PARECER DOS RECURSOS
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- Aparecida Bicalho Nunes
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1 Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PROCESSO SELETIVO ADMISSÃO DE PROFESSORES EM CARÁTER TEMPORÁRIO EDITAL Nº 15/ 2012/ SED PARECER DOS RECURSOS CARGO: Conhecimentos Gerais 01) O projeto político-pedagógico é essencialmente um fórum de discussão (e não só um plano no papel) que norteia todo o trabalho da escola. Nesse sentido ele deve incluir, exceto: A a democratização das relações pela forma como se organizam as participações da comunidade escolar. B as ações mais cotidianas tais como lanche, horários e higiene. C as ações mais complexas como o posicionamento político frente às demandas externas. D as priorizações de formação docente no interior da escola. E a incorporação das decisões individuais dos que vão agir em desacordo com o grupo frente ao trabalho pedagógico. O Projeto Político Pedagógico se estrutura na reflexão coletiva e democrática, neste sentido é pela aprovação da maioria, respeitando-se a legislação, que se definem objetivos e metas para a escola. Uma vez definidas sua realização é coletiva e compromisso de todos, não contemplando os que estão em desacordo, se assim fosse qual o sentido do compromisso coletivo documentado e divulgado a toda comunidade escolar? É o PPP também a proteção social de que cada um não vai fazer do seu jeito e sim em consonância com que foi decisão da maioria e em respeito às leis. Quanto as ações cotidianas como lanches e horários elas integram currículo em seu sentido amplo e deve ser objeto de reflexão, proposição e registro no PPP, especialmente porque tem total interface com os processos de ensino e aprendizagem, não se trata apenas de quem o distribui. A escola deve ser espaço priorizado para formação em serviço de todos os profissionais que nela atuam, não é único, mas ao ser descartado perde-se a possibilidade de estudar questões vinculadas aos limites e possibilidades deste contexto que tem peculiaridades próprias. 02) O Artigo 26 da vigente Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9.394, 20 de dezembro de 1996, diz que: Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Assim, compete à escola, exceto: A substituir conteúdos e/ou disciplinas pouco valorizadas da base comum por outras que tratem das temáticas polêmicas da atualidade. B incorporar nos planos de ensino e aprendizagem estratégias para abordagem das temáticas que são inerentes a vida. C instituir, no Projeto Político Pedagógico, táticas e estratégias para socializar saberes sobre violência, educação sexual, uso de drogas, ou seja, dos temas multidisciplinares que tratam da realidade dos estudantes. D diagnosticar as lacunas do currículo de base comum frente à realidade escolar e propor a organização de apropriação desses saberes na escola.
2 E constituir grupos de profissionais e estudantes para organizar materiais pedagógicos através de pesquisa, que atendam as demandas diagnosticadas e não contempladas na base comum. A escola não só pode como deve realizar grupos de professores, especialista e estudantes para realizarem pesquisas e produzirem materiais pedagógicos para serem trabalhados em diversas turmas. A inclusão de estudantes nestes trabalhos permite apreender o que é mais motivador, a linguagem mais eficaz, entre outras tantas possibilidades, sem abrir mão da perspectiva científica e dos objetivos desejados. A secretaria Estadual de Educação tem excelentes experiências neste sentido, tanto do órgão central, quanto das regionais e em inúmeras escolas, que se constitui inclusive em referências para outras redes de ensino. Por exemplo podemos citar materiais pedagógicos sobre gestão democrática, sobre educação sexual, sobre violências, sobre uso de drogas cuja efetividade foi maior em face do estudante estar incluído no projeto que deu origem ao material. 03) Rituais e práticas não registradas, relações hierárquicas, regras e procedimentos, modos de organizar o espaço e o tempo na escola, modos de distribuir os alunos por grupamentos e turmas, mensagens implícitas nas falas dos(as) professores(as) e nos livros didáticos. Os elementos acima se relacionam predominantemente ao currículo: A cultural. C oculto. E crítico. B tradicional. D oficial. Tudo que está registrado nos documentos das escolas pode se relacionar as distintas formas de currículo citados, exceto ao oculto, como o próprio termo indica esta é a parte do currículo não registrada, é tão importante quanto as demais porque também forma a todos os envolvidos mas não é intencionalmente documentada como apontam diversos estudioso do currículo. 04) O conhecimento escolar é direito de todos e sua aprendizagem significa maior possibilidade de cidadania. A seleção desses conhecimentos deve, exceto: A ampliar o repertório cultural dos estudantes. B privilegiar os saberes que induzem a ordem, ao controle e a obediência. C voltar-se para uma formação integral e crítica. D conduzir os estudantes para novos patamares de entendimento do mundo natural e social. E perspectivar uma aprendizagem ativa, conduzindo para a reelaboração, transformação e ampliação do aprendido. Os saberes selecionados em prol do cumprimento de aprendizagem significativa e da cidadania estão apontados nas alternativas A,C,D,E e se antagonizam com o descrito na alternativa B, a única a ser assinalada. 05) Com a intenção de transformar a escola em um espaço cultural, cada professor(a), como intelec-tual, está convidado a desempenhar o papel de crítico cultural. Nessa perspectiva, espera-se que os professores, exceto:
3 A sejam capazes de apresentar argumentos substanciais que desnaturalizem visões parciais de mundo. B priorizem e dêem exclusividade as músicas, aos textos e aos filmes que seus estudantes já têm acesso nos contextos em que vivem. C sejam leitores contumazes e façam da escrita um exercício cotidiano para que, com suas memórias, reelaborem saberes e estratégias pedagógicas. D questionem seu entendimento de quem são e de quem são os outros, concebendo que determinados ponto de vista são aprendidos e naturalizam-se equivocadamente nas relações. E possam identificar e desafiar visões estereotipadas sobre as mulheres, os homossexuais, os idosos, os deficientes, enfim, todos os grupos que tendem a ser marginalizados em nossa sociedade. Utilizar o repertório que os estudantes trazem de seu cotidiano como ponto de partida sim, sempre. No entanto priorizar e dar exclusividade a estes saberes não lhes ajuda a ampliar seu repertório cultural. Por tanto a única alternativa a ser assinalada é a B 06) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9.394, de 20/12/ 1996) em seu artigo 32 (redação dada pela Lei nº , de 2006) determina que o ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão mediante, exceto: A o desenvolvimento de valores cívicos de ordem e progresso, além do reconhecimento dos patrimônios públicos que são bens comuns. B o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo. C a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. D o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores. E o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. Ao ler a referida Lei, fruto de discussão entre juristas e educadores e já sancionada e em plena validade o candidato vai saber que a alternativa A não compõe o texto legal. 07) A Resolução CNE/CEB Nº 4/2010 define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Em seu artigo 14 1º determina que integram a base nacional comum nacional, exceto: A Língua Portuguesa e Matemática. B Educação Física e Ensino Religioso. C O conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena. D Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música. E Língua estrangeira e Língua indígena para todos os estudantes das regiões em que há comunidades Guarani, Xokleng e Kaingang, para assegurar a comunicação entre índios e não índios.
4 Ao ler a referida Lei, cujo teor é importantíssimo aos profissionais da educação o candidato vai saber que a alternativa E não compõe o texto legal. 08) São aspectos importantes na elaboração de instrumentos de avaliação, exceto: A ter conteúdos significativos para quem está sendo avaliado. B usar linguagem clara, esclarecedora e objetiva. C explorar a escrita, a leitura e a capacidade de raciocínio, independente da disciplina. D ter sempre conteúdos de largos períodos do processo escolar. E ter coerência com os propósitos do ensino. Os instrumentos de avaliação podem e devem ser diversificados, assim como professores das mais diversas áreas não devem se prender apenas a material escrito, o profissional da educação física pode e deve utilizar a escrita e a leitura, pois os saberes sobre o movimento a corporeidade, os esportes e tudo mais que envolvem a disciplina não são apenas de ordem mecânica e devem resultar em apropriações culturais, científicas por parte de seus estudantes, além disso o compromisso com a escrita e leitura deve ser de todos. 09) A avaliação formativa tem critérios que se pautam em: A fazer registros seletivos dos que aprendem a totalidade do ensinado. B atribuir notas diariamente pela excelência na realização das tarefas. C tomar como referência o próprio estudante em suas múltiplas dimensões. D valorizar mais os estudantes cujos pais participam ativamente nas tarefas de casa. E construir objetivos e metas a serem conquistadas por todos no tempo pré-determinado. Atribuir notas diárias pela excelência das tarefas registra os progressos de uns sem ajudar a compreender seus percursos e exclui os que não obtiveram esta excelência. Além disso a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina é explicita quanto a ter o estudante em suas múltiplas dimensões como maior referencial para a avaliação formativa. 10) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996) em seu artigo 24, inciso V, afirma que a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios, exceto: A aproveitamento de estudos concluídos com êxito. B avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. C possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar. D obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência ao fim do período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos. E obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.
5 O candidato deve ler o artigo em referência da lei máxima da educação brasileira (LDB), assim vai perceber que a alternativa D não compõe este texto legal e por isso deveria ter sido assinalada
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