações que ocorrem em osso país e os espaços, istrumetos e meios istitucioais por meio dos quais pode ser exigido. Ao fial, você ecotrará uma lista com as etidades que formam a Plataforma Dhesca Brasil, além de outras que atuam a defesa dos direitos humaos em geral e do direito à educação em particular. Cada istituição pode ser um poto de apoio a busca pela realização dos direitos aqui apresetados. 6 Direito Humao à Educação / Apresetação

7 Acreditamos que o camiho a ser trilhado a luta pela implemetação dos direitos humaos passa, ecessariamete, pelo recohecimeto de seu sigificado e coteúdo. Também pressupõe o cohecimeto dos meios de promoção da exigibilidade dos direitos previstos os tratados iteracioais, a Costituição e as leis. Nesse setido, a coscietização é parte do processo de mobilização social pela democratização efetiva dos direitos. Esta publicação foi pesada para servir tato como material de estudo e cosulta idividual como para ser utilizada em atividades de formação, tais como cursos, oficias, grupos de estudo e debates. Agradecemos os apoios que possibilitaram esta iiciativa, especialmete à Fudação Ford e à Uesco. Boa leitura! Alexadre Cicoello, Adressa Caldas, Darci Frigo e Maria Luisa Pereira de Oliveira Coordeação Executiva da Plataforma Dhesca Brasil Salomão Ximees e Ester Rizzi Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Iformação Programa Ação a Justiça Deise Carreira e Suelaie Careiro Relatoria do Direito Humao à Educação Direito Humao à Educação / Apresetação 7

8 Ë A educação o Brasil O crescimeto da escolarização o Brasil se deu pricipalmete pela ampliação do esio público. A participação do esio privado a educação básica é pequea em todas as etapas: educação ifatil, esio fudametal e esio médio. Em 2010, foram registradas cerca de 51 milhões de matrículas a educação básica, 85% delas as redes públicas de esio (Tabela 1). Nas últimas décadas, osso país coseguiu algus avaços a educação. O úmero de pessoas que ão sabiam ler e escrever dimiuiu a taxa de aalfabetismo caiu de 13,6% em 2000 para 9,6% em 2010 e hoje quase todas as criaças etre 6 e 14 aos estão matriculadas a escola. Etretato, como comprova a persistêcia da alta taxa de aalfabetismo (9,6%, o que equivale a cerca de 14 milhões de pessoas com mais de 15 aos de idade), estamos muito loge de ter superado todos os problemas. Aida há muitas criaças, adolescetes, joves e adultos fora da escola. Também são muitas as pessoas que desistem de estudar, que frequetam escolas sem a qualidade desejada e que estão matriculadas, mas ão coseguem apreder. Também é eorme o cotigete de joves que cocluem a educação básica e ão ecotram oportuidades de acesso à educação superior gratuita e de qualidade. Tabela 1 Número e porcetagem de matrículas as redes pública e privada de esio Educação Básica (2010) Pública Privada Creches (65,6%) (34,4%) Pré-escola (76,2%) (23,8%) Esio fudametal (87,3%) (12,7%) Esio médio (88,2%) (11,8%) Educação de joves e adultos (96,8%) (3,2%) Educação profissioal (43,5%) (56,5%) Educação especial (ão icluídos em classes comus) (34,5%) (65,5%) Fote: Ceso Escolar 2010 (MEC/INEP). 8 Direito Humao à Educação / A educação o Brasil

9 Desigualdades educacioais Diferetes desigualdades marcam a educação brasileira. O direito à educação está mais distate para quem é pobre, egro(a), tem meos de 6 ou mais de 14 aos de idade e também para quem mora a zoa rural, possui alguma deficiêcia, está a prisão, etre muitos exemplos que poderiam ser citados. Vejamos algus dados. Tabela 2 Aalfabetismo (2009) Brasil: 9,7% Taxa de aalfabetismo Nordeste: 18,7% Sudeste: 5,7% a população de Rural: 22,8% Urbaa: 7,4% 15 aos ou mais Preta/Parda: 13,4% Braca: 5,9% 20% + pobre: 17,4% 20% + rico: 2,0% Número absoluto: 14,1 milhões de pessoas que ão sabem ler e escrever Fote: CDES. Observatório da Equidade. As desigualdades a escolarização o Brasil. No caso da educação de joves e adultos que ão sabem ler e escrever, apeas uma pequea proporção deles frequetava cursos de alfabetização em 2009 (6% dos joves e 2% dos adultos), o que idica uma tedêcia à mauteção do quadro apresetado. Direito Humao à Educação / A educação o Brasil 9

10 Tabela 3 Educação ifatil (2009) Brasil: 18,4% Taxa de frequêcia a Preta/Parda: 16,7% Braca: 20,2% estabelecimeto de esio - Rural: 8,9% Urbaa: 20,5% 0 a 3 aos (creche) Norte: 8,3% Sul: 24,2% 20% + pobre: 12,2% 20% + rico: 36,3% Brasil: 74,8% Taxa de frequêcia a Preta/Parda: 73,6% Braca: 76,4% estabelecimeto de esio - Rural: 63,5% Urbaa: 77,4% 4 e 5 aos (pré-escola) Sul: 59,5% Nordeste: 79,4% 20% + pobre: 67,8% 20% + rico: 92% Fote: CDES. Observatório da Equidade. As desigualdades a escolarização o Brasil. Os úmeros de acesso à educação ifatil, visualizados a Tabela 3, são preocupates. Iúmeros estudos já mostraram como é importate para o desevolvimeto da criaça e seu futuro desempeho escolar a experiêcia da educação ifatil. Também devemos prestar ateção às codições de fucioameto dessas creches e escolas. O Ceso Escolar (2009) mostrou que 55,1% das criaças matriculadas a educação ifatil frequetaram estabelecimetos que ão possuem parque ifatil. Outro dado preocupate: 44,4% das criaças estavam em uidades sem saitários adequados. Apesar dos avaços a cobertura do esio fudametal (ou seja, o úmero de criaças e adolescetes que frequetam essa etapa do esio), há aida cerca de 800 mil criaças e adolescetes excluídos em todo o país e um grade úmero de estudates abadoa os estudos ou termia em mais tempo do que ecessário, o que se reflete a grade distorção idade-série. Além disso, diversas avaliações têm demostrado que a apredizagem dos aluos mostra-se muito aquém da esperada. 10 Direito Humao à Educação / A educação o Brasil

11 Tabela 4 Esio fudametal e médio Taxas de trasição e distorção idade-série (2009) Esio fudametal séries iiciais (1ª a 4ª) Esio fudametal séries fiais (5ª a 8ª) Taxa de promoção Taxa de repetêcia Taxa de evasão Distorção idade-série 78,9% 17,7% 3,4% Brasil: 23,3% Pará: 36,4% 70% 20,6% 9,4% São Paulo: 8,3% Brasil: 34,4% Esio médio 66,3% 23,1% 10,7% Pará: 57,4% Sata Cataria: 16,7% Fote: CDES. Observatório da Equidade. As desigualdades a escolarização o Brasil. Outra questão aida loge de ser solucioada é a iclusão de aluos com deficiêcia. Apeas 36,7% das escolas públicas e 26,4% das escolas particulares icluem aluos com deficiêcia (2009). A ifraestrutura das escolas fudametais públicas também está loge do desejável: 28% dos aluos estudam em escolas que ão possuem biblioteca e cerca de 40% deles ão cotam com quadra de esportes em suas escolas. Cerca de 15% dos adolescetes com idade etre 15 e 17 aos ão estão matriculados a escola. Detre os que estão matriculados, uma parte sigificativa está o esio fudametal. Tabela 5 Esio médio (2009) Brasil: 50,4 Preta/parda: 43,5% Braca: 60,3% Proporção de joves de 15 a Rural: 35,7% Urbaa: 54,4% 17 aos cursado o esio médio Nordeste: 39,2% Sudeste: 60,5% 20% + pobres: 32% 20% + ricos: 77,9% Homes: 45,3% Mulheres: 56,7% Fote: CDES. Observatório da Equidade. As desigualdades a escolarização o Brasil. Direito Humao à Educação / A educação o Brasil 11

12 Além da alta taxa de exclusão de adolescetes e joves do esio médio e das desigualdades o acesso a esse ível de esio, as codições de qualidade da oferta também são isuficietes. Praticamete metade dos estudates (43,9%) do esio médio público ão tem acesso a laboratório de ciêcias em suas escolas (2009) e 9,1% das escolas de esio médio ão possuem sequer biblioteca. Em decorrêcia da desvalorização profissioal dos(as) trabalhadores(as) da educação, há grade carêcia de professores(as) com habilitação específica para as disciplias que lecioam. Somete 21% dos(as) professores(as) de física, 37,6% dos(as) professores(as) de química e 51,9% dos(as) professores(as) de matemática têm liceciatura essas áreas de cohecimeto. Certamete, um dos maiores etraves para a realização do direito à educação o Brasil é a gritate desvalorização dos(as) trabalhadores(as) da educação, o que dificulta a mobilização e mauteção de profissioais qualificados as uidades básicas de esio. Dados oficiais do IBGE demostram que o salário médio dos(as) professores(as) equivale a somete 60% do salário médio dos demais profissioais com formação equivalete. 12 Direito Humao à Educação / A educação o Brasil

13 * * * * * * * Mais desigualdades a educação brasileira Existem 57,7 milhões de pessoas com mais de 18 aos que ão frequetam escola e que ão têm sequer o esio fudametal completo (PNAD, 2009). Mais de 70% dos 473 mil adultos privados de liberdade o país ão cocluíram o esio fudametal e apeas cerca de 17% estão frequetado alguma atividade educativa (Miistério da Justiça). Estima-se que 15 milhões de brasileiros(as) possuem algum tipo de deficiêcia. Etretato, em 2009, apeas pessoas com deficiêcia estavam matriculadas a escola (Ceso Escolar, 2009). A população egra, com média de 6,7 aos de estudo, tem praticamete 2 aos de estudo a meos que a braca (8,4 aos) (PNAD, 2009). O úmero médio de aos de estudo das pessoas de 15 aos ou mais de idade o Brasil é de 7,5; o Nordeste o úmero médio é de somete 6,3 aos de estudo, equato o Sudeste é de 8,2 aos de estudo (PNAD, 2009). 28% dos brasileiros mais de um quarto da população com idade etre 15 e 64 aos é aalfabeto fucioal. Etre aqueles que têm reda familiar de até um salário míimo, há 55% de aalfabetismo fucioal; a população com mais de dois salários míimos, a porcetagem cai para 22% (INAF, 2009). Equato o valor aual por aluo do Fudeb para cada estudate matriculado o esio fudametal é de R$ os dez estados de meor arrecadação (AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB, PE, PI e RN), alcaça R$ em São Paulo e R$ em Roraima (FNDE, 2011). Direito Humao à Educação / A educação o Brasil 13

14 Ë Educação e direitos humaos Ë Direitos humaos Os direitos humaos foram costruídos com base a ideia de digidade da pessoa humaa, ou seja, de que todo ser humao, idepedetemete de qualquer codição pessoal, deve ser igualmete recohecido e respeitado, ão podedo ser tratado como istrumeto de poucos, mas sim como fim de toda orgaização social e política. No etato, para se chegar a essa costrução, muitas foram as lutas travadas por campoeses, pequeos comerciates, trabalhadores, mulheres, itelectuais, escravos, homossexuais, joves, idígeas, etc. Da mesma forma, para que tais direitos sejam matidos e aplicados a prática, e para que ovos direitos sejam coquistados, é ecessário que cotiuemos lutado. O recohecimeto iteracioal dos direitos humaos represetou, assim, um passo histórico decisivo. Hoje muitos desses direitos estão previstos em documetos iteracioais assiados por ceteas de países e foram criados órgãos específicos para acompahar sua implemetação ao redor do mudo. Com esse processo, os direitos foram colocados acima das cotigêcias políticas dos países, fortalecedo a luta cotra os regimes autoritários, o imperialismo, o geocídio e a discrimiação. A todos devem ser garatidos os direitos humaos, estejam ou ão em seu país de origem. Ë Um pouco de história Na Europa e os Estados Uidos, etre o fial do século 17 e o século 18, ocorreu uma série de trasformações estruturais e políticas, que deu origem a uma mudaça de metalidade, fazedo com que as pessoas passassem a se preocupar em garatir a vida e a liberdade dos idivíduos, sem os abusos e arbitrariedades do Estado. A Revolução Americaa e pricipalmete a Revolução Fracesa cotribuíram para o surgimeto de uma série de direitos, como por exemplo, o direito à 14 Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos

15 vida, à liberdade de expressão, de pesameto, a garatia de que a lei só proibiria o que fosse prejudicial à sociedade, etre outros. Nas colôias da América do Sul e da África, ao mesmo tempo, os povos passaram a exigir os mesmos direitos proclamados a Declaração de Idepedêcia dos Estados Uidos da América (1776) e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Fraça, 1789). Em muitos casos, aos movimetos de idepedêcia somaram-se as lutas cotra a escravidão e a exploração dos povos. A crescete resistêcia dos africaos e de seus descedetes, maifesta em isurreições populares, foi o pricipal fator que iviabilizou a mauteção do regime escravocrata. A resistêcia idígea a América também se valeu do ideal dos direitos humaos, sedo atual a luta pelo recohecimeto de sua tradição cultural, pela mauteção de seu modo de vida e pela posse de suas terras origiárias. Esses direitos acabaram iflueciado as costituições de diversos países pelo mudo. Os direitos desse período histórico são chamados civis e políticos, deomiados de primeira geração. Com o iício da idustrialização, a partir do século 19, o desevolvimeto do capitalismo idustrial teve como cosequêcia a cotratação de grades massas de pessoas, gerado, por um lado, a exploração dos(as) trabalhadores(as) e, por outro, o eriquecimeto de pequeos grupos a burguesia, que passaram a se beeficiar da produção de bes e do avaço tecológico, excluido a maioria da população e agravado as suas codições de vida. Assim se iiciam as reividicações por direitos ecoômicos, sociais e culturais, deomiados de seguda geração dos direitos humaos. Tais direitos referem-se ao trabalho e salário digos, direito à saúde, à educação, à alimetação adequada, à orgaização sidical, ao direito de greve, à previdêcia social, ao acesso à cultura e à moradia, etre outros. Eles tiveram sua grade expressão o iício do século 20 com a Revolução Russa, a crise do capitalismo idustrial e com o começo de sua icorporação às costituições acioais. Em 1948, após os horrores cometidos durate a 2ª Guerra Mudial, como o geocídio de pessoas judias, cigaas e homossexuais promovido por azistas e o ataque e destruição das cidades japoesas de Hiroshima e Nagazaki pelas bombas atômicas laçadas pelos Estados Uidos, os países elaboraram um documeto com a iteção de estabelecer ormas para uma vida pacífica e diga. Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos 15

16 Esse documeto, de alcace mudial, estabelece regras etre as ações e o iterior de cada país a Declaração Uiversal dos Direitos Humaos. A Declaração icorpora tato os direitos civis e políticos quato os direitos ecoômicos, sociais e culturais. Também é criada a ONU Orgaização das Nações Uidas, cujo pricipal propósito é a mauteção da paz, evitado a repetição das atrocidades cometidas as duas grades guerras mudiais. Nos aos seguites, a proteção aos direitos humaos civis e políticos, ecoômicos, sociais e culturais se mostra isuficiete. O desrespeito à diversidade cultural etre povos, ao meio ambiete, a devastação do plaeta, a poluição do ar e da água, o acúmulo de lixo, assim como a cotiuidade da guerra e da exploração, fizeram surgir uma ova categoria de direitos humaos, que visa a proteger ão somete a pessoa idividual ou socialmete, mas também os direitos da humaidade, iclusive o direito das futuras gerações. Assim, garatir esses direitos é garatir que a vida de todas e todos, pessoas e povos, será melhor e mais saudável, agora e o futuro, detro e fora dos limites de cada país; esses são os direitos à paz, ao desevolvimeto, ao meio ambiete e à autodetermiação dos povos, deomiados de terceira geração. Ë Características dos direitos humaos Os direitos humaos são ormas míimas ecessárias para uma vida diga. Possuem quatro características que ajudam a eteder como devem ser iterpretados e realizados a prática: são uiversais, iterdepedetes, idivisíveis e justiciáveis. Mas vamos com calma para eteder cada uma dessas palavras. Uiversalidade Sigifica que os direitos humaos valem para todo mudo. Nehuma codição ou situação pode justificar o desrespeito à digidade humaa. Além disso, iguém pode reuciar a seus direitos. Não importa o país em que a pessoa teha ascido ou viva, seus direitos são os mesmos. O que pode mudar é a forma como esses direitos são garatidos pelos goveros. Por exemplo, o fato de uma pessoa estar fora do país em que asceu ou do qual é cidadão, seja ou ão de forma permaete, ão justifica que lhe seja egado o acesso à saúde, à alimetação, à educação e a todos os demais direitos. Da mesma forma, ão podem os goveros acioais adotar me- 16 Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos

17 didas cotra os direitos humaos de sua população ou de parte dela, pois a chamada soberaia acioal ão está acima do compromisso com os direitos humaos iteracioalmete assumidos. Idivisibilidade Todas as pessoas têm direito a gozar dos direitos em sua totalidade, sem fracioameto ou redução, sem serem obrigadas a abrir mão de um direito para acessar outro. Mais um exemplo: a educação, ão basta apeas garatir vagas (acesso), é preciso que o esio seja de qualidade e ateda às ecessidades e às especificidades dos diferetes grupos. Iterdepedêcia Todos os direitos estão relacioados etre si e ehum tem mais importâcia do que outro. Também ão há direito que possa ser realizado isoladamete, descosiderado os demais. Assim, só se pode exercer pleamete um direito se todos os outros são respeitados. Para desfrutar do direito à educação, por exemplo, é ecessária a garatia de outros direitos fudametais, como a alimetação e a saúde. E a saúde está mais protegida se a pessoa tem uma moradia diga, uma alimetação adequada e uma educação de qualidade. Também para participar ativamete da vida política e para se iserir de forma diga o mudo do trabalho é preciso ter acesso a uma escola de qualidade. Exigibilidade e justiciabilidade Os direitos podem ser exigidos quado forem desrespeitados ou violados. Como os direitos são previstos em leis acioais e também em ormas iteracioais como a Declaração Uiversal dos Direitos Humaos e os Pactos de Direitos Humaos de 1966, etre outros, para exigi-los, pode-se recorrer tato ao sistema de justiça acioal como itera- Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos 17

18 cioal. Essa exigibilidade ocorre tato o âmbito político, por meio de mobilizações sociais e de atuação os poderes públicos, como o âmbito jurídico (Poder Judiciário e Cortes Iteracioais), quado é chamada de Justiciabilidade. Ë Educação como direito humao A educação é um dos direitos humaos. Está recohecida o art. 26 da Declaração Uiversal dos Direitos Humaos de 1948: 1. Toda pessoa tem direito à istrução. A istrução será gratuita, pelo meos os graus elemetares e fudametais. A istrução elemetar será obrigatória. A istrução técico-profissioal será acessível a todos, bem como a istrução superior, esta baseada o mérito. 2. A istrução será orietada o setido do pleo desevolvimeto da persoalidade humaa e do fortalecimeto do respeito pelos direitos humaos e pelas liberdades fudametais. A istrução promoverá a compreesão, a tolerâcia e a amizade etre todas as ações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Uidas em prol da mauteção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito a escolha do gêero de istrução que será miistrada aos seus filhos. O direito humao à educação recohecido a Declaração foi fortalecido como orma jurídica iteracioal, pricipalmete, pelo Pacto Iteracioal dos Direitos Ecoômicos, Sociais e Culturais (arts. 13 e 14), da Coveção Relativa à Luta cotra a Discrimiação o Campo do Esio, da Coveção sobre os Direitos da Criaça (arts. 28 e 29) e do Protocolo Adicioal à Coveção Americaa sobre Direitos Humaos em Matéria de Direitos Humaos Ecoômicos, Sociais e Culturais (art. 13). Tratar a educação como um direito humao sigifica que ão deve depeder das codições ecoômicas dos estudates ou estar sujeita uicamete às regras de mercado. Também ão pode estar limitada à codição social, acioal, cultural, de gêero ou ético-racial da pessoa. O mais importate é coseguir que todas as pessoas possam exercer e estar coscietes de seus direitos. Nesse setido, o tópico 2 do art. 26 da Declaração é fudametal a defiição dos propósitos uiversais da educação. 18 Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos

19 O direito à educação tem um setido amplo, ão se refere somete à educação escolar. O processo educativo começa com o ascimeto e termia apeas o mometo da morte. A apredizagem acotece em diversos âmbitos, a família, a comuidade, o trabalho, o grupo de amigos, a associação e também a escola. Por outro lado, as sociedades moderas, o cohecimeto escolar é quase uma codição para a sobrevivêcia e o bem-estar social. Sem ele, ão se pode ter acesso ao cohecimeto acumulado pela humaidade. Além de sua importâcia como direito humao que possibilita à pessoa desevolver-se pleamete e cotiuar aprededo ao logo da vida, a educação é um bem público da sociedade, a medida em que possibilita o acesso aos demais direitos. Portato, a educação é um direito muito especial: um direito habilitate ou direito de sítese. E sabe por quê? Porque uma pessoa que passa por um processo educativo adequado e de qualidade pode exigir e exercer melhor todos seus outros direitos. A educação cotribui para que criaças, adolescetes, joves, homes e mulheres saiam da pobreza, seja pela sua iserção o mudo do trabalho, seja por possibilitar a participação política em prol da melhoria das codições de vida de todos. Também cotribui para evitar a margialização das mulheres, a exploração sexual e o trabalho ifatil, possibilita o efretameto de discrimiações e precoceitos, etre muitos outros exemplos que poderiam ser citados. A educação as ormas iteracioais de direitos humaos Pacto Iteracioal sobre Direitos Ecoômicos, Sociais e Culturais (1966) Artigo Os Estados Sigatários do presete Pacto recohecem o direito de toda pessoa à educação. Cocordam que a educação deve ser orietada para o pleo desevolvimeto da persoalidade humaa e do setido de sua digidade, e deve fortalecer o respeito pelos direitos humaos e liberdades fudametais. Cocordam, aida, que a educação deve capacitar todas as pessoas para participar efetivamete Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos 19

20 de uma sociedade livre, favorecer a compreesão, a tolerâcia e a amizade etre todas as ações e etre todos os grupos raciais, éticos ou religiosos e promover as atividades das Nações Uidas em prol da mauteção da paz. 2. Os Estados Sigatários do Presete Pacto recohecem que, com o objetivo de assegurar o pleo exercício desse direito: a) A educação primária deve ser obrigatória e acessível gratuitamete a todos; b) A educação secudária em suas diferetes formas, iclusive a educação secudária técica e profissioal, deve ser geeralizada e torar-se acessível a todos, por todos os meios apropriados e, pricipalmete, pela implemetação progressiva do esio gratuito; c) A educação de ível superior deve igualmete torar-se acessível a todos, com base a capacidade de cada um, por todos os meios apropriados e, pricipalmete, pela implemetação progressiva do esio gratuito; d) Deve-se fometar e itesificar, a medida do possível, a educação fudametal para aquelas pessoas que ão teham recebido ou termiado o ciclo completo de istrução primária; e) Deve-se prosseguir ativamete o desevolvimeto do sistema escolar em todos os íveis de esio, implemetar um sistema adequado de bolsas estudo e aprimorar cotiuamete as codições materiais do corpo docete. Coveção sobre os Direitos da Criaça (1989) Artigo Os Estados-Partes recohecem que a educação da criaça deverá estar orietada o setido de: a) Desevolver a persoalidade, as aptidões e a capacidade metal e física da criaça em todo o seu potecial; b) Imbuir a criaça o respeito aos direitos humaos e às liberdades fudame- 20 Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos

21 tais, bem como aos pricípios cosagrados a Carta das Nações Uidas; c) Imbuir a criaça o respeito aos seus pais, à sua própria idetidade cultural, ao seu idioma e seus valores, aos valores acioais do país em que reside, aos do evetual país de origem, e aos das civilizações diferetes da sua; d) Preparar a criaça para assumir uma vida resposável uma sociedade livre, com espírito de compreesão, paz, tolerâcia, igualdade de sexos e amizade etre todos os povos, grupos éticos, acioais e religiosos e pessoas de origem idígea; e) Imbuir a criaça o respeito ao meio ambiete. Coveção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiêcia (2007) Artigo 24 Educação 1. Os Estados-Partes recohecem o direito das pessoas com deficiêcia à educação. Para efetivar esse direito sem discrimiação e com base a igualdade de oportuidades, os Estados-Partes assegurarão sistema educacioal iclusivo em todos os íveis, bem como o apredizado ao logo de toda a vida, com os seguites objetivos: a) O pleo desevolvimeto do potecial humao e do seso de digidade e autoestima, além do fortalecimeto do respeito pelos direitos humaos, pelas liberdades fudametais e pela diversidade humaa; b) O máximo desevolvimeto possível da persoalidade, dos taletos e da criatividade das pessoas com deficiêcia, assim como de suas habilidades físicas e itelectuais; c) A participação efetiva das pessoas com deficiêcia em uma sociedade livre. 2. Para a realização desse direito, os Estados-Partes assegurarão que: a) As pessoas com deficiêcia ão sejam excluídas do sistema educacioal geral Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos 21

22 sob alegação de deficiêcia e que as criaças com deficiêcia ão sejam excluídas do esio primário gratuito e compulsório ou do esio secudário, sob alegação de deficiêcia; b) As pessoas com deficiêcia possam ter acesso ao esio primário iclusivo, de qualidade e gratuito, e ao esio secudário, em igualdade de codições com as demais pessoas a comuidade em que vivem; c) Adaptações razoáveis de acordo com as ecessidades idividuais sejam provideciadas; d) As pessoas com deficiêcia recebam o apoio ecessário, o âmbito do sistema educacioal geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; e) Medidas de apoio idividualizadas e efetivas sejam adotadas em ambietes que maximizem o desevolvimeto acadêmico e social, de acordo com a meta de iclusão plea. 3. Os Estados-Partes assegurarão às pessoas com deficiêcia a possibilidade de adquirir as competêcias práticas e sociais ecessárias de modo a facilitar às pessoas com deficiêcia sua plea e igual participação o sistema de esio e a vida em comuidade. Para tato, os Estados-Partes tomarão medidas apropriadas, iclusive: a) Torado dispoível o apredizado do braille, escrita alterativa, modos, meios e formatos de comuicação aumetativa e alterativa, e habilidades de orietação e mobilidade, além de facilitação de apoio e acoselhameto de pares; b) Torado dispoível o apredizado da lígua de siais e promoção da idetidade liguística da comuidade surda; c) Garatido que a educação de pessoas, em particular criaças cegas, surdocegas e surdas, seja miistrada as líguas e os modos e meios de comuicação mais adequados ao idivíduo e em ambietes que favoreçam ao máximo seu desevolvimeto acadêmico e social. 22 Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos

23 Coveção Relativa à Luta cotra a Discrimiação o Campo do Esio (UNESCO, 1960) Artigo 1º Para os fis da presete Coveção, o termo "discrimiação" abarca qualquer distição, exclusão, limitação ou preferêcia que, por motivo de raça, cor, sexo, lígua, religião, opiião pública ou qualquer outra opiião, origem acioal ou social, codição ecoômica ou ascimeto, teha por objeto ou efeito destruir ou alterar a igualdade de tratameto em matéria de esio, e, pricipalmete: a) Privar qualquer pessoa ou grupo de pessoas do acesso aos diversos tipos ou graus de esio; b) Limitar a ível iferior a educação de qualquer pessoa ou grupo; c) Sob reserva do disposto o art. 2º da presete Coveção, istituir ou mater sistemas ou estabelecimetos de esio separados para pessoas ou grupos de pessoas; d) De impor a qualquer pessoa ou grupo de pessoas codições icompatíveis com a digidade do homem. Artigo 3 A fim de elimiar e preveir qualquer discrimiação o setido da presete Coveção, os Estados-Partes se comprometem a: a) Elimiar quaisquer disposições legislativas e admiistrativas e fazer cessar quaisquer práticas admiistrativas que evolvam discrimiação; (...) c) Não admitir, o que cocere às despesas de esio, às atribuições de bolsas, (...) qualquer difereça de tratameto etre acioais pelos poderes públicos, seão as baseadas o mérito e as ecessidades; d) Não admitir, a ajuda que, evetualmete, e sob qualquer forma, for cocedida pelas autoridades públicas aos estabelecimetos de esio, ehuma preferêcia ou restrição baseadas uicamete o fato de que os aluos perteçam a determiado grupo; e) Coceder aos estrageiros que residirem em seu território o mesmo acesso ao esio que o cocedido aos próprios acioais. Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos 23

24 Ë Características do direito à educação Cada país tem autoomia para defiir como oferecerá à população o acesso à educação e ao esio. Etretato, as ormas iteracioais determiam que a educação, em todas as suas formas e íveis, deve ser sempre: dispoível, acessível, aceitável e adaptável. Vejamos o que cada uma dessas características sigifica. Dispoibilidade sigifica que a educação gratuita deve estar à disposição de todas as pessoas. A primeira obrigação do Estado brasileiro é assegurar que existam creches e escolas para todas as pessoas, garatido para isso as codições ecessárias (como istalações físicas, professores qualificados, materiais didáticos, etc.). Deve haver vagas dispoíveis para todos os que maifestem iteresse a educação escolar. O Estado ão é ecessariamete o úico resposável pela realização do direito à educação, mas as ormas iteracioais de direitos humaos obrigam-o a ser o pricipal resposável e o maior ivestidor, assegurado a uiversalização das oportuidades. 24 Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos

25 Acessibilidade É a garatia de acesso à educação pública, dispoível sem qualquer tipo de discrimiação. Possui três dimesões que se complemetam: 1) ão discrimiação; 2) acessibilidade material (possibilidade efetiva de frequetar a escola graças à proximidade da moradia ou à adaptação das vias e prédios escolares às pessoas com dificuldade de locomoção, por exemplo) e 3) acessibilidade ecoômica a educação deve estar ao alcace de todas as pessoas, idepedetemete de sua codição ecoômica, portato, deve ser gratuita. Aceitabilidade Garate a qualidade da educação, relacioada aos programas de estudos, aos métodos pedagógicos, à qualificação do corpo docete e à adequação ao cotexto cultural. O Estado está obrigado a assegurar que todas as escolas se ajustem aos critérios qualitativos elaborados e a certificar-se de que a educação seja aceitável tato para as famílias como para os estudates. A qualidade educacioal evolve tato os resultados do esio como as codições materiais de fucioameto das escolas e a adequação dos processos pedagógicos. Adaptabilidade Requer que a escola se adapte a seu grupo de estudates; que a educação correspoda à realidade das pessoas, respeitado sua cultura, costumes, religião e difereças; assim como possibilite o cohecimeto das realidades mudiais em rápida evolução. Ao mesmo tempo, exige que a educação se adeque à fução social de efretameto das discrimiações e desigualdades que estruturam a sociedade. A adaptação dos processos educativos às diferetes expectativas presetes a sociedade pressupõe a abertura do Estado à gestão democrática das escolas e dos sistemas de esio. Por isso a legislação do esio determia que os currículos devem ser compostos por uma base acioal comum, sedo complemetada, em cada estado ou muicípio, e em cada escola, por uma parte diversificada, exigida pelas características regioais e locais da sociedade, da cultura, da ecoomia e dos estudates. Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos 25

26 Ë Dimesões do direito à educação As quatro características que vimos acima os dizem que o direito humao à educação é muito mais que uma vaga a escola. Agora veremos que três dimesões desse direito chamam a ateção para como ele deve ser exercido, pois ão há setido em falar em direito à educação se outros direitos humaos são violados a escola. Direito humao à educação Como vimos, ão se resume ao direito de ir à escola. A educação deve ter qualidade, ser capaz de promover o pleo desevolvimeto da pessoa, respoder aos iteresses de quem estuda e de sua comuidade. Direitos humaos a educação O exercício do direito à educação ão pode estar dissociado do respeito a outros direitos humaos. Não se pode permitir, por exemplo, que a creche ou a escola, seus coteúdos e materiais didáticos reforcem precoceitos. Tampouco se deve aceitar que o espaço escolar coloque em risco a saúde e a seguraça de estudates, ou aida que a educação e a escola sejam geridas de forma autoritária, impossibilitado a livre maifestação do pesameto de professores e estudates, bem como sua participação a gestão da escola. Educação em direitos humaos Os direitos humaos devem fazer parte do processo educativo das pessoas. Para defeder seus direitos, todas as pessoas precisam cohecê-los e saber como reividicá-los a sua vida cotidiaa. Além disso, a educação em direitos humaos promove o respeito à diversidade (ético-racial, religiosa, cultural, geracioal, territorial, de gêero, de orietação sexual, de acioalidade, de opção política, detre outras), a solidariedade etre povos e ações e, como cosequêcia, o fortalecimeto da tolerâcia e da paz. No caso da educação básica, esses pricípios, características e dimesões precisam estar presetes a formação dos profissioais da educação, os materiais didáticos, o coteúdo das aulas e até a gestão da escola e a sua relação com a comuidade. Tato o que se esia como o modo como se esia precisam estar de acordo com os direitos humaos e estimular a participação e o respeito. Isso é o que propõe o Plao Nacioal de Educação em Direitos Humaos, cuja seguda versão foi cocluída em Direito Humao à Educação / Educação e direitos humaos

27 Ë O direito à educação o Brasil Ë Dever de respeitar, proteger e promover o direito à educação O Brasil, como sigatário dos tratados iteracioais, está obrigado a respeitar, proteger e promover os direitos humaos. Vejamos o caso da educação como cada uma dessas obrigações deve acotecer a prática. O dever de respeitar sigifica que o Estado ão pode criar obstáculos ou impedir o exercício do direito humao à educação. Isso implica obrigações de absteção, pois trata daquilo que os Estados ão deveriam fazer: por exemplo, impedir que as pessoas se eduquem, que orgaizem cursos livres em suas comuidades ou pela iteret, ou que abram escolas, desde que respeitem as codições estabelecidas as ormas sobre o tema. Evolve, portato, a liberdade de esiar e apreder, desde que respeitadas as ormas gerais que regulametam o esio formal. O dever de proteger exige que o Estado atue (obrigação ativa). É ecessário tomar medidas para evitar que terceiros (pessoas, grupos ou empresas, por exemplo) impeçam o exercício do direito à educação. Por exemplo, o Brasil, o esio é obrigatório etre 4 e 17 aos; em mesmos pais, mães ou resposáveis de uma criaça ou adolescete podem impedir seu acesso à escola, cabedo ao Estado atuar a proteção de seu direito, garatido-lhe o acesso à escola. O dever de promover é a pricipal obrigação ativa do Estado. Refere-se às ações públicas que devem ser adotadas para a realização e o exercício pleo dos direitos humaos. São as leis que defiem como deve ser a educação e o esio o país, as políticas públicas que cocretizam o direito à educação, o ivestimeto em educação e as escolas, etc. Essas são as obrigações diretas do Estado em garatir o direito humao à educação, por itermédio, por exemplo, da costrução de escolas, do fiaciameto adequado e da cotratação de professores. Direito Humao à Educação / O direito à educação o Brasil 27

28 Ë As leis brasileiras Vejamos o que dizem as leis brasileiras sobre o direito à educação. A educação é um direito garatido pela Costituição Federal de Logo em seu art. 6º, o documeto jurídico mais importate do osso país diz que a educação jutamete com a moradia, o trabalho, o lazer, a saúde, etre outros é um direito social. Ou seja, ão é um favor do Estado para as pessoas. Pelo cotrário, como é etedida como um direito, a educação pode e deve ser exigida dos órgãos competetes quado esse direito for violado ou desrespeitado. Mais à frete, o art. 205 da Costituição afirma: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e icetivada com a colaboração da sociedade, visado ao pleo desevolvimeto da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadaia e sua qualificação para o trabalho. Aqui fica explícito o dever do Estado e o direito de todas as pessoas, sem qualquer distição, com relação à educação. Também está defiido que a família tem deveres (os pais e mães, por e- xemplo, são obrigados a matricular seus filhos e filhas a escola) e que a educação tem como objetivo o desevolvimeto itegral da pessoa e a preparação para a iserção cidadã. O fato de a Costituição citar aida a qualificação para o trabalho ão sigifica ser esse seu objetivo pricipal, como muitas vezes se teta iterpretar. A educação profissioal, para respeitar sua atureza de direito social costitucioal, precisa estar itegrada à cocepção ampla de educação, possibilitado a iserção autôoma e qualificada o mudo do trabalho. Não se ega que as ecessidades da vida e o avaço tecológico exijam que as pessoas estejam cada vez mais qualificadas para o trabalho e que uma das formas de se coseguir isso é por meio da educação. No etato, o desevolvimeto da pessoa implica muitas outras dimesões, pricipalmete o pleo desevolvimeto das capacidades humaas e o cosequete preparo ao exercício da cidadaia. 28 Direito Humao à Educação / O direito à educação o Brasil

29 Ë Educação e esio Para facilitar a compreesão dos deveres do Estado, da família e da sociedade em geral, a legislação brasileira faz a difereciação etre a educação e o esio. A educação é um coceito amplo, abragedo os processos formativos que se desevolvem a vida familiar, a covivêcia humaa, o trabalho, as istituições de esio e pesquisa, os movimetos sociais e orgaizações da sociedade civil e as maifestações culturais (Lei 9.394/1996, art. 1 ). A educação, esse setido amplo, é um dever compartilhado por todos os atores sociais e todos são livres para promover cursos e estudos livres, desde que ão violem as demais ormas de direitos humaos. Ao Estado cabe respeitar e proteger essa liberdade. Já o esio é a parte da educação que acotece em istituições escolares de educação básica e superior. O esio é regulametado, tem currículo e formas de fucioameto previstos em ormas jurídicas e, além disso, leva à certificação em cada etapa de escolaridade (fudametal, média, técica, superior, etc). O Estado tem o dever de promover o esio, assegurado a todos oportuidades de formação escolar. Ë A orgaização do esio: detalhado os deveres e resposabilidades Como a Costituição estabelece os pricípios e prevê os direitos, mas ão prevê detalhadamete como estes devem sair do papel, é preciso elaborar outras leis, que devem estar de acordo com o que determia a Costituição, que é a lei máxima. No caso da educação, temos duas leis importates, que são a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacioal LDB (Lei 9.394, de 1996), que detalha os direitos e orgaiza os aspectos gerais do esio, e o Plao Nacioal de Educação (Lei , de 2001), que estabelece diretrizes e metas a serem alcaçadas o prazo de dez aos. Também o Estatuto da Criaça e do Adolescete ECA (Lei 8.069, de 1990) estabelece importates pricípios e obrigações o campo educacioal. A seguir, vamos ver o que mais a Costituição diz sobre o direito à educação e também como a LDB divide em etapas e classifica em modalidades a educação brasileira. Direito Humao à Educação / O direito à educação o Brasil 29

30 Como a educação evolve processos que vão além da escola, é importate destacar que abaixo estão listadas pricipalmete as obrigações do Estado em relação à educação escolar (esio). Esta, segudo a LDB, está dividida em dois grades íveis, educação básica e educação superior. A educação básica é composta de três etapas: Educação ifatil Atede criaças até 5 aos em creches (0 a 3 aos) e pré-escolas (4 a 5 aos). Seu objetivo é promover o desevolvimeto itegral, em seus aspectos físico, psicológico, itelectual e social, complemetado a ação da família e da comuidade (art. 29 da LDB). A educação ifatil é duplamete protegida pela Costituição Federal de 1988: tato é direito das criaças como é direito dos(as) trabalhadores(as) urbaos(as) e rurais em relação a seus filhos e depedetes. Ou seja, a educação ifatil é um exemplo vivo da idivisibilidade e iterdepedêcia que caracterizam os direitos humaos, pois reúe em um mesmo coceito vários direitos: ao desevolvimeto, à educação, ao cuidado, à saúde e ao trabalho. (CF, art. 7, XXV, e art. 208, IV). Seu recohecimeto a Costituição de 1988 é expressão do dever de toda a sociedade, represetada pelo Estado, com o cuidado das criaças pequeas, e sua implemetação represeta o efretameto das desigualdades de gêero, etre homes e mulheres, pais e mães. Esio fudametal Com duração míima de ove aos, também cohecida como educação primária, é a etapa que objetiva o desevolvimeto da capacidade de apreder, tedo como meios básicos o pleo domíio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreesão do ambiete atural e social, do sistema político, da tecologia, das artes e dos valores em que se fudameta a sociedade; o desevolvimeto da capacidade de apredizagem, tedo em vista a aquisição de cohecimetos e habilidades e a formação de atitudes e valores; o fortalecimeto dos vículos de família, dos laços de solidariedade humaa e de tolerâcia recíproca em que se asseta a vida social (art. 32, LDB). É a primeira etapa educacioal a ser recohecida como direito humao uiversal. Até a emeda costitucioal 59, de 2009, também era a úica etapa obrigatória (ver ao lado). Esio médio É a etapa fial da educação básica, com duração míima de três aos. A Costituição prevê que deve ser progressivamete uiversalizado, de modo a ateder a todas as pessoas que termiam o esio fudametal, iclusive os joves e adultos que ão tiveram oportuidade de cursá-lo. Pode ser oferecido de forma itegrada à educação profissioal. 30 Direito Humao à Educação / O direito à educação o Brasil

31 O que é o esio obrigatório? Até 2009, a obrigatoriedade do esio estava limitada ao esio fudametal de criaças e adolescetes. A Emeda Costitucioal º 59, de 2009, modificou o art. 208 da Costituição Federal para ampliar a obrigatoriedade. Quado falamos que o esio é obrigatório, estamos queredo dizer que todas as criaças e adolescetes essa idade devem estar a escola, seja a zoa rural ou a urbaa, seja uma criaça com deficiêcia ou ão. A ausêcia de matrícula ou frequêcia escolar pode levar à resposabilização tato dos geitores ou resposáveis como das autoridades públicas, cabedo às escolas, aos Coselhos Tutelares e ao Miistério Público moitorar a frequêcia dos estudates. Com a Emeda Costitucioal 59 ficou estabelecido que, progressivamete, até 2016, toda a educação básica será obrigatória para as criaças e adolescetes com idade etre 4 e 17 aos. É importate destacar que o dever do Estado vai além da educação obrigatória. Esse é o caso do direito à educação ifatil para meores de 4 aos e do esio fudametal e médio para maiores de 17, que são direitos dos geitores e estudates, mesmo que ão seja obrigatória a matrícula. Nesse caso, o Estado (Poder Público) tem o dever de assegurar vagas e frequêcia a todos(as) os que maifestem o iteresse em frequetar uma istituição pública de esio, iclusive aos adultos que ão puderam cocluir a educação básica quado criaças. Os íveis e as etapas são a base de estruturação da educação escolar, sedo utilizados para efeito de certificação. Isso sigifica que a coclusão de tais etapas (esio fudametal e esio médio) e íveis (educação básica e educação superior) abre a possibilidade de diplomação. Há também modalidades e formas difereciadas de oferta, que ão dizem respeito aos íveis e etapas, mas tem a ver com a adaptabilidade da oferta educacioal: Educação especial iclusiva É a modalidade complemetar de esio destiada aos estudates com deficiêcia, ão substituido, o etato, o esio regular. A Costituição e os tratados iteracioais de direitos humaos, pricipalmete a Coveção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiêcia (2007), que foi icorporada ao direito brasileiro por meio do Decreto , de 25 Direito Humao à Educação / O direito à educação o Brasil 31

32 de agosto de 2009, proíbem todas as formas de exclusão das pessoas com deficiêcia, devedo a educação ser iclusiva em todos os seus aspectos. Essa Coveção veio reforçar o pricípio da ão discrimiação já presete em diversos documetos legais, como a Coveção Relativa à Luta cotra a Discrimiação o Campo do Esio. A Coveção foi aprovada com status de emeda costitucioal (Costituição de 1988, art. 5, 3 ). Isso tem dois sigificados fudametais: a) os direitos, deveres e obrigações ela cotidos têm aplicação imediata; b) tais direitos, deveres e obrigações são superiores às leis e a outras ormas que, o caso de serem cotrárias à Coveção, são automaticamete revogadas ou devem ser iterpretadas de forma a fazer valer o documeto iteracioal. Assim, é importate deixar claro que as pessoas com deficiêcia gozam de todos os direitos previstos a Costituição e as leis, iclusive o direito à educação. Por exemplo, como vimos acima, a todos é devida a educação básica de qualidade. No caso dos estudates com deficiêcia, a Costituição determia que, além desse básico regular, devem ser asseguradas as codições ecessárias à sua iclusão educacioal. Um exemplo é o forecimeto de livros em braille ou com caracteres ampliados para os estudates com deficiêcia visual. Assim, educação especial ão sigifica escola ou sala especial, e sim, como diz a própria Costituição, atedimeto especializado complemetar à escolarização regular. (CF, art. 3, IV; art. 5, caput; e art. 208, III). No Brasil, é crime recusar, suspeder, procrastiar [adiar], cacelar ou fazer cessar matrícula de pessoa com deficiêcia (Lei 7.853/1989, art. 8º, iciso I).; Educação de joves e adultos EJA Atede aquelas pessoas que ão tiveram acesso ou ão termiaram o esio fudametal ou o esio médio quado criaça ou adolescete. A orgaização das aulas e os coteúdos têm que levar em cosideração as características, os iteresses, as codições de vida e de trabalho e a bagagem cultural desses estudates (LDB, art. 37). Segudo a legislação brasileira, todas as pessoas com idade superior a 15 aos têm o direito de cursar e cocluir o esio fudametal a modalidade EJA e todas as pessoas com mais de 18 aos têm o direito de cursar e cocluir o esio médio a mesma modalidade. Educação profissioal e tecológica Deve se articular preferecialmete com a educação de joves e adultos e o esio médio, bem como às dimesões do trabalho, da ciêcia e da tecologia. Pode ser oferecida tato em cursos autôomos de formação iicial e cotiuada ou qualificação profissioal como de forma itegrada à etapa de esio médio. 32 Direito Humao à Educação / O direito à educação o Brasil

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