Exposição VI Concurso de Fotografia

Transcrição

1 Exposição VI Concurso de Fotografia Perspetivas da natureza no centro comercial palmeiras de 22 de outubro a 4 de novembro Preço 1.25 e (IVA incluido) Ano XXIII Nº 283 OUTUBRO 2012 Clínica/SPA de saúde e bem-estar Encontre um momento Único num espaço Único Rua Joaquim Ereira, N.º º A Ed. Bojador CASCAIS Tels geral@bojabeauty.com SMAS de sintra mostra desenvolvimento Director: Paulo Pimenta Homenageados Baxter oferece apoio a crianças carenciadas oeiras tem miss Isaltino inaugura nova escola empresário recebe comenda A Fu n e r á r i a São João das Lampas Quintino e Morais 25 Anos de serviço com Competência e Honestidade At e n d i m e n t o Pe r m a n e n t e: Funeral Social: 356,20e Funeral Económico: 676,00e quintinoemorais@mail.telepac.pt SEDE: Rua da Oliveira, 1 Aldeia Galega S. João das Lampas SINTRA Telef Fax Telem / FILIAL 1: Rua Moínho de Fanares, Mem Martins SINTRA Telef Fax FILIAL 2: Rua Visconde d Asseca, 25 MUCIFAL Telef /6 Fax BREVEMENTE NA TERRUGEM

2 2 O CORREIO DA LINHA 25 Outubro 2012 SMAS de Oeiras e Amadora lançam projeto Hydromove Texto: diana duarte matias OS SMAS de Oeiras e Amadora aproveitaram o dia 1 de Outubro, Dia Nacional da Água, para lançar a sua mais recente iniciativa: o projeto Hydromove. O objectivo é promover o consumo responsável de água da torneira em clubes, piscinas municipais e associações desportivas e culturais dos dois concelhos. Através das associações desportivas e culturais, os SMAS de Oeiras e Amadora vão passar a fornecer aos cidadãos dos dois concelhos informação mais aprofundada sobre o consumo racional e consciente da água. Com o Clube da Água chegamos às crianças e jovens de Oeiras e da Amadora e agora, com o projecto Hydromove, queremos chegar à população adulta, que é bem mais difícil de sensibilizar para causas como a utilização racional da água, salientou Nuno Campilho, administrador dos SMAS de Oeiras e Amadora. Na prática, esta acção de sensibilização consiste na oferta de um conjunto de sinalética com conselhos para o consumo consciente e responsável da água da torneira. Todos os materiais produzidos serão distribuídos e aplicados em todas as instalações sanitárias e balneários, complexos, piscinas municipais e associações de cariz desportivo e cultural dos dois concelhos. Com esta iniciativa, os SMAS de Oeiras e Amadora pretendem promover um aumento da responsabilidade ecológica junto das instituições e do público que as frequenta habitualmente. Nós apelamos ao consumo de água da torneira por considerarmos que é a melhor água para se beber, além de ser a mais barata, mas também apelamos ao combate ao desperdício, sem que isto seja contraditório, explicou Nuno Campilho. O administrador dos SMAS de Oeiras e Amadora aproveitou o lançamento do projecto Hydromove para sublinhar o impacto da actividade da empresa. Todo valor pago pelos nossos consumidores volta para eles, não só no serviço que lhes é prestado diariamente mas também no serviço que lhes é prestado pelos nossos parceiros, nas áreas da cultura, do desporto e das freguesias, e do apoio generalizado que damos a eventos levados a cabo em ambos os concelhos, explicou. Produzimos resultados positivos que são transferidos para as Câmaras Municipais, que por seu turno investem no aumento da qualidade de vida dos seus munícipes. Banda da Força Aérea atuou no Alcoitão Para assinalar o Dia Mundial da Música, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão e a Força Aérea Portuguesa proporcionaram, no passado dia 1 de Outubro, um concerto da Banda de Música da Força Aérea às crianças internadas no Centro e a alunos do pré-escolar e primeiro ciclo de diferentes escolas dos concelhos de Sintra e Cascais. Mónica Lopes, do Departamento de Imagem e Comunicação do Centro de Alcoitão, explica como surgiu esta ideia: A iniciativa partiu do Serviço de Educação com o objetivo de tentar trazer novas atividades e ensinamentos diferentes às crianças que se encontram internadas no Centro. Entretanto, aproveitámos e decidimos alargar este concerto a escolas das zonas de Sintra e Cascais. No total, recebemos cerca de 300 crianças que puderam aprender mais sobre música. Para além de conhecerem o trabalho de uma banda sinfónica, durante o concerto os mais pequenos descobriram os mistérios e encantos de muitos instrumentos, ficando a saber quais são as suas particularidades, a que família é que pertencem e como foram construídos. Para o maestro da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa, Tenente António Rosado, a interatividade estabelecida com as crianças ao longo do espetáculo foi um dos ingredientes essenciais para o sucesso desta iniciativa: Todos os meninos demonstraram interesse pelo concerto. Estavam principalmente muito atentos quando o apresentador mostrava os instrumentos que compõem a banda! Por outro lado, ao contrário do que é habitual, nós não tocámos músicas sinfónicas ou militares. Apostámos num reportório dirigido a um público infantil composto por músicas de filmes e séries que as crianças tão bem conhecem, como «Pippi das Meias Altas», «Pantera Cor-de-Rosa», «Piratas das Caraíbas» e «O Rei Leão». Sem dúvida que essa escolha de temas também contribuiu para o êxito do concerto. Susana Amaral, educadora de infância do Centro de Alcoitão e uma das organizadoras do evento, faz igualmente um balanço positivo: Estou muito emocionada e orgulhosa pelo trabalho que foi feito. A reação das crianças foi fantástica, especialmente no final quando a Banda tocou o Hino Nacional. Valeu a pena desenvolver esta iniciativa lúdica, mas que também tinha um caráter pedagógico muito acentuado. A educadora sublinha ainda a importância que o espetáculo teve para as crianças do serviço de pediatria do Centro: Muitas vezes nós só falamos da saúde a nível físico, mas o bem-estar emocional também é relevante e foi isso que quisemos promover com este concerto. A música é importante para que as crianças Não há muita noção desta realidade da parte dos nossos consumidores mas isto é o que de facto acontece, acrescentou. O projecto Hydromove conta com vários parceiros, aos quais Nuno Campilho fez questão de agradecer durante a apresentação do projecto. Envolvidas no Hydromove estão a Associação Desportiva de Oeiras, o Clube Desportivo de Paço de Arcos, o Football by Carlos Queiroz, o Clube de Natação da Amadora, o Sport Algés e Dafundo, a Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra/Pavilhão Gimnodesportivo e a Oeiras Viva. Nuno Campilho sublinhou que o objectivo é estender as parcerias a outras entidades de ambos os concelhos. se sintam mais felizes e, ao mesmo tempo, permite que elas adquiram um sentido de estética e que se tornem mais sensíveis. Além disso, quero destacar que esta iniciativa não é um caso isolado, mas faz parte de um conjunto de atividades que costumamos desenvolver no Centro, entre workshops de contadores de histórias e outros eventos musicais, como «A Música Engarrafada», uma iniciativa que alertava para a importância da reciclagem. Nessas atividades, contamos sempre com a presença de alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo de escolas da zona para que eles possam partilhar esses momentos tão especiais com as crianças do Centro e comecem a aprender a lidar com a diferença, seguindo, na vida adulta, o lema «Todos diferentes, todos iguais». Os artistas convidados, o apresentador Vitor Miranda e o Presidente da Junta de Freguesia da Mina, Joaquim Rocha Texto: igor garcia pires Fado na Amadora No Passado dia 30 de Se tembro, realizou-se uma Sessão de Fados no Au ditório da Câmara Municipal da Amadora, espectáculo inserido nas comemorações do XXXIII Aniversário do Concelho da Amadora, sendo uma realização da Assorpim - Associação de Reformados e Idosos da Freguesia da Mina e com os Apoios da C. M. Amadora e da Junta de Freguesia da Mina. O espectáculo, teve o seu início às 15, 45 horas com a presença de vários convidados dos quais se destaca o Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Amadora, António Moreira e o Presidente da Junta de Freguesia da Mina, Joaquim Rocha, com o auditório repleto de público, destaca-se os intervenientes na Sessão de Fados, começando pela Guitarra Portuguesa - João Serra e Moura, na Viola - Carlos Valinhas e os fadistas - José Casanova, Sónia Silva, Marino João, Vanessa Lima e Jorge Ferreira, também se destaca a presença de alguns fadistas que quiseram colaborar nesta Sessão de Fados, começando por António Boura, Carla Bernardo, José Tanoeiro e Gabriel Carrascosa (cidadão espanhol, residente à alguns anos em Portugal e cantando fado), a apresentação e direcção artística esteve a cargo de Vitor Miranda. O espectáculo foi dividido em duas partes e no começo da 2ª. parte usaram da palavra o Presidente da Junta da Mina e em seguida o Vereador da Cultura da C. M. Amadora, ambos referindo o excelente espectáculo a que estavam assistindo. Nesta Sessão foram cantados três estilos de fado, o tradicional, o marialva e o humorista, tendo terminado o espectáculo com uma desgarrada com intervenção de todos os fadistas e que fez delirar todos os presentes. Foram cerca de três horas de fado que foi do agrado de todo o público presente, que saíram bem dispostos, à saída registaram-se bastantes comentários para que fossem feitas mais sessões destas.

3 25 Outubro 2012 O CORREIO DA LINHA Paulo Vistas candidato à liderança de Oeiras Texto: verónica ferreira As próximas autárquicas estão à porta e já a pensar na campanha politica que se avizinha, o movimento independente Oeiras Mais Frente apresentou Paulo Vistas, atual vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras, como candidato Rotary Club de Sintra elege profissional do ano O Rotary Club de Sintra, tal como tem acontecido desde há alguns anos a esta parte, homenageou o Profissional do Ano da sua Comunidade. O evento decorreu no dia 8 de Outubro no Hotel Tivoli em Sintra numa sessão festiva de jantar, tendo a escolha recaído na Srª Dª Maria Leonor Eva Cunha, proprietária da prestigiada Fábrica de Queijadas Periquita. A à liderança do concelho. Na conferência de imprensa da apresentação do candidato, Paulo Vistas discursou para uma sala cheia de apoiantes e A homenageada e o Presidente do Rotary Club de Sintra parceiros autárquicos sobre as suas intenções para o próximo mandato. Entre outras indicações, o candidato independente deixou claro que pretende dar continuidade ao projeto iniciado por Isaltino Morais homenagem visa alcançar dois propósitos. Por um lado, reconhecer e enaltecer o valor, perante a sociedade, de todas as ocupações úteis, e por outro distinguir publicamente uma individualidade que se tenha destacado, não só pela dignificação da sua profissão, negócio ou ocupação como também pelos elevados padrões de ética que tenha praticado ou desenvolvido na execução dos seus afazeres diários. Os produtos que coloca à disposição de todos, no seu estabelecimento comercial, nos quais o labor, dedicação e empenho na qualidade da sua confecção, estão bem patentes. Tem contribuído de forma notória para asse gurar a divulgação da excelente imagem que Sintra desfruta no País e no Estrangeiro no campo da doçaria, adirmou o presidente. A família da homenageada na senda de manter o concelho de Oeiras como uma região de referência nacional pelos melhores índices sociais, profissionais, económicos e de lazer. Apesar do otimismo demonstrado a ausência de Isaltino Morais na cerimónia formal não deixada ao acaso. No final do encontro os jornalistas confrontaram o candidato que se defendeu e garantiu ter todo o apoio do atual presidente da autarquia, Isaltino Morais. Apesar dos processos judiciais em curso contra o edil camarário, Paulo Vistas está convicto que tais acontecimentos não irão interferir quer na sua candidatura como na avaliação dos eleitores para a escolha do próximo presidente de Oeiras. É de salientar que o vice-presidente tem sido presença assídua em várias cerimónias oficiais e que tem vindo, ao longo dos anos, procurado criar pontes de diálogo entre a classe política oeirense e os munícipes. Em Oeiras, vivemos em verdadeira democracia. Em Oeiras, é a comunidade quem governa, e desde então, Oeiras tornou-se no melhor concelho para viver, trabalhar e estudar, com um rendimento per capita dos mais elevados em todo o país e um dos melhores índices de escolaridade em Portugal, salientou Paulo Vistas na apresentação da sua candidatura a presidente da Câmara Municipal. 3 Cozinha Velha O Restaurante Cozinha Velha loca lizado em Queluz junto a Pousada D. Maria, do Grupo Pestana está a realizar de 15 a 30 de Outubro a Quinzena de Cataplana sendo confecionada pelo chefe da Cozinha Velha com uma diversidade de sabores e gostos requintados como a Cataplana de Peixe: corvina com amêijoas; tamboril com camarão ou bacalhau com mexilhões, nas Cataplanas de Carne; frango com molho agri-doce e legumes e tambem existe a Cataplana Vegetariana ou Cataplana de cabrito ou marisco, e para terminar buffet de sobremesas. Mas o Restaurante vai realizar para os apreciadores de porco preto uma quinzena de 15 a 30 de Novembro. Alem destas quinzenas gastrónomicas o Restaurante Cozinha Velha tem uma deversidade de pratos gastronómicos de excelente requinte e sabor. Reserve ou saiba mais pelo tel

4 4 O CORREIO DA LINHA 25 Outubro 2012 Confraria e vinho de Carcavelos uma união perfeita Texto: raquel dias Com o objectivo de continuar o processo de comercialização e divulgação do Vinho de Carcavelos, a Confraria de Enófilos do vinho abriu mais uma loja, desta feita, no centro histórico de Oeiras. O Correio da Linha falou com o responsável pelo estabelecimento, Pedro Caetano, que nos deu a conhecer o espaço que acolhe, também, a sede da Confraria. O Correio da Linha (C.L.) Quem vem a esta loja o que é que pode encontrar? Pedro Caetano (P.C.) Esta é uma loja do tipo gourmet onde temos ao dispor dos clientes uma panóplia de produtos de alta qualidade. A nossa grande bandeira são os vinhos que englobam as regiões demarcadas de Carcavelos, Colares e Bucelas, que estão inseridas na Rota dos Vinhos. Depois temos vinhos de todo o país: Alentejo, Douro, Dão, Lisboa, etc. A doçaria regional é outra das nossas grandes apostas. Inicialmente quisemos reunir neste espaço tudo o que fosse doçaria da região: tivemos doçaria da Casa das Queijadas, da Oceânia e dos Dafundinhos. Porém, como a procura não era grande, sobravam sempre bolos, o que acabava por ser muito dispendioso. Neste momento tudo o que aqui temos é produzido pela minha mulher, Isaura Favinha, responsável pela Casa Favinha. Quem aqui vier encontra doçaria feita à base do Vinho de Carcavelos pão-de-ló (Carcaveló), confrades, bolachas artesanais, etc. - bem como azeites, vinagres, compotas, amêndoas, mel, chocolates. O nosso objectivo é concretizar esta casa de forma a torná-la cada vez mais conhecida e procurada de modo a que possamos ter aqui tudo aquilo que seja feito na região e que se enquadre neste espaço. C.L. Esta loja serve também para consumo dos produtos aqui vendidos? P.C. Sim, oferecemos às pessoas a possibilidade de se sentarem e degustarem o vinho sem terem de investir numa garrafa, podendo acompanhar com a doçaria regional. O que temos reparado é que grande parte das pessoas que aqui vêm beber um copo de Vinho de Carcavelos acabam por levar uma garrafa. C.L. Quais os preços praticados? P.C. Temos vinhos desde os 4 euros até aos 50 euros. A garrafa do Vinho de Carcavelos custa neste momento 30 euros antes desta loja abrir custava 35 euros - e o cálice 1.50 euros. Os clientes podem ainda optar por um dos menus que temos disponíveis, que variam entre os 1.90 euros e os 2.90 euros e que englobam, por exemplo, um cálice de vinho e um bolo. C.L. Não considera o elevado preço do vinho um entrave à sua maior divulgação e consumo? P.C. - Há que ter em conta que estamos a falar de um vinho com História, premiado nacional e internacionalmente e que é património da região. E por incrível que pareça vende-se bastante bem. No mês de Dezembro, por exemplo, houve um dia em que vendemos mais de 25 garrafas de Vinho de Carcavelos. C.L. O que distingue o Vinho de Carcavelos dos outros vinhos? P.C. O Vinho de Carcavelos é um vinho generoso, categoria da qual só fazem parte mais três: o Vinho do Porto, o Moscatel e o Madeira. O Carcavelos distingue-se porque tem um sabor frutado conseguido através de uma mistura das colheitas de vários anos e pelo uso de pipas de alta qualidade para o envelhecer: em função do sabor que se quer atingir vão se usando pipas com maior ou menor queima. Chama-se a isto a tosta. O Vinho de Carcavelos tem uma tosta forte que lhe confere uma maior qualidade e um sabor final frutado. Há ainda outra questão fundamental para este sabor: o facto de estar em madeira no mínimo 4 anos e mais 6 meses em garrafa. C.L. Há algum tempo falou-se numa possível produção de aguardente... P.C. Pois, mas isso não é algo a concretizar neste momento. Aquilo que surgiu no mercado há pouco tempo foi o Casal da Manteiga, um vinho branco de mesa da região de Lisboa que é feito com as mesmas castas do Vinho de Carcavelos galego dourado, arinto e ratinho mas que é tratado de forma diferente deste, daí ser um vinho de mesa. C.L. Qual o segredo para produzir um vinho desta qualidade? P.C. A qualidade do vinho está directamente relacionada com o clima e com os terrenos em que as vinhas estão plantadas que são bastante bons. Há também que referir a importância do enólogo e das pessoas que trabalham em redor do vinho. O facto da nossa vinha estar instalada dentro da Estação Agronómica Nacional, que é um pólo de investigação, permitiu que fossem feitos alguns ensaios que permitiram ir melhorando a qualidade do vinho. C.L. Na inauguração deste espaço no passado dia 11 de Novembro o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, falou da recuperação da adega principal do próprio Marquês do Pombal. Este é um dos principais objectivos da Confraria? P.C. Este é um objectivo que já se encontra numa fase avançada. A ideia é voltar ao passado e recuperar aquele espaço de grande qualidade para uma adega transferindo-se para lá várias pipas que estão no Casal da Manteiga pois este espaço já está lotado. Este local poderá também ser visitado pelo público em geral, à semelhança do que é feito no Casal da Manteiga. Julgo que a curto prazo possam haver novidades a este respeito. C.L. E quanto à exportação do Vinho de Carcavelos? P.C. O nosso objectivo é, primeiramente, servir o mercado nacional. Neste momento o vinho não é exportado mas dado os vários pedidos esperamos ainda este ano começar a exportar para os Estados Unidos, Espanha e Itália. Tudo indica que iremos ter a visita de russos, portanto esta é outra possibilidade. C.L. Têm vinhas não só no Casal da Manteiga, em Oeiras, mas também na região de Caparide, em Cascais. Tendo isto em conta qual o apoio das Câmaras Municipais destes concelhos à produção e divulgação do vinho? P.C. O vinho de Carcavelos tem duas produções: uma pública, da responsabilidade da Câmara de Oeiras, feita no Casal da Manteiga e outra privada, produzida na região de Caparide da qual costumam aparecer no mercado duas marcas: uma da Quinta da Ribeira e outra da Quinta dos Pesos...de momento este vinho não está a ser comercializado. Quanto ao apoio das autarquias há que dizer que se o Vinho de Carcavelos tem o estatuto que tem hoje, é graças à Câmara de Oeiras. Quanto à Câmara de Cascais não sei o que tem sido feito, mas pode haver alguma dinâmica que desconheça portanto não posso falar sobre isso. C.L. Que balanço faz do trabalho levado a cabo pela Confraria desde a sua criação em 2009? P.C. A este respeito podemos fazer uma relação directa com a expressão que o Vinho de Carcavelos passou a ter desde então. Desde 2009 há muito mais gente a falar do vinho e a bebê-lo. Isto foi conseguido em grande parte graças à criação da Confraria. A dinâmica e o trabalho desenvolvido pela Confraria, em conjunto com a Câmara Municipal de Oeiras trouxeram o Vinho de Carcavelos à ribalta fazendo recordar tempos passados em que o vinho era servido na corte de Pequim, por exemplo. No decorrer desta entrevista várias foram as pessoas que entraram na loja para comprarem doçaria tradicional ou para provarem um cálice do néctar de Carcavelos. António Oliveira, residente em Carnaxide, aproveitou a ocasião para saborear o vinho ao qual juntou um doce regional. É a primeira vez que venho a este espaço mas já é costume ir à outra loja da Confraria beber um copinho de Carcavelos e comer estas queijadas que são óptimas. Não é habitual comprar a garrafa mas sou apreciador deste sabor frutado que o Vinho de Carcavelos tem. Acho que é isso que o distingue dos outros vinhos e que lhe confere uma alta qualidade, conta.

5 25 Outubro 2012 O CORREIO DA LINHA Em Cascais Clínica oferece bem estar e saúde Imagine uma Clínica/SPA onde, com uma vista deslumbrante para o azul do oceano Atlântico, pode repousar durante algumas horas enquanto uma credenciada equipa de profissionais garante-lhe um atendimento personalizado e cuida da saúde do seu cabelo, rosto e corpo com o auxílio de novos métodos e de soluções tecnológicas inovadoras. Desde 2011 que este cenário de sonho é agora uma realidade com a BojaBeauty. Localizado no último piso do edifício Bojador, no centro de Cascais, este atelier pretende ligar a estética à saúde, como afirma a gerência: Os proprietários e mentores do conceito da clínica, quiseram estabelecer uma relação entre essas duas áreas. Uma prova dessa ligação é a variedade de especialidades médicas de que dispõem, como a cirurgia plástica, cirurgia estética, nutrição clínica, pedopsiquiatria, psiquiatria e psicologia clínica, em simbiose com serviços de estética, como spa de pés e de mãos ou o cabeleireiro. Esta união entre a estética e a saúde era inexistente no concelho de Cascais antes da fundação da BojaBeauty. Para garantir Ilda Roldão Cláudio Barros Maria Pinto um melhor serviço aos seus clientes, o atelier trabalha com um equipamento sofisticado, além de contar com a garantia da qualidade dos produtos dos Laboratórios Gernétic, linha médica, ligada à cosmética ortomolecular, cujos produtos são biológicos, estes são muito utilizados, por exemplo, na recuperação de cirurgias estéticas e de cirurgias plásticas e na recuperação de queimados. Em termos de infraestruturas, a clínica é dotada de um gabinete de grandes dimensões onde têm lugar tratamentos de rosto e de corpo, entre outros no qual são realizados, por exemplo, spa de pés e de mãos, depilações a laser, manicure, pédicure, etc. A clínica possui uma carteira considerável, de todas as faixas etárias e oriundos, principalmente, do concelho de Cascais. Uma boa parte dos utilizadores dos serviços da BojaBeauty pertencem ao sexo masculino: Os senhores mudaram a relação que tinham com a medicina estética e a cirurgia plástica. Em relação à clínica, sentem-se completamente à vontade para disfrutar dos nossos serviços, visto que se trata de um ambiente mais acolhedor e privado. Normalmente, os homens optam mais pelo spa de pés, o cabeleireiro e as massagens,etc. Alguns ainda fazem tratamento de rosto, embora seja em menor número. A equipa da BojaBeauty é composta por uma cabeleireira e por duas terapeutas, uma responsável pelas massagens, pédicure, manicure, spa de pés e mãos, e outra, formada pela linha médica Gernétic, que se dedica a recuperações de pré-operatórios e pósoperatórios, tratamentos de anti celulite e a tratamentos de perda de peso e de volume, entre outros. A localização é uma das vantagens do espaço: Além de se situar no centro de Cascais e de ter uma vista deslumbrante para o mar, dispomos de parque privativo e gratuito, além de termos uma área exterior com jardim/ deck e jacuzzi. De acordo com a gerência, os efeitos da crise não se fazem sentir na BojaBeauty: Como nós temos uma boa carteira de clientes, acabamos por não ser afetados pela recessão. No entanto, se não fosse este período económico mais complicado, acredito que podíamos ter já mais pessoas. Mas tenho a certeza de que, a partir de agora, a clínica vai conseguir conquistar muitos clientes, principalmente devido ao investimento que temos feito em publicidade, quer através da abordagem às pessoas na rua, quer através dos testemunhos da atriz Ana Zanatti, que é a nossa figura pública. A aposta no marketing irá manterse graças à parceria com a PROMUS, uma empresa de publicidade com a qual a gerência espera conquistar clientes provenientes do estrangeiro residentes no concelho e com os protocolos estabelecidos com a Cirurgia Plástica. O futuro da BojaBeauty está também nas mãos do Dr. Cláudio Barros e da Dra Cristina Nogueira, que começaram a trabalhar há pouco tempo na clínica. Para os cirurgiões plásticos, os cuidados com rosto e corpo são bens de primeira necessidade: Por exemplo, a cirurgia plástica é tão essencial como tomar banho. Por que temos de cair aos pedaços, se podemos ficar bonitos? Acredito que a cirurgia plástica é um elemento importante para a nossa higiene e para a nossa saúde. Contamos também Cristina Gomes com a colaboração de outros cirurgiões plásticos. A BojaBeauty formações, consulte o site e a página de Facebook do está aberta de Segunda-Feira a Sábado, entre as 09 e as 19 horas. Para mais in- espaço. 5

6 6 O CORREIO DA LINHA 25 Outubro 2012 Oeiras tem Miss Texto: igor garcia pires e photo-pro A concretização de um sonho. Foi isso que aconteceu à jovem Carolina Alves, que, no passado dia 8 de setembro, venceu a primeira edição da Miss Oeiras. O desejo de entrar no universo da moda já era antigo para esta beldade de 21 anos: Desde criança que tenho mesmo um grande interesse por essa área. Sempre gostei de assistir aos desfiles e a todos os concursos com misses. Sou fascinada por esse tipo de eventos. Logo, mal soube que estavam a organizar a primeira edição da Miss Oeiras, Carolina não hesitou: Achei que seria uma excelente oportunidade para mim, além de me ter atraído também a responsabilidade social que este concurso tem. Por exemplo, ao longo do estágio de miss, envolvemo-nos em vários projetos de voluntariado. Apesar de ter conquistado o título de Miss, Carolina não consegue explicar por que motivo foi a escolhida: A concorrência era mesmo muita e esteve sempre à altura. Eramos todas muito bonitas e simpáticas Talvez me tenha destacado nalgum momento do desfile. Embora esteja orgulhosa por ter vencido o concurso, a jovem não se esquece da sua fundamental base de apoio: Para mim, a família é o mais importante. Se não pudesse contar com a ajuda dos meus pais, não teria conseguido vencer o concurso. Não consigo nada sem esse apoio. Eles estiveram comigo desde o primeiro momento, assistiram ao meu desfile na edição da Miss Oeiras, apoiaram-me recentemente quando participei no concurso Miss Angola-Portugal, no qual fiquei em 3ª lugar (2ª dama de honor), e é claro que vão continuar ao meu lado agora que me vou tornar uma modelo profissional, graças ao contrato que assinei com a agência Max Model. No seu dia-a-dia, Carolina tem muitos cuidados com a saúde: Além de ter uma alimentação saudável, que, na minha opinião, é fundamental, faço exercício físico, costumo utilizar um creme hidratante e preocupo-me sempre em cuidar bem do meu cabelo. A vida da jovem não se resume à moda: Encontro-me no quarto ano de licenciatura em Enfermagem. Vou terminar o curso este ano e espero, no futuro, conciliar as duas carreiras. Para os jovens que querem entrar no mundo da moda, Carolina deixa um conselho: Estejam atentos às oportunidades e inscrevam-se numa agência de modelos, que é um excelente ponto de partida Enfim, lutem pelos vossos sonhos!. A mãe de Carolina, Ana Alves, sente-se muito orgulhosa com a vitória da filha: Trata-se de uma experiência diferente e fico feliz por a Carolina estar envolvida num projeto que tem também uma componente solidária tão importante. De resto, vou sempre apoiala, caso a minha filha mantenha a carreira de modelo profissional. A organizadora do Miss Oeiras 2012, Cleonise Malulo, faz um balanço extremamente positivo desta primeira edição: Estou muito feliz com o trabalho que foi realizado, mas, como a divulgação do evento foi feita muito tarde, houve poucas candidaturas. Com certeza que a 2ª edição, que já estamos a preparar, vai receber mais candidatas. Além de estar grata à Câmara Municipal de Oeiras, às juntas de freguesia de Algés, Linda-a-Velha, Carnaxide, Cruz Quebrada/ Dafundo, Queijas, Caxias, Bar - carena, Paço d Arcos e Oeiras e S. Julião da Barra, ao grupo de teatro Intervalo, a Anisabel Santos (ASLI) e ao painel de jurados (composto por Max Carrilho, da Max Model, as atrizes Cristina Areia e Marta Andrino, a modelo e apresentadora Isilda Mussuela e Edy Santos, da Jun ta de Freguesia de Carnaxide), Cleo nise ainda aproveita para agradecer aos patrocinadores do evento: Cabeleireiro Beautiful Hair (Hotel Real de Oeiras), Cabeleireiro - Doce Corte (Caxias), Ca beleireiro - Gerações (Caxias), Ca beleireiro - Talento (Oeiras), Cabe leireiro - Belari (S. Domingos de Rana), Hotel Baía (Cascais), Hotel Real de Oeiras (Paço de Arcos), Fotografias 21.Com, J. Abreu Fotografias, Florista Flôr de Caxias (Caxias), Florista do Centro Comercial das Palmeiras (Oeiras), Florista do mercado de Oeiras, Marzen Gym e Spa (Moinho das Antas em Oeiras), Equilibrium Massagens (Corroios), Holmes Place (Miraflores), Loja liling Pan (Caxias), Mar de Cópias (Miraflores), Necessaire Produtos de Beleza (Almada), Agência de Modelos MAXMODEL (Almada), Marta Monteiro, J. PINHO PRODUÇÕES (Oeiras), Zornitsa Todorova - Joias (Lisboa) D. Artémia e Daniel Castanheira e Josétte. PERFIL Miss Oeiras 2012 Nome: Carolina Alves Idade: 21 anos Signo: Caranguejo Um prato: Feijoada Um perfume: Dolce & Gabbana Uma música: Around the World, de Beyoncé Uma cor: Rosa Desporto favorito: Natação Um filme: Titanic, de James Came ron Um livro: Juntos ao Luar, de Nicholas Sparks Uma bebida: Água Um destino de férias: Portugal Um ídolo: A minha mãe Um programa de televisão: A série Anatomia de Grey Um vício: Fazer desporto Uma marca de roupa: Guess

7 25 Outubro 2012 O CORREIO DA LINHA CETO Escola de ténis é fabrica de campeões 7 Gustavo Pelixo, Filipe Cunha e Silva, Ana Rita Alves, João Cunha e Silva, Rebeca Silva, Francisco Guimarães e Vasco Marreiros Texto: diana duarte matias Dez anos depois de deixar uma marca no ténis português como jogador, entre o final da década de 80 e a década de 90, João Cunha e Silva aceitou o desafio de coordenar da escola de ténis do CETO Clube Escola de Ténis de Oeiras onde já nasceram e cresceram muitos campeões da modalidade. O CETO conta actualmente com 240 alunos. Os mais novos têm três anos e não há limite de idade para gostar de jogar ténis. A partir dos três anos há uma classe - chamada motricidade infantil para o ténis - onde as crianças ficam até aos cinco anos. Dos cinco aos sete anos, os alunos já frequentam as aulas de mini-ténis. Neste escalão por vezes já aparecem crianças muito evoluídas e, quando vemos que têm uma ascensão mais rápida do que o habitual, começamos a proporcionarlhes outras coisas. Depois, a partir dos sete Filipe Cunha e Silva, perdeu na final do Campeonato Nacional de Sub 16 com Jose Maria Moya Ficha Técnica anos, já não há condicionantes. Depende apenas da evolução do jovem, explicou João Cunha e Silva, em entrevista ao jornal O Correio da Linha. Do ponto de vista competitivo, o clube conta também com um centro de treino especial com mais de quarenta jovens, onde há vários jogadores de destaque, não só a nível nacional como internacional. Foi um projecto que eu abracei em 2000 e que felizmente tem andado bem e tem mostrado bons resultados. Passou por aqui o Frederico Gil durante nove anos, passou o Rui Machado durante dois anos e meio, passou o Pedro Sousa alguns dos grandes valores do ténis português, enumerou João Cunha e Silva. Também tivemos aqui a Carlota Santos, a Joana Vale Costa há vários campeões e vice-campeões nacionais a crescer nesta escola, vários juniores de bom nível, e também nos escalões sub-12, sub-14 e sub-16, acrescentou. O responsável fala do trabalho como treinador como algo recompensador e gratificante. Auxiliado por uma equipa de seis treinadores, João Cunha e Silva tem procurado, em simultâneo, dinamizar o clube numa vertente social e mostrar resultados na vertente competitiva. A principal dificuldade, diz João Cunha e Silva, é a forma como a sociedade portuguesa olha para o desporto de alta-competição. Falta um maior número de crianças e de famílias mentalizadas em permitir que esses jovens façam do ténis profissão e ver a modalidade como uma alternativa de futuro. E falta também outro envolvimento das escolas neste desporto. Neste momento, a nossa realidade escolar é um entrave claro ao desporto de alta-competição, não só ao ténis, mas também, defendeu, lembrando que, comparando a realidade portuguesa à espanhola, o número de jornal mensal de actualidade Administração, Redacção e Publicidade: Rua Prof. Mota Pinto, Loja Oeiras Tel /6 Tlm geral@ocorreiodalinha.pt Director: Paulo Pimenta Secretariado: Betania Paulo Redacção: Claúdia Silveira, Ana Marreiros, Tomás Tim-Tim, Verónica Ferreira, Palmira Simões, Diana Duarte Matias Marketing e Publicidade: Sofia Antunes Fotografias: J. Rodrigues e Diogo Pimenta Paginação e Impressão: MX3 - Artes Gráficas Alto da Bela Vista - Pavilhão 50 (Sulim Park) Cacém - Tel.: Administração: Alice Domingues /Paulo Pimenta com mais de 10% Propriedade/Editor: Vaga Litoral Publicações e Edições, Lda. Matr. Nº Cons. Reg. Com. Oeiras - Capital social: N. C Depósito Legal N.º 27706/89 Registo na I. c.s. N.º Tiragem do mês: 15 mil exemplares Preço de Assinatura anual 12 edições: 13 euros praticantes é drasticamente menor. Em termos de resultados internacionais o ténis português está a atravessar um excelente período. Temos cinco jogadores nos primeiros duzentos, o que é um feito, e temos duas jogadoras também nas duzentas primeiras. Isto quer dizer que em termos de ténis de ponta, este será o melhor momento português até hoje. Além disso, temos também alguns jovens a despontar e que têm possibilidades de chegar longe, antevê. João Cunha e Silva foi, ele próprio, muito longe no mundo do ténis. Chegou a ser número um do mundo na categoria de juniores e entre Fevereiro e Abril de Tornou-se profissional no Verão anterior, quando terminou o 11º ano, dispensando aos exames com muita dificuldade. Na época, o estatuto de atleta de alta competição não me contemplava, explicou. Jogou profissionalmente até ao ano 2000, altura em que abraçou o projecto do CETO. Na época, a escola tinha apenas 66 alunos. Hoje são cerca de 240, espalhados pelos vários horários entre as 8h30 até às 22h00, durante a semana, e ao sábado de manhã. Ao contrário do que se possa pensar, o ténis é um desporto muito popular, especialmente graças às transmissões televisivas, que têm dado uma grande projecção da modalidade. Julgamos que, por incrível que possa parecer, o ténis é a segunda modalidade mais praticada no país. Só não temos certezas quanto a números porque a quantidade de federados não espelha essa realidade. No entanto, quando pensamos em praticantes, sabemos que hoje em dia deverá ser a segunda modalidade mais praticada em Portugal, o coordenador do CETO.

8 8 O CORREIO DA LINHA 25 Outubro 2012 Texto: DIANA DUARTE MATIAS Há vários anos que Alexandra Ama ral alimentava o sonho de se envolver numa associação que pres tasse apoio social a que dele mais precisa. Depois de uma viagem a Moçambique, nasceu uma paixão por África que acabou por ser a alavanca que faltava para a concretização de um projecto que ia tomando forma na sua cabeça. Em 2008, em conjunto com outras duas sócias fundadoras, criou a ACÁCIA - Associação de Cooperação Internacional com África uma Or ganização Não Governamental de Desenvolvimento, com sede em Oeiras, que leva a cabo vários pro jectos de cariz social em Moçambique. Em entrevista ao jornal O Correio da Linha, Alexandra Amaral fala dos objectivos, dos projectos e das conquistas da ACÁCIA. Associação Acácia apoia comunidades Moçambicanas O Correio da Linha (C.L.) - Como é que nasceu a Associação Acácia? Alexandra Amaral (A.A.) - A Acácia é um sonho muito antigo e resultado de um gosto comum por África. Eu tive a sorte de ir a Moçambique, num contexto de trabalho, e apaixoneime por África, apesar de nunca ter tido qualquer ligação àquele continente. Pensei logo que queria desenvolver uma Organização Não Governamental, uma associação através da qual pudesse desenvolver projectos de apoio à comunidade. Felizmente, houve um conjunto de circunstâncias que se proporcionaram, porque eu tinha duas amigas com ligações a África uma nasceu em Angola e outra em Moçambique - e foi assim que nos constituímos as três sócias fundadoras da Acácia. C.L. - Porquê o nome Acácia? A.A. - No início não tínhamos qualquer ideia para o nome mas depois surgiu esta hipótese, através de uma amiga minha, que nos lembro que Maputo é a cidade das acácias e também porque as letras se ajustam a Associação de Cooperação Internacional com África. Todas as sócias acharam a ideia muito gira. Depois, a partir do nome, criámos a flor que tem uma pétala de cada cor de forma a representar os vários países de África, o multiculturalismo e a globalização. C.L. - Quais são os grandes objectivos da Acácia? A.A. - O principal objectivo é a capacitação da mulher africana na sua vertente social, humana e cultural. Mas entretanto acabámos por desenvolver projectos noutras áreas, como a nutrição infantil. C.L. - Quais são os principais projectos a que se dedicam? A.A. - O nosso primeiro projecto começou num bairro de Maputo, muito populoso e carenciado, onde desenvolvemos um processo de alfabetização da mulher numa escola comunitária, muito pequena mas muito bem referenciada naquela zona. Abrangemos cerca de 150 alunas. Ainda em Maputo começámos também a dar apoio em aulas de nutrição e higienização e, numa outra vertente, apostámos na reabilitação de infraestruturas e construímos casas-debanho, que era uma grande carência no bairro. Ao mesmo tempo, estamos a reconstruir e a expandir COMPRA Ouro - Prata Penhores Avaliações gratuitas Agente Oficial de prestigiadas marcas de relógios Sector Rip Curl Just Cavalli Swatch Casio Timex Oncyl One CK Flik Flak Cobrimos todas mas... todas as ofertas a escola, uma ideia que surgiu através de uma mestranda da Universidade de Coimbra. Ela está no terreno e, ao mesmo tempo em que está a fazer a sua tese de mestrado, está a envolver a população na reconstrução da sua própria escola. Acaba por ser bom para a população porque aprendem um ofício que poderão aplicar noutros projectos na zona e, ao mesmo tempo, ganham gosto pela escola que está a nascer das suas próprias mãos. C.L. - Também estão envolvidas em projectos fora de Maputo A.A. - Sim. Fomos contactadas por uma enfermeira da Universidade de Coimbra que está a fazer um projecto de voluntariado em Nampula, zona norte de Moçambique, muito carenciada e com imensas deficiências. Esta enfermeira criou a unidade materno-infantil de um dos hospitais, onde temos desenvolvido um projecto de nutrição infantil para dar resposta às carências das imensas crianças que ali chegam com problemas graves de subnutrição. Há casos de crianças de seis meses com um peso semelhante ao do recém-nascido a pensar nestes casos, a Acácia criou o projecto Kit Papinhas, muito querido para nós, porque consiste no apoio à criação de um kit papas que consiste numa mistura de meio litro de óleo, leite em pó e meio quilo de açúcar. Isto resulta numa dieta muito energética que ajuda as crianças que passam por estas situações. Ao todo, já conseguimos apoiar 250 crianças. Por outro lado, no ano passado, esta enfermeira pediu-nos também algum apoio para os avós destas crianças. Porque muitas vezes estes bebés são órfãos de pais com SIDA, muitas deles também têm SIDA, e acabam por estar entregues aos avós que se sentem um pouco desorientados. Criámos então a campanha dos Kits Avós, que consiste numa rede mosquiteira, um biberão, duas tetinas R. Frederico Arouca (R. Direita), 385 B e 368 Cascais Tel.: / / joalharia.valbom@gmail.com e um termo para a água quente. Ainda em 2011, por altura da Páscoa, apoiámos também um orfanato em Catandica, uma zona no interior centro de Moçambique. A ideia surgiu depois do apelo das Irmãs Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, que zelam por este orfanato e que estavam a lidar com a chegada de um número cada vez maior de crianças. Fizemos então a Campanha das Amêndoas e apelámos às pessoas para converterem as amêndoas em ajudas para as crianças da Catandica. Correu muito bem porque conseguimos a mobilização de muitos amigos, familiares e pessoas que, a pouco e pouco, vão começando a conhecer a Acácia e o trabalho que desenvolvemos. Pontualmente também apoiamos as Irmãs Salesianas que desenvolvem trabalho de apoio humanitário com crianças órfãs na província de Inharrime. Para isso levamos a cabo, pontualmente, campanhas de recolha de brinquedos, livros, artigos de higiene, entre outras coisas. C.L. - Como é a chegada ao terreno? É difícil conseguir a confiança das populações? Bom, nós tentamos sempre fazer parcerias com entidades que já estejam no terreno precisamente para evitar que as comunidades se sintam inseguras perante a chegada de estranhos. Assim, em Maputo temos uma parceria com uma associação local que já desenvolviam acções no âmbito da capacitação da mulher e que nos referenciaram a escola onde estamos a agir. Em Nampula a nossa ponte é a enfermeira da Universidade de Coimbra, que uma das nossas sócias teve a oportunidade de conhecer. Em Catandica, entrámos pela mão das Irmãs Reparadoras porque eu conheci uma das Irmãs que está a desenvolver a sua acção social naquela zona. Em relação a Inharrime, chegámos às Irmãs Salesianas porque nós desenvolvemos também trabalho no Bairro do Fim do Mundo, no Monte Estoril, onde elas também prestam apoio. C.L. - Tem sido difícil recolher apoios suficientes para pôr em marcha tantos projectos? Bom, os nossos projectos acabam por ser pequenos, ajustados à dimensão da Acácia. Há alturas em que conseguimos

9 25 Outubro 2012 O CORREIO DA LINHA 9 angariar uma grande quantidade de material e isso é óptimo. Mas noutras alturas isso não acontece mas enviamos na mesma e é bom de qualquer forma. Mobilizamos os nossos meios e vamos trabalhando de acordo com o que vamos conseguindo, ainda que tenhamos a noção de que nunca chega e que é sempre pouco para as necessidades daquelas comunidades. Mas mesmo mandando pouco, é um gosto enorme porque eles agradecem profundamente tudo o que chega lá. Felizmente, a pouco e pouco, a Acácia vai sendo conhecida e vai conseguindo reunir mais donativos e apoios. Criámos um blogue, que pode ser visitado em acacia-associacao.blogspot. pt, e todos os anos organizamos um evento de divulgação da associação e de angariação de fundos. Em 2009 foi um jantar, onde tivemos como convidado de honra o pintor moçambicano Malangatana, que nos ofereceu um quadro. Nessas circunstâncias, conhecemos um membro do Rotary Club de Parede-Carcavelos, que nos apoia desde essa altura, no âmbito da sua vertente social. Num dos eventos em que participámos a convite do Rotary Club, tive o privilégio de conhecer o director do Colégio da Barufeira, o Dr. José Muñoz, que nos disse que todos os anos o Colégio desenvolve uma actividade de solidariedade, por altura nos Santos Populares, cujos lucros revertem a favor de instituições, sendo que a Acácia já foi uma das associações beneficiadas. É este tipo de apoios que nos servem de motor para a nossa acção. Também já realizámos um Chá de Solidariedade, que reverteu a favor do projecto de nutrição infantil e, este ano, levámos a cabo, no passado dia 20 de Outubro, um Concerto de Solidariedade no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, onde contámos com a actuação do Coro Regina Coeli. Com estes apoios, estes contactos e estas iniciativas vamos conseguindo apostar nos projectos que temos em curso em Moçambique. Empresário recebe comenda N o passado dia 18 de Outubro, no Salão Nobre do Hotel Cidadela, em Cascais, foi entregue a insígnia de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial ao empresário e benemérito Américo Simões Santo. Na cerimónia, marcaram presença o Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Engenheiro Paulo Júlio, o Presidente da Câmara Municipal de Ansião município de que é natural o homenageado -, Dr. Rui Alexandre Novo Rocha, o Comendador Joaquim Baraona, o deputado Fernando Ribeiro Marques, e a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, Isabel Miguéns Bouças, entre outras diversas personalidades ilustres. No seu discurso de agradecimento, Américo Simões Santo mostrou-se muito orgulhoso por este reconhecimento, atribuído pelo Presidente da República: Confesso que não quis acreditar quando soube que esta comenda tinha sido aprovada e publicada no Diário da República. Creio que não fiz nada para receber esta insígnia, mas é óbvio que fico contente por o meu trabalho de décadas ser reconhecido de uma maneira tão ilustre. É com muita emoção que vivo este momento solene. O deputado Fernando Ribeiro Marques, que na altura em que esta comenda foi atribuída era Presidente da Câmara Municipal de Ansião, elogiou a grandeza de Américo Santo: Foi no início da década de 90 que tive o privilégio de o conhecer e desde aí tornei-me um profundo admirador da sua personalidade tão prestativa. Além disso, o senhor Américo Santo é um cidadão do mundo, mas nunca esqueceu as suas raízes. Prova disso são as obras de beneficência e de solidariedade social que construiu em Ansião, cujo maior exemplo é a fundação D. Fernanda Marques, criada em homenagem à sua esposa há vinte anos, que atualmente presta apoio a mais de cem pessoas, integrando um lar de idosos, apoio domiciliário, centro de dia e auxílio a uma cantina de apoio aos mais necessitados. Logo, as pessoas de Ansião admiram o senhor Américo Santo e é por isso que já foi distinguido por este concelho com uma Medalha de Mérito, além de o seu nome constar na toponímia do município. O caráter benemérito do empresário também foi destacado nas palavras do seu irmão, o Cónego Adriano Santo: Há pessoas que têm calos nas mãos. O Américo também os tem. É um homem de trabalho, de energia, dinâmico, que conseguiu realizar uma obra importante. Mas não tem calos no coração. Tem, aliás, um coração de ouro que, ao longo da sua vida, se foi manifestando através de uma família exemplar, das suas virtudes, dos seus princípios e da sua obra a favor do próximo. Já o Comendador Joaquim Baraona salientou o largo contributo que o homenageado tem prestado ao município de Cascais: O senhor Américo Santo fez obras neste concelho quase desconhecidas por toda a gente. Além de ter atribuído bolsas de estudo a muitos cascalenses, que, graças a este contributo, conseguiram concluir cursos superiores, foi um dos fundadores da Fundação D. Luís, uma das instituições mais importantes de Cascais, na qual se situa o Centro Cultural e todos os departamentos de caráter cultural da Câmara Municipal. Diante de tanta obra, como é possível não estar presente nenhum representante das entidades de Cascais nesta homenagem? É uma atitude vergonhosa perante uma personalidade que já fez tanto por esta vila e que está sempre disposta a colaborar para o seu desenvolvimento. Clínica/SPA de saúde e bem-estar Encontre um momento Único num espaço Único Empresa fundada em 1987 Azulejos! trabalhamos para os preservar Azulejaria tradicional portuguesa Oficina de Conservação e Restauro Medalha de Mérito Empresarial 2007 atribuída pela Câmara Municipal de Cascais Av. do Loureiro, 47 B Carcavelos Tel.: Fax: Site: azulejos@ceramica-carcavelos.pt Dava tudo por uma massagem hoje? Saia da rotina e fuja ao stress. Tire um momento para si onde o principal objetivo é relaxar. Faça-nos uma visita e descubra um serviço de excelência com os melhores tratamentos de bem-estar, enquanto se deslumbra sobre o Atlântico. Rua Joaquim Ereira, N.º º A Ed. Bojador CASCAIS Tels geral@bojabeauty.com

10 10 O CORREIO DA LINHA 25 Outubro 2012 A Casinha da Matilde Não vale a pena uma pessoa ficar em casa a lamentar-se Texto: DIANA DUARTE MATIAS Irina Alves estava grávida de cinco meses quando soube que ia ficar desempregada. A notícia caiu que nem uma bomba, mas rapidamente percebeu que não podia ficar a lamentar a sua má sorte. Transformou uma divisão do seu apartamento, em São Domingos de Rana, num pequeno atelier, investiu algum dinheiro na aquisição de tecidos e decidiu pôr mãos à obra, pondo em prática o que aprendeu no curso de Design de Moda, concluído há uma década. Nasceu assim A Casinha da Matilde, uma loja virtual onde é possível adquirir todo o tipo de artigos artesanais, já feitos ou personalizados. O jornal O Correio da Linha foi saber mais acerca deste projecto. O Correio da Linha (C.L.) - Como nasceu A Casinha da Matilde? Irina Alves (I.A.) - A Casinha da Matilde nasceu na sequência do meu desemprego. Inicialmente, concluí o curso de design de moda mas essa área não tinha qual quer saída pro fissional e então fui obrigada a procurar outras soluções para me sustentar. Acabei por ir parar ao sector bancário, em que trabalhei durante dez anos. Entretanto, fiquei grávida da minha filha Matilde. A minha gravidez foi um bocadinhho problemática e a partir do terceiro mês de gestação tive de ficar em casa. Quando soube que ia ficar desempregada tinha cinco meses de gravidez e já estava de baixa. Fiquei então a pensar que precisava de encontrar uma alternativa para trazer algum dinheiro para casa. Cheguei facilmente à conclusão que não seria uma boa altura para procurar um emprego porque quatro meses depois a Matilde ia nascer. Mas como não gosto de estar parada comecei a pensar numa alternativa, um trabalho que eu pudesse executar em casa. Queria uma coisa útil, que me desse gozo e que fosse minimamente rentável. Foi assim que decidi pôr em prática o curso de design de moda, que eu nunca pensei em tirar da gaveta, e começar a fazer uns trabalhos com tecidos. Sempre desejei trabalhar nesta área. C.L. - E por onde é que começou? I.A. - A Casinha da Matilde nasceu com umas coisinhas, poucas, de início. Comecei por fazer uns necessaires e outras coisas mais básicas. Inicialmente, pensei que isto não me ia levar a lado nenhum. Só pensava na minha vida e no que ia acontecer porque ninguém me ia comprar nada. No entanto, o que é facto é que as pessoas começaram a aderir, começaram a gostar do meu trabalho. Entretanto comecei a ter mais variedade de produtos e as encomendas começaram a crescer. C.L. - Como é que foi divulgando este projecto? I.A. - Inicialmente, para arrancar com esta ideia, as coisas não foram fáceis. Apostei na divulgação pela internet, criei um blogue e uma página no facebook, chamada A Casinha da Matilde. Mais tarde também contei com boa uma ajuda que foi a ida ao programa da RTP Portugal no Coração. A partir daí tive um boom muito grande porque adquiri muitos seguidores. C.L. - Lembra-se da sua primeira encomenda? I.A. - Já não me recordo mas é capaz de ter sido uma mala. Mas lembro-me de ter pensado Ena! Tenho uma encomenda!. Entretanto cheguei a um ponto em que já não tenho uma encomenda, tenho um dossier cheio de encomendas, felizmente, e as coisas estão a correr bem. C.L. - Depois foi diversificando os produtos que cria I.A. - Sim. Hoje faço de tudo um pouco, dentro do trabalho artesanal. Às vezes até faço coisas que nunca me ocorreria fazer coisas que os clientes pedem. Faço organizadores de malas, malas, bolsas com várias funções, cestas, sacos de almoço e trabalho muitas coisas para bebé, como lençóis, colchas, cortinados, almofadas. A pouco e pouco o trabalho foi avançando e começaram a exigir-me outras coisas. Foi então que comecei a fazer roupa de criança. Este Verão fiz mais de cem vestidos, certamente! Cheguei ao ponto de ter de suspender as encomendas porque não conseguia fazer face à quantidade de pedidos. C.L. - Além de pequena empresária, é mãe a tempo inteiro I.A. - Pois. Eu trabalho sozinha, sou mãe e sou dona de casa com tudo isto às vezes não sei como não enlouqueço. A minha filha está comigo a tempo inteiro e não tem sido fácil de gerir. Eu podia estar aqui a dizer mil e uma coisas bonitas mas a verdade é só uma: a Matilde é pequenina, um colégio custa dinheiro e eu não sabia se o meu projecto iria ter pernas para andar ao ponto de eu poder pagar um colégio. A opção portanto era ela ficar em casa comigo. Actualmente, já estamos a pensar nisso porque as coisas estão a correr bem e eu preciso de mais disponibilidade para poder trabalhar mais em casa. C.L. - Em que é que se inspira? I.A. - As ideias vão surgindo. Inspiro-me, por exemplo, nos pedidos dos clientes. No fundo, o trabalho é meu, o design é meu mas as ideias não são só minhas. Os clientes têm ideias e eu ponho-as em prática. As pessoas procuram coisas diferentes, que sabem que não encontram igual na rua. Querem coisas originais. E há pessoas que têm ideias óptimas mas precisam de alguém que as possa pôr em prática. Às vezes até me enviam desenhos feitos à mão e eu concretizo. C.L. - Onde encontra as suas matérias-primas? I.A. - Eu trabalho com tecidos nacionais e tecidos importados. No que diz respeito aos nacionais, eu tenho fornecedores. Quanto aos importados, mando vir dos Estados Unidos da América através da internet. C.L. - Imaginava-se a chegar a este ponto? I.A. - Há cinco anos atrás nunca conseguiria adivinhar que estaria aqui. Achei sempre que, depois de ter colocado o diploma de design de moda na gaveta, nunca iria tirá-lo lá de dentro. As pessoas que estudam design têm sempre muitos sonhos e normalmente querem muito montar um atelier de alta-costura. Eu também tive esse sonho mas, sinceramente, hoje acho que se tivesse tentado concretizar esse sonho há dez anos atrás as coisas não tinham funcionado. Hoje tenho um projecto muito mais amadurecido, com cabeça, tronco e membros. E vou caminhando com passos pequeninos para não cair de repente. Não gosto de fazer nada em cima do joelho e tento dar passos certos na minha vida.

11 25 Outubro 2012 O CORREIO DA LINHA Carcavelos comemora dia da freguesia 11 C.L. - O que diria a uma pessoa que fique desempregada de repente, como a Irina? I.A. - Eu era uma pessoa um bocadinho negativa antes de ter a Matilde mas penso que depois de ser mãe cresci no meu sentido de responsabilidade e no meu optimismo. E foi precisamente a partir do momento em que comecei a ver as coisas de forma mais positiva que a minha vida mudou. Portanto acho que não vale a pena uma pessoa ficar a lamentar-se em casa. Claro que todos nós, numa determinada altura da vida, temos necessidade de ter pena de nós próprios e de nos lamentarmos mas o caminho não é esse. Passando essa fase, é preciso pensar numa alternativa para a nossa vida. Foi isso que fiz. C.L. - Como é que recebe as suas encomendas? I.A. - Tenho um - acasadamatilde@gmail.com e sempre que estou em casa vou dando atenção aos contactos que me são feitos no facebook. Normalmente guardo duas horas por dia para responder aos contactos com dúvidas e encomendas. C.L. - É por isso que ainda não abriu um atelier? I.A. - Sim, é por isso. Gostava muito de abrir um atelier e esse é um projecto que eu gostava de concretizar no próximo ano. Outra coisa que eu também gostava muito de fazer, mas que vai ser difícil, era lançar um livro de costura fácil para que as pessoas pudessem aprender a fazer umas coisas simples em casa. Cada vez há mais procura. Vejo isso nos workshops que dou, que chegam a ter perto de vinte pessoas. Há uma procura muito grande porque há muita gente desempregada e que procura trabalhos manuais que possam executar. Texto: igor garcia pires N o passado dia 19 de outubro, foi inaugurada a nova creche social do Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos. Em funcionamento desde o início do ano letivo, a creche tem capacidade para acolher até 62 crianças dos três meses aos três anos e foi construída de raiz, fruto de um investimento global de 2,2 milhões de euros, apoiado em 1,3 milhões de euros pela Câmara Municipal de Cascais. Esta instituição de apoio social dá resposta no ano letivo 2012/2013 a 54 crianças, das quais 44 são provenientes de famílias de baixos recursos financeiros (três primeiros escalões do IRS), sendo a mensalidade reduzida e de acordo com os rendimentos familiares. Até que sejam celebrados acordos de cooperação com a Segurança Social, que permitam assegurar à instituição a diferença entre o valor que as famílias podem pagar e o custo real por criança, a Câmara Municipal de Cascais vai garantir a sustentabilidade da creche. Para esse efeito, o município já disponibilizou ,00 euros para o período de setembro a dezembro de 2012 e disponibilizará mais ,00 euros para o período compreendido entre janeiro e agosto de Este apoio permitiu abrir já a creche e, segundo o Vereador da Ação Social, Frederico Pinho de Almeida, dar resposta desde já a uma necessidade que existia em Carcavelos. A par da solidariedade social, a freguesia também está de mãos dadas com a cultura. Por esse motivo, no dia 20, teve lugar a inauguração da 1ª Bienal de Artes de Carcavelos, na sede da Sociedade Recreativa e Musical. Carlos Feio, um dos organizadores do evento, elogiou a variedade da Bienal: Tivemos em exposição 54 trabalhos que abrangem diversos campos da arte, desde pintura a desenho, passando por pirogravura, escultura com materiais de reciclagem, cerâmica, fotografia, azulejaria, entre outros. Apesar de haver muita participação de artistas de Carcavelos, contámos com obras de colaboradores provenientes de quase todo o país. Para Zilda Costa da Silva, presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos, a Bienal é uma maisvalia para a localidade: Além de encontrarmos muitos trabalhos de artistas da região, este evento é perfeito para reunir os cidadãos da freguesia, que encontram nesta Bienal uma forma saudável de convívio. Tenho esperança que a iniciativa dure por muitos mais anos, visto que é apreciada por todos os habitantes. A festa continuou ao longo dessa semana. O dia 21 foi inteiramente dedicado à comemoração do Dia da Nossa Senhora dos Remédios, no Jardim da Quinta da Alagoa, com a Missa Campal celebrada pelo Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, e a procissão com saída desse Jardim. Durante estes dias de festa, os carcavelenses também puderam desfrutar, entre outros eventos, de uma noite de Fado com atuações de António Pinto Basto, Isabel Figueiredo e Isabel Costa de Sousa, tendo ainda a oportunidade de participar nos workshops Vamos Falar de Artes Radicais Graffitis versus Street Art, que contou com as intervenções dos artistas Nomem e Leonor Morais, e Recomposição dos Dias, liderado por Lourdes Calmeiro e cujos temas foram as colagens e reutilização de materiais. Todos os intervenientes nestas atividades são oriundos de Carcavelos, o que, para a Junta de Freguesia, é mais uma forma de reconhecer e apoiar os artistas da localidade. MEDICINA Tradicional chinesa Acupunctura Fitoterapia Massagem Tuina Mário Lameiras Pós-Graduado pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - Universidade do Porto Consultório Rua Artur Brandão, s/n Nova Oeiras Marcações Tlm lameiras.m@gmail.com Parceria: Instalações do CETO Clube Escola de Ténis de Oeiras - PALMEIRAS

12 12 O CORREIO DA LINHA 25 Outubro 2012 Estatuto Editorial Em cumprimento da Lei de Imprensa, nº 2/99 de Janeiro, transcreve-se o Estatuto Editorial pelo qual se rege o Jornal O Correio da Linha. O jornal O Correio da Linha, é um jornal regional mensal, privado, de informação independente do poder político ou de qualquer outro. É propriedade de Vaga Litoral, Publicações e Edições, Lda., empresa editorial com sede na vila e concelho de Oeiras, tem como objectivo divulgar e valorizar os concelhos de Sintra, Oeiras, Amadora e Cascais através de uma informação jornalística isenta e plural. 1- Embora de características regionais, o jornal O Correio da Linha assume o compromisso de respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação. 2- O Jornal O Correio da Linha fornecerá relatos dos acontecimentos julgados significativos e interessantes através de uma nova cultura de comunicação menos monolítica, mais pertinente e mais viva. 3- O Jornal O Correio da Linha, terá como linhas de actuação critérios de total independência face aos poderes instituídos. 4- O Jornal O Correio da Linha, sempre que o entender, editará suplementos temáticos, autárquicos e outros, cujo conteúdo jornalístico e fotográfico será de sua total responsabilidade. 5- O Jornal O Correio da Linha estimulará a reflexão, ou mesmo incentivando outros a se interessarem pela comunicação, abrindo espaços onde todos possam exprimir os seus pontos de vista sobre temas de interesse regional. 6- A publicação ou não dos artigos é da inteira responsabilidade da direcção do jornal O Correio da Linha. 7- Cabe à direcção do jornal O Correio da Linha, em colaboração com a chefia de redacção, definir conteúdos e matérias jornalísticas a tratar, numa perspectiva de valorizar os quatro concelhos que o jornal abrange. 8- O Jornal O Correio da Linha poderá, sempre que o entender, alargar o seu raio de acção jornalística a outros concelhos do país. RELATÓRIO E CONTAS DE O CORREIO DA LINHA Em conformidade com a Lei de Imprensa nº 2 / 99, de 13 de Janeiro, publica-se o Relatório e Contas de O Correio da Linha, referente ao ano 2011 OCULISTA JOZEL As crianças precisam de cuidados especiais de visão Armações e lentes das melhores e pretigiadas marcas Lentes progressivas a partir de 80e Óculos de Sol de diversas marcas A nossa qualidade marca a diferença Av. José Elias Garcia, Queluz Telefone: Frutos do Mar 87 Produtos congelados de alta qualidade Peixe Marisco Salgados e Legumes Fornecedor de Cantinas Restaurantes e Peixarias Loja 1 (Queluz) Rua José Afonso, n.º 32 A Casal das Quintelas Tel.: Loja 2 (Amadora) Av. D. Nuno Álvares Pereira, 8 A Tel.: ESPAN distingue alunos O passado dia 28 de Setembro foi especial. Pelo sexto ano consecutivo, a Escola Secundária Padre Alberto Neto (ESPAN) celebrou o Dia do Diploma em ambiente efusivo salpicado de momentos de nostalgia. Os alunos este ano que acabaram o último ciclo de estudos disseram assim adeus à escola mas não sem levar consigo uma mala cheia de tudo o que aprenderam nos anos que ali passaram, amizades e muitas recordações, certamente marcantes para o resto da vida. Para além da entrega dos diplomas aos finalistas do Ensino Secundário e do Recorrente no ano letivo e respetivos Prémios de Mérito aos alunos com notas mais elevadas foram ainda distinguidos os melhores alunos do Ensino Básico e Secundário, bem como entregues os diplomas do concurso Kanguru Matemático. A apresentação da cerimónia esteve a cargo de professora Fátima Grilo, cabendo a Vítor Silva, presidente do Conselho Geral, o encerramento da mesma, citando Fernando Pessoa: O orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito; a vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros, uma mensagem destinada a todos os alunos que acabaram o Ensino Secundário, devendo por esse motivo estar orgulhosos do que conseguiram e do mérito alcançado, bem como vaidosos do diploma recebido. José Brazão, presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) da ESPAN, entregou ainda o diploma e declaração de mérito às alunas Ana Beatriz Nogueira Garcia, do curso cientifico-humanísticos, e Diana da Conceição Rosa, do curso profissional, que arrecadaram as notas mais elevadas. Não estava à espera deste prémio mas estou muito contente por ter conseguido o meu objetivo, refere Ana Beatriz, que deixa um conselho aos colegas Continuem a lutar e nunca desistam dos vossos sonhos, remata visivelmente emocionada. Os seus 18,4 de média permitiram-lhe obter o passaporte para a entrada direta em Medicina: Agora vou dar o meu melhor para conseguir terminar o curso, era o que eu queria e estou muito satisfeita. Apesar de saber que vou ter muito trabalho pela frente, o facto de estar na faculdade a fazer o curso pelo qual tanto lutei - por ser de difícil acesso e que por isso exigiu tanto trabalho para atingir o objetivo - parece que ainda dá mais prazer. É uma sensação ótima! Já Diana não pôde assistir à cerimónia por se encontrar em Londres, a finalizar os seus estudos em Design e a trabalhar. Para José Brazão, este ato significa reconhecimento, certificação mas sobretudo agradecimento de toda escola, dos pais, da família e restante comunidade educativa relativamente ao trabalho desenvolvimento pelos alunos, ao investimento que foi feito para eles, e ainda encorajamento e apoio do que venham a fazer. Tenho muito orgulho do trabalho feito por todos, conclui. Presente pela primeira vez neste evento, António Barbosa de Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Queluz e a quem coube a entrega dos diplomas aos alunos dos Cursos Profissionais, refere que Esta cerimónia leva a comunidade escolar a trazer os pais, que na maior parte das vezes não vêm, à escola; pais que em muitos casos foram também eles aqui alunos e que assim a podem reviver. Esta iniciativa foi bem conseguida e deve ser continuada até por uma questão de aproximação da escola à comunidade. O Correio da Linha deseja a todos estes alunos as maiores felicidades e sucessos para o futuro. Visita Pastoral a Sintra D e 3 de Novembro a 6 de Janeiro a Vigararia de Sintra acolherá a visita de Sua Eminência Reverendíssima o Senhor Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, bem como dos seus Bispos Auxiliares, D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás. Durante estes meses percorrerão cada uma das 15 Paróquias (Agualva; Algueirão - Mem Martins Mercês; Almargem do Bispo; Cacém; Colares; Mira Sintra; Montelavar; Pêro Pinheiro; Rio de Mouro; São João das Lampas; São Marcos; Unidade Pastoral de Sintra (S. Pedro de Penaferrim; São Martinho; Sta. Maria e S. Miguel); Terrugem). A visita tem início no dia 3 de Novembro com uma sessão de boas-vindas da Câmara Municipal de Sintra e o seu término no dia 6 de Janeiro com a celebração da Eucaristia no pavilhão do Hockey Club de Sintra, pelas 11h.

13 25 Outubro 2012 O CORREIO DA LINHA SMAS de Sintra mostram obras para ajudar os consumidores Para dar a conhecer a maior obra feita pelos SMAS de Sintra - com um custo total de euros, dos quais ,95 euros são comparticipados no âmbito do Programa Operacional Temático de Valorização do Território, dos quais euros foram já pagos realizouse uma visita às obras da segunda fase do Sistema Adutor Principal conduta adutora entre os reservatórios do Alto do Carenque e o das Mercês. Contou com a presença do Dr. Fernando Seara, Presidente da Câmara Municipal de Sintra e do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra, e Presidentes de Juntas de Freguesia. Este projeto que vai permitir acabar com as sucessivas e muitas vezes difíceis intervenções, que estam a cargo do empreiteiro Oliveiras S.A., na conduta DN 1000, com uma extensão de aproxi- O Correio da Linha associa-se aos fisioterapeutas C om conhecimentos avançados sobre o corpo, como ele se move e o que o impede de se mover bem, os fisioterapeutas promovem o bem-estar, mobilidade e independência. Tratam e previnem muitos problemas causados pela dor, invalidez, incapacidade e doença, lesões relacionadas com o desporto e trabalho, envelhecimento e longos períodos de inatividade. CENTRO DE FISIOTERAPIA DR. RASGADO RODRIGUES ALGÉS CENTRO DE REABILITAÇÃO DE S. JORGE QUELUZ ORTOPEDIA DE ALGÉS ALGÉS FISIOBODY ALGÉS FISIOPIRAMIDE - COMPANHIA DA FISIOTERAPIA LINDA A VELHA OSTEOPATA ANTENOR MOREIRA LINDA-A-VELHA REABILITATUS - CENTRO DE MED. FÍSICA E REABILIT QUELUZ CLARIS - MEDICINA FISICA E REABILITAÇÃO SINTRA FISIOTRAUMA CASCAIS MIRIAM ASCENSO QUELUZ FISIOSEVEN CARCAVELOS madamente 9500 metros, divide-se em duas fases. A primeira, já executada, corresponde ao troço entre a Ribeira da Carregueira e a Viaférrea, numa extensão de 3865 metros. A segunda, em dois troços diferentes, realiza-se entre Meleças e o Reservatório das Mercês (já em conclusão, com uma extensão de 1640 metros e um prazo de execução de 10 meses), e o Reservatório do Alto de Carenque e a Ribeira da Carregueira (4100 metros), ainda por realizar. Em simultâneo foi substituída a conduta existente em fibrocimento de DN 400 entre o Reservatório da Carregueira e o Reservatório das Mercês por tubagem em ferro fundido dúctil DN 500. ETAR de Janas Outro dos pontos da visita foi a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais Domésticas (ETAR) de Janas, efetuado pelo empreiteiro G.R.A/ Domosinal - com um prazo de execução de 150 dias e um valor de adjudicação de , 05 euros (mais IVA), localizada na proximidade da povoação de Janas, no lugar de S. Martinho, junto da Ribeira de Janas e em área florestal. Os SMAS de Sintra decidiram avançar com este projeto, de grande importância para as populações, uma vez que o aglomerado populacional de Janas não possuía qualquer meio de tratamento das respetivas águas residuais. Para além das unidades de tratamento, serão ainda construídos um edifício de apoio à exploração, com sala de comando, sala de apoio, instalações sanitárias, reservatório prefabricado de água tratada para rede de água de serviço (ponto Ecoágua, lavagem e incêndio). Empreitadas Os SMAS de Sintra, prosseguindo o trabalho, estão a efetuar, no seu dia-a-dia, investimentos avultados com vista a melhorar a qualidade do abastecimento da água e da drenagem e tratamento das águas residuais domésticas no concelho. Só nos últimos dias, foi adjudicada uma empreitada de «Execução do Muro de Suporte e Arranjos Exteriores do Reservatório da Várzea de Sintra», à Protecnil Sociedade Técnica de Construções S.A., no valor de ,01 euros, com um prazo de execução de 90 Baxter ajuda crianças carenciadas A Fundação Baxter Internacional doou 60 mil euros à Associação Prevenir para a implementação do projeto Vamos Cuidar de Nós!. A iniciativa é dirigida a crianças de risco da área de Sintra e tem como objetivo sensibilizar para a necessidade de ter hábitos de vida saudáveis. Na cerimónia, realizada na junta de freguesia de Casal de Cambra e em que marcaram presença Javier Valera, diretor geral da Baxter Portugal, Marco Almeida, Vicepresidente da Câmara Municipal de Sintra além dos presidentes da junta de freguesia de Casal de Cambra e junta de freguesia de Belas e Lorena Crusellas, Presidente da Associação Prevenir, foi ainda assinado um protocolo de cooperação entre as entidades para a implementação do projeto, que arranca neste novo ano letivo e se destina a crianças do primeiro ciclo do ensino básico, atuando com um programa de prevenção. São muitas as instituições que diariamente trabalham com enormes limitações mas que, 13 dias, ou seja, prevista acabar no mês de Dezembro. Para além da execução do muro, para contenção do talude na zona posterior do Reservatório da Várzea de Sintra, serão ainda feitos arranjos no exterior. Prolongamento das redes No âmbito do «Prolongamento de Redes no Concelho de Sintra 2012», foi adjudicada uma outra empreitada, com um prazo de execução de 400 dias e um valor de ,14 euros, ao Consórcio Protecnil Sociedade Técnica de Construções S.A. e Sopcil Sociedade de Obras Públicas e Construção Civil LDA, que vai executar os prolongamentos das redes de abastecimento de água, drenagem de águas residuais e drenagem de águas residuais pluviais em várias localidades do concelho. Com esta empreitada, os SMAS de Sintra vão reformular troços de rede existentes que, devido às suas características técnico/construtivas e ao aumento da população servida, se tornaram obsoletos. Fotos: Jorge Rodrigues através de uma grande dedicação, perseverança e esforço, persistem em marcar a diferença para um mundo melhor. No compromisso da Baxter é importante poder contribuir para o trabalho destas instituições, nomeadamente da Associação Prevenir, e um especial orgulho poder ajudar na implementação de um projeto destinado à melhoria da qualidade e acesso aos cuidados de saúde das crianças das famílias mais carenciadas na nossa comunidade, refere Javier Valera, diretor geral da Baxter Portugal. Este donativo insere-se nas atividades de Responsabilidade Social da Baxter, que, ao longo dos últimos anos, através da Fundação Baxter Internacional, doou mais de 250 mil euros para a realização de várias ações destinadas à melhoria da qualidade e eficácia ao acesso aos cuidados de saúde da população. Fotos: Jorge Rodrigues

14 14 O CORREIO DA LINHA 25 Outubro 2012 Paço de Artes orgulhosa com Bienal Texto: igor garcia pires Muito orgulhosa e com a sensação de dever cumprido. É assim que se sente a direção da Paço de Artes Associação dos Artistas Plásticos de Paço de Arcos no final da 2ª edição da Bienal de pintura, desenho, escultura e fotografia, que, entre 5 e 21 de outubro, decorreu no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos. O vicepresidente da Paço de Artes, Vítor Martinez, faz um balanço positivo desta iniciativa, destacando a prestabilidade dos 40 artistas envolvidos: Quer os nossos sócios, quer os artistas convidados mostraram um grande e pronto interesse em participar neste evento. Além da excelente qualidade de todas as obras em exposição, tivemos uma ampla abrangência geográfica, uma vez que contámos com artistas provenientes de várias regiões do país, desde Lisboa a Seia, e até internacionais. Se compararmos com a primeira edição, que decorreu em 2010, sentimos realmente que houve mais colaboração da parte dos artistas. Para o vice-presidente da Paço de Artes, a inauguração da Bienal foi um dos momentos de destaque desta segunda edição: Vieram quase todos os artistas que participaram no evento, amigos, família e representantes de entidades oficiais, como o presidente da Junta de Freguesia de Paço de Arcos, Nuno Campilho, e o respetivo executivo, e o presidente da Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, Carlos Morgado. No total, conseguimos reunir, aproximadamente, 200 pessoas, o que, sem dúvida, é muito bom, tendo até em conta a modesta divulgação que o evento teve. Lamentamos apenas a completa ausência de qualquer representante da Câmara Municipal de Oeiras, o que, aliás, já vem sendo hábito nas iniciativas realizadas pela Paço de Artes. Segundo Vítor Martinez, o local onde se realizou a exposição foi um dos trunfos para o seu sucesso: Ao contrário do que aconteceu em 2010, optamos por realizar a Bienal num único espaço e o Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos foi o escolhido. Apesar de não se situar no centro da freguesia, trata-se de um lugar muito bom e, para nós, é o melhor para fazer exposições em Paço de Arcos, devido à sua área, luz e funcionalidade. Ao fazer um balanço tão positivo desta edição, o vice-presidente da Paço de Artes está confiante de que haverá uma terceira Bienal: Embora sempre haja alguns contratempos, temos muita vontade de realizar uma nova edição em Vale sempre joão carvalho morgado (11º aniversário) cascais Agradecimento Sua mulher, filhos, nora, genro e netas agradecem a todas as pessoas que assistiram à missa no passado dia 18 de Outubro em memória do nosso ente querido. a pena organizar este tipo de eventos. Aliás, a Paço de Artes tem como função dinamizar a vida cultural da freguesia através da divulgação da arte e dos artistas. A Bienal encaixa-se perfeitamente nesse conceito. Além de já estar envolvida em diversos projetos para 2013, a associação vai organizar uma exposição de pintura de A Câmara Municipal de Oeiras inaugurou recentemente oficialmente a nova EB1/JI Gomes Freire de Andrade, uma escola cuja obra foi realizada em menos de dois anos e que resultou de um investimento de cerca de 6 milhões de Euros com arranjos exteriores. A obra é comparticipada por financiamento do QREN - Programa Operacional de Lisboa, no valor de e ,00. O restante montante, e é de investimento municipal. A qualidade dos materiais utilizados e a arquitetura do edifício fazem deste um estabelecimento de ensino inovador, moderno e que proporciona à comunidade escolar instalações aprazíveis e de qualidade. A nova EB1/JI Gomes Freire de Andrade marca a diferença: onde existiam um edifício desatualizado e um terreno inóspito passam a existir 16 salas de aula para o 1.º Ciclo e três salas de jardim-de-infância, Ermelinda Cargaleiro, que estará aberta ao público nos dias 17, 18, 24 e 25 de novembro, na sede da Paço de Artes. Oeiras tem nova escola salas de expressão plástica, de música/multiusos, laboratórios para a iniciação à experimentação científica, informática, centros de recursos/biblioteca, salas de estudo/apoio, cozinha e refeitório em conformidade, espaços para a atividade física e desportiva, instalações de apoio, secretaria, salas de experiência, música e polivalentes, áreas desportivas, biblioteca, zonas de recreio coberto e descoberto, parque infantil e campo de jogos. A criação de mais quatro salas de aula na nova Escola permite erradicar o funcionamento de horários duplos que subsistia na EB1 Conde Ferreira e aumentar a oferta do pré-escolar público na freguesia de Oeiras. No ano letivo 2012/2013, a EB1/JI Gomes Freire de Andrade acolhe 73 crianças no Pré-Escolar e 259 alunos no 1.º Ciclo distribuídos por três salas do Pré-Escolar e 11 turmas do 1.º ciclo respetivamente. A nova Escola integra o Agrupamento de Escolas de S. Julião da Barra a par da EB1 Conde Ferreira, da EB1/JI Manuel Beça Múrias, da EB2,3 S. Julião da Barra e da Escola Secundária Sebastião e Silva. Temporada de música AV Temporada de Música Antiga Conde de Oeiras inclui dois ciclos, um de Música Profana, que decorreu de 9 de Junho a 5 de Agosto e outro de Música Sacra, de 11 de Novembro a 15 de Dezembro. A quinta edição desta iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras é antecedida de mais uma edição do concurso de Jovens Intérpretes de Música Antiga, que este ano consolida uma estrutura de competição pioneira no meio musical português. Este ano há um regresso á actividade de cinema, com a projecção comentada do filme Le Roi Danse, no sentido de preparar a apresentação da Comédie-Ballet Le Bourgeois Gentilhomme. Realizam-se também dois lançamentos discográficos com obras de compositores portugueses de referência: Pedro António Avondano e Francisco António de Almeida. O ciclo de música profana conclui com um concerto de um agrupamento internacional que fez a sua estreia em Portugal. O ciclo de música sacra inclui concertos especialmente dedicados ao património musical português, apoiados numa conferência onde é abordada a temática dos presépios nacionais e a sua ligação com a actividade musical setecentista.

15 25 Outubro 2012 O CORREIO DA LINHA TIO apresenta H2M1 Texto: DIANA DUARTE MATIAS O Teatro Independente de Oeiras decidiu recuperar a peça de teatro H2M1 que estreou em A terceira temporada desta comédia está em cena até ao dia 10 de Novembro no Auditório do Parque Oceano, em Oeiras. Segundo Carlos D Almeida Ribeiro, actor, encenador e director de actores, o sucesso da peça e as salas cheias durante as primeiras duas temporadas justificaram a aposta. A primeira e a segunda temporada tiveram sala cheia, o que nos fez perceber que há corrente de público para podermos continuar, explicou o actor, em entrevista ao jornal O Correio da Linha. Entretanto, estiveram outras peças em cena mas, perante a disponibilidade da sala, foi possível recuperar a comédia, acrescentou. O elenco é composto por dois actores Carlos D Almeida Ribeiro e Lourenço Henriques - e uma actriz Rita Frazão. H2M1 tem autoria de Pedro Almeida Ribeiro e encenação e direcção de actores de Carlos D Almeida Ribeiro. A comédia conta a história de Bernardo Sottomayor, um engenheiro civil, e Salvador Menéres Espírito Santo, advogado, ambos na casa dos 40 e com filhos, um casado, outro divorciado. O espectáculo retrata o tomar banho de dois amigos num balneário de um ginásio, e em que eles vão conversando essencialmente de mulheres, política e futebol mas sobretudo mulheres. A peça vai sendo cortada por uma intervenção feminina que é, segundo Mostra social em Algés Foi com grande êxito que a Junta de Freguesia de Algés realizou nos dias 22 e 23 de Setembro de 2012, a Segunda Mostra Social de Algés, no Parque Urbano de Miraflores, um evento realizado com a participação de mais de 30 Instituições diferentes da Freguesia, de carácter social, desportivo e cultural, permitindo à população ter uma melhor percepção dos apoios sociais de que dispõem no seu dia-a-dia. Para o efeito foram apresentados workshops temáticos, palestras e também momentos de animação com actuações tão apreciadas pela população, como a Tuna da Usila, a Banda dos Amigos de Castelo Novo, o Coral Cristo Rei de Algés, o Grupo de Cantares de Mira Sintra, o Grupo de Cantares da Nova Atena e o Coral da Obra Social Madre Maria Clara. A Segurança dos idosos e a segurança rodoviária para os mais pequenos foram temas desenvolvidos pela PSP de Miraflores. Destacamos ainda o grande sucesso do workshop de culinária com o tema: Como Cozinhar Sem Sal, promovido pelo ACES Oeiras (Agrupamentos de Centros de Saúde de Oeiras/Carnaxide), o qual foi Carlos D Almeida Ribeiro, a consciência feminina. A peça H2M1 tem tido grande aceitação do público, tendo sido vista por mais de 6800 pessoas. E apesar de se falar de mulheres e futebol, o público feminino é presença assídua. Recebemos casais e grupos mistos mas também temos vários grupos de mulheres na bilheteira percebemos que há quatro, seis, oito mulheres, que se juntam para vir ver a peça. Sem dúvida que as mulheres gostam de ver os homens a falar delas, especialmente tratando-se de uma comédia engraçada com bolinha vermelha no canto superior direito do ecrã. Um dos segredos do sucesso da peça é a interação com o público. Essa voz feminina vai fazendo perguntas aos espectadores como é assim mesmo?, as mulheres são mesmo assim?, explicou. Criado em 1989, pela mão de Carlos D Almeida Ribeiro, o Teatro Independente de Oeiras tem desde 2005 instalações próprias, no Auditório do Parque Oceano, e tem conseguido criar e manter um público fiel que seguiu de perto alguns dos últimos sucessos, como Tudo pelos ares, Sexo sim, obrigada, Eclipse Lunar e Hotel Casarão, além das peças infantis. Continuamos a ter belíssimas casas, quase cheias. É um fenómeno. Eu acredito que tem a ver com a peça em si mas também tem a ver com o facto do Teatro Independente de Oeiras, desde que está ali, ter conseguido conquistar, de produção para produção, um grupo fidelizado a esta companhia de comédia, adiantou Carlos D Almeida Ribeiro. merecedor de grandes elogios por parte da população, havendo no final uma degustação do prato apresentado. Ainda noutra vertente da Feira Social e em parceria com os Rotary Clube de Algés, Clínicas Multident e Instituto de Oftalmologia de Algés foram realizados diversos rastreios clínicos gratuitos à população (Pressão Arterial, Monóxido de Carbono, Glicose, Colesterol, Avaliação Nutricional, Rastreios à Visão e Rastreios Orais), tendo sido avaliadas um total de 275 pessoas, realizando 825 rastreios diferentes. Pode-se ainda dizer que se fechou esta iniciativa com chave de ouro, com um maravilhoso espectáculo de Sevilhana, apresentado pelo Grupo de Representação de Sevilhanas do Beira Mar de Almada, com cerca de 20 jovens em palco, trajadas a rigor e cuja envolvente de música e danças encantou o vasto público presente. O Executivo avalia muito positivamente o resultado desta iniciativa, não só pela grande adesão das Instituições da Freguesia que literalmente triplicaram em relação ao ano anterior, pela diversidade e qualidade dos espectáculos apresentados, bem como pela grande afluência da população que encheu o recinto e elogiou a organização deste evento, motivando-nos de futuro a repetir iniciativas análogas. Afirmou o Presidente. 15 Nós e a Medicina Chinesa As agulhas são a parte mais visível e conhecida da Medicina Chinesa. É claro que, para muitas pessoas, pensar em agulhas representa um sentimento de algum temor, de Mário Janeiro* picadelas dolorosas e arrepios. Escolhi este tema com o propósito de contribuir para o esclarecimento destas e doutras ideias sem fundamento. As agulhas, em geral, não provocam qualquer dor ou incómodo e a prática terapêutica é perfeitamente segura e tolerada por todos nós, desde que executada por um profissional qualificado. A inserção das agulhas de acupuntura faz-se em locais específicos do corpo humano, chamados acupontos ou pontos de acupuntura, pontos estes que são objecto de estudo há centenas, senão milhares de anos. Poderíamos ser levados pensar que este longo período de tempo não seria importante, tendo em conta que foi nos últimos cem anos, aproximadamente, que se deram os grandes desenvolvimentos da ciência e grandes revoluções no pensamento. Todavia, há dois factos importantes a ter em conta: primeiro, o efeito da acupuntura em cada um dos acupontos foi observado repetidamente ao longo do tempo, tornando-se uma evidência terapêutica e estatística. Muitos registos rigorosos e sistemáticos foram efectuados, trazendo-nos hoje o conhecimento do seu funcionamento. O segundo facto não é menos importante: a própria ciência moderna tem vindo a confirmar e a validar a efectividade da acupuntura. Em muitos países, o estudo da medicina chinesa pertence já aos currículos universitários. Outra ideia pré-concebida e pouco exacta é a de que a acupuntura é uma prática isolada. No ocidente, o público habituou-se a ver a acupuntura como se tratasse de um terapia que vale só por si. Mas na verdade, a acupuntura é apenas uma terapêutica inserida na medicina chinesa ou medicina tradicional chinesa, embora esta designação seja actualmente pouco exacta. De facto, a acupunctura só é perfeitamente eficaz quando inserida no quadro mental da medicina chinesa e em consonância com o raciocínio que está na base desta forma de medicina. A decisão quanto à escolha dos pontos para resposta a determinada patologia depende do diagnóstico dito diagnóstico energético e este depende do conhecimento dos fluxos energéticos do ser humanos e dos seus desequilíbrios. Por isso, a colocação de agulhas por pessoas que não sejam devidamente habilitados em medicina chinesa, tem uma valia muito limitada. Mas para além disso, lembremos que a medicina chinesa não tem apenas uma terapêutica, mas mais do que uma. A fitoterapia chinesa, medicamentos à base de produtos naturais é provavelmente a forma mais importante de tratar as doenças na medicina chinesa. Os fitofármacos são uma forma muito poderosa de tratamento das doenças que afligem o corpo e a mente. É mesmo por causa disso que têm sido levantados imensos obstáculos nos países ocidentais à sua divulgação e utilização. A sua eficácia representa um perigo evidente para a indústria dos químicos. Outras terapias igualmente importantes são a massagem terapêutica, designada tui na e as ginásticas energéticas, nomeadamente o qi gong ou chi kung, consoante a grafia de tradução. Ficamos assim com uma ideia mais clara do âmbito da medicina chinesa. Não só existe a acupunctura, que é a parte mais exótica, digamos assim, mas que representa uma pequena percentagem. Existem igualmente outras estratégia terapêuticas que fazem parte desta forma de medicina, todas elas assentes numa base de raciocínio próprio e diferente da medicina ocidental. É sempre importante sublinhar que o recurso à medicina chinesa acupunctura incluída deve ser sempre orientada para um profissional competente, diplomado nesta área. Terapeuta - Licenciado*

16