Fábia Sousa Marlene Rodrigues Soraia Garcês

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1 Fábia Sousa Marlene Rodrigues Soraia Garcês 2010/2011

2 O luto Enquadramento histórico Perdas e lutos Modelos explicativos do luto Definição do conceito de luto O luto e a criança Quando termina o luto Intervenção

3 Perdas Luto Diversos estudos têm revelado que as perdas mais significativas, do ponto de vista de impacto psicológico, são as que ocorrem no contexto de relações muito significativas. Estas perdas dão origem ao que psicologicamente designamos por luto (Canavarro, 2004, p.35)

4 Quando era mais pequeno vivia com o meu pai, a minha mãe e os meus irmãos. Éramos uma família muito feliz. Mas o meu pai com o passar do tempo começou a beber muito e a bater na minha mãe. Por isso a minha mãe separou-se do meu pai. O meu pai ficou a viver no Funchal e nós fomos viver para a Camacha. Eu só estava com o meu pai aos fins-de-semana e nas férias. Até que um dia o meu pai ficou muito doente e muito fraco. Eu senti muita tristeza quando o vi na cama como um bebé que não conseguia fazer nada. Um dia ele morreu e eu fiquei muito triste. Também fui ao funeral para dar-lhe um beijinho e eu dei-lhe uma flor. ( Igor, 8 anos)

5 Eu gostava muito da minha gatinha a Chiniquinha, se fosse preciso eu dava a minha vida por ela, pois era a minha alegria. Um dia a Chiniquinha estava tão mal que nem podia respirar e morreu mesmo no corredor a meu lado. Foi uma grande desilusão para mim e para a minha mamã, eu estou sempre com ela. Ela está no meu coração e na minha memória!chiniquinha linda!!!!adoro-te!. ( Joana, 8 anos)

6 Eu perdi a minha turma no ano passado e perdi os meus amigos. Tive muito medo porque não queria perder a minha turma. Reagi mal. Tive que ir outra vez para o terceiro ano para aprender melhor a língua portuguesa. Eu procurei a minha mãe para desabafar, por ir para o terceiro ano outra vez. Se pudesse pedia a Deus para ir para o quarto ano. ( Edgar, 9 anos)

7 Costumava brincar com a minha prima. Certo dia fui à casa dela com a minha avó e brinquei no quarto com ela. Voltei para casa e fui dormir, nessa noite lembro-me que sonhei com a minha prima. No dia seguinte ia à casa dela, mas a minha tia já estava ao telefone a dizer que a minha prima estava no hospital sem dar pelo corpo. Mais tarde recebemos a notícia de que a mãe da minha prima estava no hospital a chorar porque a minha prima tinha morrido. Na sexta fui ao cemitério ao funeral da minha prima, eu chorei muito. Fui vê-la estendida no caixão e ofereci-lhe uma rosa. Ainda hoje penso nela, mas a minha prima está no meu coração e estou feliz, pois penso que ela foi com Deus e está em paz. ( Catarina, 11 anos)

8 Quando pensamos em perda pensamos na perda, por morte, das pessoas de quem gostamos. Mas a perda é um tema bem mais presente na nossa vida. Não perdemos apenas através da morte, mas também partindo e vendo outros partir, quando mudamos e quando nos deixamos ficar. As nossas perdas incluem não apenas as nossas separações e partidas para longe daqueles de quem gostamos, mas as nossas...perdas de sonhos românticos, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança e a perda do nosso próprio self da infância (Viorst, 1986, p. 2).

9 Então..O que é o luto?

10 Século XVII Robert Burton, em 1621, publica The anatomy of melancholie; Século XIX Charles Darwin, em 1872, lança The expression of emotions in man and animals; Século XX Freud, em 1917, lança Luto e Melancolia; Kardiner, em 1941, publica Traumatic neuroses of war; Lindemann, em 1944, publica Psicopatologia e a forma de lidar com o luto agudo; John Bowlby, em 1980, lança Loss, Sadness and Depression; (Canavarro, 2004; Franco, 2010)

11 Teoria da vinculação (Bowlby) (Canavarro, 2004; Parkes, 2006) Vínculos contínuos (Klass, Silverman & Nickman) Modelo do processo dual do luto (Stroebe & Schut) (Franco, 2010)

12 Choque e Negação Protesto Desespero e Desorganização Reorganização (Bowlby, 1985; Franco, s/d)

13 é uma reação normal e esperada quando um vínculo é rompido, e sua função é proporcionar a reconstrução de recursos e viabilizar um processo de adaptação às mudanças ocorridas em conseqüência das perdas. (Gesteira, Barbosa & Endo, 2006, p. 464)

14 Sentimentos Tristeza; Raiva; Culpa e autocensura; Ansiedade; Solidão; Fadiga; Desamparo; Choque; Anseio; Emancipação; Alívio; Torpor. Sensações físicas Vazio no estômago; Aperto no peito; Nó na garganta; Hipersensibilidade ao barulho; Sensação de despersonalização; Sensação de falta de ar; Fraqueza muscular; Falta de energia; Boca seca. (Worden, 1991)

15 Comportamentos Distúrbios do sono; Distúrbios do apetite; Comportamentos de distracção; Isolamento social; Sonhos com a pessoa falecida; Evitar lembranças da pessoa falecida; Procurar e chamar pelo ente perdido; Suspirar; Hiperactividade, agitação; Chorar; Visitar sítios ou transportar consigo objectos que lembrem a pessoa perdida; Guardar objectos que pertenciam à pessoa falecida. (Worden, 1991)

16 Estádio de desenvolvimento cognitivo; Conhecimento das causas e circunstâncias da perda; Padrões de relacionamento familiar; A relação da criança com a pessoa ou objecto perdido; A reestruturação do sistema familiar; Cultura ética e crenças. (Black, 2005; Louzette & Gatti, 2007; Melo, 2004; Paris, Carter, Day & Armsworth, 2009)

17 2 a 3 anos de idade Comunicação do sofrimento é incompreendida; Conceito da morte não é apreendido; Reversibilidade; Alteração do clima emocional familiar; Imaginação como forma de compreensão da situação. (Vendruscolo, 2005)

18 3 a 5 anos de idade Questionamento sobre a situação; Associação da morte com a separação e o sono; Reversibilidade. (Vendruscolo, 2005)

19 5 a 6 anos de idade A ideia de morte ainda não é universal; Tendência em personificar a morte e representá-la em figuras (bicho-papão, etc); A noção de irreversibilidade começa a instalar-se; Associação ao sono, à perda de consciência; Medo frente à separação, à obscuridade e ao vazio. (Vendruscolo, 2005)

20 6 a 8 anos de idade Universalidade do conceito de morte; O seu processo de luto inclui: o contar de histórias, o ver fotografias e lembranças da pessoa ou objecto perdido. (Black, 2005)

21 9 a 10 anos de idade Cessação das actividades corpóreas; Procuram informação mais detalhada sobre a situação/perda vivida; Atribui o fim da vida à velhice e à doença. (Black, 2005; Vendruscolo, 2005)

22 Não é linear; Não há um prazo específico; Não é um processo contínuo, podem existir retrocessos; É idiossincrático. (Melo, 2004) Um sinal de uma reacção de sofrimento finalizada é quando a pessoa consegue pensar no falecido sem dor e quando consegue reinvestir as suas emoções na vida e nos vivos (Melo, 2004, p.10).

23 É necessário prevenir a escola que a criança está de luto? Dar a notícia aos colegas faz com que a criança sinta que a sua vida privada foi exposta Isso é percebido como uma intrusão que pode comprometer a confiança nos adultos e a segurança que deveria representar o estabelecimento escolar. O ideal é informar unicamente os directores e professores da criança e lhes pedir que não informem a turma. É a criança enlutada que deve decidir se conta e a quem conta! (Mallon, 2001)

24 Dar oportunidade para a criança colocar questões sobre a morte; Falar das nossas próprias crenças, convicções religiosas e referências culturais; Se for da vontade da criança dar-lhe a oportunidade de participar nos rituais, visitar o cemitério ou algum local que tenha lembranças da pessoa falecida; Escutar as suas angústias, aceitar as suas lágrimas e não impedir o seu sofrimento; (Mallon, 2001)

25 Evitar termos ambíguos ou eufemismos; Aceitar que é necessário repetir algumas explicações pois a criança precisa de tempo para se apropriar das informações; Aceitar que não temos todas as respostas para as questões que a criança coloca; Dar espaço para a criança assimilar a informação e encorajá-la a falar. (Mallon, 2001)

26 Os estudos permitem-nos, actualmente, saber que é importante: Não haver segredos, tabus ou mentiras em torno da pessoa falecida; Que a criança seja realmente informada da morte de um próximo; Que ela possa participar, na medida da sua vontade e desejo nos rituais familiares. (Mallon, 2001)

27 As crianças não esperam grandes discursos mas sim respostas simples e honestas que vão confrontar com as teorias que eles próprios elaboram para dar sentido àquela morte. (Mallon, 2001)

28 Quando, como e quem? Não há um momento ideal para anunciar a morte a uma criança mas é preferível que o adulto tenha em consideração o seu próprio tempo para assimilar a notícia e o tempo da criança; É preferível que a notícia possa ser dada num lugar calmo, sem grandes interferências e que seja neutro ou não muito próximo do seu quotidiano (ex. hospital, sendo em casa: sala); (Mallon, 2001)

29 É preferível que seja alguém próximo da criança; É importante fornecer detalhes e elementos conhecidos sobre as circunstâncias da morte; (Mallon, 2001)

30 Colocar a morte no seu contexto: Sabes que a tua avó se encontrava no hospital e que teve de ser operada. Bem, devido à sua idade e porque estava muito frágil, não conseguiu melhorar e morreu esta manhã (Mallon, 2001, p. 145) Ligar a notícia da morte ao conhecimento sensorial ou corporal: Sentiste provavelmente que alguma coisa não estava bem, quando a tua mãe te veio buscar à escola, Penso que te apercebeste de que a tua avó não estava muito bem quando telefonaram do hospital ou Às vezes, quando as pessoas estão preocupadas, sentem um nó por dentro e, se calhar, é assim que te sentes agora. É assim que te sentes? (Mallon, 2001, p. 145)

31 -Esta noite Vê lá se percebes.não venhas comigo. -Vou! Vou! Não te quero abandonar! -Mas há-de parecer que me dói muito.há-de parecer que estou a morrer. Tem de ser assim. Não venhas ver uma coisa dessas que não vale a pena. -Vou! Vou! Não te quero abandonar! -( ) -Fizeste mal. Vais ter pena. Vai parecer que eu estou morto e não é verdade. -Eu continuava calado. -Percebes?...É que é muito longe e eu não posso levar este corpo.é pesado de mais -O Principezinho, Saint-Exupéry

32 Black, S. (2005). When Children Grieve. American School Board Journal, 192(8), Retirado de Content=dGJyMNHr7ESeprM40dvuOLCmr0iep65Srqi4S7WWxWXS&ContentCustomer=dGJyMOzprkiuqLdI uepfgeyx%2beu3q64a&d=a9h Bowlby, J. (1985). Perda: Tristeza e Depressão. São Paulo: Martins Fontes Canavarro (2004). Vinculação, perda e luto: implicações clínicas. Psychologica, 35, 47. Franco, A. (s/d). O Luto na Infância: A Vida de quem fica. Retirado de Franco, M. H. (2010). Formação e Rompimento de Vínculos O dilema das perdas na atualidade. São Paulo: Summus editorial Gesteira, S. M. A., Barbosa, V. L., & Endo, P. C. (2006). O luto no processo de aborto provocado. Acta Paul Enferm, 19(4), Retirado de Louzette, F. L., & Gatti, A. L. (2007). Luto na infância e as suas consequências no desenvolvimento psicológico. Iniciação Científica, 1, Retirado de ftp://ftp.usjt.br/pub/revistaic/pag77_edi01.pdf Mallon, B. (2001). Ajudar as crianças a ultrapassar as perdas: Estratégias de renovação e crescimento. Porto: Ambar

33 Melo, R. (2004). Processo de Luto: o inevitável percurso face a inevitabilidade da morte. Retirado de Paris, M. M., Carter, B. L., Day, S. X., & Armsworth, M. W. (2009). Grief and Trauma in Children After the Death of a Sibling. Journal of Child & Adolescent Trauma, 2, doi: / Parkes, C. (2006). Amor e Perda - As raízes do luto e suas complicações. São Paulo: Summus Editorial Schoen, A. A., Burgoyne, M., & Schoen, S. F. (2004). Are the Developmental Needs of Children in America Adequately Addressed during the Grief Process? Journal of Instructional Psychology, 31(2), Retirado de EbscoContent=dGJyMNLr40SeqK44yOvqOLCmr0ieprVSsaa4TLKWxWXS&ContentCustomer=dGJyMOz prkiuqldiuepfgeyx%2beu3q64a&d=a9h Vendruscolo, J. (2005). Visão da Criança sobre a Morte. Medicina, 38 (1), Retirado de Viorst, J. (1986). Necessary losses. New York: Fawcett. Worden, J. (1991). Grief Couseling and Grief Therapy. A Handbook for the Mental Health Practitioner. London: Routledge.

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