LÓGICA JURÍDICA E A NOVA RETÓRICA
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- Fábio Barros Gonçalves
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1 LÓGICA JURÍDICA E A NOVA RETÓRICA
2 RENÉ DESCATES ( )
3 HANS KELSEN ( )
4 Kelsen pregava uma objetividade ao ordenamento jurídico, a tal ponto que o juiz, ao prolatar uma sentença, por exemplo, teria de manter uma "neutralidade axiológica", ou seja, o juíz não deveria deixar sua subjetividade e seus valores influenciarem a decisão a ser tomada.
5 JUÍZO DE VALOR
6 o A solução do conflito devia ser apreciada segundo o critério de legalidade, sem levar em consideração seu caráter justo ou injusto, razoável ou aceitável, ignorando os juízos de valor, que nada mais é do que um recurso de avaliação baseado nas informações limitadas disponíveis, solucionando um conflito, para dar uma decisão que deve ser tomada a partir de um ponto de vista pessoal.
7 Após sofrer inúmeras críticas sobre esse método positivista, moldava-se, aos poucos, uma nova corrente de pensamento, uma nova maneira de pensar, apontando para a importância de uma resolução de um conflito tomada depois de uma reflexão, entendida como indispensável ao ser humano.
8 LÓGICA FORMAL X CASO CONCRETO
9 PERSUASÃO
10 SEGUNDO CHAIM PERELMAN ( ): Na ausência de técnicas admitidas é que se impõe o recurso aos raciocínios dialéticos e retóricos, raciocínios que visam estabelecer um acordo sobre os valores e sobre sua aplicação, quando estes são objeto de uma controvérsia.
11 COMO VIMOS A RETÓRICA PROCURA PERSUADIR O PÚBLICO POR MEIO DO DISCURSO.
12 GÊNEROS DE ORATÓRIA DENOMINADO POR ARISTÓTELES - DELIBERATIVO - JUDICIÁRIO - EPIDÍCTICO
13 DISCURSO DELIBERATIVO E JURÍDICO Advogado faz defesa de João Maia e Jaime Calado perante os juízes do TRE.
14 DISCURSOS EPIDÍCTICOS - UTILIZA DE HISTÓRIAS, MITOS E LENDAS, PARA INTENSIFICAR OS VALORES CULTURAIS DE UMA SOCIEDADE.
15 BENTHAM UMA AÇÃO É MORALMENTE CORRETA SE TENDE A PROMOVER A FELICIDADE E CONDENÁVEL SE TENDE A PRODUZIR A INFELICIDADE.
16 Os utilitaristas utilizavam a hierarquia dos prazeres e das dores como meio de argumentação para conseguir a adesão do auditório.
17 JUIZOS DE VALOR JUIZOS DE REALIDADE POR THOMAS S. KUHN
18 1 - A ARGUMENTAÇÃO NÃO VISA UMA TESE EXCLUSIVAMENTE PELO FATO DE SER VERDADEIRA. -TESES PARALELAS; - ADEQUAÇÃO MELHOR; - VALORES E PRINCIPIOS.
19 2 - TODA ARGUMENTAÇÃO DEVE PARTIR DE TESES QUE TENHAM A ADESÃO DAQUELES A QUEM SE QUER PERSUADIR OU CONVENCER. - AUDITÓRIO - POSICIONAMENTO
20 3- PODERÍAMOS FALAR DE MÉTODO SOCRÁTICO (MAIÊUTICA), DE QUAIS TESES SÃO ADMITIDAS PELOS SEUS INTERLOCUTORES. - CONJUNTO DE FATOS E VALORES; - CORPO DE CONHECIMENTO
21 4- O PROBLEMA DAS TESES INICIAIS SÃO MAIS DIFÍCEIS QUANDO: NÃO É POSSÍVEL REFERIR-SE A NENHUM CORPO DE DOUTRINA PRÉ CONSTITUÍDO. - HETEROGÊNEO; - OPINIÕES COMUM; - SENSO COMUM
22 5 UMA CARACTERÍSTICA DE TODAS AS TEORIAS DA ARGUMENTAÇÃO POR ARISTÓTELES É A DO LUGAR COMUM. - PONTO DE VISTA - PENSAMENTO NÃO ESPECIALIZADO
23 6 A ARTE DA APRESENTAÇÃO, EM VEZ DE PRODUZIR UM SIMPLES EFEITO LITERÁRIO OU ORNAMENTAL, TEM UMA INEGÁVEL FUNÇÃO PERSUASIVA (SÉCULO DEZESSEIS POR PIERRE RAMOS) - FIGURAS DE LINGUAGENS - FUNÇÃO DINÂMICA
24 COMUNICACÃO COM AUDITÓRIO A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA NÍVEIS DE GENERALIDADE
25 O AUDITÓRIO Martin Luther King ( ). Pastor protestante e ativista político.
26 Pergunta-se: O QUE FAZER QUANDO HÁ ADESÃO SIMULTANÊA À VÁRIOS VALORES OU A VÁRIAS REGRAS REVERTEM EM CASOS PARTICULARES, INCOMPATIBILIDADE OU ANTINOMIAS? Sacrificar um dos dois valores Justiça aparente
27 PONTO DE VISTA PRAGMÁTICO X PONTO DE VISTA FORMALISTA
28 AQUELE QUE ARGUMENTA E PROCURA EXERCER COM SEU DISCURSO, UMA INFLUÊNCIA SOBRE O SEU AUDITÓRIO, NÃO PODE EVITAR FAZER ESCOLHAS, SEMPRE APOIANDO SUAS ARGUMENTAÇÕES.
29 PRESUNÇÕES POR PATRICK DAY Princípios - Conservador A mudança sempre em toda parte exige uma justificação. -Liberal Será sempre melhor, caeteris paribus, deixar os homens livres em suas decisões em vez de constrangê-los. - Socialista A igualdade não exige razões, somente a desigualdade pode fornecê-las.
30 TECNICAS DE ARGUMENTAÇÃO TRATADO DA ARGUMENTAÇÃO o TÉCNICAS DE LIGAÇÃO o ARGUMENTOS FINDAMENTADOS NA ESTRUTURA DO REAL o ARGUMENTOS QUASE LÓGICOS
31 FILOSOFIA E METODOLOGIA FORMALISTAS Adesão absoluta às regras O dever é o dever A lei é a lei KANT
32 FILOSOFIA E METODOLOGIA UTILITARISMO Argumento pragmático * O que é dar uma boa razão em matéria da lei? É alegar que os bens e os males que essa lei tende a produzir. BENTHAM * O que é dar uma falsa razão? É alegar os prós e os contras a uma lei que não sejam seus efeitos tanto para o bem quanto para o mal.
33 UMA ARGUMENTAÇÃO FUNDAMENTADA NAS RELAÇÕES DE COEXISTÊNCIA. O ATO É CONSIDERADO A EXPRESSÃO DA PESSOA, QUE É RESPONSÁVEL POR SEUS ATOS.
34 Conforme LEIBNIZ
35 RELAÇÕES ANÁLOGAS SÃO AQUELAS ESTABELECIDAS ENTRE A PESSOA E SEUS ATOS, FAZENDO UMA RELAÇÃO ENTRE A OCASIÃO E ARGUMENTO, QUE CARACTERIZA A COMPREENSÃO DA HISTÓRIA.
36 - Argumentação fundamentada na estrutura do real: EXEMPLO MODELO ANALOGIA
37 A ANALOGIA ESTABELECE UMA PROPORÇÃO: O HOMEM ESTÁ PARA DEUS, COMO A CRIANÇA ESTÁ PARA ADULTO. (A está para B). Assim como: O HOMEM ESTÁ PARA DEUS, COMO FINITO ESTÁ PARA O INFINITO (C esta para D).
38 ACEITAR UMA ANALOGIA É ACEITAR AS CONSEQUÊNCIAS QUE DELA DECORREM.
39 A NOVA RETÓRICA
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