Armazém República, 2004 wood, glass, fabric, acrylic, lamps, copper wire, leather yarn, stainless steel and straw. variabe dimensions

Transcrição

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2 Marcelo Silveira produz trabalhos com repercussões tanto no campo da escultura quanto dos objetos apropriados. Com sua hibridez local, o trabalho do artista ocupa um espaço entre: metade dentro e metade fora do museu. A acumulação é uma das suas estratégias favoritas: objetos reminiscentes de aparelhos domésticos descaradamente esvaziados de qualquer uso funcional, mas que parecem carregar significados; esferas feitas de vários materiais e tamanhos diversos, imóveis, como se esperassem algum evento anunciado; centenas de objetos de vidro (copos, garrafas ou meros cacos)... Esses objetos convergem nas grandes coleções e livros de artista de Marcelo Silveira. De fato, a idiossincrática organização do artista é fundamental para sua produção, permitindo, por meio de uma certa ordem, que o outro entre no seu trabalho. Armazém república (2004) é uma instalação composta de, no mínimo, dois segmentos distintos, que compartilham, com exceção do nome, a mesma estratégia de construção. Em um desses segmentos, uma centena de peças esculpidas em madeira são prendidas ao teto com faixas de couro, esperando por algum uso improvável. Em outro segmento, uma centena de objetos (copos, potes, espelhos, garrafas, vasos, lâmpadas e cacos quebrados) são organizados em prateleiras, formando um painel vertical e frágil contraposto pela horizontalidade opaca e robusta dos objetos de madeira pendurados acima. Marcelo Silveira nasceu em 1962, em Gravatá, Pernambuco. Vive e trabalha em Recife. Participou da 1ª Bienal Internacional de Artes Plásticas de Buenos Aires, Argentina (2000); da 5ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, Brasil (2005); da 4ª Bienal de Valência, Espanha (2007); da 29ª Bienal de São Paulo (2010); além das mostras coletivas O Guardião das coisas inúteis (MAMAM, Recife, Brasil, 2014); Além da biblioteca (Frankfurter Buchmesse, Frankfurt, Alemanha, 2013); Coleção Itaú de fotografia brasileira (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2013; Palácio das Artes, Belo Horizonte, Brasil, 2013); MAC 50: doações recentes 1 (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, 2013); Travessias 2 (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro, Brasil, 2013); Nova arte nova (Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil, 2009; Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Brasil, 2009); Panorama da arte brasileira contraditório (Alcalá 31, Madri, Espanha, 2008); Geração da virada: (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2006). Entre suas exposições individuais recentes estão: Chronos (Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil, 2012); Arquitetura de interiores (Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil, 2008); e Marcelo Silveira (Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo, Brasil, 2005). Marcelo Silveira produces works that resonate in both the field of sculpture and the field of appropriated objects. Expressing a local hybridity, his work occupies a place in between: half inside and half outside of the museum. Accumulation constitutes a favorite strategy of his: objects reminiscent of household appliances, blatantly stripped of any use, that yet seem to bear some meaning; spheres made out of various materials and in various sizes, motionless, as if awaiting some unannounced event; hundreds of glass objects (from drinking glasses to bottles to mere shards) these and more can come together in Marcelo Silveira s large collections and artist s books. In fact, the artist s idiosyncratic way of organizing is tantamount to his practice, allowing, through a certain order, for another person to enter into the work. Armazém república (2004), is an installation made up of two distinct segments, which share, apart from the name, the same construction strategy. In one of these segments, one hundred pieces sculpted in wood are tied to the ceiling with strips of leather waiting for some improbable use. In the other segment, hundreds of glass objects (cups, pots, mirrors, bottles, vases, lamps, and broken shards) are arranged on shelves, forming a vertical and fragile panel counterpoised with the opaque and robust horizontality of the wooden objects hanging above. Marcelo Silveira was born in 1962 in Gravatá, state of Pernambuco. He lives and works in Recife. He featured in the 1st International Art Biennial of Buenos Aires, Argentina (2000); the 5th Mercosul Biennial in Porto Alegre, Brazil (2005); the 4th Valencia Biennial, Spain (2007), and the 29th São Paulo Biennial (2010). Recent group shows include O Guardião das coisas inúteis (MAMAM, Recife, Brazil, 2014); Além da biblioteca (Frankfurter Buchmesse, Frankfurt, Germany, 2013); Coleção Itaú de fotografia brasileira (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brazil, 2013; Palácio das Artes, Belo Horizonte, Brazil, 2013); MAC 50: doações recentes 1 (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil, 2013); Travessias 2 (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro, Brazil, 2013); Nova arte nova (Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brazil, 2009; Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Brazil, 2009); Panorama da arte brasileira contraditório (Alcalá 31, Madrid, Spain, 2008); Geração da virada: (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brazil, 2006). Recent solo shows include:chronos (Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brazil, 2012); Arquitetura de interiores (Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brazil, 2008); and Marcelo Silveira (Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo, Brazil, 2005).

3 Armazém República, 2004 wood, glass, fabric, acrylic, lamps, copper wire, leather yarn, stainless steel and straw. variabe dimensions

4 Armazém República, 2004 detail

5 Manuais de liêdo (lote I) 2005/2006 wood(cajacatinga) variables (9 pieces)

6 Tudo certo, wood (Cajacatinga) -- 9 m ª Bienal Internacional de São Paulo Curated by Moacir dos Anjos/Agnaldo Farias

7 Pele VIII 2009 / 2013 wood (Cajacatinga) and metallic pins 150 x 90 x 30 cm

8 6 dúzias, 2004 wood and bronze 70 X 80 X 150 cm

9 untitled, wood and jute x 150 x 100 cm

10 Nem dentro nem fora, 2013 wood (cajacatinga) and linen 140 x 140 x 46 cm

11 Quando o coração floresce, 2005/2006 wood (cajacatinga), rope and metal variable dimensions

12 Tudo ou nada, 2005 wood, glass, fabric, acrylic, lamps, copper wire, leather yarn, stainless steel and straw. 300 x 500 x 400cm

13 De natureza viva, 2005/2006 Curved blade wooden (cajacatinga)variable 35 x 246 x 96 cm, 54 x 126 x 75 cm e 62 x 120 x 145 cm

14 Caixa de retratos, 2008/ boxes of wood, glass and brass, 500 collages, wooden table lined with velvet Variable dimensions

15 Caixa de retratos / Família Souza, nº 068, 2008 collage 30 x 23 cm Caixa de retrato, 2009 collage 37 x 28 x 6 cm

16 Caderno de escrita, pyrography, pencil and thread on paper x 800 cm

17 Caderno de escrita, 2006 pyrography, pencil and thread on paper 35.5 x 800 cm

18 Arquitetura de Interior 2008 wood and glass variable dimensions exhibition view Teatro Apolo, Recife, Brazil

19 Rolha wood and glass x ø 47 cm

20 untitled, goat leather stitched and steel -- variable dimensions

21 Roupas de casa, leather, stainless steel, mirror and wood ype -- variable dimensions

22 29ª Bienal Internacional de São Paulo curated by Moacir dos Anjos/Agnaldo Farias

23 Paisagem II, 2008/2009 collage 150 x 150 cm Paisagem XI, 2008/2009 collage 150 x 150 cm

24 Paisagem XXXII, 2010 collage 150 x 150 cm Paisagem XXXIII, 2011 collage 150 x 150 cm

25 Paisagem XXVIII, 2010 collage 150 x 150 cm Paisagem XXXV, 2011 collage 150 x 150 cm

26 Caleidoscópio, 2011/2012 colored plastic rulers and stainless-steel 28 x 19,5 x 8 cm (each)

27 Sinuca, 2012 wood seven boxes of 6,5 x 46,5 x 41 cm

28 A criação do mundo, 2012 wood and metal 140 x 94,5 cm A criação do mundo # 01, 2012 wood, blue coloured ballpoint pen on paper 140 x 94,5 cm

29 CUCO, o livro da semana, 2010/2011 stencil, balpoint pen on paper and wood 42 strips of 260 x 23 cm

30 Marcelo Silveira is represented by Galeria Nara Roesler