PERSPETIVA DOS ALUNOS NA RETA FINAL DO CURSO

Transcrição

1 PERSPETIVA DOS ALUNOS NA RETA FINAL DO CURSO EHF INQUÉRITO AOS ALUNOS DO 3.º ANO /2012 dezembro de 2011

2 2 INTRODUÇÃO A poucos meses de concluir o curso, encontramos os nossos alunos do 3.º ano que responderam recentemente a um pequeno questionário que pretendia avaliar o seu nível de satisfação com o curso e a Escola, recolher contributos para melhorias na Escola e avaliar as expectativas em relação ao futuro profissional/académico. O questionário, respondido de forma anónima, era composto por questões relativas a: - Satisfação com a opção pela escola/curso; - Avaliação da escola no global e da qualidade do ensino; - Opinião sobre a exigência das avaliações; - Sugestões de melhoria da escola e do curso; - Planos de carreira profissional ou académica, após o curso; - Expetativa de tempo de demora de inserção no mercado de trabalho e de remuneração líquida mensal. Os alunos inquiridos foram 52, pertencentes a três turmas do 3.º ano da EHF: curso de turismo - 16 respostas, curso de restauração restaurante/bar - 16 respostas, curso de restauração cozinha/pastelaria - 20 respostas.

3 1. SATISFAÇÃO COM A OPÇÃO PELA ESCOLA/CURSO Dois terços dos alunos do 3.º ano da EHF repetiriam neste momento a sua opção por esta escola; 34% dos alunos (17) não o fariam ou não sabem se o fariam, distribuindo-se pelos cursos de turismo (13) e de cozinha/pastelaria (4) (gráfico 1). Voltarias a escolher esta Escola? Não sei 2% Não 32% Sim 66% Gráfico 1 As razões que levam os alunos a não repetirem a escolha estão relacionadas com a organização da escola e outras especificamente do curso de turismo apresentadas noutro ponto (página 4). As razões mencionadas, comuns aos 3 cursos são as seguintes: Escola muito descoordenada; porque são todos os professores muito oportunistas de estragar a vida um homem; a escola é muito inconstante; há falta de comunicação e dizem as coisas e não cumprem (2); falta de organização: pouca limpeza, regime no refeitório, internet. 2. AVALIAÇÃO DA ESCOLA/CURSO A escola no global e a qualidade de ensino merecem uma avaliação bastante positiva: 54% considera a escola boa/muito boa e 56% avalia a qualidade do ensino como bom/muito bom (gráfico 2). Avaliação da Escola e da qualidade de ensino Insuficiente Suficiente Escola Boa Qualidade do ensino Gráfico 2 Muito Boa 5 3

4 4 As sugestões de melhoria da escola, referem-se a aspetos relacionados com funcionamento/organização, ensino e instalações/equipamentos, como se pode ler abaixo: Funcionamento/organização: mais organização/organização dos serviços, como o refeitório e as limpezas (9); cantina/alimentação (7); fazer o que dizem/prometem (4); a comunicação entre alunos e superiores/melhor comunicação interna (3); só dão importância ao curso de cozinha e restaurante, deviam dar mais importância ao curso de turismo (3); ser mais exigente com os alunos a nível de fardamento/uniforme (2); melhor atendimento/o atendimento na secretaria devia ser mais simpático (2); Ensino: os professores/ter melhores professores/tipo de ensino (5); matérias; visitas de estudo; Instalações/equipamentos: melhorar a internet (10); as instalações/as instalações da cozinha (3); condições (2); equipamentos; o aquecimento e o sistema de luz. A exigência das avaliações é considerada mediana por 57% dos alunos e bastante exigente por 37% (gráfico 3). Exigência das avaliações muita 2 bastante 19 mediana 30 nada 1 Gráfico 3 No que respeita à satisfação relativamente ao curso, concluímos que 70% dos alunos está satisfeito com o curso, uma vez que hoje voltariam a fazer a mesma opção. Os 30% - 15 alunos - que não o fariam são maioritariamente do curso de turismo (10), sendo muito menor o número de alunos do curso de cozinha/pastelaria e de restaurante/bar, 3 e 2 alunos respetivamente (gráfico 4). Voltarias a optar pelo mesmo curso? 30% Gráfico 4 70% Sim Não

5 5 Os motivos dos alunos de restaurante e de cozinha relacionam-se com a não adequação do curso ao seu perfil, enquanto os motivos dos alunos de turismo são, além desse, a deceção com o curso e com aspetos organizacionais, como se depreende da transcrição das suas observações: Porque não temos prática a não ser no estágio/muita teoria e pouca/nenhuma prática (5); não gostei da planificação do curso; só dão importância aos cursos de cozinha e restaurante, a escola devia chamar-se Escola de Hotelaria e Turismo de Fátima e na lona da escola estar presente uma foto de turismo (5); nesta escola só cozinha ou restaurante; voltaria a escolher o curso mas não nesta escola; o curso não é muito prático mas iria para outra escola; é demasiado teórico e a escola não o sabe dinamizar; não querem gastar dinheiro no nosso curso; porque o curso é bastante teórico mas dá para fazer prática, nesta escola só escolhia o curso de RB (nota: verificando o primeiro ponto na página 2, constatamos que todos os alunos de RB manifestaram que escolheriam de novo esta escola, sendo o único curso em que isso acontece). As sugestões dos alunos de melhoria em relação ao curso são as seguintes: Turismo - Já que não é tão fácil arranjar serviços para turismo como para CP ou RB, ao menos que tratem de dinamizar um pouco mais com aulas.com ou visitas de estudo e comprar o Amadeus ou o Galileu para darmos a matéria em condições; as práticas/pôr mais prática no curso senão acabaremos mal formados (14); haver mais línguas estrangeiras que são necessárias para o contato com o público estrangeiro (3); as visitas de estudo tendo em vista a nossa cultura geral/é assim que aprendemos e não sentados numa cadeira a olhar para fotos (3); os estágios não serem só nos hotéis, porque o nosso curso abrange o turismo; mais importância ao curso de turismo/pôr o curso de turismo no mesmo patamar dos de cozinha e restaurante. Restaurante/Bar - Visitas de estudo; equipamentos/materiais para as aulas práticas (3); ter mais aulas de cozinha; poderia especializar-se mais, com prática/trazer módulos práticos do relacionamento de empregado-cliente, mais real (2); convidar pessoas de fora para partilhar o seu profissionalismo/mais sessões técnicas (2); ter mais apoio na PAP; método de ensino/professores (2); um pouco de tudo. Cozinha/Pastelaria - Nada; aprendermos mais a parte prática/as práticas serem mais inovadoras/ haver muito mais workshops (3); ir mais vezes para a cozinha e restaurante (2); haver uma disciplina de decoração; mais serviços para fora da escola para evoluir em termos de experiência; o curso deveria ser de 4 anos, pois 3 anos é pouco. 3. PERSPETIVAS APÓS O TÉRMINO DO CURSO Em relação à perspetiva de futuro, os alunos foram inquiridos sobre o que pretendem fazer após a conclusão do curso, o tempo que pensam que demorará a integração no mercado de trabalho e o valor de remuneração líquida mensal esperado. O futuro próximo desejado por 48% dos alunos é ingressar no mercado de trabalho, havendo 23% que pretendem fazê-lo enquanto também prosseguem estudos (eventualmente um curso de especialização tecnológica de nível IV que tem sido uma opção de muitos alunos, nos últimos anos). Um número significativo de alunos (31%) pretende prosseguir a sua formação académica e 15% ainda não decidiu o que pretende fazer (gráfico 5).

6 Planos pós-curso 2% Outra situação 15% Ainda não sabe 4% Serviço militar 23% Trabalhador-Estudante Estudar 31% 25% Trabalhar Gráfico 5 A expetativa de tempo de demora de inserção no mercado de trabalho é positiva, mais de metade dos alunos acha que ingressará no mercado de trabalho após a conclusão do curso ou no prazo de 6 meses (gráfico 6). O que corresponde à realidade dos alunos que têm concluído nos últimos anos. Expetativa de tempo de demora de inserção no mercado de trabalho Mais de 2 anos 1 De 1 a 2 anos 0 15 De 6 meses a 1 ano 26 Menos de 6 meses De imediato 8 Gráfico 6 Quanto ao que esperam ganhar mensalmente, a maioria dos alunos acha que poderá ganhar entre 450 a 600 euros, intervalo em que se situa atualmente a bolsa de estágio atribuída nos estágios profissionais (programa do Instituto de Emprego e Formação Profissional) (gráfico 7). 6

7 Valor de remuneração líquida mensal esperado mais de Gráfico 7 0 7

8 8 CONCLUSÃO Em suma e na generalidade (considerando as respostas com maior número de escolhas), os alunos do 3.º ano da EHF estão satisfeitos com a escola já que a escolheriam de novo, consideram que a escola é boa, assim como a qualidade de ensino, as avaliações são medianamente exigentes e sugerem melhorias para a escola. Em relação ao curso e ao futuro escolar/profissional, encontram-se satisfeitos com a opção realizada, pretendem ingressar no mercado de trabalho, após o curso, no prazo de 6 meses, a ganhar entre 450 a 600. Ao avaliarmos, porém o número de respostas, verificamos que este perfil corresponde à maioria mas com valores pouco acima dos 50%, portanto, outras respostas com valor estatístico e qualitativo, merecem ser atentamente analisadas. É de realçar sobretudo que o maior número de alunos que não escolheria a mesma escola nem o mesmo curso são do curso de turismo, contribuindo de forma significativa para os resultados gerais apresentados também nos outros itens. Os motivos destes alunos foram por eles muito bem explicitados nas observações livres que foram transcritas. Podemos ainda comparar estes dados com o estudo feito com os alunos do 2.º ano (novembro 2011), em que a satisfação relativa ao curso e à escola é muito maior. Considerando todas as mudanças e esforços contínuos no sentido da procura da melhoria por parte da Escola, este dado será certamente um indicador de que esses objetivos estão a ser alcançados.