Uma Aplicação do Teorema dos Resíduos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Uma Aplicação do Teorema dos Resíduos"

Transcrição

1 Uma Aplicação do Teorema dos Resíduos Miguel Moreira Escola Superior de Tecnologia de Setúbal DMAT Heitor Pina Instituto Superior Técnico DEM José Vieira Antunes Instituto Tecnológico e Nuclear LDA Resumo O movimento rotativo de um rotor numa região con nada determina o escoamento do uído envolvente e o desenvolvimento de forças de interacção uído-estrutura, cujo conhecimento é essencial na previsão do comportamento dinâmico deste sistema. A determinação explícita das força referidas a partir das equações de Navier-Stokes conduz à necessidade de resolução de integrais de nidos do tipo, G ij k (H;X;Y ) = sin i µ cos j µ (H X cosµ Y sinµ) k dµ; em que H; X; e Y são constantes tais que X + Y H e i;j e k são parâmetros inteiros que podem variar entre zero e quatro. A aplicação de uma forma particular do teorema dos resíduos da análisecomplexa constitui a solução natural do problema anterior, concretizada recorrendo ao auxílio de um manipulador simbólico para fazer face à extensão das manipulações algébricas necessárias. Introdução. Formulação do Problema Consideremos as forças resultantes do escoamento de uído na região anular representada na gura, determinado pela rotação do veio circular interno de raio R. A determinação destas forças (também designadas uído-elásticas) é essencial no estudo do comportamento vibratório dos veios e rotores de equipamentos rotativos em geral. Em Antunes et al. [], por exemplo, pode encontrar-se uma completa discussão teórica e a motivação para o estudo deste assunto. No apêndice B faz-se referência ao signi cado da simbologia utilizada. De referir que a folga h(µ; t); representada na gura indicada, pode ser bem

2 u Y ( θ, t) X( t). R θ Y( t) Ω h( θ, t) X Figura : Geometria do escoamento aproximada recorrendo à seguinte equação, h(µ;t) = H X(t)cos µ Y (t) sinµ; () em que X e Y representam factores associados à excentricidade do sistema (posição do centro do veio interior) e H representa a folga que existiria se a excentricidade instantânea referida fosse nula. Naturalmente e para que o veio interior não entre em contacto com a superfície do estator supõe-se que, X (t) + Y (t) H. As equações de conservação da massa e do momento que permitem modelar (simpli cadamente) o escoamento referido são (ver Antunes et al. []): ½ (hu) R = ; () = ; (3) em que u (µ;t) representa uma velocidade tangencial do uído (valor médio na folga) e (µ;t) as tensões de natureza dissipativa. Estas últimas podem ser descritas recorrendo à formulação semi-empírica (u) = r (u) + s (u) = ½f ( R u) + ½fu = ½f Ru ½f R (4) onde f representa um apropriado coe ciente de fricção. Observe-se que reescrevendo a equação da continuidade () u@h h@µ = deduz-se, u(µ;t) = R h µ ³ Z µ ²X R sinµ dµ Y cosµ + C H X cosµ Y + ; (5)

3 tendo em conta (). De assinalar a presença da constante de integração, C(t), na expressão da velocidade (5),assim obtida.. Determinação das Forças Fluído-elásticas Denotando por F X (t) e F Y (t) as componentes segundo X e Y da força resultante que o uído exerce no rotor, pode mostrar-se que F X (t) = LR F Y (t) = LR p(µ;t)cosµdµ = LR p(µ;t)sinµdµ = @µ cos µdµ; (7) em que R e L representam o raio e o comprimento do rotor. Assim, integrando entre e ¼, as seguintes formas equivalentes da equação (3), ½ ¾ sinµ = h@t ) h@µ + R (u) h sinµ; ½ ¾ ¾ cos µ = h@t ) h@µ + R (u) h cos µ; (9) deduz-se, F X (t) = ½R L R L F Y (t) = ½R L +R (hu) h@t (u) (hu) h@t (u) hu sinµdµ ½RL sinµdµ () h@µ hu cosµdµ + ½RL cos µdµ () h@µ cosµdµ: Tendo em conta a expressão conhecida da velocidade (5), facilmente se veri ca que cada um dos integrais de nidos representados nas equações () e (), pode ser descrito com base em integrais de nidos elementares do tipo, G ij k (H;X;Y ) = sin i µ cos j µ dµ; i;j;k 4: () k (H X cos µ Y sinµ) A título de exemplo apresentamos a representação de um dos integrais

4 de nidos indicados: R ¼ ³ ) ²X ³ ² h@µ sinµdµ = R Y G + X ² Y ² G 3 +R ³ ² X ² Y G + C R µ ³ ²X XG X ³ ²X G + ² R ³ C XG 3 + CX ³ ²X G 3 3 ² Y G ³ ² Y G 3 X X ² Y ² G 3 3 Y G ³ ² Y G ² X Y ² µ ³ ²X R Y G 3 3 Y ³ ³ ²X R C Y G 3 CY G 3 ² 3 Y G : 3 Y G Torna-se assim claro que a obtenção de expressões analíticas que descrevam F X (t) e F Y (t) está dependente do cálculo dos integrais de nidos do tipo () em função dos parâmetros H, X e Y. Re ra-se que o seu cálculo recorrendo às técnicas da análise real dependente da computação prévia das primitivas envolvidas não é uma tarefa fácil, conduzindo frequentemente a expressões muito pesadas. A aplicação do Teorema dos Resíduos O procedimento natural para calcular estes integrais de nidos () consiste na utilização do resultado elementar (consequência do teorema dos resíduos) da análise complexa (proposição ) que seguidamente se expõe. Proposition Seja R(x;y) uma função racional em x e y cujo denominador nãose anulanacircunferênciacentradanaorigeme de raiounitário. Então em que R(cosµ;sinµ)dµ = ¼i X [resíduos de f (z) no interior de D] (3) f (z) = R z + z ; i iz z z e D representa ointerior docírculounitário centrado na origem. Proof. Consultar Marsden [], pg 3, por exemplo. 3 (4) Pode encontrar-se também em Marsden [] a de nição dos conceitos de resíduo, polo e ordem de um polo de utilização necessária. A proposição apresenta um resultado a partir do qual se torna possível a determinação de resíduos associados a polos de ordem arbitrária.

5 Proposition Suponha-se que f tem um polo de ordem k em z. Então em que (z) = (z z ) k f (z). Res(f;z ) = lim z!z (k ) (z) (k )! ; Proof. Consultar Marsden [], pg 7.. Exemplo de Aplicação Ilustremos a aplicação destes resultados no cálculo de G 3 (H;X; Y ) = (H X cos µ Y sinµ) 3dµ; supondo naturalmente que H > e X + Y H.. Comecemos por determinar a função f (z) nos termos da proposição, f(z) = R z + z ; i z z iz em que e = = = z = z = são polos de ordem 3. iz H X z + z z Y i z 3 z i((x iy )z Hz + X + iy ) 3 z i(x iy ) 3 (z z ) 3 (z z ) 3; ³H + p H (X iy ) X Y ³H p H (X iy ) X Y. Repare-se que z é o único polo que se localiza no interior do círculo unitário. Calculemos então o resíduo de f em z com base na proposição. Seja, (z) = z i(x iy ) 3 (z z ) 3;

6 então Res(f;z ) = lim z!z (z) : Concluíndo-se, Res(f;z ) = i 6z 6z 64z z (X iy ) 3 (z z ) 5 : 3. Substituindo em (3) e simpli cando obtemos nalmente o resultado desejado: (H X cos µ Y sinµ) 3dµ = ¼6z + 6z + 64z z (X iy ) 3 (z z ) 5 = ¼ H + X + Y ³ ph X Y 5: (5) 3 Conclusões No apêndice A podem encontrar-se os integrais de nidos do tipo G ij k calculados pela via apresentada. De referir que a metodologia referida se bem que conceptualmente simples exige a realização de computações algébricas extensas e pesadas que só puderam ser facilmente ultrapassadas com o recurso a um manipulador simbólico. Este trabalho reforça a ideia da importância de se considerar na formação do Engenheiro uma sólida preparação matemática (nomeadamente e em particular o conhecimento de alguns resultados elementares da análise complexa) e a familiaridade na utilização das ferramentas computacionais de manipulação simbólica actualmente disponíveis. Referências [] Antunes, J., Axisa, F. and Grunenwald, T., Dynamics of rotors immersed in eccentric annular ow. Part:Theory, Journal of Fluid and Structures (996),, [] Marsden, J. E. and Ho man, M. J., Basic Complex Analysis, Second Edition, Freeman, 97.

7 A Integrais Azimutais G = ¼ p H X Y (6) G = : G = : se X = Y = ¼X H p (H X Y ) (X +Y ) p (H X Y ) c.c. (7) se X = Y = ¼Y p H (H p X Y ) ; c.c. () (X +Y ) (H X Y ) G = G = : : se X = Y = p ¼Y X X +Y H + (H X Y )H (X +Y ) p ; c.c. (H X Y ) ¼ H se X = Y = ¼ X (X +Y ) H (X Y )+H(X Y ) p (H X Y ) (X +Y ) p ; c.c (H X Y ) (9) () G = G G = = : ¼ H se X = Y = ; p p ¼ X Y +Y 4 +H X H Y H (H X Y )X +H (H X Y )Y (X +Y ) p ; c.c. (H X Y ) () G = ¼H p (H X Y ) (H X Y ) () G = ¼X p (H X Y ) (H X Y ) (3) G = ¼Y p (H X Y ) (H X Y ) (4)

8 > G = >: ¼ ³ se X = Y = H HY (Y +X )+(H (X Y ) X 4 +Y 4 ) ³ p H (H ¼ X Y ) 3 ; c.c. (X +Y ) ³ p (H X Y ) (5) G = G G (6) G = : se X = Y = ¼XY H( H +3(X +Y ))+(H Y X ) p (H X Y ) ³p (H X Y ) 3(X +Y ) ; c.c. (7) = ¼Y 3p p (H X Y )X 3HX HY +3 (H X Y )H +3H ³p 3 3 () (H X Y ) 3³ G 3 H+ p (H X Y ) = ¼X 3p p (H X Y )Y 3HY HX +3 (H X Y )H +3H ³p 3 3 (9) (H X Y ) 3³ G 3 H+ p (H X Y ) G = G G3 (3) G = G G 3 (3) G 3 = H + X + Y ¼ ³p (H X Y ) 5 (3) G 3 = ¼ H X + Y ³ p(h X Y ) 5 (33) G 3 = G 3 G 3 (34)

9 G 3 = ¼ 3XY ³p (H X Y ) 5 (35) HY 3 = 3¼ ³p (36) (H X Y ) 5 G HX 3 = 3¼ ³p (37) (H X Y ) 5 G G 3 3 = ¼Y G 3 3 = ¼X ³9H 4 +9 p (H X Y )(H 3 X H) 4H Y 5H X Y 4 +4Y X +6X 4 ³p (H X Y ) 5³ p 3 H+ (H X Y ) (3) G 3 = G 3 G3 3 (39) ³9H 4 +9 p (H X Y )(H 3 Y H) 4H X 5H Y X 4 +4Y X +6Y 4 ³p (H X Y ) 5³ p 3 H+ (H X Y ) (4) G 3 = G 3 G 3 3 (4) 3 = 3¼ (H6 5H 4 X +4H X 4 X 6 +3H 4 Y 6H X Y +3X 4 Y 4H Y 4 +4X Y 4 ) ³p 4 (H X Y ) 5³ G 4 H+ p (H X Y ) +3¼ H(H4 H X +X 4 +H Y X Y Y 4 ) (H X Y ) ³ p 4 (4) H+ (H X Y ) G 4 3 = G 3 G 3 + G 4 3 (43) G 3 = G 3 G 4 3 (44) 3 = 3¼XY ³ 3X4 +X Y 7H X Y 4 H Y +4H 4 G 3 +3¼XY p 5 H+ (H X Y ) 4³p (H X Y ) 4H(H X ) ³ p H+ (H X Y ) 4(H X Y ) (45) G 3 3 = G 3 G 3 3 (46)

10 B Simbologia Utilizada C (t) Constante (dependente do tempo) associada à integração da equação da continuidade; f Coe ciente de fricção na parede do rotor/parede do estator; F X (t);f Y (t) Forças uidoelásticas; h(µ; t) Folga local; L Comprimento mergulhado do veio (rotor); p(µ;t) Pressão azimutal; R Raio do veio (rotor) imerso; t Tempo; u(µ;t) Velocidade tangencial local; X(t);Y (t) Posição do veio (rotor); µ Ângulo azimutal; ½ Massa volúmica do uído; (u) Tensão de corte total (como função de u); r (u) Tensão de corte na parede do rotor (como função de u); s (u) Tensão de corte na parede do estator (como função de u); Velocidade angular do rotor; ¹ Viscosidade dinâmica do uído em escoamento;

Uma Aplicação do Teorema dos Resíduos

Uma Aplicação do Teorema dos Resíduos Uma Aplicação do Teorema dos Resíduos Miguel Moreira Escola Superior de Tecnologia de Setúbal SAM eitor Pina Instituto Superior Técnico DEM 5 de Outubro de 998 José Vieira Antunes Instituto Tecnológico

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

2.1 Representação Geométrica dos Números Reais

2.1 Representação Geométrica dos Números Reais Capítulo 2 Geometria Analítica Neste capítulo apresentaremos uma representação geométrica do conjunto dos números reais, o sistema de coordenadas cartesianas, a equação geral da reta, métodos gerais para

Leia mais

Notas sobre primitivas

Notas sobre primitivas Análise Matemática I - Engenharia Topográ ca - 9/- Notas sobre primitivas Notas sobre primitivas Seja f uma função real de variável real de nida num intervalo real I: Chama-se primitiva de f no intervalo

Leia mais

Alexandre Diehl Departamento de Física UFPel

Alexandre Diehl Departamento de Física UFPel - 6 Alexandre Diehl Departamento de Física UFPel Características do movimento Módulo do vetor velocidade é constante. O vetor velocidade muda continuamente de direção e sentido, ou seja, existe aceleração.

Leia mais

2 Modelagem Matemática do Problema

2 Modelagem Matemática do Problema 2 Modelagem Matemática do Problema O escoamento de uma gota imersa em um fluido através de um capilar é um problema transiente, não linear, bifásico com superfície livre e descrito pela equação de Navier

Leia mais

Notas sobre primitivas

Notas sobre primitivas Matemática - 8/9 - Notas sobre primitivas 57 Notas sobre primitivas Seja f uma função real de variável real de nida num intervalo real I: Chama-se primitiva de f no intervalo I a uma função F cuja derivada

Leia mais

Notas sobre primitivas

Notas sobre primitivas MTDI I - 007/08 - Notas sobre primitivas Notas sobre primitivas Seja f uma função real de variável real de nida num intervalo real I: Chama-se primitiva de f no intervalo I a uma função F cuja derivada

Leia mais

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS TESTES DE RECUPERAÇÃO A - 6 DE JUNHO DE 9 - DAS H ÀS :3H Teste Apresente e justifique

Leia mais

Solução: Alternativa (c). Esse movimento é retilíneo e uniforme. Portanto h = (g t 1 2 )/2 e 2 h =

Solução: Alternativa (c). Esse movimento é retilíneo e uniforme. Portanto h = (g t 1 2 )/2 e 2 h = UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ FÍSICA PROVA DE TRANSFERÊNCIA INTERNA, EXTERNA E PARA PORTADOR DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR 9/06/206 CANDIDATO: CURSO PRETENDIDO: OBSERVAÇÕES: 0 Prova sem consulta. 02 Duração:

Leia mais

Determinação da Viscosidade de Fluidos Newtonianos

Determinação da Viscosidade de Fluidos Newtonianos Determinação da Viscosidade de Fluidos Newtonianos Éliton Fontana 1 Introdução Denição de Fluido: Um uido é uma substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma força tangencial (tensão de

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Terceira Edição CAPÍTULO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Ferdinand P. Beer E. Russell Johnston, Jr. Análise de Tensões no Estado Plano Capítulo 6 Análise de Tensões no Estado Plano 6.1 Introdução 6. Estado Plano

Leia mais

Fichas de Análise Matemática III

Fichas de Análise Matemática III Fichas de Análise Matemática III Fernando Lobo Pereira, João Borges de Sousa Depto de Engenharia Electrotécnica e de Computadores Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Instituto de Sistemas

Leia mais

II. MODELAGEM MATEMÁTICA (cont.)

II. MODELAGEM MATEMÁTICA (cont.) INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA MP-272: CONTROLE E NAVEGAÇÃO DE MULTICÓPTEROS II. MODELAGEM MATEMÁTICA (cont.) Prof. Davi Antônio dos Santos (davists@ita.br) Departamento

Leia mais

Equações de Navier-Stokes

Equações de Navier-Stokes Equações de Navier-Stokes Para um fluido em movimento, a pressão (componente normal da força de superfície) é diferente da pressão termodinâmica: p " # 1 3 tr T p é invariante a rotação dos eixos de coordenadas,

Leia mais

Escoamento potencial

Escoamento potencial Escoamento potencial J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v.1 Escoamento potencial 1 / 26 Sumário 1 Propriedades matemáticas 2 Escoamento potencial bidimensional

Leia mais

Espaços vectoriais reais

Espaços vectoriais reais ALGA - 00/0 - Espaços Vectoriais 49 Introdução Espaços vectoriais reais O que é que têm em comum o conjunto dos pares ordenados de números reais, o conjunto dos vectores livres no espaço, o conjunto das

Leia mais

12. o ano - Física

12. o ano - Física 12. o ano - Física - 2002 Ponto 115-2. a chamada I Versão 1 Versão 2 1. (B) (D) 2. (C) (C) 3. (A) (B) 4. (B) (A) 5 (A) (E) 6. (B) (C) II 1. 1.1 Figura 1: Legenda: N - reacção normal (força aplicada pela

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 o Semestre de 2011/ o Teste - Versão A LEAN, LEIC-A, MEAer, MEEC, MEMec) 5 de Novembro de 2011, 10h,

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 o Semestre de 2011/ o Teste - Versão A LEAN, LEIC-A, MEAer, MEEC, MEMec) 5 de Novembro de 2011, 10h, Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática (Cursos: Análise Complexa e Equações Diferenciais o Semestre de 2/22 o Teste - Versão A LEAN, LEIC-A, MEAer, MEEC, MEMec) 5 de Novembro de 2, h, Duração:

Leia mais

Fundamentos da Eletrostática Aula 03 Cálculo Vetorial: Teoremas Integrais

Fundamentos da Eletrostática Aula 03 Cálculo Vetorial: Teoremas Integrais Fundamentos da Eletrostática Aula 03 Cálculo Vetorial: Teoremas Integrais Prof. Alex G. Dias Prof. Alysson F. Ferrari Integrando Campos vetoriais Você já viu que, diferentemente de campos escalares, campos

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA IV FICHA 3 TEOREMA DOS RESÍDUOS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM

ANÁLISE MATEMÁTICA IV FICHA 3 TEOREMA DOS RESÍDUOS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE MATEMÁTICA IV E FICHA 3 TEOREMA DOS RESÍDUOS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM ( Seja f a função definida

Leia mais

MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO RÍGIDO

MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO RÍGIDO Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T4 FÍSICA EXPERIMENTAL I - 007/08 MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO RÍGIDO 1. Objectivo Estudo do movimento de rotação de um corpo

Leia mais

Observação: i.e. é abreviação da expressão em latim istum est, que significa isto é.

Observação: i.e. é abreviação da expressão em latim istum est, que significa isto é. Um disco de raio R rola, sem deslizar, com velocidade angular ω constante ao longo de um plano horizontal, sendo que o centro da roda descreve uma trajetória retilínea. Suponha que, a partir de um instante

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 o Semestre 2012/2013

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 o Semestre 2012/2013 Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 o Semestre 01/013 Cursos: 1 o Teste Versão A LEGM, LEMat, MEAer, MEAmbi, MEBiol, MEC, MEEC, MEQ) 3 de Novembro de 01, 8h Duração: 1h 30m 1. Considere a função

Leia mais

Cinemática da partícula fluida

Cinemática da partícula fluida Cinemática da partícula fluida J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v.1 Cinemática da partícula fluida 1 / 16 Sumário 1 Descrição do movimento 2 Cinemática

Leia mais

Produto interno no espaço vectorial R n

Produto interno no espaço vectorial R n ALGA - Eng.Civil e Eng. Topográ ca - ISE - 00/0 - Produto Interno Produto interno no espaço vectorial R n A noção de produto interno (ou escalar) de vectores foi introduzida no ensino secundário, para

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA IV LEEC SÉRIES, SINGULARIDADES, RESÍDUOS E PRIMEIRAS EDO S. disponível em

ANÁLISE MATEMÁTICA IV LEEC SÉRIES, SINGULARIDADES, RESÍDUOS E PRIMEIRAS EDO S. disponível em Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Última actualiação: //003 ANÁLISE MATEMÁTICA IV LEEC RESOLUÇÃO DA FICHA 3 SÉRIES, SINGULARIDADES, RESÍDUOS E PRIMEIRAS

Leia mais

5 Metodologia de Solução Numérica

5 Metodologia de Solução Numérica 5 Metodologia de Solução Numérica Neste capítulo será descrito a metodologia para a validação do modelo, através dos seguintes itens: Definição do Problema; Adimensionalização do Problema; ondições de

Leia mais

0.5 setgray0 0.5 setgray1. Mecânica dos Fluidos Computacional. Aula 4. Leandro Franco de Souza. Leandro Franco de Souza p.

0.5 setgray0 0.5 setgray1. Mecânica dos Fluidos Computacional. Aula 4. Leandro Franco de Souza. Leandro Franco de Souza p. Leandro Franco de Souza lefraso@icmc.usp.br p. 1/1 0.5 setgray0 0.5 setgray1 Mecânica dos Fluidos Computacional Aula 4 Leandro Franco de Souza Leandro Franco de Souza lefraso@icmc.usp.br p. 2/1 A pressão

Leia mais

ALGA - Eng. Civil e Eng. Topográ ca - ISE / Geometria Analítica 89. Geometria Analítica

ALGA - Eng. Civil e Eng. Topográ ca - ISE / Geometria Analítica 89. Geometria Analítica ALGA - Eng. Civil e Eng. Topográ ca - ISE - 011/01 - Geometria Analítica 9 Geometria Analítica A noção de recta em R e R ; tal como a noção de plano em R já foram abordados no ensino secundário. Neste

Leia mais

Mecânica dos Fluidos. Análise Dimensional AULA 18. Prof.: Anastácio Pinto Gonçalves Filho

Mecânica dos Fluidos. Análise Dimensional AULA 18. Prof.: Anastácio Pinto Gonçalves Filho Mecânica dos Fluidos AULA 18 Análise Dimensional Prof.: Anastácio Pinto Gonçalves Filho Análise Dimensional Muitos problemas práticos de escoamento de fluidos são muitos complexos, tanto geometricamente

Leia mais

Cálculo de forças eletromecânicas pelos métodos do trabalho virtual e tensor de Maxwell

Cálculo de forças eletromecânicas pelos métodos do trabalho virtual e tensor de Maxwell Cálculo de forças eletromecânicas pelos métodos do trabalho virtual e tensor de Maxwell Antônio Flavio Licarião Nogueira Universidade do Estado de Santa Catarina antonioflavio@ieee.org 1. Introdução O

Leia mais

Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos)

Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (,0 pontos) a) etermine números reais a 0, b, c, e d tais que o gráfico de f(x) ax + bx + cx + d tenha um ponto de inflexão em (1, ) e o coeficiente angular

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2013/2014

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2013/2014 Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 1/14 1 ō Teste Versão A (Cursos: LEIC-A, LEMat, MEAmbi, MEBiol, MEQ) de Novembro de 1, 11h 1. Seja v(x,y) = (x+1)α(y), em que α : R R é uma função

Leia mais

Departamento de Matemática

Departamento de Matemática Departamento de Matemática ALGA e Álgebra Linear Folhas Práticas - /6 EAmb/EC/EGI/EM Determinantes (*) Calcule o valor do determinante das seguintes matrizes A = + i, B = i, C = 6 i, D = 6 i i E = 6, F

Leia mais

Coordenadas esféricas

Coordenadas esféricas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA Assunto: Integrais triplas. Coordenadas esféricas Palavras-caves: integrais triplas, coordenadas esféricas,cálculo de volume Coordenadas esféricas

Leia mais

Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná Universidade Federal do Paraná Programa de pós-graduação em engenharia de recursos hídricos e ambiental TH705 Mecânica dos fluidos ambiental II Prof. Fernando Oliveira de Andrade Escoamento turbulento

Leia mais

21 de Junho de 2010, 9h00

21 de Junho de 2010, 9h00 Análise Complexa e Equações Diferenciais ō Semestre 009/00 ō Teste \ ō Exame - Versão A (Cursos: Todos) de Junho de 00, 9h00 Duração: Teste - h 30m, Exame - 3h INSTRUÇÕES Não é permitida a utilização de

Leia mais

Mecânica dos Sólidos I Parte 3 Estado Plano de Tensão

Mecânica dos Sólidos I Parte 3 Estado Plano de Tensão Departamento de Engenharia Mecânica Parte 3 Estado Plano de Tensão Prof. Arthur M. B. Braga 15.1 Mecânica dos Sólidos Problema F 1 Corpo sujeito a ação de esforços eternos (forças, momentos, etc.) F 7

Leia mais

Álgumas palavras sobre as Equações de Navier-Stokes

Álgumas palavras sobre as Equações de Navier-Stokes Álgumas palavras sobre as Equações de Navier-Stokes As equações de Navier-Stokes foram derivadas inicialmente por M. Navier em 1827 e por S.D. Poisson em 1831, baseando-se num argumento envolvendo considerações

Leia mais

Derivadas direcionais Definição (Derivadas segundo um vector): f : Dom(f) R n R e P 0 int(dom(f)) então

Derivadas direcionais Definição (Derivadas segundo um vector): f : Dom(f) R n R e P 0 int(dom(f)) então Derivadas direcionais Definição (Derivadas segundo um vector): f : Dom(f) R n R e P 0 int(dom(f)) então Seja D v f(p 0 ) = lim λ 0 f(p 0 + λ v) f(p 0 ) λ v representa a derivada direcional de f segundo

Leia mais

2 TEORIA DE CAUCHY-GOURSAT

2 TEORIA DE CAUCHY-GOURSAT TEORIA DE CAUCHY-GOURSAT Quando é uma unção primitivável num dado conjunto aberto U; isto é, sempre que exista uma unção, F; dierenciável em U; tal que F 0 = ; então para qualquer linha em U; : [a; b]!

Leia mais

A integral definida Problema:

A integral definida Problema: A integral definida Seja y = f(x) uma função definida e limitada no intervalo [a, b], e tal que f(x) 0 p/ todo x [a, b]. Problema: Calcular (definir) a área, A,da região do plano limitada pela curva y

Leia mais

Exame de Matemática II - Curso de Arquitectura

Exame de Matemática II - Curso de Arquitectura Exame de Matemática II - Curso de ruitectura o semestre de 8 7 de Junho de 8 esponsável Henriue Oliveira a Parte. Considere a seguinte função f! de nida por f(x ; x ; x ) (x cos (x ) ; x sin (x ) ; x ).

Leia mais

Observação: i.e. é abreviação da expressão em latim istum est, que significa isto é.

Observação: i.e. é abreviação da expressão em latim istum est, que significa isto é. Um disco de raio R rola, sem deslizar, com velocidade angular ω constante ao longo de um plano horizontal, sendo que o centro da roda descreve uma trajetória retilínea. Suponha que, a partir de um instante

Leia mais

Transformada Z. Transformada Z

Transformada Z. Transformada Z Semelhante ao apresentado anteriormente, entre a relação das transformadas de Fourier e de Laplace, será visto que a generalização da representação senoidal complexa de um sinal de tempo discreto pela

Leia mais

,,,,,,,, e são constantes com,,,, e, não todas nulas. Uma equação desse tipo é a equação de uma quádrica. Observe que a equação

,,,,,,,, e são constantes com,,,, e, não todas nulas. Uma equação desse tipo é a equação de uma quádrica. Observe que a equação Capítulo 5 As Superfícies O estudo das superfícies do espaço, iniciado com os planos no capítulo anterior, tem como sequência natural a classi cação das superfícies que podem ser expressas por equações

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE SETÚBAL DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA TÓPICOS DE RESOLUÇÃO do Teste Final 2012/2013

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE SETÚBAL DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA TÓPICOS DE RESOLUÇÃO do Teste Final 2012/2013 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE SETÚBAL DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA TÓPICOS DE RESOLUÇÃO do Teste Final 0/0 A) B) C) D) [,0]. Considere as seguintes a rmações: I. ~x

Leia mais

MOVIMENTO ROTACIONAL E MOMENTO DE INÉRCIA

MOVIMENTO ROTACIONAL E MOMENTO DE INÉRCIA MOVIMENTO ROTACIONAL E MOMENTO DE INÉRCIA 1.0 Definições Posição angular: utiliza-se uma medida de ângulo a partir de uma direção de referência. É conveniente representar a posição da partícula com suas

Leia mais

Princípios de Modelagem Matemática Aula 04

Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Princípios de Modelagem Matemática Aula 04 Prof. José Geraldo DFM CEFET/MG 09 de abril de 2014 1 Análise dimensional Análise dimensional A análise dimensional permite encontrar relações entre variáveis

Leia mais

carga do fio: Q. r = r p r q figura 1

carga do fio: Q. r = r p r q figura 1 Uma carga Q está distribuída uniformemente ao longo de um fio reto de comprimento infinito. Determinar o vetor campo elétrico nos pontos situados sobre uma reta perpendicular ao fio. Dados do problema

Leia mais

Movimento Circular I

Movimento Circular I Moimento Circular I Restrições ao moimento: Rotação de corpo rígido; Rotação em torno de um eixo fixo. Estudo: Posição, elocidade e aceleração angular; Grandezas angulares e lineares; Inércia de Rotação

Leia mais

Capítulo Propriedades das operações com vetores

Capítulo Propriedades das operações com vetores Capítulo 6 1. Propriedades das operações com vetores Propriedades da adição de vetores Sejam u, v e w vetores no plano. Valem as seguintes propriedades. Comutatividade: u + v = v + u. Associatividade:

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 4 82

Geometria Analítica II - Aula 4 82 Geometria Analítica II - Aula 4 8 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 5 Esferas Iniciaremos o nosso estudo sobre superfícies com a esfera, que já nos é familiar. A esfera S de centro no ponto A e raio

Leia mais

LOM3253 Física Matemática 2017 S2

LOM3253 Física Matemática 2017 S2 LOM3253 Física Matemática 2017 S2 Parte 2. Funções de variável complexa Prof. Dr. Viktor Pastoukhov EEL-USP Subconjuntos no plano complexo Geometria Analítica no plano complexo Geometria Analítica no plano

Leia mais

Ney Lemke. Departamento de Física e Biofísica

Ney Lemke. Departamento de Física e Biofísica Revisão Matemática Ney Lemke Departamento de Física e Biofísica 2010 Vetores Sistemas de Coordenadas Outline 1 Vetores Escalares e Vetores Operações Fundamentais 2 Sistemas de Coordenadas Coordenadas Cartesianas

Leia mais

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Cálculo III Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia

Leia mais

massa do corpo A: m A ; massa do corpo B: m B ; massa da polia: M; raio da polia: R; adotando a aceleração da gravidade: g.

massa do corpo A: m A ; massa do corpo B: m B ; massa da polia: M; raio da polia: R; adotando a aceleração da gravidade: g. Uma máquina de Atwood possui massas m A e m B, onde a massa B é maior que a massa A, ligadas por uma corda ideal, inextensível e de massa desprezível, através de uma polia de massa M e raio R. Determinar

Leia mais

Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas)

Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas) Mecânica e Ondas, 0 Semestre 006-007, LEIC Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas) 1. O momento angular duma partícula em relação à origem é dado por: L = r p a) Uma vez que no movimento uniforme

Leia mais

Mecânica dos Fluidos II (MEMec) Aula de Resolução de Problemas n o 3

Mecânica dos Fluidos II (MEMec) Aula de Resolução de Problemas n o 3 Mecânica dos Fluidos II (MEMec) Aula de Resolução de Problemas n o 3 (Método das imagens, escoamento em torno de um cilindro com circulação, transformação conforme) EXERCÍCIO 1 [Problema 6 das folhas do

Leia mais

Equações de Navier-Stokes

Equações de Navier-Stokes Equações de Navier-Stokes J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v. 1 Equações de Navier-Stokes 1 / 16 Sumário 1 Relações constitutivas 2 Conservação do momento

Leia mais

Lista 1 - Métodos Matemáticos II Respostas

Lista 1 - Métodos Matemáticos II Respostas Lista 1 - Métodos Matemáticos II Respostas Prof. Jorge Delgado Importante: As resoluções não pretendem ser completas mas apenas uma indicação para o aluno consultar caso seja necessário, cabendo a ele

Leia mais

Física II (Química) FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 9

Física II (Química) FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 9 591036 Física II (Química) FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 9 A Equação de Onda em Uma Dimensão Ondas transversais em uma corda esticada Já vimos no estudo sobre oscilações que os físicos gostam de

Leia mais

Resistência dos. Materiais. Capítulo 2. - Elasticidade Linear 2

Resistência dos. Materiais. Capítulo 2. - Elasticidade Linear 2 Resistência dos Materiais - Elasticidade Linear Acetatos baseados nos livros: - Mechanics of Materials - Beer & Jonhson - Mecânica e Resistência dos Materiais V. Dias da Silva Índice Carregamento Genérico:

Leia mais

Análise Matemática IV

Análise Matemática IV . Análise Matemática IV o Exame - 9 de Janeiro de 006 LEA, LEC, LEEC, LEFT, LEN e LMAC Resolução y 4y + 4y = e t (D ) y = e t (D ) 3 y = 0 y = c e t + c te t + c 3 t e t, c, c, c 3 R. Substituindo estas

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Área de Superfície de Revolução

CÁLCULO I. 1 Área de Superfície de Revolução CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o 6: Área de Superfície de Revolução e Pressão Hidrostática Objetivos da Aula Calcular a área de superfícies de revolução; Denir pressão hidrostática.

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2015/2016

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2015/2016 MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 015/016 EIC0010 FÍSICA I 1o ANO, o SEMESTRE 1 de junho de 016 Nome: Duração horas. Prova com consulta de formulário e uso de computador. O formulário

Leia mais

Cálculo Vetorial / Ilka Rebouças Freire / DMAT UFBA

Cálculo Vetorial / Ilka Rebouças Freire / DMAT UFBA Cálculo Vetorial / Ilka Rebouças Freire / DMAT UFBA 1. Funções Vetoriais Até agora nos cursos de Cálculo só tratamos de funções cujas imagens estavam em R. Essas funções são chamadas de funções com valores

Leia mais

4 SOLUÇÕES ANALÍTICAS

4 SOLUÇÕES ANALÍTICAS 4 SOLUÇÕES ANALÍTICAS 4 Desenvolvimento Dentre os mais diversos tipos de estruturas que fazem uso de materiais compósitos, os tubos cilindricos laminados são um caso particular em que soluções analíticas,

Leia mais

de maior força, tanto na direção normal quanto na direção tangencial, está em uma posição no

de maior força, tanto na direção normal quanto na direção tangencial, está em uma posição no 66 (a) Velocidade resultante V (b) Ângulo de ataque α Figura 5.13 Velocidade resultante e ângulo de ataque em função de r/r para vários valores de tsr. A Fig. 5.14 mostra os diferenciais de força que atuam

Leia mais

32 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos

32 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos 32 a Aula 2429 AMIV LEAN, LEC Apontamentos (RicardoCoutinho@mathistutlpt) 32 Fórmula da variação das constantes Temos então pela fórmula dos da variação das constantes (para sistemas de equações - Teorema

Leia mais

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Departamento de Engenharia Mecânica ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Aula 9: Formulação diferencial Exercícios 3 sobre instalações hidráulicas; Classificação dos escoamentos (Formulação integral e diferencial,

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2011/2012. EIC0010 FÍSICA I 1o ANO 2 o SEMESTRE

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2011/2012. EIC0010 FÍSICA I 1o ANO 2 o SEMESTRE MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2011/2012 EIC0010 FÍSICA I 1o ANO 2 o SEMESTRE Prova com consulta de formulário e uso de computador. Duração 2 horas. Nome do estudante: Pode consultar

Leia mais

23 e 24. Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3. Sumário

23 e 24. Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3. Sumário 23 e 24 Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3 Sumário 23.1 Introdução....................... 2 23.2 Autovalores e Autovetores de uma matriz 3 3.. 2 23.3 Mudança de Coordenadas no Espaço........

Leia mais

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b).

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b). 9 ESTADO PLANO DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES As tensões e deformações em um ponto, no interior de um corpo no espaço tridimensional referenciado por um sistema cartesiano de coordenadas, consistem de três componentes

Leia mais

FEP Física Geral e Experimental para Engenharia I

FEP Física Geral e Experimental para Engenharia I FEP2195 - Física Geral e Experimental para Engenharia I Prova Substitutiva - Gabarito 1. Dois blocos de massas 4, 00 kg e 8, 00 kg estão ligados por um fio e deslizam para baixo de um plano inclinado de

Leia mais

Dinâmica da partícula fluida

Dinâmica da partícula fluida Dinâmica da partícula fluida J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v.1 Dinâmica da partícula fluida 1 / 14 Sumário 1 Tipo de forças 2 Dinâmica da partícula

Leia mais

Funções de Green. Prof. Rodrigo M. S. de Oliveira UFPA / PPGEE

Funções de Green. Prof. Rodrigo M. S. de Oliveira UFPA / PPGEE Funções de Green Prof. Rodrigo M. S. de Oliveira UFPA / PPGEE Funções de Green Suponha que queremos resolver a equação não-homogênea no intervalo a x b, onde f (x) é uma função conhecida. As condições

Leia mais

Escoamento completamente desenvolvido

Escoamento completamente desenvolvido Escoamento completamente desenvolvido A figura mostra um escoamento laminar na região de entrada de um tubo circular. Uma camada limite desenvolve-se ao longo das paredes do duto. A superfície do tubo

Leia mais

Regime: Semestre: GRANDEZAS FÍSICAS, UNIDADES E DIMENSÕES Conceito de Grandeza: Grandezas fundamentais e derivadas

Regime: Semestre: GRANDEZAS FÍSICAS, UNIDADES E DIMENSÕES Conceito de Grandeza: Grandezas fundamentais e derivadas FUNDAMENTOS DE FÍSICA [10400] GERAL Regime: Semestre: OBJETIVOS O objectivo da disciplina de Física é o de adquirir conhecimentos técnicos baseados nos princípios físicos fundamentais à análise de problemas

Leia mais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MATEMÁTICA APLICADA. Resolução do 1 o Teste.

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MATEMÁTICA APLICADA. Resolução do 1 o Teste. . [.5] (a) Calcule a soma da série Resolução: A série INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL Resolução do o Teste n (n + ) ; n (n + ) + + 4 +... rapidamente se verifica que não é uma série aritmética ou geométrica.

Leia mais

Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial

Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial 1/1 Resistência dos Materiais 3/4 Curso de Gestão e Engenharia Industrial 4ª Aula Duração - Horas Data - de Outubro de 3 Sumário: Mudança de Eixos de Referência. Tensões Principais e Direcções Principais.

Leia mais

Deduza a Equação de Onda que representa uma onda progressiva unidimensional, numa corda de massa M e comprimento L.

Deduza a Equação de Onda que representa uma onda progressiva unidimensional, numa corda de massa M e comprimento L. Deduza a Equação de Onda que representa uma onda progressiva unidimensional, numa corda de massa M e comprimento L. Esquema do problema Consideremos uma corda longa, fixa nas extremidades, por onde se

Leia mais

Derivadas. Derivadas. ( e )

Derivadas. Derivadas. ( e ) Derivadas (24-03-2009 e 31-03-2009) Recta Tangente Seja C uma curva de equação y = f(x). Para determinar a recta tangente a C no ponto P de coordenadas (a,f(a)), i.e, P(a, f(a)), começamos por considerar

Leia mais

Detecção de Esteira de Vórtice em um Escoamento Laminar em Torno de uma Esfera, Utilizando Método de Galerkin.

Detecção de Esteira de Vórtice em um Escoamento Laminar em Torno de uma Esfera, Utilizando Método de Galerkin. Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Mecânica Pós Graduação em Engenharia Mecânica IM458 - Tópicos em Métodos Numéricos: Métodos Numéricos em Mecânica dos Fluidos Alfredo Hugo Valença

Leia mais

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino* ROTAÇÃO Física Geral I (1108030) - Capítulo 07 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 25 Translação e Rotação Sumário Definições, variáveis da rotação e notação vetorial Rotação com aceleração angular

Leia mais

3 SPH. 3.1 Introdução

3 SPH. 3.1 Introdução 3 SPH 3.1 Introdução Smoothed Particle Hydrodynamics (SPH) é um método puramente Lagrangiano desenvolvido por Lucy (1977) e Gingold (1977) em um estudo do campo da astrofísica voltado para colisão entre

Leia mais

Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula

Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula Aula 3 010 Movimento Harmônico Simples: Exemplos O protótipo físico do movimento harmônico simples (MHS) visto nas aulas passadas um corpo de massa m preso a uma mola executando vibrações de pequenas amplitudes

Leia mais

2 Fundamentos Teóricos

2 Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos.1.Propriedades Físicas dos Fluidos Fluidos (líquidos e gases) são corpos sem forma própria; podem se submeter a variações grandes da forma sob a ação de forças; quanto mais fraca a

Leia mais

1 Espaço Euclideano e sua Topologia

1 Espaço Euclideano e sua Topologia 1 Espaço Euclideano e sua Topologia Topologia é a estrutura básica para a de nição dos conceitos de limite e continuidade de aplicações. O Espaço Euclideano é caracterizado por uma topologia especial,

Leia mais

Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula

Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula 59070 Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula 6 00 Superposição de Movimentos Periódicos Há muitas situações em física que envolvem a ocorrência simultânea de duas ou mais

Leia mais

Física II (Química) FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3. de maneira que o sistema se comporta como um oscilador harmônico simples.

Física II (Química) FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3. de maneira que o sistema se comporta como um oscilador harmônico simples. 591036 Física II (Química) FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3 O Pêndulo Simples O protótipo físico do movimento harmônico simples (MHS) visto nas aulas passadas um corpo de massa m preso a uma mola

Leia mais

Cálculo II. Resumo Teórico Completo

Cálculo II. Resumo Teórico Completo Cálculo II Resumo Teórico Completo Cálculo 2 A disciplina visa estudar funções e gráficos, de forma semelhante a Cálculo 1, mas expande o estudo para funções de mais de uma variável, bem como gráficos

Leia mais

RESUMO MECÂNICA II P2

RESUMO MECÂNICA II P2 RESUMO MECÂNICA II P Autoria: Yan Ichihara de Paula IMPULSO, TEOREMA DA RESULTANTE DOS IMPULSOS E TEOREMA DO MOMENTO DOS IMPULSOS Impulso possui grandeza vetorial, e é definido como: t I = F dt t 1 Assim,

Leia mais

0.5 setgray0 0.5 setgray1. Mecânica dos Fluidos Computacional. Aula 3. Leandro Franco de Souza. Leandro Franco de Souza p.

0.5 setgray0 0.5 setgray1. Mecânica dos Fluidos Computacional. Aula 3. Leandro Franco de Souza. Leandro Franco de Souza p. Leandro Franco de Souza lefraso@icmc.usp.br p. 1/2 0.5 setgray0 0.5 setgray1 Mecânica dos Fluidos Computacional Aula 3 Leandro Franco de Souza Leandro Franco de Souza lefraso@icmc.usp.br p. 2/2 Fluido

Leia mais

raio do arco: a; ângulo central do arco: θ 0; carga do arco: Q.

raio do arco: a; ângulo central do arco: θ 0; carga do arco: Q. Sea um arco de circunferência de raio a e ângulo central carregado com uma carga distribuída uniformemente ao longo do arco. Determine: a) O vetor campo elétrico nos pontos da reta que passa pelo centro

Leia mais

Olimpíada Brasileira de Física a Fase Gabarito Comentado para a prova de 3º ano

Olimpíada Brasileira de Física a Fase Gabarito Comentado para a prova de 3º ano Olimpíada Brasileira de Física 2003-2 a Fase Gabarito Comentado para a prova de 3º ano Observações: 1 A prova tem valor total de 44 pontos. Cada questão tem valor total de 6 pontos. A questão 7 tem valor

Leia mais

Cálculo Diferencial Lista de Problemas 1.1 Prof. Marco Polo

Cálculo Diferencial Lista de Problemas 1.1 Prof. Marco Polo Cálculo Diferencial - 2016.2 - Lista de Problemas 1.1 1 Cálculo Diferencial Lista de Problemas 1.1 Prof. Marco Polo Questão 01 Encontre o domínio da função (a) f(x) = x + 4 x 2 9 (b) f(t) = 3 2t 1 (c)

Leia mais