Os Sistemas de Informação Regionais das Cidades e Regiões Digitais na vertente Infraestrutural
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- Ângela Marinho Caetano
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1 Os Sistemas de Informação Regionais das na vertente Infraestrutural 1, 2 1 Instituto Politécnico de Tomar Tomar, Portugal 2 Centre of Human Language Tecnnology and Bioinformatics Universidade da Beira Interior Covilhã, Portugal CAPSI º Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação, Viseu - Portugal, 30 Outubro, 2009 [ w w w. i p t. p t ] Tomar Polytechnic Institute; Centre of Human Language Technology and Bioinformatics [ h u l t i g. d i. u b i. p t ]
2 Agenda Agenda Introdução
3 Objectivos Neste artigo focamos os sistemas de informação regionais implementados no âmbito do projecto (CRD) O artigo traduz parte de uma investigação financiada pela medida 1.3 do POS_C, que aprofunda uma reflexão teórica em torno de cada uma das quatro vertentes das CRDs.
4 Quatro Casos de Estudo Cobertura do Território Nacional Regiões do Litoral e do Interior Regiões com níveis diferenciados de desenvolvimento económico Projectos relativos quer a Cidades quer a Regiões Digitais Capacidade de liderança Capacidade de mobilização e articulação de parceiros e entidades Competências tecnológicas instaladas Natureza das parcerias Projectos cuja candidatura é própria ou feita por entidades externas
5 Vertentes de Implementação Apoiado no POS_C, o projecto Cidades e Regiões Digitais pretende desenvolver a Sociedade de Informação e do Conhecimento ao nível regional de forma a criar competências regionais aplicadas, que: Conteúdos e Serviços Digitais criem valor económico para a região aumentem a qualidade de vida dos seus cidadãos promovam a competitividade das suas empresas promovam o seu desenvolvimento sustentado Governo Electrónico Local Acessibilidades Infraestruturas
6 Análise Crítica na Vertente das Infra-Estruturas Análise crítica na implementação dos sistemas na vertente infraestrutural
7 Papel Fundamental dos Orgãos Regionais no Projecto Os órgãos regionais assumem aqui um papel fundamental : na expansão de infra-estruturas ; no desenvolvimento de uma plataforma regional que dinamize a relação entre os cidadãos e os espaços territoriais, não esquecendo as especificidades inerentes a cada uma das regiões; que potencie o desenvolvimento de novos serviços regionais; tanto do lado do back-office; como do lado do front-office;
8 O Portal Regional: uma porta de acesso à Cidade Digital Do lado do front-office assume particular importância o desenvolvimento de conteúdos e serviços on-line; A tecnologia pode de facto constituir um factor impulsionador, mas serão os conteúdos a garantir o estabelecimento de uma plataforma regional de sucesso;
9 De que forma os projectos influenciaram a presença on-line? De que forma os projectos das CRD influenciaram a presença on-line da região em que se inserem? No fundo, mais do que entender o nível de maturação dos serviços electrónicos disponíveis on-line, pretendeu-se entender de que modo as soluções tecnológicas adoptadas pelas plataformas serviram para: desmaterialização e integração de conteúdos e serviços; disponibilização em formatos amigos do utilizador; prestação de contas por parte das entidades parceiras; reforço da identidade nos territórios em que são implementados os projectos das CRD.
10 Pontos Fracos A maioria dos websites não tem efectivas preocupações com a segurança e a privacidade dos dados; Inexistência de monitorização dos acessos aos conteúdos e serviços, de modo a melhor adequar a sua disponibilização às reais necessidades dos utilizadores; A presença na Internet continua a ser percepcionada como um mero mecanismo de promoção da sua actividade e não como o apanágio de um novo paradigma de governação e participação cívica;
11 Pontos Fracos Falta de envolvimento dos cidadãos; Lacunas na interactividade e transparência; Deixam transparecer dificuldades em passar de fluxos unidireccionais de informação.
12 Pontos Fracos Aposta insuficiente nesta área. Porquê Porque o grau de desenvolvimento técnico e tecnológico para colocar serviços on-line ultrapassa largamente o exigido para a mera colocação de conteúdos. estabelecimento de um workflow complexo assente na redefinição de serviços que não consegue desmaterializar-se sem uma significativa reorganização administrativa e na interligação de infra-estruturas ao nível do backoffice
13 Pontos Fracos Assentes num processo por vezes inconsistente de recolha operacional de informação; Excessiva centralização nos centros de poder político; Dificuldade em reorganizar a estrutura interna das próprias câmaras, ao nível da certificação e reengenharia de processos, não estando preparados para assimilar este novo fluxo de informação digital;
14 Pontos Fracos Problema profundamente relacionado com a tendência de continuadamente disponibilizar novos canais de informação (politicamente mais visíveis) sem o adequado enquadramento operacional; Questionando-se até que ponto os mesmos são impulsionados pelas reais necessidades dos utilizadores e não objecto apenas, de uma definição ocasional e sem estratégia.
15 Pontos Fortes A dimensão navegabilidade apresenta resultados globais muito bons; A maioria dos websites apresenta resultados satisfatórios na acessibilidade (particularmente na definição de acessibilidades mínimas para os cidadãos com necessidades especiais) ; Atribui um elevado nível de importância à divulgação de conteúdos.
16 Centro Tecnológico Digital De acordo com o guia de operacionalização a solução para atingir estes objectivos enquadra-se no desenvolvimento de uma plataforma tecnológica regional que permita a consolidação de: aplicações conteúdos e serviços racionalização dos recursos técnicos, humanos e financeiros segurança escalabilidade e disponibilidade do sistema
17 Pontos Fortes Designada de Centro Tecnológico Digital (CTD), esta infraestrutura alberga todo o hardware e software partilhado pelos diversos parceiros do projecto: permite entre outros benefícios, que a região fique dotada de uma capacidade tecnológica potenciadora da captação de empresas de I&D; funcionando como um factor de inovação regional.
18 Pontos Fracos O modelo de arquitectura tecnológico foi desenvolvido na maioria dos casos por entidades especialistas e externas às organizações; dificultando a apropriação de conhecimento, aspecto fundamental para garantir a sustentabilidade da iniciativa. A existência de CTDs partilhados por mais do que uma região: poderiam constituir uma mais valia financeira; potenciariam a criação de sinergias pelo desenvolvimento de acções conjuntas;
19 Infra-estruturas Infraestruturalmente, as soluções adoptadas, são bastante semelhantes, procurando garantir a fiabilidade e disponibilidade do sistema; Utilização de tecnologias e sistemas distribuídos que permitem a interoperabilidade com os agentes externos; Criação de redes locais camarárias; Ligação aos vários edifícios municipais através da criação de redes alargadas com recurso à fibra óptica ou a redes wireless quando necessário;
20 Infra-estruturas Veio aumentar os níveis de troca de informação entre os diversos serviços das câmaras; A aposta nas redes de fibra óptica, com pontos de acesso nos diversos edifícios das câmaras municipais: Reduzir os custos financeiros ao acabar com a necessidade de alugar redes dedicadas; Promover acesso a serviços que vão desde uma intranet, a sistema de vídeo-conferências, VOIP ou um simples acesso ao CTD para publicação de conteúdos.
21 Subaproveitação do Sistema Apesar do acesso generalizado à Internet, verifica-se uma reduzida utilização da plataforma de intranet nas autarquias ; Dos sistemas de vídeo-conferência e chamadas telefónicas IP; Por outro lado a sua aplicação a um nível mais alargado, como previsto (com interligação através de fibra óptica das várias câmaras entre si), levanta sérias dúvidas, na medida em que os fluxos de informação são praticamente inexistentes, ou quando muito bastante mais reduzidos.
22 estabelecer conexões inexistentes Introdução Câmaras Municipais: Principais Beneficiárias Considerado um projecto estruturante o, beneficiou principalmente as Câmaras Municipais; Uma aposta significativa na implementação de redes em fibra-óptica para ligar os vários edifícios das autarquias; estabelecer conexões inexistentes substituir redes dedicadas implementação de serviços do projecto (nomeadamente intranets, vídeoconferências, etc )
23 Avultado Investivento. Justificativo? Paradoxalmente e não obstante este avultado investimento, o projecto, pelo menos de forma aparente avaliação da sua utilidade e adequabilidade às reais necessidades dos utilizadores não parece ter servido para a expectável massificação do uso e acesso aos serviços por parte dos cidadãos dada a ausência de uma análise custo/bene ficio inexistência de uma monitorização dos serviços
24 Escassa disponibilização de Serviços Transaccionais De uma forma geral as câmaras não souberam aproveitar a oportunidade para se reorganizarem internamente, mantendo-se escassa a disponibilização de serviços transaccionais; quer por inconsistências operacionais nos sistemas que suportam o backoffice quer por excessiva centralização nos centros de poder políticos quer ainda pela resistência à mudança nas práticas de trabalho dos diferentes departamentos
25 ? Sustentabilidade Futura dos Projectos A dispersão de equipamento que deveria estar concentrado nos CTDs põe em causa a própria sustentabilidade futura dos projectos; A excessiva recorrência à subcontratação no desenvolvimento das plataformas (páginas web, portais, sistemas regionais) dificulta por outro lado a apropriação de conhecimento.
26 O Projecto poderia ter sido aproveitado para... O estabelecimento de uma melhor articulação entre as câmaras e as juntas, as quais ficaram praticamente alheadas deste processo de modernização tecnológica, à excepção da disponibilização de hotspots wi-fi ou espaços Internet; No sentido contrário é questionável o foco no desenvolvimento das redes comunitárias (ligação entre as câmaras), dada a praticamente inexistente partilha de fluxos entre as câmaras, seja por falta de necessidade ou vontade política; Por outro lado teria feito todo o sentido a aposta no desenvolvimento de conteúdos 3D através da disponibilização de visitas virtuais a pontos de interesse das regiões, algo que não aconteceu.
27 Necessidade de definir Indicadores do uso efectivo dos serviços A inexistência de monitorização do uso efectivo dos serviços, não impede que fiquemos com a sensação de que a oferta excede a procura; Importante que se proceda a um estudo aprofundado sobre utilização dos websites camarários e das restantes plataformas; O retorno dos investimentos, será tanto maior quanto maior for a utilização dos serviços por parte dos utentes e reorganização das instituições. Que se proceda ao desenvolvimento dos indicadores de back-office (níveis de reorganização e de produtividade dos serviços, tempo de resposta aos pedidos solicitados, entre outros); Que se definam indicadores ao nível da procura dos serviços (por exemplo: número de pedidos feitos, número de reclamações, etc.);
28 O Futuro O desenvolvimento de serviços deverá evoluir do paradigma e-gov para o m-gov; A expansão de infra-estruturas e difusão de informação para equipamentos alternativos assente numa estratégia multicanal Definição de serviços em tempo-real; Pró-activos; Centrados em informação obtida a partir do utilizador; Previsão do Tempo Mapas Tráfego Rodoviário Informação Cultural
29 O Futuro Promover a incidência mais acentuada em conteúdos que incrementem a transparência da actuação das organizações; Melhorar a interactividade com o utilizador; Será necessário por isso, aumentar o nível de integração dos e-serviços criando um sistema de registos únicos válidos para diferentes entidades;
30 Questões Qual será o impacto em termos económicos, em resultado da definição dos vários portais regionais? E em termos sociais, culturais, de qualidade de vida, etc? Conseguirão os projectos oferecer o que o utilizador procura? Avaliar a efectiva utilização dos serviços? Disponibilizar serviços transaccionais? Serão os projectos suficientemente capazes de aproximar os cidadãos e as cidades? Apresentar serviços inovadores que revolucionem a nossa forma de interagir enquanto cidadãos? Tornar a nossa sociedade numa democracia digital?
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