Efeito da Privação de Oxigénio nos Parâmetros Sanguíneos de Corvina ( (Argyrosomus regius)
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1 Efeito da Privação de Oxigénio nos Parâmetros Sanguíneos de Corvina ( (Argyrosomus regius) Orientação: Doutora Laura Ribeiro Doutora Florbela Soares Colaboração: Professora Teresa Afonso Trabalho Realizado por: Artem Sukhenko Tânia Martinho
2 A produção piscícola em aquacultura envolve um conjunto de preocupações de forma a garantir o bem estar animal, por forma a garantir boas taxas de crescimento e peixes saudáveis.
3 Bem estar animal pode definir-se como o conjunto de condições ambientais, nutricionais e sociais adequadas à espécie que se pretende cultivar.
4 Condições ambientais adversas e uma má manipulação, são factores de Stresspara o peixe. Para recuperar o seu Para recuperar o seu equilíbrio, o peixeé obrigado a gastar energia para além das suas funções vitais, o que pode comprometer o seu crescimento.
5 Factores de Stresspodem ser, por exemplo, manipulação excessiva, aparecimento de doenças, défice de oxigénio, entre outros.
6 As respostas fisiológicas ao Stresspodem ser: Primárias [Ex: Produção Cortisol] Secundárias [Ex: Produção Glucose] (Diouf et al. 2000, Barton et al. 2002).
7 A falta de oxigénioprovoca alta taxa de mortalidade ou morbilidade em aquacultura Causas frequentes: i. Elevada densidade no tanque de cultivo ii. Aumento da temperatura
8 Resposta específica à falta de oxigénio: o Hiperventilação; o Redução da ingestão de alimento; o Aumento da produção de glóbulos vermelhos; oaumento da área de difusão gasosa.
9 A Corvina (Argyrosomus regius) é uma espécie utilizada em aquacultura há relativamente pouco tempo, havendo ainda muito a estudar sobre o modo como reage a condições adversas, tais como o défice de oxigénio.
10 O objetivo deste trabalho foi averiguar a forma como a corvina reage quando submetida a uma situação de Stress agudo provocada por défice de oxigénio.
11 Hipótese A corvina irá reagir à redução brusca de oxigénio dissolvido na água através de: Libertação de cortisol Produção de glucose Aumento da produção de hemácias
12 Condições iniciais 15 Corvinas [5 exemplares / ponto amostragem] Peso = 87.3 ±22.3 g Volume do tanque 50 L
13 Parâmetros analisados Observação do comportamento Biometria (peso e comprimento total) Hematócrito Cortisol plasmático Glucose plasmático
14 Material Ictiómetro Balança Capilares Seringas Agulhas microtubos Soluções Fenoxietanol 500 ppm Heparina tanque de hipoxia (10 L)
15 Pontos de Amostragem Corvinas colocadas no tanque de hipóxia Normóxia(15 peixes) Basal/control 0 Hipóxia corvinas 5 corvinas 5 corvinas Monitorizada a variação de oxigénio
16 Procedimento (Súmula) Em cada ponto de amostragem: Anestesiámos 5 corvinas em fenoxietanol 500 ppm Recolhemos sangue, medimos e pesámos Devolvemos estes peixes ao tanque de recuperação IC = (peso (g)/comp total³)x100
17 I Congresso Nacional A Ponte Entre a Escola e a Ciência Azul Componente analítica A - Hematócrito
18 I Congresso Nacional A Ponte Entre a Escola e a Ciência Azul A - Hematócrito
19 B - Determinação do Cortisol Foi utilizado o teste VIDAS Cortisol S (Biomérieux), cujo equipamento (Mini-VIDAS) faz a leitura automática da quantidade de cortisol existente no plasma.
20 C - Determinação da Glucose 1 Preparámos as soluções para a curva padrão 2 Retirámos as amostras de plasma do congelador e deixámo-las descongelar lentamente em gelo 3 - Preparámos a microplaca com o branco, as soluções padrão (triplicado) e as amostras (duplicado). Volume amostra / padrão: 10 µl Volume reagente: 200 µl
21 4 Incubámos a microplaca a 37ºC durante 10. 0,70 0,60 Curva padrão 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 y = 0,005x + 0,065 R² = 0, Absorvância em função da concentração (mg/dl)
22 Resultados I -Variação dos Parâmetros da Água Normóxia Hipóxia 15 Hipóxia 30 Saturação de oxigénio 70,5% 19% 17% Temperatura 20,3ºC 25,8ºC 25,2ºC
23 II - Biometria biomassa (kg) 0,9 WW (g) CT (cm) IC volume tanque (l) 15 média 87,3 20,3 1,0 densidade (kg.l-1) 0,06 sd 22,3 1,58 0, oxig % temp. ºC IC = (peso (g)/comp total³)x100 IC ,000 0,500 1,000 1,500
24 III - Hematócrito 40,000 % Hct Tratamento % Hct 35,000 30,000 Cntl 26,536 ± 3,3 Hx15 26,688 ± 2,8 Hx30 33,388 ± 4,3 25,000 20,000 15,000 10,000 5,000 0,000 Cntl Hx15 Hx30 Hct(%) = comp hemácias/comp total de sangue)x100
25 IV - Cortisol 30,000 ng/ml Tratamento ng/ml 25,000 Cntl 6,0 ±3,37 20,000 15,000 Hx15 3,716 ± 1,23 10,000 5,000 Hx30 28,082 ± 3,7 0,000 Cntl Hx15 Hx30
26 V - Glucose 70,00 Conc(mg/dl ) Tratamento Conc (mg/dl) 60,00 50,00 Cntl 43,25 ± 9,64 Hx15 66,32 ± 11,92 Hx30 54,18 ± 10,65 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Cntl Hx15 Hx30
27 Discussão (Tópicos) Aumento do hematócrito ao fim de 30 (de acordo com o esperado) Aumento significativo do cortisol ao fim de 30 (de acordo com o esperado) Desvio Padrão elevado condiciona conclusões Variação da temperatura - mecanismos intrínsecos / extrínsecos (?) Resultados da glucose exigiriam ensaios complementares
28 Referências Diouf, Boucar; Rioux, Pierre; Blier, Pierre U; Rajotte, Denis. Use of Brook Char (Salvelinus fontinalis) Phisiological Responses to Stress as a Teaching Exercise, in Advances Physiology Education, volume 23, nº 1; junho 2000
29 Agradecimentos IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera Ciência Viva Doutora Laura Ribeiro Doutora Florbela Soares Escola Secundária Dr Jorge Correia - Tavira Professora Teresa Afonso
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