Análise de Compostos Orgânicos RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise de Compostos Orgânicos RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR"

Transcrição

1 Análise de Compostos Orgânicos Capítulo III O Retorno de Jedi RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR Prof. Dr. Roberto Berlinck História: Kekulé, 854: Chemistry will never reveal the structure of the molecules, but possibly Physics may. Purcell, E.M.; Torky, H.C.; Pound, R.V.: Phys. Rev., 946, 69, 37. Block, F.; Hansen, W.W.; Packard, M.: Phys. Rev., 956, 70, : 40 MHz : 00 MHz : MHz : 400 MHz : 500 MHz 988 : 600 MHz 99 : 750 MHz 2000: GHz

2 Utilização de RMN : Física, Química, Biologia, Bioquímica, Medicina; Propriedades magnéticas de núcleos Atômicos; Técnica não destrutiva; Fase líquida e fase sólida; Apresenta muita informação; Técnica pouco sensível (0-4 a 0-5 M, dependendo da massa molecular do composto); Utilização rotineira.. Propriedades Magnéticas dos Núcleos Atômicos Dentre os números quânticos que caracterizam as propriedades dos átomos, o número quântico de spin descreve a propriedade de alguns núcleos de possuir momento angular. Sendo assim, o spin de um núcleo é uma propriedade fundamental de núcleos de determinados átomos, tal como seus respectivos números atômicos ou números de massa. O número quântico de spin é expresso em múltiplos de ½, podendo ser + ou -. Prótons, elétrons e nêutrons desemparelhados apresentam spin = ½. Núcleos de alguns isótopos possuem momento angular ou spin nuclear, que estão relacionados ao n o de massa e ao n o atômico dos átomos: Átomo = no de massa X no atômico N o de massa N o atômico N o de spin (I) Ímpar Par ou ímpar /2, 3/2, 5/2 Par Par 0 Par Ímpar, 2, 3 2

3 Assim, H n o de spin /2 ; 2 C 6 n o de spin 0 3 C 6 n o de spin /2 ; 7 O 8 n o de spin -5/2 6 O 8 n o de spin 0 ; 4 N 7 n o de spin 5 N 7 n o de spin -/2 ; 9 F 9 n o de spin /2 Quando o n o de spin de um núcleo é diferente de zero (I? 0), este núcleo possui um momento magnético, N, que é sempre paralelo ao vetor momento angular de spin. O momento magnético de um núcleo, N, é definido como: N = N. I. h/2 µ N = momento magnético γ = razão magnetogírica I = n o de spin h = constante de Planck A razão magnetogírica, γ, γ, é característica de decada núcleo Por exemplo: γ H = 26,753 radianos/gauss γ γ 3 C = 6,728 radianos/gauss γ 9 F 5 N = 25,79 radianos/gauss = -2,72 radianos/gauss h = constante de Planck = 6,62620 x 0-34 Joules/segundo Logo: µ H = rad/gauss. /2. 6,6262x0-34 J.s - µ H = 8,8635 x 0-30 radianos. Joules/ gauss. 3

4 O momento magnético N dos núcleos está associado com seu número de spin, I, provocando um campo magnético local cujo eixo está alinhado com o vetor do spin. Assim, devido a presença do momento magnético, núcleos com n o de spin diferente de zero (I?0) geram um pequeno campo magnético local, atuando como ímãs atômicos. Na presença de um campo magnético externo, B 0, o momento magnético nuclear terá uma componente alinhada com B 0, sendo: 0 = cos. N E a componente 0 é quantizada de acordo com a equação: 0 = N. I. h / 2 4

5 Dado que um determinado núcleo com n o de spin, I, pode assumir 2I + orientações quando na presença de um campo magnético externo, para núcleos com I = ½, o n o de orientações será igual a 2. B 0 Na natureza os núcleos dos átomos precessam livremente, de forma aleatória, sem qualquer direção. No entanto, quando os núcleos são colocados na presença de um campo magnético de intensidade B 0, eles se alinham no sentido do campo, podendo estar orientados de forma paralela ou anti-paralela à direção do campo. O núcleo em questão pode ter tantas orientações quanto forem determinadas pela equação 2I +, onde I é seu n o de spin. Logo, para o H, o núcleo assumirá no máximo 2./2 + = + = 2 orientações possíveis. Este também é o caso para o 3 C 6, do 9 F 9 e do 5 N 7. 5

6 Podendo assumir duas orientações, paralela e anti-paralela, os dois estados de spin de um núcleo possuirão uma diferença de energia, E, entre estas duas orientações paralela e anti-paralela a B 0, sendo que E é definida como E =.h Cada nível de energia apresenta uma diferente população de núcleos (N), e a diferença de populações entre os dois níveis de energia é dada por uma distribuição de Boltzmann e E/kT Por exemplo, a diferença de energia para o H a 400 MHz (B 0 = 9,4 Tesla) é 3, kcal/mol. Logo N /N =,000064, uma diferença de população muito pequena se comparada ao ultravioleta ou infravermelho. 6

7 A energia de um único núcleo é diretamente proporcional ao seu momento magnético ( N ) e à magnitude do campo magnético externo aplicado (B 0 ), de acordo com a equação o que implica que a diferença de energia entre os dois níveis, e, pode ser escrito como sendo ou seja E = hb 0 /4 e E = - hb 0 /4 E = hb 0 /2 Equação fundamental RMN Como a diferença de energia entre os dois estados e será tão maior quanto maior for a força do campo magnético B 0 aplicado, tem-se que: E é proporcional a B 0. Logo h. é proporcional a B 0 e será também proporcional a B 0. Sendo assim, quanto maior B 0, maior será E, e por isso aparelhos de RMN com grandes B 0 (acima de 9,4 T, ou 400 MHz na frequência do H) apresentarão maior sensibilidade. Além disso, núcleos com maiores valores de (constante magnetogírica) requerem maior valor de E para passar do estado fundamental para o excitado (e para retornar ao estado fundamental depois de excitados) mais facilmente detectados. 7

8 Levando-se em conta que a sensibilidade de um determinado núcleo será proporcional a µ N (momento magnético), à diferença E = Nα-Nβ, e ao fluxo magnético da bobina (ver adiante), temos que a sensibilidade de um determinado núcleo será proporcional a γ 3. Portanto, em se considerando: γ 3 C = rad/g (gauss) e γ H = rad/g temos que [γ H ]3 /[γ 3 C ] = (26.753)3 /(6.728) 3 = 62,87 ~ 63 Levando-se ainda em conta que a abundância natural do H é de 99,9% e que a abundância natural do 3 C é de,%, existe uma diferença de Praticamente 2 valores de grandeza entre a sensibilidade do H e do 3 C, que se aproxima de O que isso quer dizer? Que se realizamos um experimento de H em min. (60 seg), um experimento de 3 C levará, nas mesmas condições, 60 x 6400 seg = 4,4 dias! Resumindo. Núcleos com I?0 N (momento magnético) = N.I.h/2 aonde N =constante magnetogírica, h=constante de Planck. 2. Na presença de B 0 0 =cos. N e 0 = N.I.h/2 3. Núcleos com I?0 assumem 2.I+ orientações quando na presença de B 0. Logo, para H que tem I=/2 assume 2 orientações, +/2 e /2. 4. Os dois estados de spin apresentarão uma diferença de energia E, dada por E = h. 5. A distribuição da população de núcleos nos dois estados de spin, e, é dada por N /N = e E/kT, para o H. 6. Energia de núcleo E = -.B 0, ou E = hb 0 /4 e E = - hb 0 /4 então E = hb 0 /2 quanto maior B 0, maior E. 8

9 7. Como E = hb 0 /2 logo E B 0 h B B pois = / 2. B 0 Para o H em campos magnéticos entre 2,35 e 8,6 T, situa entre 00 e 800 MHz. se Todavia, para se descrever o fenômeno de RMN, não é adequada a descrição do movimento dos núcleos em termos de (Hz). Melhor é descrever em termos de movimento circular. Sendo assim, transformarmos em 0, 0 =.B 0 (em radianos) aonde 0 é denominada frequência de Larmor de um determinado Núcleo. No caso presente, H. Note que quanto maior B 0 maior 0. Para B 0 = 4,70 T B 0 = 7,05 T B 0 = 9,40 T B 0 =,7 T B 0 = 4, T H = 200 MHz (IQSC-USP) H = 300 MHz (DQ-FFCLH-USP-RP) H = 400 MHz (UFSCar) H = 500 MHz (DQ-FFCLH-USP-RP) H = 600 MHz (LNLS Campinas, SP) 9

10 A constante de Larmor é diretamente proporcional à magnitude de B 0. Ou seja, em campos magnéticos (B 0 ) de maior magnitude: -os núcleos de um determinado tipo de átomo ( H, p. ex.) irão ter movimento de precessão mais rápido; - haverá um aumento da diferença de energia ( E) entre os estados excitado e fundamental de precessão dos núcleos; - Com o aumento de E entre os estados fundamental e excitado, maior será a diferença de população (N /N ) entre os mesmos aumento de sensibilidade da análise. B 0 (Tesla) H (MHz) diferença de população (N /N ), , , , , , Experimento de RMN observação do spin de vários núcleos. A soma dos momentos de dipolo de diferentes núcleos é chamada de MAGNETIZAÇÃO. Nesta condição, não há MAGNETIZAÇÃO LÍQUIDA, mas somente a orientação dos spins dos núcleos de acordo com a orientação de B 0. 0

11 Para que ocorra magnetização líquida, é necessário a aplicação de um segundo campo magnético B, perpendicular a B 0. Neste momento, haverá uma alteração na direção do vetor magnetização M 0, pela aplicação de B, surgindo uma resultante no plano x,y. O tempo de aplicação de B chamamos de pulso. Como resultado do surgimento da magnetização líquida, os spins dos núcleos serão detectados quando B é suprimido, e o vetor magnetização M 0 volta a se orientar ao longo do eixo Z, por um processo denominado relaxação. A velocidade com que cada diferente núcleo (do mesmo tipo, H) irá precessar ao longo do eixo z durante a supressão de B irá determinar sua frequência de precessão, que é característica de cada átomo de H em uma molécula. Esta frequência de precessão de cada núcleo em torno de z chamamos deslocamento químico (chemical shift, δ).

12 This document was created with Win2PDF available at The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.

Exame não invasivo I: Imagem por. Ressonância. Magnética. Nuclear

Exame não invasivo I: Imagem por. Ressonância. Magnética. Nuclear Exame não invasivo I: Imagem por Ressonância Magnética Nuclear Histórico da IRMN 1873 Maxwell - Equações para campos elétricos e magnéticos 1887 Hertz - Radiofreqüência 1924 Pauli - Magnetismo Nuclear

Leia mais

Faculdade de Tecnologia de Bauru Sistemas Biomédicos. Ressonância Magnética Nuclear. Profª. Wangner Barbosa da Costa

Faculdade de Tecnologia de Bauru Sistemas Biomédicos. Ressonância Magnética Nuclear. Profª. Wangner Barbosa da Costa Faculdade de Tecnologia de Bauru Sistemas Biomédicos Ressonância Magnética Nuclear Profª. Wangner Barbosa da Costa Tópicos Introdução Princípios Físicos da RMN O Exame de Ressonância Magnética Nuclear

Leia mais

QFL 2144 Parte 3A: Ressonância magnética nuclear

QFL 2144 Parte 3A: Ressonância magnética nuclear QFL 2144 Parte 3A: Ressonância magnética nuclear Espectroscopia de RMN: espectroscopia associada com a mudança de estado energético de núcleos atômicos na presença de um campo magnético. Elementos básicos

Leia mais

Resumo dos pontos importantes

Resumo dos pontos importantes Resumo dos pontos importantes Equação básica da espectroscopia de RMN. γ X o ν X = B (1 σ X ) π Espectros de RMN e deslocamentos químicos. v X ν ref 6 δ ( ppm) = 10 ν ref 2 δ ( Hz) = δ ( ppm) ν 10 = 6

Leia mais

no âmbito da história da Física Moderna e suas atuais aplicaçõ

no âmbito da história da Física Moderna e suas atuais aplicaçõ A Ressonância ncia Magnética Nuclear no âmbito da história da Física Moderna e suas atuais aplicaçõ ções Tito J. Bonagamba LEAR / IFSC / USP Ressonância Magnética Nuclear (RMN) História Ressonância Magnética

Leia mais

ESPECTROSCOPIA DE RESSONANCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

ESPECTROSCOPIA DE RESSONANCIA MAGNÉTICA NUCLEAR ESPECTROSCOPIA DE RESSONANCIA MAGNÉTICA NUCLEAR Histórico 1924: W. Pauli descreveu a base teórica da RMN; 1946: Bloch (Stanford) e Purcell (Harvard) demonstraram a teoria de absorção de radiação eletromagnética

Leia mais

Ressonância Magnética. Prof. Luciano Santa Rita

Ressonância Magnética. Prof. Luciano Santa Rita Ressonância Magnética Prof. Luciano Santa Rita tecnologo@lucianosantarita.pro.br www.lucianosantarita.pro.br Sumário Introdução e Histórico Princípio de funcionamento de ressonância magnética - RM (abordagem

Leia mais

Imagens por Ressonância Magnética: Princípios e Aplicações

Imagens por Ressonância Magnética: Princípios e Aplicações UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Instituto de Física de São Carlos Centro de Imagens e Espectroscopia In Vivo por Ressonância Magnética Imagens por Ressonância Magnética: Princípios e Aplicações Fernando F Paiva

Leia mais

ν L : frequência de Larmor.

ν L : frequência de Larmor. Ressonância Magnética Nuclear β (+) N β = N α e - E/KT Núcleo de spin I= ½ ( 1 H, 13 C, 15 N, 19 F, 31 P) α β E = hν rf = γhb 0 α (-) N α sem campo com campo B 0 Campo estático externo B 0 desdobramento

Leia mais

Movimento de precessão e magnetização

Movimento de precessão e magnetização Movimento de precessão e magnetização ω o = γ Bo ω o = 2π ν o a) Um momento magnético (spin nuclear), orientado parcialmente com relação a Bo, executa um movimento de precessão em torno do campo magnético.

Leia mais

Resumo sobre magnetização nuclear [ ] o = !!!! Frequência de Larmor = frequencia do movimento de precessão = frequencia de ressonancia RMN!!!

Resumo sobre magnetização nuclear [ ] o = !!!! Frequência de Larmor = frequencia do movimento de precessão = frequencia de ressonancia RMN!!! Resumo sobre magnetização nuclear M = µ N ( ) N ( ) [ ] 0 mag ω o = γ B o ν o = o γ B 2π!!!! Frequência de Larmor = frequencia do movimento de precessão = frequencia de ressonancia RMN!!! Magnetização

Leia mais

E = - N m i ħb o E = N ħb o

E = - N m i ħb o E = N ħb o Resumo de pontos fundamentais A maioria dos núcleos atômicos apresentam um comportamento magnético I mag I = [I N (I N + 1)] 1/2 ħ I z = (-I N, -I N +1,., +I N )ħ = m i ħ Energia do núcleo num campo magnético

Leia mais

A perda de magnetização (sinal) pela relaxação transversal é predominante: COM relaxação: sinal observado pela bobina

A perda de magnetização (sinal) pela relaxação transversal é predominante: COM relaxação: sinal observado pela bobina Largura do sinal de NMR A perda de magnetização (sinal) pela relaxação transversal é predominante: SEM relaxação: sinal observado pela bobina espectro (delta) t COM relaxação: sinal observado pela bobina

Leia mais

TOMOGRAFIA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Prof. Dr. Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques Centro de Ciências das Imagens e Física Médica FMRP/USP

TOMOGRAFIA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Prof. Dr. Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques Centro de Ciências das Imagens e Física Médica FMRP/USP TOMOGRAFIA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR Prof. Dr. Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques Centro de Ciências das Imagens e Física Médica FMRP/USP Ressonância Magnética nuclear (RMN) permite obter estudos

Leia mais

IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (MRI) Prof. Sérgio Francisco Pichorim

IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (MRI) Prof. Sérgio Francisco Pichorim IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (MRI) Prof. Sérgio Francisco Pichorim Imagem por Ressonância Magnética Não usa radiação ionizante Efeito biológico não mensurável Aparentemente seguro Imagens em cortes

Leia mais

ATOMÍSTICA PROF. ADRIANO ALVES

ATOMÍSTICA PROF. ADRIANO ALVES ATOMÍSTICA PROF. ADRIANO ALVES Demócrito Aristóteles Dalton Thomson Bohr Rutherford Sommerfeld Heisenberg Schrödinger De Broglie DALTON 1. Toda matéria é formada de partículas fundamentais, os átomos.

Leia mais

Leis de Biot-Savart e de Ampère

Leis de Biot-Savart e de Ampère Leis de Biot-Savart e de Ampère 1 Vimos que uma carga elétrica cria um campo elétrico e que este campo exerce força sobre uma outra carga. Também vimos que um campo magnético exerce força sobre uma carga

Leia mais

1-propanol. 2-propanol

1-propanol. 2-propanol 1-propanol 2-propanol RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR INTRODUÇÃO A espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) é basicamente uma outra forma de espectroscopia de absorção, semelhante à espectroscopia

Leia mais

Relembrando - RMN. quebra a degenerescência dos níveis de energia. provoca transições entre os níveis de energia

Relembrando - RMN. quebra a degenerescência dos níveis de energia. provoca transições entre os níveis de energia Relembrando - RMN Alto campo magnético externo Campo eletromagnético oscilante cria uma magnetização (alinha os spins) quebra a degenerescência dos níveis de energia gira a magnetização provoca transições

Leia mais

Aula 12. (quase) Tudo sobre os átomos. Física Geral F-428

Aula 12. (quase) Tudo sobre os átomos. Física Geral F-428 Aula 1 (quase) Tudo sobre os átomos Física Geral F-48 1 Algumas propriedades atômicas: Átomos são estáveis (quase sempre); Os átomos podem ser agrupados em famílias (propriedades periódicas, com o número

Leia mais

08/05/2013. QFL ª Parte: Ressonância magnética nuclear. Algumas aplicações de RMN

08/05/2013. QFL ª Parte: Ressonância magnética nuclear. Algumas aplicações de RMN QFL 144 3ª Parte: Ressonância nética nuclear Espectroscopia de RM: espectroscopia associada a interação, na presença de um campo nético, entre um campo eletronético de radiofrequência (RF) e núcleos atômicos.

Leia mais

Alexandre Moura Zürcher

Alexandre Moura Zürcher Caracterização da contribuição da albumina para a formação do espectro de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) do plasma sanguíneo Alexandre Moura Zürcher Botucatu 2009 Alexandre Moura Zürcher Caracterização

Leia mais

Descoberta do Núcleo

Descoberta do Núcleo Unidade 3 Núcleo Atômico Descoberta do Núcleo Propriedades dos Núcleos Forças Nucleares Estabilidade Nuclear Ressonância Magnética Nuclear Consultas http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/nuccon.html#nuccon

Leia mais

Fundamentos da Ressonância Magnética Nuclear

Fundamentos da Ressonância Magnética Nuclear Fundamentos da Ressonância Magnética Nuclear José Daniel Figueroa-Villar Grupo de Química Medicinal Departamento de Química Instituto Militar de Engenharia Rio de Janeiro, Brasil figueroa@ime.eb.br Por

Leia mais

Métodos Físicos de Análise - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Métodos Físicos de Análise. Métodos Físicos de Análise

Métodos Físicos de Análise - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Métodos Físicos de Análise. Métodos Físicos de Análise - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR Prof. Dr. Leonardo Lucchetti Mestre e Doutor em Ciências Química de Produtos Naturais NPPN/UFRJ Depto. de Química de Produtos Naturais Farmanguinhos Fiocruz Docente do Programa

Leia mais

Cap. 5 Espectroscopia Molecular ESPECTROSCOPIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

Cap. 5 Espectroscopia Molecular ESPECTROSCOPIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR Cap. 5 Espectroscopia Molecular ESPECTROSCOPIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR Espectro RMN de baixa resolução O-C 2 -C 3 5.1ppm 3.7 ppm 1.2 ppm Campo alto, Campo baixo O espectro explica-se pelo efeito

Leia mais

Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear

Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear 2002 - Prof. Hamilton M. Viana 1 Introdução Semelhante ao IR, Ação do campo magnético Absorção de radiação eletromagnética Espectro freqüências x intensidades

Leia mais

Métodos de RMN no estado sólido

Métodos de RMN no estado sólido Métodos de RMN no estado sólido Jair C. C. Freitas Programa de Pós-graduação em Física UFES Programa de Pós-graduação em Química - UFES Sumário Interações de spin nuclear: Hamiltoniano de spin nuclear.

Leia mais

Princípios de Magnetoquímica. Prof. Fernando R. Xavier

Princípios de Magnetoquímica. Prof. Fernando R. Xavier Princípios de Magnetoquímica Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2015 Parte da física é simples, parte da física é complicada. Magnetismo está na segunda parte. (1921) 2 Conceitos básicos Magnetismo é uma propriedade

Leia mais

Produto vetorial. prof. Daniel B. Oliveira

Produto vetorial. prof. Daniel B. Oliveira Baseado: Fundamentals of Physics 2007 Produto vetorial a b nˆ a b sen( ) A força magnética F b sobre uma particula é proporcional a carga q e a velocidade v da particula. A intensidade e a direção de F

Leia mais

Fundamentos de Física Capítulo 39 Mais Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 39 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker 1) Qual das

Fundamentos de Física Capítulo 39 Mais Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 39 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker 1) Qual das Fundamentos de Física Capítulo 39 Mais Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 39 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker 1) Qual das frases abaixo descreve corretamente a menor energia possível

Leia mais

Bioinformática RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR - RMN. Disciplina de Bioinformática Alunas: Rayssa H Arruda Pereira Taciane Barbosa Henriques

Bioinformática RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR - RMN. Disciplina de Bioinformática Alunas: Rayssa H Arruda Pereira Taciane Barbosa Henriques Bioinformática RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR - RMN Disciplina de Bioinformática Alunas: Rayssa H Arruda Pereira Taciane Barbosa Henriques Introdução A espectroscopia por Ressonância Magnética Nuclear (RMN)

Leia mais

Física Quântica. Momento de Dipolo Magnético. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Física Quântica. Momento de Dipolo Magnético. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 2019 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Física Quântica Momento de Dipolo Magnético Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 1 Força de Lorentz Uma partícula deslocando numa região sujeita a um campo elétrico (E)

Leia mais

Aula 17 Tudo sobre os Átomos

Aula 17 Tudo sobre os Átomos Aula 17 Tudo sobre os Átomos Física 4 Ref. Halliday Volume4 Sumário Algumas propriedades dos átomos; O spin do elétron; Momento Angular e momento magnético; O experimento de Stern-Gerlach; O princípio

Leia mais

AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA

AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA - ESTRUTURA ATÔMICA; - MODELOS ATÔMICOS; - ESPECTROSCOPIA ATÔMICA; - PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DOS ELÉTRONS; - NÚMEROS QUÂNTICOS E DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA. QUÍMICA estudo

Leia mais

OBI Uso de imagens no planejamento radioterápico

OBI Uso de imagens no planejamento radioterápico OBI Uso de imagens no planejamento radioterápico CBCT Kv / Kv Ressonância Magnética Flávia Aparecida Franck Dosimetrista Téc. Fernando Assi Introdução Núcleos ativos em RM Escolha do hidrogênio Aspectos

Leia mais

Deise Schäfer. 14 de dezembro de 2011

Deise Schäfer. 14 de dezembro de 2011 Ressonância Ferromagnética Ressonância Ferromagnética Deise Schäfer 14 de dezembro de 2011 Deise Schäfer 14 de dezembro de 2011 1 / 35 Ressonância Ferromagnética 1 Introdução 2 Teoria 3 Resumo e aplicações

Leia mais

QFL (a) Aqui se trata de mero uso de fórmula e uso da constante magnetogírica do próton. 2πν

QFL (a) Aqui se trata de mero uso de fórmula e uso da constante magnetogírica do próton. 2πν QFL-2144-2013 Roteiro da 1 a Lista de exercícios de RMN 1.) A maioria dos espectrômetros de RMN utilizados para estudos em Química utiliza campos magnéticos fixos tais que a freqüência de ressonância de

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Física. Física Moderna II. Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de Física Moderna 2 Aula 5

Universidade de São Paulo Instituto de Física. Física Moderna II. Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de Física Moderna 2 Aula 5 Universidade de São Paulo Instituto de Física Física Moderna II Profa. Márcia de Almeida Rizzutto o Semestre de 014 1 19: experiência de Stern&Gerlach Proposta: Medir os valores possíveis do momento de

Leia mais

Métodos de RMN no estado sólido

Métodos de RMN no estado sólido Métodos de RMN no estado sólido Jair C. C. Freitas Programa de Pós-graduação em Física UFES Programa de Pós-graduação em Química UFES Sumário Fundamentos de RMN: Princípios físicos. Propriedades nucleares.

Leia mais

RM: PRINCÍPIOS FÍSICOS QUAL É A MÁGICA? PTC2892 Princípios da Formação e Processamento de Imagens Médicas. Ressonância Magnética

RM: PRINCÍPIOS FÍSICOS QUAL É A MÁGICA? PTC2892 Princípios da Formação e Processamento de Imagens Médicas. Ressonância Magnética Plano da aula de hoje PTC2892 Princípios da Formação e Processamento de Imagens Médicas Ressonância Magnética Prof. S Furuie Princípios físicos de Ressonância Magnética Formação de imagens em Ressonância

Leia mais

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807)

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) TEORIAS ATÔMICAS Átomo Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) 1. Os elementos são constituídos por partículas extremamente pequenas chamadas átomos; 2. Todos os átomos

Leia mais

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014)

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014) Física IV Poli Engenharia Elétrica: ª Aula (4/11/14) Prof. Alvaro Vannucci a última aula vimos: Átomos multi-eletrônicos: as energias dos estados quânticos podem ser avaliadas através da expressão: 13,6

Leia mais

1 - Na eletrosfera de um átomo de magnésio temos 12 elétrons. Qual a carga elétrica de sua eletrosfera?

1 - Na eletrosfera de um átomo de magnésio temos 12 elétrons. Qual a carga elétrica de sua eletrosfera? 1 - Na eletrosfera de um átomo de magnésio temos 12 elétrons. Qual a carga elétrica de sua eletrosfera? 2 - Na eletrosfera de um átomo de carbono temos 6 elétrons. Qual a carga elétrica de sua eletrosfera?

Leia mais

RMN e a QFL2144. RMN e a QFL /05/2014. Prêmios Nobel relacionados com ressonância magnética. QFL ª Parte: Ressonância magnética nuclear

RMN e a QFL2144. RMN e a QFL /05/2014. Prêmios Nobel relacionados com ressonância magnética. QFL ª Parte: Ressonância magnética nuclear QFL 144 3ª Parte: Ressonância nética nuclear Espectroscopia de RM: espectroscopia associada a interação, na presença de um campo nético, entre um campo eletronético de radiofreuência (RF) e núcleos atômicos.

Leia mais

Física Quântica. Aula 11: Spin do Elétron, Princípio de Exclusão de Pauli. Pieter Westera

Física Quântica. Aula 11: Spin do Elétron, Princípio de Exclusão de Pauli. Pieter Westera Física Quântica Aula 11: Spin do Elétron, Princípio de Exclusão de Pauli Pieter Westera pieter.westera@ufabc.edu.br http://professor.ufabc.edu.br/~pieter.westera/quantica.html Quantização do Momento Angular

Leia mais

Seminarios de Ressonância Magnetica Nuclear

Seminarios de Ressonância Magnetica Nuclear Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC Seminarios de Ressonância Magnetica Nuclear Introdução Prof. Dr. José Pedro Donoso Ressonância Magnética Nuclear Nos núcleos onde o número

Leia mais

Campo Magnética. Prof. Fábio de Oliveira Borges

Campo Magnética. Prof. Fábio de Oliveira Borges Campo Magnética Prof. Fábio de Oliveira Borges Curso de Física II Instituto de Física, Universidade Federal Fluminense Niterói, Rio de Janeiro, Brasil http://cursos.if.uff.br/fisica2-2015/ Campo magnético

Leia mais

Sumário. núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação

Sumário. núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação 9. O núcleo atômico Sumário núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação Experiência de Geiger-Marsden (1911) descoberta do núcleo atômico espalhamento de partículas alfa por

Leia mais

Instituto de Física de São Carlos - USP Lista 1 1-Espectroscopia atómica : revisão não 2 - Regiões espectrais

Instituto de Física de São Carlos - USP Lista 1 1-Espectroscopia atómica : revisão não 2 - Regiões espectrais Instituto de Física de São Carlos - USP SFI 5800 Espectroscopia Física SCM 5770 Caracterização de Materiais por Técnicas de Espectroscopia Prof. Dr. José Pedro Donoso (010) Lista 1 1-Espectroscopia atómica

Leia mais

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Gerência Educacional de Eletrônica RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CURSO TÉCNICO DE RADIOLOGIA Prof. Flávio Augusto Soares, M. Eng. Prof. Henrique Batista

Leia mais

Propriedades magnéticas de minerais e rochas

Propriedades magnéticas de minerais e rochas Propriedades magnéticas de minerais e rochas Magnetismo de rochas Associação do movimento do eletron ao redor do núcleo atômico com o movimento dos planetas ao redor do Sol. - carga orbitando forma uma

Leia mais

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho Eletromagnetismo II Prof. Daniel Orquiza Eletromagnetismo II Prof. Daniel Orquiza de Carvalho Materiais Magnéticos (Capítulo 8) Materiais Diamagnéticos. Materiais Paramagnéticos. Materiais Ferromagnéticos.

Leia mais

Luz & Radiação. Roberto Ortiz EACH USP

Luz & Radiação. Roberto Ortiz EACH USP Luz & Radiação Roberto Ortiz EACH USP A luz é uma onda eletromagnética A figura acima ilustra os campos elétrico (E) e magnético (B) que compõem a luz Eles são perpendiculares entre si e perpendiculares

Leia mais

AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA

AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA - ESTRUTURA ATÔMICA; - MODELOS ATÔMICOS; - ESPECTROSCOPIA ATÔMICA; - PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DOS ELÉTRONS; - NÚMEROS QUÂNTICOS E DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA. Estrutura Eletrônica

Leia mais

Estrutura dos Materiais. e Engenharia dos Materiais Prof. Douglas Gouvêa

Estrutura dos Materiais. e Engenharia dos Materiais Prof. Douglas Gouvêa Ligações Químicas e Estrutura dos Materiais PMT 5783 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais Prof. Douglas Gouvêa Objetivos Descrever a estrutura atômica e suas conseqüências no tipo de ligação

Leia mais

FÍSICA E ELETROMAGNETISMO

FÍSICA E ELETROMAGNETISMO FÍSICA E ELETROMAGNETISMO As ciências em geral, e a física em particular pretendem descrever o universo material. Um dos bem sucedidos objetivos da física tem sido a descrição dos constituintes deste universo

Leia mais

Física Quântica. Momentos de Dipolo Magnético e Spin. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Física Quântica. Momentos de Dipolo Magnético e Spin. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 2019 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Física Quântica Momentos de Dipolo Magnético e Spin Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 1 Momento de Dipolo Magnético Orbital Consideremos uma carga elétrica (e) que se

Leia mais

MAGNETISMO. Manoel S. D Agrella Filho

MAGNETISMO. Manoel S. D Agrella Filho MAGNETISMO Manoel S. D Agrella Filho Propriedade magnética dos materiais O elétron em sua órbita em torno do núcleo representa uma corrente e, como uma espira onde circula uma corrente, apresenta momento

Leia mais

Aula 1. Organic Chemistry 4 th Edition Paula Yurkanis Bruice. Espectroscopia de RMN

Aula 1. Organic Chemistry 4 th Edition Paula Yurkanis Bruice. Espectroscopia de RMN Aula 1 Espectroscopia de RMN Organic Chemistry 4 th Edition Paula Yurkanis Bruice Irene Lee Case Western Reserve University Cleveland, OH 2004, Prentice Hall Ressonância Magnética Nuclear (RMN) Identifica

Leia mais

Física Moderna II Aula 03. Marcelo G Munhoz Pelletron, sala 245, ramal 6940

Física Moderna II Aula 03. Marcelo G Munhoz Pelletron, sala 245, ramal 6940 Física Moderna II Aula 03 Marcelo G Munhoz Pelletron, sala 245, ramal 6940 munhoz@if.usp.br Schroedinger X Bohr Qual a vantagem da teoria de Schroedinger sobre a teoria de Bohr do ponto de vista da observação

Leia mais

Operadores e Função de Onda para Muitos Elétrons. Introdução à Física Atômica e Molecular UEG Prof. Renato Medeiros

Operadores e Função de Onda para Muitos Elétrons. Introdução à Física Atômica e Molecular UEG Prof. Renato Medeiros Operadores e Função de Onda para Muitos Elétrons Introdução à Física Atômica e Molecular UEG Prof. Renato Medeiros Livro texto: Modern Quantum Chemistry Introduction to Advanced Elecronic Structure Theory

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 4UL 3S14 3S15

LISTA DE EXERCÍCIOS 4UL 3S14 3S15 LIST DE EXERCÍCIOS 4UL 3S14 3S15 1 (FTEC-SP) Um estreito feixe de luz monocromática, proveniente do ar, incide na superfície de um vidro formando ângulo de 49 com a normal à superfície no ponto de incidência.

Leia mais

3) Quais são os valores possíveis do número quântico magnético de spin? a) -1,- ½,0, ½,1 b) 0 e + ½ c) 1, 0 e +1 d) 0, 1, 2, 3,...

3) Quais são os valores possíveis do número quântico magnético de spin? a) -1,- ½,0, ½,1 b) 0 e + ½ c) 1, 0 e +1 d) 0, 1, 2, 3,... Fundamentos de Física Capítulo 40 Tudo sobre átomos. Questões Múltipla escolha cap. 40 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker 1) Qual das opções abaixo não é uma propriedade dos átomos? a) Os átomos

Leia mais

Campo na matéria II. 1 Resumem da aula anterior. Aula de março de campo magnetizante

Campo na matéria II. 1 Resumem da aula anterior. Aula de março de campo magnetizante Campo na matéria II Aula 4 3 de março de 11 1 Resumem da aula anterior A fim de explicar o magnetismo observado na matéria Ampère propões a existência de corrente internas, hoje conhecidas como correntes

Leia mais

Projeto de Elementos Magnéticos Revisão de Eletromagnetismo

Projeto de Elementos Magnéticos Revisão de Eletromagnetismo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina! Departamento Acadêmico de Eletrônica! Eletrônica de Potência! Projeto de Elementos Magnéticos Revisão de Eletromagnetismo Prof. Clovis

Leia mais

Ressonância Magnética Nuclear

Ressonância Magnética Nuclear Ressonância Magnética Nuclear Bibliografia: Pavia, D.L. et al., Introdução à Espectroscopia, Ed. Cengage Learning, 2010. Bruice, P.Y. et al., Química Orgânica, Ed. Prendice Hall, 2004. Raios-X são as radiações

Leia mais

Estrutura Atômica. Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin. Átomos Polieletrônicos

Estrutura Atômica. Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin. Átomos Polieletrônicos Estrutura Atômica Química Quântica Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Átomos Polieletrônicos Átomos Polieletrônicos Átomos que possuem mais de 1 elétron A Eq. de Schrödinger pode ser resolvida exatamente apenas

Leia mais

Revisão do conceito de acoplamento indireto spin-spin

Revisão do conceito de acoplamento indireto spin-spin Revisão do conceito de acoplamento indireto spin-spin 1) Espectros de RMN (substancias em solução) podem apresentar desdobramento de sinais ( estrutura fina ). 2) O desdobramento dos sinais se deve a interação

Leia mais

Princípio da técnica FT em RMN 1) Mudança da orientação da magnetização, produzida por núcleos atômicos, através de um pulso curto de RF.

Princípio da técnica FT em RMN 1) Mudança da orientação da magnetização, produzida por núcleos atômicos, através de um pulso curto de RF. Princípio da técnica FT em RMN 1) Mudança da orientação da magnetização, produzida por núcleos atômicos, através de um pulso curto de RF. 2) O pulso resultante contém a frequência principal e uma banda

Leia mais

PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS

PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS INTRODUÇÃO Algumas Aplicações

Leia mais

ESTRUTURA ATÔMICA. Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral I QM81B Turmas Q13 e Q14

ESTRUTURA ATÔMICA. Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral I QM81B Turmas Q13 e Q14 ESTRUTURA ATÔMICA Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral I QM81B Turmas Q13 e Q14 TEORIA ATÔMICA DA MATÉRIA Demócrito e Leucipo (discípulo) (460 370 a.c.) Aristóteles (384 a.c. 322

Leia mais

Resposta da questão. b) 6000 N c) 14 m/s. Resposta da questão 17 N. Resposta da questão 90 N. Resposta da questão 12 N. Resposta da questão 60 N

Resposta da questão. b) 6000 N c) 14 m/s. Resposta da questão 17 N. Resposta da questão 90 N. Resposta da questão 12 N. Resposta da questão 60 N Título: Professor: Turma: Exercícios de recuperação José Alex A, B e D 1 8 M = 9 kg. a) Observe o diagrama adiante: a) zero b) 1,2 m c) 15 min a) a½ = 7,5 m/s 2 3 2.1.2.4 b) R = 60 N c) aû = 12,5 m/s 4

Leia mais

Campos Magnéticos Produzidos por Correntes

Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Cap. 29 Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Prof. Oscar Rodrigues dos Santos oscarsantos@utfpr.edu.br Campos Magnéticos Produzidos por Correntes 1 Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Campos

Leia mais

Revisão de Eletromagnetismo

Revisão de Eletromagnetismo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Eletrônica de Potência Revisão de Eletromagnetismo Prof. Clóvis Antônio Petry. Florianópolis,

Leia mais

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR: A Física Envolvida no Diagnóstico por Imagens

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR: A Física Envolvida no Diagnóstico por Imagens RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR: A Física Envolvida no Diagnóstico por Imagens Thayná Caroline Lima Nunes Graduanda em Tecnologia em Radiologia, Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS João Borges

Leia mais

Fontes de Campo Magné0co

Fontes de Campo Magné0co FONTES Fontes de Campo Magné0co * Imã e * corrente elétrica (movimento de carga elétrica) Fio reto Espira circular Solenóide LINHAS Densidade de linhas n o de linhas α B área (Gauss) spin * Microscopicamente

Leia mais

estrutura atômica e ligações

estrutura atômica e ligações Aula 02 estrutura atômica e ligações ZEA 1038 Ciência e Tecnologia dos Materiais Prof. João Adriano Rossignolo Profa. Eliria M.J.A. Pallone introdução conceitos elementares a estrutura dos átomos a estrutura

Leia mais

ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS. Exercícios

ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS. Exercícios ESÁICA DOS CORPOS RÍGIDOS Um caso particular de movimento é o repouso --- movimento nulo. Há repouso quando os agentes causadores do movimento se compensam ou equilibram. Daí se dizer que um corpo em repouso

Leia mais

EL EL ETR ETR OMA OMAGN GNETISMO ETISMO

EL EL ETR ETR OMA OMAGN GNETISMO ETISMO ELETROMAGNETISMO AULA 10 FORÇA DE LORENTZ Até agora falamos a respeito da eletricidade. Vimos o conceito de carga elétrica, corrente elétrica, circuitos... Mas acontece que esse é um curso de eletromagnetismo

Leia mais

Faculdade de Tecnologia de Bauru Sistemas Biomédicos

Faculdade de Tecnologia de Bauru Sistemas Biomédicos Faculdade de Tecnologia de Bauru Sistemas Biomédicos Física Aplicada à Sistemas Biomédicos II Aula 5 Propriedades Magnéticas de Materiais Profª. Me Wangner Barbosa da Costa MAGNETISMO NA MATÉRIA - μ orb

Leia mais

Aula-11. (quase) Tudo sobre os átomos

Aula-11. (quase) Tudo sobre os átomos Aula-11 (quase) Tudo sobre os átomos Algumas propriedades: Átomos são estáveis (quase sempre) Os átomos se combinam (como o fazem é descrito pela mecânica quântica) Os átomos podem ser agrupados em famílias

Leia mais

Física Atômica e Molecular

Física Atômica e Molecular Física Atômica e Molecular 1. Estrutura do átomo Quando o átomo está no estado isolado (livre da influencia de fatores externos), o número de prótons é sempre igual ao número de elétrons. O número atômico

Leia mais

Magnetismo e movimento de cargas. Fontes de Campo Magnético. Prof. Cristiano Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202

Magnetismo e movimento de cargas. Fontes de Campo Magnético. Prof. Cristiano Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202 Eletricidade e Magnetismo - IME Fontes de Campo Magnético Prof. Cristiano Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202 crislpo@if.usp.br Magnetismo e movimento de cargas Primeira evidência de relação entre magnetismo

Leia mais

Átomos e Moléculas. Ligações moleculares. Energia do ion. A molécula de hidrogênio H 2

Átomos e Moléculas. Ligações moleculares. Energia do ion. A molécula de hidrogênio H 2 Ligações moleculares Átomos e Moléculas Energia do ion H 2 + A molécula de hidrogênio Ligações moleculares Uma molécula é formada por um conjunto de átomos que interagem formando um sistema com energia

Leia mais

h mc 2 =hν mc 2 =hc/ λ

h mc 2 =hν mc 2 =hc/ λ Louis de Broglie investigou as propriedades ondulatórias da matéria na década de 30. Ele supôs que o e-, em seu movimento ao redor do núcleo, tinha associado a ele um λ. Ele igualou as duas expressões

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física. Mecânica Quântica Carlos E.

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física. Mecânica Quântica Carlos E. Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Mecânica Quântica Carlos E. Aguiar Lista de Exercícios 5 1. Um aparato de Stern-Gerlach com campo magnético

Leia mais

Eletromagnetismo: imãs, bobinas e campo magnético

Eletromagnetismo: imãs, bobinas e campo magnético Eletromagnetismo: imãs, bobinas e campo magnético 22 Eletromagnetismo: imãs, bobinas e campo magnético 23 Linhas do campo magnético O mapeamento do campo magnético produzido por um imã, pode ser feito

Leia mais

A Equação de Onda de Schröedinger. O Princípio da Incerteza de Heisenberg. λ =

A Equação de Onda de Schröedinger. O Princípio da Incerteza de Heisenberg. λ = O Modelo Mecânico-Quântico Louis de Broglie apresentou a idéia de que, se as ondas luminosas exibiam características de partícula, então talvez as partículas de matéria pudessem mostrar propriedades ondulatórias.

Leia mais

ANEXO II PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL - INDÚSTRIA

ANEXO II PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL - INDÚSTRIA ANEXO II PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL - INDÚSTRIA Seção I: Receitas decorrentes da venda de mercadorias por elas industrializadas não sujeitas a substituição tributária, exceto as receitas decorrentes

Leia mais

ISSN Setembro, Imagem por ressonância magnética

ISSN Setembro, Imagem por ressonância magnética ISSN 58-779 Setembro, 2009 42 Imagem por ressonância magnética ISSN 58-779 Setembro, 2009 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Instrumentação Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária

Leia mais

HISTERESE FERROMAGNÉTICA

HISTERESE FERROMAGNÉTICA HISTERESE FERROMAGNÉTICA Introdução Um material magnetizado é descrito pelo seu vetor de magnetização M definido como o momento de dipolo magnético por unidade de volume. M = dm dv (1) De acordo com o

Leia mais

QUI346 QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL

QUI346 QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL QUI346 QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL Prof. Mauricio Xavier Coutrim DEQUI RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA Onda eletromagnética (vácuo: v = 2,99792.10 8 m.s -1 ) l = comprimento de onda A = amplitude da onda v

Leia mais

Momento Magnético Momento de Dipolo

Momento Magnético Momento de Dipolo Propriedades Magnéticas I Magnetismo Fenômeno pelo qual certos materiais exercem uma força ou influência atrativa e repulsiva sobre outros materiais Aplicações mais importantes Geradores de potência elétrica

Leia mais

UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Por Renata Bressane Sob orientação das profas. Dras. Marcia Rizzutto e Elisabeth Yoshimura

UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Por Renata Bressane Sob orientação das profas. Dras. Marcia Rizzutto e Elisabeth Yoshimura UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR Por Renata Bressane Sob orientação das profas. Dras. Marcia Rizzutto e Elisabeth Yoshimura OBJETIVOS Conhecer o equipamento de RMN Utilidades didáticas

Leia mais

2013, Relatório fis 3 exp 6 EXPERIMENTO 6: DETERMINAÇÃO DA CAPACITÂNCIA. Copyright B T

2013, Relatório fis 3 exp 6 EXPERIMENTO 6: DETERMINAÇÃO DA CAPACITÂNCIA. Copyright B T EXPERIMENTO 6: DETERMINAÇÃO DA CAPACITÂNCIA Introdução! Suspendendo-se uma agulha magnética de tal modo que ela possa girar livremente, ela se orienta em uma direção perfeitamente determinada. Este comportamento

Leia mais

Estrutura da Matéria II

Estrutura da Matéria II Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Física Departamento de Física Nuclear e Altas Energias Estrutura da Matéria II Ressonância do Spin do Elétron Versão 1.1 (2006) Carley Martins, Helio

Leia mais

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO MODELO DE ISING BIDIMENSIONAL VIA MONTE CARLO

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO MODELO DE ISING BIDIMENSIONAL VIA MONTE CARLO EXATAS E DA TERRA PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO MODELO DE ISING BIDIMENSIONAL VIA MONTE CARLO FRANCELINO, Isabella Grinberg. Estudante do Curso de Engenharia Física- ILACVN UNILA; E-mail: isabella.francelino@aluno.unila.edu.br;

Leia mais