UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A MEDIDA PROVISÓRIA APÓS A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 32/2001 Por: Rosangela Maria Pazetto Orientador Prof. Anselmo Souza Rio de Janeiro 2012

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A MEDIDA PROVISÓRIA APÓS A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 32/2001 Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Público e Tributário. Por: Rosangela Maria Pazetto

3 3 AGRADECIMENTOS À Deus que me ama sem impor condições, me concedendo sempre mais do que mereço. À minha querida mãe Delíria, amiga e parceira fiel, todo o tempo me dando força e acreditando que sou capaz. Ao meu Rogério, pela paciência e credibilidade. À minha linda e querida irmã muito presente em minha vida, às minhas sobrinhas que tanto amo: Júlia e Elisa. Ao meu pai que não está mais aqui ao meu lado, mas que de alguma forma se une a mim. Aos meus familiares e amigos que de alguma maneira contribuíram para o meu desenvolvimento, e em especial ao meu querido e mais que amigo Eraldo, meu mentor, o qual me apresentou a área tributária.

4 4 DEDICATÓRIA Para Rogério: Pelo amor, carinho e paciência. Pela inspiração consentida nos momentos que me sentia abatida, acreditando sempre no meu potencial e me enxergando melhor do que sou.

5 5 RESUMO O trabalho possui como objetivo dedicar-se a esclarecer a medida provisória prevista na Constituição Federal de 1988 após a emenda constitucional nº 32/2001, investigando-se a excepcionalidade dessa espécie normativa na ordem constitucional brasileira, assim como os limites impostos ao editar a medida provisória, previstos no art. 62 da Carta Magna. Além disso, destina-se a entender os pressupostos das medidas provisórias, bem como sua natureza jurídica ao observar sua origem histórica e institucional, investigando os efeitos da medida provisória no ordenamento jurídico brasileiro em analogia às demais normas que com ela não se harmonizam ao paralisar por lapso de tempo a eficácia da norma incompatível, ainda que trate a mesma matéria. Observar-se-á também que a medida provisória, não revoga a lei anterior, se sua eficácia for imediata, ocorrendo somente à suspensão da vigência e eficácia da lei O principal ponto de estudo do trabalho será os pressupostos constitucionais de relevância e urgência, analisando o controle destes requisitos pelo Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal. O interesse em analisar a edição de medida provisória em matéria tributária possui a finalidade de averiguar o respeito, ou não, a garantias constitucionais dos contribuintes, relacionados a criação ou majoração de tributos. Faz parte do presente trabalho um estudo relacionado aos aspectos iniciais da medida provisória no primeiro capítulo. No segundo, há uma análise da medida provisória a partir da EC nº 32/2001. E o terceiro capítulo trata dos pressupostos da medida provisória bem como sua natureza jurídica.

6 6 METODOLOGIA A pesquisa será descritiva, e sua divisão será estabelecida em duas partes, uma teórica e outra prática. A parte teórica será apoiada em obras de autores consagrados no assunto, sendo usadas fontes primárias e secundárias Também será feita uma pesquisa documental, baseada em jurisprudências, analisando-se a legislação brasileira no que concerne à medida provisória após a EC nº 32/2001. A pesquisa vem esclarecer questionamentos sobre os pressupostos da medida provisória, bem como sua natureza jurídica. Os métodos que levaram ao problema proposto foram a leitura de livros, jornais, revistas, questionários, jurisprudências, internet. A resposta foi obtida após coleta de dados, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e observação do objeto de estudo. A seleção do material foi baseada em autores que tratam do assunto de forma clara e abrangente. A Universidade Gama Filho contribuiu muito com empréstimos de livros, assim como a AVM Faculdade Integrada.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO I - Medida Provisória Aspectos iniciais Medida provisória e Decreto-lei Impacto da MP sobre o ordenamento jurídico brasileiro Elementos das medidas provisórias 17 CAPÍTULO II - Medida provisória a partir da EC n. 32/ O processo de criação das Medidas Provisórias de acordo com a EC n. 32 / Da aprovação da medida provisória sem alteração Da aprovação da medida provisória com alteração Da rejeição expressa da MP pelo Congresso Nacional Da rejeição tácita da MP não deliberada no prazo de 60 dias Limitação material à edição de MP de acordo a EC n. 32/ CAPÍTULO III Dos pressupostos da Medida Provisória e sua Natureza Jurídica e o caso das MPs em matéria tributárias A separação de funções e a atuação do Poder Executivo na elaboração das leis Os pressupostos de admissibilidade: relevância e urgência Natureza jurídica da MP A medida provisória no Direito Tributário Análise dos princípios jurídicos de tributação Princípio da segurança jurídica Principio da legalidade Princípio da anterioridade 39

8 8 CONCLUSÃO 41 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43 ÍNDICE 45 FOLHA DE AVALIAÇÃO 47

9 9 INTRODUÇÃO O tema em questão é de grande relevância para a área jurídica no que tange, principalmente, ao Direito Tributário, pois trata-se de um assunto muito questionado e que desperta várias discussões, já que a medida provisória veio a substituir o decreto-lei na nova ordem constitucional. Faz-se relevante antes de ingressar no mérito do tema em análise, a busca pela natureza jurídica das medidas provisórias no regimento jurídico constitucional. O art. 59, inciso V, CRFB/88, estabelece que: O processo legislativo compreende a elaboração de: V - medidas provisórias. O professor Ricardo Lobo Torres (2011), explica que, diante dos abusos cometidos nos últimos anos, com o aumento exagerado do número de medidas provisórias e com as sucessivas reedições, resolveu o Congresso Nacional promulgar a Emenda Constitucional nº 32, de , que introduziu diversas providências para democratizar o anômalo instrumento legislativo. Sabiamente salienta ainda o professor Ricardo Lobo Torres que o Supremo Tribunal Federal, em casos excepcionais, vem declarando a inconstitucionalidade de medidas provisórias que desrespeitam a cláusula de relevância e urgência (ADIN , Ac. De , Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU de ). Para alguns doutrinadores a visão de que medida provisória é lei, deve ser desconsiderada, pois a própria Constituição Federal o diz. Assim alude o ilustre professor Alexandre de Moraes (2008), que a medida provisória não é lei, mas espécie normativa excepcional, transitoriamente investida de "força de lei. Da mesma forma Roque Antonio Carrazza (1991) se manifesta alegando que inicialmente, deixa marcado que medidas provisórias não são leis. São, sim, atos administrativos lato sensu, dotados de alguns atributos da lei, que o Presidente da República pode expedir em casos de relevância e urgência.

10 10 A relevância desta pesquisa está baseada na importância em detectar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da medida provisória. Expor as contradições existentes na aplicação da medida provisória em face do direito tributário. Examinar com atenção os princípios específicos da área tributária conjuntamente com o propósito da medida provisória para certificar ou recusar seu cabimento. No que concerne à problemática em tela, conclui-se que a natureza jurídica da medida provisória não é legislativa, porém esse fato não impede sua aplicação em matéria tributária, até mesmo por disposição constitucional EC 32/01, contudo devem-se analisar os princípios específicos da área tributária em conjunto com os pressupostos da medida provisória para se afirmar ou negar seu cabimento.

11 11 CAPÍTULO I MEDIDA PROVISÓRIA...Deus é maior que todos os obstáculos. 1.1 Aspectos iniciais Historicamente, o instituto da medida provisória, trouxe consigo como antecedente, o antigo decreto-lei, conhecido antecipadamente na constituição anterior, e instrumento legislativo utilizado de forma abusiva pelo Presidente da República, por deter competência para sua edição. Os constituintes buscaram o instituto da Medida Provisória no modelo da Constituição da República Italiana de O art. 77 da Constituição Italiana prevê os decretos-lei em casos extraordinários de necessidade e urgência. Sobre isso, elucida-nos o professor Alexandre de Moraes: O art. 77 da Constituição Italiana prevê os chamados decretilegge in casi straordinarí di necessità d d urgenza (decretos-lei em casos extraordinários de necessidade e urgência), prevendo que em caso extraordinário de necessidade e urgência, o Governo adotará, sob sua responsabilidade, providências provisórias com força de lei, devendo apresentá-las imediatamente à Câmara, para sua conversão. Estipula, ainda, que o decreto perderá eficácia retroativamente se não houver a conversão em lei, no prazo de 60 dias de sua publicação, devendo a Câmara regulamentar as relações jurídicas resultantes do decreto-lei não convertido em lei. 1 1 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional.São Paulo: Atlas SA, 2008, p

12 12 Mediante aos abusos cometidos com o decreto-lei, havia a necessidade de um ato normativo célere para situações de relevância e urgência. Portanto, em 1988, baseado no modelo italiano, apesar de ser bem díspar do brasileiro, devido ao sistema da Itália ser parlamentar e do Brasil presidencialista, foi estabelecida a medida provisória, com a intenção de corrigir as deturpações averiguadas no regime militar, que era usada de forma excessiva ou inconveniente por possuir função atípica de fazer leis por intervenção do decreto-lei. Assim, a medida provisória incorpora o processo legislativo, estando inserida na Constituição Federal no art. 59, inciso V e no art. 62, que prevê: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (EC nº 32/2001). Pedro Lenza explica como era a adoção da medida provisória antes da EC nº 32/2001: A medida provisória é adotada pelo Presidente da República, por ato monocrático, unipessoal, sem a participação do Legislativo, chamado a discuti-la somente em momento posterior, quando já adotada pelo Executivo, com força de lei e produzindo os seus efeitos jurídicos. 2 Acrescenta ainda: Assim, observa-se, nessa primeira abordagem, que a medida provisória foi estabelecida pela CF/88 com a esperança de corrigir as distorções verificadas no regime militar, que abusava de sua função atípica legiferante por intermédio do decreto-lei. 2 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 537.

13 13 A experiência brasileira mostrou, porém, a triste alteração do verdadeiro sentido de utilização das medidas provisórias, trazendo insegurança jurídica, verdadeira ditadura do executivo, governando por inescrupulosas penadas, em situações muitas das vezes pouco urgentes e nada relevantes Medida Provisória e Decreto-lei A comparação existente entre o decreto-lei e a medida provisória corrobora para a análise entre estas duas espécies normativas, embora uma delas não faça mais parte de nossa Carta Magna, ou seja, o decreto-lei. Segue abaixo, um esquema comparativo entre estas duas espécies, conforme faz o professor Alexandre de Moraes (2008, p. 682): Medida Provisória Os pressupostos de expedição são indicados cumulativamente, em casos de relevância e urgência. Não depende de nenhuma condição financeira e pode, em princípio, versar sobre toda e qualquer matéria, ressalvadas as vedações estabelecidas em diversos parágrafos do art. 62, após a EC 32/2001. Para ser convertida em lei, necessita de aprovação expressa do Congresso nacional. Decreto-lei Os pressupostos de expedição eram apresentados alternativamente, em casos de urgência ou interesse público relevante. Estava subordinado a uma condição, ou seja, a inocorrência de aumento de despesas, apontando as matérias que podiam ter por objeto. Em caso de ausência de manifestação do Congresso Nacional, era havido como definitivamente aprovado decurso de prazo. 3 Idem, p. 537.

14 14 Não tem eficácia, desde a edição, se não for convertida em lei, cabendo ao Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes. Somente em caso de inércia do CN, no prazo de 60 dias, as Medidas Provisórias rejeitadas terão efeitos ex nunc, assemelhando-se aos antigos Decretos-lei. Sua rejeição não acarretava a nulidade dos atos praticados durante a sua vigência. A Emenda Constitucional nº. 32/2001, corrigiu a Medida Provisória, portando a seguinte redação ao texto do artigo 62: art Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3º; II que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III reservada a lei complementar;

15 15 IV já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 4º O prazo a que se refere o 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

16 16 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. Entrementes, pode-se observar na comparação feita entre o decreto-lei e a Medida Provisória, que apesar de ter se originado dele e do decretto-legge italiano, como espécie legislativa para casos extraordinários, ministra importantes diversidades como as que foram destacadas acima. Notase também que a EC nº 32/2001, reformou o modelo da medida provisória. Podemos citar como exemplo a vedação da reedição de Medidas Provisórias que tenham perdido sua eficácia por decurso de prazo, tornando a Medida Provisória realmente com caráter provisório, desigual ao que ocorria antes da edição da referida Emenda.

17 Impacto da medida provisória sobre o ordenamento jurídico brasileiro Após a publicação da medida provisória, esta passa a ter força de lei, portanto terão a sua eficácia suspensa, as demais normas do ordenamento jurídico brasileiro, que com ela forem incompatíveis. Caso a medida provisória seja rejeitada, a lei que teve sua eficácia suspensa voltará a vigorar, produzindo seus efeitos. A edição de uma medida provisória suspende a vigência da legislação anterior, sem ter o poder de revogá-la. A qualquer instante o Congresso Nacional pode aniquilar os efeitos de medida provisória, restaurando, inclusive para o período de vigência dela, a legislação anterior. O art. 62, 3º da CF/88, estabelece que: As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos 11 e 12, perderão eficácia, desde a edição se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável, nos termos do 7º, uma única vez por igual período (novos 60 dias), devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. Isto é, se a medida provisória não for apreciada no prazo de 60 dias, esta perderá a sua eficácia desde a sua edição, operando efeito ex nunc, confirmando a sua efemeridade e precariedade. 1.4 Elementos das medidas provisórias Os elementos das medidas provisórias são: competência, forma, finalidade, objeto e motivo. Quanto à competência, as medidas provisórias devem ser baixadas pelo Presidente da República, assim diz o art. 62 da Constituição no

18 18 que tange ao âmbito federal. Diferentemente dos decretos-lei, que só o Presidente da República podia baixar, as medidas provisórias podem ser baixadas pelo Governo do Estado, assim como pelo Prefeito do Município e também pelo Governador do Distrito Federal. A Constituição Federal de 1988, ao editar a Medida Provisória, determinou o ato normativo disciplinando que ele fosse utilizado em casos de relevância e urgência. Portanto, se não houver relevância ou urgência, o ato estará contrariando a Constituição e seguidamente caberá ao Supremo Tribunal Federal, na especialidade de guardião da Constituição, apreciá-lo. Certo que os pressupostos de relevância e urgência, são indeterminados, cabe delimitar o campo de atuação do Presidente da República na edição de Medidas Provisórias. No que tange à forma, as medidas provisórias possuem forma sui generis. No que diz respeito à finalidade mediata, conforme consta no art. 62 da CF/88, é o atendimento a interesse público de relevância. Assim diz Nagib Slaibi Filho: Relevância é um elemento normativo do tipo, de caráter político, submetido ao juízo do Presidente da República e do Congresso Nacional. A Constituição anterior, no art. 55, ao se referir ao decreto-lei, mencionava interesse público relevante e a Suprema Corte, em diversas oportunidades, considerou o conceito como questão política, infensa a seu julgamento, embora, note-se, nem mesmo a questão política poderá ficar imune a um juízo de valoração se estiver em confronto com direito que mereça a cognição prometida no art. 5º, XXXV, da Constituição. 4 4 SLAIBI FILHO, Nagib. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 511.

19 19 Slaibi Filho, acrescenta ainda: Em caso de flagrante desvio de finalidade de atendimento ao que seja relevância, as medidas provisórias poderão ter sua inconstitucionalidade proclamada incidentalmente ou através da ação principal. 5 No que se refere ao objeto, há matérias que, por suas distinções, quase obsta a sua rejeição pelo Congresso Nacional. Portanto, constata-se que em nosso regime presidencial, alguns excessos não podem ser corrigidos, a não ser de forma repressiva, e inclusive com aplicação de possibilidades que figurariam crises institucionais. No que concerne ao motivo das medidas provisórias não são absolutamente discricionários, pois a Carta Magna ordena imperiosamente que só sejam baixadas quando houver urgência. Slaibi Filho afirma que: Como elemento normativo do tipo, a urgência é o conjunto de circunstancias, levando à edição do ato, que não pode aguardar o processo legislativo ordinário, ou o processo legislativo no prazo previsto no art. 64, 1º a 4º. 6 Acrescenta ainda, ipsis litteris: Assim, se a medida pode aguardar um lapso de tempo como período provável do tempo necessário à elaboração de lei pelo Congresso, não haverá requisito constitucional para a edição de medidas provisórias. 7 Conclui-se, portanto, que o motivo que leva à criação de uma medida provisória, não pode ter urgência duvidosa. 5 Idem, p Idem, p. 512.

20 20 CAPÍTULO II MEDIDA PROVISÓRIA A PARTIR DA EC N. 32/ O processo de criação das medidas provisórias de acordo com a EC n. 32/2001 Conforme previsto no art. 62, caput, da Constituição Federal de 1988, o Presidente da República, somente em caso de relevância e urgência poderá adotar medidas provisórias com força de lei, que devem ser de imediato submetidos à apreciação do Congresso Nacional. Desse modo, a medida provisória se individualiza por ser criada pela manifestação privativa do Chefe do Executivo. No entanto, torna-se necessário discorrer sobre o princípio constitucional de divisão de funções e da atuação do Poder Executivo na elaboração das Leis, embora seja notório que na clássica tripartição de poderes, a função legislativa pertence ao Poder Legislativo e a Medida Provisória é ato normativo editado pelo Poder Executivo e publicado pelo Diário Oficial da União. De acordo com a Emenda Constitucional nº 32/2001, há regras para a edição de medida provisória, as quais veremos a seguir. Somente o Presidente da República é legítimo para editar medida provisória no âmbito federal, possuindo competência exclusiva, cuja indelegabilidade está expressa no art. 84, XXVI, da Constituição Federal de Importante frisar que as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas do Distrito Federal e Municípios descrevam as diretrizes básicas previstas na CF/88, no que tange a edição de medidas provisórias. Para que uma medida provisória seja editada, ela precisa conter dois pressupostos constitucionais, são eles: relevância e urgência, e ambos os requisitos necessariamente precisam estar juntos. 7 Idem, p. 512.

21 21 Quando uma Medida Provisória é editada pelo Presidente da República dentro dos parâmetros estabelecidos no art. 62, 7º, da CF/88, ela vigorará no prazo de 60 dias, podendo ser prorrogada uma única vez, por mais 60 dias, contados da data de sua publicação no Diário Oficial da União. O 4º deste mesmo artigo, diz que o prazo será suspenso durante os períodos de recesso parlamentar. O professor Pedro Lenza exemplifica da seguinte forma:...imagine que determinada MP tenha sido publicada em 5 de julho de determinado ano. Nessa hipótese, ela produzirá efeitos ate 17 de julho, já que, pela nova regra fixada pela EC n. 50/2006 que modificou a redação do art. 57, caput em 18 de julho, inaugura-se o primeiro recesso parlamentar (art. 57, caput). Suspenso o prazo durante o aludido período de recesso (de 18 a 31 de julho), voltará ele a fluir após o término do recesso parlamentar, qual seja, no exemplo dado, em 1º de agosto, pelo prazo restante (já que se trata de suspensão e não de interrupção de prazo). 8 Neste sentido, Lenza faz uma comparação entre a regra anterior com a regra vigente, anotando o seguinte: Significa um retrocesso, já que de acordo com a regra anterior, antes do advento da EC n. 32/2001, adotada a MP pelo Presidente da República e estando o Congresso Nacional em recesso, proceder-se-ia à sua convocação extraordinária no prazo de 5 dias. Segundo a nova regra, ao que se percebe, na redação dada ao art. 62, 4º, acrescentado, o referido prazo fica suspenso durante o período de recesso do Congresso Nacional. Em contrapartida, amenizando a falta de previsão expressa de convocação extraordinária para o caso de adoção de 8 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 539.

22 22 MP, a EC n. 32/2001 estabeleceu que, em eventual convocação extraordinária, havendo medidas provisórias em vigor na data de sua convocação, serão elas automaticamente incluídas na pauta de convocação (art. 57, 8º). 9 Se no prazo de 60 dias, prorrogado uma única vez por mais 60 dias, totalizando 120 dias, caso não seja convertida em lei, a medida provisória perderá sua eficácia desde a data de sua edição. No art. 62, 3º, da Carta Magna de 1988 está estabelecido que se as medidas provisórias, ressalvado o disposto nos 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. Isto significa que, se a MP não for apreciada no prazo determinado na Constituição, ela perderá sua eficácia desde o momento de sua edição, operando efeitos ex tunc. Após a MP ser editada pelo Presidente da República, ocorre a tramitação, ou seja, ela será submetida a apreciação do Congresso Nacional imediatamente, passando por uma comissão de Deputados e Senadores que após um exame minucioso emitirão parecer, avaliando seus aspectos constitucionais e de mérito, inclusive seus pressupostos de relevância e urgência, assim como se ela está financeiramente adequada. No décimo quinto dia, havendo ou não parecer, a medida vai para a Câmara dos Deputados. Caso não haja parecer na comissão mista, este será proposto no Plenário daquela Casa. A Câmara tem até o vigésimo oitavo dia para avaliar a medida. Inicialmente a Câmara vota a medida analisando os aspectos da relevância e urgência, ou seja, se há constitucionalidade ou 9 Idem, p

23 23 inconstitucionalidade, logo depois aprecia-se a adequação financeira. Caso sejam aprovados os pressupostos, entra-se na deliberação do mérito. Caso o plenário da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal rejeitar a medida, decidindo no sentido do não atendimento dos pressupostos constitucionais ou pela inadequação financeira ou orçamentária da medida provisória, esta será arquivada. Se a medida provisória for aprovada, ela será promulgada como lei, integrando definitivamente o ordenamento jurídico brasileiro, nos termos em que veio do Poder Executivo. No que tange à reedição de medida provisória, o 10 do art. 62 da CF/88, estabelece que é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido a sua eficácia por decurso de prazo, quer dizer, se o Congresso Nacional, não apreciá-la no prazo de sessenta dias prorrogáveis por mais sessenta dias, a partir da sua publicação. O professor Pedro Lenza elucida-nos: Pela redação dada ao referido dispositivo legal, contudo, na sessão legislativa seguinte, ao que parece, permitir-seá a reedição da aludida medida provisória, substituindo a criticada técnica de reedição das medidas provisórias, que infelizmente, agora conta até com permissivo constitucional expresso no sentido de corroborar a sua reedição na sessão legislativa seguinte. Restará o judiciário declarar inconstitucional essa nova sistemática de possibilidade de reedição da MP na sessão legislativa seguinte Da aprovação da medida provisória sem alteração 10 Idem, p. 541.

24 24 Diferentemente do que ditava a regra anterior, o art. 12 da Res. N. 1/2002-CN, dispõe que aprovada a medida provisória, sem alteração de mérito, será o seu texto promulgado pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, no Diário Oficial da União. Portanto, quem exerce a função de Presidente da Mesa do CN é o Presidente do Senado Federal. 2.3 Da aprovação da medida provisória com alteração O Parlamento possui a faculdade de apresentar emenda ao texto da medida provisória, podendo ampliar ou restringir seu conteúdo. Tais emendas poderão ser supressivas, aditivas, modificativas, aglutinativas e substitutivas. Sobre o prazo de apresentação, o professor Alexandre de Moraes esclarece: Há a possibilidade de apresentação de emendas parlamentares nos 6 primeiros dias que se seguirem à publicação da medida provisória no Diário Oficial da União, porém sua apresentação obrigatoriamente deverá ocorrer perante a Comissão Mista. 11 Tal emenda parlamentar não poderá tratar de matéria diferente da que foi inserida no conteúdo da medida provisória, esta deverá ser pertinente ao assunto. Ocorrendo as emendas à medida provisória, o Parlamento deverá também aduzir as relações jurídicas decorrentes de possível alteração de emenda. Por conseguinte, cabe ao Congresso que aprove a medida provisória emendada, desse modo ela se transformará em projeto de lei de conversão, que será enviado ao Presidente da República para veto ou aprovação. Assim explica o professor Alexandre de Moraes: 11 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas AS, 2008, p. 673.

25 25 O Congresso Nacional, aprovando a medida provisória com alterações, estará transformando-a em projeto de lei de conversão, que será enviado, pela Casa onde houver sido concluída a votação, à análise do Presidente da República, para que o sancione ou vete, no exercício discricionário (conveniência e oportunidade) de suas atribuições constitucionais. Uma vez sancionado o projeto de lei de conversão, o próprio Presidente da República o promulgará e determinará sua publicação Da rejeição expressa da MP pelo Congresso Nacional Se porventura, a medida provisória for rejeitada de forma expressa pelo Legislativo, perderá seus efeitos de forma retroativa, cabendo ao Congresso Nacional, no prazo de 60 dias, disciplinar as relações jurídicas originárias da emenda rejeitada. Qualquer das Casas que rejeitar a medida provisória, deverá se pronunciar, comunicando o fato imediatamente ao Presidente da República, publicando ato declaratório de rejeição de medida provisória no Diário Oficial da União. Considerável salientar que não será admitida a reedição da medida provisória expressamente rejeitada, pois o Poder Legislativo seria provocado manifestar-se, novamente, sobre matéria que já houvera rejeitado, e com o gravame da nova e insistente regulamentação de matéria já rejeitada voltar a produzir efeitos, até que fosse, novamente, rejeitada Idem, p STF Pleno Adin nº 293/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Diário da Justiça, seção I, 16 abr. 1993, p

26 26 Caso suceda a reedição de medida provisória rejeitada expressamente, esta configurará como crime de responsabilidade, pois entende-se que, o livre exercício do Poder Legislativo estaria sendo impedido. Assim define Ferraz Júnior, que o Presidente da República estaria transformando o Congresso em: um mero aprovador de sua vontade ou um poder emasculado cuja competência a posteriori viraria mera fachada por ocultar a possibilidade ilimitada de o Executivo impor, intermitentemente, as suas decisões. 14 Concretizando o parecer acima, veio o art. 62, 10, da CF/88, sancionado pela EC nº 32/2001, a qual estabeleceu expressamente a impossibilidade de reedição de medida provisória rejeitada, na mesma sessão legislativa. 2.5 Da rejeição tácita da MP não deliberada no prazo de 60 dias pelo Congresso Nacional Como visto, caso a medida provisória não seja apreciada no prazo de 60 dias, contados após a sua publicação, ocorrerá prorrogação de mais 60 dias. Se depois deste prazo de 120 dias, não houver apreciação do Congresso Nacional, a MP perderá a eficácia desde o momento de sua edição. A decadência da Medida Provisória, pelo decurso do prazo constitucional, opera a desconstituição, com efeitos retroativos, dos atos produzidos durante a sua vigência. Assim caso o Congresso Nacional não a aprecie em tempo hábil (60 dias), este ato normativo perderá sua eficácia, no que se denomina de rejeição tácita FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Interpretações e estudos, p In: Moraes, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas AS, 2008, p STF Pleno Adin nº 365-8/600-DF medida liminar, Rel. Celso de Mello, Diário da Justiça, 1º out No mesmo sentido: STF Pleno Adin nº 295-DF, Rel. Min. Paulo Brossard.

27 27 O antigo decreto-lei permitia que uma medida provisória ao não ser apreciada pelo Congresso Nacional no prazo determinado, fosse aprovada devido à inércia do Poder Legislativo. Porém, a Constituição de 1988, extinguiu a aprovação por decurso do tempo, ou seja, se o Poder Legislativo não se manifestar no prazo determinado de 60 dias prorrogado por mais 60, a reedição da medida provisória torna-se vedada na mesma sessão legislativa, e a rejeição tácita torna-se irrevogável. A reedição da medida provisória, nos termos do 7º, do art. 62 da Constituição Federal, é ato privativo do Presidente d República, que poderá, excepcionalmente, entender que cessaram os motivos de relevância e urgência existentes à época de sua primeira edição Limitação material à edição de medidas provisórias, de acordo com a EC n. 32/2001 Após a emenda constitucional nº 32/2001, a Constituição procurou uma forma de acelerar as medidas provisórias que tratassem de hipóteses de relevância e urgência, bem como limitou seus textos, como garantia jurídica a determinadas matérias que por sua importância, qualquer alteração deveria seguir os trâmites mais rígidos possíveis. O art. 62, da CF/88 em seu 1º, vedou a edição de medidas provisórias sobre matérias relativas a: nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; direito penal, processual penal e processual civil; organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3º; Insta salientar que, a medida provisória não pode tratar de matéria orçamentária, porém, o próprio art. 62, 1º, I, d, aplica uma exceção 16 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas AS, 2008, p. 675.

28 28 para a utilização de MP para abertura de crédito extraordinário, restando contudo, que se observe o art. 167, 3º, que diz: São vedados: a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. A jurisprudência do STF chama este fator de limites constitucionais à atividade legislativa excepcional do Poder Executivo na edição de MP para a abertura de crédito extraordinário. 17 Portanto, a abertura de crédito extraordinário, somente será consentido para cuidar de despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, levando em consideração o que dispõe o art. 62. Desta forma, a utilização de MP se restringe a essas situações extraordinárias, salientando-se a importante atribuição de controle sobre a função do Executivo pelo Judiciário. Ainda, a nova regra ofertada pela EC nº 32/2001, veda de maneira expressa a edição de medida provisória: que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; reservada a lei complementar; já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. O art. 62, 2º, estabelece ainda regras no que tange à matéria tributária: medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Este assunto será analisado cuidadosamente mais adiante, no tópico 3.1deste trabalho. 17 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 546.

29 29 Outro limite destacado pela EC nº 32/2001está previsto no art. 246 da CF/88, explícito nos termos seguintes: É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação desta emenda, inclusive. Nota-se que neste artigo o Governo foi beneficiado devido à cessão permitida pelo Congresso Nacional. Pedro Lenza destaca outros limites que não estão expressos na Constituição de Além destes limites, podemos destacar, muito embora não estejam previstos expressamente na EC n. 32/2001, os seguintes, impossibilitando-se a regulamentação por medida provisória das: -matérias que não podem ser objeto de delegação legislativa (art. 68, 1º, pela própria natureza do ato que reforça o princípio da indelegabilidade de atribuições); -matérias reservadas à resolução e decreto legislativo, por serem matérias de competência das Casas ou do próprio Congresso Nacional. Por fim, em relação aos limites materiais, selecionamos ainda, algumas situações nas quais já havia expressa vedação de regulamentação por medida provisória: -art. 25, 2º, da CF/88: Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação ; -art. 73 do ADCT: acrescentado pela ECR n. 1/94, que já teve a sua eficácia exaurida, vedando a regulação do Fundo Social de Emergência, criado inicialmente para os

30 30 exercícios financeiros de 1994 e 1995, por medida provisória; -art. 2º da EC n. 8/95: veda a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso XI do art. 21 da CF/88; -art. 3º da EC n. 9/95: veda a adoção de medida provisória na regulamentação da matéria prevista nos incisos I a IV e nos 1º e 2º do art. 177 da CF/ Nota-se, portanto, que a medida provisória é viável em matéria, tendo como garantia, limitações determinadas pela Constituição, tendo em vista que se empregada de maneira apropriada, considerando os requisitos para sua edição, poderá de fato ser um instrumento útil para a sociedade. 18 Idem, p

31 31 CAPÍTULO III DOS PRESSUPOSTOS DA MEDIDA PROVISÓRIA E SUA NATUREZA JURÍDICA E O CASO DAS MPs EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 3.1 A separação de funções e a atuação do Poder Executivo na elaboração das leis Comumente a classificação do poder é tida como uno e indivisível, justamente pelo fato de não poder haver duas ou mais soberanias dentro de um mesmo Estado. Assim ensina Sahid Maluf: A soberania é realmente, necessariamente, una e indivisível. Ora, o Estado é a organização da soberania, e o governo é a própria soberania em ação. O poder, portanto, é um só, uno e indivisível na sua substância. Não pode haver duas ou mais soberanias dentro de um mesmo Estado, mas pode perfeitamente haver órgãos diversos de manifestação do poder de soberania. 19 A manifestação do poder por órgãos diversos deve acontecer para que não seja condensado em um único indivíduo, trazendo por conseqüência a inviabilização da liberdade. A Constituição Federal de 1988 traz em seu art. 2º, a divisão de funções, sendo o legislativo, o executivo e o judiciário, independentes e harmônicos entre si, podendo um exercer a função de outro. Nota-se, portanto, que dentro de cada poder do Estado, há funções típicas e atípicas a serem exercidas. São funções típicas as que 19 MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 211.

32 32 guardam uma relação de identidade com o Poder por que são desempenhadas 20 e atípicas aquelas que não guardam nota de identidade e, por isso mesmo, são originariamente desincumbidas pelos outros órgãos de poder Os pressupostos de admissibilidade: relevância e urgência Os pressupostos constitucionais de relevância e urgência são os justificadores da edição da medida provisória. Várias discussões se firmam quanto à possibilidade em dar a competência ao Poder Judiciário ou restringir à discricionariedade do Presidente da República. Neste ínterim, relata Celso Bandeira de Mello: Se relevância e urgência fossem noções só aferíveis concretamente pelo Presidente da República, em juízo discricionário incontrastável, o delineamento e a extensão da competência para produzir tais medidas não decorreriam da Constituição, mas da vontade do Presidente, pois teriam o âmbito que o Chefe do Executivo lhes quisesse dar. Assim, ao invés de estar limitado por um círculo de poderes estabelecido pelo Direito, ele é quem decidiria sua própria esfera competencial na matéria, ideia antinômica a tudo que resulta do Estado de Direito. 22 Há algum tempo, o STF pacificou entendimento sobre o assunto, orientando que em relação aos pressupostos de relevância e urgência, cabe inicialmente sua apreciação ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo, sendo 20 ARAÚJO. Luiz Alberto David e NUNES JÚNIOR. Vidal Serrano. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2005, p Idem, p MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de direito administrativo, 13. ed., p In: SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 565.

33 33 que se um ou outro pressuposto não contiver um propósito cabível no controle judicial, será decidida a ilegitimidade constitucional da medida provisória. Destarte, julgou o Supremo Tribunal Federal: Ementa: Os conceitos de relevância e de urgência a que se refere o art. 62 da constituição, como pressupostos para a edição de medidas provisórias, decorrem em princípio, do juízo discricionário de oportunidade e de valor do presidente da República, mas admitem o controlo judiciário quanto ao excesso do poder de legislar, o que, no caso, não se evidencia de pronto. (ADIN n. 162, rel. Min. Moreira Alves, j ). Mais tarde, o próprio STF confirmou o julgamento: Ementa: Os requisitos de relevância e urgência para edição de medida provisória são de apreciação discricionária do Chefe do Poder Executivo, não cabendo, salvo os casos de excesso de poder, seu exame pelo Poder Judiciário. Entendimento assentado na jurisprudência do STF. (ADIn MC. Rel.Min.Ilmar Galvão, j ). Por fim, a doutrina colocou em discussão se as medidas provisórias teriam cabimento em matéria tributária, principalmente no que tange à criação ou aumento de tributos e a minoria decidiu pela negativa e a maioria deu resposta positiva. Outros doutrinadores, porém, só admitiram as medidas provisórias no âmbito tributário para a criação de tributos extraordinários, conforme prevê o art. 148, I, da CF/ Natureza jurídica da MP

34 34 Há controvérsias ao que tange à natureza jurídica da medida provisória, pois alguns doutrinadores entendem que a mesma não é lei, porém outros afirmam que a MP é lei. A MP rege-se pelo império da urgência, constituindo medida cautelar, de antecipação de tutela legislativa, pois o art. 62 da Constituição diz que a MP tem força de lei, o que significa dizer que não é lei, embora tenha a eficácia dos atos legislativos típicos. 23 Neste ínterim, acrescenta ainda: Aliás, na ADCM nº 4, o Supremo Tribunal Federal proclamou que o poder cautelar é inerente ao poder de julgar e, assim, não é exclusivo dos juízes, mas de todos os agentes que tenham o poder/dever de decidir. 24 Então para Nagib, as medidas provisórias são atos normativos com força de lei, assim segue: As medidas provisórias são, assim, o ato normativo baixado pelo Chefe do Poder Executivo, com força de lei, dependente de homologação pelo Poder Legislativo, através do qual, em caso de relevância e urgência, inovase a ordem jurídica de acordo com a competência da entidade federativa. 25 Para Alexandre de Moraes medida provisória não é lei, mas espécie normativa excepcional, transitoriamente investida de força de lei. 26 No confronto entre a lei e a medida provisória, segue um quadro baseado nas idéias de Celso Antonio bandeira de Mello: SLAIBI FILHO, Nagib. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p Idem, p Idem, p MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2008, p MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Perfil constitucional das medidas provisórias. Revista de Direito Público, São Paulo: RT, n. 95, jul./set In: SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 74.

35 35 1ª MP Lei 2ª MP Lei 3ª MP Lei 4ª MP Lei 5ª MP Lei Diferenças entre MP e Lei Forma excepcional de regulação de certos assuntos Forma normal de regulação de certos assuntos Instrumento precário, com vida curtíssima Instrumento não precário, com prazo indeterminado, ressalvado o caso de lei de vigência temporária Pode ser infirmada pelo Congresso a qualquer tempo (dentro do prazo para apreciação) Não pode ser infirmada pelo Congresso a qualquer tempo, ligando a sua persistência à vontade do órgão de que emanou A MP não convertida em lei perde sua eficácia desde o início (ex tunc) A lei, ao ser revogada, apenas cessa seus efeitos dali pra frente (ex nunc) A MP, para ser expedida, depende da ocorrência de certos pressupostos (relevância e urgência) Para a lei, a relevância da matéria não é condição para que seja produzida 3.4 A medida provisória no Direito Tributário O art. 62 da Constituição Federal de 1988 diz que: Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Embora a medida provisória tenha força de lei, não é lei. Apesar de ser um ato sob condição de ser aprovada pelo Congresso Nacional, é vigente e eficaz.

36 36 A medida provisória que implicar em instituição ou majoração de impostos, exceto os impostos sobre: importação, exportação, produtos industrializados, operações financeiras e imposto extraordinário, só entrará em vigor produzindo efeitos, no exercício financeiro seguinte caso tenha sido convertida em lei até o ultimo dia do exercício em que foi editada, conforme traz o art. 62, 2º da CF/88. As taxas e contribuições de melhoria não podem ser instituídas por meio de medida provisória. O Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo se pronunciou afirmando que: o artigo 150, inciso I, da Constituição Federal, veda com força de garantia dada ao contribuinte, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei anterior que o estabeleça e, no inciso III, veda a cobrança de tributos, item a, em relação aos fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado, Não se dispensa, pois, ao tributo a reserva legal, o princípio da legalidade, que não poderia abranger a medida provisória, que não é lei, ainda que se equipare à mesma, até pela diversidade quanto ao âmbito de iniciativa e de processo legislativo. 28 Deste modo, Roque Carrazza conclui que: em relação aos tributos submetidos ao princípio da anterioridade, as medidas provisórias inequivocadamente não os podem criar ou aumentar Análise dos princípios jurídicos da tributação 28 TJ/SP Adin nº /0. 29 CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito tributário. 2ª ed. São Paulo: RT, 1991, p In: MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2008, p. 685.

37 37 A Constituição Federal de 1988 determina limites ao poder de tributar do Estado, ou seja, essas limitações vêm basicamente dos princípios, que podem ser chamados em auxílio dos cidadãos, para que não haja um eventual abuso de poder por parte daquele que possui a capacidade de tributar. Os princípios que regram a tributação são considerados limitações constitucionais ao poder de tributar. Sobre esse assunto Hugo de Brito Machado interpreta: Sendo, como é, a relação de tributação uma relação jurídica e não simplesmente de poder, tem-se como induvidosa a existência de princípios pelos quais se rege. Dentre esses princípios destacamos aqueles que, em virtude de sua universalidade, podem ser considerados comuns a todos os sistemas jurídicos, ou pelo menos aos mais importantes. São eles os princípios da legalidade, da anterioridade, da igualdade, da competência, da capacidade contributiva, da vedação do confisco, e o da liberdade de tráfego Princípio da segurança jurídica Embora que o Princípio da Segurança Jurídica não se encontre de forma explícita no ordenamento jurídico brasileiro, faz-se extremamente essencial no direito tributário. Falando unicamente do direito tributário, deste importante princípio despontam outros tão fundamentais quanto àquele. São eles: O Princípio da Legalidade e o Princípio da Anterioridade. Sobre esta importante matéria, Américo Lacombe explica: O princípio da segurança jurídica não está expresso na Constituição, mas, além de ser decorrência lógica da 30 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 62.

38 38 isonomia, pois só poderá haver igualdade (perante a lei e na lei) onde houver segurança jurídica, ele vem implementado pelo princípio da legalidade, pela garantia à coisa julgada, ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito, cujo corolário é a irretroatividade das leis. Vem ainda implementado pelo princípio da separação dos poderes e pela possibilidade de recurso à Justiça, exercida por magistratura independente. 31 Este princípio busca estabelecer maior grau de estabilidade e previsibilidade na relação das pessoas na sociedade, possuindo o máximo possível de certeza e de igualdade, cabendo ao universo jurídico garantir que isso aconteça. Segundo o doutrinador, Carlos Aurélio Mota de Souza, a segurança está implícita no valor justiça, sendo um a priori jurídico. 32 Afirmando ainda que se a lei é garantia de estabilidade das relações jurídicas, a segurança se destina a estas e às pessoas em relação; é um conceito objetivo, a priori, conceito finalístico da lei Principio da legalidade O art. 5º da Constituição Federal, prevê: Art. 5 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 31 LACOMBE, Américo Lourenço Masset. Princípios Constitucionais Tributários. São Paulo. Malheiros, 1996, p SOUZA. Carlos Aurélio Mota de. Segurança jurídica e jurisprudência: um enfoque filosófico jurídico. São Paulo: LTR, 1996, p Idem, p. 128.

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