CONCEITOS FUNDAMENTAIS

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1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS José Antonio Tosta dos Reis Departamento de Engenharia Ambiental Universidade Federal do Espírito Santo A palavra HIDROLOGIA é originada das palavras gregas HYDOR (que significa água ) e LOGOS (que significa ciência ). A HIDROLOGIA É a ciência que estuda a água na terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físico-químicas e suas reações com o meio ambiente, incluindo suas relações com os seres vivos. (UNITED STATES FEDERAL COUNCIL FOR SCIENCE AND TECHNOLOGY, COMMITTE FOR SCIENTIFIC HIDROLOGY, 1962) 1

2 ALGUMAS PERGUNTAS RELEVANTES Qual é a vazão máxima provável em um local proposto para uma barragem? Qual é o volume de um reservatório necessário para garantir uma determinada vazão a jusante? Qual é o tamanho adequado de um reservatório de armazenamento para limitar as inundações a jusante a um nível pré-estabelecido? Qual deve ser a capacidade de um canal para evitar inundações em determinadas áreas? Qual a vazão máxima a ser considerada ao se projetar um bueiro? Qual a vazão máxima a ser considerada para se fixar a cota do tabuleiro de uma ponte? Qual é a disponibilidade de água de um rio e como ela poderá variar entre estações e de um ano a outro? Qual é vazão necessária para manter uma determinada espécie ou um ecossistema em um rio? Qual é a relação entre a quantidade de água superficial e a água subterrânea? DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DE ÁGUA NO MUNDO 2

3 3

4 4

5 DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DE ÁGUA NO BRASIL 5

6 Divisão Hidrográfica Nacional Distribuição espacial da disponibilidade hídrica superficial por microbacia 6

7 Municípios com decretação de SE por ocorrência de estiagens em

8 Total de municípios que decretaram situação de emergência devido a problemas de seca ou estiagem, em 2010, por UF 8

9 Sedes municipais com decretação de SE por enchentes em

10 Total de municípios que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública devido a eventos críticos de cheia, em 2010, por Unidade da Federação (UF) 10

11 11

12 Os números da enchente em Santa Catarina,

13 Vista aérea de um deslizamento de terra em Teresópolis. Rio de Janeiro, 12 de janeiro de Moradores buscam sobreviventes e resgatam pertences depois que várias casas foram soterradas por um deslizamento na rua do Estoqueiro, em Nova Friburgo. Rio de Janeiro, 12 de janeiro de

14 Área de um deslizamento de terra em Teresópolis. Rio de Janeiro, 12 de janeiro de Carro, arrastado para dentro de uma igreja pelos deslizamentos de terra. Nova Friburgo, 21 de janeiro de

15 Estrago causado pela lama proveniente dos deslizamentos de terra em Teresópolis. Rio de Janeiro, 13 de janeiro de Destruição causada pelas chuvas na região de Itaipava, em Petrópolis. Rio de Janeiro, 12 de janeiro de Vista aérea da região de Itaipava, em Petrópolis. Rio de Janeiro, 12 de janeiro de

16 Tokyo, Japan, DEMANDA DE ÁGUA NO BRASIL 16

17 Valores das Demandas Consuntivas no Brasil segundo os diferentes tipos de uso (m³/s) em 2009 Vazão de retirada por microbacia 17

18 Situação dos principais rios brasileiros quanto à relação demanda versus disponibilidade hídrica superficial QUALIDADE DE ÁGUA NO BRASIL 18

19 POLUIÇÃO DOS CORPOS D ÁGUA Substâncias tóxicas cuja presença na água nem sempre é fácil de se identificar nem de remover. Os efeitos podem ser cumulativos e sentidos muitos anos depois do início dos episódios de poluição. Os poluentes mais comuns das águas são: Fertilizantes agrícolas Esgotos doméstico e industrial Compostos orgânicos sintéticos Petróleo Metais pesados Distribuição por município da população urbana atendida com abastecimento de água (2006) 19

20 Atendimento urbano da rede coletora de esgotos (2006) Volumes de Esgoto Tratado por Região Hidrográfica 20

21 População urbana atendida com coleta de resíduos sólidos urbanos (2006) 21

22 Percentual das classes do Índice de Qualidade das Águas (IQA) dos pontos de amostragem nos anos de 2008 e 2009 IQA em

23 23

24 Distribuição dos pontos de amostragem em corpos d água lênticos e lóticos nos anos de 2008 e 2009 quanto às classes de Índice de Estado Trófico (IET) IET em

25 Estimativa da capacidade de assimilação de cargas orgânicas considerando a disponibilidade hídrica Bacias críticas brasileiras segundo os aspectos de qualidade e quantidade 25

26 Qual o modelo de gerenciamento deve ser adotado para a manutenção da qualidade e quantidade dos recursos hídricos interiores? A POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS (Lei n o 9.433, de 08/01/1997) FUNDAMENTOS I - II - III - IV - V - VI - a água é um bem de domínio público; a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar o uso múltiplo das águas; a bacia hidrográfica é a unidade territorial para o gerenciamento de recursos hídricos; a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. 26

27 BACIA HIDROGRÁFICA É a área definida topograficamente, drenada por um curso d água ou um sistema conectado de cursos d água, tal que toda vazão efluente seja descarregada por uma simples saída. (Viessman et al, 1972) COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA Os Comitês de Bacia têm como objetivo a gestão participativa e descentralizada dos recursos hídricos, por meio da implementação dos instrumentos técnicos de gestão, da negociação de conflitos e da promoção dos usos múltiplos da água na bacia hidrográfica. Figura 18: Evolução dos Comitês de Bacia Estaduais e Interestaduais. 27

28 Avanço da criação de Comitês de Bacia no Brasil Comitês de bacia hidrográfica instalados 28

29 INSTRUMENTOS Plano de Recursos Hídricos Diagnóstico da situação atual Perspectivas da dinâmica sócioeconômica Identificação dos conflitos potenciais Projetos Cobrança Reconhecer a água como bem com valor econômico Incentivar a racionalização Obter recursos financeiros Sistema de Informações Recursos Hídricos Sistematizar e disponibilizar os dados de quantidade e qualidade da água disponível Enquadramento Assegurar qualidade compatível com os usos mais exigentes Diminuir os custos de combate a poluição (Resolução CONAMA 357/2005) Outorga Captação para para consumo ou insumo de processo produtivo Extração de água de aquífero Diluição, transporte ou disposição final de efluentes Aproveitamentos hidrelétricos Instrução Normativa IEMA nº 013/09 Vazões de referência (vazões críticas): Q 90 Somatório das vazões captadas por todos os usuários limitado a 50% da Q ref Limite máximo individual: 25% da Q ref Quando o barramento tiver capacidade de regularizar as vazões captada e residual, percentuais superiores aos apresentados acima poderão ser outorgados 29

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