Projeto de norma da ABNT de Reúso não potável de
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- Luiz Fernando Affonso Cortês
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1 Projeto de norma da ABNT de Reúso não potável de esgotos sanitários para uso urbano Msc. Eng. Hidráulica e Sanitária USP EESC - Virgínia Sodré
2 A EMPRESA ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE A INFINITYTECH Somos uma empresa de consultoria e engenharia com foco em Programas e Projetos relacionados ao uso e gestão da ÁGUA. Oferecemos soluções inovadoras que visam aumentar a resiliência de empresas e de empreendimentos que buscam um planejamento efetivo em relação a água. Nossos Serviços de Consultoria e Engenharia são realizados dentro dos melhores padrões técnicos, atendendo sempre às expectativas e necessidades dos nossos CLIENTES através de um trabalho motivador, transparente e profissional.
3 EQUIPE e CAPACITAÇÕES ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE Formada por profissionais altamente especializados. Colaboradores e consultores associados com amplo histórico no setor de Consultoria, Engenharia e Meio Ambiente. PROGRAMA ÁGUA DE VALOR SOMOS A EMPRESA DE PROJETOS DA DECA NO PROGRAMA PROÁGUA: Participamos do PRIMEIRO PLANO ESTRATÉGICO DE ÁGUA PARA UMA CONSTRUTORA NO BRASIL e elaboramos de forma pioneira o primeiro PLANO ESTRATÉGICO DE ÁGUA PARA UMA INCORPORADORA NO BRASIL. SOMOS MEMBROS DO GBC BRASIL Criamos em 2009 o primeiro curso de uso Racional da Água para a Construção Sustentável em parceria com o GBC BRASIL
4 CRISE DA ÁGUA A Câmara dos vereadores de São Paulo aprovou no dia 04/02/2015, o projeto de lei que prevê multa de R$ 1 mil para quem for pego lavando calçada ou automóvel com água potável. Falta de Água em São Paulo faz Caminhão Pipa fica até 275% mais caro (R$400 R$1.500o caminhão R$25/m³- R$100/m³) (Estadão, 17/10/2014). Câmara Municipal aprova lei que adotará água de reúsopara aplicações urbanas no Município de São Paulo Lei promulgada com algumas falhas de conceito. Reúso de Água de Chuva Reúso de Água de Rebaixamento de Lençol
5 CRISE DA ÁGUA X SAÚDE PÚBLICA A falta de água acompanha números alarmantes sobre a dengue. Em 2015 houve um aumento de 57,2% dos casos notificados em janeiro, comparado ao mesmo período do ano passado. No total o órgão registrou notificações, contra em janeiro de 2014(Ministério da Saúde).
6 DISPONIBILIDADE HÍDRICA NO BRASIL A Região Sudeste do Brasil vive uma das suas maiores secas ; O Brasil apesar de ter 13,7% da reserva de água do mundo, aproximadamente 35% das américas e 57% da américa do sul, possui regiões com baixa disponibilidade de água. DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DOCE NO BRASIL Regiões População Norte 6,98% Centro-Oeste 6,41% Sul 15,05% Sudeste 42,65% Nordeste 28,91% Fonte: ANA 2013 O Estado de São Paulo possui (2.209 m³/hab.ano), abacia do Piracicaba (408 m³/hab.ano) e a Bacia do Alto Tietê (200 m³/hab.ano) (Fonte Ana, 2010). *Stress -Disponibilidade hídrica< 1200m 3 /habitante x ano, nações Unidas.
7 DISPONIBILIDADE HÍDRICA NO ESTADO DE SÃO PAULO SITUAÇÃO DOS USOS DA ÁGUA EM RELAÇÃO À VAZÃO MÍNIMA NATURAL MUITO CRÍTICA (RMSP) CRÍTICA (10 Regiões) ATENÇÃO (1 Região) BOA (7 Regiões) MUITO BOA (3 Regiões) RMSP Demanda de água: 432% da vazão mínima natural Importa água da bacia do rio Piracicaba (crítica)
8 A DISPONIBILIDADE HÍDRICA NO ESTADO DE SÃO PAULO INSERIR REFERENCIA NA FONTE SITUAÇÃO DOS USOS DA ÁGUA EM RELAÇÃO À VAZÃO MÍNIMA NATURAL MUITO CRÍTICA CRÍTICA BOA MUITO BOA E O FUTURO... COMO ESTAREMOS DAQUI HÁ 20 ANOS?
9 E DAQUI HÁ 20 ANOS PROJEÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL E DA DEMANDA DE ÁGUA. POPULAÇÃO TOTAL ( Milhõesde Habitantes) 32,8 34,1 35,7 37,0 = 4,2 milhões hab DEMANDA DE ÁGUA DA MACROMETRÓPOLE ( m³/s) Irrigação = 12 m³/s Industrial = 12 m³/s urbano = 17 m³/s = 41 m³/s Fonte: Adaptado - Rui Brasil Assis, Comitê Alto Tietê Urbano Industrial Irrigação
10 CENÁRIO ATUAL E FUTURO DE ESCASSEZ... Foto: Google do Sistema Cantareira, Necessidade de Ações Imediatas e Permanentes.
11 O cenário crítico demonstra a necessidade urgente de uma maior preocupação com a água Novasabordagens, novosdesafios, Reduziras perdase desperdícios; Minimizar o consumo de água potável; Utilizar Fontes Alternativas; Avaliar o Benefício econômico; Riscos e Oportunidades; Segurança a saúde do usuário Educação do usuário; Gestão Integrada das Águas
12 MEDIDAS A MÉDIO E LONGO PRAZO PARA A GESTÃO INTEGRADA DAS ÁGUAS Aproveitamento Água de chuva Água Potável Esgotos Sanitários Água Pluvial AÇÕES DE EFICIÊNCIA ÁGUA DE REÚSO ESCOAMENTO (BMPs) Corpo Receptor Fonte: Adaptado EPA, Gerir a Demanda (equipamentos economizadores, individualização, estrutura tarifária adequada, controle de perdas); Gerir a oferta de Água (REÚSO DE ÁGUA e APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA E/OU REBAIXAMENTO DE LENÇOL);
13 A ÁGUA DE REÚSO É FUNDAMENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE E A SEGURANÇA HÍDRICA DAS CIDADES
14 REÚSO DE ÁGUA ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE Reúso de água? Qual qualidade de água vou precisar? Aonde reutilizar? Existe regulamentação para o uso da água de reuso? Quais Riscos Sanitários associados ao Reúso
15 REÚSO DE ÁGUA Reúso de água: é o aproveitamento de águas previamente utilizadas, uma ou mais vezes em alguma atividade humana, para suprir as necessidades de outros usos benéficos, inclusive o original. (Lavrador Filho 1987)
16 TIPOS DE REÚSO DE ÁGUA REÚSO INDIRETO NÃO PLANEJADO: De forma diluída, de maneira não Intencional e não controlada; CAPTAÇÃO DE ÁGUA REÚSO INDIRETO PLANEJADO DE ÁGUA: Planejado, monitoramento da água; Pontos para Monitoramento da Água DBO, SST, Coliformes, cor CAPTAÇÃO DE DE ÁGUA REÚSO DIRETO (PLANEJADO)
17 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Nota 1-ReÚso de água ou ReÚsode esgotos; Nota 2-Não confundir: aproveitamento de água de chuva; Nota 3-Águas cinzas: incluso na norma de Reúsonão potável;
18 REÚSO NÃO POTÁVEL Não há norma da ABNT para reúso não potável; Sinduscon, 2005; Minuta de projeto de norma da ABNT Reúso Não Potável de Esgotos Sanitários para Uso Urbano; Ivanildo Hespanhol (Membro do Grupo Científico da Organização Mundial da Saúde (OMS)). José Carlos Mierzwa, Plinio Tomaz e Virginia Sodré
19 APLICAÇÃO DO REÚSO DE ESGOTOS USOS URBANOS: irrigação de parques, campos de futebol, campos de golfe, praça públicas, canteiros nas estradas, limpeza de ruas, proteção de incêndios, lavagem de veículos, descargas em toaletes, torre de resfriamento, controle de poeiras, etc; USOS AGRÍCOLAS: irrigação de áreas para alimentação, pastagem de animais, flores ornamentais, cultura hidropônica, aquacultura, etc;.
20 APLICAÇÃO DO REÚSO DE ESGOTOS USO RECREACIONAL: atividades de pesca, banho, passeio de barcos, piscinas ornamentais, etc USO AMBIENTAL: recarga de aquífero, wetlands, aumento da vazão nos rios, etc USOS POTÁVEIS: recarga de aquífero para agua potável, aumento da quantidade de água em represas e rios (environmental buffers), tratamento e água potável(toilete to tap).
21 . PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Artigo 1º - Disciplinar, por meio desta norma, O Reúso Direto Não Potável de Água proveniente de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário(ETEs) para fins urbanos. Artigo 2º - Para efeito desta norma, a água de reúso para fins urbanos é a água residuárias gerada em ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) públicas ou privadas, com tratamento complementar. Os sistemas de tratamento devem viabilizar o atendimento aos padrões de qualidade definidos nesta norma, para aproveitamento em determinadas atividades relacionadas ao meio urbano que não requerem necessariamente o uso de água potável.
22 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Artigo 3º - OS USOS URBANOS NÃO POTÁVEIS abrangem exclusivamente as seguintes aplicações: Irrigação paisagística em parques, jardins e canteiros de vias públicas; Lavagem de logradouros, lavagens de áreas externas de espaços públicos e edificações, e lavagens de garagens; Construção civil; Desobstrução de galerias de água pluvial e rede de esgotos; Lavagem de veículos; Reserva de incêndio; Descarga em bacias sanitárias e mictórios; Água para reposição em torres de resfriamento;
23 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO 1º A irrigação paisagística, para efeito da norma, é a prática de irrigação com água de reúso, de caráter esporádico ou sazonal, de parques, jardins, campos de esporte e de lazer urbanos, ou áreas verdes de qualquer espécie; 2º Não estão incluídos no parágrafo anterior, a irrigação para usos agrícolas e florestais; 3º O Uso em Construção Civil considerada nesta norma refere-se à água de reúso para preparação e cura de concreto não estrutural conforme NBR :2009 (Água para amassamento de concreto para o uso em cura e preparação de concreto não estrutural), umectação para compactação em terraplenagens, lamas de perfuração em métodos não destrutivos para escavação de túneis, resfriamento de rolos compressores em pavimentação e controle de poeira em obras e aterros; 4º Veículos, para efeito desta norma, referem-se a automóveis comuns de passeio e similares, caminhões de lixo doméstico, ônibus, trens e aviões.
24 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Artigo 4º Considera-se produtor de água de reúso, a pessoa jurídica, de direito público ou privado, responsável pela sua oferta e distribuição. ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE Artigo 5º - Esta norma divide as águas de reúso em três classes e especifica as condições básicas conforme o uso: Classe A: Águas destinadas à irrigação(conforme parágrafo 1º); Classe B: Aos outros usos especificados por esta norma; Classe C: Águas destinas a reposição do sistema de refrigeração; Artigo6º-Aáguadereúso, observará, os seguintes padrões de qualidade:
25 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO I PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA CLASSE A PADRÕES DE QUALIDADE CLASSE A PARÂMETROS VALOR MÁXIMO PERMITIDO Coliformes termotolerantes ou E.Coli 200 NMP (UFC/100mL) Ovos de helmintos 1 ovo/l Turbidez 5 UT DBO 5,20 30 mg/l Cloro residual total (irrigação por aspersão) Mínimo 0,5mg/L -Máximo de após 30 minutos de tempo de contato 1,0 mg/l Cloro residual livre (irrigação por aspersão) Mínimo 0,5mg/L -Máximo de após 30 minutos de tempo de contato 1,0 mg/l Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) / Condutividade elétrica 500 mg/l /(900 µs/cm) Se os sólidos dissolvidos > 500mg/L, devem ser realizadas as análises abaixo: Razão de Absorção de Sódio-irrigação superficial (*) 8 me**/l Razão de Absorção de Sódio-irrigação por aspersão (*) 3 me**/l (*) Valores estabelecidos para águas com Sólidos Dissolvidos Totais 500 mg/l(900 µs/cm) (**)Miliequivalente por litro (meq/l) é calculado dividindo - se o peso do constituinte em mg/l pelo seu peso equivalente.
26 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO II PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA CLASSE B PADRÕES DE QUALIDADE CLASSE B PARÂMETROS VALOR MÁXIMO PERMITIDO Coliformes termotolerantes ou E. Coli Ausente Ovos de helmintos 1 ovo/l Turbidez <5 UT DBO5,20 10 mg/l Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) / Condutividade elétrica 500 mg/l /(900 µs/cm) Cloro residual total Mínimo de 0,5 mg/l
27 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO II PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA CLASSE C Devem ser adotados os padrões da Classe B, complementares com os padrões abaixo: [PADRÕES DE QUALIDADE CLASSE C PARÂMETROS VALOR MÁXIMO PERMITIDO Amônia < 1,5 mg NH 3 /L Cloretos 15,0 a 25,0 mg/l Condutividade 300,0 a 450,0 µs/cm Dureza < 60,0 mg CaCO 3 /L Ferro < 0,3 mg Fe/L Fósforo < 1,0 mg P/L Sílica Solúvel < 30 mg P/L 1º O procedimento de irrigação devem minimizar a exposição do público. 2º Para os processos de desinfecção podem ser utilizados os diferentes métodos disponíveis. No caso de armazenamento devem se adotar residual de cloro conforme indicado anteriormente. 3ºOfornecedordeáguanatorrederesfriamentodevefornecerevalidarospadrões de qualidade necessários para operação ideal do seu equipamento.
28 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Artigo 7º OS SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA DE REÚSO deverão estar providas de tratamento que garanta a qualidade do produto, no padrão estabelecido nesta Norma. Artigo 8º Para garantia do padrão de qualidade, a água de reúso deverá ser monitorada por meio de análises laboratoriais compostas (no reservatório de distribuição), que empreguem métodos de análises validados por Normas Técnicas de instituições Nacionais ou Internacionais, na frequência abaixo estabelecida: FREQUÊNCIA Diária Semanal Trimestral PARÂMETRO Turbidez, condutividade elétrica, CRT (Cloro residual total) DBO 5,20, Coliformes termotolerantes Ovos Helmintos 1º O produtor de água de reúso poderá solicitar às autoridades sanitárias e ambientais a alteração na frequência mínima de amostragem de determinados parâmetros estabelecidos nesta norma, apresentando justificativas embasadas no histórico de qualidade de água de reúso.
29 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Das atribuições: Artigo9ºOprodutordeáguadereúsodeverá: Proceder às análises laboratoriais gerando os respectivos laudos analíticos de acordo com esta norma. Elaborar um relatório anual consolidado, com o seguinte conteúdo mínimo: Volume mensal e anual produzidos e distribuídos, destinos do produto, procedimentos adotados para garantia de qualidade laboratorial e medidas de proteção da saúde dos funcionários envolvidos na produção, distribuição e utilização; Avaliação da qualidade de água de reúso produzida, com base no monitoramento especificado nesta norma, descrição de eventuais não conformidades ocorridas em relação aos limites estabelecidos e das respectivas ações corretivas adotadas; Disponibilizar os registros operacionais em meio eletrônico, sempre que solicitado pelos órgãos e autoridades competentes;
30 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Artigo 10º - As tubulações, reservatórios, veículos bombas, medidores de vazão, sensores e demais equipamentos envolvidos na produção, distribuição e utilização de Água de Reúso deverão ser devidamente identificados e projetados de forma a evitar contaminação e exclusivos para esta atividade.
31 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO 1º As redes de Água de Reúso deverão ser segregadas, não devendo haver possibilidade de mistura na tubulação com água potável. Fonte: Peixoto, L. (2010). Fonte: Peixoto, L. (2010). 2º Nos veículos e tanques deverão figurar, de forma visível, em destaque os dizeres abaixo: Água de reúso, Não Potável, Não beba. 3º As tubulações aparentes deverão ser pintadas na cor purpura, as demais devem possuir um adesivo nesta cor.
32 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Artigo 11º Devem ser atotadas medidas que MINIMIZEM OS RISCOS DE SAÚDE DOS TRABALHADORES envolvidos na produção e distribuição da Água de Reuso. Artigo12ºOprodutordeveráinformareorientarodistribuidoreousuáriodeáguade reúso, bem como os envolvidos na sua utilização, assim como adotar medidas para evitar procedimentos inadequados que implicam RISCOS À SAÚDE. Artigo 13º A água de reúso não deverá ser aplicada em usos não previstos nesta norma, de maneira a evitar a contaminação de alimentos e da água potável. Artigo 14º Os sistemas produtores de água de reúso deverão ser avaliados e LICENCIADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES. Artigo 15º O EXCESSO DE ÁGUA DE REÚSO deverá ser encaminhado a rede de esgoto sanitário, ou drenagem ou aos cursos de água conforme legislações vigentes.
33 PROJETO DE NORMA DA ABNT DE REÚSO NÃO POTÁVEL DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARA USO URBANO Artigo 16º É obrigatório O reúso em edificações de novos empreendimentos que tenhaconsumosuperioresa100m 3 /diadeáguanãopotável. Artigo 17º os sistemas produtores de água de reúso somente deverão ser realizados quando houver pessoal especializado para a manutenção e operação desses sistemas. Artigo 18º em reservatórios de água de reúso deve ser previsto o suplemento de água potável com uma separação atmosférica de no mínimo 3 cm ou 3 vezes o diâmetro da tubulação abastecedora(acima do nível do extravassor). Separador Atmosférico 3D 3D Extravassor
34 ESTAMOS MAIS PRÓXIMOS DA NORMATIZAÇÃO? Artigo19ºEstaNormaentraráemvigornadatadesuapublicação. ABRIL/2015 O GLOBO Qual norma será entrará em vigor primeiro? O Conselho Nacional de Recursos Hídricos também já discute padrões paraoreúsoagrícola.
35 QUAL A FUNÇÃO DA NORMA?. A função da norma é regulamentar sem eliminar os benefícios; é promover e não inibir a prática - Ivanildo Hespanhol (Membro do Grupo Científico da Organização Mundial da Saúde(OMS)). Segundo ele, pelo fato da OMS ter uma visibilidade muito grande, muitos acabam achando que aquilo que ela preconiza é lei. Mas, a OMS não tem competência para indicar normas aos países. Ela sugere diretrizes para cada país usar dentro das suas condições técnicas, econômicas, sociais, culturais.
36 A NORMA É ESTANQUE, PARA SEMPRE?. Hespanhol alerta também para o erro de se considerar a norma como um dado estanque, definitivo, imutável. Ela não possui um valor absoluto e varia em função do desenvolvimento científico e tecnológico, de condições econômicas e de valores culturais da sociedade. A condição cultural de um país ou de uma região está sempre influenciando e mudando uma norma. Como instrumento de gestão toda norma precisa ser periodicamente revisada e adaptada para a realidade.
37 QUAIS OS RISCOS PELA FALTA DE NORMATIZAÇÃO? ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE Riscos relacionados ao uso de Fontes Alternativas sem tratamento prévio: Disseminar doenças devido à exposição de microrganismos na água causando danos à saúde pública; Risco de proliferação de bactérias e algas na água; Presença de elevado odor produzidos pela decomposição de matéria orgânica;
38 QUAIS OS RISCOS PELA FALTA DE NORMATIZAÇÃO? Outros riscos: Entupimento de tubulações de alimentação e distribuição dessas águas; Corrosão de peças e equipamentos no uso de águas ácidas; Risco de manchar louças e metais que estejam em contato com essas águas. 38
39 QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS E EFEITOS DESSES RISCOS? CAUSA EFEITO Interligação inadequada do sistema de água Abastecimento de equipamentos sanitário com potável com o sistema de água não potável. água de qualidade inadequada - Prejudicar a saúde dos usuários. Interligação inadequada do sistema do sistema de Tratamento ineficiente do efluente. Prejudicar a coleta águas cinzas com o sistema de coleta de saúde dos usuários. águas negras. Retorno de água não potável no sistema de água potável. Vazamento da água de menor qualidade no sistema predial de água de melhor qualidade. Utilização de materiais translúcidos em reservatórios. Utilização de materiais biodegradáveis. Inexistência do controle da água não potável. Contaminação do sistema de água potável e fornecimento de água não potável para todos os equipamentos sanitários. Abastecimento de equipamentos sanitário com água de qualidade inadequada - Prejudicar a saúde dos usuários. Crescimento de algas e contaminação da água armazenada. Degradação do material e comprometimento da qualidade da água armazenada. Colocar em risco a saúde dos usuários. Fonte: Souza, 2006.
40 QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS E EFEITOS DESSES RISCOS? CAUSA EFEITO Armazenamento de efluente por muito Gera mau cheiro e prolifera vetores no tempo (acima de 24 horas Águas cinzas e ambiente. Águas Negras). Falta de acesso na tubulação de coleta de efluentes. Danificação da tubulação para identificar o local da obstrução. Subdimensionamento da tubulação. Comprometimento do arraste do efluente no interior da tubulação, ocasionando a obstrução. Ausência de extravasor no reservatório de Transbordamento do efluente no meio coleta de efluentes. ambiente. Ausência da válvula de gaveta para realizar a limpeza no reservatório de coleta. Dificuldade na remoção do efluente indesejado. Fonte: Souza, 2006.
41 A AUSÊNCIA DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA para delimitar PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA DE REUSO, pode desencadear diversos problemas, tais como: aumento da exposição de riscos a saúde pública, contaminação do meio ambiente, estabelecimento de práticas inadequadas nos processos, conflitos com a concessionária de abastecimento de água, inadequação e violação das leis ambientais de outorga e de licenciamento ambiental. DEVE-SE SEMPRE PRIORIZAR A ATENÇÃO QUANTO AOS RISCOS À SAÚDE DO USUÁRIO FINAL, PRIORIZANDO SEMPRE A SEGURANÇA NA REALIZAÇÃO DESTA PRÁTICA.
42 QUAIS AS NORMAS EXISTENTES? Existem basicamente duas normas que tratam de reúso de água no Brasil: A Resolução CNRH nº 54/2005 e a Norma NBR 13969/1997, que tem abrangência nacional. O Conselho Nacional de Recursos Hídrico (CNRH) na resolução Nº 54 (2005), descreve, ainda que sucintamente, quatro modalidades para prática de reúso direto não potável: para fins agrícolas, ambientais, indústrias e aquicultura. Essa resolução éuma norma geral, enquanto anbr (,que nãoéespecífica Essa resolução éuma norma geral, enquanto anbr (,que nãoéespecífica para reúso, tem um item dedicado ao tema, inclusive com a definição de classes de água de reúso e indicação de padrões dequalidade,quedescreve as unidades de pós-tratamento e sugere alternativas de disposição final de efluentes líquidos de tanques sépticos.
43 COMO TEREMOS SUCESSO COM A NORMA? Com a atuação voluntária de todos os interessados e no consenso, deve se levar em conta a visão e a participação de todos os envolvidos, ou seja, produtores, consumidores, indústria, comércio, laboratórios, universidades, governo, institutos de pesquisa etc. REÚSO DE ÁGUA
44 OBRIGADA! Virgínia Sodré
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