SETOR EXTERNO EM AGOSTO DE 2004 UMA PROJEÇÃO MELHOR DO IDE PARA O ANO
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- Manuella Alcântara Figueiroa
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1 SETOR EXTERNO EM AGOSTO DE 24 UMA PROJEÇÃO MELHOR DO IDE PARA O ANO No oitavo mês do ano, a conta corrente mais uma vez atingiu um superávit superior a US$ 3 bilhões, puxada pela balança comercial, superavitária em US$ 3,4 bilhões. A balança comercial ficou superavitária em US$ 3,5 bilhões. Já a conta serviços e rendas, manteve-se no patamar de junho: déficit de US$ 2 bilhões. O conjunto das principais fontes de financiamento teve seu montante incrementado sobejamente pela expansão do IDE (líquido), que alcançou US$ 6,1 bilhões. Porém tal cifra decorreu de uma operação casada entre uma empresa de residentes e outra de não-residentes. Assim, US$ 4,98 bilhões de ingresso de IDE foram compensados por saídas equivalentes de investimentos brasileiros diretos no exterior. Em paralelo, a taxa de rolagem ficou bastante baixa, em 36%. Tal dificuldade também se observou na taxa de rolagem do setor privado: 4%. A dívida externa (dado apurado para junho último), a seu turno, apresentou comportamento melhor, com novo declínio do estoque. Mas o patamar da dívida externa e o baixo nível das reservas ainda ensejam cautela. Felizmente o Banco Central divulgou que, devido a uma pesquisa feita junto a empresas, refez as projeções para o IDE de 24, elevando-o de US$ 13 bilhões para US$ 17 bilhões. Não fosse por tal mudança, com que fonte de recursos fecharíamos nossas contas externas? Transações Correntes No oitavo mês do ano, a conta corrente do País logrou novamente uma condição superavitária e praticamente equivalente ao registrado em julho último: US$ 1,8 bilhão. Com isso, a relação transações correntes/ PIB atingiu um superávit de 1,8% no acumulado em doze meses. A balança comercial novamente foi o principal fator para tal número, obtendo um saldo positivo de US$ 3,4 bilhões, consumando assim uma série de quatro meses consecutivos nos Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 1
2 quais as exportações líquidas ultrapassaram a casa dos US$ 3 bilhões. As exportações alcançaram seu segundo maior valor da história: US$ 9,1 bilhões, montante só inferior ao de junho do corrente ano. Esse patamar foi de suma relevância para o saldo comercial, uma vez que as importações brasileiras alcançaram nesse mês US$ 5,6 bilhões, o maior valor desde setembro de O saldo de serviços e de rendas permaneceu deficitário em US$ 2 bilhões, tal como nos dois meses anteriores. Em agosto de 23, o déficit havia sido de US$ 1,7 bilhão. A conta de serviços registrou uma melhora na comparação com o mesmo mês do ano anterior: déficit de US$ 486 milhões contra déficit de US$ 56 milhões. Em contrapartida, em julho último as despesas líquidas com serviços ficaram em US$ 446 milhões. As despesas líquidas com viagens internacionais perfizeram um saldo positivo de US$ 9 milhões, diferindo do bimestre anterior, cujos resultados foram negativos. Em agosto de 23, as viagens foram superavitárias em US$ 25 milhões. Os gastos líquidos com transportes chegaram a US$ 188 milhões. Dentre os outros destaques na conta de serviços estão aluguel de equipamentos (com déficit de US$ 147 milhões), royalties e licenças (déficit de US$ 16 milhões) computação e informações (déficit de US$ 99 milhões). A remessa líquida de rendimentos para o exterior alcançou US$ 1,5 bilhão, mostrando uma regularidade nessa rubrica ao longo dos últimos três meses. Ressalte-se que, em agosto do ano passado, o déficit dessa conta ficou em US$ 1,2 bilhão. 4. Transações Correntes e Balança Comercial - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Transações correntes Balança comercial Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 2
3 Déficit em Transações Correntes - % PIB, Acumulado em 12 Meses 3,2 2,8 2,3 2, 1,7 1,4 1,2,9,7,1 -,3 -,5 -,7 -,7 -,7 -,7 -,8 -,9-1, -1,1-1,1-1,2-1,5-1,7-1,8 ago/2 set/2 out/2 nov/2 dez/2 jan/3 fev/3 mar/3 abr/3 mai/3 jun/3 jul/3 ago/3 set/3 out/3 nov/3 dez/3 jan/4 fev/4 mar/4 abr/4 mai/4 jun/4 jul/4 ago/4 35 Transações Correntes e Balança Comercial Valores Acumulados em 12 Meses - US$ Bilhões ago/99 nov/99 fev/ mai/ ago/ nov/ fev/1 mai/1 ago/1 nov/1 fev/2 mai/2 ago/2 nov/2 fev/3 mai/3 ago/3 nov/3 fev/4 mai/4 ago/4 Transações correntes Balança comercial Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 3
4 2 Viagens Internacionais e Outros Serviços - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Viagens internacionais Outros serviços Juros e Lucros e Dividendos - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Lucros e dividendos Juros Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 4
5 Os Fluxos de Capitais Para a conta capital e financeira foi apurado saldo negativo de US$ 2,9 bilhões, fazendo de agosto o mês de maior déficit do ano. A conta capital experimentou superávit de US$ 56 milhões. Já a conta financeira registrou déficit de US$ 3 bilhões. Vale expor que, no mês anterior, essa conta ficou deficitária em US$ 1,5 bilhão, enquanto, em agosto do ano passado, o déficit não atingiu US$ 1 bilhão (US$ 81 milhões, mais precisamente). A despeito da magnitude do déficit da conta financeira, a entrada líquida de investimentos estrangeiros diretos logrou seu melhor desempenho mensal na história do balanço de pagamentos brasileiro, US$ 6,1 bilhões. No sentido contrário, mas sem a mesma expressão, os investimentos externos em carteira presenciaram sua maior saída líquida de 24: US$ 268 milhões. No tocante aos empréstimos de curto prazo, em agosto último, os desembolsos atinentes aos mesmos superaram as respectivas amortizações em US$ 178 milhões. Contudo a taxa de rolagem dos compromissos com prazos mais extensos (razão desembolsos efetivamente recebidos/ amortizações efetivamente remetidas) declinou novamente na comparação com o mês anterior: 36% contra 51%. A taxa de rolagem do setor privado, por sua vez, mostrou recuperação segundo a mesma base comparativa: 4% ante 26% registrado em julho último. Todavia tal rolagem está longe de significar boas condições de financiamento. Apesar dessa dificuldade, o IDE foi de tal monta que elevou bastante o conjunto das principais fontes de financiamento do setor externo de curto e de médio e longo prazos, chegando US$ 6,9 bilhões no mês mesmo descontando as amortizações de médio e longo prazos, o total fica em US$ 4,5 bilhões. O conjunto dessas fontes (sem descontar as amortizações relativas a operações de prazos mais extensos), em julho último, foi de US$ 2,9 bilhões e, em agosto de 23, de US$ 2,4 bilhões. Diante deste quadro geral, cumpre aprofundar alguns tópicos: As entradas líquidas dos empréstimos de curto prazo, de US$ 178 milhões, decorreu sobejamente dos títulos de renda fixa negociados fora do País. Essa rubrica registrou ingressos de US$ 1 bilhão e saídas de US$ 21 milhões. Tanto em agosto de 23, quanto em julho último, esses títulos haviam sofrido saídas líquidas. O crédito a fornecedores (líquido) apresentou saídas líquidas de US$ 87 milhões e os empréstimos e financiamentos de curto prazo experimentaram resultado negativo de US$ 5 milhões. No caso das fontes de médio e longo prazos, o número que mais se sobressaiu é o do IDE líquido de US$ 6,1 bilhões, o maior da história. No entanto tal cifra se refere à compra de ações da Ambev empresa pertencente a residentes pela sua nova parceira, a Interbrew, no montante de US$ 4,98 bilhões. Como essa operação contou com contrapartida equivalente (compra de ações da Interbrew por parte da Ambev) para a conformação da sociedade entre ambas as empresas, significando US$ 4,98 bilhões em saídas nos investimentos diretos brasileiros no exterior, o impacto do aludido ingresso no IDE para a conta financeira como um todo foi neutro. Por outro lado, ressalve-se que, mesmo retirando essa operação, o IDE líquido não ficaria distante dos melhores resultados do ano, pois atingiria US$ 1,199 bilhão. Para se ter uma idéia, o melhor desempenho de 24 até então, ocorrido em julho, foi de US$ 1,6 bilhão. Assim, os resultados do mês aliados a Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 5
6 uma pequena pesquisa feita pelo Banco Central junto a algumas multinacionais (conforme descrito por um diretor do BCB quando da divulgação dos números das contas externas) respaldaram a instituição na alteração da projeção do IDE para 24, saltando de US$ 12 bilhões para US$ 17 bilhões. Daí, a despeito das cifras do resultado líquido do IDE, as saídas líquidas de capitais brasileiros superaram os ingressos líquidos de capitais estrangeiros em US$ 692 milhões, refletindo o fato de que as operações casadas de compras de ações entre Ambev e Interbrew geraram contrapartidas e se anularam, ficando a diferença por conta de outras rubricas, a exemplo dos outros investimentos brasileiros não diretos, que incluem resultados líquidos de empréstimos e financiamentos e de moeda e depósitos, além de outros ativos. Os desembolsos de médio e longo prazos perfizeram US$ 857 milhões, o menor valor registrado em 24 até o momento. Em agosto do ano passado, tais desembolsos foram de US$ 2,7 bilhões, em julho último, de US$ 1,5 bilhão. A imprensa tem noticiado o baixo interesse de empresas brasileiras em tomar recursos em moeda estrangeira. Empréstimos de Curto Prazo (Líquido) - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Crédito comercial - fornecedores (líquido) Empréstimos e financ. (líquido) Títulos de renda fixa CP - neg. no ext Emprést. de curto prazo Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 6
7 Investimento Estrangeiro - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Invest. estrang. direto Invest. estrang. em carteira Desembolsos de Empréstimos e Amortizações de Médio e Longo Prazo - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Amortiz. de m. e l. prazo Desemb. de m. e l. prazo Desembolsos menos amortizações Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 7
8 Fluxo de Capitais - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Fluxo de capitais estrangeiros Fluxo de capitais brasileiros Fluxo líquido de capitais Saldo/Déficit de Recursos - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Fluxo líq. do ativo/passivo externo Resultado de comércio e serviços Saldo/déficit de recursos Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 8
9 Como as amortizações de médio e longo prazos se situaram em US$ 2,4 bilhões, os desembolsos ficaram aquém das amortizações em US$ 1,5 bilhão. No mês anterior, essa diferença fora de US$ 1 milhões a menos. Assim, a taxa de rolagem que já se encontrava baixa, 51%, sofreu nova queda, ficando em 36%. No que tange a essa fonte de financiamento e sua respectiva rolagem, vale esmiuçar seus componentes: As notes e commercial papers registraram amortizações de US$ 1,5 bilhão contra desembolsos de apenas US$ 188 milhões. Como não houve operações com bônus, a taxa de rolagem ficou em 13%, a mais baixa dentre os componentes. Quanto ao crédito de fornecedores (crédito comercial), suas amortizações líquidas ficaram em US$ 14 milhões. Foram rolados 42% dos compromissos, um pouco melhor do que a rolagem observada em julho último (39%), mas bem abaixo da taxa apurada em agosto do ano passado, quando mais de 1% das obrigações foram roladas. Nos empréstimos e financiamentos de médio e longo prazos, 8% das obrigações foram roladas, melhorando em relação a julho, mês no qual a taxa de rolagem ficou em somente 22%. Em agosto de 23, foram roladas 133% das obrigações. Em agosto último, as amortizações líquidas foram de US$ 148 milhões. Desta maneira, a taxa de rolagem das operações externas de médio e longo prazos sofreu novo declínio, decorrência principalmente das transações com notes e commercial papers. Quanto à taxa de rolagem do setor privado, ela se recuperou ante sua equivalente para julho último, subindo de 26% para 4%. Registre-se que, em agosto do ano passado, essa mesma taxa havia sido de 119%. Rolagem - Desembolsos / Amortizações (Médio e Longo Prazo) - % ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Bônus, notes e c. papers Crédito comercial - forneced Empréstimos e financiam Total Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 9
10 Desembolsos Menos Amortizações (Médio e Longo Prazo) - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Bônus Notes e commercial papers Desembolsos Menos Amortizações (Médio e Longo Prazo) - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Crédito comercial - fornecedores Empréstimos e financiamentos Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 1
11 Desembolsos Menos Amortizações dos Empréstimos de Médio e Longo Prazo e Empréstimos de Curto Prazo (Líquido) - US$ Milhões ago-3 set-3 out-3 nov-3 dez-3 jan-4 fev-4 mar-4 abr-4 mai-4 jun-4 jul-4 ago-4 Emprést. de médio e l. prazo Emprést. de curto prazo Em agosto, as linhas de crédito interbancárias perceberam novo declínio, em virtude da queda nas linhas de crédito para as exportações, acompanhada pela estabilidade nas demais operações. O total do estoque dessas linhas ficou em US$ 14, bilhões na última apuração, enquanto no mês anterior, esse montante foi de US$ 14,6 bilhões. Tal recuo ocorreu em consonância com o das linhas para exportação: de US$ 9,3 bilhões para US$ 8,9 bilhões. As linhas para importação e aquelas referentes às operações da Resolução 2.77 (overdrafts, time deposits, certificate of deposits e operações de repo) ficaram estáveis. Outro dado a se notar consiste nas elevadas saídas líquidas nas contas CC5 em agosto: US$ 2,2 bilhões. As saídas líquidas de julho, que até então eram o maior montante, tinham atingido US$ 515 milhões. Por fim, assinale-se que as reservas internacionais líquidas ajustadas têm permanecido na casa dos US$ 25 bilhões. Desde julho de 22, que as contas externas brasileiras não trazem reservas líquidas ajustadas superiores a este patamar. Deve-se lembrar que esse montante não confere a tranqüilidade necessária para que a economia do País enfrente eventuais situações de dificuldade na economia mundial. Este último ponto faz com que o IDE e a balança comercial adquiram um peso muito grande no que tange ao ajuste externo. Há de se observar que as projeções do Banco Central para 24 apontam para um superávit na balança comercial, de US$ 3 bilhões, superior o de 23, US$ 25 bilhões. Entretanto, como as projeções assinalam que o déficit da conta de serviços e rendas deverá crescer, de US$ 24 bilhões para US$ 27 bilhões, e que o mesmo deve ocorrer em maior monta com as amortizações de médio de longo prazos, (aumentando de US$ 27 bilhões para US$ 35 bilhões), os usos de recursos para o ano em curso (US$ 28 bilhões) deverá suplantar o do ano passado (US$ 23 bilhões) mesmo com o referido incremento no superávit comercial. Deste modo, a revisão para cima da projeção do IDE se torna essencial para que as contas externas fechem. Ou seja, para que o País disponha de meios suficientes para arcar com os usos dos recursos que a balança comercial não conseguiu cumprir. Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 11
12 25. Evolução das Linhas Interbancárias - US$ Milhões ago/1 set/1 out/1 nov/1 dez/1 jan/2 fev/2 mar/ abr/2 mai/2 jun/2 jul/2 ago/2 set/2 out/2 nov/2 dez/2 jan/3 fev/3 mar/ abr/3 mai/3 jun/3 jul/3 ago/3 set/3 out/3 nov/3 dez/3 jan/4 fev/4 mar/ abr/4 mai/4 jun/4 jul/4 ago/4 Exportação Importação Demais¹ Total Fonte: Banco Central do Brasil. Nota: 1 Inclui Resolução 2.77, antiga 63, overdrafts, time deposits, certificate of deposits e operações de repo. Contas CC5: Saídas Líquidas de Recursos - US$ Milhões ago/3 set/3 out/3 nov/3 dez/3 jan/4 fev/4 mar/4 abr/4 mai/4 jun/4 jul/4 ago/4 Fonte: Banco Central do Brasil. Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 12
13 Reservas Internacionais Líquidas Ajustadas - US$ Bilhões Dez/94 Dez/95 Dez/96 Dez/97 Dez/98 Dez/99 Dez/ Dez/1 Jan/2 Fev/2 Mar/2 Abr/2 Mai/2 Jun/2 Jul/2 Ago/2 Set/2 Out/2 Nov/2 Dez/2 Jan/3 Fev/3 Mar/3 Abr/3 Mai/3 Jun/3 Jul/3 Ago/3 Set/3 Out/3 Nov/3 Dez/3 Jan/4 Fev/4 Mar/4 Abr/4 Mai/4 Jun/4 Jul/4 Ago/4 Fonte: Banco Central do Brasil. Setor Externo: Usos e Fontes de Recursos US$ milhões 23* 24* Ago Jan-Ago Ano Ago Jan-Ago Ano 6/ Usos Transações correntes Balança comercial Exportações Importações Serviços e rendas Juros Lucros e dividendos Viagens internacionais Demais Transferências unilaterais correntes Amortizações de médio e longo prazos 1/ Bônus, notes e commercial papers 2/ Crédito de fornecedores Empréstimos 3/ Fontes Conta capital Investimentos estrangeiros diretos Participação no capital (líquido) Empréstimos intercompanhias (líquido) Inv. em papéis domésticos de longo prazo e ações Desembolsos de médio e longo prazos 4/ Bônus, notes e commercial papers Crédito de fornecedores Empréstimos Ativos brasileiros no exterior Empréstimos ao Banco Central (FMI) Curto prazo e demais 5/ Ativos de reservas Fonte: Banco Central do Brasil - Nota para Imprensa: Setor Externo, Quadro II. * Dados preliminares. 1/ Registra amortizações de crédito de fornecedores de médio e longo prazos, empréstimos de médio e longo prazos e papéis de médio e longo prazos colocados no exterior. Exclui amortizações de empréstimos tomados pelo Banco Central e de empréstimos intercompanhias. 2/ Inclui projeções de exercícios de put/call de US$1,3 bilhão para 23. 3/ Registra amortizações de empréstimos concedidos por bancos estrangeiros, compradores, agências e organismos. 4/ Exclui desembolsos de empréstimos intercompanhias. 5/ Registra títulos de renda fixa de curto prazo negociados no País e negociados no exterior, empréstimos de curto prazo, crédito comercial de curto prazo, derivativos financeiros, depósitos de não-residentes, outros passivos e erros e omissões. 6/ Projeção. Em bilhões. Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 13
14 Dívida Externa A dívida externa (exclusive empréstimos intercompanhias) apurada pelo Banco Central para junho último, portanto fechando o primeiro semestre de 24, atingiu US$ 24,7 bilhões. Esse estoque de dívida representou uma retração no endividamento externo do Brasil de cerca de US$ 8,8 bilhões na comparação com o março último, de US$ 1,3 bilhões comparativamente a dezembro/ 23 e de US$ 14,2 bilhões vis-à-vis o mesmo período do ano passado. Desta forma, as relações dívida externa/ PIB e dívida externa/ exportações, em percentagens, prosseguem em trajetória descendente. Em percentagem do PIB, a dívida ficou em 38,7%, já em percentual das exportações de bens, 245,4%. Como temos frisado ao longo dos meses, os sucessivos declínios na dívida externa são essenciais para conferir maior folga nas contas brasileiras com o resto do mundo. As projeções concernentes ao biênio da J P Morgan asseveram uma posição ainda bastante desconfortável do endividamento do País no cenário internacional. Ou seja, outras economias emergentes têm apresentado não somente um volume de endividamento inferior ao do Brasil, mas também uma necessidade menor de exportar para pagar o serviço da dívida excetuando a Argentina, cuja razão pagamento de juros/ exportações de bens e serviços (inclusive transferências) é maior do que a do Brasil. Conforme exposto na nota do mês passado, o IDE em ascensão e uma balança comercial na casa dos US$ 3 bilhões significam condições melhores para que a economia cresça de modo mais sustentável justamente pelo fato de reduzirem a necessidade de financiamento externo: se, de um lado, os investimentos estrangeiros diretos proporcionam uma fonte de recurso, de outro, as exportações líquidas reduzem os usos desses mesmos recursos. 5 Dívida Externa (Exclusive Empréstimos Intercompanhias) - Em % PIB 36,5 36, 35, 45,8 45,9 45,9 45,8 45,8 45, , 4,8 37,7 37, 4,3 41,1 42,7 43,6 42, 38, , ,3 23,7 2 4T T T T T 2 2T 2 3T 2 4T 2 1T 21 2T 21 3T 21 4T 21 1T 22 2T 22 3T 22 4T 22 1T 23 2T 23 3T 23 4T 23 1T 24 2T 24 Fonte: Banco Central do Brasil Séries Temporais. Elaboração Própria. Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 14
15 49 469,9 Dívida Externa (Exclusive Empréstimos Intercompanhias) Em % Exportações ,6 451,5 415, , 361,6 393,5 393,8 359,2 372,9 374,2 359, 36,6 43, 371,1 349,1 339, 32,4 315,5 294, , ,4 4T T T T T 2 2T 2 3T 2 4T 2 1T 21 2T 21 3T 21 4T 21 1T 22 2T 22 3T 22 4T 22 1T 23 2T 23 3T 23 4T 23 1T 24 2T 24 Fonte: Banco Central do Brasil Séries Temporais. Elaboração Própria. Venezuela México Chile Brasil Argentina Turquia Rússia Polônia Tailândia Taiwan Indonésia Coréia China África do Sul Dívida Externa Total (Inclui Empréstimos Intercompanhias) - US$ Bilhões Fonte: Banco Central do Brasil, com dados do Emerging Markets Economic Indicators, JP Morgan. Nota: Os dados são estimativas/ previsões. Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 15
16 Venezuela México Chile Brasil Argentina Turquia Rússia Polônia Tailândia Taiwan Indonésia Coréia China África do Sul Pagamento de Juros - % da Exportação de Bens, Serviços e Transferências Fonte: Banco Central do Brasil, com dados do Emerging Markets Economic Indicators, JP Morgan. Nota: Os dados são estimativas/ previsões. Setor Externo em Agosto de 24 - Uma Projeção Melhor do IDE para o Ano 16
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