SENTENÇA. Vistos etc. I - RELATÓRIO

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1 PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO 05ª VARA DO TRABALHO DE LONDRINA ACum AUTOR: SIND DOS TRAB COND DE VEICULOS DO TIPO MOT, BICICLETAS E TRICICLO DA REGIO NORTE DO PARANA RÉU: M E PIGOZZO - EIRELI - ME Autos AÇÃO DE CUMPRIMENTO AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES CONDUTORES DE VEÍCULOS DO TIPO MOTONETAS, BICICLETAS E TRICICLO DA REGIÃO NORTE DO PARANÁ RÉU: M E PIGOZZO - EIRELI - ME DATA: 6/6/ h05 Vistos etc. I - RELATÓRIO SENTENÇA Trata-se de ação de cumprimento proposta por SINDICATO DOS TRABALHADORES CONDUTORES DE VEÍCULOS DO TIPO MOTONETAS, BICICLETAS E TRICICLO DA REGIÃO NORTE DO PARANÁ em face de M E PIGOZZO - EIRELI - ME, ajuizada em 22/1/2016, na qual expõe fatos e formula pretensão, conforme rol contido na petição inicial. Requer a produção de provas e o acolhimento dos pedidos. Atribui à causa o valor de R$ 1.000,00. Junta procuração e documentos. Contestação oral realizado pelo réu em audiência inicial (ID 7a538f8), sem documentos, sobre os quais se manifestou a parte autora (ID e339c22). Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 1

2 Determinada ao réu a juntada dos documentos solicitados pelo Sindicato-autor, cuja obrigação foi cumprida através do ID 6bb57c7 e seguintes, com vista à parte contrária. Em instrução, o réu manifesta-se sobre s documentos no ID f6a3339 (ID ee2633a). Sem outras provas, foi encerrada a instrução processual. Razões finais remissivas (ID ee2633a). As partes não se compuseram. Decido. II - FUNDAMENTAÇÃO 1. Convenção Coletiva de Trabalho Aduz o Sindicato-autor que representa os trabalhadores em transportes rodoviários do Estado do Paraná, tendo celebrado a CCT 2015/2016 com o sindicato a que pertence o réu. Nesse instrumento coletivo ficou estabelecido o piso salarial para Motoristas de veículos de pequeno porte até (01 tonelada) e Motociclistas de R$ 1.108,00 (um mil cento e oito reais). Alega, entretanto, que o réu não cumpriu as previsões coletivas, apesar de ter sido notificado para adequação do salário base de seus empregados ao piso estabelecido. Requer a condenação do réu ao cumprimento integral da sentença normativa, compelindo-o ao cumprimento das seguintes obrigações: a) regularizar a situação dos empregados com enquadramento junto ao Sindicato autor, com o recolhimento do valor pertinente às mensalidades sindicais; b) regularizar a realização de cursos para formação profissional, além de orientação e repasse dos EPIs aos empregados representados pelo Sindicato-autor; c) ajustar o piso salarial de empregados; d) condenar a ré ao pagamento de multa convencional, por empregado; e) condenar a ré ao pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais. Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 2

3 O réu realizou defesa oral em audiência, aduzindo "que já foi realizada a regularização da situação dos funcionários relativos ao enquadramento sindical, inclusive com recolhimento da contrituição sindical anual; que a regularização em relação à Convenção Coletiva que entrará em vigor em 05/2016 também já foi feita, inclusive na data de 12/04/2016 foi realizada uma homologação de uma rescisão trabalhista enquadrado no sidicato novo, de nome Danilo Rossi; em relação ao ajuste de piso salarial, isso não se aplica porque já efetua pagamentos acima de tal piso" (ID 7a538f8). Em instrução o réu também sustentou "que a partir do final do ano de 2015, por orientação de seu contador, passou a recolher as contribuições sindicais em favor do sindicato autor" (fl. 224). Extrai-se da defesa ser incontroverso o fato de que se encontra representado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Veículos Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Paraná e que possui empregados enquadrados junto ao Sindicato-autor, tendo ambas as agremiações sindicais firmado as CCTs juntadas com a inicial (ID 11fa0ec e fac5acc). Logo, o réu encontra-se vinculado ao cumprimento das disposições convencionais expressas nos instrumentos coletivos supra citados. Segundo Mauro Schiavi[1], "No nosso sentir, efetivamente, o Sindicato, na ação de cumprimento, atua como substituto processual, pois defende direitos individuais de seus associados, quais sejam: direitos individuais homogêneos que têm origem comum. Além disso, o direito não pertence ao sindicato e sim aos trabalhadores". Como a vigência da CCT de 2014/2015 iniciou-se em 1º/5/2014 (ID 11fa0ec), desde então os direitos convencionais dos empregados substituídos deveriam ter sido observados pelo réu. É o que declaro Representação sindical - Recolhimento da mensalidade sindical O réu demonstrou que já regularizou a situação dos empregados com enquadramento junto ao Sindicato-autor. Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 3

4 Quanto ao recolhimento da mensalidade sindical de 2015, como mencionado anteriormente, o objeto da presente ação é o cumprimento pelo empregador dos direitos convencionais estabelecidos em benefício dos empregados, o que não é o caso. Diante dessa premissa, não há como acolher o pleito de recolhimento da mensalidade sindical em favor do Sindicato-autor, uma vez que a ação de cumprimento não se presta a defender interesses de quem demanda, em nome próprio, direito próprio. Demais disso, entendo que para a cobrança da mensalidade sindical dos trabalhadores é necessária a comprovação da sindicalização dos mesmos, o que não ocorreu. O direito de oposição não pode ser condicionado à não realização de desconto no salário do trabalhador, diante de sua natureza intangível. REJEITO Piso salarial Com relação ao piso salarial, a cláusula 3ª da CCT de 2014/2015 (ID 11fa0ec) estabelece o valor de R$ 1.018,00 para os Motoristas de veículos de pequeno porte até uma tonelada e Motociclistas, a partir 1º/5/2014, enquanto a CCT de 2015/2016 fixa piso de R$ 1.108,00 a partir de 1º/5/2015 (cláusula 3ª, ID fac5acc). Os documentos juntados pelo réu (ID d4dac6e e seguintes) demonstram que, de fato, houve o descumprimento da previsão convencional, uma vez que o piso salarial passou a ser observado para alguns empregados somente meses após o início da vigência do instrumento coletivo, a exemplo de Marcelo Pistori Rabelo, que até o mês de outubro/2015 recebeu salário mensal de R$ 1.060,00, vindo a receber as diferenças salariais pertinentes apenas no mês de novembro/2015 (ID 1399fe0). Com relação ao empregado Diego Aparecido de Almeida, seu recibo demonstra pagamento de salário inferior ao piso no mês de janeiro/2016 (ID e7c78eb), sem comprovação de que a diferença devida tenha sido quitada posteriormente. Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 4

5 CONDENO o réu ao pagamento das diferenças salariais devidas pela inobservância do piso salarial devido aos empregados substituídos Adicional de periculosidade - Recolhimento do FGTS Quanto ao adicional de periculosidade e recolhimento de FGTS, tais direitos não foram indicados na causa de pedir como violados. Ainda que o Sindicato-autor requeira a condenação do réu "a cumprir integralmente a sentença normativa referida na inicial", esclareço que a despeito da "breve exposição dos fatos" prevista no parágrafo 1º do art. 840 da CLT, a parte não está autorizada a deduzir pretensões genéricas (art. 324, CPC/2015), sobretudo diante da delimitação da matéria a que está adstrita o juiz a se manifestar (CPC/2015, arts. 141 e 492), pena de julgamento extra, ultra ou citra petita. REJEITO Curso para formação profissional e fornecimento de EPIs No que respeita à necessidade de realização de cursos para formação profissional, além de orientação e repasse dos EPIs, a cláusula 15ª das CCTs de 2014/2015 e 2015/2016 (IDs 11fa0ec e fac5acc) assim estabelece: "Quando obrigatório o uso de uniformes e equipamentos para o trabalho, as empresas fornecerão gratuitamente, vedada qualquer desconto a esse título". Da disposição supra, não se colhe previsão que obrigue a realização de cursos para formação profissional pelo empregador. Ainda que conste tal previsão na Notificação Recomendatória editada pelo Ministério Público do Trabalho (item 2.6, ID 8cac70d), diante dos restritos limites da presente ação, não há como acolher o pedido em razão da ausência de previsão convencional expressa em tal sentido. Coube ao réu a demonstração de que fornece os EPIs necessários aos empregados motociclistas, tais como capacetes, luvas, coletes, proteção em dias de chuva etc., o que não ocorreu, razão pela qual o Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 5

6 CONDENO ao cumprimento da previsão convencional, com o fornecimento aos empregados motociclistas dos EPIs necessários à execução segura do trabalho. O réu deverá comprovar, no prazo de cinco dias do trânsito em julgado, o cumprimento da determinação supra, sob pena de multa diária de R$ 50,00, até o limite de R$ 1.000,00, por empregado Multa convencional O sindicato-autor requer a condenação do réu ao pagamento de multa convencional decorrente da violação das cláusulas 3ª (piso salarial), 9ª (seguro de vida), 15ª (uniforme e material para o trabalho). Quanto à cláusula relativa ao seguro de vida, esclareço que, a rigor, toda pretensão deve se basear na afirmação de um fato. O pedido de aplicação de multa convencional pela violação de dada cláusula deve ser necessariamente precedido pela afirmação, clara e objetiva, de que tenha havido o desrespeito a essa norma, a fim de que, a partir daí, se instaure o contraditório que é atávico ao devido processo legal. Ademais, soa assaz estranho que alguém deduza somente a pretensão punitiva como consequência da violação de um direito (acessório e indicado por um signo), e não o direito em si (principal): a parte autora não postula na inicial a condenação da ré a firmar seguro de vida obrigatório aos empregados, tampouco a pagar indenização (prêmio) do seguro de vida a qualquer empregado que tenham sofrido acidente, tratando-se a matéria suscitada no ID d de inovação processual. Assim, apenas as cláusulas que dizem respeito ao piso salarial e entrega de EPIs foram objeto de controvérsia e debate, tendo prevalecido a decisão de que, de fato, foram desrespeitadas. Condeno o réu ao pagamento de uma multa convencional por instrumento coletivo violado, revertida em favor de cada empregado substituído prejudicado. 2. Honorários advocatícios Cabíveis os honorários assistenciais nas causas em que o sindicato atue como substituto processual dos trabalhadores, como se passa Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 6

7 aqui. Nesse sentido, a Súmula 219, III, do TST. Vejamos: "HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI na sessão do Tribunal Pleno realizada em ) I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família (art.14, 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-oj nº 305 da SBDI-I). II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, 2º). VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 7

8 percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.". Fixo os honorários em 15% (quinze por cento) sobre os valores liquidados e CONDENO o réu ao pagamento. 3. Assistência Judiciária Embora muitas vezes tratadas como sinônimas, as expressões "Assistência Judiciária Gratuita" e "Justiça Gratuita" não o são. No âmbito do processo do trabalho, a primeira é prestada pelo sindicato profissional, na forma do art. 14 da Lei 5.584/70 (que faz remissão à Lei 1.060/50), e envolve a absoluta graciosidade de todas as despesas, sejam as processuais, sejam as advocatícias. Instituto diverso é o da Justiça Gratuita. Por ele, a simples afirmação da parte, sob as penas da lei, de que é pobre na acepção jurídica do termo, autoriza sua concessão, eximindo-a somente de despesas e custas processuais, mas não das penalidades processuais acaso impostas. Contudo, a concessão da justiça gratuita às pessoas jurídicas é situação excepcional, justificada apenas quando não há meios de suportar as despesas do processo sem afetar o desenvolvimento ou a própria existência da entidade, hipótese não comprovada nos presentes mediante escrituração contábil da empresa. INDEFIRO o pedido do Sindicato-autor. 4. Parâmetros de Liquidação de Sentença A liquidação da sentença será feita na forma de cálculos. Fica autorizada a dedução de valores comprovadamente pagos, título a título, de forma global, como forma de se evitar o bis in idem. Nesse sentido, a OJ EX SE do TRT-PR: "I - Abatimentos. Parcelas Salariais. Forma. Abatimentos de parcelas salariais pagas mensalmente deverão ser realizados pelo critério global (integral), aferidas pelo total dessas mesmas verbas quitadas durante o Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 8

9 período laboral imprescrito, observando-se a equivalência dos títulos a serem liquidados e abatidos, na forma da OJ nº 415 da SDI-1 do TST, exceto se o título executivo dispuser de forma diversa.". As parcelas que compõem a condenação serão atualizadas a partir do mês subsequente ao vencido, nos termos do parágrafo único do art. 459 da CLT e Súmula nº 381 do C. TST, inclusive o FGTS, exceto para aquelas para cujo pagamento a lei prevê outra época própria, tais como: férias acrescidas de 1/3 (CLT, art. 145); 13 salário (Lei n 4.749/65, art. 1º) e verbas rescisórias (art. 477 da CLT). Os índices serão aqueles da tabela oficial da Justiça do Trabalho. A atualização deverá ser levada a efeito pelos índices da tabela FADT/TR, conforme liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal em , na Reclamação RS, revertendo o que antes decidido nos autos TST-ArgInc Os juros de mora incidirão de forma simples, à base de 1% (um por cento) ao mês, pro rata die, sobre o capital já corrigido (Lei n 8.177/91, art. 39, parágrafo 1 ), nos termos do art. 883 da CLT e da Súmula n 200 do TST. As contribuições previdenciárias devidas à Seguridade Social decorrem de lei e, nos termos do artigo 276, parágrafo 4º, do Decreto nº 3.048/99, que regulamentou a Lei nº 8.212/91, a retenção dos valores devidos à Previdência Social pelo empregado, em caso de ações trabalhistas, deve ser calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no artigo 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. Inteligência da Súmula nº 368, II e III, do TST. Na forma da Lei 7.713/88, tratando-se de pagamento acumulado de rendimentos do trabalho, deve ser adotado o regime de competência mês a mês, observados os valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento do crédito - Súmula 368, II, do TST. Observe-se o teor da OJ EX SE - 24 do TRT da 9a Região, no sentido de que "A Justiça do Trabalho é incompetente para executar as contribuições do empregador destinadas a terceiros integrantes do Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 9

10 Sistema "S", nos termos dos artigos 114, VIII, 195, I, "a", II e 240 da Constituição Federal.". O art. 404 do Código Civil deu aos juros natureza de indenização, a atrair, por isso, a aplicação do princípio da restituição integral, este incompatível com a diminuição provocada pela exação. Nesse sentido, a OJ 400 da SDI-1/TST. São estes, portanto, os parâmetros que serão utilizados na liquidação da sentença, após o trânsito em julgado dessa decisão, nos termos do art. 832, 1 da CLT. III - DISPOSITIVO Posto isso, resolvo ACOLHER EM PARTE as pretensões deduzidas por SINDICATO DOS TRABALHADORES CONDUTORES DE VEÍCULOS DO TIPO MOTONETAS, BICICLETAS E TRICICLO DA REGIÃO NORTE DO PARANÁ, em ação trabalhista proposta em face de M E PIGOZZO - EIRELI - ME, para CONDENAR a parte ré à satisfação das obrigações acima impostas, na forma da fundamentação, que passa a ser parte integrante deste dispositivo. O cumprimento das obrigações deverá ocorrer no prazo de cinco dias do trânsito em julgado, se não ressalvado nesta decisão, em ponto específico, prazo e modo diversos (CLT, art. 832, 1º). Para os efeitos do art. 832, 3 da CLT, declaro como verbas de natureza indenizatória: Multa convencional e honorários assistenciais. Custas, pela parte ré, devendo ser calculadas sobre o valor da condenação, provisoriamente arbitrado em R$ 1.000,00 (um mil reais), importando em R$ 20,00 (vinte reais), sujeitos à complementação ao final. Cientes. Nada mais. [1] Manual de Direito Processual do Trabalho - 9. Ed. - São Paulo : LTr, 2015, p LONDRINA, 6 de Junho de 2016 Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 10

11 ROBERTO JOAQUIM DE SOUZA Juiz do Trabalho Substituto Número do documento: Num. 6e54bc3 - Pág. 11