3 O Problema de Fluxo de Potência Ótimo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "3 O Problema de Fluxo de Potência Ótimo"

Transcrição

1 3 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 3.. Introdução Como fo vsto no capítulo anteror, para realzar uma repartção de custos ou benefícos, é necessáro determnar a função de custo do servço que será utlzado pelos agentes. Este capítulo tem como objetvo apresentar a formulação matemátca do problema de fluxo de potênca ótmo (FPO), que será utlzado para calcular as funções de custo de mínmo custo de nstalação de potênca reatva e mínmo custo de corte de carga, utlzadas no cálculo da remuneração dos geradores que provêem os servços anclares de suporte de potênca reatva e reserva de potênca, respectvamente. O objetvo da resolução de um FPO em um sstema de potênca é defnr um conjunto de ações de controle que elmnem as volações operatvas do sstema, tas como volações no perfl de tensão de barras do sstema, volações no carregamento dos crcutos, desbalanços entre carga e geração, dentre outras. Entre as ações de controle realzadas pelo FPO, pode-se ctar a atuação sobre a njeção de potênca atva e reatva dos geradores, modfcações nos tap s dos transformadores e deslgamentos forçados de cargas do sstema. Incalmente, será realzada na seção 3. uma recaptulação da teora básca sobre Fluxo de Potênca e o método de Newton-Raphson, um algortmo teratvo utlzado para sua solução. Em seguda, a seção 3.3 aborda a modelagem do problema de fluxo de potênca ótmo, apresentando suas restrções de gualdade e desgualdade, bem como suas prncpas funçõesobjetvo. A seção 3.4 trata da resolução do problema de FPO pelo método de pontos nterores, apresentando a metodologa prmal-dual para o FPO, a formulação do problema barrera logarítmca, suas condções de otmaldade, a resolução do sstema de equações e algortmo de solução. A seção 3.5 demonstra como calcular a dervada do valor ótmo de um problema de otmzação com relação a um parâmetro do problema. Fnalmente a seção 3.6 apresenta as prncpas conclusões obtdas neste capítulo.

2 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo Fluxo de Potênca O cálculo do fluxo de potênca em uma rede de energa elétrca consste essencalmente na determnação do estado da rede e da dstrbução de seus fluxos, por meo da representação de um conjunto de equações e nequações algébrcas [34]. Os componentes de um sstema de energa elétrca podem ser classfcados em dos grupos: componentes nternos, tas como lnhas de transmssão, transformadores, reatores e capactores, modelados por equações algébrcas que representam o fluxo de potênca entre dos nós da rede elétrca; componentes externos, tas como geradores e cargas, modelam as njeções de potênca nos nós da rede. A prmera le de Krchhoff defne as equações báscas de fluxo de potênca, onde a potênca líquda njetada em cada nó da rede elétrca deve ser gual à soma das potêncas njetadas por todos os componentes nternos lgados a este nó. Isto garante a conservação das potêncas atva e reatva em cada nó da rede. Na formulação básca do fluxo de potênca, cada barra da rede é representada por quatro varáves: θ V P Q ângulo da tensão na barra módulo da tensão na barra potênca atva líquda njetada na barra potênca reatva líquda njetada na barra Na resolução do problema de fluxo de potênca, duas varáves possuem seu valor conhecdo e duas são ncógntas. De acordo com quas varáves sejam ncógntas, defnem-se três tpos de barras: barra de carga (PQ), onde P e Q são conhecdos e V e θ são calculados; barra de geração (PV), onde P e V são conhecdos e Q e θ são calculados; barra de referênca (Vθ), onde V e θ são conhecdos e P e Q são calculados.

3 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 48 De posse destas varáves, o problema de fluxo de potênca pode ser formulado por meo de um conjunto de equações e nequações algébrcas, da segunte forma: g(x,z) = 0 (3.) h(x,z) 0 (3.) onde x varáves de estado (ncógntas) z varáves de controle (valores especfcados) O conjunto de restrções de gualdade representado pela equação (3.) é composto por duas equações para cada barra: onde Ω P j Q j b sh P j = j Ω j Ω j P Q = Q + V b sh conjunto das barras lgadas à barra fluxo de potênca atva no crcuto -j fluxo de potênca reatva no crcuto -j susceptânca shunt na barra (3.3) (3.4) As expressões geras dos fluxos de potênca atva e reatva em lnhas de transmssão, transformadores em fase e defasadores são: P P [ g cos( θ + ϕ ) + b sen( θ ϕ )] j aj V gj aj V Vj j j j j j + Q Q = (3.5) [ g cos( θ + ϕ ) - b sen( θ ϕ )] j = Vj gj aj V Vj j j j j j + (3.6) V ( bj + b ) aj V Vj gj sen( θj + ϕj )- bj cos ( θj ϕj ) shj ( bj + b ) + aj V Vj [ gj sen( θj + ϕj ) + bj cos( θj ϕj )] [ ] j = - aj + (3.7) j = -Vj + shj (3.8) j j a j θ j ϕ j g j b j b shj tap do transformador -j dferença angular θ - θ j ângulo de defasamento no crcuto -j condutânca sére no crcuto -j susceptânca sére no crcuto -j metade da susceptânca shunt no crcuto -j

4 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 49 Utlzam-se a j = 0 e ϕ j = 0 para a representação de lnhas de transmssão, b shj = 0 e ϕ j = 0 para transformadores em fase, b shj = 0 e a j = para defasadores puros e b shj = 0 para defasadores. O conjunto de restrções de desgualdade representado pela nequação (3.) contém as restrções operaconas de tensão, de njeção de potênca atva e reatva do sstema, conforme apresentado a segur: V P mn V V mn Q mn (3.9) P P (3.0) Q Q (3.) Normalmente, os algortmos utlzados para a resolução do problema de fluxo de potênca correspondem à resolução do sstema de equações (3.3) e (3.4) por um processo teratvo. Dentre os dversos algortmos utlzados, o mas efcente é o Método de Newton-Raphson [35] e seus varantes, o Método Desacoplado [36] e o Método Desacoplado Rápdo [37]. A modelagem matemátca do Método de Newton-Raphson, utlzado neste trabalho para a resolução do fluxo de potênca, é apresentada na seção a segur Método de Newton-Raphson O método de Newton-Raphson se basea em séres de potêncas: f n n ( x) C ( x x ) = C + C x + C x C x = = n 0 n 0 0 n (3.) Quando os coefcentes C n assumem os valores da sére abaxo, a sére de potêncas se transforma em uma Sére de aylor: ( ) ( ) ( ) f' x 0 f' ' x 0 f x 0 C 0 = f( x 0 ) ; C = ; C = ;... ; Cn = (3.3)!! n! f Ou seja: ( x) f( x ) n ( x ) f' '( x ) f ( x ) n f' = 0 + x + x x (3.4)!! n! Para a aplcação em fluxo de potênca, os termos em (3.4) de ordem superor a um podem ser desprezados, pos possuem valores próxmos a zero. Assm, a equação pode ser reescrta da segunte forma: ( x) = f( x ) + f' ( x ) x y = f 0 0 (3.5) n

5 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 50 A resolução deste problema é feta por um método teratvo, onde o resultado de cada teração será o dado de entrada para a próxma teração. Assm, a equação (3.5) pode ser reescrta na forma matrcal para a prmera teração como: 0 ( x) = J( x) x y f (3.6) onde J(x) é a matrz jacobana. Analogamente, para a teração ν tem-se: υ υ υ ( x ) = J( x ) x y f (3.7) Fnalmente, a solução do problema pode ser resumda como: x x ν ν+ = υ ν [ J( x )] [ y f( x )] = x υ + x υ (3.8) Para o problema de fluxo de potênca, tem-se que: υ [ f( x )] esp calc P P P y = = (3.9) Q esp calc Q Q θ x = (3.0) V υ P esp e Q esp vetores das potêncas atva e reatva líqudas especfcadas no problema, respectvamente P calc e Q calc vetores das potêncas atva e reatva líqudas calculadas por meo das equações (3.3) e (3.4), respectvamente θ e V vetores dos ângulos e tensões nas barras do sstema, respectvamente 3.3. Fluxo de Potênca Ótmo O problema de fluxo de potênca ótmo (FPO) fo formulado ncalmente por J. Carpenter [38]. O FPO pode ser defndo como sendo a determnação do estado de uma rede elétrca que otmza uma determnada função-objetvo, satsfazendo um conjunto de restrções físcas e operaconas. Caracterzado como um problema de programação não-lnear com restrções, o problema de FPO pode ser formulado matematcamente como:

6 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 5 mn f(x) s.a. g(x) = 0 h(x) 0 l x u x vetor de varáves do sstema g(x) restrções de gualdade h(x) restrções de desgualdade u, l lmtes superor e nferor dos controles (3.) As restrções de gualdade correspondem à modelagem da rede (equações de balanço de potênca atva e reatva em cada nó da rede), enquanto que as restrções de desgualdade representam os lmtes das varáves do sstema (restrções funconas dos equpamentos e operaconas do sstema) Restrções de Igualdade As restrções de gualdade báscas do FPO correspondem às equações (3.3) e (3.4) do fluxo de potênca. Contudo, cada problema a ser estudado é um caso partcular, tendo um objetvo específco. Dependendo do tpo de aplcação, novas restrções ou equações podem ser acrescentadas, como as relatvas ao ntercâmbo líqudo entre áreas, e alguns controles podem ser consderados fxos, assm como algumas das varáves podem ser consderadas nulas, de acordo com a rede analsada. As prncpas restrções de gualdades utlzadas em problemas de FPO são apresentadas a segur em sua forma geral. Equações de Balanço de Potênca Atva P = PG - FC - A - B + A V + B Ω P j PG FC PL j j Ω ( V ) PL + PA conjunto de barras lgadas à barra fluxo atvo no crcuto -j potênca atva gerada na barra fator de carga (em pu) na barra carga atva na barra (3.)

7 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 5 A B V PA fator de carga (em pu) da varação lnear da carga atva em relação à tensão fator de carga (em pu) da varação quadrátca da carga atva em relação à tensão módulo de tensão na barra njeção de potênca atva na barra As expressões dos fluxos P j e P j correspondem às equações (3.5) e (3.6), respectvamente. Nas equações apresentadas, é ncluído um fator de varação das cargas em relação à tensão. Não consderar esta hpótese é equvalente a declarar A = B = C = D = 0 em cada barra da rede. Equações de Balanço de Potênca Reatva Q = QG + QC - QI + V b - FC - C - D j Ω Ω Q j j QG QC QI V b sh FC QL C D sh ( + C V + D V ) QL (3.3) conjunto de barras lgadas à barra fluxo reatvo no crcuto -j potênca reatva gerada na barra njeção de potênca reatva capactva na barra njeção de potênca reatva ndutva na barra módulo de tensão na barra shunt na barra fator de carga (em pu) da barra carga reatva da barra fator de carga (em pu) da varação lnear da carga reatva em relação à tensão fator de carga (em pu) da varação quadrátca da carga reatva em relação à tensão As expressões dos fluxos Q j e Q j correspondem às equações (3.7) e (3.8), respectvamente. Intercâmbo Líqudo entre Áreas I = P + P - P - P k j j j I I I3 I4 I k ntercâmbo líqudo na área k P j fluxo atvo no crcuto -j j (3.4)

8 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 53 I I I 3 I 4 conjunto de crcutos de nterlgação -j tal que. a medção é realzada no nó. o nó pertence a área k conjunto de crcutos de nterlgação -j tal que. a medção é realzada no nó j. o nó j pertence a área k conjunto de crcutos de nterlgação -j tal que. a medção é realzada no nó. o nó não pertence a área k conjunto de crcutos de nterlgação -j tal que. a medção é realzada no nó j. o nó j não pertence a área k Restrções de Desgualdade As restrções de desgualdade correspondem às restrções de canalzação nas varáves e restrções funconas do tpo máxmo carregamento em crcutos. Estas restrções refletem lmtes de operação dos equpamentos, ou alguma polítca operatva específca. Módulo de ensão mn V V V (3.5) Potênca Atva Gerada mn PG PG PG (3.6) Potênca Reatva Gerada mn QG QG QG (3.7) Injeção de Potênca Reatva Capactva 0 QC QC (3.8) Injeção de Potênca Reatva Indutva 0 QI QI (3.9) Injeção de Potênca Atva 0 PA PA (3.30)

9 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 54 ap do ransformador mn a a a (3.3) j j j Ângulo de Defasamento mn ϕ ϕ (3.3) j j ϕj Rejeção de Carga Exstem algumas stuações, como em sstemas com problemas de tensão ou carregamento nos crcutos, por exemplo, onde pode ser necessáro reduzr a carga em determnadas barras de forma a vablzar a operação do sstema. Estes cortes de carga são modelados matematcamente através do fator (FC), presente nas equações de balanço atvo e reatvo, o qual encontra-se entre os seguntes lmtes: 0 FC (3.33) Observe que FC = sgnfca que a carga total da barra é consderada, enquanto FC = 0 anula o valor da carga. Intercâmbo entre Áreas mn I I I (3.34) l l l Máxmo Carregamento nos Crcutos O máxmo carregamento de fluxo em um crcuto -j pode ser consderado como: j j j P + Q S (3.35) S j máxmo carregamento do crcuto em potênca aparente Alternatvamente, o carregamento pode ser especfcado em termos de potênca atva, conforme a segur: j j j S P S (3.36) Funções-objetvo Dependendo do tpo de aplcação do problema de FPO, as funçõesobjetvo podem ser lneares ou não-lneares, sendo utlzadas de forma solada

10 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 55 ou combnadas entre s. A modelagem matemátca das funções-objetvo mas utlzadas é apresentada a segur: Mínmo Custo de Geração Atva f = CP PG IG (3.37) I G CP PG conjunto de geradores controláves de potênca atva custo de geração atva do gerador geração atva do gerador Mínma Injeção de Potênca Reatva f = QC + QI IQ C IQ I (3.38) IQ c QC IQ QI conjunto de barras canddatas à njeção de potênca reatva capactva potênca reatva capactva njetada na barra conjunto de barras canddatas à njeção de potênca reatva ndutva potênca reatva ndutva njetada na barra Mínma Injeção de Potênca Atva f = PA I p (3.39) I P PA conjunto de barras canddatas à njeção de potênca atva potênca atva njetada na barra Mínma Perda f = P ( j + P j ),j IC (3.40) I C P j, P j conjunto de crcutos do sstema fluxo atvo nos crcutos -j, j- Note que P j + P j é gual a perda no crcuto -j. As expressões dos fluxos P j e P j são relatvas às fórmulas (3.5) e (3.6), respectvamente.

11 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 56 Mínmo Corte de Carga f = FC PL ( ) I C (3.4) I C FC PL conjunto de barras de carga fração de carga efetva na barra (em pu) carga orgnal da barra Observe que FC PL representa a carga efetva na barra, enquanto que (-FC ) PL representa o corte de carga nesta barra. Mínmo Desvo de Potênca Atva Gerada IG f = ρ PG - PG (3.4) I G ρ PG PG conjunto de geradores controláves de potênca atva peso assocado ao desvo de potênca atva geração de potênca atva do gerador geração de potênca atva ncal no gerador Mínmo Desvo de Ângulo de Defasamento,j I ϕ f = ρ ϕj - ϕj (3.43) I ϕ ρ ϕ j ϕ j conjunto de crcutos com controle de ângulo de defasamento peso assocado ao desvo de ângulo de defasamento ângulo de defasamento no crcuto -j ângulo de defasamento ncal no crcuto -j Mínmo Desvo de ensão I f = ρ V - V (3.44) I conjunto de barras do sstema ρ peso assocado ao desvo de tensão V tensão da barra V tensão ncal da barra

12 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 57 Mínmo Desvo de ap,j I f = ρ aj - a j (3.45) I ρ a j a j conjunto de transformadores controláves peso assocado ao desvo de tap tap do transformador -j tap ncal do transformador -j Mínmo Desvo de Intercâmbo f = JI ρ I - I (3.46) J I ρ I I conjunto de áreas de ntercâmbo peso assocado ao desvo de ntercâmbo entre áreas ntercâmbo da área ntercâmbo ncal da área Mínmo Desvo de Ponto de Operação Esta função-objetvo é uma combnação das funções-objetvo de desvo apresentadas anterormente Resolução do Problema do FPO Desde a formulação orgnal de Carpenter, dversos métodos foram propostos para a resolução do FPO. Dentre eles destacam-se: Método do Gradente Reduzdo [39], por Dommel e nney em 968; Método de Injeções Dferencas [40], por Carpenter em 973; Método de Newton [4], por Sun, Ashley, Brewer, Hughes e nney em 984; Método de Programação Lnear Sucessva [4], por Alsaç, Brght, Pras e Stott em 990. Neste trabalho será adotado o Método de Pontos Interores Prmal-Dual porposto por Granvlle [43] e Latorre [44], conforme apresentado em [3].

13 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo Método de Pontos Interores O Método de Pontos Interores pertence a uma classe de algortmos de otmzação orgnalmente desgnados para problemas de programação lnear. Entretanto, devdo ao seu alto grau de desempenho, tal método fo estenddo para problemas de programação quadrátca, convexa e problemas geras de otmzação dferencáves. Na aplcação do Método de Pontos Interores em problemas de FPO, em geral são adotadas duas estratégas dstntas. A prmera aplca o método a um problema de programação lnear obtdo pela lnearzação das equações de balanço de potênca atva e reatva do algortmo de fluxo de potênca. A segunda, que será empregada neste trabalho, consste em aplcar o método de pontos nterores dretamente ao problema de programação não-lnear orgnal do FPO. Esta segunda estratéga é conhecda também como Método dos Pontos Interores Dreto. O Método de Pontos Interores Dreto apresenta as seguntes característcas na resolução do FPO: número reduzdo de terações para alcançar a solução ótma não depende da convergênca do algortmo de fluxo de potênca, pos no esquema teratvo as equações de balanço só serão atenddas na solução ótma; efcênca na resolução de sstemas mal condconados e com problemas de tensão. O problema de FPO apresentado na equação (3.) pode ser reformulado, sem perda de generaldade, como: mn f(x) s.a. h(x) = 0 (3.47) l x u h(x) equações de balanço e as restrções funconas l, u lmtes das varáves de controle, varáves de estado e folgas assocadas às restrções funconas Com a nclusão das varáves de folga s e s, as restrções de desgualdade se tornam restrções de gualdade, resultando em:

14 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 59 mn f(x) s.a. h(x) = 0 x s = l x + s = u s, s 0 (3.48) No Método de Pontos Interores as varáves de folga são ncorporadas à função-objetvo por meo de uma função de penalzação, denomnada barrera logarítmca. Assm, o problema orgnal é transformado em uma sequênca de problemas parametrzados pelo parâmetro barrera (µ), como segue: mn f(x) - µ log s ( )- µ log( ) s =,n =, n s.a. h(x) = 0 (3.49) Ao ncorporar a barrera logarítmca, o Método de Pontos Interores busca resolver o problema de otmzação (3.49) para cada valor de µ, fazendo com que µ tenda a zero. Assm, para cada valor de µ executa-se uma teração do Método de Newton-Raphson no sstema de equações não lneares defndos pelas condções de otmaldade de prmera ordem. As condções de otmaldade de prmera ordem e o Método de Newton-Raphson aplcado ao problema de FPO são apresentados nas próxmas seções Condções de Otmaldade Pelas condções de otmaldade de prmera ordem de Karush-Kuhn-ucker [45], tem-se a segunte função Lagrangeana assocada a (3.49): L(x, λ, π, π,s,s ) = f ( x) - µ log ( s ) µ log ( s ) λ h =,n - =,n (3.50) ( x) - π ( x s l) π ( x + s u) A equação (3.50) possu em (x, λ, π, π, s, s ) um ponto estaconáro que satsfaz: ( L x ) f( x) - λ h( x) - π - π = 0 ( L λ ) ( x) 0 ( L π ) x s = l (3.5) h = (3.5) (3.53)

15 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 60 f h ( ) L π x + s = u (3.54) ( L s ) π = ( S ) e µ ( L s ) π = ( S ) e µ gradente da função-objetvo em x gradente das restrções de gualdade em x λ multplcador de Lagrange assocado à restrção h ( x) = 0 π multplcador de Lagrange assocado à restrção x s = l π multplcador de Lagrange assocado à restrção x + s = u (3.55) (3.56) e S S vetor de componentes untáros matrz dagonal de componentes s matrz dagonal de componentes s Resolução do Sstema de Equações Aplcando-se do método de Newton-Raphson ao sstema de equações (3.5)-(3.56), obtém-se o segunte sstema de equações de segunda ordem: [ f( x) λ h( x) ] x h( x) f( x) λ h( x) π π ( x) x = h( x) λ π π = (3.57) h (3.58) ( x s l) x s = (3.59) ( x + s u) x + s = (3.60) ( µ e π ) Π (3.6) s S π = S ( µ e + π ) Π (3.6) s + S π = S Π Π matrz dagonal de componentes π matrz dagonal de componentes π De (3.53)-(3.56) tem-se que: x s l = 0 (3.63) x + s u = 0 (3.64) µ S π 0 (3.65) e = µ + S π 0 (3.66) e =

16 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 6 ( S e S e) π + π = µ (3.67) Substtundo (3.63) e (3.64) em (3.59) e (3.60), respectvamente, tem-se: s = x (3.68) s = - x (3.69) Substtundo (3.68) e (3.69) em (3.6) e (3.6), respectvamente, obtém-se: ( µ e π ) Π (3.70) x S π = S ( µ e + π ) Π (3.7) x + S π = S Rearranjando os termos em função de π e π, tem-se π π ( µ e S π Π x) = S (3.7) ( µ e + S π Π x) = S (3.73) Contudo, substtundo (3.65) e (3.66) em (3.7) e (3.73), respectvamente, as equações podem ser reescrtas como: π π Π x (3.74) = S Π x (3.75) = S Substtundo (3.74), (3.75) e (3.67) em (3.57) tem-se: [ f( x) λ h( x) ] x h( x) f λ + S ( x) λ h( x) µ ( S e S e) Π x S Π x = (3.76) Rearranjando os termos, o conjunto de equações (3.57) e (3.58) pode ser reescrto em função das ncógntas x e λ apenas. [ f( x) λ h( x) + S Π S Π ] x h( x) f ( x) λ h( x) µ ( S e S e) ( x) x = h( x) λ = (3.77) h (3.78) Passando as equações (3.77) e (3.78) para a forma matrcal, obtém-se: H J x z ( ) = (3.79) J 0 λ h x com: H = J = h z = f f( x) λ h( x) ( x) + S π S ( x) λ h( x) µ ( S e S e) π

17 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 6 Por meo da resolução do sstema (3.79), são obtdos ( x, λ). De posse do valor destas varáves, é possível se determnar ( s, s ) a partr de (3.68)- (3.69) e ( π, π ) a partr de (3.74)-(3.75) Passo Prmal-Dual As varáves do problema apresentado em (3.48) contém varáves prmas (x,s,s ) e varáves duas (λ,π,π ). Consderando os passos prmal e dual separadamente, o maor ncremento até a barrera logarítmca será: s s α P = mn mn, mn, < s 0 s < 0 s s (3.80) π π α D = mn mn, mn, π < 0 π π > 0 π (3.8) Determnando-se α P e α D, as varáves prmas e duas são atualzadas conforme mostrado a segur: x = x + σ αp x (3.8) s s s + σ αp s = (3.83) s + σ αd s = (3.84) λ = λ + σ αd λ (3.85) π (3.86) = π + σ αd π π (3.87) = π + σ αd π O parâmetro σ = 0,9995 é consderado de forma a evtar as sngulardades da barrera logarítmca Atualzação do Parâmetro Barrera A atualzação do parâmetro barrera é feta em cada teração, utlzando-se a segunte equação: s π - sπ µ = β (3.88) n onde β = 0, e n é o número de varáves prmas do problema.

18 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo Algortmo de Solução Partndo-se de um ponto vável com relação às restrções de canalzação, o algortmo de solução resultante dos passos descrtos anterormente pode ser resumdo como segue: Passo Incalzar as varáves prmas e duas (x,s,s,λ,π,π) Passo Calcular os termos H, J e z da matrz (3.79): H = J = h z = - f f( x) λ h( x) ( x) + S S ( x) + λ h( x) + µ ( S e S e) π Passo 3 Resolver o sstema de equações ( x, s, s, λ, π, π ) Passo 4 Escolher os passos prmal (α p ) e dual (α D ). Atualzar (3.8)-(3.93). x = x + σ αp x s s = s + σ αp s = s + σ αd s λ = λ + σ αd π π λ = π + σ αd π = π + σ αd π Passo 5 Atualzar o parâmetro barrera: µ π = s π - s β n Passo 6 Condções de otmaldade dadas por (3.5) e (3.5): Se (µ < ε, h(x) < ε, z < ε) então PARE Senão VOLE ao passo Fm Observe que o maor esforço computaconal do algortmo é resolver a cada teração o sstema de equações (3.79). π

19 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo A Função Valor Ótmo de um Problema de Otmzação Nesta seção será mostrado como se calcula a dervada de uma função valor ótmo de um problema de otmzação, que defne o valor dos custos margnas utlzados na metodologa de Aumann-Shapley [3]. Seja v(x) = mn f(y) s.a. g(x,y) = 0 (3.89) a y b uma função valor ótmo de um problema de otmzação como função de x, x D R m,y R n D (conjunto aberto) f(y), g(x, y) funções contnuamente dferencáves. Para fns de demonstração, suponha que para qualquer valor de x D a função v(x) é bem defnda, sto é, o problema tem solução ótma. Para o cálculo das dervadas parcas de v(x) com relação a cada componente de x, supõe-se ncalmente que o problema (3.89) só possu restrções de gualdade, ou seja: v(x) = mn f(y) (3.90) s.a. g(x,y) = 0 Note que para cada valor x, a solução ótma do problema (3.90) satsfaz as condções de Karush-Kuhn-ucker: [45] y ( y) = g( x, y) λ f (3.9) y G(x,y) = 0 (3.9) ( y) yf gradente de f(y) nas varáves y ( x,y) yg jacobano de g(x,y) λ multplcadores de Lagrange assocados às restrções de gualdade Seja y(x) a solução de (3.90) para cada valor de x. Como f e g são contnuamente dferencáves, então y(x) também é. Deste modo: V(x) = f(y(x)) Com sto:

20 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 65 v x ( x) = t y f ( y) y x ( x) (3.93) Substtundo (3.9) em (3.93), tem-se: v( x) t y ( ) ( x) = λ yg x,y x x Mas g(x, y) = 0 para qualquer x D. Consequentemente: g(x,y(x)) + x y(x) yg(x,y(x)) = 0 x (3.94) Ou g(x,y(x)) y(x) g(x,y(x)) = - y (3.95) x x Logo: v x ( x) g( x,y( x) ) t = λ x (3.96) Quando o problema possu restrções de desgualdade, a fórmula para o cálculo das dervadas de uma função valor ótmo é essencalmente a mesma Conclusões Este capítulo apresentou a formulação matemátca do problema de fluxo de potênca ótmo, suas prncpas varáves e equações. A aplcação do fluxo de potênca ótmo torna possível a determnação um ponto de operação vável que não vole as restrções operatvas para o sstema. As funções-objetvo apresentadas neste capítulo fornecem uma poderosa ferramenta de análse, dreconando os controles do sstema de potênca para atender aos mas dferentes crtéros de operação e planejamento. Destaca-se neste capítulo as funções-objetvo de mínma njeção de potênca reatva e de mínmo corte de carga, utlzadas neste trabalho para determnar a remuneração dos geradores que provêem os servços anclares de suporte de potênca reatva e reserva de geração, respectvamente. O emprego do algortmo de pontos nterores permte que o problema de fluxo de potênca ótmo seja aplcado a sstemas de grande porte, como o Sstema Elétrco Braslero. Este algortmo garante a convergênca do problema com um esforço computaconal razoável.

21 O Problema de Fluxo de Potênca Ótmo 66 Por fm, este capítulo demonstrou como se obtém a dervada para uma função valor ótmo de um problema de otmzação. O valor desta dervada será calculado durante a solução do problema de fluxo de potênca ótmo para se determnar o valor dos custos margnas, utlzados no método de repartção de custos de Aumann-Shapley, para os geradores que fornecem servços anclares.

3 Algoritmo das Medidas Corretivas

3 Algoritmo das Medidas Corretivas 3 Algortmo das Meddas Corretvas 3.1 Introdução Conforme apresentado no Capítulo, o algortmo das Meddas Corretvas compõe o conjunto das etapas responsáves pela análse de desempenho do sstema de potênca.

Leia mais

Faculdade de Engenharia Optimização. Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu

Faculdade de Engenharia Optimização. Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 1 Programação Não Lnear com Restrções Aula 9: Programação Não-Lnear - Funções de Váras Varáves com Restrções Ponto Regular; Introdução aos Multplcadores de Lagrange; Multplcadores de Lagrange e Condções

Leia mais

5 Metodologia para Remuneração do Serviço Ancilar de Suporte de Potência Reativa Quando Provido por Geradores

5 Metodologia para Remuneração do Serviço Ancilar de Suporte de Potência Reativa Quando Provido por Geradores 5 Metodologa para Remuneração do Servço Anclar de Suporte de Potênca Reatva Quando Provdo por Geradores 5.. Introdução Em um sstema de potênca, o controle do perfl de tensão nas barras de carga é de grande

Leia mais

GABARITO ERP19. impedância total em pu. impedância linha em pu; impedância carga em pu; tensão no gerador em pu.

GABARITO ERP19. impedância total em pu. impedância linha em pu; impedância carga em pu; tensão no gerador em pu. GABARITO ERP9 Questão mpedânca total em pu. mpedânca lnha em pu; mpedânca carga em pu; tensão no gerador em pu. Assm, tem-se que: ( ). Mas, ou seja: : ( ).. Logo: pu. () A mpedânca da carga em pu,, tem

Leia mais

Problemas de engenharia

Problemas de engenharia Análse de Sstemas de otênca Análse de Sstemas de otênca ( AS ) Aula 3 Operação Econômca de Sstemas de otênca 03//008 roblemas de engenhara Análse de Sstemas de otênca ( AS ) ANÁLISE Defndo o sstema, determnar

Leia mais

III Seminário da Pós-graduação em Engenharia Elétrica

III Seminário da Pós-graduação em Engenharia Elétrica FLUXO DE POÊNCIA ÓIMO E O MINOS Adlson Preto de Godo Aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenhara Elétrca Unesp Bauru Edméa Cássa Baptsta Orentador Depto de Matemátca Unesp Bauru RESUMO Neste trabalho

Leia mais

2 Análise de Campos Modais em Guias de Onda Arbitrários

2 Análise de Campos Modais em Guias de Onda Arbitrários Análse de Campos Modas em Guas de Onda Arbtráros Neste capítulo serão analsados os campos modas em guas de onda de seção arbtrára. A seção transversal do gua é apromada por um polígono conveo descrto por

Leia mais

Eletrotécnica AULA Nº 1 Introdução

Eletrotécnica AULA Nº 1 Introdução Eletrotécnca UL Nº Introdução INTRODUÇÃO PRODUÇÃO DE ENERGI ELÉTRIC GERDOR ESTÇÃO ELEVDOR Lnha de Transmssão ESTÇÃO IXDOR Equpamentos Elétrcos Crcuto Elétrco: camnho percorrdo por uma corrente elétrca

Leia mais

6 Metodologia para Remuneração do Serviço Ancilar de Reserva de Potência Quando Provido por Geradores

6 Metodologia para Remuneração do Serviço Ancilar de Reserva de Potência Quando Provido por Geradores 6 Metodologa para Remuneração do Servço Anclar de Reserva de Potênca Quando Provdo por Gerado 6.. Introdução Quando um sstema de potênca sofre uma contngênca, como a perda de undades de transmssão ou de

Leia mais

CAPITULO I INTRODUÇÃO

CAPITULO I INTRODUÇÃO CAPITULO I INTRODUÇÃO O prncpal objetvo de um sstema de energa elétrca e atender os níves de demanda de seus consumdores com qualdade e confabldade em níves consderados adequados. Isto requer que os responsáves

Leia mais

Interpolação Segmentada

Interpolação Segmentada Interpolação Segmentada Uma splne é uma função segmentada e consste na junção de váras funções defndas num ntervalo, de tal forma que as partes que estão lgadas umas às outras de uma manera contínua e

Leia mais

Restrições Críticas para o Atendimento de Demanda de Potência em Sistemas de Energia Elétrica

Restrições Críticas para o Atendimento de Demanda de Potência em Sistemas de Energia Elétrica Anas do CNMAC v.2 ISSN 1984-820X Restrções Crítcas para o Atendmento de Demanda de Potênca em Sstemas de Energa Elétrca Lucano V. Barboza Insttuto Federal Sul-ro-grandense, Campus Pelotas Unversdade Católca

Leia mais

5 Relação entre Análise Limite e Programação Linear 5.1. Modelo Matemático para Análise Limite

5 Relação entre Análise Limite e Programação Linear 5.1. Modelo Matemático para Análise Limite 5 Relação entre Análse Lmte e Programação Lnear 5.. Modelo Matemátco para Análse Lmte Como fo explcado anterormente, a análse lmte oferece a facldade para o cálculo da carga de ruptura pelo fato de utlzar

Leia mais

Capítulo 2. APROXIMAÇÕES NUMÉRICAS 1D EM MALHAS UNIFORMES

Capítulo 2. APROXIMAÇÕES NUMÉRICAS 1D EM MALHAS UNIFORMES Capítulo. Aproxmações numércas 1D em malhas unformes 9 Capítulo. AROXIMAÇÕS NUMÉRICAS 1D M MALHAS UNIFORMS O prncípo fundamental do método das dferenças fntas (MDF é aproxmar através de expressões algébrcas

Leia mais

ESTUDO DA MÁQUINA SIMÉTRICA TRIFÁSICA

ESTUDO DA MÁQUINA SIMÉTRICA TRIFÁSICA CAPÍTUO ETUDO DA ÁQUINA IÉTICA TIFÁICA. INTODUÇÃO A máquna de ndução trfásca com rotor bobnado é smétrca. Apresenta estruturas magnétcas clíndrcas tanto no rotor quanto no estator. Os enrolamentos, tanto

Leia mais

Faculdade de Engenharia Optimização. Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu

Faculdade de Engenharia Optimização. Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu Programação Lnear (PL) Aula : Dualdade. Defnção do Problema Dual. Defnção do problema dual. O que é dualdade em Programação Lnear? Dualdade sgnfca a exstênca de um outro problema de PL, assocado a cada

Leia mais

Teoremas de Otimização com Restrições de Desigualdade

Teoremas de Otimização com Restrições de Desigualdade Teoremas de Otmzação com Restrções de Desgualdade MAXIMIZAÇÃO COM RESTRIÇÃO DE DESIGUALDADE Consdere o segunte problema (P) de maxmzação condconada: Maxmze Fx onde x x,x,...,x R gx b As condções de Prmera

Leia mais

UM MODELO DE FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO PARA MINIMIZAÇÃO DO CORTE DE CARGA

UM MODELO DE FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO PARA MINIMIZAÇÃO DO CORTE DE CARGA MIGUEL ARMINDO SALDANHA MIKILIA UM MODELO DE FLUXO DE POÊNCIA ÓIMO PARA MINIMIZAÇÃO DO CORE DE CARGA Dssertação apresentada como requsto parcal para a obtenção do grau de Mestre, no Programa de Pós-Graduação

Leia mais

Radiação Térmica Processos, Propriedades e Troca de Radiação entre Superfícies (Parte 2)

Radiação Térmica Processos, Propriedades e Troca de Radiação entre Superfícies (Parte 2) Radação Térmca Processos, Propredades e Troca de Radação entre Superfíces (Parte ) Obetvo: calcular a troca por radação entre duas ou mas superfíces. Essa troca depende das geometras e orentações das superfíces,

Leia mais

REGRESSÃO NÃO LINEAR 27/06/2017

REGRESSÃO NÃO LINEAR 27/06/2017 7/06/07 REGRESSÃO NÃO LINEAR CUIABÁ, MT 07/ Os modelos de regressão não lnear dferencam-se dos modelos lneares, tanto smples como múltplos, pelo fato de suas varáves ndependentes não estarem separados

Leia mais

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo 3 Metodologa de Avalação da Relação entre o Custo Operaconal e o Preço do Óleo Este capítulo tem como objetvo apresentar a metodologa que será empregada nesta pesqusa para avalar a dependênca entre duas

Leia mais

3 Elementos de modelagem para o problema de controle de potência

3 Elementos de modelagem para o problema de controle de potência 3 Elementos de modelagem para o problema de controle de potênca Neste trabalho assume-se que a rede de comuncações é composta por uma coleção de enlaces consttuídos por um par de undades-rádo ndvdualmente

Leia mais

Cálculo Numérico BCC760 Interpolação Polinomial

Cálculo Numérico BCC760 Interpolação Polinomial Cálculo Numérco BCC76 Interpolação Polnomal Departamento de Computação Págna da dscplna http://www.decom.ufop.br/bcc76/ 1 Interpolação Polnomal Conteúdo 1. Introdução 2. Objetvo 3. Estênca e uncdade 4.

Leia mais

Análise de faltas balanceadas e não-balanceadas utilizando Z bar. 1. Análise de falta balanceada usando a matriz de impedância de barra (Z bar )

Análise de faltas balanceadas e não-balanceadas utilizando Z bar. 1. Análise de falta balanceada usando a matriz de impedância de barra (Z bar ) Análse de altas balanceadas e não-balanceadas utlzando. Análse de alta balanceada usando a matrz de mpedânca de ra ( ) Aqu será eta uma análse de cálculo de curto-crcuto trásco (alta balanceada), utlzando

Leia mais

O MMD se baseia no sistema no sistema linearizado das equações de fluxo de potência, ou seja: Δ (4.1)

O MMD se baseia no sistema no sistema linearizado das equações de fluxo de potência, ou seja: Δ (4.1) 4 Método da Matrz D Neste capítulo será apresentada uma descrção do MMD [Prada, 99], [Prada, ]. Este método será usado para dentfcar casos de nstabldade de tensão causados pela perda de controlabldade.

Leia mais

RAD1507 Estatística Aplicada à Administração I Prof. Dr. Evandro Marcos Saidel Ribeiro

RAD1507 Estatística Aplicada à Administração I Prof. Dr. Evandro Marcos Saidel Ribeiro UNIVERIDADE DE ÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINITRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ADMINITRAÇÃO RAD1507 Estatístca Aplcada à Admnstração I Prof. Dr. Evandro Marcos adel Rbero

Leia mais

4.1 Modelagem dos Resultados Considerando Sazonalização

4.1 Modelagem dos Resultados Considerando Sazonalização 30 4 METODOLOGIA 4.1 Modelagem dos Resultados Consderando Sazonalzação A sazonalzação da quantdade de energa assegurada versus a quantdade contratada unforme, em contratos de fornecmento de energa elétrca,

Leia mais

4 Discretização e Linearização

4 Discretização e Linearização 4 Dscretzação e Lnearzação Uma vez defndas as equações dferencas do problema, o passo segunte consste no processo de dscretzação e lnearzação das mesmas para que seja montado um sstema de equações algébrcas

Leia mais

2 ENERGIA FIRME DE SISTEMAS HIDRELÉTRICOS

2 ENERGIA FIRME DE SISTEMAS HIDRELÉTRICOS ENERGIA FIRME DE SISTEMAS HIDRELÉTRICOS 22 2 ENERGIA FIRME DE SISTEMAS HIDRELÉTRICOS Como vsto no capítulo 1, a energa frme de uma usna hdrelétrca corresponde à máxma demanda que pode ser suprda contnuamente

Leia mais

4 Autovetores e autovalores de um operador hermiteano

4 Autovetores e autovalores de um operador hermiteano T (ψ) j = ψ j ˆT ψ = k ψ j ˆT φ k S k = k,l ψ j φ l T (φ) S k = k,l φ l ψ j T (φ) S k = k,l SljT (φ) S k. Após todos esses passos vemos que T (ψ) j = k,l S jl T (φ) S k ou, em termos matrcas T (ψ) = S

Leia mais

2 - Análise de circuitos em corrente contínua

2 - Análise de circuitos em corrente contínua - Análse de crcutos em corrente contínua.-corrente eléctrca.-le de Ohm.3-Sentdos da corrente: real e convenconal.4-fontes ndependentes e fontes dependentes.5-assocação de resstêncas; Dvsores de tensão;

Leia mais

2 Incerteza de medição

2 Incerteza de medição 2 Incerteza de medção Toda medção envolve ensaos, ajustes, condconamentos e a observação de ndcações em um nstrumento. Este conhecmento é utlzado para obter o valor de uma grandeza (mensurando) a partr

Leia mais

5 Formulação para Problemas de Potencial

5 Formulação para Problemas de Potencial 48 Formulação para Problemas de Potencal O prncpal objetvo do presente capítulo é valdar a função de tensão do tpo Westergaard obtda para uma trnca com abertura polnomal (como mostrado na Fgura 9a) quando

Leia mais

6 ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA)

6 ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA) ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA 7 6 ALOCAÇÃO POR ÚLTIMA ADIÇÃO (UA As desvantagens do método BM apresentadas no capítulo 5 sugerem que a alocação dos benefícos seja feta proporconalmente ao prejuízo causado

Leia mais

5 Implementação Procedimento de segmentação

5 Implementação Procedimento de segmentação 5 Implementação O capítulo segunte apresenta uma batera de expermentos prátcos realzados com o objetvo de valdar o método proposto neste trabalho. O método envolve, contudo, alguns passos que podem ser

Leia mais

3 Desenvolvimento do Modelo

3 Desenvolvimento do Modelo 3 Desenvolvmento do Modelo Neste capítulo apresentaremos como está estruturado o modelo desenvolvdo nesta dssertação para otmzar o despacho de geradores dstrbuídos com o obetvo de reduzr os custos da rede

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

3 Algoritmos propostos

3 Algoritmos propostos Algortmos propostos 3 Algortmos propostos Nesse trabalho foram desenvolvdos dos algortmos que permtem classfcar documentos em categoras de forma automátca, com trenamento feto por usuáros Tas algortmos

Leia mais

2 Aproximação por curvas impĺıcitas e partição da unidade

2 Aproximação por curvas impĺıcitas e partição da unidade Aproxmação por curvas mpĺıctas e partção da undade Este capítulo expõe alguns concetos báscos necessáros para o entendmento deste trabalho 1 Curvas Algébrcas Um subconjunto O R é chamado de uma curva mplícta

Leia mais

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA CAPÍTULO DESCRIÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA. A MÉDIA ARITMÉTICA OU PROMÉDIO Defnção: é gual a soma dos valores do grupo de dados dvdda pelo número de valores. X x Soma dos valores de x número de

Leia mais

Módulo I Ondas Planas. Reflexão e Transmissão com incidência normal Reflexão e Transmissão com incidência oblíqua

Módulo I Ondas Planas. Reflexão e Transmissão com incidência normal Reflexão e Transmissão com incidência oblíqua Módulo I Ondas Planas Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Reflexão e Transmssão com ncdênca oblíqua Equações de Maxwell Teorema de Poyntng Reflexão e Transmssão com ncdênca normal Temos consderado

Leia mais

6 Análises de probabilidade de ruptura de um talude

6 Análises de probabilidade de ruptura de um talude 6 Análses de probabldade de ruptura de um talude 6.. Introdução No presente capítulo, apresentam-se prevsões de probabldades de ruptura para o talude de jusante da Barragem de Benguê mostrada na fgura

Leia mais

por Recife, setembro de 2008.

por Recife, setembro de 2008. ANDRÉA ARAÚJO SOUSA FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO GLOBALMENTE CONVERGENTE UTILIZANDO MÉTODOS DE PONTOS INTERIORES COM ESTRATÉGIAS DE REGIÃO DE CONFIANÇA Recfe - Pernambuco - Brasl Setembro de 2008 UNIVERSIDADE

Leia mais

Roberto Salgado Roberto Salgado UFSC

Roberto Salgado Roberto Salgado UFSC GPL/23 21 a 26 de Outubro de 21 Campnas - São Paulo - Brasl GRUPO VII GRUPO DE ESTUDO DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS ELÉTRICOS GPL UMA METODOLOGIA PARA OBTENÇÃO DE FATORES DE PERDAS NODAIS VIA TEORIA DOS

Leia mais

Sempre que surgir uma dúvida quanto à utilização de um instrumento ou componente, o aluno deverá consultar o professor para esclarecimentos.

Sempre que surgir uma dúvida quanto à utilização de um instrumento ou componente, o aluno deverá consultar o professor para esclarecimentos. Nesse prátca, estudaremos a potênca dsspada numa resstênca de carga, em função da resstênca nterna da fonte que a almenta. Veremos o Teorema da Máxma Transferênca de Potênca, que dz que a potênca transferda

Leia mais

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental.

É o grau de associação entre duas ou mais variáveis. Pode ser: correlacional ou experimental. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

Palavras-Chave: Métodos Interativos da Potência e Inverso, Sistemas Lineares, Autovetores e Autovalores.

Palavras-Chave: Métodos Interativos da Potência e Inverso, Sistemas Lineares, Autovetores e Autovalores. MSc leandre Estáco Féo ssocação Educaconal Dom Bosco - Faculdade de Engenhara de Resende Caa Postal 8.698/87 - CEP 75-97 - Resende - RJ Brasl Professor e Doutorando de Engenhara aefeo@yahoo.com.br Resumo

Leia mais

O MÉTODO DA FUNÇÃO LAGRANGIANA BARREIRA MODIFICADA/PENALIDADE APLICADO AO PROBLEMA DE FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO

O MÉTODO DA FUNÇÃO LAGRANGIANA BARREIRA MODIFICADA/PENALIDADE APLICADO AO PROBLEMA DE FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO O MÉODO DA FUNÇÃO AGRANGANA BARRERA MODFCADA/PENADADE APCADO AO PROBEMA DE FUXO DE POÊNCA ÓMO Agunaldo A. Perera Vanusa A. de ousa Departamento de Engenhara Elétrca EEC UP Unversdade de ão Paulo Av: rabalhador

Leia mais

UM MODELO DE DESPACHO ECONOMICO DE RESERVAS OPERATIVAS VIA METODOS DE PONTOS INTERIORES

UM MODELO DE DESPACHO ECONOMICO DE RESERVAS OPERATIVAS VIA METODOS DE PONTOS INTERIORES Pesqusa Operaconal e o Desenvolvmento Sustentável 7 a 30/09/05, Gramado, RS UM MODELO DE DESPACHO ECONOMICO DE RESERVAS OPERAIVAS VIA MEODOS DE PONOS INERIORES Prof. Dr.akaak Ohsh Departamento de Eenhara

Leia mais

3 Método Numérico. 3.1 Discretização da Equação Diferencial

3 Método Numérico. 3.1 Discretização da Equação Diferencial 3 Método Numérco O presente capítulo apresenta a dscretação da equação dferencal para o campo de pressão e a ntegração numérca da expressão obtda anterormente para a Vscosdade Newtonana Equvalente possbltando

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática. Reconhecimento de Padrões. Classificadores Lineares. Luiz Eduardo S. Oliveira, Ph.D.

Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática. Reconhecimento de Padrões. Classificadores Lineares. Luiz Eduardo S. Oliveira, Ph.D. Unversdade Federal do Paraná Departamento de Informátca Reconhecmento de Padrões Classfcadores Lneares Luz Eduardo S. Olvera, Ph.D. http://lesolvera.net Objetvos Introduzr os o conceto de classfcação lnear.

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Prof. Lorí Val, Dr. UFRG Insttuto de Matemátca

Leia mais

Um modelo nada mais é do que uma abstração matemática de um processo real (Seborg et al.,1989) ou

Um modelo nada mais é do que uma abstração matemática de um processo real (Seborg et al.,1989) ou Dscplna - MR070 INTRODUÇÃO À MODELAGEM DE SISTEMAS LINEARES POR EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Os modelos de um determnado sstema podem ser físcos ou matemátcos. Neste curso focaremos a modelagem pela dentfcação

Leia mais

Introdução aos Problemas de Roteirização e Programação de Veículos

Introdução aos Problemas de Roteirização e Programação de Veículos Introdução aos Problemas de Roterzação e Programação de Veículos PNV-2450 André Bergsten Mendes Problema de Programação de Veículos Problema de Programação de Veículos Premssas Os roteros ncam e termnam

Leia mais

Programação Linear 1

Programação Linear 1 Programação Lnear 1 Programação Lnear Mutos dos problemas algortmcos são problemas de otmzação: encontrar o menor camnho, o maor fluxo a árvore geradora de menor custo Programação lnear rovê um framework

Leia mais

Adriana da Costa F. Chaves

Adriana da Costa F. Chaves Máquna de Vetor Suporte (SVM) para Regressão Adrana da Costa F. Chaves Conteúdo da apresentação Introdução Regressão Regressão Lnear Regressão não Lnear Conclusão 2 1 Introdução Sejam {(x,y )}, =1,...,,

Leia mais

Variação ao acaso. É toda variação devida a fatores não controláveis, denominadas erro.

Variação ao acaso. É toda variação devida a fatores não controláveis, denominadas erro. Aplcação Por exemplo, se prepararmos uma área expermental com todo cudado possível e fzermos, manualmente, o planto de 100 sementes seleconadas de um mlho híbrdo, cudando para que as sementes fquem na

Leia mais

O problema da superdispersão na análise de dados de contagens

O problema da superdispersão na análise de dados de contagens O problema da superdspersão na análse de dados de contagens 1 Uma das restrções mpostas pelas dstrbuções bnomal e Posson, aplcadas usualmente na análse de dados dscretos, é que o parâmetro de dspersão

Leia mais

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos Despacho Econômco de Sstemas Termoelétrcos e Hdrotérmcos Apresentação Introdução Despacho econômco de sstemas termoelétrcos Despacho econômco de sstemas hdrotérmcos Despacho do sstema braslero Conclusões

Leia mais

UNIDADE IV DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO (DIC)

UNIDADE IV DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO (DIC) UNDADE V DELNEAMENTO NTERAMENTE CASUALZADO (DC) CUABÁ, MT 015/ PROF.: RÔMULO MÔRA romulomora.webnode.com 1. NTRODUÇÃO Este delneamento apresenta como característca prncpal a necessdade de homogenedade

Leia mais

Notas Processos estocásticos. Nestor Caticha 23 de abril de 2012

Notas Processos estocásticos. Nestor Caticha 23 de abril de 2012 Notas Processos estocástcos Nestor Catcha 23 de abrl de 2012 notas processos estocástcos 2 O Teorema de Perron Frobenus para matrzes de Markov Consdere um processo estocástco representado por um conunto

Leia mais

Estudo de Curto-Circuito

Estudo de Curto-Circuito Estudo de Curto-Crcuto Rotero. Objetvo / aplcações. Natureza da corrente de defeto 3. Resposta em regme (4 tpos de defeto) 4. Resposta transtóra 5. Conclusões Objetvo Determnação de correntes e tensões

Leia mais

Resoluções dos testes propostos

Resoluções dos testes propostos da físca Undade B Capítulo 9 Geradores elétrcos esoluções dos testes propostos 1 T.195 esposta: d De U r, sendo 0, resulta U. Portanto, a força eletromotrz da batera é a tensão entre seus termnas quando

Leia mais

3 Definição automática de carregamento ótimo

3 Definição automática de carregamento ótimo 3 Defnção automátca de carregamento ótmo A formulação ncal mostrada neste capítulo fo feta por Sérgo Álvares Maffra[11] e parte da mplementação fo feta por Anderson Perera, tendo sofrdo algumas modfcações

Leia mais

ESTRATÉGIAS PARA CORTE DE CARGA UTILIZANDO FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO COM RELAXAMENTO DE RESTRIÇÕES

ESTRATÉGIAS PARA CORTE DE CARGA UTILIZANDO FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO COM RELAXAMENTO DE RESTRIÇÕES JANAINA RODRIGUES LENZI ESTRATÉGIAS PARA CORTE DE CARGA UTILIZANDO FLUXO DE POTÊNCIA ÓTIMO COM RELAXAMENTO DE RESTRIÇÕES Dssertação apresentada como requsto parcal para a obtenção do grau de Mestre, no

Leia mais

Diego Nunes da Silva. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica FEB, Unesp, Bauru, Brasil

Diego Nunes da Silva. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica FEB, Unesp, Bauru, Brasil Um Método Prmal-Dual de Pontos Interores Barrera Logarítmca Modfcada com Aproxmantes Splne aplcado ao Problema de Despacho Econômco com Ponto de Válvula Dego Nunes da Slva Programa de Pós-Graduação em

Leia mais

Programa do Curso. Sistemas Inteligentes Aplicados. Análise e Seleção de Variáveis. Análise e Seleção de Variáveis. Carlos Hall

Programa do Curso. Sistemas Inteligentes Aplicados. Análise e Seleção de Variáveis. Análise e Seleção de Variáveis. Carlos Hall Sstemas Intelgentes Aplcados Carlos Hall Programa do Curso Lmpeza/Integração de Dados Transformação de Dados Dscretzação de Varáves Contínuas Transformação de Varáves Dscretas em Contínuas Transformação

Leia mais

Programação Dinâmica. Fernando Nogueira Programação Dinâmica 1

Programação Dinâmica. Fernando Nogueira Programação Dinâmica 1 Programação Dnâmca Fernando Noguera Programação Dnâmca A Programação Dnâmca procura resolver o problema de otmzação através da análse de uma seqüênca de problemas mas smples do que o problema orgnal. A

Leia mais

Modelo linear normal com erros heterocedásticos. O método de mínimos quadrados ponderados

Modelo linear normal com erros heterocedásticos. O método de mínimos quadrados ponderados Modelo lnear normal com erros heterocedástcos O método de mínmos quadrados ponderados Varâncas homogêneas Varâncas heterogêneas y y x x Fgura 1 Ilustração da dstrbução de uma varável aleatóra y (condconal

Leia mais

MODELO RECEPTOR MODELO RECEPTOR MODELO RECEPTOR. Princípio do modelo:

MODELO RECEPTOR MODELO RECEPTOR MODELO RECEPTOR. Princípio do modelo: MODELO RECEPTOR Não modela a dspersão do contamnante. MODELO RECEPTOR Prncípo do modelo: Atacar o problema de dentfcação da contrbução da fonte em ordem nversa, partndo da concentração do contamnante no

Leia mais

As leis de Kirchhoff. Capítulo

As leis de Kirchhoff. Capítulo UNI apítulo 11 s les de Krchhoff s les de Krchhoff são utlzadas para determnar as ntensdades de corrente elétrca em crcutos que não podem ser convertdos em crcutos smples. S empre que um crcuto não pode

Leia mais

EXERCÍCIO: VIA EXPRESSA CONTROLADA

EXERCÍCIO: VIA EXPRESSA CONTROLADA EXERCÍCIO: VIA EXPRESSA CONTROLADA Engenhara de Tráfego Consdere o segmento de va expressa esquematzado abaxo, que apresenta problemas de congestonamento no pco, e os dados a segur apresentados: Trechos

Leia mais

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas

3.6. Análise descritiva com dados agrupados Dados agrupados com variáveis discretas 3.6. Análse descrtva com dados agrupados Em algumas stuações, os dados podem ser apresentados dretamente nas tabelas de frequêncas. Netas stuações devemos utlzar estratégas específcas para obter as meddas

Leia mais

3.2. Solução livre de ciclos e solução como uma árvore geradora

3.2. Solução livre de ciclos e solução como uma árvore geradora Smplex Para Redes.. Noções Incas O algortmo Smplex para Redes pode ser entenddo como uma especalzação do método Smplex para aplcação em problemas de programação lnear do tpo fluxo de custo mínmo. O Smplex

Leia mais

Figura 8.1: Distribuição uniforme de pontos em uma malha uni-dimensional. A notação empregada neste capítulo para avaliação da derivada de uma

Figura 8.1: Distribuição uniforme de pontos em uma malha uni-dimensional. A notação empregada neste capítulo para avaliação da derivada de uma Capítulo 8 Dferencação Numérca Quase todos os métodos numércos utlzados atualmente para obtenção de soluções de equações erencas ordnáras e parcas utlzam algum tpo de aproxmação para as dervadas contínuas

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 7 e 8 06/204 Ajuste de Curvas AJUSTE DE CURVAS Cálculo Nuérco 3/64 INTRODUÇÃO E geral, experentos gera ua gaa de dados que

Leia mais

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap A técnca de computação ntensva ootstrap O termo ootstrap tem orgem na expressão de língua nglesa lft oneself by pullng hs/her bootstrap, ou seja, alguém levantar-se puxando seu própro cadarço de bota.

Leia mais

Algarismos Significativos Propagação de Erros ou Desvios

Algarismos Significativos Propagação de Erros ou Desvios Algarsmos Sgnfcatvos Propagação de Erros ou Desvos L1 = 1,35 cm; L = 1,3 cm; L3 = 1,30 cm L4 = 1,4 cm; L5 = 1,7 cm. Qual destas meddas está correta? Qual apresenta algarsmos com sgnfcado? O nstrumento

Leia mais

4 ANÁLISE DE CONFIABILIDADE COM ANÁLISE LIMITE

4 ANÁLISE DE CONFIABILIDADE COM ANÁLISE LIMITE 4 ANÁLISE DE CONIABILIDADE COM ANÁLISE LIMITE A avalação da segurança das estruturas geotécncas tem sdo sempre um dos objetvos da Engenhara Geotécnca. A forma convenconal de quantfcar a segurança de uma

Leia mais

D- MÉTODO DAS APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS

D- MÉTODO DAS APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS D- MÉTODO DAS APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS O método das apromações sucessvas é um método teratvo que se basea na aplcação de uma fórmula de recorrênca que, sendo satsfetas determnadas condções de convergênca,

Leia mais

INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL PROGRAMAÇÃO NÃO LINEAR. (Exercícios)

INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL PROGRAMAÇÃO NÃO LINEAR. (Exercícios) INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL PROGRAMAÇÃO NÃO LINEAR (Exercícos) ( Texto revsto para o ano lectvo 2001-2002 ) Antóno Carlos Moras da Slva Professor de I.O. Recomendações 1. Fazer dez exercícos ou o mesmo exercíco

Leia mais

Carlos Eduardo Ferreira Soares. Análise de Ferramenta de Fluxo de Potência Ótimo na Otimização de Sistema Real de Subtransmissão

Carlos Eduardo Ferreira Soares. Análise de Ferramenta de Fluxo de Potência Ótimo na Otimização de Sistema Real de Subtransmissão Carlos Eduardo Ferrera Soares Análse de Ferramenta de Fluxo de Potênca Ótmo na Otmzação de Sstema Real de Subtransmssão Recfe - Pernambuco - Brasl Abrl de 2010 Unversdade Federal de Pernambuco Centro de

Leia mais

Leis de conservação em forma integral

Leis de conservação em forma integral Les de conservação em forma ntegral J. L. Balño Departamento de Engenhara Mecânca Escola Poltécnca - Unversdade de São Paulo Apostla de aula Rev. 10/08/2017 Les de conservação em forma ntegral 1 / 26 Sumáro

Leia mais

3 Algoritmo de Busca Tabu

3 Algoritmo de Busca Tabu 3 Algortmo de Busca Tabu 3.1 Introdução A forma básca do algortmo de Busca Tabu está fundamentada nas déas propostas em [Glover Laguna, 1997] e é baseado em procedmentos heurístcos que permtem explorar

Leia mais

DIMENSIONAMENTO ÓTIMIZADO DE TRELIÇAS DE ALUMÍNIO: ANÁLISE NUMÉRICA E EXPERIMENTAL

DIMENSIONAMENTO ÓTIMIZADO DE TRELIÇAS DE ALUMÍNIO: ANÁLISE NUMÉRICA E EXPERIMENTAL DIMENSIONAMENTO ÓTIMIZADO DE TRELIÇAS DE ALUMÍNIO: ANÁLISE NUMÉRICA E EXPERIMENTAL Moacr Krpka, Prof. Dr. Zacaras M. Chamberlan Prava, Prof. Dr. Maga Marques Das, Acadêmca, Bolssta UPF Gulherme Fleth de

Leia mais

Análise Numérica (4) Equações não lineares V1.0, Victor Lobo, 2004

Análise Numérica (4) Equações não lineares V1.0, Victor Lobo, 2004 Análse Numérca (4 V.0, Vctor Lobo, 004 Não Lneares Problema da determnação de zeros de funções f(=0 Aparece em mutas stuações! Determnar pontos de equlíbro térmco, químco, de forças... Soluções analítcas

Leia mais

2 Principio do Trabalho Virtual (PTV)

2 Principio do Trabalho Virtual (PTV) Prncpo do Trabalho rtual (PT)..Contnuo com mcroestrutura Na teora que leva em consderação a mcroestrutura do materal, cada partícula anda é representada por um ponto P, conforme Fgura. Porém suas propredades

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Val, Dr. vall@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ Em mutas stuações duas ou mas varáves estão relaconadas e surge então a necessdade de determnar a natureza deste relaconamento. A análse

Leia mais

Avaliação e Controle da Margem de Carregamento em Sistemas Elétricos de Potência

Avaliação e Controle da Margem de Carregamento em Sistemas Elétricos de Potência CRISTIANE LIONÇO ZEFERINO Avalação e Controle da Margem de Carregamento em Sstemas Elétrcos de Potênca São Carlos CRISTIANE LIONÇO ZEFERINO Avalação e Controle da Margem de Carregamento em Sstemas Elétrcos

Leia mais

Métodos numéricos para o cálculo de sistemas de equações não lineares

Métodos numéricos para o cálculo de sistemas de equações não lineares Métodos numércos para o cálculo de sstemas de equações não lneares Introdução Um sstema de equações não lneares é um sstema consttuído por combnação de unções alébrcas e unções transcendentes tas como

Leia mais

PUCPR- Pontifícia Universidade Católica Do Paraná PPGIA- Programa de Pós-Graduação Em Informática Aplicada PROF. DR. JACQUES FACON

PUCPR- Pontifícia Universidade Católica Do Paraná PPGIA- Programa de Pós-Graduação Em Informática Aplicada PROF. DR. JACQUES FACON 1 PUCPR- Pontfíca Unversdade Católca Do Paraná PPGIA- Programa de Pós-Graduação Em Informátca Aplcada PROF. DR. JACQUES FACON LIMIARIZAÇÃO ITERATIVA DE LAM E LEUNG Resumo: A proposta para essa sére de

Leia mais

Estatística II Antonio Roque Aula 18. Regressão Linear

Estatística II Antonio Roque Aula 18. Regressão Linear Estatístca II Antono Roque Aula 18 Regressão Lnear Quando se consderam duas varáves aleatóras ao mesmo tempo, X e Y, as técncas estatístcas aplcadas são as de regressão e correlação. As duas técncas estão

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Val, Dr. val@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~val/ 1 É o grau de assocação entre duas ou mas varáves. Pode ser: correlaconal ou expermental. Numa relação expermental os valores de uma das

Leia mais

F-328 Física Geral III

F-328 Física Geral III F-328 Físca Geral III ula Exploratóra Cap. 26-27 UNICMP IFGW F328 1S2014 1 Densdade de corrente! = J nˆ d Se a densdade for unforme através da superfíce e paralela a, teremos: d! J! v! d E! J! = Jd = J

Leia mais

7 - Distribuição de Freqüências

7 - Distribuição de Freqüências 7 - Dstrbução de Freqüêncas 7.1 Introdução Em mutas áreas há uma grande quantdade de nformações numércas que precsam ser dvulgadas de forma resumda. O método mas comum de resumr estes dados numércos consste

Leia mais

Um Programa Interativo para Estudos de Fluxo de Potência JÂINE HENRIQUE CANOSSA

Um Programa Interativo para Estudos de Fluxo de Potência JÂINE HENRIQUE CANOSSA Campus de Ilha Soltera PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Um Programa Interatvo para Estudos de Fluxo de Potênca JÂINE HENRIQUE CANOSSA Orentador: Prof. Dr. Dlson Amânco Alves Dssertação apresentada

Leia mais

Física C Intensivo V. 2

Física C Intensivo V. 2 Físca C Intensvo V Exercícos 01) C De acordo com as propredades de assocação de resstores em sére, temos: V AC = V AB = V BC e AC = AB = BC Então, calculando a corrente elétrca equvalente, temos: VAC 6

Leia mais

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO CORRELAÇÃO E REGRESSÃO Constata-se, freqüentemente, a estênca de uma relação entre duas (ou mas) varáves. Se tal relação é de natureza quanttatva, a correlação é o nstrumento adequado para descobrr e medr

Leia mais

Método do limite superior

Método do limite superior Introdução O método do lmte superor é uma alternata analítca apromada aos métodos completos (e: método das lnhas de escorregamento) que possu um domíno de aplcabldade muto asto e que permte obter alores

Leia mais