Aula Aul 0 .br s.com o24ho Direito Empresarial p/ AFT Prof. Tiago Zanolla ww.concurseir

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aula Aul 0 .br s.com o24ho Direito Empresarial p/ AFT Prof. Tiago Zanolla ww.concurseir"

Transcrição

1 1 81 Aula 01 Direito Empresarial p/ AFT

2 2 81 AULA INAUGURAL 1. Observações iniciais Sobre o curso Cronograma de aulas Direito comercial: origem e evolução histórica Origem do crédito Legislação aplicável Conceitos e características dos títulos de crédito Requisitos gerais Princípios dos títulos de crédito Princípio da cartularidade (ou da incorporação) Princípio da literalidade Princípio da autonomia Subprincípio da abstração Subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais Classificação dos títulos de crédito Quanto à sua natureza/modelo Quanto à estrutura Quanto à forma de circulação (ou transferência) Quanto à criação (hipóteses de emissão) Endosso Formas de endosso Endosso x cessão civil de crédito Aval Formas de aval Aval x fiança Protesto Observações finais Resumo Questões apresentadas em aula Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta, realizando sua matrícula individualmente no site O Concurseiro24horas dispõe de descontos exclusivos para compras em grupo. Adquira de forma legal. Envie um para coordenacao@concurseiro24horas.com.br e saiba como.

3 Observações Iniciais Olá Concurseiro! Estamos iniciando nosso curso de Direito Empresarial, abrangendo teoria e questões comentadas, para o concurso de Auditor-Fiscal do Trabalho. É uma enorme satisfação poder estar aqui. preparação de alto nível. Nosso compromisso com vocês é a Trata-se de um curso pré-edital, estruturado com base no Edital ESAF de 2010, porém não há exigência de prévio conhecimento da disciplina. Nós partiremos do zero. Nossa disciplina não foi cobrada no último concurso que ocorreu em 2013, porém como não há certeza de quem será a próxima organizadora do certame, existem reais chances de voltar a ser cobrada. Professor, o concurso AFT será ainda este ano? Olha só: no fim do ano passado, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que a seleção já foi permitida, e que seria realizada no decorrer deste semestre. A expectativa é grande, pois estão previstas 847 VAGAS para preenchimento escalonado em três anos. A carreira de Auditor-Fiscal do Trabalho exige ensino superior completo, em qualquer área. A remuneração oferecida é de R$16.116,64, e os auditores ainda fazem jus a estabilidade, uma vez que as contratações são pelo regime estatutário Sobre o Curso Uma das vantagens dos cursos em.pdf é ser prático, com abordagem objetiva, clara e específica aos tópicos do edital. Assim será nosso curso! Não devemos passar superficialmente na matéria, pois isso pode ser suficiente para acertar algumas questões, no entanto, em uma questão mais elaborada, você pode cair. E você deve estudá-la! Em 2006 e 2010 Direito Empresarial representou 6,25% da Prova 2 e 3,7% do total da pontuação possível nas provas objetivas. Parece pouco, mas isso pode ser não apenas

4 4 81 a diferença entre ser aprovado ou não, pode ser aquela diferença na classificação que fará você ser lotado em um local perto de casa, ou então em uma região mais distante. Apesar de muitos acharem a disciplina complicada, a grande é verdade é que o Direito Empresarial é uma matéria mais técnica que outras do ramo do direito. Porém, com a metodologia apropriada, o estudo de Direito Empresarial torna-se muito agradável. Nosso curso será ESQUEMATIZADO da seguinte maneira: Teoria Doutrina Legislação Jurisprudência Macetes Esquemas Exemplos Questões comentadas Abrangeremos, de modo aprofundado, os aspectos mais relevantes de cada tópico do conteúdo exigido. As questões servirão também de revisão, pois iremos dispor, aula após aula, questões de assuntos de aulas anteriores. Tudo o que for posto aqui, por mais aprofundado que pareça, é necessário para o entendimento completo da disciplina. Por tudo que foi exposto, este curso será completo. É direcionado a você que está iniciando os estudos, bem como àqueles que desejam aprofundar os conhecimentos na disciplina. E mais, ele foi elaborado visando sua única fonte de estudos, ou seja, basta apenas esse material para adquirir o conhecimento necessário para sua prova. Por fim, uma breve apresentação: Meu nome é Tiago Elias Zanolla, 31 anos, graduado em Engenharia de Produção e atualmente sou servidor do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, onde exerço o cargo de Técnico Judiciário Cumpridor de Mandados. Cargo que me trouxe enorme satisfação pessoal e profissional. Além das funções de Oficial de Justiça, também exerço a função de Assistente da Direção do Fórum, algo como um síndico local. Uma tarefa árdua que temos que fazer o possível dentro do impossível (rsrs). Estou envolvido com concursos públicos desde Dessa forma, tenho experiência como servidor público, como professor e como concurseiro. Essa é uma grande vantagem para vocês, pois sempre poderei lhes passar a melhor visão, incrementando as aulas e as

5 5 81 respostas a dúvidas com possíveis dicas sobre as provas, as bancas, o modo de agir em dias de provas e como se preparar para elas etc Cronograma de Aulas 1 AULA DATA CONTEÚDO 01 15/04/ /04/ /05/2015 Apresentação; Direito comercial: origem. Evolução histórica. Títulos de Crédito - Parte I (Noções Gerais, Conceitos e características) Títulos de Crédito - Parte II (Cheque, Duplicata, Letra de Câmbio e Nota Promissória) Evolução do Direito Comercial no Brasil. Autonomia. Fontes. Características Teoria Geral: Empresa/Empresário/Estabelecimento 04 21/05/2015 Prepostos. Escrituração /05/2015 Sociedades - Parte I (Conceito de sociedades. Sociedades não personificadas e personificadas. Sociedade simples) 06 10/06/2015 Sociedades - Parte II (Sociedade limitada) 07 20/06/2015 Sociedades - Parte III (Sociedades por ações. Operações societárias. Dissolução e liquidação de sociedades) 08 25/06/2015 Recuperação judicial e extrajudicial /06/2015 Falência. Classificação creditória 10 05/07/2015 Microempresa e empresa de pequeno porte (Lei Complementar nº 123/2006). TÓPICO DE HOJE: Direito comercial: origem. Evolução histórica. Títulos de Crédito - Parte I (Noções Gerais, Conceitos e características) 1 O cronograma de aulas poderá sofre alterações, desde que previamente informado aos alunos matriculados.

6 Direito Comercial: Origem e Evolução histórica O surgimento do direito comercial está relacionado à ascensão da classe burguesa, originando-se da necessidade dos comerciantes da Idade Média de regular a atividade profissional por eles desenvolvida. Concentrados em corporações de ofício, os comerciantes criaram o direito comercial com base nos USOS E COSTUMES COMERCIAIS DIFUNDIDOS PELOS POVOS que se dedicaram à atividade comercial, dentre os quais destacam-se os gregos e os fenícios. Como foi elaborado pelos próprios destinatários, o direito comercial apareceu com um caráter eminentemente subjetivista, caracterizando-se, no início, como um direito corporativista e fechado, restrito aos comerciantes matriculados nas corporações de mercadores. Nasce então como um direito especial, autônomo em relação ao direito civil, o que lhe permitiu alcançar autonomia jurídica, possuindo uma extensão própria, além de princípios e métodos característicos, que contribuíram para a sua consolidação como disciplina jurídica autônoma. O prestígio e a importância das corporações começaram a se enfraquecer com o mercantilismo, que fortaleceu o Estado e afastou das corporações de mercadores a elaboração das normas comerciais. As primeiras codificações das normas comerciais surgiram na França, com as Ordenações Francesas. A PRIMEIRA ORDENAÇÃO, DE 1673, tratava do comércio terrestre e ficou conhecida como Código Savary. Em 1681 surgiu a Ordenação da Marinha, que disciplinava o comércio marítimo. As Ordenações Francesas tiveram vigência por um longo tempo e o Código Savary foi a base para a elaboração do Código de Comércio Napoleônico de 1807, responsável pela objetivação do direito comercial, afastando-o do aspecto subjetivo da figura do comerciante matriculado na corporação. Com o Código Comercial francês de 1807 o direito comercial passou a ser baseado na prática de atos de comércio enumerados na lei segundo critérios históricos, deixando de ser aplicado somente aos comerciantes matriculados nas corporações. Assim, para se qualificar como comerciante e submeter-se ao direito comercial, deixou de ser necessário à pessoa que se dedica a exploração de uma atividade econômica pertencer a uma corporação, bastando a prática habitual de atos de comércio. Essa objetivação do direito comercial atendia aos princípios difundidos pela Revolução Francesa em 1789.

7 7 81 Ao enumerar os atos de comércio, o legislador baseou-se em fatores históricos, sendo esse o grande problema da teoria francesa, que se mostrou bastante limitada diante da rápida evolução das atividades econômicas, tornando-se uma teoria ultrapassada por não identificar com precisão a matéria comercial, já que não foi possível a identificação de um elemento de ligação entre os atos de comércio previstos na lei. Atividades econômicas que tradicionalmente não eram desenvolvidas pelos comerciantes, como a atividade imobiliária, a prestação de serviços em geral e a atividade agrícola, foram afastadas do regime comercial. A ausência de um critério científico na separação das atividades econômicas em civis e comerciais e a exclusão de importantes atividades do regime comercial em razão do seu gênero, constituíram os principais fatores para o desprestígio da teoria francesa, contribuindo para a sua superação. Em consonância com o desenvolvimento das atividades econômicas e de acordo com a tendência de crescimento do direito comercial, surgiu na Itália uma teoria que substituiu a teoria francesa, superou os seus defeitos e ampliou o campo de abrangência do direito comercial. Essa teoria, denominada de teoria jurídica da empresa, caracteriza-se por não dividir as atividades econômicas em dois grandes regimes, como fazia a teoria francesa, e foi inserida no Código Civil italiano de 1942, que ficou conhecido por ter realizado a unificação legislativa do direito privado na Itália. A teoria da empresa elaborada pelos italianos afasta o direito comercial da prática de atos de comércio para incluir no seu núcleo a empresa, ou seja, a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Com a teoria da empresa, deixa de ser importante o gênero da atividade econômica desenvolvida, não importando se esta corresponde a uma atividade agrícola, imobiliária ou de prestação de serviços, mas que seja desenvolvida de forma organizada, em que o empresário reúne capital, trabalho, matéria-prima e tecnologia para a produção e circulação de riquezas. De acordo com a teoria da empresa, o direito comercial tem o seu campo de abrangência ampliado, alcançando atividades econômicas até então consideradas civis em razão do seu gênero. A teoria da empresa, ao contrário da teoria francesa, não divide as atividades econômicas em dois grandes regimes (civil e comercial), prevê um regime amplo para as atividades econômicas, excluindo desse regime apenas as atividades de menor importância, que são, a princípio, as atividades intelectuais, de natureza literária, artística ou científica.

8 8 81 Considerando o núcleo que delimita a matéria comercial ao longo de sua evolução histórica, pode-se dividir o desenvolvimento do direito comercial em quatro períodos. Corporações de Ofício Estados Nacionais Codificação Napoleônica Teoria da Empresa a) Corporações de Ofício: na época, havia artesãos e mercadores, que fabricavam e vendiam mercadorias em grandes feiras comerciais. Logicamente que, em decorrência dessas atividades começaram a surgir conflitos em torno de pagamentos, entrega, trocas, etc. Como ainda não havia direito que trata-se dos conflitos, surgiu a necessidade de criarem-se tais normas. Os artesãos e mercadores, cientes da realidade que lhes afligia, resolveram então criar as associações de classe, denominada Corporações de Ofício. b) Costumes Mercantis: as Corporações de Ofício, então, criaram os costumes mercadológicos, que eram as normas que regiam as relações comerciais. c) Tribunais do Comércio: com a criação das normas, surgiu também a necessidade de criação dos Tribunais do Comércio. Esses tribunais eram compostos por julgadores/juízes, que eram os membros das Corporações de Ofício, eleitos dentro de cada associação. As regras só incidiam sobre os participantes das associações. Tem início na 2ª metade do Séc. XVI e se arrasta o Séc. XVIII. Nessa fase, países como a Itália, Inglaterra, França e Holanda, eram países em que a atividade mercantil passou a ser muito intensa. Começaram a surgiu intercâmbio de atividades comerciais. Por esse motivo, surgiu a necessidade da uniformização das regras comerciais, até então bairristas, visando dar o mesmo tratamento entre os países que negociavam entre si. IMPORTANTE: surgiram então os Estados Nacionais, que consolidavam a busca pelo fortalecimento do estado. Diante desse contexto, a jurisdição mercantil deixou de ser da atividade privada (Corporações de Ofício) e passa a ser de responsabilidade do Estado, que inclusive passa a criar as regras do direito comercial. No entanto, de nada adianta criarem-se regras se o aplicador dessas regras continua sendo alguém eleito pelos membros das corporações, preservando-se o corporativismo. Por essa razão, o próprio Estado passa a escolher os julgadores que passarão a integras os Tribunais julgadores das pendengas comerciais. Um problema ainda persistia: ainda que se tivesse buscado uma uniformização, ainda que o Estado criasse as regras e elegesse os juízes, as regras ainda estavam pautadas nos costumes e se aplicavam somente aos MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO (que era cadastrado e considerado como comerciante). Daí adveio a 3ª fase. Tem início no Séc. XIX e se arrasta até a 1ª metade do Séc. XX. Nesse período ocorre a Revolução Francesa e, com ela, surgem os ideais liberais da Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Diante desse contexto, a busca da igualdade levou a incidência das regras comerciais a todos os comerciantes, restando abolido o corporativismo. Surge o Código Comercial Francês, que adotou a Teoria dos Atos de Comércio. Essa teoria reza que comerciante é aquele que pratica atos de comércio análise objetiva Essa fase compreende a promulgação do Código Civil Italiano de 1.942, e se arrasta até os dias atuais. Tem por grande característica alterar o conceito de comerciante da terceira fase (quem pratica atos de comércio análise subjetivo, derivada da observação do ato praticado), e passa a encartar o empresário sob uma análise subjetiva empresário é todo aquele que exerce a empresa.

9 Origem do Crédito Na antiguidade o comércio ocorria tradicionalmente pelo escambo, isto é, trocava-se mercadoria por mercadoria. Assim, por exemplo um produtor de arroz que desejasse sal. Ele precisava encontrar um produtor de sal que precisasse de arroz, e assim por diante. Como forma de dinamizar o comércio, alguns bens começaram a ser usados como moeda inicialmente o sal, posteriormente sucedido por metais preciosos, e este, mais adiante, substituído pela moeda-fiduciária de forma imposta pelo estado. Com a evolução do comércio, as transações foram tornando-se mais complexas e a moeda já não conseguia atender as necessidades do mercado. Foi então que surgiram os títulos de crédito. Segundo Tullio Ascarelli, o desenvolvimento dos títulos de crédito permitiu que o mundo moderno mobilizasse suas próprias riquezas, vencendo o tempo e o espaço. Títulos de crédito são, em síntese, instrumentos de circulação de riqueza. Criou-se então a possibilidade de uma das partes negociantes cumprir sua obrigação instantaneamente, mas a outra só vir a adimplir a sua em um tempo futuro. Em outras palavras, dispor de um direito a uma prestação futura. Essa expectativa de que a obrigação do outro será cumprida no futuro, chama-se confiança. CRÉDITO TEMPO CONFIANÇA Mesmo com expansão do comércio, com novas operações mercantis, esse crescimento ainda era limitado. Imagine que um comerciante dá crédito a seu cliente, permitindo que o pague em 90 dias, porém nesse tempo, o comerciante precisa adquirir mais mercadorias para atender novos clientes. Neste período, o comerciante tinha apenas que esperar o cliente a qual foi concedido crédito, que o pagasse. Assim a circulação de riqueza ficava restrita. Não havia a circulabilidade ideal. O crédito precisava ser trocado. Foi então que surgiram os títulos de crédito. E com o aumento do uso dos títulos de crédito, surgia a necessidade de regulá-lo. O DIREITO CAMBIAL é o ramo do direito empresarial que regula o regime jurídico aplicável aos títulos de crédito é recheado de regras e características especiais, criados especialmente para salvaguardar de forma segura sua principal função, a circulação de riqueza.

10 10 81 Divide-se o Direito cambiário em quatro períodos (+ a atualidade). A saber: Época Período Italiano (até 1650) Período Francês ( ) Período Alemão ( ) Período Uniforme (1930 -?) Atualmente Fatos Marcantes Destacam-se as cidades marinhas, nas quais realizam-se feiras medievais. Surge o câmbio trajetício que instrumentalizava por meio de dois documentos: a cautio, apontada como origem da nota promissória, por envolver uma promessa de pagamento (o banqueiro reconhecia a dívida e prometia pagá-la no prazo, lugar e moeda convencionados), e a littera cambii, apontada como origem da letra de câmbio, por se referir a uma ordem de pagamento (o banqueiro ordenava ao seu correspondente que pagasse a quantia nela fixada). Surgimento da cláusula de ordem, que, consequentemente, embasou a criação do "endosso", que permitia ao portador transferir o título sem precisar de autorização do sacador Acontece a "Ordenação Geral do Direito Cambiário" que codifica (junta) as diferentes normas especiais sobre letras de câmbio, assim, consolidando-a como instrumento de crédito viabilizador da circulação de direitos Realização da Convenção de Genebra e aprovação da Lei Uniforme das Cambiais, aplicável às letras de câmbio e notas promissórias. Em 1931 foi aprovado a Lei Uniforme do Cheque Era do Comércio Eletrônico. Títulos de crédito passam por um importante período de transição. Letras de câmbio já não são vistas no mercado, e mesmo títulos como o cheque e a nota promissória vão caindo em desuso e dando lugar às transações com os cartões de débito e crédito, os quais já admitem a assinatura eletrônica. 4. Legislação Aplicável O Decreto 2044/1908 foi a primeira legislação brasileira que tratou dos títulos de crédito. Ela regulamentava apenas a nota promissória e a letra de câmbio, porém servia de base para qualquer título. Como os títulos sempre foram muito utilizados no comércio internacional, envolviam personagens de diferentes países. Com isso, em meados do século XX começou uma preocupação entre os países em uniformizar suas legislações sobre títulos de crédito. O Brasil teve participação nas convenções e foi signatário da Convenção de Genebra que foi recepcionada pelo ordenamento brasileiro através do DECRETO 57663/66 que revogou quase por completo o Decreto anterior. Ficou conhecido como Lei Uniforme de Genebra. Em 1968 foi publicado a Lei 5.474/68 legislando sobre a Duplicata e em 1985 foi publicada a lei do cheque, Lei 7.357/85.

11 11 81 Em 2002 foi promulgado o novo Código Civil e este dispõe sobre os títulos de crédito, entre os artigos 887 a 926. Apesar exprimir regramentos, trata-se de uma Teoria Geral. Assim, o Código Civil não revogou as legislações anteriores, sendo que cada título específico permanece com seu regramento especial. Agora, segure-se na cadeira! O artigo 903 do Código Civil anuncia: Art. 903 Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. E como funciona? Aplico ou não? Olha só o que acontece: Como temos lei especial tratando dos títulos de crédito, aplica-se a lei especial! Só aplicamos o Código Civil aos títulos quando lei especial não dispor. Então, O CÓDIGO CIVIL É DE APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA! As principais leis especiais sobre Títulos de Crédito são: LETRA DE CÂMBIO E NOTA PROMISSÓRIA Decreto /66 (Lei Uniforme de Genebra) DUPLICATA Lei 5.474/68 CHEQUE Lei 7.357/85 5. Conceitos e Características dos Títulos de Crédito O conceito de título de crédito tradicionalmente cobrado em provas é o de Cesare Vivante. O jurista italiano assim o definiu: Título de Crédito é o documento necessário ao exercício de direito, literal e autônomo, nele mencionado. São documentos representativos de obrigações pecuniárias O código civil, adotando o conceito de Vivante, conceitua o título de crédito como: Art O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. ATENÇÃO: Vivante fala nele mencionado e o Códido Civil nele contido. Embora seja a mesma coisa e soe absurdo, a diferenciação conceitual entre mencionado e contido já foi cobrado em prova!

12 12 81 MEMORIZE: É um documento Título É literal (pode ser exigido o que nele está firmado) É autônomo (não se vincula ao fato que lhe gerou) Essas características nos remetem aos três princípios informadores do regime jurídico cambial que são objeto de estudo no tópico 7. Destaca-se na Doutrina mais algumas características. Títulos de crédito são considerados: DOCUMENTO FORMAL: Precisam observar os requisitos essenciais previstos na legislação cambiária. BENS MÓVEIS: A entrega do título é que vai marcar a transferência de titularidade do bem. A posse de boa-fé vale como propriedade. TÍTULOS DE APRESENTAÇÃO: É necessária sua apresentação para o exercício nele contido. TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS: Configuram uma obrigação liquida e certa o que faz que se de natureza processual abstrata. OBRIGAÇÕES QUESÍVEIS (QUERABLE): Cabe ao credor dirigir-se ao devedor para receber a importância devida, e que a emissão do título e a sua entrega ao credor têm, em regra, natureza pro solvendo (quer dizer que primeiro recebe-se o valor do título, após, dá-se a quitação). TÍTULO DE RESGATE: Sua emissão pressupõe futuro pagamento em dinheiro que extinguirá a relação cambiária. Assim, aquele que paga tem o direito de resgatá-lo (pegar de volta). TÍTULO DE CIRCULAÇÃO: Sua principal função é fazer o crédito circular. 6. Requisitos Gerais Por ser uma forma de contrair obrigações e conceder direitos, títulos de crédito são sempre um NEGÓCIO JURÍDICO. Assim, aplica-se aos títulos de crédito os requisitos de validade dos negócios jurídicos previstos no Código Civil:

13 13 81 Agente Capaz: o agente deve ser capaz e legitimado para a prática do negócio jurídico. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: Em direito civil considera-se lícito não apenas o que é legal, mas também o que é moral, dentro de uma moral de um homem médio. Lícito é o que não contraria a LEI, a MORAL ou os BONS COSTUMES. A possibilidade deve ser verificada sob os aspecto FÍSICO e JURÍDICO. Determinado ou determinável sob pena de se prejudicar não apenas a validade, mas também a executoriedade da avença. Todo objeto deve conter elementos mínimos de individualização que permitam caracterizá-lo. Forma prescrita ou não defesa em lei: No CC/02, há a previsão de liberdade de forma (art. 107). Quando a lei prescrever determinada forma como requisito de validade, o negócio será solene ou formal. Considerando que cada título pode ter requisitos próprios, abordaremos, neste momento, apenas os requisitos específicos. ASSINATURA DO DEVEDOR: Não é necessário qualificá-lo, basta apenas sua manifestação de vontade que é demonstrada através da assinatura. É também nesse sentido o código civil: Art As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários. DATA DE EMISSÃO: O título de crédito deve conter a data da emissão. O STJ segue a tendência de o considerar elemento essencial. É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. Quando há data de vencimento, a obrigação fica suspensa e somente obrigará o devedor após a data estipulada. Se não está vencido não pode, por exemplo, ser objeto de execução judicial. O credor não é obrigado a receber o pagamento antes do vencimento, porém no vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. LOCAL DE EMISSÃO E DE PAGAMENTO: Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. Trata-se de um requisito não essencial.

14 14 81 Temos ai então,, os requisitos essenciais e os não essenciais. Majoritariamente entendese que no momento da emissão do título, pode até não conter todos os requisitos essenciais, porém no momento da execução do título, estes não podem faltar. Esse preenchimento posterior deve ser feito de boa-fé, sendo que quem assume o ônus de provar, caso haja má-fé, será o emitente, pois este que optou passar um título com preenchimento incompleto. Esse assunto é inclusive sumulado pelo STF: SÚMULA 387: A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. Se houver preenchimento de má-fé e o título circular e parar nas mãos de terceiros de boa-fé que desconhecem o que foi acordado, o devedor vai ter que arcar com o pagamento do título e depois buscar os direitos frente a quem preencheu incorretamente. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. O negócio jurídico será válido, apenas será desnaturado como título de crédito PARA MEMORIZAR: Partes Capazes Objeto Lícito REQUISITOS ESSENCIAIS Forma Prescrita Assinatura do Emitente Data de Emissão Especificação das obrigações Data de Emissão Local de Emissão REQUISITOS NÃO ESSENCIAIS Local de Pagamento

15 Princípios dos Títulos de Crédito Os princípios constantes no conceito de Vivante são a Cartularidade, Literalidade e Autonomia, cada um com características próprias. Há doutrinadores que afirmem que o princípio da autonomia ainda poderá se subdividir em abstração e a inoponibilidade das exceções pessoais à terceiros de boa-fé. CUIDADO! negociabilidade e executividade já foram cobrado como princípios cambiais. NÃO SÃO. São atributos dos títulos de crédito. PARA NÃO CONFUNDIR OS PRINCÍPIOS COM AS CARACTERÍSTICAS, MEMORIZE: Princípios Informadores Autonomia Cartularidade Literalidade Abstração Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé Títulos de Crédito Principais Características Natureza essencialmente comercial Documentos Formais Natureza de bens Móveis São títulos de apresentação Constituem títulos executivos extrajduciais Representam obrigações Quesíveis É título de resgate É título de Circulação TÍTULO DE CRÉDITO: Documento abstrato e cartular que representa o crédito, permitindo maior circulação deste Princípio da Cartularidade (ou da incorporação) Cartularidade vem do latim cártula, que significa pequeno papel. Por este princípio, entende-se que a obrigação deve estar representada por uma cártula, documento tangível e concreto, ou seja, um papel em que especifica a obrigação, cujo porte e

16 16 81 exibição é elemento essencial, sem o qual não poderá o devedor ser cobrado (proíbese cópias). O princípio da cartularidade também pode ser conhecido como Princípio da incorporação, que nos permite afirmar que o direito de crédito mencionado na cártula não existe sem ela, ou seja, NÃO EXISTE O DIREITO DE CRÉDITO SE NÃO HOUVER O DOCUMENTO. Para que você consiga responder tranquilamente as questões de prova, vou lhe passar os seguintes conceitos: O crédito deve estar materializado (documentado) em um título. Para a transferência do crédito é necessário a transferência do documento. Não há que se falar em exigibilidade do crédito sem a apresentação do documento original. O exercício dos direitos representados por um título de crédito pressupõe sua posse. Quem não se encontra com o título em sua posse, não se presume credor. O princípio da cartularidade é garantia de que o sujeito que postula a satisfação do crédito é mesmo o seu titular (É uma garantia de que o credor não negociou o seu crédito.). Cópias autênticas não conferem a mesma garantia. Um exemplo de sua aplicação é a exigência da exibição do original do título na petição inicial de execução. Quer ver? Vamos a uma questão: Antes de começar, gostaria de ressaltar que por questões didáticas, as questões serão, em sua maioria, analisadas assertiva por assertiva. Isso não quer dizer que teremos só questões da banca Cespe, muito pelo contrário, teremos questões de várias bancas. Outro ponto importante é que durante o curso, por questões de organização, manteremos uma numeração única de questões, ou seja, as questões da próxima aula, iniciarão com o número imediatamente subsequente ao da última questão desta aula. Se você tiver dúvidas em relação a alguma questão, basta informar o número dela. QUESTÃO 01 (CESPE 2013 TR-RO Analista Processual) A afirmação de que só quem exibe o título pode pretender a satisfação da obrigação nele representada corresponde ao princípio da a) autonomia. b) pessoalidade. c) literalidade. d) representação. e) cartularidade.

17 17 81 COMENTÁRIOS: Nós ainda não estudamos todos os conceitos, mas o que a questão pergunta? Ela quer saber a qual princípio nos remete a afirmação de que o exercício dos direitos representados por um título de crédito pressupõe sua posse. O princípio da cartularidade é garantia de que o sujeito que postula a satisfação do crédito é mesmo o seu titular. GABARITO DA QUESTÃO: Letra E. Antes de continuar, uma informação importante: a regra é a execução mediante apresentação do título original. No entanto, o STJ já admitiu o ingresso de ação executória mediante fotocópia autenticada quando a cártula original integrava prova em processo criminal por fraude, estelionato. QUESTÃO 02 (CESPE - AGU) Para transferência de um cheque, é suficiente o endosso. COMENTÁRIOS: Nós ainda não estudamos cheque ou mesmo o endosso, porém, que o cheque é um título de crédito nós sabemos. Também sabemos que quem não se encontra com o título em sua posse, não se presume credor. E então, certo ou errado? ERRADO, pois para a transferência do crédito é necessário a transferência do documento. Assim, deve-se endossá-lo e então fazer a tradição do cheque (entregá-lo). Após o endosso deve-se ter a transferência da cártula (art. 910, 2º, CC - Art O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título; (...) 2 o A transferência por endosso completa-se com a tradição do título). GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO Continuando... Com a modernidade e o crescente número de transações eletrônicas, o princípio da cartularidade pode ser mitigada. Vem ocorrendo a desmaterialização dos títulos de crédito, em virtude do crescente desenvolvimento tecnológico e da consequente criação de títulos de crédito magnéticos, ou seja, que não se materializam numa cártula. Esse inclusive é uma das disposições do Código Civil sobre os títulos: Art. 889, 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente (...). E o que a desmaterialização dos títulos implica na prática?

18 18 81 Permite a criação de títulos não cartularizados, ou seja, feitos em formas que não sejam documentados em papel. É o que ocorre, por exemplo, nas duplicatas virtuais. Exemplos de títulos de créditos eletrônicos são os títulos de agronegócios que estão estabelecidos na Lei /04. Há também a famosa duplicata virtual (ou eletrônica). São títulos eletrônicos que não tem corporificarão no papel. CUIDADO! O Boleto Bancário não é título de crédito, pois, lhe falta o requisito assinatura do emitente constante do art. 889 do Código Civil. Ele é, portanto, um aviso de cobrança. Esse é o entendimento conforme o Código Civil: Art Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. Documentos não cartularizados dispensam o credor de apresentar o mesmo em juízo para executá-lo. Pode fazê-lo, apenas, com a apresentação do instrumento de protesto por indicações e do comprovante de entrega das mercadorias. Nesse sentido, temos a inteligência do CPC: Art. 365, 2 o Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou outro documento relevante à instrução do processo, o juiz poderá determinar o seu depósito em cartório ou secretaria. (Incluído pela Lei nº , de 2006). Esse processo de desmaterialização é natural da evolução do comércio. O Brasil, inclusive, já conta com regulamentação específica sobre isso. Trata-se da MP 2.200/2 de 2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil): Art. 1 o Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. No mesmo sentido, temos os seguintes enunciados da Jornada de Direito Civil do CJF: Enunciados 460: Art As duplicatas eletrônicas podem ser protestadas por indicação e constituirão título executivo extrajudicial mediante a exibição pelo credor do instrumento de protesto, acompanhado do comprovante de entrega das mercadorias ou de prestação dos serviços ; Enunciado 461: Art. 889, 3. Os títulos de crédito podem ser emitidos, aceitos, endossados ou avalizados eletronicamente, mediante assinatura com certificação digital, respeitadas as exceções previstas em lei.

19 19 81 No mesmo sentido, o STJ proferiu decisão pela validade da chamada duplicata virtual: 4. Quanto à possibilidade de protesto por indicação da duplicata virtual, deve-se considerar que o que o art. 13, 1., da Lei 5.474/1968 admite, essencialmente, é o protesto da duplicata com dispensa de sua apresentação física, mediante simples indicação de seus elementos ao cartório de protesto. Daí, é possível chegar-se à conclusão de que é admissível não somente o protesto por indicação na hipótese de retenção do título pelo devedor, quando encaminhado para aceite, como expressamente previsto no referido artigo, mas também na de duplicata virtual amparada em documento suficiente. É possível executar duplicata virtual? Vejamos o caso abaixo: A Petrobras emitiu uma duplicata virtual, a empresa sacada não efetuou o pagamento. A Petrobras então entrou com uma Ação Executiva, juntando o Boleto Bancário, o Extrato de Protesto feito por Indicação e comprovante de entrega da mercadoria (conhecimento de transporte). O devedor embargou, alegando ausência de emissão da duplicata, restando violado o Princípio da Cartularidade. Em 1º grau os embargos foram procedentes. O caso foi parar no STJ, através do REsp /PR. Nesse julgado o Tribunal entendeu, frente a presença dos documentos supra elencados, pela desnecessidade de exibição judicial do título de crédito original. Em suma é possível a execução de Duplicata Virtual. IMPORTANTE: Em razão disso, alguns doutrinadores passaram a chamar o Princípio da Cartularidade (ligado ao meio material somente) de Princípio da Incorporação, que está diretamente relacionada ao meio material ou eletrônico Princípio da Literalidade O título de crédito vale pelo que nele está expresso. Vale pela sua literalidade. Qualquer direito ou dever deve estar escrito na cártula. Ramos assevera que a literalidade, em síntese, é o princípio que assegura às partes da relação cambial a exata correspondência entre o teor do título e o direito que ele representa. Caso o título esteja rasgado, dilacerado, danificado, porém identificável, o portador tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas.

20 20 81 Por um lado, o credor pode exigir tudo o que está expresso na cártula, não devendo se contentar com menos. Por outro, o devedor também tem o direito de só pagar o que está expresso no título, não admitindo que lhe seja exigido nada mais. Daí porque Tullio Ascarelli mencionava que o princípio da literalidade age em duas direções, uma positiva e outra negativa. CREDOR Tem direito ao que está representado no título DEVEDOR É obrigado apenas ao que consta no título Uma quitação parcial deve ser feita no próprio título, pois, do contrário, poderá ser contestada. Com o aval e endosso ocorre o mesmo. Devem ser feitos no próprio título, sob pena de não produzirem os efeitos de seus institutos. Se o aval é feito, eventualmente, num instrumento separado do título, não será válido como aval porque não respeita o princípio da literalidade. Poderá valer, no máximo, como uma fiança, que é um instituto do direito civil assemelhado ao aval, porém com efeitos jurídicos diversos. Entendi professor, mas e se por acaso, por qualquer motivo, razão ou circunstâncias eu tiver um título de crédito repleto de assinaturas, não tem mais lugar para assinar e eu preciso assinar. Chegamos então a um limite de endossos, é isso? NEGATIVO! Para atender o princípio da literalidade você deve fazer o prolongamento do título. Então, você pega um pedaço de papel, grampeia, cola, mas terá que prolongar o título, se quiser dar o endosso atendendo ao princípio da literalidade. Mais um exemplo: Você compra um carro. Dá 20 mil de entrada e depois assina 5 notas promissórias de 5 mil reais. Ao ir pagar a primeira promissória, o vendedor lhe dá um documentos escrito assim: declaro, para os devidos fins, que fulano de tal, quitou a nota promissória n.º 01/05 no valor de 5 mil reais. Esse termo de quitação não tem validade para o direito cambiário. A quitação tem que ser dada no título de crédito. Se você quitou a nota promissória, ela é sua!! Imagina se essa promissória é roubada e repassada... Você terá que pagar e ai ajuizar ação e até provar que focinho de porco não é tomada, irá perder tempo, dinheiro etc. Para responder questões, grave o seguinte sobre a literalidade:

21 21 81 A finalidade da literalidade é assegurar a certeza quanto à natureza, conteúdo e modalidade de prestação prometida ou ordenada. O direito contido em um título de crédito deve ser expresso literalmente. Não pode o credor exigir a mais e nem o devedor pagar a menos. Só tem eficácia para o direito cambiário aquilo que está literalmente escrito no título de crédito. AVAL e ENDOSSO devem ser dado no próprio título, e não em instrumento separado, v.g. Contrato, etc. É a fiança que é prestada mediante contrato. Só tem validade a quitação dada no próprio título. O que não está expressamente consignado no título de crédito, não produz consequências na disciplina das relações jurídico-cambiais. A literalidade impede que meros ajustes verbais possam influir no exercício do direito ali mencionado Princípio da Autonomia Este é o princípio mais importante dos títulos de crédito. É autônomo, pois cada relação jurídica no título é independente de outra, ou seja, é constitutivo de direito novo, autônomo e originário, completamente desvinculado da relação que lhe deu origem. Como o emitente afirma que existe uma obrigação jurídica a ser cumprida, constitui um ato jurídico unilateral. Vivante ensina que o direito representado num título de crédito é autônomo, porque a SUA POSSE LEGÍTIMA CARACTERIZA A EXISTÊNCIA DE UM DIREITO PRÓPRIO, não limitado nem destrutível por relações anteriores. Conforme leciona Coelho, em observância ao princípio da autonomia, quando um único título documenta mais de uma obrigação, a eventual invalidade de qualquer delas não prejudica as demais ou seja, quando um vício contamina uma, não contamina as outras. Desta forma, o endosso ou o aval dado por pessoa incapaz não atinge as demais obrigações assumidas no título de crédito. Professor, e como é isso na prática? Vamos a um exemplo: Vamos dizer que Tício recebeu um cheque com assinatura falsa (pode ter assinado pelo filho, por exemplo). Ai, Tício endossa o cheque para Mévio. Mévio então vai ao banco para sacar o dinheiro, porém o cheque é devolvido por falsificação de assinatura. E então? Mévio se lasca? Perdeu o dinheiro?

22 22 81 Nada disso! O que Tício fez ao entregar o cheque ao Mévio? Endossou! Exato, Mévio é responsável pelo pagamento. Mas a cártula não era falsificada? Não é nulo o negócio? Negativo! Não é porque essa relação está viciada entre quem deu o cheque e o recebeu, que esse vício vai contagiar a outra relação entre o Tício e Mévio. LEMBRE-SE: As relações jurídico cambiais são autônomas e independentes entre si. Tal princípio é previsto expressamente no código civil: Art O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Vamos a mais um exemplo. Ramos ilustra o princípio da autonomia com o seguinte: Digamos que A compra um carro de B, sendo esta compra instrumentalizada por meio da emissão de uma nota promissória no valor de R$ ,00 (dez mil reais). B, por sua vez, tem uma dívida perante C no valor aproximado de R$ ,00 (dez mil reais). Nesse caso, B poderá quitar a dívida que tem perante C utilizando-se da nota promissória dada por A, endossando-a (o endosso, como veremos a frente, é o ato cambial próprio para transferir um título de crédito) para C, que se torna o titular dessa nota, podendo cobrar o seu respectivo valor de A na data do vencimento. Nessa hipótese, A poderá recusar-se ao pagamento do título alegando, por exemplo, eventual nulidade da venda que B lhe fez, venda essa que, como dito acima, originou a emissão da nota promissória? A resposta é negativa, e a justificativa está exatamente na aplicação do princípio da autonomia dos títulos de crédito. Ora, se as relações representadas naquele título são autônomas e independentes, os eventuais vícios que maculam a relação de A com B não atingem a relação de B com C nem a relação deste com A. As obrigações contidas em um título de crédito são autônomas entre si e a invalidade de uma não afeta a outra. O princípio da Autonomia se desdobra no princípio da Abstração e no Princípio da Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé.

23 Subprincípio da Abstração Segundo o instituto da abstração, quando o título circula ele se desvincula da relação que lhe originou. Assim, no exemplo acima, quando B endossou o titulo para C, o título desvinculou-se da operação original, assim, QUEM TEM A POSSE DESSE TÍTULO. MESMO ESTRANHO A RELAÇÃO QUE LHE DERA ORIGEM, É O LEGITIMO DETENTOR DO DIREITO ALI EXPRESSO. Por isso que quando um estabelecimento comercial recebe um cheque de terceiro não fica perguntando a origem do cheque. ATENÇÃO: A circulação do título é fundamental para que se opere a abstração (nesse sentido, se separa do que lhe é inerente). Abstração Circulabilidade C A B Há situações que esse princípio pode sofrer mitigações. Como bem leciona Estefância Rossignoli 1 :

24 24 81 A situação que implicou tal discussão tem origem nas práticas bancárias. Começou-se a tornar comum, na prática bancária, a exigência da assinatura de nota promissória como garantia acessória aos contratos de abertura de crédito. Seria a seguinte situação; a pessoa faz um contrato de cheque especial, mas não se sabe qual o valor desse crédito ela irá utilizar. Assim as instituições bancárias fazem com que o cliente assine uma nota promissória sem preencher o valor, que somente será preenchido se houver vencimento da dívida do cheque especial, sem que haja o correto pagamento. Este procedimento pode trazer prejuízos ao cliente caso o banco execute o título. É que como foi tratado acima, em obediência aos princípios da autonomia e abstração, o valor firmado na nota promissória pode ser exigido independente de discussão acerca do contrato que, teoricamente deu causa à sua emissão. E é daí mesmo que surgem os riscos ao emitente do título que servirá de garantia a um contrato de empréstimo bancário, pois a instituição financeira terá a posse de um título executivo extrajudicial cuja discussão estará limitada apenas às exigências formais do documento, além de uma possível cobrança de crédito já extinto ou quitado. Contrato de Abertura de Crédito Bancário: não tem liquidez. Portanto, não serve de título executivo extrajudicial. Alguns bancos vinculam o contrato a uma Nota Promissória em branco, tentando dar liquidez futura ao débito, o que não surtiu efeito, conforme Súmulas abaixo. STJ - SUM O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente, não é título executivo. STJ SUM A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. Nessas situações específicas, é reconhecido pela doutrina e a jurisprudência a falta de abstração dessa nota promissória, permanecendo vinculada ao contrato de abertura de crédito. Assim, entende-se que a abstração não é um princípio absoluto Subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais Por Inoponibilidade das Exceções entende-se que não é permitido àquele que se obriga em um título a recusar o pagamento ao portador alegando suas relações pessoais com o sacador ou outros obrigados anteriores do título.

25 25 81 Em função do próprio princípio da autonomia, o portador do título de crédito que foi abstraído, é o legitimo detentor dos direitos ali expressos, assim, este não pode ser atingido por defesas relativas ao negócio do qual não participou. Segundo o Código Civil: Art O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação. EXEMPLO: Imaginemos ainda o exemplo acima: A comprou o carro de B. A emitiu um cheque para B como pagamento. B, por sua vez, devia a C, e então, entregou esse cheque a C. C não conseguiu depositar esse cheque e então dirige-se a A para receber o pagamento. Suponhamos que o carro que foi comprado estava com sérios problemas mecânicos e então, A está reivindicando de B que conserte ou não pagará (sustou o cheque). Ocorre que, o detentor de direitos agora é C e este, não participou do negócio que originou o título, ou seja, está livre dos vícios que relações pretéritas tenham adquirido (C agiu de boa-fé, não tem ligação com a causa que originou o cheque). Assim, A não pode escusar-se de pagar C, pois este, é terceiro de boa-fé. ATENÇÃO: A boa-fé do portador do título é presumida. Caso o devedor quiser opor exceções pessoais contra o portador, deverá provar a má-fé, demonstrando, por exemplo, que houve conluio entre o atual portador do título e seu antigo titular. Caso não provada as exceções pessoais, são inoponíveis ao terceiro de boa-fé, que exercerá seu direito de crédito sem ser atingido por nenhum vício ligado a relações anteriores. PARA MEMORIZAR: Autonomia Cartularidade Literalidade Abstração Inoponibilidade das exceções pessoais Cada relação estabelecida no título é independente da outra Todo título deve ser representado por um documento formal e independente Toda e qualquer obrigação só é válida se estiver escrita na cártula Título se desvincula da causa de origem quando posto em circulação O devedor de dívida representada por título de crédito só pode opor ao terceiro de boa-fé as exceções que tiver contra este e as fundadas nos aspectos formais do título

26 26 81 Que tal algumas questões para relaxar? QUESTÃO 03 (OAB SP/2006/FCC) O credor de um título de crédito não pode recusar o pagamento parcial no seu vencimento. COMENTÁRIOS: No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. Lembrando que no caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, a quitação parcial deverá ser firmada no próprio título. GABARITO DA QUESTÃO: CORRETO QUESTÃO 04 (OAB SP/2006/FCC) Pode ser omitida a data de vencimento do título de crédito. COMENTÁRIOS: É considerado à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. Cabe ao emissor a obrigação do preenchimento completo do título indicando vencimento futuro. GABARITO DA QUESTÃO: CORRETO QUESTÃO 05 (Defensor Público PA/2009/FCC) Em relação ao título de crédito, é correto afirmar que se trata de documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, só produzindo efeito quando preenchidos os requisitos legais. COMENTÁRIOS: O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei (CC, art. 887). Exceção feita ao protesto de duplicatas, que pode ser feito sem a posse do título. CUIDADO com a desmaterialização dos títulos. Esta nova tendência permite a criação de títulos não cartularizados, ou seja, feitos em formas que não sejam documentados em papel. É o que ocorre, por exemplo, nas duplicatas virtuais. Documentos não cartularizados dispensam o credor de apresentar o mesmo em juízo para executá-lo. Pode fazê-lo, apenas, com a apresentação do instrumento de protesto por indicações e do comprovante de entrega das mercadorias. GABARITO DA QUESTÃO: CORRETO QUESTÃO 06 (Defensor Público PA/2009/FCC) Em relação ao título de crédito, é correto afirmar que a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito sua validade como título de crédito, implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. COMENTÁRIOS: O negócio jurídico será válido, apenas será desnaturado como título de crédito. Assim prescreve o art. 888 do Código Civil: A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.

DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO:

DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO: TÍTULOS DE CRÉDITO: CRÉDITO = alargamento da troca. Venda a prazo Empréstimo Documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado.(vivante) joao@joaopereira.com.br TÍTULO

Leia mais

Literalidade o título valerá pelo que nele estiver escrito. Formalismo - a forma do título de crédito é prescrita lei.

Literalidade o título valerá pelo que nele estiver escrito. Formalismo - a forma do título de crédito é prescrita lei. Legislação Societária / Direito Comercial Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 27 DIREITO CAMBIÁRIO Títulos de Crédito São documentos representativos de obrigações pecuniárias, deve ser escrito, assinado

Leia mais

AULA 17 ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO

AULA 17 ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO 1 AULA 17 ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO INTRODUÇÃO Atualmente, existem cerca de 40 títulos de crédito em circulação no país. Os mais conhecidos são a nota promissória, cheque e duplicata. NOTA PROMISSÓRIA

Leia mais

Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS

Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS Turma e Ano: Flex B ( 2014 ) Matéria/Aula : Direito Empresarial - Títulos de crédito em espécie e falência / aula 07 Professor: Wagner Moreira. Conteúdo: Ações Cambiais / Monitoria / Cédulas e Notas de

Leia mais

4 MÓDULO 4 DOCUMENTOS COMERCIAIS

4 MÓDULO 4 DOCUMENTOS COMERCIAIS 44 4 MÓDULO 4 DOCUMENTOS COMERCIAIS 4.1 Cheque O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Pode ser recebido diretamente na agência em que o emitente mantém conta ou depositado em outra agência, para ser

Leia mais

Direito Empresarial II. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Empresarial II. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Empresarial II Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Contratos Aula 24 09/10/2015 Títulos de Crédito Teoria Geral. ***Necessidade de Circular Riquezas de forma rápida e

Leia mais

DUPLICATA XII. 1. Origem:

DUPLICATA XII. 1. Origem: DUPLICATA XII 1. Origem: - A duplicata constitui um título de crédito que tem origem no Direito brasileiro, e mais especificamente no Código Comercial de 1850, o qual determinava aos comerciantes atacadistas

Leia mais

Contas a Pagar e Contas a receber

Contas a Pagar e Contas a receber Treinamento Financeiro Contas a Pagar e Contas a receber Jéssica Rodrigues Pedro Amauri 1 Duplicatas O que são duplicatas? A duplicata mercantil ou simplesmente duplicata é uma espécie de título de crédito

Leia mais

NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA CONCEITO

NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA NOTA PROMISSÓRIA CONCEITO CONCEITO Armindo de Castro Júnior E-mail: armindocastro@uol.com.br MSN: armindocastro1@hotmail.com Homepage: www.armindo.com.br Cel: 8405-7311 A nota promissória é promessa de pagamento, isto é, compromisso

Leia mais

Cobrança Itaú. Conheça como funciona o serviço de protesto de títulos.

Cobrança Itaú. Conheça como funciona o serviço de protesto de títulos. Cobrança Itaú Conheça como funciona o serviço de protesto de títulos. Para garantir uma gestão de Cobrança ainda mais eficiente, é preciso que você saiba como funciona o serviço de protesto de títulos

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITO: CONHECENDO A TEORIA GERAL

TÍTULOS DE CRÉDITO: CONHECENDO A TEORIA GERAL 1 TÍTULOS DE CRÉDITO: CONHECENDO A TEORIA GERAL Juliana de Oliveira Carvalho Martins Ferreira 1 RESUMO: Na busca pelo aprimoramento do conhecimento acerca dos títulos de crédito, faz-se necessária uma

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO SUMÁRIO 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2. TEORIA DA EMPRESA 3. ATIVIDADE EMPRESARIAL 4. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 5. ATIVIDADE RURAL 6. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL REGULAR X

Leia mais

OAB XIV EXAME PROVA BRANCA. Comentário às questões de Direito Empresarial

OAB XIV EXAME PROVA BRANCA. Comentário às questões de Direito Empresarial OAB XIV EXAME PROVA BRANCA Comentário às questões de Direito Empresarial A prova, no geral, foi bem elaborada e não admite recursos. Critica-se apenas a questão 49, pela inclusão da duplicata cartularizada,

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

O que é desconto? O que é factoring? Cessão de crédito Quando um banco precisa transferir créditos e débitos? Quando um banco cede créditos? Empréstimos sindicalizados Securitizações Quando clientes cedem

Leia mais

OBRAS DO AUTOR... NOTA EXPLICATIVA... XVII

OBRAS DO AUTOR... NOTA EXPLICATIVA... XVII ÍNDICE SISTEMÁTICO OBRAS DO AUTOR... XV NOTA EXPLICATIVA... XVII CAPÍTULO I TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 1. A regulamentação dos títulos de crédito pelo Código Civil e por leis especiais 2. Aplicação

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITOS VIRTUAIS

TÍTULOS DE CRÉDITOS VIRTUAIS TÍTULOS DE CRÉDITOS VIRTUAIS Rodrigo Almeida Magalhães Mestre e Doutor em Direito 1- Introdução Baseado no conceito de Cesare Vivante 1, o Código Civil de 2002, em seu art. 887, preceitua o título de crédito,

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

2013 GVDASA Sistemas Cheques 1

2013 GVDASA Sistemas Cheques 1 2013 GVDASA Sistemas Cheques 1 2013 GVDASA Sistemas Cheques 2 AVISO O conteúdo deste documento é de propriedade intelectual exclusiva da GVDASA Sistemas e está sujeito a alterações sem aviso prévio. Nenhuma

Leia mais

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS.

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. 1. MEUS CURSOS NO ESTRATÉGIA CONCURSOS: Estão disponíveis no site do Estratégia Concursos (www.estrategiaconcursos.com.br),

Leia mais

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento.

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento. 29- A lógica da composição do mercado financeiro tem como fundamento: a) facilitar a transferência de riscos entre agentes. b) aumentar a poupança destinada a investimentos de longo prazo. c) mediar as

Leia mais

AULA 3 23/02/11 A CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

AULA 3 23/02/11 A CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO AULA 3 23/02/11 A CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 1 A CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESTRUTURA JURÍDICA 1.1 AS ORDENS DE PAGAMENTO Há títulos de crédito que estão estruturados na forma de ordens de pagamento.

Leia mais

Roteiro de orientações para uso do Contas Online

Roteiro de orientações para uso do Contas Online FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO FNDE Roteiro para registro de Prestação de Contas PNAE/2013 no SiGPC Contas Online Atualização: Agosto de 2013 Roteiro de orientações para uso do Contas Online

Leia mais

Direito das Obrigações I 2.º ano A 6 de Janeiro de 2015 2 horas (Correção)

Direito das Obrigações I 2.º ano A 6 de Janeiro de 2015 2 horas (Correção) I Bento e Carlos celebraram um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel. De acordo com o disposto no art. 410.º, n.º 2, o contrato-promessa deve ser celebrado sob a forma escrita, uma vez que o

Leia mais

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos:

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Efeitos da sucessão no Direito Tributário Kiyoshi Harada Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 15. CONVENÇÃO SOBRE A ESCOLHA DO FORO (celebrada em 25 de novembro de 1965) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns sobre a validade e efeitos de acordos sobre

Leia mais

INADIMPLÊNCIA: E AGORA?

INADIMPLÊNCIA: E AGORA? INADIMPLÊNCIA: INADIMLÊNCIA E AGORA? Inadimplência: E agora? Quantas vezes você já se fez essa pergunta? Já conseguiu resolver este problema? Nesta cartilha iremos orientar, com base na legislação e no

Leia mais

OAB XIV EXAME PROVA BRANCA. Comentário às questões de Direito Empresarial. A prova foi bem elaborada e não ofereceu maiores dificuldades.

OAB XIV EXAME PROVA BRANCA. Comentário às questões de Direito Empresarial. A prova foi bem elaborada e não ofereceu maiores dificuldades. OAB XIV EXAME PROVA BRANCA Comentário às questões de Direito Empresarial A prova foi bem elaborada e não ofereceu maiores dificuldades. QUESTÃO 48 Paulo, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina,

Leia mais

Considerando que a Officer S.A. Distribuidora de Produtos de Tecnologia. ( Officer ) encontra-se em processo de recuperação judicial, conforme

Considerando que a Officer S.A. Distribuidora de Produtos de Tecnologia. ( Officer ) encontra-se em processo de recuperação judicial, conforme São Paulo, 26 de outubro de 2015. C O M U N I C A D O A O S F O R N E C E D O R E S E R E V E N D A S D A O F F I C E R D I S T R I B U I D O R A Prezado Parceiro, Considerando que a Officer S.A. Distribuidora

Leia mais

Caderno Eletrônico de Exercícios Títulos de Crédito

Caderno Eletrônico de Exercícios Títulos de Crédito 1) São exemplos de títulos de crédito, exceto: a) Cheque b) Testamento c) Duplicata d) Nota promissória 2) São características de títulos de crédito, exceto: a) Documentalidade b) Força executiva c) Autonomia

Leia mais

Resumo Aula-tema 02: Fontes, princípios, renúncia e transação do Direito do Trabalho.

Resumo Aula-tema 02: Fontes, princípios, renúncia e transação do Direito do Trabalho. Resumo Aula-tema 02: Fontes, princípios, renúncia e transação do Direito do Trabalho. O propósito dessa aula é reconhecer quais os lugares de onde se originam os direitos trabalhistas, onde procurá-los

Leia mais

SE Brasília/DF Jan./2013 24.000 ex. 10,5x29,7cm Editora MS/CGDI/SAA OS 2013/0124

SE Brasília/DF Jan./2013 24.000 ex. 10,5x29,7cm Editora MS/CGDI/SAA OS 2013/0124 1 12 SE Brasília/DF Jan./2013 24.000 ex. 10,5x29,7cm Editora MS/CGDI/SAA OS 2013/0124 SE Brasília/DF Jan./2013 24.000 ex. 10,5x29,7cm Editora MS/CGDI/SAA OS 2013/0124 12 Em 2013, o registro de dados no

Leia mais

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 MINUTA PROPOSTA CVM Art. 1º As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição, os analistas, os consultores e os administradores

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Transferência de Crédito de ICMS de Fornecedor Optante do Simples Nacional

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Transferência de Crédito de ICMS de Fornecedor Optante do Simples Nacional 09/01/2015 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Transferência de Crédito do ICMS pelos Optantes do... 4 3.2 Do Ressarcimento

Leia mais

Em 2013, o registro de dados no SIOPS passará a ser obrigatório.

Em 2013, o registro de dados no SIOPS passará a ser obrigatório. Em 2013, o registro de dados no SIOPS passará a ser obrigatório. Fique atento aos procedimentos e prazos estabelecidos pela Lei para declaração de despesas com saúde. art certificado digital-siops-10,5x29,7.indd

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

RESOLVEU: I - probidade na condução das atividades no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado;

RESOLVEU: I - probidade na condução das atividades no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado; Estabelece normas e procedimentos a serem observados nas operações em bolsas de valores e dá outras providências. O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS torna público que o Colegiado, em sessão

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 23 DE JULHO DE 2015. Brasil. CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 23 DE JULHO DE 2015. Brasil. CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 23 DE JULHO DE 2015 Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente organizacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar

Leia mais

FIADORES: CONHEÇA AS SUAS REAIS RESPONSABILIDADES

FIADORES: CONHEÇA AS SUAS REAIS RESPONSABILIDADES PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA SEGUNDA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2012 POR FIADORES: CONHEÇA AS SUAS REAIS RESPONSABILIDADES Porque muitos consumidores têm procurado, ultimamente, este Serviço, apresentando questões

Leia mais

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda 1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda A compra e venda é o mais importante de todos os contratos, tendo em vista que é pela compra e venda que se dá a circulação

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

Instruções Liquidação de Contrato de Arrendamento Mercantil

Instruções Liquidação de Contrato de Arrendamento Mercantil Instruções Liquidação de Contrato de Arrendamento Mercantil Preparamos para você o passo a passo sobre o processo de liquidação contratual. Veja quais ações você precisará tomar para obter a liberação

Leia mais

ALGUMAS RESPOSTAS A PERGUNTAS FREQUENTES

ALGUMAS RESPOSTAS A PERGUNTAS FREQUENTES ALGUMAS RESPOSTAS A PERGUNTAS FREQUENTES O que é a semestralidade? É o valor que deve ser pago por cada aluno durante os 6 (seis) meses de cada período letivo. Este valor depende da faixa de créditos (isto

Leia mais

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI Títulos Imobiliários Renda Fixa Cédula de Crédito Imobiliário - CCI Títulos Imobiliários Cédula de Crédito Imobiliário Instrumento que facilita a negociabilidade e a portabilidade do crédito imobiliário

Leia mais

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Certificado de Recebíveis Imobiliários Instrumento de captação de recursos e de investimentos no mercado imobiliário O produto O Certificado

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de Exportação Indireta

Parecer Consultoria Tributária Segmentos EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de Exportação Indireta EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de 04/02/2015 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 3 3.1 Demonstração das informações na

Leia mais

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom Entrevista esclarece dúvidas sobre acúmulo de bolsas e atividadess remuneradas Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes Quinta, 22 de Julho de 2010 19:16 No dia 16 de julho de 2010, foi publicada

Leia mais

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br O suicídio é coberto ou não pelo seguro de vida dentro do período de carência? Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br Para responder esta pergunta, vamos entender qual a sistemática do Código

Leia mais

Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento Disciplina: Professor: Custódio Nascimento 1- Análise da prova Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Neste artigo, farei a análise das questões de cobradas na prova do ISS-Cuiabá, pois é uma de minhas

Leia mais

Securitização De Créditos Imobiliários

Securitização De Créditos Imobiliários Securitização De Créditos Imobiliários Operações Imobiliárias A 1. O que é securitização de créditos imobiliários? Securitização é um processo estruturado, coordenado por uma instituição especializada

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986.

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986. INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986. Regulamenta a concessão de financiamento para compra de ações pelas Sociedades Corretoras e Distribuidoras. O Presidente da Comissão de Valores Mobiliários

Leia mais

a) constituição e retorno de capitais brasileiros no exterior e de capitais estrangeiros no País;

a) constituição e retorno de capitais brasileiros no exterior e de capitais estrangeiros no País; SEÇÃO : 1 - Disposições Gerais 1. As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação

Leia mais

1.3. Ao comprador da LCI é conferido direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária.

1.3. Ao comprador da LCI é conferido direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária. REGULAMENTO DA LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO ( LCI ) DE EMISSÃO DO BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. O BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A, inscrito no CNPJ/MF sob nº 60.770.336/0001-65, com sede na Cidade de

Leia mais

Instruções Aditamento ao Contrato de Arrendamento Mercantil

Instruções Aditamento ao Contrato de Arrendamento Mercantil Instruções Aditamento ao Contrato de Arrendamento Mercantil Preparamos para você o passo a passo sobre o processo de rescisão contratual. Veja quais ações você precisará tomar para obter a liberação do

Leia mais

TARIFAS BANCÁRIAS. Para abrir uma conta, os bancos exigem um depósito inicial, que varia conforme a instituição.

TARIFAS BANCÁRIAS. Para abrir uma conta, os bancos exigem um depósito inicial, que varia conforme a instituição. TARIFAS BANCÁRIAS A utilização de bancos é praticamente indispensável aos cidadãos. Contas e impostos, salários e seguros-desemprego são exemplos de transferência de dinheiro normalmente intermediada por

Leia mais

DOS CURSOS E SEUS OBJETIVOS

DOS CURSOS E SEUS OBJETIVOS REGULAMENTO GERAL DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DAS FACULDADES INTEGRADAS DE VITÓRIA DOS CURSOS E SEUS OBJETIVOS Disciplina os Cursos de Pós- Graduação Lato Sensu nas modalidades Acadêmica e Profissionalizante

Leia mais

EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE

EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI FISCAL Trabalho realizado: -Patrícia Alves; -Joaquim Mira; -Maria Antónia; -Ana Maltêz; 22 de Maio de 2014

Leia mais

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA. Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA. Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA Certificado de Recebíveis do Agronegócio Instrumento de captação de recursos e de investimento no agronegócio O produto O Certificado de

Leia mais

As exportações de bens podem ocorrer, basicamente, de duas formas: direta ou indiretamente.

As exportações de bens podem ocorrer, basicamente, de duas formas: direta ou indiretamente. Capitulo 10: Tipos de exportação As exportações de bens podem ocorrer, basicamente, de duas formas: direta ou indiretamente. Diretamente: quando o exportador fatura e remete o produto ao importador, mesmo

Leia mais

Manual do DEC Domicílio Eletrônico do Contribuinte

Manual do DEC Domicílio Eletrônico do Contribuinte GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA Coordenadoria da Administração Tributária Diretoria Executiva da Administração Tributária Manual do DEC Domicílio Eletrônico do Contribuinte Manual

Leia mais

Manual de Utilização DDA Débito Direto Autorizado

Manual de Utilização DDA Débito Direto Autorizado Manual de Utilização DDA Débito Direto Autorizado Índice Apresentação Conceito Funcionamento Operacionalização Perguntas e Respostas Glossário Apresentação Pelo sistema DDA desenvolvido pelo Banco Santander

Leia mais

Seguro Vida Servidor Federal

Seguro Vida Servidor Federal Seguro Vida Servidor Federal Condições Gerais do Produto Produto: Seguro de Vida Público-Alvo Servidores Públicos Federais Civis - SIAPE Coberturas Morte Qualquer Causa Sorteio mensal no valor de R$ 10.000,00*,

Leia mais

Cheque e Duplicata. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Cheque e Duplicata. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Cheque e Duplicata Crédito ETIMOLOGIA E SEMÂNTICA A palavra crédito é derivada do latim "Creditum", Credere que significa, coisa emprestada, empréstimo, dívida, depositar confiança em, confiar em, dar

Leia mais

Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Professor: Custódio Nascimento 1- Análise da prova Neste artigo, faremos a análise das questões de cobradas na prova

Leia mais

MANUAL DE NORMAS CERTIFICADO REPRESENTATIVO DE CONTRATO MERCANTIL DE COMPRA E VENDA A TERMO DE ENERGIA ELÉTRICA

MANUAL DE NORMAS CERTIFICADO REPRESENTATIVO DE CONTRATO MERCANTIL DE COMPRA E VENDA A TERMO DE ENERGIA ELÉTRICA MANUAL DE NORMAS CERTIFICADO REPRESENTATIVO DE CONTRATO MERCANTIL DE COMPRA E VENDA A TERMO DE ENERGIA ELÉTRICA VERSÃO: 01/7/2008 2 / 10 MANUAL DE NORMAS CERTIFICADO REPRESENTATIVO DE CONTRATO MERCANTIL

Leia mais

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO.

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. José Alberto Couto Maciel Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Não me parece que com o tempo deverá perdurar na relação de emprego o atual contrato de trabalho,

Leia mais

CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES

CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES 3.1 - IDENTIFICADORES Os objetos que usamos no nosso algoritmo são uma representação simbólica de um valor de dado. Assim, quando executamos a seguinte instrução:

Leia mais

Artigo 05 Exercício Comentado Conciliação Bancária PROFESSORA: Ivana Agostinho. Hoje vamos resolver um exercício sobre Conciliação Bancária.

Artigo 05 Exercício Comentado Conciliação Bancária PROFESSORA: Ivana Agostinho. Hoje vamos resolver um exercício sobre Conciliação Bancária. Caro(a) aluno(a), Tudo bem? Hoje vamos resolver um exercício sobre Conciliação Bancária. Gostaria de lembrar que meu curso Contabilidade sem Medo está em andamento, aqui mesmo no site do Ponto; para aqueles

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS 1 - O que é Beneficiário Indicado? Qualquer pessoa física indicada pelo Participante conforme definido no regulamento do Plano. 2 - O que

Leia mais

O Título de Crédito Eletrônico no Código Civil e a Duplicata Escritural Enunciado nº 461. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

O Título de Crédito Eletrônico no Código Civil e a Duplicata Escritural Enunciado nº 461. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda O Título de Crédito Eletrônico no Código Civil e a Duplicata Escritural Enunciado nº 461 Objetivos O trabalho tem por objetivo apresentar o Enunciado nº 461 aprovado na V Jornada de Direito Civil, que

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Cheque Aulas 22 a 24

Cheque Aulas 22 a 24 Cheque Aulas 22 a 24 1. NORMATIZAÇÃO: Lei 7.357/85 que absorveu as regras contidas na Lei Uniforme sobre Cheques. Resoluções do Banco Central do Brasil, tomadas por deliberação do Conselho Monetário Nacional,

Leia mais

O Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens

O Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens O Acordo de Haia Relativo ao Registro Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens Publicação OMPI N 911(P) ISBN 92-805-1317-X 2 Índice Página Introdução 4 Quem pode usufruir

Leia mais

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Dívida Ativa. Cartilha aos Órgãos de Origem 8/3/2013

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Dívida Ativa. Cartilha aos Órgãos de Origem 8/3/2013 2013 Procuradoria Geral da Fazenda Nacional Dívida Ativa Cartilha aos Órgãos de Origem Esta cartilha tem por fim informar e explicar o que é a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional PGFN, quais créditos

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS. Cácito Augusto Advogado

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS. Cácito Augusto Advogado TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS Cácito Augusto Advogado I INTRODUÇÃO Após quatro anos de vigência do Novo Código Civil brasileiro, que

Leia mais

RESOLUÇÃO AGE Nº 279, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011. (Texto Consolidado)

RESOLUÇÃO AGE Nº 279, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011. (Texto Consolidado) RESOLUÇÃO AGE Nº 279, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011. (Texto Consolidado) Regulamenta o oferecimento e a aceitação de seguro garantia e da carta de fiança no âmbito da Advocacia Geral do Estado - AGE. O ADVOGADO-GERAL

Leia mais

COTAÇÃO PRÉVIA DE PREÇOS EDITAL Nº 008/2015

COTAÇÃO PRÉVIA DE PREÇOS EDITAL Nº 008/2015 COTAÇÃO PRÉVIA DE PREÇOS EDITAL Nº 008/2015 CONVÊNIO Nº: 812779/2014 SDH/PR PROCESSO LICITATÓRIO Nº: 012/2015 TIPO: Cotação prévia de preços / Menor preço OBJETO: Contratação de Seguro contra Acidentes

Leia mais

GESTOR DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO

GESTOR DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO O QUE É? No Brasil um fundo de investimento possui a sua organização jurídica na forma de um condomínio de investidores, portanto o fundo de investimento possui um registro na Receita Federal (CNPJ) pois

Leia mais

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO Secretaria de Políticas Públicas de Emprego Departamento de Emprego e Salário Coordenação-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificação Profissional SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL NOVAS

Leia mais

03/04/2012. PDF created with pdffactory trial version www.pdffactory.com

03/04/2012. PDF created with pdffactory trial version www.pdffactory.com 6.1) Noções gerais e legislação aplicável 6.2) Requisitos essenciais 6.3) Aceite 6.4) Pagamento 6.5) Duplicata de prestação de serviços 6.6) Triplicata 6.7) Ação de cobrança e protesto Conceito: É um título

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos DEREX Declaração decorrentes a recursos mantidos no exterior.

Parecer Consultoria Tributária Segmentos DEREX Declaração decorrentes a recursos mantidos no exterior. DEREX Declaração decorrentes a recursos mantidos no exterior. 18/03/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Conceito...

Leia mais

Iniciantes Home Broker

Iniciantes Home Broker Iniciantes Home Broker Para permitir que cada vez mais pessoas possam participar do mercado acionário e, ao mesmo tempo, tornar ainda mais ágil e simples a atividade de compra e venda de ações, foi criado

Leia mais

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. FINALIDADE. DOS TÍTULOS REGISTRÁVEIS: ESCRITURA

Leia mais

REGULAMENTO DO PROGRAMA ITAUCARD BUSINESS REWARDS

REGULAMENTO DO PROGRAMA ITAUCARD BUSINESS REWARDS REGULAMENTO DO PROGRAMA ITAUCARD BUSINESS REWARDS 1. DISPOSIÇÕES GERAIS a) Este Regulamento faz parte integrante do Contrato de Cartão de Crédito ( Contrato ) e regula as condições aplicáveis ao Programa

Leia mais

Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC (DPGE)

Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC (DPGE) Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC (DPGE) 1. O depósito criado pela Resolução 3.692/09 do CMN é um RDB (Recibo de Depósito Bancário) ou um CDB (Certificado de Depósito Bancário)? R. É um Depósito

Leia mais

Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei nº 9.841/99)

Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei nº 9.841/99) Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei nº 9.841/99) A aprovação da Lei nº 9.841/99, de 05 de outubro de 1999, mais conhecida por "Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte",

Leia mais

CIRCULAR Nº 3.330. Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

CIRCULAR Nº 3.330. Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen. CIRCULAR Nº 3.330 Altera o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI). A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão extraordinária realizada em 27 de outubro de 2006,com

Leia mais

Escola Secundária de Paços de Ferreira 12º Ano do Curso Técnicas de Secretariado 2009/2010. Formas de Pagamento no comércio Internacional

Escola Secundária de Paços de Ferreira 12º Ano do Curso Técnicas de Secretariado 2009/2010. Formas de Pagamento no comércio Internacional Formas de Pagamento no comércio Internacional Formas de Pagamento Tanto o exportador como o importador devem evitar os riscos de natureza comercial a que estão sujeitas as transacções internacionais. Ao

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções.

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. TERCEIRIZAÇÃO Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. INTRODUÇÃO Para que haja uma perfeita compreensão sobre

Leia mais

Seguro Vida Servidor Federal

Seguro Vida Servidor Federal Seguro Vida Servidor Federal Condições Gerais do Produto Produto: Seguro de Vida Público-Alvo Servidores Públicos Federais Civis - SIAPE Coberturas Morte Qualquer Causa Sorteio mensal no valor de R$ 10.000,00*,

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

Escola Secundária de Paços de Ferreira. Letras e Livranças. Trabalho realizado por:

Escola Secundária de Paços de Ferreira. Letras e Livranças. Trabalho realizado por: Letras e Livranças Trabalho realizado por: Sandra Costa Nº 15 10ºS Cátia Nunes Nº 15 10ºS Maio 2008 1 Índice Introdução..3 Letra..4 Intervenientes na letra.5 Requisitos da letra.6 Formas de transmissão

Leia mais

A teoria do direito empresarial se subdivide em três:

A teoria do direito empresarial se subdivide em três: TEORIAS DO DIREITO EMPRESARIAL A teoria do direito empresarial se subdivide em três: TEORIA SUBJETIVA o direito comercial se caracterizava por dois fatores: RAMO ASSECURATÓRIO DE PRIVILÉGIOS À CLASSE BURGUESA,

Leia mais

Ação Monitória. Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1

Ação Monitória. Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1 16 Série Aperfeiçoamento de Magistrados 10 Curso: Processo Civil - Procedimentos Especiais Ação Monitória Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1 A ação monitória foi introduzida no CPC no final do título

Leia mais