ROTULAGEM DE ALIMENTOS ALERGÊNICOS. Resolução RDC n. 26/2015
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- João Victor Conceição Câmara
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1 ROTULAGEM DE ALIMENTOS ALERGÊNICOS Resolução RDC n. 26/2015
2 Alergia alimentar x informação Como não existe cura, a principal forma de prevenção dos efeitos adversos é evitar o consumo dos alergênicos. Informações adequadas = gerenciamento do risco.
3 Importância do acesso a informação Fonte: Food Standards Australia New Zealand. Consumer Study on Food Allergen Labelling: Follow-on Survey Evaluation Report Series n , 214p.
4 Falta de informação Fonte: Food and Drug Administration. Reportable Food Registry Third Annual Report. September, 2011 September, , 30p.
5 Falta de informação Fonte: Food and Drug Administration. Reportable Food Registry Third Annual Report. September, 2011 September, , 30p.
6 Qualidade da informação Estudos qualitativos apontam (Joshi et al., 2002; Cornelisse- Vermaat et al. 2007; Hu et al, 2007; Barnett et al., 2011): Dificuldades na capacidade de leitura da lista de ingredientes (ex. excesso de informação, termos não familiares, legibilidade inadequada). Baixa efetividade das alegações de advertência (pouco confiáveis e precisas, uso excessivo). Necessidade de informações mais padronizadas, simples e de fácil localização.
7 Qualidade da informação Fonte: Food Standards Australia New Zealand. Consumer Study on Food Allergen Labelling: Follow-on Survey Evaluation Report Series n , 214p.
8 Qualidade da informação Fonte: Pieretti et al. Audit of manufactured products: Use of allergen advisory labels and identification of labeling ambiguities. J Allergy Clin Immunol 2009; 124:
9 Qualidade da informação Fonte: Food Standards Australia New Zealand. Consumer Study on Food Allergen Labelling: Follow-on Survey Evaluation Report Series n , 214p.
10 Contexto regulatório interno Limitações da RDC 259/2002 (rotulagem geral de alimentos): Não existe nenhum dispositivo específico sobre alergênicos. Ingredientes são declarados utilizando terminologias técnicas, científicas, códigos ou termos genéricos sem identificação da sua origem/fonte. Ingredientes compostos regulamentados (até 25% do produto) e coadjuvantes de tecnologia não necessitam ser declarados. Requerimentos de legibilidade insuficientes.
11 Histórico da regulamentação Demandas da sociedade: Ações Civis Públicas para determinar que a ANVISA regulamente a declaração obrigatória de alergênicos e derivados nos rótulos de produtos (cereais contendo glúten, crustáceos, ovos, peixe, amendoim, soja, leite (incluindo lactose), castanhas, mostarda e gergelim). Ações dos consumidores (ex. Campanha Põe no Rótulo que propõe a regulamentação da informação sobre alergênicos de forma clara, completa e legível).
12 Histórico da regulamentação Em 27/3/2014, a Diretoria Colegiada aprovou por unanimidade que a área técnica adotasse as providências necessárias para concluir com urgência uma proposta, a ser submetida à Consulta Pública, para a declaração de alergênicos na rotulagem de alimentos. Em 09/06/2014, foi publicada a Consulta Pública n. 29, de 05 de junho de 2014, tendo o prazo de 60 (sessenta) dias para envio de comentários e sugestões.
13 Histórico da regulamentação Participação Social CP n. 29/ contribuintes: número superior ao total de participantes (1577) das 32 CPs realizadas pela Agência em 2013 por meio do formulário eletrônico contribuições. 96,5% pessoa física (com destaque para o segmento cidadão ); 3% representantes de instituição. 56 respondentes internacionais.
14 Histórico da regulamentação Em 20/04/2015, foi publicado o Aviso da Audiência Pública n. 1, de 17 de abril de 2015, ocorrendo em 06/05/2015. Em 03/07/2015, foi publicada a Resolução RDC n. 26, de 2 de julho de 2015
15 Resolução RDC n. 26/2015 Dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. Objetivo: Garantir que os consumidores tenham acesso a informações corretas, compreensíveis e visíveis sobre a presença dos principais alimentos que causam alergias alimentares na rotulagem dos alimentos embalados.
16 Âmbito de aplicação Alimentos, incluindo as bebidas, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia embalados na ausência dos consumidores, inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial e os destinados aos serviços de alimentação.
17 Lista de alergênicos - Considerações Relevância para a Saúde Pública, dados científicos. Codex Alimentarius e principais referências internacionais. Lei 12849/2013: advertência na embalagem de produtos que contêm látex.
18 Lista de alergênicos trigo, centeio, cevada, aveia / estirpes hibridizadas crustáceos ovos peixes amendoim soja leite de todas as espécies de animais mamíferos amêndoa, avelãs, castanha-de-caju, castanha-do-brasil ou castanha-do-pará, macadâmias, nozes, pecãs, pistaches, pinoli e castanhas látex
19 Declarações Presença intencional de alimentos alergênicos e seus derivados ALÉRGICOS: CONTÉM (NOME COMUM DO ALIMENTO ALERGÊNICO) ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE (NOME COMUM DO ALIMENTO ALERGÊNICO) ALÉRGICOS: CONTÉM (NOME COMUM DO ALIMENTO ALERGÊNICO) E DERIVADOS.
20 Declarações Possibilidade de contaminação cruzada com alimentos alergênicos ou seus derivados ALÉRGICOS: PODE CONTER (NOME COMUM DO ALIMENTO ALERGÊNICO). A utilização dessa declaração deve ser baseada em um Programa de Controle de Alergênicos
21 Critérios de Legibilidade Localização: imediatamente após ou abaixo da lista de ingredientes Caixa alta Negrito Cor contrastante com o fundo do rótulo Altura mínima de 2 mm e nunca inferior à altura de letra utilizada na lista de ingredientes Embalagens pequenas (área painel principal 100 cm 2 ): altura mínima dos caracteres 1 mm
22 Critérios de Legibilidade A declaração não pode estar em locais encobertos, removíveis pela abertura do lacre ou de difícil visualização, como áreas de selagem e de torção.
23 GUIA SOBRE PROGRAMA DE CONTROLE DE ALERGÊNICOS 2016
24 Base Legal RDC nº 26, de 02 de julho de 2015, que dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002, que aprova o regulamento técnico sobre rotulagem de alimentos embalados. Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997, que aprova o regulamento técnico sobre condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimento produtores/industrializadores de alimentos. RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002, que dispõe sobre o regulamento técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos e a lista de verificação das Boas Práticas de Fabricação em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.
25 Programa de Controle de Alergênicos (PCAL) Deve garantir que o consumidor sensível receba uma informação clara e confiável a respeito das substâncias alergênicas presentes no produto final. Permite a identificação das etapas críticas em que possa haver contaminação cruzada na cadeia produtiva. Auxilia na adoção de medidas de controle voltadas a mitigar o risco de contaminação cruzada. Importante ser documentado (POPs, Check lists), estabelecer pessoas responsáveis e ser monitorado continuamente.
26 Árvore decisória para identificação das etapas críticas para o controle da contaminação cruzada Há alguma medida adotada nessa etapa que minimize o risco de contaminação cruzada do produto? NÃO Há medidas de controle que podem ser implementadas nessa etapa para minimizar o risco de contaminação? SIM NÃO Essa é uma etapa crítica. Essa não é uma etapa crítica.
27 Etapas a serem observadas para o controle de alergênicos CONTROLE DE ALÉRGENOS
28 Prevenção de Contaminação Gerenciamento das matériasprimas Controle no Processo Produtivo Funcionários e outros Colaboradores da Produção Higienização das instalações Mapeamento dos ingredientes; Escolha de Fornecedores; Recebimento das matérias-primas e ingredientes; Armazenamento das matériasprimas e ingredientes. Linha de produção dedicada; Fluxo de Produção; Fluxo de funcionários; Controle de suspensão de partículas; Equipamentos e utensílios. Conscientização; Treinamento de acordo com a função; Uniformes dedicados para alergênicos; Higiene pessoal; Controle de alimentos. Validação; Fluxo de limpeza; Limpeza úmida; Desmontagem de equipamentos; Evitar pistolas de ar ou pressão de água (suspensão de partículas); Documentação.
29 Prevenção de Contaminação Reprocessamento de produtos Embalagem e Rotulagem Armazenamento e transporte Reformulação de produtos/novos Identificação; Separação alergênicos de não alergênicos. Criar fluxo para embalar; Avaliar a embalagem (migração); Identificar produtos semelhantes e com composição diferentes; Embalar e identificar corretamente os produtos; Isolar produtos acabados de matérias primas; Avaliação da presença de alergênicos; Reavaliar / readequar o PCAL. Garantir que a rotulagem seja feita corretamente.
30 Validação do programa de Controle de Alergênicos (PCAL) Importante para avaliar se as medidas de controle são suficientes para garantir a confiabilidade da informação a ser declarada no rótulo do produto. Importante para demonstrar que mesmo com todas as medidas de controle adotadas não é possível evitar ou eliminar as substâncias alergênicas; Ou comprovar que as medidas adotadas são efetivas.
31 Documentação do programa de Controle de Alergênicos (PCAL) Resultado da avaliação da presença de alérgenos nos produtos; Etapas críticas do PCAL e a descrição das medidas de controle (alternativamente pode ser anexada à documentação os Procedimentos Operacionais Padrão); Conteúdo de capacitação dos funcionários e periodicidade; Forma e frequência do monitoramento do Programa; Principais falhas de processo e ações corretivas definidas; Situações que levam à reavaliação do Programa; Resultados da validação do Programa, quando adotada; e Rotulagem dos alimentos que causam alergias alimentares, adotada para cada produto da empresa.
32 Rotulagem = Comunicação com o consumidor Bolo Dona Chica Sabor Nozes Consumir antes de: 07/2015 Lote: L00000 Conservar em local fresco, seco e inodoro. Evite exposição ao sol, calor e umidade. Ingredientes: açúcar, ovo integral pasteurizado, farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, calda sabor nozes aromatizada artificialmente, gordura vegetal, nozes, castanha-de-caju, óleo de soja, sal, umectante sorbitol, glicose de milho, fermento químico bicarbonato de sódio, fosfato monobásico de cálcio e pirofosfato dissódico, emulsificante mono e diglicerídeo de ácidos graxos, conservadores propionato de cálcio e sorbato de potássio, estabilizante lecitina de soja. CONTÉM GLÚTEN. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE TRIGO, CASTANHA-DE- CAJU, NOZES, OVO E DERIVADOS DE SOJA. PODE CONTER AMÊNDOA, AVELÃ, CASTANHA-DO-PARÁ, MACADÂMIA, PECÃ, PISTACHE, PINOLI E AMENDOIM. Textura macia, massa delicada e sabor irresistível! INDÚSTRIA BRASILEIRA Peso Líquido: 370g ATENDIMENTO O CONSUMIDOR Dias úteis das 08h às 17h Fone: (xx) xxxx-xxxx Fax: (xx) xxxx-xxxx CEP: xxx-xx Site: atendimento@bolodonachic a.com.br Fabricado por Dona Chica ME. End: rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxx CNPJ: xxxxxxxxxx Aromatizado artificialmente
33 Obrigada! GGALI/ANVISA
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