PROJECTO - ECOAQUA. Recuperação fisiológica de larvas de Donax trunculus após vários períodos de jejum. Reunião, 1 Março, Cartaya- Espanha
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- Pedro Mangueira Benke
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1 PROJECTO - ECOAQUA Recuperação fisiológica de larvas de Donax trunculus após vários períodos de jejum Reunião, 1 Março, Cartaya- Espanha
2 Donax trunculus é uma espécie nativa do Mar Mediterrâneo e das costas Atlânticas desde o norte de África até ao Reino Unido Conquilha, Donax trunculus Elevado valor comercial em Portugal, Espanha e diversos países do Sul da Europa Distribuição geográfica de Donax Trunculus Alvo de intensas pescarias
3 Na última década: Apanha intensiva de coquilha taxa de crescimento rápida Tempo de vida curto Grandes flutuações inter-anuais no stock Falta de recrutamento periódico da espécie.
4 A inversão desta tendência negativa, é de extrema importância: Melhoramento da gestão da pescarias Desenvolvimento de programas de repovoamento com larvas ou juvenis provenientes de produção artificial Desenvolvimento de protocolos de cultura é de extrema importância para reconstruir a viabilidade reprodutiva das populações depauperadas
5 Situações de baixa concentração alimentar que ocorrem no meio natural - jejum Afectam a fisiologia dos organismos Este estudo visou: Um melhor conhecimento das necessidades nutricionais das larvas de conquilha, Avaliar o tempo de resistência à situação de jejum de larvas recémeclodidas Avaliar a duração do período de transição entre a fase endotrófica para a exotrófica.
6 Desova foi induzida em massa temperatura de 20ºC Após 24 h, as larvas D foram colhidas
7 As larvas D foram mantidas a 21±1 º C numa concentração de 10 larvas.ml -1 sem alimento - jejum. Às larvas mantidas em jejum foi fornecido alimento ao fim de 2, 5, 9 e 12 dias. Os tratamentos foram designados por Fed2 (imediatamente após a eclosão), Fed5, Fed9 e Fed12.
8 Nos dias 2, 5, 9 e 12 após eclosão, as larvas eram mantidas: Tanques de 20 L, em triplicado Concentração de larvas Alimentadas com Isochrysis galbana concentração de 50 celulas.ml -1. numa Sobrevivência larvar Crescimento larvar
9 Em todos os tratamentos efectuados (Fed2; Fed5; Fed9; Fed12), as larvas quando observadas 48 h após o inicio da alimentação pela primeira vez, a maioria apresentava alga no estômago. Deste modo pode-se referir que as larvas sujeitas a longos períodos de jejum (até 12 dias apresentaram a capacidade de capturar e/ou ingerir microalgas, evidenciando que estas não apresentam uma tendência em perder a capacidade de digerir o alimento.
10 Sobrevivência larvar Maior sobrevivência larvar quando se adicionou alimento ao 2º e ao 5º dia em jejum do que quando se adicionou alimento ao 9º e ao 12º dia em jejum.
11 Crescimento larvar Comprimento aumentou ao longo do tempo. O crescimento das larvas alimentadas logo após a eclosão de larva velígera (Fed2) foi similar ao crescimento das larvas que se mantiveram 12 dias em jejum. Maior crescimento larvar ao 2º e 5º dias.
12 De um modo geral, pode-se concluir: As larvas de conquilha (D. trunculus) conseguem sobreviver durante um período de tempo (pelo menos 12 dias) após a fecundação mesmo sem acesso a alimento, no entanto a taxa de crescimento é próximo de zero. Após 12 dias de jejum, as larvas de D. trunculus apresentam a capacidade de recuperar o crescimento. Contrariamente ao crescimento, a sobrevivência das larvas é afectada negativamente pelo atraso na disponibilidade do alimento.
13 Os resultados da sobrevivência parecem indicar que as reservas endógenas dos ovos duram até ao 5º dia após a fecundação. Desta forma, sugere-se uma provável sequência das fases nutricionais: uma fase endotrófica (fecundação até aos 2 primeiros dias de vida larvar); uma fase mixotrófica (do 2º ao 5º dia após a fertilização); uma fase exotrófica.
14 Modelo esquemático proposto para a transição da fase endotrófica à exotrófica Inicio da alimentação exógena 100 Endotrófica Mixotrófica Exotrófica % 50 Lecitrófica Planctrófica Dias Osmotrófica
15 Obrigada
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